terça-feira, 10 de janeiro de 2012

LOGÍSTICA E O DESENVOLVIMENTO DO MATO GROSSO.

 

Em 2014 será inaugurada a ampliação do Canal do Panamá. A passagem permitirá o trânsito de navios com até 150.000 toneladas de capacidade de carga, o que hoje só alcança 60.000 toneladas. Será um incremento significativo. A produção agrícola que hoje escoa pelos portos como São Luiz, Pecém, Santarém e Itacoatiara, passando por esse Canal, poderá ter um valor de até US$ 2 por saco transferido aos agricultores, com a ampliação do mesmo. São investimentos do tipo que fazem a diferença quanto à formação da renda do setor.
Concretamente, o que foi feito até agora quanto à logística integrada para o escoamento da produção do estado de Mato Grosso?
O Plano de Investimentos para a Amazônia Legal, até 2020, com base no PAC contempla:
Hidrovias – R$ 2 bilhões. Todavia, não há nos projetos das hidroelétricas de São Manoel e Sinop, no rio Teles Pires, a implantação de eclusas. Logo, fere de morte a possibilidade de uma integração modal, para escoar a produção do principal eixo produtivo do estado.
Ferrovias – R$ 4.8 bilhões. A VALEC, reativa agora os estudos preliminares quanto a Ferrovia do Centro Oeste – FICO. Quando o primeiro trem apitará numa curva ainda que imaginária, na chegada de Lucas do Rio Verde?
Rodovias – A conclusão do asfaltamento da BR 163, vital para o escoamento de volumes significativos da produção estadual, poderá permitir o aproveitamento dessa nova vantagem do Canal do Panamá.
A luta pela redenção logística vem desde a década de 80, e o seu retardamento só trouxe sofrimento e dor a quem trabalha e produz. A qualidade do desenvolvimento regional teria sido outra, sendo desperdiçados recursos imensos, que acumulados, teriam dado sentido ao princípio de que incorporação do Povo à Nação significa desenvolvimento econômico.
Os governantes não podem e não devem esquecer que a geopolítica é a consciência geográfica do Estado.

Autor: Rui Wolfart

Rui Wolfart é engenheiro agrônomo, especializado em administração. Ex gestor público na área fundiária. Produtor Rural há 27 anos em Mato Grosso.

PRODUÇÃO DE GRÃOS/CONAB.

A produção nacional de grãos da safra 2011/12 deve chegar a 158,433 milhões de toneladas, com  uma redução de 2,8% ou 4,524 milhões de toneladas, se comparada  à última safra que chegou a 162,958 milhões de toneladas. O resultado é do quarto levantamento realizado pela Conab e anunciado hoje (10), em Brasília. Em relação ao último levantamento, realizado no mês passado, houve uma redução de 0,4% ou 646 mil toneladas. A diminuição é atribuída a fatores climáticos adversos, ocorridos  principalmente na região Sul.

As culturas de maior representação – milho e soja – somam 83% de toda a safra, com uma produção de 130,962 milhões de toneladas. O milho pode crescer 2,9%, considerando apenas a participação do de Primeira Safra. O de Segunda Safra só terá definida a situação a partir deste mês.

Área – No caso da  previsão de área, esta deve ficar em torno dos 50,447 milhões de hectares, com um crescimento de 1,1%, o que representa 528,2 mil hectares a mais que a última safra,  que alcançou 49,919 milhões de hectares. O aumento se relaciona ao milho Primeira Safra e à soja, com um aumento de 9,1% e 1,9%, respectivamente.

Por outro lado, o arroz teve  redução de área, devendo perder 267,3 mil hectares em relação ao cultivo anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares. A queda mais acentuada ocorre no Rio Grande do Sul, que deixa de cultivar 118,6 mil hectares.

Também, o feijão Primeira Safra apresentou redução. Em relação ao cultivo anterior de 1,420 milhão de hectares, houve uma queda de 147,9 mil hectares. O Paraná,  maior produtor nacional, deixou de cultivar 93,5 mil hectares. Na safra anterior,  semeou 344,1 mil hectares.

Já quanto à região Nordeste, o quarto levantamento considerou apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e do Piauí. E para a região Norte, foram considerados somente os estados do Tocantins e de Rondônia. Para as  demais regiões, foram mantidas as áreas da safra anterior, uma vez que o plantio só começa este mês.

A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 15 e 19 de dezembro, após ouvidos representantes de órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores. (Raimundo Estevam/Conab)

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