quarta-feira, 15 de junho de 2011

SOJA: INCERTEZA DE SAFRA DÁ SUSTENTAÇÃO NA CBOT

Os futuros da soja fecharam em alta na maioria hoje na bolsa de Chicago, conseguindo sair ilesos das vendas generalizadas em commodities. O contrato julho terminou estável, cotado a US$ 13,68 por bushel. O novembro, referente à nova safra, encerrou com alta de 3 centavos, a US$ 13,6675.
Traders mostraram que não estão confortáveis em tirar o prêmio de risco do mercado da soja devido às incertezas que ainda cercam a fase final de plantio nos Estados Unidos. O mercado ainda recebeu suporte quando traders se desfizeram de spreads entre posições compradas no milho e vendidas na soja, o que ajudou os futuros a enfrentar a influência negativa da alta do dólar e da fraqueza do petróleo.
Os produtos derivados também registraram ganhos, em linha com o grão, uma vez que as dúvidas sobre o tamanho da safra 2011/12 limitam a pressão de vendas nos mercados, disseram analistas.
O contrato julho do farelo de soja subiu US$ 1,30, ou 0,36%, para fechar a US$ 360 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo ganhou 20 pontos, ou 0,35%, cotado a 57,05 centavos por libra-peso.

MILHO CAI 3,9% COM INFLUÊNCIA DO CLIMA
Os preços internacionais do milho despencaram novamente hoje na Bolsa de Chicago, especialmente por pressão de outros mercados. A queda dos preços do petróleo e a alta do dólar em relação a outras moedas atraíram vendas nos mercados de commodities de um modo geral. Os contratos de milho para entrega em julho fecharam o dia em baixa de 29,75 cents ou 3,94%, cotados a US$ 7,2575/bushel. As preocupações com a economia global foram um fator negativo para as commodities, pois aumentam os temores relacionados à dívida da Grécia.
Traders acompanharam outros mercados para obter um direcionamento, conforme aguardam estimativas atualizadas sobre a safra, que serão divulgadas pelo governo norte-americano no dia 30 de junho. Esses dados são esperados porque produtores aceleraram os trabalhos no campo e concluíram o plantio na última semana.
A influência do petróleo foi negativa, especialmente por causa da utilização do milho como matéria-prima para o etanol. Além disso, fundos costumam operar numa cesta de commodities simultaneamente.
O mercado chegou a atingir o limite de baixa diário, de 30 cents, registrando o menor preço em quatro semanas e devolvendo ganhos obtidos na semana passada, quando registrou máximas recorde. A desvalorização foi estimulada pela noção de que os preços elevados estão contendo a demanda pelo grão.
Compradores da Ásia cancelaram compras de milho para ração animal, substituindo-o por trigo mais barato. Além disso, dados do governo dos Estados Unidos mostraram queda da produção de etanol na última semana.
As condições climáticas favoráveis também pressionaram as cotações, pois devem resultar em aumento das projeções para a safra de milho, após chuvas excessivas que interromperam o plantio no início da primavera.
O mercado teve "uma confluência de influências" ao longo do dia, resumiu o analista John Kleist, da corretora ebottrading.com.

TRIGO TEM FORTE DESVALORIZAÇÃO NA ESTEIRA DO MILHO
O mercado futuro de trigo encerrou a quarta-feira com perdas nos Estados Unidos, acompanhando o comportamento do milho, já que ambos os grãos são usados como ração.
Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em julho cederam 22,75 cents ou 3,11% e fecharam a US$ 7,0850/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento caiu 20,50 cents ou 2,44%, para US$ 8,1925/bushel.
A desvalorização do petróleo foi outra influência negativa para outras commodities, especialmente para o milho, por causa do etanol, segundo traders. O dólar subiu em relação a uma cesta de outras moedas e também pressionou as commodities, num dia de cautela por causa das incertezas relacionadas à recuperação dos Estados Unidos e ao problema da dívida de países europeus, principalmente a Grécia.
Traders mencionaram, ainda, o avanço da colheita de trigo nos Estados Unidos como estímulo para as vendas. As condições climáticas "devem permitir uma conclusão bastante rápida" da colheita em Oklahoma e no Texas, de acordo com a companhia de análises climáticas Freese-Notis Weather.

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