segunda-feira, 13 de junho de 2011

PERSPECTIVA: MILHO DEVE INFLUENCIAR OUTROS GRÃOS EM CHICAGO.

O milho deverá ser o grande condutor dos mercados futuros de grãos negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta semana. A redução na perspectiva de produção, os estoques apertados e o plantio nos Estados Unidos aquém do esperado vão falar mais alto, dando sustentação a trigo e soja, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado.
Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu em 305 milhões de bushels a estimativa de produção de milho do país na temporada 2011/12, para 13,2 bilhões de bushels. Após a divulgação desses números, nas últimas três sessões da semana o cereal foi negociado com um valor acima do trigo, o que é considerado uma anomalia. Na sexta-feira, o contrato julho avançou 1,50 centavo, ou 0,19%, para fechar a US$ 7,87 por bushel. Durante a sessão, atingiu nova máxima recorde para o primeiro vencimento, a US$ 7,99 por bushel.
"O milho será o guia da soja e do trigo. Tecnicamente ele ganha força também e tem o objetivo no contrato julho de US$ 8,20 e no dezembro, que reflete o pico da safra americana, de US$ 7,50. Se alcançar esses níveis, a soja não tem como cair muito porque a relação de preços tem que ser mantida. Não há expectativa de baixa para nenhum dos três grãos", disse Flávio Oliveira, da Terra Futuros.
As preocupações com o milho deverão ofuscar o cenário baixista do mercado de soja, embora a perspectiva de estoques finais mais confortáveis do que o esperado possa limitar uma alta. No fim da semana passada as cotações da oleaginosa sofreram uma correção, uma vez que traders perceberam que não havia sustentação para preços tão altos, e pressionado pela firmeza do dólar o contrato julho caiu 6,50 centavos, ou 0,47%, para fechar a US$ 13,8725 por bushel.
Por sua vez o trigo pode ver um aumento das compras para ração, segundo Oliveira, numa tentativa dos players de proteger o mercado de uma falta de milho. Na sexta-feira os primeiros vencimentos avançaram justamente por conta dessa expectativa de aumento da demanda, e o julho avançou 14,25 centavos, ou 1,91%, para US$ 7,5925 por bushel.
Mas o analista lembra que não se pode afastar um movimento de realização de lucros, já que os preços estão em níveis tão altos. "Num primeiro momento isso pode acontecer, para depois voltar a tomar força. Mas a tendência de médio e longo prazo é altista, não tem como fugir disso", disse Oliveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas