sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SOJA: CHICAGO VOLTA A FECHAR ESTÁVEL SUSTENTADA POR EXPORTAÇÕES.

Os preços internacionais da soja voltaram a fechar praticamente estáveis nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago apesar do declínio no início do dia, os futuros foram capazes de se sustentar por causa das exportações.
Pela segunda sessão consecutiva o contrato com vencimento em janeiro, mais líquido, fechou sem variação, a US$ 12,36/bushel. O diretor de pesquisas da Allendale, Rich Nelson, afirmou que o mercado não foi capaz de gerar um momentum em qualquer direção, com realização de lucros compensada pela demanda recorde da China. Apesar dessa firme demanda para exportação, participantes aproveitaram para embolsar os lucros no nível de preço mais alto em 14 meses nesta semana. Nelson acrescentou, no entanto, que o sentimento geral e crescente é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevará sua projeção de exportação, atualmente considerada muito baixa. Ele recordou que as compras da China são 14% superiores a um ano atrás.
A incerteza sobre possíveis ações do Federal Reserve na política monetária e seus efeitos sobre o dólar mantiveram os preços da soja dentro de um intervalo.

SOJA/MATO GROSSO: CHUVAS IRREGULARES DIFICULTAM AVANÇO DO PLANTIO.

O plantio da soja avançou em Mato Grosso nesta semana, com o cultivo de 605 mil hectares, quase o dobro em relação à semana passada (312 mil hectares), mas a área total semeada até agora (1,023 milhão de hectares), corresponde a apenas 34% dos 3,036 milhões que já estavam semeados em igual período do ano passado. Os dados estão em levantamento divulgado hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o Imea, a área plantada até esta semana corresponde a 31,1% da área de soja estimada para Mato Grosso nesta safra (6,241 milhões de hectares). No fim de outubro do ano passado, o plantio estava em 51,1% da área de 5,867 milhões de hectares projetada na época para a safra 2009/10.
A analista da Cadeia de Grãos do Imea, Maria Amélia Tirloni, comenta que as chuvas irregulares continuam dificultando o avanço do plantio. Segundo ela, as previsões climáticas que indicavam que as chuvas se normalizariam a partir do dia 20 de outubro não se confirmaram. As chuvas continuam esparsas em com baixo volume.
Maria Amélia observa que em algumas cidades choveu no último sábado e em outras na terça-feira. Mesmo assim, diz ela, muitas vezes a chuva cai apenas em determinados locais das fazendas, o que obriga o agricultor a aproveitar a ocasião, sem levar em conta a estratégia de escolher a melhor área, onde depois poderia cultivar o milho e obter maior rendimento.
Na opinião da analista, a situação é mais preocupante na região do médio-norte, que responde por 40% da área cultivada com soja em Mato Grosso. Até esta semana, o plantio da soja no médio-norte atingiu 36,2% da área estimada pelo Imea, bem abaixo dos 62,3% registrados na mesma época do ano passado. Na região sudeste, segunda maior produtora, 27,1% da área prevista foi semeada, ante 45,1% no fim de outubro do ano passado.
A analista diz que o atraso do plantio da soja no médio-norte, principalmente em Lucas do Rio Verde, vai provocar uma redução no plantio do milho safrinha, que é cultivado na sequência da colheita da oleaginosa. Segundo ela, dificilmente os agricultores de Lucas do Rio Verde vão conseguir repetir a estratégia do ano passado, quando cultivaram o milho safrinha em 63% da área colhida com soja. O plantio da soja até agora em Lucas atingiu 45% da área estimada, enquanto no fim de outubro do ano passado 86% da área já estava semeada.
O atraso no plantio da soja também prejudica a estratégia dos produtores que planejavam semear o algodão safrinha, a partir de janeiro, após a colheita da oleaginosa. Maria Amélia disse que o Imea está levantando os dados sobre intenção de plantio do algodão, mas a tendência é de que os agricultores deixem de plantar a soja em determinadas áreas para aumentar o cultivo da pluma na época tradicional, a partir de dezembro. Ela observa que mesmo com o aumento previsto de 30% no plantio de algodão, por causa dos preços recordes, não deve haver redução significativa da área de soja. Os 540 mil hectares projetados para o algodão nesta safra em Mato Grosso correspondem a menos de 10% da área total de soja, diz ela.
Maria Amélia observa que a continuidade das chuvas irregulares e fracas nas próximas semanas pode prejudicar as lavouras de soja na fase de desenvolvimento. Ela observa que no cenário atual é prematuro realizar qualquer previsão sobre a produtividade da soja, pois o plantio concentrado aumenta o risco de perdas, caso se confirme um período mais chuvoso entre janeiro e fevereiro. "Nesta safra, mais do que nunca o produtor vai ficar olhando para o céu", diz ela.

  EVOLUÇÃO DO PLANTIO DA SOJA EM MATO GROSSO 
   (área em mil hectares)  
                              Área    29-out-09    28-out-10    Variação  
  Noroeste          261.200   40,7%            17,7%          -23,0% 
  Norte                 44.000   41,9%            32,8%            -9,1% 
  Nordeste         652.200    10,6%              9,0%            -1,6% 
  Médio-norte 2.466.000    62,3%            36,2%           -26,1% 
  Oeste               948.200   58,5%             42,2%           -16,3% 
  Centro-sul        409.100   46,8%             32,6%           -14,2% 
  Sudeste        1.460.600   45,1%             27,1%           -18,0% 
  Mato Grosso  6.241.300   51,1%             31,1%           -20,0% 
Fonte: Imea

CHICAGO: DÓLAR FORTE PRESSIONOU GRÃOS NO PREGÃO ELETRÔNICO

As cotações da soja, do milho e do trigo registraram queda no pregão eletrônico de  Chicago, pressionadas pela valorização do dólar durante a madrugada e parte da manhã. Realizações de lucro típicas de final de mês também jogaram os preços para baixo. O contrato janeiro da soja perdeu 9,75 cents, a US$ 12,2625/bushel, o dezembro do milho perdeu 5,50 cents a US$ 5,7350/bushel e o dezembro do trigo recuou 4,50 cents, a US$ 7.1375/bushel.

MALÁSIA-ÓLEO DE PALMA FECHA EM QUEDA COM REALIZAÇÕES DE LUCRO.

As cotações do óleo de palma cru fecharam com queda na Bolsa de Derivativos da Malásia, pressionadas por realizações de lucro, que por sua vez foram ativadas pela valorização do dólar. O contrato janeiro cedeu 24 ringgit, para 3.061 ringgit por tonelada (3,11 ringgit = US$ 1). "Ajustes típicos de final de mês, dólar forte e melhora do clima no Brasil foram os culpados pela baixa de hoje", resumiu o gestor de uma trading em Kuala Lumpur.
Os traders também preferiram ficar de lado à espera dos dados sobre a exportação de óleo de palma da Malásia em outubro, que devem sair na segunda-feira. "As vendas externas de outubro devem ter ficado estáveis. Mas esperamos um aumento em novembro. Importadores deverão preferir óleo da Malásia agora que a Indonésia elevou o imposto sobre a exportação", disse um trader de Cingapura.
No longo prazo, a tendência é de alta e os preços podem alcançar 3.400 ringgit por tonelada na bolsa, até o final de março, nas contas de Lee Shin Cheng, presidente da IOI Corp. "A demanda vai continuar aquecida no longo prazo na China, Índia, Paquistão e Europa", previu.

CHINA/SOJA FECHA EM QUEDA PELA 4ª SESSÃO CONSECUTIVA

As cotações da soja fecharam com queda na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, pressionadas pela recuperação do dólar. O contrato setembro perdeu 45 yuans (1%), para 4.371 yuans por tonelada (6,69 yuans = US$ 1). Foi a quarta baixa consecutiva do mercado.
De acordo com a consultoria Shanghai JC Intelligence Co., as importações chinesas de soja podem alcançar 5,6 milhões de toneladas em outubro, o que seria o segundo maior volume do ano, depois das 6,2 milhões de tons em junho. As compras do último trimestre podem chegar a 16 milhões de toneladas, ante 13,4 milhões de t no mesmo período do ano passado. Esse grande volume de oleaginosa importada também pressiona as cotações domésticas. Essa percepção mais a valorização do dólar durante o pregão asiático fez os futuros cederem nesta sexta-feira.

SOJA FECHA SUSTENTADA POR EXPORTAÇÕES

A firme demanda para exportação de soja dos Estados Unidos deu suporte ao mercado hoje na Bolsa de Chicago. O contrato mais líquido, com vencimento em janeiro, fechou estável a US$ 12,36/bushel. A queda do dólar também foi influência positiva. O presidente da corretora U.S. Commodities, Don Roose, disse que "o mercado continua conduzido pela demanda, tentando encontrar um preço ou quantidade exportada que amenizará o robusto apetite da China".
Os Estados Unidos venderam um saldo de 2.025.800 de toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 21 de outubro, praticamente o mesmo volume da semana anterior. Houve aumento de 40% ante a média dos quatro períodos anteriores, de acordo com o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A China foi o principal destino. O USDA também anunciou as vendas de 305 mil toneladas de soja para destinos não identificados no ano comercial 2010/11. Por outro lado, o mercado encontrou dificuldades para se manter em território positivo, com realização de lucros e clima melhor na América do Sul.

Soja Grão -  (novembro/10)  12,2500 (US$/bus)      0,10%
Soja Grão -  (janeiro/11)      12,3600 (US$/bus)       0,00%
Soja Grão -  (março/11)        12,4050 (US$/bus)      -0,12%
Soja Grão -  (maio/11)          12,3975 (US$/bus)      -0,20%

MILHO FECHA EM ALTA MODESTA COM SUPORTE DO TRIGO E DO DÓLAR
Os contratos futuros de milho registraram valorização modesta. Posição mais líquida, o vencimento dezembro fechou em alta de 1,75 cent ou 0,30%, cotado a US$ 5,79/bushel. A ausência de notícias capazes de conduzir o mercado fez com que o milho acompanhasse o desempenho do trigo e do dólar. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 6 mil lotes hoje.
O analista Terry Reilly, do Citigroup Global, disse que os ganhos dependeram diretamente dos avanços do trigo, especialmente porque há poucas notícias sobre exportação de milho. As vendas externas na semana, informadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ficaram em linha com as expectativas. A falta de confirmações dos rumores sobre novas compras da China deixaram os futuros sem suporte dos fundamentos, segundo Reilly.
A fraqueza do dólar foi influência positiva para o milho, assim como preocupações com um possível aperto da oferta global, mantendo os futuros no topo de um intervalo que vêm ocupando há duas semanas. A expectativa de que o USDA venha a reduzir novamente sua estimativa de produtividade de produção deu suporte adicional às cotações. Segundo analistas, a diminuição das projeções do Conselho Internacional de Grãos (IGC) foi menos importante para o mercado. Além disso, traders desfizeram operações de spread entre milho e trigo, limitando os avanços. Traders embolsaram lucros antes do último dia de negócios do mês.

Milho -  (dezembro/10)        5,7900 (US$/bus)       0,30%
Milho -  (março/11)              5,9200 (US$/bus)       0,30%

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MILHO/PR : PREÇO É O MAIS ALTO DESDE 2007.

O preço nominal do milho registrado hoje no Paraná, de R$ 19,12/saca, é o mais alto desde dezembro de 2007, quando atingiu R$ 24,94/saca, informa o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Estado. A analista Margorete Demarchi, do Deral, diz que as cotações no mercado internacional e o aumento das exportações brasileiras do grão fizeram com que o preço rompesse a resistência de R$ 19,00/saca. "O ano de 2007 foi parecido com 2010, com quebras de safra na Europa e maior demanda", compara Margorete.
O preço é nominal é a referência neste momento de comercialização fraca, com pouco interesse de venda. Como a valorização do milho aconteceu após a decisão de plantio, a área plantada nesta safra é menor que a do ano passado. O Deral, que no mês passado já apontava o menor cultivo de milho em 40 anos, nesta semana revisou mais uma vez para baixo os dados de área plantada.
Devem ser cultivados 742 mil hectares, redução de 20 mil hectares em relação ao levantamento de setembro, área 17% menor que a do ciclo anterior (897,7 mil ha). Esse ajuste, explica Margorete, deve resultar em uma produção 21% menor que em 2009/10, de 5,4 milhões de toneladas ante 6,79 milhões de toneladas.
Plantio - O plantio de milho recuperou o atraso e hoje ocupa 83% da área. Na safra passada, 77% das lavouras tinham sido implantadas nesta época. No entanto, a preocupação dos agrônomos do Deral é quanto à concentração do plantio. "Em anos de La Niña, com chuvas irregulares e até estiagem, recomendamos o plantio escalonado, o que não foi possível neste ano", diz Margorete, enfatizando que o cultivo em épocas diferentes minimiza os riscos de grandes perdas na lavoura em caso de seca prolongada.
Soja e Trigo - O plantio da soja segue dentro da média de anos anteriores, de acordo com informações do Deral, atingindo nesta semana 47% da área ante 31% na semana passada. A comercialização antecipada da safra verão 2010/11 subiu dois pontos porcentuais para 4%. Já a colheita do trigo avançou para 85%, apenas três pontos porcentuais acima da semana anterior. A comercialização da safra passou de 18% para 21% nesta semana.

MILHO: CONSUMO VAI ULTRAPASSAR PRODUÇÃO EM 2010/11.

O Conselho Internacional de Grãos reduziu a estimativa para a produção mundial de milho em dez milhões de toneladas, para 814 milhões de t, na safra 2010/11. A revisão deve-se à queda na produção dos Estados Unidos (-11 milhões de t para 323 milhões de tons) e China (-3 milhões de tons para 162 milhões de tons). O consumo ficará acima da oferta, em 840 milhões de toneladas, três milhões mais que o previsto em setembro. Os estoques vão cair para o menor nível de quatro anos, 125 milhões de tons. "Apesar da recente elevação de preços, o milho continua um produto competitivo no mercado de ração animal. A demanda neste segmento deverá crescer 20 milhões de tons para 490 milhões de tons", diz o IGC em seu relatório. A entidade manteve a estimativa da produção mundial de trigo em 644 milhões de t.

SOJA: ABIOVE ELEVA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E REDUZ ESTOQUES.

A Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) elevou hoje sua estimativa para a produção de soja, farelo e óleo durante o ano comercial que vai de fevereiro de 2010 a janeiro de 2011. A expectativa é de uma produção de 68,7 milhões de toneladas de grãos, 25,8 milhões de t de farelo e 6,550 milhões de t de óleo. No relatório anterior, esses volumes eram, respectivamente, de 68,4 milhões de t, 25,6 milhões de t e 6,450 milhões de t. Os números projetados para exportação foram mantidos para soja em grão (29,8 milhões de t), farelo (13,6 milhões de t) e óleo (1,5 milhão de t).
Os estoques de passagem do período 2010/11 caíram em relação ao levantamento de agosto para 2,756 milhões de t no caso da soja em grão (ante 2,906 milhões de toneladas), para 678 mil t no caso do farelo (ante 778 mil t) e para 232 mil t no caso do óleo (ante 282 mil t).Com o aumento esperado da produção, a estimativa para o processamento também cresceu. Devem ser processadas 33,9 milhões de toneladas de soja em grão no ano comercial, contra 33,6 milhões de t projetadas em agosto.
Evolução das estimativas Abiove - em mil toneladas
SOJA                    2009/10                   2010/11
Data previsão                           31/08/2010    28/10/2010
Grão
Estoque Inicial    4.417                  2.106        2.106
Produção          57.383                 68.400      68.700
Importação           124                      200           100
Sementes/Outros  2.700                2.700       2.750
Exportação          28.039               29.800     29.800
Processamento    30.779               33.600     33.900
Estoque final total 2.106                2.906       2.756
Farelo
Estoque inicial         764                   678          678
Produção             23.549              25.600      25.800
Importação                47                   100          100
Consumo interno 11.644              12.000      12.300
Exportação          12.038               13.600     13.600
Estoque final            678                   778          678
Óleo
Estoque inicial          252                   282          282
Produção                5.963                6.450       6.550
Importação                 41                   100           100
Consumo interno    4.518                5.050       5.200
Exportação             1.456                1.500       1.500
Estoque final             282                   282          232
Fonte: Abiove

GRÃOS/EUA: VENDAS ESTÁVEIS NA SEMANA; EMBARQUES +19%

Os Estados Unidos venderam um saldo de 2.025.800 de toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 21/10, praticamente o mesmo volume da semana anterior. Houve aumento de 40% ante a média dos quatro períodos anteriores, de acordo com o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os principais compradores foram China (1.369.600 t), destino não identificado (350.600 t), Holanda (123.600 t), Taiwan (64.700 t), Japão (46.100 t) e México (18.500 t).
Embarques de 1.934.100 t representaram aumento de 19% ante os da semana anterior e de 95% ante a média de quatro semanas passadas. Os principais destinos foram China (1.476.600 t), Holanda (125.600 t), México (110.900 t), Coreia do Sul (57.500 t) e Japão (50.500 t).

USDA INFORMA VENDA DE 305 MIL T A UM DESTINO NÃO IDENTIFICADO
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou que exportadores do país venderam 305 mil toneladas de soja para destinos não identificados, e entrega na safra 2010/11.
Um destino não é identificado quando o exportador norte-americano vende o produto para um intermediário que ainda não fechou o comprador final da mercadoria. Nos EUA, todo exportador é obrigado a informar ao USDA vendas acima de 100 mil t.

FARELO: VENDAS CAEM 37% NA SEMANA
Os Estados Unidos venderam um saldo de 153.900 de toneladas de farelo de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 21/10, queda de 37% ante as vendas da semana anterior. Os principais compradores foram Honduras (34.600 t), Japão (26.100 t), Polônia (23.000 t), México (18.800 t), Canadá (14.800 t), El Salvador (11.300 t) e República Dominicana (10.100 t). Houve cancelamentos de Guatemala (4.600 t) e Marrocos (900 t). Embarques de 179.600 t foram para a Austrália (40.000 t), México (24.100 t), Canadá (21.000 t), Guatemala (19.100 t) e Venezuela (16.500 t).

ÓLEO DE SOJA: VENDAS DE  5.500 T NA SEMANA
Os Estados Unidos venderam um saldo de 5.500 de toneladas de óleo de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 21/10. Os principais compradores foram China (40.000 t), México (4.200 t), República Dominicana (800 t) e Nicarágua (800 t). Houve cancelamentos de um destino não identificado (40.000 t) e do Canadá (500 t). Embarques de 77.300 t foram para a China (40.000 t), Argélia (31.400 t), Marrocos (2.600 t) e México (2.300 t).

MILHO: VENDAS CRESCERAM 160% NA SEMANA.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 550.800 toneladas de milho da safra 2010/11 na semana encerrada em 21/10, aumento de 160% ante a semana anterior, mas queda de 17% ante a média dos quatro períodos anteriores. Os principais compradores foram Japão (190.200 t), Coreia do Sul (122.500 t), Síria (61.000 t), México (60.500 t), destino não identificado (54.100 t) e República Dominicana (29.500 t). Houve cancelamentos da Colômbia (14.900 t), Costa Rica (10.000 t) e Canadá (10.000 t). Embarques de 581.700 t representaram queda de 30% ante os da semana anterior e de 35% ante a média de quatro semanas passadas. Os principais destinos foram Japão (232.000 t), Síria (61.000 t), Coreia do Sul (57.600 t), México (47.500 t), Guatemala (35.100 t), e Panamá (30.700 t).

TRIGO: VENDAS CRESCERAM 5% NA SEMANA
Os Estados Unidos venderam um saldo de 604.400 toneladas de trigo da safra 2010/11 na semana encerrada em 21/10, aumento de 5% ante a semana anterior e de 1% ante a média dos quatro períodos anteriores. Os principais compradores foram Egito (240.200 t), Coreia do Sul (77.800 t), Japão (76.100 t), Filipinas (67.500 t), México (40.100 t) e Canadá (28.500 t). Houve cancelamentos de um destino não identificado (98.800 t), da Turquia (25.000 t), Argélia (20.000 t) e da Guatemala (7.200 t). Embarques de 653.100 t representaram aumento de 10% ante os da semana anterior, mas queda de 11% ante a média de quatro semanas passadas. Os principais destinos foram Egito (123.700 t), Peru (67.900 t), Japão (53.200 t), Taiwan (50.000 t), Filipinas (49.500 t) e Nigéria (47.300 t).

CHINA-SOJA FECHA EM QUEDA COM TEMORES SOBRE INFLAÇÃO.

As cotações da soja fecharam com queda na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, pressionadas pela promessa do governo do país de limitar o avanço dos preços das commodities. O contrato setembro, mais negociado, recuou 17 yuans (0,4%), para 4.416 yuans por tonelada (6,69 yuans = US$ 1).
O governo chinês disse ontem após o fechamento dos mercados que manteria a estabilidade dos preços das commodities para impedir eventuais bolhas de ativos e controlar a inflação. Separadamente, o Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) disse que o risco de inflação está sob controle, mas que a elevação dos preços ao consumidor, provocada por vários fatores, "é difícil de ignorar".
Esses comunicados pressionaram os mercados, reforçando o sentimento baixista que já começava a dominar o mercado de soja chinês por causa da expectativa de importação recorde no quarto trimestre, disse Monica Tu, analista da Shanghai JC Intelligence Co. A companhia, uma das líderes em pesquisa de mercado na China, estimou que as importações de soja em outubro devem chegar a 5,6 milhões de toneladas, o segundo maior volume do ano, depois do recorde de 6,2 milhões de t anotado em junho. De outubro a dezembro, as compras chinesas deverão chegar a 16 milhões de t, disse Tu.

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA COM DEMANDA PARA EXPORTAÇÃO E FORÇA DO TRIGO

A forte demanda para exportação voltou a sustentar os preços da soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado de trigo também registrou ganhos e deu suporte. Os contratos mais negociados da oleaginosa, com vencimento em janeiro, subiram 5,0 cents ou 0,41% e fecharam a US$ 12,36/bushel.
A expectativa é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirme um bom volume exportado na semana, no relatório de desta quinmta feira 28/10, especialmente para a China. Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, explicou que essa ideia deu força ao mercado hoje."A demanda por soja tem sido grande e isso foi suficiente para sustentar o mercado diante da força do dólar e das perdas de outras commodities, inclusive do petróleo, de metais preciosos e do algodão", disse Zuzolo.
A força do trigo atraiu compradores ao mercado de soja, com desaceleração das vendas de produtores no mercado à vista. Um trader afirmou que o mercado conseguiu superar um deslize observado no início do dia, consolidando ganhos, de modo que a influência do trigo foi positiva.
TRIGO RETOMA GANHOS DIANTE DO CLIMA SECO
Os contratos futuros de trigo encerraram a quarta-feira em território positivo no mercado americano, pela quarta sessão consecutiva.
Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro avançaram 10,75 cents ou 1,55%, para US$ 7,0275/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento terminou a US$ 7,54/bushel, em alta de 15,50 cents ou 2,10%. O principal motivo da alta é o clima seco em algumas áreas de produção dos Estados Unidos, que pode prejudicar a safra recém-plantada.
Segundo a empresa de análises climáticas Freese-Notis Weather, a previsão de clima seco na região central dos Estados Unidos nesta semana é "claramente uma má notícia" para o trigo de inverno. Um analista explicou que o fato de os futuros terem superado a média móvel de 20 dias na CBOT atrai compras de fundos e sinaliza ganhos adicionais.
Áreas do Meio-Oeste passam por dificuldades por causa de "um clima incrivelmente seco", segundo o analista independente Dave Marshall. A expectativa é de que a condição não melhore muito nas principais áreas produtoras durante a semana que vem.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MILHO TERMINA SESSÃO EM ALTA COM SUPORTE DO TRIGO.

Com suporte do mercado de trigo, os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago foram capazes de fechar em alta e se recuperar de um declínio registrado no início do pregão desta quarta-feira. Os lotes para entrega em dezembro avançaram 6,25 cents ou 1,09% para US$ 5,7725/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 9 mil lotes hoje.
O mercado teve uma recuperação impressionante, segundo o analista Chad Henderson, da corretora Prime Ag Consultants, após uma realização de lucros inicial em meio à valorização do dólar. A alta do milho ocorreu mesmo com a pressão de outros mercados, inclusive ouro, petróleo e algodão, que ficou no limite de baixa.
Segundo Henderson, apesar dos ganhos, o mercado de milho continua oscilando dentro de um intervalo já negociado nas últimas duas semanas, incapaz de criar um momentum. Ele lembrou que os traders aguardam os relatórios de safra do governo que serão divulgados em novembro.
Participantes do mercado estão aguardando os dados de safra para obter novas estimativas de produção, pois recentemente os futuros saltaram para as máximas em dois anos diante de uma redução da expectativa de colheita. A incerteza sobre os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimulou os traders a manter algum prêmio de risco embutido nas cotações, com questionamentos sobre a demanda da China.
O que limita a valorização, de acordo com Henderson, é a redução da demanda por causa da alta das cotações.

ARGENTINA: SAFRA DE GRÃOS 2010/11 SERÁ RECORDE.

Os produtores rurais da Argentina devem colher uma safra recorde de grãos, perto das 100 milhões de toneladas, de acordo com o vice-ministro de Agricultura, Lorenzo Basso. Ele estimou a produção de soja da safra que começou a ser plantada em 55 milhões de toneladas, ante 54,5 milhões de t no ciclo anterior. O governo ainda não divulgou estimativa oficial. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima 50 milhões de toneladas.
A produção de milho, disse Basso, deverá ficar entre 26 milhões e 27 milhões de toneladas, ante 22,5 milhões de toneladas produzidas na safra anterior. Cerca de dois terços da safra foram semeados e as lavouras estão em boas condições. Já o trigo deverá render 13 milhões de toneladas, na estimativa do vice-ministro, um milhão a mais que a atual projeção do próprio ministério. Na safra anterior foram produzidas 9,6 milhões de tons.

ÓLEO DE PALMA/MALÁSIA FECHA COM QUEDA, PRESSIONADO POR DÓLAR.

As cotações do óleo de palma cru fecharam com queda na Bolsa de Derivativos da Malásia, pressionadas por realizações de lucro, em linha com o que ocorreu na maioria dos mercados de commodities nesta manhã por causa da valorização do dólar. A expectativa de queda nas importações de óleos comestíveis da Índia também reduziu o ânimo dos compradores. O contrato janeiro caiu 16 ringgit, para 3.037 ringgit por tonelada. "O mercado está preocupado com a safra recorde de soja na Índia, que poderá reduzir a necessidade de importação do país", afirmou o gerente de uma companhia produtora de óleo de palma de Kuala Lumpur.
Enquanto isso, na China, a Zhengzhou Commodity Exchange elevou as margens de garantia para algumas commodities como arroz, óleo de canola e trigo, para conter a especulação. O governo do país tem se mostrado preocupado com a inflação provocada pelo aumento dos preços dos alimentos.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA PRESSIONADA PELO DÓLAR

As cotações da soja fecharam com queda na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, mais uma vez pressionadas pela valorização do dólar. O contrato setembro, o mais negociado, recuou 1,2% para 4.433 yuans por tonelada (6,69 yuans = US$ 1). A especulação de que o Federal Reserve poderá adotar um afrouxamento quantitativo menor que o esperado pelo mercado em sua próxima reunião de política monetária no dia 3 de novembro sustentou o dólar.
Mas o mercado de soja tem fundamentos positivos, como a forte demanda registrada na China e as preocupações em torno do plantio no Brasil.
Uma fonte de um órgão estatal chinês do setor de grãos disse à Dow Jones nesta quarta-feira, que compradores do país adquiriram 200 mil toneladas de óleo de soja da América Latina na semana passada.

CHINA COMPRA 200 MIL TONS DE ÓLEO DE SOJA DO BRASIL E DA ARGENTINA.
Compradores da China adquiriram 200 mil toneladas de óleo de soja do Brasil e da Argentina na semana passada, segundo fontes do governo. Isso reflete a forte demanda pelo produto e a diminuição nos estoques no país.
A China retomou as compras de óleo de soja da Argentina no início deste mês, depois de uma disputa comercial. "A informação que temos é que as aquisições foram realizadas pela Cofco (maior trading de grãos da China)", disse a fonte. Procurada, a Cofco não se manifestou sobre as transações. As cargas de óleo serão entregues entre março e maio do próximo ano.
De janeiro a setembro, as importações de óleo de soja da China caíram 50% para 873.676 toneladas, de acordo com informações da Administração Geral de Alfândega, por causa da disputa comercial com a Argentina, maior fornecedor do produto ao país. Neste mesmo período, as vendas do Brasil para clientes chineses dobraram. Analistas consideram que o aumento das importações em outubro será temporário porque o produto doméstico segue bem mais barato que o importado.

SOJA: CHICAGO FECHA PERTO DA ESTABILIDADE.

Os preços futuros da soja se mantiveram perto da estabilidade nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, sustentados pela influência do mercado de trigo e pela forte demanda para exportação. Os contratos com vencimento em novembro avançaram 1,25 cent ou 0,10% e terminaram a US$ 12,19/bushel. Posição mais líquida, o contrato janeiro subiu 1,0 cent ou 0,08% e encerrou a US$ 12,31/bushel.
O mercado registrou perdas no início do dia, mas se recuperou na esteira do trigo e se consolidou, sem novidades sobre demanda, de acordo com o analista Jack Scoville, da corretora Price Futures Group. A sólida demanda da China nas últimas semanas continuou sendo fator de suporte, apesar de não haver novos anúncios pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A alta do dólar limitou os avanços das commodities e colocou os compradores à margem do mercado de soja, de acordo com analistas.

MILHO FECHA EM ALTA APOIADO NO DESEMPENHO DO TRIGO
Os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira com valorização na Bolsa de Chicago sustentados pelo desempenho do trigo, que subiu em meio a preocupações com a oferta. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, avançaram 2,25 cents ou 0,40% e terminaram a US$ 5,71/bushel.
Embora haja poucas notícias capazes de dar suporte para o milho neste momento, tanto ele como a soja seguiram o trigo, de acordo com o analista Jim Riley, da corretora Linn Group. O trigo e o milho estão ligados porque ambos são usados como ração e por causa da concorrência por área plantada. Riley declarou que os grãos tiveram comportamento "admirável" diante da força do dólar, que deveria ter pesado sobre as commodities.
Traders afirmaram que intensas tempestades ocorreram hoje no Meio-Oeste, mas que isso não foi um fator que mexeu com o mercado, pois a maior parte da safra de milho já foi colhida. O mercado abriu em queda hoje, mas analistas disseram que ainda há muitos participantes comprando na baixa e que os preços poderiam saltar para US$ 6/bushel ou mais.
A expectativa é de que, em 2011, a oferta cairá para seu menor nível em 15 anos por causa da safra decepcionante de 2010. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do milho em Chicago.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

TRIGO FECHA COM GANHOS DIANTE DE CONDIÇÃO DA SAFRA

Os preços futuros do trigo subiram nesta terça-feira no mercado americano, alcançando máximas em uma semana diante da condição ruim da safra dos Estados Unidos. Além disso, o recente movimento de vendas se esgotou e estimulou uma mudança na direção do mercado.
Os contratos com vencimento em dezembro na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta de 18,0 cents ou 2,67%, cotados a US$ 6,92/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançou 16,75 cents ou 2,32% e terminou a US$ 7,3850/bushel.
Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 4 mil lotes hoje a CBOT. O mercado foi energizado pelo fato de que, ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a qualidade da safra de trigo do país está no nível mais baixo desde 1991.
Segundo o analista Joel Karlin, da companhia de rações Western Milling, a notícia veio à tona num momento de maior preocupação com a oferta global. "Com os problemas na produção global de trigo e nos estoques neste ano, é papel dos Estados Unidos produzir uma boa safra", disse.
O clima seco desacelerou o início da temporada de inverno do Sul das Grandes Planícies até o Leste da região Meio-Oeste. O USDA disse ontem que apenas 47% da safra de inverno está em condição boa ou excelente, ante 62% no ano passado, em seu primeiro relatório sobre esta safra.
O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, acrescentou que o mercado também se beneficiou do esgotamento do interesse pelas vendas, depois de duas semanas em que se viu um rali de vendas. A incapacidade do mercado para esticar as perdas diante do declínio inicial do milho atraiu realização de lucros, de acordo com McCambridge.
"Os ganhos são mais porque o mercado lida com a condição de sobrevendido, pois você não pode creditar muito aos dados de acompanhamento de safra no outono", explicou. "A condição no outono não está muito bem relacionada com o rendimento final, mas está sinalizando a necessidade de que se tenha um clima bom na primavera, depois que a safra sair do período de dormência." Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do trigo em Chicago e Kansas City.

PREGÃO ELETRÔNICO-GRÃOS EM CHICAGO CAI PRESSIONADO PELO DÓLAR.

As cotações da soja, do milho e do trigo fecharam com queda no pregão eletrônico da Chicago Board Of Trade pressionadas pela valorização do dólar. O câmbio foi uma oportunidade para os traders realizarem lucros sobre os ganhos recentes nesses mercados. Mas a demanda chinesa ainda deve sustentar os preços da soja, segundo traders.
No fechamento, o contrato janeiro recuou 5,75 cents a US$ 12,2425/bushel, o dezembro do milho perdeu 6 cents, a US$ 5,6275/bushel e o do trigo recuou 1,50 cent, a US$ 6,7250/bushel.

GRÃOS/CBOT- RABOBANK ELEVA ESTIMATIVA PARA PREÇOS.

O Rabobank elevou suas estimativas para os preços da soja negociados na Chicago Board Of Trade por causa da forte demanda da China. A instituição também aumentou a projeção das cotações do milho.
As da soja deverão oscilar em torno de US$ 11,75 por bushel até dezembro, ante US$ 10,50 previstos anteriormente. De janeiro a março, os preços deverão subir a US$ 12,75/bushel, uma elevação de 23% ante o estimado antes. "A demanda global por soja continua excepcionalmente robusta e mesmo com os preços nos atuais níveis não há sinais de arrefecimento", disse o Rabobank em relatório. As boas margens de lucro no processamento da oleaginosa na China farão com que o país importe mais que as 55 milhões de toneladas em 2010/11 previstas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), acredita o banco. Para o Rabobank, o USDA subestima a demanda global. A China é o maior importador mundial de soja; em 2008 comprou 41 milhões de t e, em 2009, 50 milhões de tons.
O banco aumentou sua estimativa para o preço médio do milho de US$ 5,25 para US$ 5,50/bushel neste trimestre e de US$ 5,25 para US$ 5,80 no próximo trimestre.

ÓLEO DE PALMA/MALÁSIA CAI EM DIA DE REALIZAÇÃO DE LUCRO

As cotações do óleo de palma cru fecharam com queda na Bolsa de Derivativos da Malásia, pressionadas por realizações de lucro em dia de dólar forte. Os futuros, contudo, permaneceram acima dos 3.000 ringgit. O contrato janeiro recuou 18 ringgit, para 3.053 ringgit por tonelada (3,09 ringgit = US$ 1).
Um exportador de óleos vegetais disse que a produção malaia de óleo de palma em outubro não deverá crescer como inicialmente esperado, então os fundamentos ainda devem sustentar os preços altos. A produção deverá crescer entre 5% e 8%, de uma previsão anterior de 7% a 15%, sobre as 1,56 milhão de toneladas apuradas em setembro. Segundo ele, os preços têm resistência em 3.100 ringgit por tonelada. "A correção nos preços do óleo de palma é limitada e temporária. Qualquer aperto na oferta deve induzir os compradores a aumentar suas aquisições para atender obrigações de exportação", disse um trader de Cingapura.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA COM REALIZAÇÕES DE LUCRO

As cotações da soja fecharam com queda na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, pressionadas por realizações de lucro. O contrato setembro perdeu 21 yuans para 4.488 yuans por tonelada. Analistas consideraram que as cotações devem continuar a se consolidar nesta semana enquanto o mercado espera a decisão de política monetária do Fed, nos Estados Unidos. O banco central norte-americano pode tomar medidas para reativar a economia do país, o que poderá pressionar ainda mais o dólar. "O mercado está cauteloso. Ninguém quer fazer grandes apostas antes da reunião do Fed", disse Deng Ningning, analista da Shanghai Cifco Futures. Fatores técnicos também apontam para uma correção de médio prazo para a soja negociada na Dalian, embora a tendência de alta permaneça no longo prazo, disseram analistas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MILHO FECHA EM ALTA PUXADA POR DÓLAR E PREOCUPAÇÃO COM CHUVA

Os preços futuros do milho subiram nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), com influência do dólar e preocupações com a safra americana. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em dezembro avançou 8,75 cents ou 1,56% e fechou a US$ 5,6875/bushel.
O dólar se enfraqueceu após a reunião do grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20), estabelecendo um fator dominante para as commodities, segundo analistas. "O dólar definiu o tom e o mercado parece ter caminhado oposto ao dólar ao longo do dia", observou o analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures.
O enfraquecimento da demanda, demonstrado pelas exportações semanais nesta segunda-feira, limitou os ganhos do mercado e são um sinal de que os compradores não pretendem puxar mais o mercado. Alguns traders mencionaram que o enfraquecimento dos embarques sinalizam que os compradores começam a recuar diante dos preços elevados o mercado de milho. Mas outros comentaram que levará pelo menos duas semanas para confirmar essa tendência.
Além do dólar, traders citaram tempestades na região Meio-Oeste como possível limitador de oferta. Suderman explicou que, da safra que ainda falta ser colhida (cerca de 20%), de 40 a 50 milhões de bushels podem ser perdidos. Estima-se que a produção some 13 bilhões de bushels.

TRIGO ACOMPANHA OUTRAS COMMODITIES E FECHA COM VALORIZAÇÃO
Bem como outras commodities, os contratos futuros de trigo registraram valorização hoje no mercado americano. Os contratos com vencimento em dezembro negociados na Bolsa de Chicago, subiram 3,25 cents ou 0,48% e fecharam a US$ 6,74/bushel. Na Bolsa de Kansas o mesmo vencimento terminou cotado a US$ 7,2175/bushel, em alta de 2,75 cents ou 0,38%.
As compras nos mercados de milho e soja se refletiram no de trigo, já que as culturas competem por área plantada nos Estados Unidos. Além disso, o trigo depende da força dos vizinhos porque ultimamente não tem ameaças à oferta no curto prazo ou forte demanda para exportação.
Participantes do mercado assimilaram preocupações com a Rússia. Traders se concentram agora na safra do ano que vem, não só da Rússia como também dos Estados Unidos, onde há preocupações com o clima seco e eventual redução da produtividade.

SOJA: CHICAGO ENCERRA COM GANHOS, IMPULSIONADA POR DÓLAR E EXPORTAÇÕES

Os preços internacionais da soja subiram hoje na Bolsa de Chicago impulsionados pela fraqueza do dólar americano pela forte demanda para exportação. Os contratos com vencimento em novembro subiram 18,25 cents ou 1,52% e fecharam a US$ 12,1775/bushel. Durante a sessão, tocaram a máxima de 14 meses a US$ 12,2350/bushel, estabelecida na semana passada. Os lotes para entrega em janeiro, os mais negociados, saltaram 18,50 cents ou 1,53% e terminaram a US$ 12,30/bushel.
A fraqueza do dólar foi alimentada pelo fato de que os líderes do G-20 não tomaram nenhuma medida sobre política de câmbio durante a reunião realizada no fim de semana. Isso foi "uma luz verde para vender dólar", afirmou o presidente da corretora U.S. Commodities, Don Roose.O mercado recebeu suporte adicional das exportações, especialmente para a China. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou a venda de 232 mil toneladas de soja para a China durante o ano comercial 2010/11.
O anúncio foi o mais recente de uma série iniciada há alguns dias. Analistas comentaram que o mercado de soja está no caminho para superar a demanda para exportação do ano passado, o que pode deixar os estoques apertados. Embora a demanda seja forte, analistas disseram que o mercado não deve registrar novos ganhos se não houver sinais de limitação na oferta ou novos aumentos do consumo.
O USDA anunciou hoje que 91% da safra de soja foi colhida, ficando dentro da expectativa do mercado, de 90% a 95%. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos da soja em Chicago.
COTAÇÕES DO COMPLEXO SOJA NA BOLSA DE CHICAGO 

     GRÃO                          FARELO                                 ÓLEO   

      US$/bushel    cents           US$/ton                      US$ (cents/libra)    pontos   

nov/10   12,1775 18,25     dez/10334,60 3,70                   dez/10      49,47    117  

jan/11   12,3000 18,50      jan/11335,70 3,20                    jan/11      49,82    118  

mar/11   12,3725 18,50     mar/11337,90 3,00                   mar/11      50,17    118 

mai/11   12,3925 17,50     mai/11338,60 2,70                   mai/11      50,36    119 
CBOT/Agência Estado

SOJA- BOLETIM-CÉLERES-INFORMATIVO SEMANAL.

Paridade de exportação para março/11 aponta preços para a venda antecipada de soja, em média, acima de R$ 40,00/saca. A conta da paridade de exportação futura de exportação da soja para março/11,considerando sete importantes praças de comércio e/ou produção, mostrou-se bastantes favorável ao produtor rural.
A conjunção das variáveis utilizadas na formação dos preços da soja para o mercado brasileiro, as quais resultaram em cotações para a saca de soja no patamar médio de R$ 42,00. Tal nível de preço significa que os produtores que optarem por comercializar antecipadamente a produção 2010/11, poderá obter margens médias sobre o custo direto operacional na casa de 40%, conforme já comentado em nossos relatórios anteriores.
Vale destacar que para o Estado de Mato Grosso os custos logísticos devem impactar sobre a margem dos produtores, a qual na última sexta-feira ficou estimada aproximadamente em 30%.
O contexto atual de demanda firme por soja no mercado internacional tem resultado em cotações interessantes na Bolsa de Chicago e prêmios de exportação nos portos brasileiros – variáveis utilizadas no cálculo de paridadede exportação.
Hoje, nota-se que o volume dos embarques de soja no Brasil já totalizou mais de 90% da estimativa de exportação para o ano atual (29,8 milhões t), o que atesta o contexto descrito acima.
A taxa de câmbio é o ponto negativo do momento, pois como se trata de uma variável macroeconômica, torna-se difícil seu controle e previsão. Na última sexta-feira, a cotação futura dessa taxa, negociada na BM&F/BOVESPA, terminou os negócios em R$ 1,76/US$. Tal valor mostrou-se acima do observado no mercado à vista (R$ 1,70/US$), mas consideravelmente valorizado retirando parte do potencial de valor dos preços da soja.
Trabalhos de plantio da soja seguem atrasados, ainda por volume de chuvas abaixo da normalidade. Em pesquisa realizada na semana passada, observou-se que os trabalhos de plantio da soja no Brasil não evoluíram devido à falta de chuvas em grandes regiões produtoras da oleaginosa. Estima-se que os trabalhos de semeadura do grão já tenham atingido a marca de 17%, ante 10% da semana anterior e 20% observado no mesmo período do ano passado. Mesmo em atraso, se comparado ao ano anterior, o ritmo de plantio da soja está três pontos percentuais à frente do registro calculado para as últimas cinco safras. Quanto à comercialização, as vendas da safra velha registraram 94% e da safra nova 25%.

Doméstico
Em linha com a valorização dos preços no mercado externo, as cotações da soja no mercado doméstico também reportaram alta na semana. Também há de se destacar a desvalorização do Real frente ao Dólar,de R$ 1,70US$ (+2,7% de desvalorização da moeda nacional).
No mercado disponível, os preços da saca de soja apresentaram ganhos de 2,4% nas principais praças pesquisadas pela Céleres®, quando comparados com a semana precedente. Nos últimos trinta dias, as cotações da soja no disponível apresentaram ganho de 7,7%.
Quanto aos prêmios de exportação, o ágio sobre as cotações de Chicago com referência março/11 manteve o padrão de US$ 0,65/bushel, na venda, observado nos últimos dias. A cotação da saca de soja no Porto de Paranaguá terminou a sexta-feira valendo US$ 27,5 (+1,9% em relação àsemana anterior).

Internacional
No mercado internacional as cotações da soja voltaram a registrar ganhos acumulados durante a última semana. Até mesmo a cotação da 1ª Posição negociada na Bolsa de Chicago apresentou fechamento no patamar de US$ 12,00/bushel. Conforme havíamos reportado no relatório da semana passada, tal valor de fechamento não era observado desde agosto do ano anterior. O contrato março/11 terminou a semana negociado a US$ 12,18¾/bushel, com valorização de 15,25 pontos em relação à semana anterior e de 112,5 no intervalo de trinta dias.
As exportações de soja dos EUA servem como termômetro para as cotações internacionais dessa commodity. Neste sentido, com base nos últimos dados de vendas semanais do mercado exportador norte-americano, tem-se que mais de 60% da projeção do trade externo do país (40,4 milhões t) já foi realizado – detalhe, isso com menos de dois meses após o início do ano comercial atual.
Os principais motivos que têm dado à soja sustentação de preços elevados são a demanda pelo produto, principalmente por parte da China; a fraqueza de outros mercados, como exemplo o do Dólar; a participação dos fundos especulativos na ponta compradora dos contratos futuros de soja e a incerteza quanto o desenrolar das adversidades climáticas na América do Sul.

E S T R A T É G I A S
Neste ano, a valorização dos preços externos da soja conta com o fundamento central de demanda aquecida, o que dá suporte para as cotações, principalmente nos cenários de curto e longo prazo – lembrar que os estoques finais ainda estão apertados nos EUA.
Ao contrário do observado em 2008, quando os preços atingiram níveis recordes sustentados em especulação sobre a capacidade de a ofer ta atender ou não a demanda, atualmente, as cotações da oleaginosa contam com fundamentos sólidos em demanda. Vale reconhecer que a especulação t raz volatilidade, mas também dá liquidez ao mercado quando assume o risco do mercado. Portanto, os fundamentos: demanda + investimento especulat ivo, resulta em valorização para qualquer tipo commodity.
Todavia, é importante pontuar também que há fatores que atuam na contramão da tendência de alta como: o fato da colheita transcorrer sem maiores problemas nos EUA; Brasil e Argentina surpreenderem com safras cheias na América do Sul e, por últ imo, um eventual desaquecimento da demanda chinesa.
Neste contexto, a nossa recomendação paravenda da saf ra velha é de aproveitar o bom momento dos preços através de vendas parceladas, antes da pausa para manutenção das indústr ias e, com isso, captar capital de giro para cobr ir eventual idades de custeio no desenrolar do cultivo da nova safra.
Quanto às vendas antecipadas, é prudente esperar para analisar melhor os resultados do risco climático sobre as lavouras da América do Sul , num momento em as cotações registram altas semanas após semanas.

GRÃOS: BANCO ELEVA ESTIMATIVA PARA COTAÇÕES EM CHICAGO.

O banco Morgan Stanley elevou suas estimativas de preços para a soja, o milho e o trigo na Chicago Board Of Trade (CBOT), por causa do aumento da demanda doméstica nos Estados Unidos e da exportação. "Acreditamos que a produção dos EUA, sozinha, não será suficiente para atender o aumento do consumo interno e da exportação. Como resultado, os preços precisam subir para encorajar a expansão do plantio", avaliou o banco em relatório a clientes.
Os preços do milho terão subir a US$ 6 "e muito possivelmente a US$ 7" para racionar a demanda e evitar uma crise de oferta, avaliou o Morgan. O mercado, disse, também precisa encorajar os produtores a plantar mais milho em 2011. "Nas nossas contas, a área plantada precisa aumentar ao menos 2,5 milhões de acres (um milhão de hectares) no próximo ano para manter os estoques nos atuais níveis e isso não será fácil com a elevação dos preços de outras commodities" que competem com o milho por área nos EUA, como algodão, trigo e soja. Confira as estimativas:
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           Safra 2010/11          Safra 2011/12
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               Previsões               Previsões
        antiga     revisada     antiga   revisada
..................................................................
Soja    9,00        11,75      10,50     12,50
Milho   4,55         6,00       4,75      5,75
Trigo   5,75         7,50        6,00      7,25
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Valores em dólares por bushel
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GRÃOS EM CHICAGO SOBEM COM DÓLAR E EXPORTAÇÕES.

Os preços internacionais da soja estão avançaram nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, puxados pela depreciação do dólar americano, além do forte apetite da China pelo produto dos Estados Unidos. Contratos com vencimento em novembro avançavam 18,0 cents negociados a US$ 12,18/bushel. Os lotes para janeiro operavam em alta de 18,50 cents ou 1,53%, cotados a US$ 12,30/bushel.
Hoje, a queda do dólar dá suporte às commodities de forma generalizada. E o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou novas vendas à China, o que ajudou a impulsionar as cotações.

MILHO OPEROU EM ALTA COM DESVALORIZAÇÃO DO DÓLAR.
Os preços futuros do milho subiram nesta segunda-feira estimulados pela desvalorização do dólar frente a uma cesta de moedas, que está impulsionando as commodities de um modo geral. O vencimento dezembro subiu 8,75 cents ou 1,70% e operavam a US$ 5,68 75/bushel. Traders disseram que os ganhos se devem mais ao fluxo de dinheiro de investidores no mercado do que aos fundamentos do milho. Mas eles acrescentaram que tempestades no Meio-Oeste, no início desta semana, podem causar problemas para produtores que acabaram de dar início à colheita.

TRIGO SEGUIU O CAMINHO DO MILHO E SOJA
Os contratos futuros de trigo registram ganhos nesta segunda-feira nos Estados Unidos, com suporte de outros mercados. Analistas disseram que a alta do milho e da soja estimulam o mercado de trigo, já que os grãos competem por área plantada. E a queda do dólar impulsiona as commodities hoje.Dezembro na Bolsa de Chicago subiu 3,25 cents a US$ 6,74/bushel.

SOJA: EUA VENDEU MAIS SOJA PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta segunda feira que exportadores do país venderam 231.330 mil toneladas de soja para a China com entrega na safra 2010/11. Nos EUA, os exportadores são obrigados a informar ao USDA vendas acima de cem mil toneladas.

CLÍMA:PRÓXIMOS DIAS REGÃO SUL TERÁ MENOS CHUVA E BAIXA TEMPERATURA.

O padrão climático não muda muito nos próximos 15 dias em relação ao que foi observado na semana passada. As frentes frias atuam mais entre o Sudeste, Centro-Oeste e chegam ao Nordeste do Brasil, informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. No entanto, como é típico nesse período de transição entre o período seco (inverno) e o período chuvoso (verão), as águas, em geral, ainda são irregulares e mal distribuídas.
Já no Sul do Brasil, uma substancial redução das chuvas deve ser observada nas próximas semanas, o que foge um pouco do padrão, já que a primavera é um período bons volumes de água. "Essa mudança de padrão no Sul pode ser atribuída à presença do fenômeno La Niña, contrastando com o que foi observado no ano passado, quando a região enfrentou períodos bastantes chuvosos por causa do El Niño", diz o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Além disso, as temperaturas devem continuar baixas nas próximas semanas, sobretudo a temperatura noturna e na madrugada, com valores abaixo de 10 graus, o que atrapalha diretamente a fase de germinação das sementes.

Primavera
Na semana passada, de acordo com a Somar, as chuvas se concentraram sobre o Sudeste, Centro-Oeste e o Norte do Brasila, mesmo assim, ainda de forma muito irregular e mal distribuída. Os maiores volumes se concentraram entre Rondônia, Mato Grosso, sul do Pará, Tocantins e interior da Região Nordeste.
No Sul do Brasil houve uma redução das águas, que já prejudica a lavoura de arroz do Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, os produtores têm de irrigar a lavoura para que a planta possa nascer. Os índices de Capacidade Hídrica do Solo refletem o resultado das chuvas das últimas semanas: houve uma recuperação em Goiás e Mato Grosso, enquanto a condição de plantio das lavouras de verão manteve-se boa no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.

Argentina
Conforme boletim da Somar, a semana passada manteve um padrão de pouca chuva sobre grande parte do território argentino. Os maiores volumes se concentraram sobre a Província de Buenos Aires e no extremo norte do País.
Os resultados do balanço hídrico até o dia 20 de outubro mostram duas condições bem distintas. Enquanto a faixa leste apresenta uma condição de solo ótima e até ligeiramente mais úmido, sobre a região central da Argentina se observa um solo mais seco e com indícios do começo de uma seca, que atinge inclusive algumas áreas produtoras de milho e soja.
A previsão para esta semana não muda muito em relação aos últimos sete dias: permanece a previsão de pouca chuva sobre o território argentino. "O padrão de pouca água deve persistir pelo menos até os dez primeiros dias de novembro", informa Etchichury.
As temperaturas nas próximas semanas oscilam bastantes mas, no geral, se mantêm baixas, principalmente no período noturno. Por um lado, isso contribui para diminuir a evapotranspiração, em contrapartida, retarda a elevação da temperatura do solo e consequentemente as condições de plantio.

PERSPECTIVA: DEMANDA CHINESA E VENDAS DOS EUA DEVEM ORIENTAR CBOT

O mercado futuro de soja na Bolsa de Chicago segue de olho nos relatórios do Departamento dos Estados Unidos (USDA) sobre a forte demanda chinesa e o bom desempenho das vendas no mercado interno norte-americano, fatores que têm elevado as cotações aos níveis máximos nas últimas semanas. Em pouco mais de um mês as vendas externas do Estados Unidos já atingiram mais de 60% de todo volume previsto para a safra 2010/11.
Outro fundamento que irá nortear o mercado é o atraso do plantio no Brasil. Os relatórios sobre a evolução dos trabalhos de campo, que serão divulgados na sexta-feira, serão fundamentais para definir também a intenção de plantio de algodão safrinha e milho em Mato Grosso, culturas que são semeadas após a colheita da soja.
Tecnicamente, o vencimento para novembro, o mais líquido, trabalha dentro de intervalo entre US$ 11,65 e US$ 12,50/bushel. A resistência é de US$ 12,14 e US$ 12,2350 (máxima de quinta-feira passada). O suporte é de US$ 12,00 e US$ 11,88 o bushel.
No mercado futuro milho, analistas comentam que os contratos zeraram os ganhos da semana passada, quando ocorreu a máxima em dois anos. A demanda de exportações recuou e os preços acompanharam o movimento. A fraqueza do mercado da soja e a estabilização do dólar ante outras moedas também contribuíram para derrubar as cotações.
O mercado deve trabalhar nos próximos dias à espera da divulgação do relatório mensal do USDA, prometido para o dia 9 de novembro. O documento deve indicar uma redução na estimativa sobre estoques e produção do cereal, o que deve garantir alguma sustentação aos preços.
Pelos gráficos, os contratos de milho, base dezembro, mostram sinais baixistas. O objetivo é o nível de US$ 5,4275 o bushel, mas a CBOT deve romper antes US$ 5,55 e US$ 5,6175. A resistência é o nível psicológico de US$ 6,00/bushel. Antes, porém, o mercado deve testar US$ 5,70 e US$ 5,75 o bushel.
O clima seco atrasou o desenvolvimento inicial da safra de trigo nos Estados Unidos. Isso tem oferecido alguma sustentação aos preços, dizem analistas. As lavouras, no entanto, ainda precisarão de mais chuva, antes da chegada do inverno. Na CBOT, os contratos com vencimento em dezembro subiram 2,0 cents ou 0,30% na sexta-feira e fecharam a US$ 6,7075/bushel.
Participantes do mercado se concentram nos prospectos para a safra de trigo que deve ser colhida no ano que vem porque as preocupações de curto prazo com a oferta já foram assimiladas quando os futuros alcançaram máximas em dois anos, em agosto.
Graficamente, o contrato para dezembro em Chicago tem resistência psicológica a US$ 7,00 o bushel. O mercado deve romper antes, porém, US$ 6,75 e US$ 6,8775. O suporte é a mínima marcada em outubro, a US$ 6,4350 o bushel. Outros suportes são US$ 6,60 e US$ 6,67 o bushel.

CHINA/SOJA FECHA EM ALTA SEGUINDO GANHOS NAS COMMODITIES

As cotações da soja subiram na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange sustentadas pela desvalorização do dólar. A reunião do G-20 durante o fim de semana não conseguiu traçar iniciativas concretas para conter a desvalorização da moeda norte-americana e isso pesa sobre os negócios cambiais nesta segunda-feira, beneficiando os preços das commodities. O contrato setembro subiu 77 yuans para fechar em 4.509 yuans por tonelada (6,67 yuans = US$ 1).
Para analistas, soja e outras commodities agrícolas devem estender os ganhos nesta semana diante da perspectiva de desvalorização do dólar e por causa dos fundamentos. "Temos preocupações com o plantio no Brasil", o que é altista para a soja no curto prazo, considerou Jing Zhuocheng, analista Shanghai Cifco Futures. Apesar disso, outros analistas consideram que os atuais níveis de preço da soja, resultado de compras de fundos, estão acima dos fundamentos de oferta e demanda.
"A expectativa de enfraquecimento do dólar depois da reunião de política monetária do Fed (em 3 de novembro) é o principal motivo para os investidores estabelecerem posições compradas. Mas há preocupações de que essa expectativa de afrouxamento monetário já tenha sido absorvida pelo mercado", disse Jing. Na Dalian, ele calculou que o contrato da soja tem resistência entre 4.550 e 4.600 yuans por tonelada.

IMPORTAÇÃO DA CHINA CAI 2,7% EM SETEMBRO.
As importações de soja da China aumentaram 68% em setembro para 4,64 milhões de toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje pela Administração Geral de Alfândega do país. Ante agosto, o volume é 2,7% menor. Nos primeiros nove meses do ano, as compras subiram 24%, para 40,16 milhões de toneladas. O país é o maior importador mundial de soja e seus principais fornecedores são o Brasil, Estados Unidos e Argentina.
As importações de algodão do país dispararam 97% para 200.744 toneladas ante o mesmo período do ano passado. Ante agosto, contudo, houve queda de 16%, quando 240.119 t foram compradas. No acumulado do ano as importações da fibra dobraram para 2,15 milhões de toneladas. O país é o maior importador do mundo e compra algodão dos Estados Unidos, Usbequistão e Austrália.

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