quarta-feira, 2 de junho de 2010

CBOT-GRÃOS REAGEM AO CLIMA FAVORÁVEL E FECHA EM BAIXA.

Os contratos futuros de soja recuaram nesta terça-feira, após terem operado tanto no positivo como no negativo ao longo do pregão. A fraqueza no final da sessão foi reflexo dos mercados externos e de condições climáticas baixistas referentes ao curto prazo. Os contratos de julho, os mais líquidos da Bolsa de Chicago, fecharam em queda de 5,75 centavos, ou 0,61%, a US$ 9,32 por bushel .
Os contratos de novembro, referentes à nova safra, fecharam em queda de 5 centavos, em baixa de 0,55%, a US$ 9,0275. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 3 mil lotes de soja em grão. A atividade dos fundos é uma medida do fluxo de investimento financeiro nesse mercado.
No pregão desta terça-feira, a influência baixista da fraqueza dos contratos futuros de petróleo e o dólar ainda mais firme pressionaram os preços das commodities agrícolas. A ausência de novas notícias sobre a demanda da China e a permanência das incertezas sobre a economia global contiveram a reação dos preços. Contratos futuros referentes às novas safras ficaram sob pressão das excelentes condições climáticas para o desenvolvimento, assim como para a expansão do plantio, no Meio-Oeste dos Estados Unidos.
Ainda assim, os contratos futuros não atraíram a onda de vendas que muitos participantes do mercado vinham antecipando, na medida em que o dólar esteve mais fraco do que se imaginava inicialmente e os contratos de petróleo subiram, desencadeando um rali no meio da sessão. No entanto, os avanços se mostraram de curta duração, já que no fim do dia a pressão do petróleo e a ausência de notícias significativas sobre questões de safra mantiveram muitos compradores de lado, disseram analistas.
Os contratos de curto prazo foram impulsionados pelos estoques estreitos referentes à safra antiga, o que se refletiu em ofertas firmes dos processadores do Meio-Oeste, acrescentaram os operadores. Além disso, "espera-se que as chuvas finalmente se disseminem pelo noroeste do Meio-Oeste nesta semana, o que levará a uma recuperação da umidade e à melhora das condições para o crescimento do milho e da soja", informou a Cropcast Weather Services. A trajetória das chuvas, contudo, manterá o lento plantio tardio de soja. Novas chuvas são aguardadas em áreas do noroeste nos próximos seis a 10 dias.

MILHO

O clima bom para as lavouras de milho dos Estados Unidos pressionou as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Outros mercados também exerceram influências negativas, segundo traders. Os lotes mais negociados, para entrega em julho, fecharam em queda de 5,0 cents ou 1,39%, cotados a US$ 3,54/bushel.
O forte início da etapa de desenvolvimento da safra americana tem pesado sobre o mercado nos últimos dias. Embora traders e analistas recordem que o ciclo ainda está no começo, havendo muito tempo para eventuais problemas, eles disseram que, até o momento, as condições são favoráveis e podem resultar no segundo ano consecutivo de produtividade recorde.
A expectativa dos analistas era que de 72% a 75% da safra apresentasse condição boa a excelente, mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou há pouco que parcela chega a 76%, mais do que os 71% da semana anterior.
Traders também ponderaram que as previsões do tempo para junho indicam temperaturas perto da média e chuvas acima da média. O analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities, comentou que o mercado será sensível ao clima seco e quente, que não é previsto.
Analistas observaram que os futuros permaneceram dentro do intervalo entre US$ 3,50 e US$ 3,80/bushel. "Acho que o mercado está procurando um novo catalisador para romper o intervalo", disse Britt. A falta de vendas de produtores está sustentando o mercado e os traders disseram que maiores desvalorizações estimularão a demanda.

GRÃOS/EUA: CLIMA BOM CONTRIBUI COM SAFRAS.

Clima quente e bons níveis de umidade no solo permitiram forte desenvolvimento da safra de milho dos Estados Unidos, que registrou um avanço de cinco pontos porcentuais em sua avaliação de boa a excelente, segundo o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O plantio e a emergência da safra de soja segue dentro das médias, enquanto a condição das lavouras de trigo de inverno e seu desenvolvimento se mostraram estáveis. A safra de trigo de primavera registrou bom desenvolvimento, bastante acima do cenário relatado na mesma semana do ano passado.
Milho
O USDA informou que 76% da safra de milho dos Estados Unidos apresentava condição boa a excelente até domingo, acima da média das expectativas do mercado, entre 72% e 73%. Muitos analistas esperavam que a safra tivesse melhora modesta em virtude do clima quente, que estimulou o desenvolvimento.
O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, disse que a ótima avaliação da safra mostra "o que o clima pode fazer com as safras". No Estado de Illinois, 76% da safra recebeu avaliação de boa a excelente, enquanto em Indiana foram 69%. Em Iowa, a safra foi avaliada com 74% de bom a excelente, mais do que os 65% da semana anterior.
Em geral, 85% da safra emergiu, mais do que os 71% da semana anterior e bastante acima da média de 80% para esta época do ano, de acordo com o USDA. Em Illinois, 94% da emergência foi concluída, enquanto a média é de 82%. Cerca de 94% da safra de Iowa emergiu, ante a média de 87%.
O único Estado que segue ritmo lento é o Missouri, onde o clima úmido está afetando a evolução das lavouras, segundo McCambridge. Cerca de 45% da safra do Missouri foi avaliada como boa a excelente. No entanto, "as principais áreas de produção estão evoluindo excepcionalmente bem", acrescentou. O USDA disse que 97% da safra de milho foi plantada, mais do que os 93% da semana passada e também superior à media de 96% para esta época do ano.
Soja
O analista Joe Victor, da corretora Allendale Inc, afirmou que o sólido ritmo de plantio e emergência de soja na última semana não surpreendeu. "As temperaturas elevadas e a boa umidade do solo indicam que a safra está começando com o pé direito", disse. Cerca de 46% da safra de soja emergiu, mais do que os 24% da semana anterior e também acima da média de 44% para esta época do ano, segundo o USDA.
De acordo com o relatório, 74% da safra de soja dos Estados Unidos foi plantada, mais do que os 53% da semana passada e também superior à média de 75%. Em Iowa, 62% da safra emergiu, ante média de 52%, e 91% da safra foi plantada, quando a média é de 88%. Segundo o USDA, 49% das lavouras de Illinois emergiu, nível acima da média de 45%, e 73% da safra foi plantada, frente à média de 71%. Victor declarou que o único Estado preocupante é o Missouri, onde o plantio e a emergência seguem ritmo lento. Mas o mercado está ciente dos problemas desse Estado com a umidade, segundo o analista. No Missouri, 48% da safra foi plantada, abaixo da média de 59%. A emergência chegou a 22% dos campos, também inferior à média de 37% para este momento.

terça-feira, 1 de junho de 2010

EXPORTAÇÕES: COMPLEXO SOJA, MILHO E ALGODÃO.

A receita com as exportações brasileiras de soja em grão cresceu 21,2% em maio, para US$ 2,089 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado, divulgado há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), decorre do aumento do volume embarcado, já que o preço médio diário recuou levemente em maio (US$ 366,8 por tonelada) em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 368,4 por tonelada). No mês passado, o Brasil embarcou 5,696 milhões de toneladas do grão, volume 21,7% maior do que o registrado em maio de 2009.
Em relação a abril, as exportações do grão registraram crescimento de 16,2% em receita e de 15,9% em volume. O preço médio diário ficou praticamente estável em maio frente a abril, em leve alta de 0,27%.
Farelo - As exportações de farelo de soja ficaram aquém dos níveis registrados em maio de 2009. A receita obtida com os embarques de farelo diminuiu 7,4%, para US$ 455,4 milhões, reflexo de uma queda de 11,5% no preço médio, para US$ 304,3 por tonelada. Os embarques de farelo de soja ante maio do ano passado cresceram 4,5%, para 1,496 milhão de toneladas.
Óleo - Já a receita com as vendas de óleo de soja somou US$ 81,9 milhões, em queda de 1,9% ante o mesmo período do ano passado. O volume embarcado caiu 5,7%, para 102,1 mil toneladas, enquanto o preço médio diário subiu 4,04%, para US$ 802,4 por tonelada, na comparação com maio de 2009.

MILHO

As exportações brasileiras de milho em maio tiveram queda de 55,3% em receita em relação a abril, registrando US$ 20,3 milhões ante US$ 45,4 milhões no mês passado. Na comparação com maio de 2009, quando o faturamento foi de US$ 49,4 milhões, a receita caiu 58,9%.
O volume embarcado ao exterior em maio foi de 93,7 mil de toneladas, recuo de 54,2% ante as 204,5 mil toneladas exportadas em abril. A exportação de milho vem caindo desde que o governo interrompeu a realização de leilões em apoio à comercialização do grão de grandes Estados produtores, no final do ano passado. No ano anterior, essa ajuda foi mais constante, o que levou a exportações de milho em maio daquele ano de 300 mil toneladas.

ALGODÃO

A receita com as exportações brasileiras de algodão despencou 57,8% em maio para US$ 14,8 milhões, ante US$ 35,1 milhões obtidos no mesmo mês do ano passado. Também na comparação com o mês anterior houve forte retração, com uma queda de 51,2% sobre os US$ 30,3 milhões apurados em abril. Da mesma forma, o volume embarcado também apresentou forte declínio. Em maio deste ano foram exportadas apenas 9,3 mil toneladas da pluma, queda de 66,5%, sobre 27,8 mil toneladas registradas em igual período de 2009. Em relação ao mês anterior, quando o embarque somou 30,3 mil toneladas, a retração foi de 69,3%.
O Secex mostra que o apenas o preço médio do algodão exportado em maio aumentou 25,7% para US$ 1.586.40/tonelada, ante US$ 1.261,70/tonelada no mesmo mês de 2009. O valor também foi 5,3% superior aos US$ 1.506,30/tonelada apurados em abril. No entanto, não foi suficiente para compensar a forte retração no volume embarcado no período. A base de cálculo foi feita em relação aos 20 dias úteis do mês de maio.

ZONA DO EURO: TAXA DE DESEMPREGO SOBE E INDUSTRIAL CAI.

A taxa de desemprego da zona do euro subiu para o nível mais alto em quase 12 anos em abril, a 10,1%, de 10,0% em março, segundo a Eurostat. O número visto em abril havia sido registrado pela última vez em junho de 1998. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam que a taxa permanecesse em 10,0%.
De acordo com a Eurostat, 25 mil pessoas se juntaram às filas de desempregados na zona do euro em abril, elevando o total de trabalhadores sem emprego para 15,9 milhões, mais do que toda a população da Áustria e da Irlanda combinadas. Os dados de abril mostraram que o aumento do desemprego na Espanha (19,7%), Portugal (10,8%), Irlanda (13,2%) e Itália (8,9%) foi parcialmente contrabalançado pelo declínio registrado na Alemanha (7,1%) e na Holanda (4,1%). Na França a taxa de desemprego ficou estável em 10,1%.
Separadamente, o governo alemão informou que em maio o número de pessoas desempregadas na maior economia da zona do euro diminuiu 45 mil, para o menor nível desde 1992, deixando a taxa de desemprego no país em 7,7%.
A Eurostat afirmou que a taxa de desemprego na área mais ampla da União Europeia ficou estável em 9,7% em abril. A taxa de desemprego mais alta foi observada na Letônia (22,5%), enquanto a mais baixa foi a de 4,1% da Holanda.

O crescimento no setor manufatureiro da zona do euro se desacelerou significativamente em maio, em uma indicação de que a recuperação econômica do bloco permanece frágil.
O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro divulgado pela empresa de pesquisas Markit caiu para o menor nível em três meses em maio, a 55,8, de 57,6 em abril. Economistas esperavam 55,9.
Embora o número indique expansão, a Markit afirmou que os dados destacam a velocidade com que a incerteza sobre a crise de dívida soberana da região está prejudicando a atividade industrial. O PMI industrial da Alemanha caiu para 58,4 em maio, de 61,5 em abril, enquanto o da França recuou para 55,8, de 56,6. Na Itália, o PMI industrial declinou para 54,0 em maio, de 54,3 em abril.

INDICADORES REFORÇAM PREOCUPAÇÃO NO EXTERIOR.

O feriado de ontem em Nova York e Londres fez com que muitos investidores expressassem somente hoje sua reação aos mais recentes fatores de preocupação com a recuperação econômica global. Comentários pessimistas do Banco Central Europeu (BCE) e dados desanimadores divulgados nesta manhã contribuem para o declínio dos mercados.
O rebaixamento do rating soberano da Espanha pela Fitch, anunciado na sexta-feira após o fechamento do mercado europeu, provoca reações mais fortes e leva a Bolsa de Madri a cair mais de 3%. O setor bancário, sobre o qual aumentou a pressão desde que emergiram os problemas com os bancos de poupança espanhóis, sente o peso das declarações feitas ontem pelo BCE. Em um relatório, o BCE afirmou que os bancos da zona do euro sofrerão perdas "consideráveis" com empréstimos neste ano e no próximo que devem provocar baixas contábeis de 195 bilhões de euros e pesar sobre a lucratividade dessas instituições. Hoje Christian Noyer, membro do Conselho de Governo do BCE, alertou que, embora as repostas dos bancos centrais à crise tenham sido bem sucedidas, "estimular a economia pode ser mais desafiador e novos riscos podem pesar negativamente sobre a recuperação em andamento".
Indicadores econômicos também pesam sobre o sentimento dos investidores. Na China, o índice oficial dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês), divulgado conjuntamente pela Federação de Logística e Compra da China (CFLP, na sigla em inglês) e pelo Escritório Nacional de Estatísticas, caiu para 53,9 em maio, de 55,7 em abril. Embora o número aponte expansão da economia, o recuo sugere uma desaceleração do crescimento chinês.
Na Europa, o PMI caiu para o menor nível em três meses em maio, a 55,8, de 57,6 em abril. Além disso, a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que a taxa de desemprego na zona do euro subiu para o nível mais alto em quase 12 anos em abril, para 10,1%.
A queda de mais de 15% das ações da BP na Bolsa de Londres é o destaque do noticiário corporativo. A operação "top kill" da companhia destinada a conter o vazamento de petróleo no Golfo do México fracassou e agora a empresa busca outra solução para o problema.
Às 8h25 (de Brasília), o índice FT-100 de Londres caía 2,26%, o CAC-40 de Paris recuava 2,49% e o DAX de Frankfurt cedia 1,88%. O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri tinha perda de 3,35%. No mercado de câmbio, o euro declinava para US$ 1,2153, de US$ 1,2301 no fim da tarde de ontem, e o dólar caía para 91,03 ienes, de 91,09 ienes. As commodities também sofriam os efeitos do sentimento negativo dos investidores. O petróleo para julho negociado na Nymex eletrônica tinha queda de 2,43%, para US$ 72,17 por barril, enquanto o cobre para julho operava com perda de 2,21% na Comex, a US$ 3,0360 por libra-peso.

CLIMA: INMET PREVÊ FORMAÇÃO DE GEADA NA REGIÃO SUL

As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada no Rio Grande do Sul (exceto no litoral norte e região metropolitana), meio-oeste, oeste e planalto sul de Santa Catarina e no sul do Paraná, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para esta terça-feira (1º). A temperatura mínima chega a -2 graus e a máxima deve alcançar 21 graus.No Sudeste do País, o dia será encoberto a nublado com chuva e chuviscos no Rio de Janeiro, Espírito Santo e leste de São Paulo. A temperatura sofre ligeiro declínio e a mínima pode chegar a 4 graus e a máxima atinge 30 graus.
No Centro-oeste, o tempo fica nublado com chuva isolada no norte de Mato Grosso, norte e leste de Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A máxima chega a 33 gruas e a mínima alcança 4 graus.
A terça-feira também terá céu nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas no Maranhão, sudeste da Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, leste de Pernambuco, Bahia e Alagoas. A temperatura máxima prevista para a Região Nordeste é de 37 graus e a mínima será de 13 graus. Já no Norte do País, o dia deve ser encoberto a nublado com chuva e trovoadas no Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Acre e norte de Tocantins. A temperatura deve ficar estável, com máxima de 36 gruas e a mínima de 15 graus. As informações são da assessoria do Ministério da Agricultura.

DEMANDA POR COMMODITIES NA CHINA PREOCUPA.

Analistas acreditam ter encontrado uma tendência que pode ser preocupante para os produtores de commodities da China: o país tem avançado sobre suas reservas de matérias-primas, informa reportagem do Wall Street Journal Ásia. O resultado é uma redução na demanda chinesa em alguns mercados de commodities, ausência que tem pesado sobre os preços. Na semana passada, o índice Dow Jones-UBS caiu para o menor nível desde junho, embora tenha se recuperado de parte das perdas. Neste ano, acumula queda de 9,9%. Para os analistas, é importante acompanhar com precisão os movimentos da China sobre seus estoques, especialmente porque o consumo é expressivo. Eles estão atentos a qualquer sinal de redução da demanda provocado pelas medidas de aperto monetário, adotadas recentemente pelo país com objetivo de conter o aquecimento da economia. Mas os registros sobre os níveis dos estoques são incompletos e inconsistentes no país, o que torna difícil fazer avaliações.
O analista de commodities do J.P. Morgan, Sung Yoo, disse que "se você não tem números precisos para mostrar quanto os estoques estão crescendo ou encolhendo, haverá uma grande diferença" de opiniões.
Alguns estão preocupados com o fato de indústrias estarem recebendo menos encomendas de consumidores, o que as leva a usar materiais que já possuem em vez de comprar para estocar. Outros afirmam que os usuários de commodities da China são experientes e aguardam uma queda maior dos preços internacionais antes de voltar a comprar. Quando as cotações atingirem um piso, eles retomariam as aquisições. Analistas concordam, entretanto, que a falta de compras na China provavelmente pesará sobre os preços nos próximos meses, antes de uma recuperação.
Analistas do Deutsche Bank avaliam ser provável o declínio dos preços de metais, de modo que o terceiro trimestre pode ter "pressão considerável". As políticas de aperto na China e uma desaceleração da economia são riscos para metais como cobre e níquel, de acordo com nota do banco a clientes.
Em viagem recente à China, analistas do Macquarie Securities observaram que alguns usuários finais de aço, como fabricantes de veículos e produtos da linha branca, estão "optando por consumir seu próprio estoque, em vez de seguir comprando" nas operações de mercado aberto. "Por que comprar aço hoje se ele ficará mais barato amanhã?", questionaram.
Mas os analistas do Macquarie concluíram que a demanda por automóveis e refrigeradores segue robusta na China, levando a crer que a indústria deixará de drenar seus estoques em breve. "Esperamos que as condições mudem rapidamente", declararam em nota. O Macquarie avalia que estoque de aço da China atingiu um pico em janeiro e desde então diminuiu 15%. O banco espera que a demanda se recupere no quarto trimestre.
A analista de metais Natalya Naqvi, do banco de investimentos Barclays Capital, também comentou que a China vem avançando sobre os estoques de chumbo desde março. A importação do material caiu nos últimos dois meses. Os chineses consomem cerca de 40% do chumbo mundial, que é usado principalmente para produção de baterias automotivas. Naqvi acredita que a China voltará a ser importador líquido "até o fim do ano".
No caso dos estoques de petróleo, as opiniões também divergem. Em abril a China registrou que a importação líquida de petróleo bruto subiu 33%, totalizando 20,98 milhões de toneladas. O presidente da consultoria Paul Ting Energy Vision, Paul Ting, estima que a demanda chinesa por petróleo tenha aumentado 13% durante os primeiros quatro meses do ano, o que sugere um pequeno aumento dos estoques de petróleo. No entanto, o J.P. Morgan entende que a China vem cortando os estoques nos últimos meses e, citando um executivo de petrolífera, afirmou que o crescimento da demanda foi de 23%.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

MILHO : PRÊMIO EM LEILÃO/MT NÃO VIABILIZA PREÇO MÍNIMO.

Os valores dos prêmios no leilão para escoamento de 600 mil toneladas de milho em Mato Grosso, realizado na semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram insuficientes para assegurar ao agricultor o recebimento do preço mínimo de garantia estabelecido pelo governo federal, de R$ 13,98 por saca de 60 kg. No Estado, foram comercializadas 411,3 mil toneladas, ou menos de 70% das 600 mil toneladas ofertadas. Em apenas duas regiões - norte e centro-norte - houve compra de todo volume ofertado. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o resultado se deve aos baixos valores dos prêmios.
Os técnicos do Imea observam que os prêmios finais variaram entre R$ 6,78/saca e R$ 2,64/saca. Em nenhuma das seis regiões em que o Estado foi dividido para efeito do leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) o preço atualmente pago pela saca milho no mercado, somado ao prêmio arrematado pelos compradores, alcança o preço mínimo de R$ 13,98/saca. Eles explicam que o pagamento ao agricultor do preço mínimo de garantia é premissa básica para a comprovação do leilão e recebimento do prêmio por parte da empresa compradora.
Os levantamentos de preços do Imea mostram que em Sorriso a saca de milho tem sido cotada, em média, a R$ 7,00/saca, valor que somado aos R$ 5,79/saca do prêmio resulta em R$ 13,79/saca. Em Sapezal, a diferença é ainda a maior. Mesmo com um prêmio final de R$ 4,62/saca, existe uma diferença de R$ 1,36/saca, pois o milho está cotado em média a R$ 8,00. Por isso na região apenas 25% do volume disponibilizado foi arrematado.
Os técnicos do Imea comentam que, apesar do leilão de apoio à comercialização realizado na última quinta-feira (27), o preço do milho no mercado disponível permanece estável, com baixo volume de negócios. O preço médio indicado foi de R$ 7,00/saca em Lucas do Rio Verde e de R$ 10,50/saca em Campo Verde. Os levantamentos do Imea mostram que os preços atuais em Lucas do Rio Verde estão 43% abaixo dos registrados no final de maio do ano passado, quando o produto era comercializado a R$ 12,30/saca. Em Campo Verde, a desvalorização foi de 24%, pois no ano passado a saca de milho era comercializada a R$ 13,90.

SOMAR:TEMPERATURA CAI SEM RISCO DE GEADA.

O mês de maio encerra com o mesmo padrão de chuvas observado no início do mês. O volume acumulado mostra que os maiores índices se concentraram no Sul e no Norte do Brasil. Já sobre o Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste choveu muito pouco em maio, avalia a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
Conforme a meteorologia, o destaque fica para Mato Grosso e Goiás, onde praticamente não choveu durante todo o mês o que, acrescido da falta de água já verificada em abril, acabou prejudicando e provocando quebras de produção nas lavouras de milho e algodão (safrinhas). Em compensação, as culturas da cana-de-açúcar, café e laranja estão entre as maiores beneficiadas com as condições climáticas observadas em maio. Também foram favorecidas as lavoura de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul, que receberam boa oferta de chuva e, até aqui, não tiveram influência de geadas.
O mês de maio termina com uma condição de solo saturado (90% a 100%) no Sul e Norte do Brasil. Já em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e sobre o sertão e o agreste nordestino, a ausência de chuvas ao longo de todo o mês de maio deixou a situação crítica em relação às condições de umidade do solo, com índice de água disponível no solo abaixo de 20%.
Previsão
De acordo com o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury, a primeira semana do mês de junho deve ter pouca chuva em grande parte do Brasil. Nesta semana, algum volume deve ser observado apenas no extremo norte do Brasil e no litoral do Nordeste. "A partir de sexta-feira, porém, e para o próximo fim de semana, uma nova frente fria associada com áreas de instabilidades formadas no oeste da Região Sul, deixa o tempo instável e com chuvas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e em São Paulo", diz Etchichury. "Para a próxima semana, a tendência é de tempo seco e queda de temperatura em todo o Centro-sul do Brasil", acrescenta ele.
A Somar prevê que a semana começa com a entrada de uma massa de ar polar no Sul do Brasil, o que provoca acentuada queda de temperatura (abaixo de 5 graus). Não há, no entanto, "indicativo de formação de geadas amplas nas áreas de milho safrinha", ressalta Etchichury. Ele explica que os ventos em altos níveis da atmosfera (10 a 12 km de altura), conhecidos como corrente de jato, têm sido fundamentais para o enfraquecimento das ondas de frio, diminuindo assim o risco de formação de geadas. "Essa mesma condição também deve se observar na próxima semana, quando uma nova onda de frio deve atingir o Sul do Brasil, com nova
queda da temperatura". Por enquanto, porém, não há previsão de formação de geada. "Mesmo assim, com a proximidade do inverno, recomendamos atenção e, daqui para frente, o interessado deve acompanhar diariamente as previsões divulgadas no site da Somar", diz Etchichury.
Estados Unidos
A semana passada foi de pouca chuva sobre grande parte das áreas produtoras de milho e soja dos Estados Unidos. Isso contribuiu para a aceleração do plantio da soja, que tinha desacelerado nas semanas anteriores em virtude da ocorrência de chuvas mais frequentes. A Somar estima que esta semana começa com tempo seco. No entanto, entre terça e quarta-feira, novas áreas de instabilidades e chuvas devem atingir as áreas produtoras de milho e soja do Estados Unidos. Mais uma vez, a expectativa é de chuvas isoladas e de baixos volumes, concentradas mais na parte leste dos Estados Unidos, o que até pode temporariamente atrapalhar o plantio da lavoura de soja. Na sequência, e para o restante da semana, deve voltar a predominar uma condição de tempo seco. "Para a primeira semana de junho, a previsão é de predomínio de tempo seco, o que deve favorecer a conclusão do plantio da lavoura de soja", informa Etchichury.
A temperatura é outro fator que muda com a aproximação do verão. Segundo a Somar, nos próximos dias o calor deve se intensificar sobre o sul e Meio-Oeste americano, alcançando grande parte das áreas produtoras de soja. A temperatura deve superar a casa dos 30 graus, prevê a Somar.

PERSPECTIVA: CENÁRIO EXTERNO AINDA LIMITA MOVIMENTOS EM CHICAGO.

Os sinais externos referentes à crise econômica europeia e as indicações internas sobre as condições climáticas e a evolução do plantio da nova safra de soja nos EUA devem dar o tom nos negócios com o grão nesta semana, após o feriado do Memorial Day. Analistas esperam que o mercado siga sem direção definida, enquanto os participantes aguardam por uma definição melhor do cenário macroeconômico.
Por ora, o mercado deve ficar em modo de ziguezague, "não deve formar tendência", avalia Vinícius Ito, analista de commodities da Newedge. "Há incertezas climáticas para a nova safra. Se o solo fica mais seco, há uma dificuldade maior para a germinação. O desejável é que esteja quente e úmido", explica Ito, acrescentando que a secura afeta também a produtividade do óleo de soja. "Nos vencimentos curtos, além do cenário macroeconômico geral, há a questão dos baixos estoques da safra antiga para atender à demanda", acrescenta o analista, prevendo que a volatilidade para os vencimentos de curto prazo deve ser menor do que nos contratos longos.
A incerteza do cenário macroeconômico e as perdas em outros mercados está levando os fundos a diminuir sua exposição nos futuros da soja, destaca o corretor da mesa de operações da Icap, Marcelo Gumiero. Ele pondera que o setor continua com saldo positivo, mas a redução gradativa em maio indica que eles apostam em novas baixas. Gumiero observa ainda que, embora o mercado mantenha o suporte a US$ 9,20/bushel, o movimento da última sexta-feira coloca em xeque a capacidade de recuperação da demanda de forma geral. "O mesmo problema de falta de umidade se aplica à nova safra de milho nos Estados Unidos, que já está entre 78% e 79% plantada", observa Ito, da Newedge. Mas no curto prazo, ressalva o analista, a situação dos estoques de milho é bem distinta da verificada com a soja. "Há bons estoques de milho. E há a indicação do retorno de um comprador importante, a China, que já vem sondando o mercado para fazer uma aquisição bastante significativa", acrescenta o analista, referindo-se aos rumores de que a China estaria disposta a comprar de 4 a 5 milhões de toneladas de milho, em razão da possibilidade de quebra da safra local.
O trigo deve seguir a tendência dos mercados de milho e soja. Analistas apontam que há espaço para uma correção técnica, já que o vencimento mais negociado, base julho, perdeu 3,02% na semana. Os fundos voltaram a ampliar o saldo de posições vendidas em Chicago, reforçando a tendência de baixa do mercado. Analistas ressaltam que os temores quanto aos efeitos da crise fiscal europeia tornam difícil prever os movimentos da commodity na semana.

ZONA DO EURO: ÍNDICE DE CONFIANÇA CAI INESPERADAMENTE.

Os consumidores e a maior parte dos setores de negócios dos 16 países que usam o euro se tornaram menos otimistas com relação às perspectivas futuras, à medida que os problemas de dívida da região levantaram dúvidas sobre o futuro da economia. O Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês) caiu para 98,4 em maio, de 100,6 em abril. O declínio foi inesperado. Economistas consultados pela Dow Jones previam que o dado subiria para 101,0. A confiança do consumidor diminuiu para -18 em maio, de -15 em abril, em linha com a estimativa preliminar publicada no início deste mês.
As prestadoras de serviços, construtoras e varejistas também se tornaram menos otimistas com relação às suas perspectivas. No entanto, a confiança entre as indústrias manufatureiras melhorou, subindo de -7 para -6, em linha com as expectativas. A melhora se deu em parte por causa do enfraquecimento do euro que permitiu uma alta nas exportações.
De acordo com a Comissão Europeia, as fábricas operaram a 75,5% da capacidade em abril, em comparação com 72,3% em janeiro. Com isso, a utilização da capacidade da indústria cresceu pelo terceiro trimestre consecutivo. No terceiro trimestre de 2009 o uso da capacidade havia caído para o nível mínimo recorde de 69,9%.
Como esperado, o sentimento na Grécia despencou. O índice ESI grego caiu para 61,9 em maio, de 69,1 em abril. Na Itália, Espanha e Portugal também houve queda significativa. Na França, o ESI caiu para 98,7, de 102,7.

Com os mercados dos EUA e do Reino Unido fechados por causa de feriados, o euro consegue se recuperar em meio a volumes fracos. Comentários otimistas feitos por duas autoridades do Federal Reserve tiveram pouco efeito sobre as negociações. Charles Plosser e Charles Evans, disseram hoje na Coreia do Sul que a crise de dívida da Europa não teve grande impacto sobre a recuperação econômica dos EUA. As autoridades acrescentaram, no entanto, que surpresas ainda podem emergir e levar o Fed a adiar ou apressar sua eventual saída das políticas de estímulo econômico.
O dólar opera em alta diante do iene. Durante a madrugada, a moeda se valorizou conforme fundos de hedge e bancos de fora do Japão ajustavam suas carteiras antes de importantes reuniões de política monetária. A moeda norte-americana deverá subir ainda mais diante do iene se as reuniões do Banco da Reserva da Austrália e do Banco do Canadá, marcadas para amanhã, resultarem em alta dos juros. O movimento levaria os investidores a saírem de ativos como o iene e irem para outros de maior risco, como o dólar australiano e o canadense, o que provocaria uma valorização da moeda norte-americana. O Banco Central do Canadá provavelmente se tornará amanhã o primeiro banco central do G-7 a elevar as taxas de juros básicas. O banco deverá elevar a taxa overnight em 0,25 ponto porcentual, segundo uma pesquisa com 12 economistas feita pela Dow Jones.
Às 9h53 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,2311, de US$ 1,2269 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar avançava para 91,44 ienes, de 90,91 ienes, enquanto o euro subia para 112,59 ienes, de 111,68 ienes na sexta-feira. A libra operava a US$ 1,4516, de US$ 1,4452, e o dólar era cotado a 1,1566 franco suíço, de 1,1586 franco. O índice do dólar estava em 86,625, de 86,675.

MÁRIO MARIANO

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em baixa nesta segunda-feira, influenciados por fortes perdas na Bolsa de Chicago (CBOT) e em outros mercados. O contrato referencial janeiro fechou com desvalorização de 0,9%, cotado a 3.844 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1). O contrato abriu em território negativo e ampliou as perdas ao longo da sessão, acompanhando o fraco desempenho dos mercados acionários locais.
Analistas disseram que amplas ofertas globais e a previsão de um clima favorável nas principais áreas produtoras dos Estados Unidos devem manter os preços em um mesmo intervalo de variação no curto prazo.

SOJA: PREÇOS CAEM EM CHICAGO COM PRESSÃO EXTERNA

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago recuaram sexta-feira, sob pressão dos mercados externos, de previsões climáticas baixistas e da realização de lucros no fim de mês, com os contratos de curto prazo liderando as quedas. Os contratos de julho caíram 14 centavos nesta sexta-feira, fechando em baixa de 1,5%, a US$ 9,3775 por bushel. Na semana, o vencimento de julho recuou 3,25 centavos. Os contratos de novembro, referentes à nova safra, caíram 11 centavos, ou 1,2%, para US$ 9,0775/bushel nesta sexta-feira.
O rebaixamento da classificação de risco de crédito da Espanha pressionou os mercados acionários e de commodities, em meio a preocupações relacionadas à crise de endividamento na zona do euro, disseram analistas. As incertezas sobre a economia mundial mantiveram os participantes do mercado cautelosos antes do feriado prolongado de segunda-feira, dia em que os Estados Unidos celebram o Memorial Day - a CBOT estará fechada.
Os operadores retornarão ao trabalho na terça-feira com o olhar direcionado para as previsões climáticas e para os mercados externos. Presumindo que as previsões não se alterarão dramaticamente e que os mercados de fora não subam, os preços devem recuar ainda mais na terça-feira, na medida em que "os participantes do mercado, na volta, precificarão com base nas condições climáticas imediatas", disse Tim Hannagan, analista da PFG Best.
O clima quente até o domingo deve acelerar o crescimento das plantações e tornar o solo mais seco no cinturão do milho do Noroeste dos Estados Unidos, de acordo com a empresa de previsões climáticas T-Storm Weather. O plantio de soja deve se acelerar até o início da próxima semana devido à escassez de chuvas, avalia a empresa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve divulgar na terça-feira o relatório semanal sobre a progressão da safra, um dia depois do habitual, devido ao feriado do Memorial Day na segunda-feira. De 75% a 85% da soja já deve estar plantada, ante o porcentual de 53% verificado na semana anterior, disse Hannagan.

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