sexta-feira, 17 de setembro de 2010

SOJA: CBOT SOBE MAIS DE 3% COM RALI DO MILHO.

Os preços futuros da soja encerraram a sexta-feira com alta superior a 3% na bolsa de Chicago, impulsionado pelo rali do milho e por preocupações com a condição climática em importante área produtora na China. O vencimento mais líquido, base novembro, subiu 32,75 cents, ou 3,2%, para US$ 10,69/bushel, próximo da máxima no dia de US$ 10,72/bushel. Na semana, este contrato mais ativo teve valorização de 3,7%.
As cotações do milho se aproximaram das máximas de dois anos, acima da marca psicológica de US$ 5/bushel, puxadas por notícias de baixa produtividade nas lavouras norte-americanas e preocupações com a oferta apertada de grãos. Os participantes estão preocupados porque avaliam que a alta dos preços deve estimular os produtores a plantar mais cereal em detrimento da soja. É por esse motivo, que eles puxam as cotações da soja na tentativa de estimular os produtores sul-americanos a plantar mais oleaginosa e atender a demanda global, observa Bill Nelson, analista da Doane Advisory Services.
O mercado segue atento ao Brasil, segundo maior produtor global, depois dos Estados Unidos, em fase de preparação para a implantação da safra de verão. "Precisaremos de mais acres para a soja na América do Sul", acrescentou Nelson. As compras de especuladores ajudaram a sustentar os preços. Este segmento adquiriu cerca de sete mil lotes.
Os traders acompanham com cautela as previsões de geada na China na próxima semana, porque o desenvolvimento mais lento que o normal pode ter deixado as lavouras mais vulneráveis aos efeitos climáticos. De acordo com o serviço meteorológico T-Storm Weather, a onda de frio entre terça e quarta-feira deve ficar concentrada em Heilongjiang, região que produz 33% da soja produzida no país.
A seca no Brasil também está no foco dos participantes. Isso porque o La Niña deve afetar o regime de chuvas durante o plantio e o período de desenvolvimento das lavouras, observa Nelson. A AgResource destacou que o plantio precoce está "parado" nas áreas de cerrado por causa da baixa umidade do solo.
Nos produtos, a alta também foi expressiva. Os fundos compraram três mil lotes no óleo de soja e o mesmo volume no farelo. O vencimento dezembro deste último avançou 4,1%, ou US$ 12,20, para US$ 308,50/t. A mesma posição do óleo subiu 1,3%, ou 55 pontos, para 42,20 cents/lb. A preocupação com o impacto da chegada de uma frente fria no Canadá sustentaram este mercado, porque pode afetar o teor de óleo nas lavouras de canola do país, de acordo com o MDA EarthSat Weather.
MILHO DISPARA 3,5%. O preço do milho fechou acima de US$ 5 no contrato dezembro pela primeira vez em quase dois anos na Chicago Board Of Trade. A queda de produtividade nas lavouras recém-colhidas dos Estados Unidos reforça a preocupação com um possível aperto na oferta mundial de grãos. O primeiro vencimento subiu 17,25 cents (3,5%), para US$ 5,1325 por bushel.
Embora alguns traders esperem uma correção para baixo nos preços, muitos analistas dizem que o mercado deve continuar firme por meses. As quedas recentes que ocorreram na bolsa tiveram vida curta, pois os consumidores de milho - indústria, pecuaristas, etc - aproveitaram para comprar contratos.
Os Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores de milho do mundo e suas estimativas de rendimento da safra 2010/11 foram revisadas para baixo sucessivas vezes. A mais recente foi na semana passada, quando o Departamento de Agricultura do país (USDA) reduziu a previsão para 160 bushels por acre, de 165 em agosto. O risco é que os estoques ao final da safra fiquem abaixo de um bilhão de bushels, um nível considerado crítico. A relação entre estoques e consumo em 2011 será a menor em 15 anos.
Com isso, analistas dizem que os preços têm que subir para incentivar o plantio de milho no ano que vem e também para racionar a demanda. A partir de um certo preço, os compradores simplesmente vão reduzir suas aquisições, acredita Sid Love, da Kropf and Love Consulting. Um corretor da bolsa disse que houve certa "exuberância irracional" na alta de hoje, usando um termo cunhado pelo ex-presidente do Fed Alan Greenspan para definir uma bolha nos mercados de ações no final da década de 1990. Para outro trader, o rali lembra o de 2008, quando houve mais demanda pelos derivativos (contratos futuros) que pelo milho propriamente dito.
Mas ao contrário de 2008, os preços da energia, que afetam o custo da produção de milho e o valor do etanol, estão longe de se aproximar de níveis recordes. O resultado é que a demanda por milho no setor de combustível não está acima do normal. Traders e analistas também observaram que os fundos detêm uma posição comprada histórica no mercado de milho, o que sempre representa um risco de liquidações mais à frente. "Não acreditamos que o mundo está vivendo o tipo de cenário de crise de alimentos visto em 2007/08", disse o Rabobank em um relatório. "Mas, neste ponto há um número significativo de riscos que podem puxar os preços mais para cima nos próximos meses", ponderou.
Entre os riscos citados pelo banco, há a incerta sobre o tamanho da oferta global de grãos em 2011, incluindo a dúvida sobre se os produtores vão plantar milho suficiente para recompor os estoques. Outras preocupações incluem a demanda na China, que surgiu neste ano como um importante comprador de milho dos EUA pela primeira vez em vários anos, e quão rápido a Rússia vai recuperar sua produção após a pior seca em um século a atingir o país.
A força do recente rali surpreendeu muitos analistas porque não houve um grande desastre climático no Meio-Oeste dos EUA. A produtividade foi prejudicada por chuvas e inundações que atingiram algumas áreas e lavaram o nitrogênio, um importante nutriente, da terra, logo no início da safra. Esses problemas só apareceram agora. Mas a situação pode melhorar na medida em que a colheita avançar para o norte do país. Apenas 11% da safra tinha sido tirada do campo até o domingo passado, mas os produtores fizeram um bom progresso nesta semana por causa do tempo seco na maior parte dos EUA. "Ainda temos muito milho a ser colhido", lembrou Shawn McCambridge, analista sênior de grãos da Prudential Bache.
Na China, a situação pode se complicar se a previsão de geada forte na próxima semana se confirmar. Na América do Sul, o tempo seco deve prejudicar o início do plantio da safra nova. Para os agricultores norte-americanos, o atual momento se apresenta como uma oportunidade de ouro para vender a produção a preços bem mais altos do que eles esperavam, comentou Chad Henderson, analista da Prime Ag Consultants. "Coloque uma fita num trator John Deere e é como se fosse Natal", brincou.
TRIGO/EUA FECHA EM ALTA,  ACOMPANHANDO GANHOS DO MILHO
 Os contratos futuros de trigo fecharam com forte alta nas bolsas dos Estados Unidos, puxados pelo rali de 3,5% no mercado de milho. As cotações do grão subiram diante dos contínuos relatos de queda de produtividade nas lavouras que estão sendo colhidas nos Estados Unidos.
Como a oferta de trigo reduzida pela quebra da safra no Leste Europeu, muitos consumidores de ração passaram a optar pelo milho. Os preços do trigo cederam nas três sessões anteriores, mas com a alta de hoje passou a acumular ganho de 70% sobre as mínimas alcançadas em junho.
 Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro do trigo subiu 20 cents (2,78%), para US$ 7,3925 por bushel. Na Kansas City Board Of Trade a mesma posição ganhou 17,75 cents (2,4%), a US$ 7,6825.
 "Depois da quebra da produção na Rússia e, agora, a inesperada queda na produtividade do milho nos EUA, o mundo não pode suportar qualquer outra perda de produção", disse a consultoria agrícola AgResource Company em nota.

COMMODITIES: PREÇOS DE ÓLEOS VEGETAIS DEVEM SUBIR.

Os preços globais dos óleos vegetais devem subir entre US$ 30 e US$ 50 por tonelada no período de outubro a dezembro, levando em conta estoques de óleo de palma menores que o esperado, um clima seco no Brasil e a crescente produção de biocombustíveis, disse Thomas Mielke, editor-chefe da publicação especializada e consultoria alemã Oil World. "Os preços de todos os óleos vegetais serão maiores do que os níveis atuais no próximo trimestre", afirmou ele durante a Conferência Internacional de Cooperativas Agrícolas, no Vietnã.
Mais 3 milhões de toneladas de óleo de palma são necessárias, em média, a cada ano para satisfazer a demanda global nos próximos 10 anos, o que é um desafio muito grande, observou o analista. Mielke disse que as chuvas têm sido insuficientes nas regiões produtoras de soja do Brasil, favorecendo os preços dos óleos comestíveis por enquanto.
Ele afirmou que a safra da América do Sul pode recuar 7 milhões de toneladas no ano comercial 2010/11, ante um recorde de 136 milhões de toneladas em 2009/10. De acordo com o analista, um provável aumento de 3,2 milhões a 3,3 milhões de toneladas na produção global de biocombustíveis em 2010 - para 19,2 milhões de toneladas - também beneficia o mercado de óleos vegetais. O uso de óleo de colza em biocombustíveis na União Europeia (UE) crescerá um milhão de toneladas em 2009/10, para 6,7 milhões de toneladas, mas pode diminuir no ano seguinte, informou Mielke.
Segundo estimativas preliminares, a produção global de oleaginosas excederá o consumo em apenas dois milhões de toneladas em 2010/11, abaixo do superávit de 20 milhões de toneladas atualmente. Contudo, ele prevê uma perspectiva pessimista tanto para soja como para o farelo proveniente do grão.
Mielke revelou que os estoques globais de soja devem alcançar 68 milhões de toneladas até 1º de outubro de 2010, alta de 51% frente ao mesmo período do ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou os estoques iniciais do ano comercial 2010/11 em 63 milhões de toneladas.
Embora o volume remanescente da última safra seja provavelmente maior, as ofertas permanecerão amplas, mesmo que a produção recue para 259 milhões de toneladas em 2010/11, ante recorde de 261 milhões de toneladas na temporada passada. Os estoques aumentaram por causa de colheitas muito maiores na América do Sul e nos Estados Unidos.
Com o processamento de grãos em alta, a produção de farelo de soja deve apresentar crescimento de 10 milhões de toneladas em 2009/10, excedendo o consumo em 2 milhões de toneladas. Mielke disse que as exportações de farelo indiano subirão de 2,67 milhões para 3,9 milhões de toneladas no ano que vem. A Índia é o maior produtor de farelo de soja da Ásia.

SOJA/CHICAGO SOBE 3% ACOMPANHANDO GANHOS DO MILHO.
Os contratos futuros de soja registram forte alta na Chicago Board Of Trade (CBOT), acompanhando o rali no milho, cujos preços estão próximos das máximas em dois anos. O contrato novembro subia, há pouco, 31,75 cents (3,06%), a US$ 10,68 por bushel. A elevação dos preços da soja pode incentivar os produtores da América do Sul a plantar mais oleaginosa na próxima safra, comentou Bill Nelson, analista da Doane Advisory Services. "Precisamos de áreas maiores na América do Sul para atender a demanda global", disse.

TRIGO/EUA SOBE NA ESTEIRA DO MILHO; CLIMA NO CANADÁ PREOCUPA 
As cotações do trigo registram alta nas bolsas norte-americanas, sustentadas pelo rali do milho, cujos preços sobem por causa da perda de produtividade nas lavouras dos Estados Unidos. Isso deixa os participantes do mercado mais atentos a um possível aperto na oferta mundial de grãos, especialmente após a quebra de safra no Leste Europeu. No Canadá, uma forte geada esperada para este fim de semana pode prejudicar as lavouras que se desenvolveram mais tarde. A qualidade da produção do país já foi reduzida pelo excesso de umidade, segundo analistas. Há pouco, o contrato dezembro da Chicago Board Of Trade (CBOT) tinha alta de 20,25 cents, a US$ 7,3950/bushel. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição subia 17,50 cents, a US$ 7,68/bushel.

MILHO SOBE QUASE 4%
Os preços do milho se mantêm acima de US$ 5 na Chicago Board Of Trade (CBOT), nível rompido pela primeira vez na sessão de hoje no contrato dezembro. Fundos especulativos e indústrias compram contratos do grão diante da queda da produtividade nas lavouras dos Estados Unidos. A colheita está na fase inicial, mas a perda de rendimento é forte em algumas áreas e preocupa o setor.
Os preços do grão estão no patamar mais alto desde 30 de setembro de 2008. Há pouco, o contrato dezembro subia 19 cents, ou 3,83%, cotado a US$ 5,15 por bushel.

CHICAGO: RALI DO MILHO, SOJA E TRIGO, TEMOR DE OFERTA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago  sobem fortemente nesta sexta-feira. Traders relutam em assumir posições vendidas com o milho atingindo o maior nível em quase dois anos e superando o importante nível psicológico de US$ 5 por bushel. Os grãos estão relacionados porque ambos competem por áreas de plantio na primavera. Em contraste ao que acontece no mercado vizinho, a produtividade da safra de soja é boa, segundo resultados iniciais da colheita.
Os produtos derivados da oleaginosa também oscilam positivamente. O contrato novembro ganha 25,75 cents, ou 2,48%, para US$ 10,62 por bushel. O janeiro avança 25 cents, ou 2,39%, para US$ 10,71 por bushel.
O milho estende ganhos recentes, motivado por preocupações com a produção dos Estados Unidos e por compras técnicas. O mercado subiu acima de US$ 5 por bushel no pregão eletrônico, o que alavancou ordens de compra automáticas tanto por parte de especuladores como de usuários finais, segundo traders.
A decepcionante produtividade da safra local é o principal fator de influência, mas traders também observaram previsões de geadas potencialmente prejudiciais na China, na próxima semana. Os preços do grão estão no patamar mais alto desde 30 de setembro de 2008. O contrato dezembro subia 15 cents, ou 3,02%, cotado a US$ 5,11 por bushel.
O trigo também opera em alta, beneficiado por temores sobre o aperto das ofertas globais e pelo forte desempenho do milho. Participantes do mercado temem que a persistente estiagem na Rússia e um clima frio e úmido no Canadá continuem ameaçando a produção mundial do cereal.
Contrato dezembro avança 12,25 cents, ou 1,7%, para US$ 7,3150 por bushel. Na Bolsa do Kansas o mesmo vencimento ganhava 10,50 cents, ou 1,4%, negociado a US$ 7,61 por bushel.
TRIGO: FORTE DECLÍNIO NOS PREÇOS.
Os preços do trigo devem sofrer um "declínio acentuado" em relação aos níveis atuais dentro de um período de até 12 meses, atingindo cerca de US$ 6,50 por bushel, informou nesta sexta-feira o Goldman Sachs. Embora incertezas sobre a produção devam continuar sustentando os preços do cereal no curto prazo, o nível elevado dos estoques iniciais, especialmente nos Estados Unidos, deve atenuar o aperto do mercado, acrescentou o banco.
Segundo o Goldman Sachs, o recente rali do trigo e problemas climáticos sugerem um déficit de ofertas em 2010/11. Na Bolsa de Chicago o contrato dezembro terminou com queda de 7,50 cents na quinta-feira, ou 1%, cotado a US$ 7,1925 por bushel, após ter atingido o menor patamar em uma semana."Nós esperamos preços menores, assim que o mercado tiver uma ideia melhor sobre a produção e o déficit deste ano", informou o banco.
Os comentários surgem, à medida que a Rússia ainda lida com as consequências de uma severa estiagem, que reduziu a estimativa da safra de trigo do país e levou o governo a proibir as exportações de grãos. Outros países, como a Ucrânia, também enfrentaram dificuldades nos meses de verão e tiveram a colheita prejudicada.
Isso elevou a demanda por milho para ração animal e reforçou expectativas de uma situação mais apertada no mercado de trigo. Contudo, a perspectiva de preço no curto prazo continua duvidosa, com um plantio de inverno decepcionante na Rússia e áreas de cultivo maiores nos Estados Unidos, informou o Goldman Sachs.

SOJA: ESTOQUE GLOBAL DEVE SOMAR 68 MI TONS.

Os estoques globais de soja devem alcançar 68 milhões de toneladas até 1º de outubro de 2010, alta de 51% frente ao mesmo período do ano passado, disse hoje Thomas Mielke, da consultoria alemã Oil World. "As ofertas globais da oleaginosa devem ser amplas até pelo menos fevereiro de 2011, e nós esperamos pressão sobre os preços", disse ele durante uma conferência agrícola no Vietnã. Segundo Mielke, os estoques de soja nos Estados Unidos devem mais que duplicar para 10 milhões de toneladas até o término de agosto de 2011, ante 4,3 milhões de toneladas no final do mês passado.

MILHO SE CONSOLIDA E FECHA EM LEVE ALTA.

As cotações do milho fecharam com pequena alta na Chicago Board Of Trade . Segundo analistas, o mercado está consolidando os atuais níveis após as altas recentes provocadas pela queda na produtividade das lavouras recém-colhidas dos Estados Unidos. O contrato dezembro subiu 0,75 cent, para US$ 4,96 por bushel.
O mercado operou em queda durante a maior parte da sessão e participantes aproveitaram para fixar preços, segundo os traders. Os fundos compraram cerca de três mil contratos. A expectativa é a de que as cotações sigam sustentadas pela demanda. "Acho que vamos romper os US$ 5 amanhã", apostou um corretor. Essa marca é uma importante resistência no contrato dezembro, que muitos acreditam estar prestes a ser superada.
Mas os baixistas observam que os fundos de investimento já detêm uma grande posição comprada no mercado e que, no momento em que decidirem sair, haverá uma forte correção provocada por realizações de lucro.

TRIGO FECHA EM BAIXA COM QUEDA NAS VENDAS DOS EUA.
As cotações do trigo fecharam com queda pelo terceiro dia consecutivo nas bolsas dos Estados Unidos depois que os números de exportação divulgados pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) decepcionaram os participantes do mercado. Os norte-americanos venderam apenas 319.600 toneladas do cereal na semana passada, ante expectativa que ia de 700 mil a 1,4 milhão de t. Nas cinco semanas anteriores, as vendas superaram um milhão de toneladas.
O USDA mostrou que o Egito cancelou duas compras na semana passada, de 263.700 e 110 mil t. De acordo com traders, os importadores têm trigo suficiente para até novembro. "Fiquei chocado quando vi esses cancelamentos", disse Tom Leffler, da Leffler Commodities. "É um sinal de que vimos um pânico comprador e também muita compra antecipada. Agora, vamos ver um comportamento mais realista."
Na Chicago Board Of Trade (CBOT), o contrato dezembro caiu 7,50 cents (1%) para fechar em 7,19 cents por libra-peso. Os fundos venderam cerca de quatro mil contratos nessa bolsa. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição recuou 9,25 cents (1,2%), para US$ 7,5050/bushel.
Apesar da queda expressiva nas vendas, analistas não esperam que a demanda pelo trigo do país evapore. Eles acreditam que a suspensão das exportações pela Rússia e a limitada disponibilidade da França incentivem os compradores a procurar cereal nos EUA. A consultoria francesa Strategie Grains reduziu a estimativa para a produção de trigo na União Europeia para 127,2 milhões de toneladas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SOJA FECHA EM BAIXA COM AVANÇO DA COLHEITA.

O mercado futuro da soja cedeu e encerrou o pregão em baixa, depois de fechar em alta por três pregões consecutivos na bolsa de Chicago. O início da colheita nos Estados Unidos, com bons níveis de produtividade, e a realização de lucros pressionaram as cotações. O vencimento novembro, recuou 6,25 cents no dia, ou 0,6%, para US$ 10,3650/bushel. Os fundos venderam cerca de três mil lotes no dia.
A ausência de problemas climáticos na fase de desenvolvimento das lavouras deve garantir uma grande safra americana. Já no milho, os níveis de produtividade registrados continuam desapontadores, por conta das fortes chuvas em junho e o clima quente e seco em agosto. Nos últimos dias, o rali do milho havia puxado a soja, mas hoje o movimento não se sustentou. O cereal subiu apenas 0,2% e o trigo recuou 1%.
"No curto prazo, devido ao alto nível de rendimento nos Estados Unidos, combinado com a perspectiva de uma grande safra na China, o potencial de baixa para a soja é muito grande, enquanto no trigo e no milho ele segue firme", afirma Mike Zuzolo, presidente da Global Consulting.
A produção chinesa é um importante fator para os preços da soja, porque o país é o maior importador mundial do grão. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou vendas de 170.500 t da oleaginosa para a China.
As exportações semanais norte-americanas totalizaram 668.600 tons, dentro do esperado pelos analistas, cujas estimativas variavam entre 400 mil e 800 mil t. Ainda assim, o volume foi 73% menor que a venda expressiva da semana anterior, de acordo com o USDA. Os traders seguem atentos à condição climática no Brasil. A estiagem pode atrasar o plantio no País.
Nos produtos, o fechamento também foi em baixa com a realização de lucros de alguns traders. O óleo dezembro recuou 26 pontos, ou 0,6%, para 41,75 cents/lb e o farelo perdeu US$ 1,40 (-0,5%) para US$ 296,30/t.
Os participantes embolsaram o lucro depois que o óleo testou a máxima de quase um mês nesta quinta-feira, observou um trader. O vencimento dezembro atingiu o maior valor desde o dia 18 de agosto a 42,15 cents/lb. A forte demanda também vem sustentado os preços desta commodity. Hoje, o USDA anunciou vendas de 67 mil t para destinos não revelados. Na semana, as exportações totalizaram 132,1 mil t, no teto das projeções de analistas, mas as vendas de farelo somaram 65.200 t, no piso das estimativas de mercado.

ECONOMIA/EUA DEVE SEGUIR FRACA POR MAIS SEIS ANOS

O premio Nobel de economia de 2008, Paul Krugman, mostrou-se estar ao lado de acadêmicos muito pessimistas, como Nouriel Roubini, sobre a perspectiva de recuperação da atividade norte-americana nos próximos anos. "É bem provável que nos próximos seis anos veremos que a economia dos Estados Unidos continuará fraca como agora. Não estará em recessão, mas a recuperação será muito lenta", comentou, em palestra realizada em São Paulo, no IBM Fórum 2010.
Krugman ressaltou à Agência Estado, ao fim do evento, que somente um novo pacote fiscal envolvendo dezenas de bilhões de dólares poderia reduzir esse período de dificuldades sérias que a economia dos EUA deve passar. O governo norte-americano já teve aprovação do Congresso de um montante superior a US$ 700 bilhões no ano passado, porém tal esforço ainda é insuficiente para iniciar uma retomada mais vigorosa da geração de empregos. A atual taxa de desocupação está em 9,6%.
Krugman destacou que, sem mais dispêndios oficiais para incentivar o avanço do consumo das famílias e investimentos das empresas, será difícil que o pleno emprego, ou seja, taxa de desocupação ao redor de 5%, seja retomado em menos de 20 anos. "Atingir tal situação pode demorar para sempre. O Japão ingressou numa séria crise na década de 1980 e o desemprego continua elevado lá."
O acadêmico estimou que a política de flexibilização quantitativa adotada pelo Federal Reserve será intensificada no curto prazo. "Mas ela sozinha, sem a ajuda de um estímulo fiscal vigoroso, será apenas útil por pouco tempo e não será uma solução duradoura", comentou.

SOJA/EUA: VENDA DE 170.500 TONS PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje a venda de 170.500 toneladas de soja para China no ano comercial 2010/11. Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais de uma commodity para um mesmo destino em um único dia.

USDA INFORMA VENDA DE 67 MIL T ÓLEO DE SOJA/EUA.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) comunicou hoje a venda de 67 mil toneladas de óleo de soja para países não revelados no ano comercial 2010/11, que começará em 1º de outubro.
Frequentemente, exportadores norte-americanos concordam em vender para intermediários que ainda não definiram o destino final do carregamento. Quando isso acontece, o USDA lista o destino como "desconhecido". Vendas de 20 mil toneladas ou mais de óleo de soja para um mesmo destino em um único dia devem ser informadas ao departamento.

SOJA/CHINA FECHA EM LEVE ALTA POR TEMORES ECONÔMICOS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em leve alta nesta quinta-feira, influenciados por bons dados de produção e pelo desempenho misto dos mercados externos da oleaginosa em meio a preocupações econômicas. O contrato referencial de maio fechou com valorização de 0,1%, cotado a 4.034 yuans por tonelada.
Os preços chegaram a subir fortemente durante a sessão, impulsionados pelos ganhos da soja e do milho na Bolsa de Chicago e por previsões de uma produção doméstica menor. O Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos (CNGOIC, na sigla em inglês) estimou a produção chinesa no ano-safra 2010/11 em 14,8 milhões de toneladas, queda de 1,3% na comparação com 2009/10. A entidade também projetou as importações de soja em setembro em 4,6 milhões de toneladas, abaixo das 4,73 milhões de toneladas previstas pelo Ministério de Comércio no começo desta semana.
Contudo, especulações de que Pequim poderia impor restrições de capital mais rígidas para as instituições de crédito trouxeram cautela ao mercado no final do dia. "A firmeza dos preços de abertura do complexo agrícola foi afetada pelo declínio dos mercados acionários, como resultado de rumores sobre um aumento da taxa", afirmou Huang Yingyan, analista da Nanhua Futures.
Na CBOT, as cotações da soja terminaram com ganhos na quarta-feira, estimuladas pelo rali do milho, e estendiam o movimento no pregão eletrônico.

TRIGO- JAPÃO E TUNÍSIA EM BUSCA DO GRÃO DE VÁRIAS ORIGENS.

O Ministério de Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão comprou nesta quinta-feira 146.786 toneladas de trigo para alimentação em um leilão, disse uma autoridade do governo. O volume adquirido será embarcado no mês de novembro em três carregamentos de origem diferenciada - Estados Unidos, Canadá e Austrália. A licitação foi anunciada na terça-feira.

TUNÍSIA LICITA COMPRA DE 67 MIL TONS.
A agência estatal de grãos da Tunísia abriu uma licitação para comprar 67 mil toneladas de trigo soft para moagem e 50 mil toneladas de cevada de origem opcional, disseram participantes do mercado nesta quinta-feira. O volume de trigo deverá ser entregue em três carregamentos entre 25 de novembro e 25 de dezembro, enquanto o de cevada será embarcado entre 15 de novembro e 15 de janeiro de 2011, acrescentaram as fontes. Os grãos podem ser do Leste Europeu, dos Estados Unidos, Canadá ou América do Sul, segundo eles. O resultado do leilão deve ser divulgado mais tarde.

CBOT/SOJA NÃO CAIRÁ ABAIXO DE US$ 10,00 bu.

Os preços da soja não devem cair abaixo de US$ 10 por bushel neste ano, apesar da safra recorde que os Estados Unidos vão colher, afirmou hoje Randy Mann, vice-presidente da Associação Americana da Soja. "A demanda em países como México, Japão, China e Indonésia é forte e as cotações deverão oscilar entre US$ 10 e US$ 11 até o final de 2010", disse durante uma conferência do setor de grãos no Vietnã.
Segundo Mann, os produtores realizaram vendas antecipadas a preços entre US$ 10 e US$ 11. A colheita deve começar em três semanas. Ao observar como os preços do milho continuam sustentados mesmo após o início da colheita nos EUA, ele diz que o mesmo acontecerá com a oleaginosa. O contrato novembro fechou em US$ 10,4250 na Chicago Board Of Trade.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima a produção do país em 2010/11 em 94,79 milhões de toneladas, ante 91,42 milhões de t em 2009/10. Mann, contudo, aposta que o país vai colher menos, algo em torno de 92 milhões de toneladas, por causa de problemas em algumas regiões provocados pelo clima.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CBOT/SOJA- FIRME FECHAMENTO DISPUTA ÁREA NOS EUA.

Os preços futuros da soja terminaram a sessão desta quarta-feira com forte alta na bolsa de Chicago impulsionados pelo milho, que teve alta moderada no dia, e por temores sobre a disputa por área na próxima temporada nos Estados Unidos. A posição mais líquida da oleaginosa, base novembro, subiu 7 cents, ou 0,7%, para US$ 20,4250/bushel. Em contrapartida, o vencimento mais líquido do milho, fechou praticamente estável, avançando apenas 0,25 cent, 0,05%, para US$ 4,9525/bushel.
Os fundos compraram cerca de quatro mil contratos nos futuros da soja hoje.As cotações do cereal vêm subindo consistentemente e já testaram a máxima de 23 meses, por conta da quebra maior que o esperado na produtividade das lavouras dos Estados Unidos, movimento que a oleaginosa não conseguiu acompanhar. O vencimento dezembro subiu 16% no último mês, enquanto o contrato novembro da soja recuou 0,1%.
Os preços da soja precisam subir para manter a competitividade da cultura em meio à batalha por acres, disse Sid Love, analista da Kropf & Love Consulting. Ele ressaltou que os produtores norte-americanos têm várias opções atrativas para cultivar: o milho, cujos preços dispararam; o algodão, que atingiu a máxima de 15 anos ontem; e o trigo, que se aproximou da máxima de dois anos no mês passado. "É preciso que a soja suba um pouco mais para garantir o plantio no próximo ano", disse Love. "Se o milho vai subir, a soja não irá cair", acrescenta.
Os traders observam que a soja não trabalha com fundamentos firmes, que garantam sustentação aos preços, já que os resultados iniciais da colheita indicam altos níveis de produtividade nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou a safra no recorde de 3,483 bilhões de bushels (94,80 milhões de t) no ciclo 2010/11, ante os 3,433 bilhões de bushels (93,44 milhões de t) previstos em agosto.
O clima seco no Centro-Oeste do Brasil também deu suporte aos preços, porque pode atrasar o plantio que começa hoje, observa um analista.
Nos produtos, o fechamento também foi firme. O vencimento dezembro do óleo de soja subiu 0,3% a 42,01 cents/lb. O farelo subiu US$ 1,20 a US$ 297,70/t. A forte demanda e algumas compras de fundos ajudou a puxar os grãos. O USDA anunciou hoje vendas de 21 mil t de óleo de soja dos Estados Unidos para a Argélia.
Amanhã saem os números de exportação semanal. As vendas devem ficar entre 400 mil e 800 mil t, segundo estimativas de analistas. Para as exportações semanais, as estimativas variam de 50 mil a 125 mil t de óleo e 50 mil a 175 mil t de farelo.
MILHO FECHA PERTO DA ESTABILIDADE
O mercado futuro de milho fechou perto da estabilidade hoje após atingir nova máxima de 23 meses no pregão eletrônico da Chicago Board Of Trade (CBOT), durante a madrugada. Naquele momento, a cotação do contrato dezembro chegou a US$ 4,9850, perto dos US$ 5 largamente esperado pelos participantes. A posição fechou no pregão regular valendo US$ 4,9525/bushel, com alta de apenas 0,25 cent (0,1%).
"O mercado tomou fôlego hoje", disse Larry Glenn, corretor e analista da Frontier Ag. "Não será fácil chegar aos US$ 5 no contrato dezembro, uma resistência psicológica do mercado. Provavelmente veremos vendas de produtores nesse ponto", disse. As fortes compras de fundos vistas nas sessões anteriores não apareceram hoje.
Analistas acreditam que os preços podem subir mais na medida em que a colheita avançar nos Estados Unidos e a produtividade se revelar, de fato, baixa na maioria das regiões. No Illinois, onde a colheita está mais avançada, o rendimento das lavouras está entre 5% e 32% menor que o do ano passado, disse Jim Reed, vice-presidente da associação dos produtores do estado. Em sua própria fazenda, localizada em Monticello, a produtividade varia de 150 a 210 bushels por acre, ante 220 bushels no ano passado. "Estamos decepcionados", resumiu.
No Missouri, os fracos resultados vistos nos campos indicam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) terá de reduzir a estimativa para a produção do estado, disse Bill Wiebold, agrônomo extensionista da Universidade do Missouri. A colheita ali chegou aos 23% no domingo passado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

SOJA/MT: PLANTIO ACELERA A PARTIR DE AMANHÃ.

Um produtor do município de Campos de Júlio (553 km a noroeste de Cuiabá) foi o primeiro a dar a partida no plantio da soja da safra 2010/11 em Mato Grosso, mas a pressa vai lhe custar R$ 3,5 mil. Ele foi multado por ter desrespeitado o prazo do vazio sanitário que começou em 15 de junho e termina amanhã (15), período em que cultivo da soja é proibido no Estado, para evitar a propagação da ferrugem asiática.
O noroeste de Mato Grosso é uma das poucas regiões atualmente em que há condições de plantio, pois choveu e o solo tem boa umidade. A expectativa é de que o plantio deve se acelerar a partir de amanhã, como é o caso do agricultor que semeou 54 hectares e foi autuado pela fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT). Nas demais regiões os agricultores estão com os insumos comprados e as máquinas preparadas, prontos para dar início aos trabalhos. Eles aguardam apenas a confirmação, pela meteorologia, das primeiras chuvas, para buscar as sementes nos fornecedores.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, prevê que a área plantada com soja em Mato Grosso deve repetir os 6,2 milhões de hectares cultivados na safra passada. Em julho, a Aprosoja chegou a projetar uma retração de 2% no plantio, mas a recuperação dos preços da soja animou os produtores, que já venderam entre 26% a 27% da safra antecipadamente, ante os 20% de igual período do ano passado. Na opinião de Silveira, levando em conta os preços atuais, as vendas deveriam ter atingindo um porcentual maior.
As previsões da Somar Meteorologia são de chuva em Mato Grosso apenas a partir da segunda quinzena de outubro, mas, por enquanto, os produtores não se mostram preocupados com possível atraso na implantação da lavoura. Glauber Silveira observa que a demora das chuvas pode retardar a semeadura da soja e impossibilitar o plantio de toda área de milho safrinha na época recomendada. O aspecto positivo, diz ele, é que não deve haver uma antecipação acentuada no plantio da soja como no ano passado e sim um escalonamento ao longo dos próximos meses, o que é ideal para evitar perdas por causa do clima e do risco de doenças. "Nesta safra, o agricultor deve se dedicar mais a soja, que é cultura principal", diz ele.
Elso Vicente Pozzobon, presidente do Sindicato Rural de Sorriso, município maior produtor de soja de Mato Grosso, com 600 mil hectares, concorda que o cultivo de milho safrinha pode ser afetado pelo atraso no cultivo da soja, pois a janela para a semeadura na região vai até 15 de fevereiro. Ele lembra que, apesar dos baixos preços, o milho é importante para os agricultores de Mato Grosso, pois possibilita diluir os custos fixos, como mão-de-obra e maquinário, além do ganho agronômico proporcionado pela "palhada" que fica no solo após a colheita, um dos requisitos do sistema de plantio direto. Em relação à soja, Pozzobon está otimista em relação à rentabilidade, em função da melhora nos preços e da queda do custo de produção nesta safra, pois os preços dos fertilizantes recuaram entre 10% a 15% em relação ao ano passado.

CBOT/SOJA FECHA FIRME SEGUINDO RALI DO MILHO.

O mercado futuro da soja encerrou em alta na bolsa de Chicago  impulsionado pelos fortes ganhos do milho. O vencimento novembro, mais líquido, encerrou com alta de 1 cent, ou 0,1%, a US$ 10,3550/bushel. Os fundos, que foram agressivos nas compras do cereal, adquiriram volume moderado de dois mil lotes da oleaginosa no dia.
Os preços do milho, ligado ao da soja porque as duas culturas disputam espaço nas mesmas áreas durante o plantio da safra, subiram mais de 2% no pregão, por causa dos relatórios que apontam queda de produtividade. Para a soja a expectativa é de bons níveis de rendimento, uma vez que a colheita avança rapidamente no país, o que tira suporte do mercado. "O milho está liderando o caminho". O rali do milho começa a preocupar os usuários finais, porque a soja pode perder acres quando os produtores iniciarem o plantio na primavera do hemisfério norte, no final de março, apontam analistas. O cereal atingiu ontem o maior valor em 23 meses. O algodão, que testou a máxima de 26 meses, também pode roubar área da oleaginosa. Por isso, eles observam que os preços da soja precisam subir para estimular a implantação desta cultura."A soja parece perder espaço neste ponto, do modo como seguem as coisas", disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading, corretora de Indiana.
Na sexta-feira passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa de produção para o recorde de 94,80 milhões de tons. Mesmo assim, alguns traders ainda apontam a incerteza quanto às condições climáticas durante a colheita como fator de limitação das perdas no mercado.
O relatório de progresso de safra ainda não apresentou dados sobre a colheita, mas reduziu em um ponto porcentual, para 63%, a classificação de lavouras de boa a excelente condição. O levantamento também mostrou que 38% das folhas já caíram, comparado 19% de igual período do ano passado e uma média de 30%.
"Esta é a maturação de safra mais rápida já vista em longo tempo", afirma Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage. No entanto, ele pondera que, tradicionalmente, o processo mais lento de amadurecimento tende a resultar em produtividades melhores.
Em outras notícias, a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos informou hoje que as indústrias do país processaram 3,331 milhões de toneladas em agosto, ante 3,397 milhões de toneladas em julho e 3,065 milhões de toneladas em igual período de 2009. Analistas esperavam que o Nopa apontasse 3,265 milhões de tons.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O farelo seguiu a soja e o milho. O vencimento dezembro fechou com alta de US$ 3, ou 1%, a US$ 296,50/bushel. O óleo recuou 10 pontos, ou 0,2%, para 41,71 cents/lb. Os participantes estão fazendo negócios de spread nos dois mercados, segundo traders. Os participantes realizaram lucros depois que as cotações do óleo atingiram o maior nível em um mês, observou um analista. As compras de fundos totalizaram dois mil lotes em cada um destes mercados.

MILHO SOBE COM PERDA DE PRODUTIVIDADE NOS EUA.
Os preços do milho subiram pela quarta sessão consecutiva sustentados pelos relatos de baixa produtividade em lavouras dos Estados Unidos. O contrato dezembro subiu 11,50 cents (2,38%), a US$ 4,95/bushel. A produtividade das lavouras colhidas no Illinois, grande estado produtor dos EUA, tem decepcionado os produtores. E eles não esperam melhora significativa, disse Emerson Nafziger, agrônomo extensionista da University do Illinois. Ali, a colheita chegou a 18% até domingo passado, ante 11% no resto do país. "Será um daqueles anos em que os produtores não ficarão muito contentes", disse Nafziger. "A umidade foi excessiva na maior parte do ano. Os problemas são generalizados."
Compras de fundos - de 18 mil contratos hoje - continuaram a sustentar o mercado. Esses participantes detêm uma forte posição comprada no mercado de milho, o que sinaliza uma expectativa de aumento de preços. "A produtividade esperada não está se realizando", comentou Jim Gerlach, presidente da A/C Trading, uma corretora de Indiana. "Se não virmos uma melhora significativa (na produtividade), e eu não espero isso, veremos o milho a US$ 6 mais rápido do que se imagina", disse. "Se o rendimento das lavouras continuar a decepcionar, o mercado vai subir até onde a demanda suportar", avaliou a Summit Commodity Brokerage em nota.

TRIGO CAI COM REVISÃO DA SAFRA DA AUSTRÁLIANA.
As cotações do trigo fecharam com queda nas bolsas dos Estados Unidos depois que o governo da Austrália elevou a estimativa para a produção do país em 2010/11. O Escritório Australiano de Pesquisas Agrícolas e Econômicas (Abare), órgão oficial de estatísticas do país, agora prevê colheita de 25,1 milhões de toneladas, volume 14% maior que o projetado em junho. O número também ficou 16% acima das 21,7 milhões de toneladas produzidas em 2009/10. Se realizada, a safra será 36% maior que a média das cinco safras anteriores.
De acordo com Russell Amery, presidente da seção de grãos do grupo lobista Victorian Farmers' Federation, será a terceira maior safra de trigo da história da Austrália. A colheita termina em dezembro.
Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro caiu 9 cents (1,2%), a US$ 7,36/bushel. Fundos venderam modestos quatro mil contratos nessa bolsa. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição recuou 3,25 cents (0,4%), a US$ 7,6625. Os contratos setembro de ambas as bolsas venceram hoje.
"Estamos lentamente deixando para trás as preocupações que provocaram o rali nos preços do trigo", afirmou Rich Nelson, diretor de pesquisa da corretora e empresa de pesquisa agrícola Allendale. Tim Hannagan, analista da corretora PFG Best, disse que a elevação da estimativa de exportação da Austrália "ajuda a reverter a psicologia altista desse mercado". O país espera vender 18,4 milhões de toneladas em 2010/11, volume 21% maior na safra e 15% que o projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira. "Eles vão vender tudo o que puderem", comentou Hannagan.
As dificuldades que os produtores na Rússia enfrentam para plantar a safra de inverno, contudo, devem continuar a dar certa sustentação ao mercado de trigo. Hoje, o premiê russo, Vladimir Putin, reiterou que o país tem grão suficiente para atender a demanda doméstica, mas participantes do mercado são céticos a esse respeito.

AUSTRÁLIA REVISA SAFRA 2010/11 PARA CIMA.
A Austrália revisou para cima a estimativa da produção de trigo 2010/11 e agora prevê colheita de 25,1 milhões de toneladas, volume 14% maior que o projetado em junho. O número também ficou 16% acima das 21,7 milhões de toneladas produzidas em 2009/10. Os dados foram divulgados hoje pelo Escritório Australiano de Pesquisas Agrícolas e Econômicas (Abare), órgão oficial de estatísticas do país.
Se realizada, a safra 2010/11 será 36% maior que a média das cinco safras anteriores. De acordo com Russell Amery, presidente da seção de grãos do grupo lobista Victorian Farmers' Federation, será a terceira maior safra de trigo da história da Austrália. A colheita termina em dezembro.
A estimativa da Abare é maior que a da maioria dos analistas no país, que preveem algo entre 22 milhões e 23 milhões de toneladas. A Austrália é um dos cinco maiores exportadores de trigo do mundo. Seu consumo doméstico é de cerca de sete milhões de toneladas por ano; o resto é vendido no mercado externo. Essas vendas foram estimadas em 18,4 milhões de toneladas, aumento de 21% ante a safra anterior.
"As chuvas recentes fizeram com que a safra de inverno tivesse o melhor início em muitos anos, o que elevou a produtividade de forma significativa", disse o vice-diretor executivo da Abare, Paul Morris.

CAMEX-ZERADA TARIFA PARA IMPORTAÇÃO DE 250 MIL/T DE ALGODÃO.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou há pouco que o conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a tarifa zero para importação de 250 mil toneladas de algodão, durante o período de outubro deste ano a maio de 2011. A alíquota do imposto de importação em vigor atualmente é de 10%.
Segundo o ministro, a quantidade será suficiente para garantir o suprimento da indústria têxtil brasileira durante o período. "Os produtores brasileiros de algodão tiveram uma quebra de safra este ano e a decisão foi tomada para manter a competitividade da indústria têxtil", disse o ministro.
Rossi também afirmou que, por isso, no momento, não haverá necessidade de se fazer leilões do produto. O secretário executivo substituto da Camex, André Alvim, detalha em instantes as decisões do colegiado.

GRÃOS: RÚSSIA TEM OFERTA SUFICIENTE.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, reiterou nesta terça-feira que o país tem grãos suficientes para satisfazer a demanda interna, embora a estiagem tenha destruído quase um terço da safra doméstica, informaram agências de notícias locais. Ainda que a colheita deste ano esteja cerca de 30 milhões de toneladas abaixo do previsto, "há grãos suficientes no país. Temos o suficiente para satisfazer a demanda doméstica", afirmou Putin. O país deve colher entre 60 milhões e 65 milhões de toneladas de grãos neste ano, ante estimativa inicial de 97 milhões de toneladas.
O premiê também pediu às autoridades regionais para conter a atividade de especuladores que, segundo o governo russo, foram responsáveis pelo aumento dos preços de alguns itens alimentares relacionados aos grãos nos últimos meses.

ÍNDIA - PRODUÇÃO RECORDE DE 82 MI T EM 2010/11.
A Índia deve buscar uma produção recorde de 82 milhões de toneladas de trigo no ano-safra 2010/11, ajudada por chuvas favoráveis e reservatórios de água acima da média dos últimos 10 anos, informou hoje uma autoridade sênior do Ministério de Agricultura. O país - segundo maior produtor do cereal no mundo - normalmente estabelece metas a cada ano, que moldam suas políticas, tais como o fornecimento de sementes, fertilizantes e o preço de compra.
Chuvas tardias ajudaram a Índia a colher uma safra recorde de 80,71 milhões de toneladas na temporada 2009/10, mas isso criou problemas de estocagem. A situação pode piorar com o aumento da produtividade da safra 2010/11. O governo pretende expandir a capacidade de estocagem com a ajuda de companhias privadas, mas a iniciativa levará pelo menos de três a quatro anos para ser totalmente implementada. Uma produção maior pode encorajar a suspensão de uma proibição de três anos dos embarques de trigo no final de 2010.
"Nosso foco principal nesta temporada [de inverno] será aumentar a produtividade. Nós forneceremos sementes e fertilizantes adequados antes do plantio começar [em outubro e novembro]", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DA ZONA DO EURO (+7,1%) DECEPCIONA.

A produção industrial se desacelerou na zona do euro em julho, em termos anuais, em comparação a junho, refletindo limitações na produção de países que concentram esforços para reduzir seus pesados déficits. A produção industrial subiu 7,1% em julho em relação a julho do ano passado, após elevação anual de 8,3% em junho, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.
A alta de julho é a menor desde fevereiro. Em relação a junho, a produção industrial ficou estável; em junho, a produção caiu 0,2% em comparação a maio.
Os números de julho foram menores do que os esperados pelos economistas, que previam, em média, alta mensal de 0,2% e anual de 8% da produção industrial. Os dados de junho foram revisados em alta da estimativa anterior de queda mensal de 0,1% da produção e alta anual de 8,2%.
Na Grécia, a produção industrial despencou 2,5% em julho em relação a junho, enquanto em Portugal e na Espanha, a produção recuou 1,2% e 0,3%, respectivamente. Na Alemanha, a produção industrial ficou inalterada em julho em relação a junho e na França cresceu 0,9% no mesmo período.
Em termos anuais, a produção industrial na Grécia recuou 8,5% em julho ante julho de 2009 e na Alemanha saltou 11,4% no mesmo intervalo.

GRÃOS/EUA: COLHEITA DO MILHO ESTÁ ADIANTADA; SOJA SE DESENVOLVE BEM

O desenvolvimento das lavouras de milho e soja nos Estados Unidos continua adiantado, de acordo com o relatório semanal de acompanhando de safra do Departamento de Agricultura do país (USDA). O governo mostrou que 11% das lavouras de milho foram colhidas até domingo, ante 6% na mesma época do ano passado. A média das cinco safras anteriores também é de 6%. O porcentual ficou dentro do esperado por analistas do mercado, de 10% a 15%.
Entre os estados onde a colheita está mais adiantada estão Illinois (18%) e Indiana (13%). O USDA informou que 52% das lavouras estão maduras, ante 33% na mesma época do ano passado e 32% na média de cinco safras. Na soja, o USDA mostrou que as folhas caíram em 38% das lavouras, ante 19% no ano passado e 30% na média histórica. Indiana e Illinois também são onde os campos estão mais adiantados. O trigo foi colhido em 83% da área, ante 76% em 2009 e 91% na média de cinco
anos.
A qualidade das lavouras voltou a cair, mas este é um dado ao qual o mercado não dedica mais tanta atenção. Os campos de soja considerados em estado bom ou excelente contavam 63% do total, ante 64% na semana anterior. No milho, o porcentual era de 68%, ante 69%. "Os traders estão interessados na produtividade e nos números de colheita", disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

GRÃOS/CBOT-FECHAMENTO FIRME.

Os preços futuros da soja encerraram com alta moderada nesta segunda-feira na bolsa de Chicago no embalo dos ganhos de mercados vizinhos. Analistas observam que será difícil sustentar o movimento neste período de preparação para a colheita da oleaginosa nos Estados Unidos. O vencimento mais ativo base, novembro, subiu 3,50 cents, ou 0,3%, a US$ 10,3450/bushel. Na sexta, a mesma posição havia recuado 1,4% no dia.
A soja seguiu e subiu na esteira do milho e do trigo, commodities que terminaram o pregão com alta de pouco mais de 1%. A oleaginosa precisa tentar acompanhar o milho "porque não podemos perder muitos acres de soja no próximo ano", disse um analista de Chicago. Milho e soja disputam área nos Estados Unidos. A forte alta do cereal, depois dos níveis decepcionantes de produtividade das lavouras norte-americanas, é um estímulo para esta cultura. Além disso, o trigo segue com preços sustentados ainda refletindo a quebra de safra causada pela severa estiagem na região do Mar Negro, que ameaça a oferta global.
Ao mesmo tempo, analistas ressaltam que os produtores se preparam para iniciar a colheita da soja com projeções de produtividade recorde, um fator que pressiona o mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu os traders ao elevar o número para rendimento da lavoura a 44,7 bushels por acre em agosto, ante os 44 bushels previstos no relatório anterior.
"A soja, se não tivesse o suporte da alta do milho e do trigo, poderia facilmente recuar no dia", observou Jason Britt, presidente da Central State Commodities, corretora do Missouri.
Um "sentimento altista generalizado nas commodities" ajudou a sustentar os ganhos no dia, disse Anne Frick, analista sênior da Prudential Bache, de New York. O petróleo e os mercados de ações também encerraram em alta, enquanto o dólar sucumbiu. "Não estou levando a sério esta alta", disse Frick sobre os ganhos da soja. "Acredito que seja uma recuperação depois da perda de sexta-feira", afirma. Os fundos compraram cerca de 2 mil lotes no dia.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O óleo subiu com a sólida demanda. O dezembro encerrou a 41,81 cents/lb, alta de 5 pontos. O farelo fechou com pequena queda de US$ 0,20 a US$ 293,50/t.
A expectativa é que as vendas norte-americanas do óleo de soja continuem firmes, por conta dos anúncios diários feitos recentemente pelo USDA, tendo como grandes compradores China e Peru. No último relatório de exportações, a agência governamental apontou vendas de 138.200 tons, incluindo as safras 2009/10 e 10/11, ante 12.300 t da semana anterior e 16 mil tons apurados 15 dias antes.

MILHO, ALTA INFLUENCIADA PELO USDA E TRIGO.
Os futuros de milho fecharam com alta acompanhando os ganhos do trigo e ainda influenciados pelo relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na sexta-feira. O contrato dezembro subiu 5,25 cents (1,1%), para US$ 4,8350/bushel.
Corretores disseram que a produtividade tem sido mais baixa que o esperado em todo o leste do cinturão do milho. No Iowa, grande produtor do grão dos EUA, há grande variação no rendimento das lavouras. Ao final da sessão desta segunda feira, USDA informou que 11% de lavouras tinham sido colhidas no país, ante 6% na semana passada. Muitos traders acreditam que o governo norte-americano vai reduzir ainda mais a estimativa de produtividade de 162,5 bushels por acre projetada no relatório da sexta-feira.
Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, comentou que as inspeções de exportação de 917,3 mil tons, decepcionaram e limitaram o avanço dos preços hoje. Mas os fundos continuaram a comprar bastante. Apenas nesta segunda-feira eles levaram 13 mil contratos.
Alguns analistas, Zuzolo entre eles, acreditam que o mercado está muito comprado e pode registrar uma correção. Mas o executivo da Global Commodity também observou que os produtores norte-americanos podem reter o grão para estimular uma alta maior nos preços no mercado físico, o que acabaria influenciando a bolsa. Na sexta-feira, o USDA estimou o estoque final da safra 2010/11 em 28,345 milhões de toneladas. Se realizado será o menor em 15 anos.

TRIGO FECHA EM ALTA COM PROBLEMAS NO PLANTIO DE INVERNO RUSSO.
As cotações do trigo fecharam com alta nas bolsas norte-americanas, influenciadas pelos problemas no plantio do cereal na Rússia. Os produtores locais não conseguem semear a safra de inverno por causa da falta de umidade no solo, resultado da pior seca a atingir o país nas últimas décadas. Menos de 30% da área a ser plantada receberam umidade suficiente para a semeadura, de acordo com o serviço meteorológico local Hydromedcenter. Os produtores podem não conseguir plantar o cereal a tempo.
Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro subiu 8,25 cents (1,1%), para US$ 7,45/bushel. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição ganhou 10,25 cents (1,4%) para fechar em US$ 7,6950/bushel.
Até 2009 a Rússia foi responsável por cerca de 13% do comércio internacional de trigo. Neste ano, o governo teve de suspender as exportações por causa da quebra da safra de primavera. Desde então, as cotações do trigo subiram e caíram, mas ainda se mantêm mais de 60% acima das mínimas de junho. "A situação da Rússia só piora", comentou Dennis Gartman, publisher da Gartman Letter. "A menos que chuvas substanciais ocorram nas próximas duas semanas, a perspectiva para a safra de inverno vai se deteriorar muito", disse.

MILHO REGISTRA NOVAS MÁXIMAS; SOJA E TRIGO TAMBÉM SOBEM.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago avançam levemente nesta segunda-feira, impulsionados por fatores macroeconômicos e pela valorização do milho, disseram traders. Há poucas notícias novas, mas os preços do milho estão firmes, assim como os mercados acionários, graças aos dados econômicos da China.
Um analista acrescentou que há rumores de que a China pode ter comprado mais soja durante o final de semana. Contudo, o relatório de inspeção semanal das exportações, divulgado há pouco, ficou abaixo das expectativas, com 189,718 mil toneldas. O contrato  novembro subiu 2 cents, ou 0,19%, para US$ 10,33 por bushel.
O milho continua registrando novas máximas em meio a preocupações com as perspectivas da produtividade nos Estados Unidos. Um trader disse que a produtividade deve ficar abaixo dos 162,5 bushels por acre estimados na semana passada pelo USDA, e há rumores de que até mesmo a recente projeção de 158,5 bushels por acre da Informa pode ser muito alta.
Embora vendas por parte de produtores e realização de lucros especulativa possam limitar os ganhos do milho, outro trader afirmou que não está claro quando o mercado pode entrar em correção. Os preços estão nos maiores níveis em 23 meses. O contrato dezembro avança 6,75 cents, ou 1,41%, cotado a US$ 4,85 por bushel.
O trigo opera em alta nesta segunda-feira, sustentado por temores sobre um clima global desfavorável. A estiagem na Rússia dificulta o plantio da safra de inverno, enquanto chuvas excessivas e temperaturas baixas no Canadá ameaçam a qualidade do cereal que em breve será colhido. Uma seca histórica já reduziu a produção da safra que os produtores russos estão colhendo atualmente.
Contratos com vencimento em dezembro ganhava 8,75 cents, ou 1,19%, para US$ 7,4550 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento subia 11,50 cents, ou 1,51%, negociado a US$ 7,7075 por bushel.

CLÍMA-SECA JÁ DURA 200 DIAS EM ÁREAS DO BRASIL CENTRAL E NORDESTE.

O inverno é considerado a estação seca em grande parte do Brasil. No entanto, este ano se observa uma condição mais extrema, o que já prejudica diferentes sistemas de produção que estão relacionados diretamente com as condições climáticas. Pode-se destacar: carne bovina, leite, energia hidrelétrica, cana-de-açúcar, café e laranja. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, divulgado hoje.
Neste início de setembro o padrão climático não mudou, segundo a Somar. Choveu apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. No Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste, em virtude do quinto mês consecutivo sem chuva, o solo está totalmente seco e em algumas regiões a estiagem agrícola já ultrapassa 200 dias.

De acordo com a Somar, o tempo deve continuar totalmente seco no Centro-Oeste, interior do Sudeste e no interior do Nordeste do Brasil pelo menos até o fim de setembro. "A temperatura permanece elevada, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar e, com isso, potencializar ainda mais os riscos de incêndios e prejudicar a qualidade do ar", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Para as próximas duas semanas, há previsão de chuvas apenas no Sul do Brasil, onde uma frente fria deve trazer volume moderado de água, principalmente no Rio Grande do Sul. O bloqueio atmosférico impede o avanço da frente fria, que causa chuvas no decorrer da semana apenas em Santa Catarina e no sul do Paraná.
A Somar ressalta que deve persistir a condição atmosférica que mantém as frentes frias bloqueadas sobre o Sul do País, impedindo o avanço das frentes frias até o Sudeste. Nesta semana, o calor continua intenso sobre o Brasil Central, onde as temperaturas podem ultrapassar a casa dos 40 graus, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar.

Soja
Para a lavoura de soja do Brasil, o fenômeno La Niña tem dois impactos bem caracterizados: atrasa o retorno das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Ao mesmo tempo, reduz a incidência de chuva e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão nas lavouras do Sul do Brasil e também de Mato Grosso do Sul. Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático, principalmente quando comparado com o observado na safra passada.
Setembro ainda deve continuar seco em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. O retorno das chuvas deve ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro e no decorrer de novembro, mesmo assim de forma muito irregular. Durante o verão as chuvas nesses Estados devem apresentar um comportamento médio, com o risco de alguns episódios de chuvas mais concentrados entre janeiro e fevereiro, o que pode causar transtorno de manejo, controle de doenças, além do risco de excesso de chuva na colheita.
Na região conhecida como mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), setembro ainda deve continuar seco. O retorno das chuvas deve ocorrer na segunda quinzena de outubro, mesmo assim de forma muito irregular e insuficiente para garantir condições de plantio. A regularização das águas só deve ocorrer em novembro. Durante o verão as chuvas nesses Estados também devem apresentar um comportamento médio.
Setembro ainda deve ter chuvas abaixo da média no Paraná e em Mato Grosso do Sul. No entanto, já são esperados alguns episódios de chuvas isoladas no fim do mês. Em outubro as chuvas ficam mais frequentes e melhoram as condições de umidade do solo para plantio. Para esta safra, deve-se considerar o risco de estiagem durante os meses de verão. A continuidade do La Niña remete para um outono também com chuvas abaixo da média.
Já as lavouras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não devem enfrentar grandes problemas na fase de plantio entre outubro e novembro, em virtude da chegada de um período chuvoso. No entanto, deve-se também considerar o risco de uma redução de chuvas e períodos de forte estiagem entre novembro e dezembro. Mesmo com alguns episódios durante os meses de verão, as chuvas devem ficar abaixo da média e com estiagens regionalizadas. A continuidade do La Niña mantém para o fim do verão e no outono a condição de chuvas abaixo da média e com alto risco de estiagem entre o fim de fevereiro e março, o que pode prejudicar diretamente a fase final da lavoura de soja.
Milho
O cenário climático para o milho é muito semelhante às condições da lavoura de soja. O risco aumenta principalmente para as lavouras do Sul do Brasil em virtude das estiagens no verão. No entanto, as lavouras do norte/noroeste do Rio Grande do Sul e do oeste de Santa Catarina, que foram plantadas mais cedo (em agosto), ainda podem se beneficiar das chuvas da primavera, escapando do risco de estiagem que aumenta a partir de dezembro e durante o verão.
As lavouras de milho do Nordeste do Brasil, incluindo o agreste e sertão, a presença do La Niña num primeiro momento cria expectativa de um bom período de chuvas ("inverno nordestino"), que vai de fevereiro a maio. No entanto, a qualidade do período de águas ainda depende das condições do Oceano Atlântico, que no momento ainda não estão definidas. De qualquer forma, o cenário climático para 2011 é bem melhor que o observado na safra deste ano.
Lavouras dos EUA
O clima observado no início de setembro sobre os Estados Unidos apresenta ainda uma condição típica do verão. Sobre as áreas produtoras de milho e soja do Meio-Oeste americano as chuvas no geral foram fracas e irregulares. Para o restante do mês de setembro o tempo não deve mudar muito. Permanece apenas a previsão de chuvas isoladas por causa da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão.
Com relação à temperatura, a expectativa é de ligeira queda nas próximas semanas, o que é um padrão normal com a proximidade do outono, principalmente nos Estados mais ao norte, próximos da fronteira com o Canadá. Por enquanto, ainda não há previsão de frio extremo que possa representar risco de geada que, sem dúvidas, é uma preocupação nessa fase final da lavoura de soja. A partir da última semana deste mês, porém, já há indicativos de temperatura abaixo de zero nos estados Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota e Wisconsin.

PERSPECTIVA: CHICAGO CONCENTRA ATENÇÃO NA COLHEITA DOS EUA.

Passada a temporada de apostas e preocupações com o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as atenções dos mercados de grãos se voltam agora para o período de colheita no país. Nesse sentido, as bolsas de soja e milho, principalmente, deverão continuar voláteis. Se o clima não prejudicou tanto as lavouras até a fase de desenvolvimento, como demonstrado pela agência governamental, as variações de umidade e temperatura a partir de agora vão ditar como será a finalização da safra.
Na sexta-feira, o USDA estimou uma safra recorde de soja 94,80 milhões de tons, graças ao aumento na estimativa de produtividade. No milho foi o contrário, a produtividade caiu e o USDA mais uma vez reduziu a estimativa de safra, para 334,26 milhões de tons. O volume, contudo, ainda é significativo. Em Chicago, as cotações da soja caíram 1,4% e as do milho subiram 1,59%, no contrato novembro e dezembro, respectivamente.
Até a semana passada, 6% do milho tinha sido colhido, segundo o USDA. O trabalho de campo ainda não tinha sido iniciado na soja. A colheita do trigo de primavera se encaminha para o final. Hoje à tarde, o governo atualiza os números. A Meteorlogix prevê pancadas e chuvas e tempestades se desenvolvendo do oeste para o leste do Meio-Oeste dos EUA a partir de quarta-feira; condição que deve prosseguir até a sexta-feira. As temperaturas devem ficar abaixo do normal para esta época. De acordo com a agência meteorológica, essas chuvas não vão favorecer as lavouras de soja nem a atividade de colheita. "É muito tarde para que as precipitações sejam benéficas", avalia relatório da empresa divulgado no domingo pela Dow Jones.
No trigo, o USDA mostrou que, de fato, a oferta não preocupa e, com isso, o mercado pode realizar lucro, pois está muito comprado. Em Chicago, as cotações recuaram 16% desde as máximas de quase dois anos no início de agosto. Mas ainda acumulam alta de mais de 60% sobre as mínimas de junho. Na sexta-feira, o contrato dezembro perdeu 1,25 cent (0,2%), e fechou em US$ 7,3675 por bushel.
No mercado interno persiste a expectativa sobre a retração na oferta de milho por parte dos produtores. Dois fatores contribuem esta retração. No sul, a estiagem pode atrasar o plantio e com isso o milho pode perder área para a soja, o que daria suporte ao preço do cereal.
No Centro-Oeste, o escoamento da safra por meio dos leilões de prêmios do governo deixa os produtores numa posição confortável para negociar o estoque remanescente. Analistas alertam para a possibilidade de recuo dos preços do milho durante a entressafra, quando os produtores terão de escoar o cereal para dar espaço ao armazenamento da safra nova.
Já no mercado de soja, os produtores estão atentos às condições climáticas para o início do plantio da safra 2010/11. O prazo do vazio sanitário em Mato Grosso termina na próxima quarta-feira (15), mas a falta de chuva pode prejudicar o início dos trabalhos. No ano passado, cinco dias antes do prazo oficial já havia produtor semeando a soja para garantir o plantio de uma segunda safra de algodão e de milho.

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO DEVE ALCANÇAR 4,73 MILHÕES EM SETEMBRO.

A China deve importar cerca de 4,73 milhões de toneladas de soja neste mês, alta de 72% em relação ao mesmo período de 2009, informou hoje o Ministério de Comércio do país. Contudo, a estimativa fica ligeiramente abaixo das 4,76 milhões de toneladas adquiridas em agosto, segundo dados da Administração Geral Alfandegária.
A projeção, divulgada no site do ministério, se baseia nos relatos de importadores entre 16 e 31 de agosto e, normalmente, é inferior ao volume real, já que não inclui todos os carregamentos. O governo divulga as estimativas duas vezes por mês.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL CRESCE 13,9%.
A produção industrial da China cresceu 13,9% em agosto, seguindo-se a uma alta de 13,4% em julho. A elevação superou a previsão dos economistas de aumento de 12,9%. O crescimento da produção deveu-se, em parte, a uma aceleração na aprovação dos projetos de investimento em infraestrutura desde meados de julho.

METAIS SOBEM COM INDICADORES FORTES NA CHINA.
Os metais básicos operam em alta, em seguida aos indicadores econômicos fortes anunciados pela China no fim de semana, que destacaram a boa perspectiva para a demanda e ajudaram a melhorar o sentimento dos investidores com relação ao ritmo e à força da recuperação global.
"Com o principal motor econômico global, a China, ganhando velocidade, a perspectiva para a economia do resto do mundo parece menos sombria e os preços das commodities industriais têm respondido de acordo", afirmou Will Adams, analista da BaseMetals.com. A China informou que a produção industrial cresceu 13,9% em agosto, acima das estimativas de 12,9%, indicando uma recuperação na demanda por metais industriais.
Além disso, as exigências de capital para os bancos menos severas que o esperado anunciadas pelo Comitê da Basileia sobre Supervisão Bancária também ajudaram a aumentar a busca de ativos de maior risco pelos investidores. O cobre na London Metal Exchange (LME) operava a US$ 7.630 por tonelada, uma alta de 1,9% em relação ao fechamento de sexta-feira.
"A menor aversão ao risco e o maior otimismo econômico estão sustentando os preços dos metais básicos no momento", observaram analistas do Commerzbank em relatório.
Pouco antes das 8h o estanho subia 1,5%, para US$ 22.200 por tonelada. Entre os outros metais negociados na LME, o alumínio subia 2,5%, para US$ 2.153 por tonelada; o chumbo avançava 2%, para US$ 2.228 por tonelada; o zinco ganhava 3%, para US$ 2.173 por tonelada; e o níquel tinha alta de 2,4%, para US$ 23.040 por tonelada. Em Nova York, o cobre para dezembro negociado na Comex subia 1,98%, para US$ 3,4740 por libra-peso, às 8h25 (de Brasília).

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