sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CBOT - SOJA E MILHO

Os preços internacionais da soja caminharam em terreno negativo hoje e prolongam as fortes perdas de ontem. "Todo mundo está um pouco assustado com a corrida pelas vendas observada desde ontem, que em grande parte foi liquidação de posições de compra no contrato janeiro",  O número de contratos abertos de janeiro caiu cerca de 20 mil lotes ontem. "Conversas sobre as boas condições para o desenvolvimento das lavouras e o potencial de produção da América do Sul aumentaram a pressão", disse Leffler. "Os preços da soja para entrega em janeiro podem cair abaixo dos US$ 10 caso os relatórios de safra continuem bons" Traders disseram que os negócios devem perder volume nas próximas duas semanas, abreviadas pelos feriados de Natal e Ano Novo.

Entre outras notícias, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disseram hoje que exportadores do país venderam mais soja para a China. Esta foi a terceira venda de soja dos Estados Unidos para a China nesta semana. Do total anunciado, as importações de 116 mil toneladas reportadas hoje e as 290 mil toneladas da última terça-feira. As vendas realizadas na terça-feira (15) são para entrega no ano comercial 2009/10, já a compra anunciada hoje será embarcada ao longo de 2010/11. O ano comercial da China começou em 1º de setembro, nestes dois casos, com exportações acima de 100 mil toneladas, os exportadores são convocados a comunicar as vendas. O volume remanescente não foi especificado. A China está atuando agressivamente no mercado, importando soja dos Estados Unidos e da América do Sul, na tentativa de construir um estoque de reserva estratégico no país, segundo analistas do mercado. No entanto, seu efeito sobre os preços não foi tão positivo quanto o das anteriores, cujas entregas foram programadas para a temporada atual. O mercado não consegue reagir mesmo com a notícia de que os Estados Unidos venderam mais de 500 mil toneladas de soja para a China nesta semana, sinal de que a demanda pela oleaginosa continua aquecida nos portos americanos.

A recuperação do dólar em relação a outras moedas também pesa sobre os futuros em Chicago. A valorização do câmbio inibe o apetite dos investidores por ativos de risco e encarece as commodities denominadas em dólar para os compradores estrangeiros. O dólar ganhou força em relação a outras moedas fortes, impulsionado pelos sinais recentes de recuperação da economia dos EUA, que alimentaram a perspectiva de um potencial aumento de juros no país, e por receios com o déficit orçamentário da Grécia e de outras economias da zona do euro. O dólar atingiu o maior nível em seis meses em relação ao iene, impulsionado pela perspectiva de manutenção de juros baixos no Japão após o banco central do país reiterar o compromisso de combate à deflação.

A empresa de análise privada Informa Economics reduziu hoje sua estimativa para a safra 2009/10 de milho dos Estados Unidos, mas elevou para soja, segundo traders. Ambas as estimativas foram maiores do que os números mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A Informa prevê que a safra de milho resultará em 329,438 milhões de toneladas, 1,2 milhões tons a mais do que a estimativa divulgada pelo USDA em dezembro, mas inferior à leitura anterior da firma, de 346,456 milhões de tons, divulgada em novembro. A empresa espera ver um aumento da área plantada com milho em 2010, para 89,5 milhões de acres, enquanto o USDA estima 86,4 milhões em 2009.

A expectativa da Informa é de que a safra de soja totalize 93,076 milhões de toneladas, montante maior do que a projeção de novembro (90,63 milhões de tons) e 2,77 milhões de tons mais do que a previsão mais recente do USDA. A área plantada da soja esperada em 2010 é de 77 milhões de acres, inferior à projeção do USDA em 2009, de 77,5 milhões de acres.
MÁRIO MARIANO

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

SOJA: AUMENTO NA SAFRA SUL-AMERICANA

Continuam otimistas as estimativas para a produção de soja no Hemisfério Sul na safra 2009/10, cujo plantio já está em estágio avançado.  Ontem foi a vez da conceituada publicação alemã "Oil World" ratificar a  tendência, que deverá elevar estoques mundiais e exercer pressões "baixistas"  sobre as cotações internacionais da commodity no início do ano que vem. Conforme a agência Reuters, o novo levantamento da "Oil World" projetou  uma colheita particularmente volumosa na América do Sul, sobretudo no Brasil e  na Argentina, onde as lavouras contaram com menos tecnologia no ciclo 2008/09,  em função do encarecimento dos insumos, e foram castigadas por uma estiagem  prolongada. Segundo a publicação, a safra brasileira de soja deverá alcançar 63,7  milhões de toneladas em 2009/10, 11% mais que na temporada anterior (57,4  milhões). É menos do que projeta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),  mas mais do que estima o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para o  Brasil. O último levantamento da Conab aponta para uma colheita de 64,6 milhões de  toneladas de soja em 2009/10, ante 57,2 milhões em 2008/09. O USDA, por sua vez, trabalha com 63 milhões de toneladas para o país, contra 57 milhões no ciclo  passado.

Para a Argentina, segundo maior país produtor de soja da América do Sul,  atrás do Brasil - que, no mundo, só perde para os Estados Unidos -, a "Oil  World" projeta produção de 48 milhões de toneladas, 50% acima da colheita do  ciclo 2008/09 (32 milhões). O USDA, que também trabalha com uma produção  argentina de 32 milhões de toneladas em 2008/09, prevê 53 milhões na temporada  atual.

Para Hemisfério Sul como um todo, incluindo países sul-americanos como  Paraguai e Bolívia, a "Oil World" estima colheita de soja de 123,1 milhões de toneladas, volume 26,6% superior ao de 2008/09. Ainda que não divulgue uma  estimativa hemisférica, o USDA corrobora o cenário de incremento da produção.

SOJA/MILHO : CHICAGO

Os preços futuros da soja ficaram estáveis ontem na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato para entrega em janeiro de 2010, fechou cotado a US$ 10,55 o bushel, longe das máximas do dia. Analistas disseram que ajustes de posição no fim do dia limitaram o potencial de alta. A forte demanda por soja para exportação nos Estados Unidos continua a sustentar os preços da commodity, assim como a aposta de que fundos de investimento vão aumentar a alocação de recursos para as commodities agrícolas em 2010.
Exportadores americanos reportaram venda de 290 mil toneladas de soja para a China, com entrega durante a temporada 2009/10, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Contudo, especuladores decidiram embolsar os lucros depois que os futuros atingiram a maior cotação em duas semanas. As condições favoráveis para o desenvolvimento da safra sul-americana teriam pesado sobre o mercado, segundo analistas. Os traders estariam preocupados com a possibilidade de a demanda para exportação se deslocar inteiramente para Brasil e Argentina nos próximos meses.

MILHO

A valorização do dólar e a fraca demanda por milho pressionaram os preços ontem na Bolsa de Chicago . No entanto, traders disseram que o mercado ainda encontra interesse de compra por parte dos especuladores, o que permitiu uma queda modesta. O anúncio de venda de 111.760 mil tons á Taiwan serviu de catalisador às compras nas baixas, impedidndo maiores quedas do preços. O contrato com vencimento em março, o mais negociado, recuou 1,0 cent ou 0,24% e fechou a US$ 4,0750/bushel. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil contratos. Traders afirmaram que o mercado estava pronto para ver uma correção, depois de ter dado um salto de 25 cents recentemente. A alta do dólar em relação a uma cesta de moedas serviu como uma espécie de desculpa. Analistas disseram que o principal fator positivo que trabalha pelo milho neste momento é a soja, que tem forte demanda."Você olha para o trigo e para o milho, com quase nenhum negócio em exportação, e começa a empurrar as áreas de resistência. No entanto, as perdas foram minimizadas ao longo da sessão, já que fundos de índices estão se balanceando para o início do ano, o que oferece suporte ao milho. "Não nos vejo recuando tão cedo", disse um trader. Ao mesmo tempo, outros traders acrescentaram que o mercado está andando de lado e deve continuar assim no início do ano que vem, pois a pequena demanda limita uma valorização expressiva.

MÁRIO MARIANO

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

SOJA-PRÊMIOS EXPORTAÇÃO PARANAGUÁ.

EMBARQUES : SAFRA 2010.

15FEV A 15MARÇO VENDEDOR 65+ COMPRADOR 53+

MARÇO VENDEDOR 48+ COMPRADOR 39+

15MAR A 15ABR VENDEDOR 38+ COMPRADOR 29+

ABRIL VENDEDOR 19+ COMPRADOR 14+

MAIO VENDEDOR 16+ COMPRADOR 12+

JUNHO E JULHO VENDEDOR 12+ COMPRADOR 6+

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA PUXADA POR DEMANDA E DÓLAR.

Os preços futuros da soja subiram ontem na Bolsa de Chicago. O vencimento janeiro, terminou o pregão cotado a US$ 10,55 o bushel, em alta de 20 cents ou 1,93%. Os fundos especulativos compraram cerca de 6 mil contratos do grão, 2 mil de farelo e outros mil de óleo. Segundo analistas, o movimento foi influenciado pela forte demanda no mercado físico, o recuo do dólar e indicadores técnicos de preço. Do ponto de vista dos fundamentos, a demanda continua a ser o principal fator por trás do aumento dos preços. Os resultados das inspeções semanais de exportação e do esmagamento doméstico mensal nos Estados Unidos, entusiasmaram os compradores. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos os americanos embarcaram 1,45 milhão de toneladas de soja na semana terminada no último dia 10. Já a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) informou que a indústria local esmagou 4,3 milhões de toneladas em novembro, impulsionada pela demanda por derivados de soja para exportação. Os números ajudaram a minimizar o impacto da notícia de que a China planeja liberar parte de seus estoques de soja e óleos vegetais para conter a alta dos preços.

MILHO: CHICAGO TAMBÉM FECHOU EM ALTA.

O mercado futuros de milho conseguiu esticar, nesta segunda-feira, os ganhos da semana passada na Bolsa de Chicago (CBOT). Compras baseadas em indicadores técnicos e a expectativa de melhores fundamentos no longo prazo deram suporte aos preços. O contrato março avançou 4,0 cents ou 0,99% e fechou a US$ 4,0850/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 5 mil lotes. O mercado deu continuidade a seu movimento recente de valorização, pois encontrou suporte quando, na sexta-feira, áreas de resistência técnica foram rompidas. O suporte adicional veio da depreciação do dólar frente a outras moedas do mundo, além dos ganhos nos mercados vizinhos de soja e trigo."A justificativa baseada em fundamentos para explicar as compras técnicas é a necessidade de comprar acres para o ano que vem. Há rumores crescentes no mercado de que o milho precisará puxar os preços, num esforço de obter terras adicionais para o plantio, assim como incentivos para promover sementes geneticamente modificadas, com objetivo de alcançar produtividade superior.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que exportadores privados informaram vendas externas de 116 mil toneladas de milho para entrega em destinos desconhecidos, durante o ano comercial 2009/10. Além disso, o USDA informou que 92% da safra norte-americana de milho foi colhida. A expectativa do mercado era de que a proporção ficasse entre 90% e 95%.

MÁRIO MARIANO

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PERSPECTIVAS 2010: INQUIETAÇÕES COM CÂMBIO DEVEM DIMINUIR.

O câmbio para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é um problema permanente para o País, mas o atual patamar não o preocupa. No mercado, a expectativa é de que a taxa de câmbio não deve causar em 2010 as mesmas inquietações que despertou nos últimos tempos. Os especialistas descartam uma crise cambial, porque o ritmo de apreciação do real durante 2009 não vai se repetir no ano vindouro. Avaliam que a forte queda do dólar desde janeiro último refletiu, principalmente, a devolução dos ganhos que a moeda norte-americana teve durante o pior momento da crise econômica internacional, no último quadrimestre de 2008. E mesmo que o período eleitoral futuro venha a somar volatilidade aos ativos financeiros, eles não esperam movimentos abruptos do dólar. Ainda assim, há uma larga distância entre as projeções para a divisa dos EUA para o final de 2010: as estimativas variam de R$ 1,55 a R$ 1,95.
O ano de 2009 consolidou o Brasil como país emergente de destaque e, no rastro desse novo status, desembarcou por aqui uma enxurrada de recursos direcionados para os investimentos diretos - saldo líquido de US$ 19,245 bilhões até o final de outubro - e aplicações financeiras - US$ 31,716 bilhões para ações e US$ 8,097 para renda fixa. O real valorizou-se 33,383% ante o dólar no ano até o dia 11 de dezembro, de acordo com a Economática. Assim, a questão cambial ficou no centro das discussões e preocupações do governo, a ponto de medidas de controle de capitais serem adotadas: em outubro, foi aplicado IOF na entrada de recursos de estrangeiros destinados a aplicações em bolsa e renda fixa e, em novembro, as emissões de Depositary Receipts (DRs) também passaram a ser taxadas. Desde então, a taxa de câmbio sustentou-se acima de R$ 1,70 e o ministro Mantega ficou mais tranquilo. Nos últimos dias, ele disse que é natural uma valorização cambial "quando a economia está forte e vai bem, mas o nível de preço atual está mais controlado e se valorizando menos desde que foi tomada a medida do IOF". "A volatilidade do câmbio diminuiu e ele se mantém em um determinado patamar, o que ajuda mais a economia." O ministro disse ainda que eventuais novas medidas serão de responsabilidade do BC, com vistas à flexibilização do mercado e devem demorar. A percepção no mercado é de que, se o objetivo de novas medidas for só corrigir assimetrias de regras, elas não terão impacto relevante na formação de preços. Considerando que o mercado de derivativos de câmbio no Brasil é o segundo maior do mundo e que direciona a composição do preço do dólar à vista, o economista Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio, sugere ações de combate a focos especulativos. Defende, por exemplo, a fixação de novos limites e margens de garantia mais altas para operações de hedge cambial consideradas "suspeitas" pelo Banco Central. Ele achou positiva a Circular 3.474, que começa a vigorar no fim deste mês e exige o registro de todos os contratos de empréstimo feitos no exterior, que tenham cláusulas associadas a derivativos financeiros. Mas a exigência, afirma, apenas cria constrangimento pelo fato de que expõe o titular da posição, porém não eleva custos.
De acordo com a consultora Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria Integrada, a apreciação do real está em linha com a registrada por outras moedas de países exportadores de commodities e que têm política de câmbio flutuante. Como exemplo, cita o dólar australiano e o rand da África do Sul, que, no ano, até o início de dezembro acumulavam altas de, respectivamente, 39% e 33%.
Projeções -

Ao longo de 2010, Alessandra espera uma interrupção pontual na apreciação da moeda nacional. Em suas estimativas, o dólar seguirá recuando até chegar a R$ 1,65, mas a partir de maio subirá, atingindo R$ 1,90 na máxima, entre os meses de setembro e outubro. O processo eleitoral vai gerar volatilidade, prevê. "Teremos menos pressão e volatilidade do que em 2002, mas o mercado ficará mais sensível às vésperas da eleição. Passado o pleito, o dólar voltará a ceder", avalia. Na média do ano, ela estima que o câmbio seguirá se apreciando e o dólar passará de uma taxa média de R$ 1,99 em 2009 para R$ 1,75 em 2010.
O economista Miguel Daoud, diretor da Global Financial Advisor, concorda que as eleições devem provocar certa volatilidade no mercado cambial, mas conta com um impacto limitado sobre o câmbio. "As oscilações decorrerão da percepção de um aumento de gastos públicos e comprometimento do superávit primário. Contudo, um ponto positivo é que a questão política doméstica já não tem mais tanta influência na formação de preço do dólar, porque os fundamentos econômicos do País são sólidos", avalia. Daoud trabalha com um dólar mais forte no fim de 2010, ao redor de R$ 1,95. "O ajuste de alta da moeda norte-americana deve começar já em fevereiro ou março e será amparado pela perspectiva de um eventual início do aperto monetário nos EUA a partir do segundo semestre de 2010." Essa expectativa, explica, deverá sustentar um movimento de desmontagem de operações de carry trade com o real já a partir do fim do primeiro trimestre, o que deve amparar saídas de recursos de investidores estrangeiros do País e uma correção do dólar ao longo do próximo ano.
Sidnei Nehme também aposta que o dólar estará ao redor de R$ 1,90/R$ 1,95 no encerramento de 2010, como consequência do enxugamento da liquidez internacional pela retirada dos estímulos econômicos dados por vários países durante a crise. Neste fim de ano e início do próximo, ele enxerga a moeda na faixa de R$ 1,80 a R$ 1,85. "Antes do início do aperto dos juros, vários países vão retirar os incentivos dados no auge da crise e sobrará menos dinheiro disponível no mercado. Com isso, recursos estrangeiros sairão daqui rumo às matrizes para aplicação nas economias locais. Esse movimento dará sustentação ao dólar e a intensidade da valorização da moeda estará diretamente relacionada ao grau do ajuste monetário, principalmente nos EUA e países da zona do euro", afirma.
O economista-chefe no Brasil do banco alemão WestLB, Roberto Padovani, também não vê pressão forte no câmbio em decorrência da eleição presidencial, mas projeta uma taxa de dólar bem mais baixa no final de 2010, em R$ 1,55, ante R$ 1,65 no próximo 31 de dezembro. "Haverá volatilidade, mas os candidatos devem dar sinais de continuidade na política econômica e isso manterá os mercados calmos." Nehme ressalta que "o perfil dos principais candidatos não causa temor". Padovani atribui sua previsão à expectativa de que a economia dos EUA ainda deve patinar por um bom tempo. "A retomada norte-americana não será forte, as economias emergentes irão bem e as commodities devem seguir em alta. Isso é sinônimo de enfraquecimento do dólar", defende.

SOJA/CHICAGO OPERA EM ALTA E ATINGE MAIOR COTAÇÃO EM UMA SEMANA.

Os preços internacionais da soja atingiram seu nível mais elevado em uma semana na Bolsa de Chicago (10,59 ), e caminham em terreno positivo. A forte demanda sustenta as cotações neste momento e atrai compradores ao mercado.
Participantes do mercado disseram que fundos voltaram a comprar no rastro do enfraquecimento do dólar frente euro, fazendo os vendedores adotarem postura cautelosa. Analistas acreditam que o mercado de soja permaneça em um momento altista por conta da demanda, já que a China impulsionou as exportações dos Estados Unidos, no relatório semanal de exportações divulgado hoje pelo USDA, os embarques foram significativos para Chína, 1,167 milhões tons do total registrado de 1,459 milhões tons. Isso também estimulou o ritmo de processamento de soja, 4,362 milhões de toneladas, ante 4,175 milhões de tons em outubro. No entanto, a indústria norte-americana se preocupa com os planos da China de liberar grãos de sua reserva para suprir a oferta local, fator que impede maiores avanços dos preços futuros neste momento. Compras técnicas também tiveram forte presença após rompimento da média móvel de 18 dias, u$ 10,51 cts bushel no vencimento janeiro, preço objetivo de alta encontra-se a u$ 10,70 bu.

CÉLERES-Plantio da soja atinge 91% da área total.

Com base no acompanhamento semanal da safra de soja 2009/10, efetuado na última sexta-feira (11/12), nota-se que aproximadamente 91% da estimativa de área plantada, estimada em 22,88 milhões de hectares, já havia sido semeada. Na semana passada, o percentual era de 85% e no mesmo período do ano passado tinha-se 92% dos trabalhos de plantio já concluídos. No cálculo da média dos últimos cinco anos, o percentual do ritmo de plantio ficou na ordem de 94%.
O atraso no plantio ainda é decorrente, principalmente, do excesso de chuvas observado nas últimas semanas para o estado do Rio Grande do Sul, que atualmente apresenta um patamar de 65% de plantio efetivo, ante 78% registrado para a mesma época do ano passado.
Quanto ao ritmo comercial, os negócios praticamente não rodaram na semana passada, com a safra velha ainda nos 98% e a safra nova no patamar de 19%.

NORTE 88 X (70% SEMANA ANTERIOR).

NORDESTE 78 X 63% – MARANHÃO 65X50% PIAUÍ 55X40% – BAHIA 90X75%.

SUDESTE 98 X 95% – MINAS GERAIS 97X93% – SÃO PAULO 100X98%.

SUL 83 X 72% - PARANÁ 100X99% – SANTA CATARINA 80X62% – RIO GRANDE SUL 65X45%

CENTRO-OESTE 100X100% - MATO GROSSO 100X100% – MATO GROSSO SUL 100X100% – GOIÁS 100X99% – DISTRITO FEDERAL 100X99%

BRASIL 91X85%.

BRASIL MÉDIA ULTIMOS 5 ANOS 94X90%

Doméstico
Mesmo com a valorização do Dólar na última semana, com a taxa de câmbio voltando aos R$ 1,75/US$, a queda nos preços internacionais limitou os ganhos para os preços da soja no mercado interno brasileiro. Na média das praças pesquisadas pela Céleres, os preços da saca de soja no disponível apresentaram queda de 0,2% no acumulado da última semana. Em relação ao mês passado, também há o registro de queda de apenas 1,3%.
Quanto ao mercado de prêmios de exportação, notou-se uma sustentabilidade para as referências na semana passada, com as mesmas apresentando patamar positivo sobre as cotações negociadas em Chicago. Para entrega em março/abril de 2010, os negócios tiveram como referência US$¢ 30/bushel na compra e US$¢ 35/bushel na venda.

E S T R A T É G I A S
Os números divulgados pelo USDA não trouxeram grandes surpresas, contudo o que ficou bem claro é que teremos uma safra cheia nos Estados Unidos, mesmo com o atraso no ciclo da cultura e todas as outras intemperes que as lavouras sofreram no decorrer da safra presente. Portanto, as atenções definitivamente estão voltadas para o desenrolar dos trabalhos de cultivo das lavouras de soja na América do Sul, uma vez que, de acordo com os números apresentados pelo USDA reportam que cerca de 46,4% da produção mundial de soja a ser disponibilizada ao mercado global nesta safra, estão na “mão de Brasil e Argentina”. Em valores absolutos são mais de 115 milhões de toneladas.
Do ponto de vista estratégico de preços, as cotações na Bolsa de Chicago prometem estabilidade pelo menos até melhor definição quanto à produção de soja na América do Sul, pois é sabido que até lá apenas os Estados Unidos teram soja para saciar a demanda global pela oleaginosa. Mesmo com uma produção recorde observada para os EUA, é evidente que não teremos uma pressão drástica sobre os preços, pelo menos por conta de fatores fundamentais de oferta e demanda, pois os estoques finais do grão no país estão estimados em apenas 7,0 milhões de toneladas, muito abaixo das 15,2 milhões de toneladas que compunham o cenário de pressão de pressos observado no ano comercial 2006/07.

SOJA/EUA: INDÚSTRIA DOS EUA ESMAGOU 4,362MILHÕES TONS NOVEMBRO .

As indústrias norte-americanas processaram 4,36 milhões de toneladas de soja em novembro, alta de 136 mil tons em relação aos 4,23 milhões de toneladas esmagados em outubro. O volume também é maior que os 3,79 milhões de toneladas registrados no mesmo período do ano passado. Contudo, a capacidade de esmagamento em novembro caiu para 4,55 milhões de toneladas, ante 4,71 milhões de toneladas no mês anterior. Os números foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, sigla em inglês) dos Estados Unidos.

CLIMA TÍPICO DE VERÃO E EL NIñO PREDOMINA NO PAÍS.

Um padrão de clima típico do verão, e com os efeitos do fenômeno El Niño, já predomina no País, embora oficialmente a nova estação só comece às 15h47 da próxima segunda-feira (21). Conforme previsão da Somar Meteorologia, os maiores volumes de chuva devem ficar concentrados no Sudeste e no Centro-Oeste nas próximas duas semanas, por causa da combinação da atuação das frentes frias sobre o Sudeste do Brasil, associadas com a umidade proveniente da Amazônia. No Sul do Brasil, os episódios de chuvas em dezembro têm apresentado certa regularidade, que em parte pode ser atribuída à presença do El Niño. Mesmo assim, o volume de água apresenta redução em relação ao observado em novembro. Segundo o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury, para as áreas das lavouras de soja e algodão do oeste da Bahia, sul do Piauí e do sul do Maranhão a condição climática é preocupante. Isso porque não há previsão de chuvas significativas para os próximos dias. "As expectativas melhoram para a última semana do ano, quando há previsão de uma nova frente fria atuar sobre a região", comenta Etchichury.
Chuvas de Dezembro
Os maiores volumes pluviométricos se concentraram na semana passada sobre partes das Regiões Sudeste, Centro-Oeste, com acumulado variando entre 100 e 200 mm. Já para as áreas de soja, milho, algodão e feijão da Bahia, Maranhão e Piauí os volumes continuam muito irregulares e restritos ao extremo oeste da região, o que tem sido suficiente para dar sustentação à evolução das lavouras. No entanto, a situação preocupa os produtores, pois ainda não ocorreu chuva suficiente para repor a umidade em todo o perfil do solo, informa Etchichury.
Na Região Sul do Brasil a situação é oposta. Depois das fortes chuvas de novembro, a redução dos volumes na semana passada foi comemorada pelos agricultores, especialmente os gaúchos, que ainda esperam o solo secar para retomar o plantio que está atrasado por causa do clima adverso.
As chuvas da semana passada mantiveram o processo de recuperação da Capacidade Hídrica do Solo sobre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil, onde em algumas regiões o índice supera 70%, o que é considerado uma condição muito confortável para dar sustentação ao desenvolvimento de qualquer planta. Apenas Nordeste do Brasil, cuja região atravessa período seco, especialmente no sertão e no agreste, índices de umidade do solo ainda apresentam níveis críticos e uma condição de seca absoluta.
 Argentina
A Somar informa que, embora de forma irregular, voltou a chover sobre a Argentina na semana passada. Os maiores volumes se concentraram mais uma vez no norte e nordeste, incluindo as Províncias de Corrientes, Missiones, Chaco e Formosa. Dessa vez, porém, também se observa a ocorrência de chuvas sobre a região central e sul da Argentina, incluindo as Províncias de San Luis, Mendoza, La Pampa que, mesmo com as chuvas, ainda enfrentam um quadro de seca severa em virtude da falta de água nos últimos dois anos.
Conforme previsão da Somar, a passagem de uma nova frente fria entre a próxima sexta-feira e sábado deve causar chuvas sobre o centro-sul da Argentina. Etchichury comenta, porém, com a instalação do regime de chuvas sobre o Brasil Central, a tendência daqui para frente é que as frentes frias sejam mais fracas e apresentem um rápido deslocamento. Com isso, dificilmente a Argentina conseguirá recuperar a capacidade total de plantio das lavouras de cereais de verão. No entanto, a presença do El Niño contribui para a redução do risco de estiagens severa e prolongadas durante o verão. Com a aproximação do verão e a ausência de chuva, nas próximas semanas deve ocorrer uma intensificação do calor, avalia o sócio diretor da Somar.

SOJA-CHINA.

Os futuros da soja negociados na bolsa Chinesa terminaram em baixa nesta segunda-feira, monitorando preocupações sobre a disposição do governo para vender oleaginosas na tentativa de frear um aumento dos preços de óleos vegetais. O contrato referencial de setembro fechou com queda de 40 yuans, ou 1%, cotado a 3.969 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1). Os preços locais dos óleos vegetais no mercado físico têm subido recentemente. Uma autoridade disse em uma entrevista à televisão durante o final de semana que o governo estava disposto a "vender soja, colza ou óleo de colza" para estabilizar os preços do mercado. "Estamos muito confiantes (de que podemos garantir a oferta do mercado)", afirmou Zhou Guanhua, vice-diretor do departamento da Administração Estatal de Grãos.
Os futuros da soja e dos óleos de soja e de palma caíram acentuadamente no início da sessão, mas logo o declínio cessou e parte das perdas foram revertidas em seguida. "A intenção do governo é muito clara e limitou o espaço para os preços subirem", disse Xu Zhimou, analista da Ruida Futures Brokerage. Analistas afirmaram que o mercado deve se consolidar no curto prazo, uma vez que a política de compra de soja do governo ajudará a estabilizar os preços.

SOJA/MILHO-CBOT.

Os preços futuros da soja subiram sexta feira na Bolsa de Chicago. O vencimento em janeiro, terminou o pregão cotado a US$ 10,35 o bushel, com valorização de 8 cents ou 0,78%. Com isso, a commodity acumulou queda de 0,77% na semana. Fundos compraram cerca de 6 mil contratos de soja, mil de óleo e outros mil de farelo. Compras baseadas em indicadores técnicos ajudaram a puxar os preços após um início de pregão neutro. Segundo analistas, a forte demanda por soja para exportação nos Estados Unidos deu sustentação ao movimento. O mercado da soja tem operado dentro de uma faixa de preço. O potencial de alta tem sido limitado pelo pequeno volume de negócios e pela ideia de que as exportações americanas podem ceder depois que a safra sul-americana estiver disponível. A possibilidade de que Brasil e Argentina colham uma safra recorde também tem exercido alguma pressão sobre os preços. A demanda continua sendo considerada um fator altista para o curto prazo. "Mas conforme o mercado se aproxima dos feriados de fim de ano e os fundos não realizam nenhum movimento agressivo, há pouco entusiasmo por parte dos traders", ponderou um analista.

Os contratos futuros de milho voltaram ter forte valorização na Bolsa de Chicago. Compras baseadas em indicadores técnicos e preocupações com a qualidade da safra norte-americana impulsionaram os preços. Posição mais líquida, o contrato março subiu 11,50 cents ou 2,93% e fechou a US$ 4,0450/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 11 mil lotes. O mercado alcançou sua maior cotação em uma semana a US$ 4,06/bushel. Segundo analistas, os avanços foram acelerados quando os futuros romperam áreas de resistência e traders compraram com inspiração nos gráficos. Na semana, a alta foi de 4,15%.
No lado dos fundamentos, o mercado recebeu algum suporte remanescente das preocupações sobre a parte safra que ainda não foi colhida no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Tempestades de neve podem colocar a colheita em risco, o mercado enfrenta a possibilidade de que ao menos 500 milhões de bushels da safra 2009/10 não possam ser colhidos até que o clima fique mais seco e quente, na primavera.O dia foi de poucos negócios, de modo que traders aproveitaram a chance de cobrir posições vendidas antes do fim de semana, ignorando a influência baixista da valorização do dólar em relação a uma cesta de moedas.

MÁRIO MARIANO

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