sexta-feira, 23 de julho de 2010

ALGODÃO: MATO GROSSO PERDE 15,5% NA SAFRA 2009/10.

A Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) prevê uma quebra de 15,5% na produção estadual da pluma nesta safra em função da longa estiagem que castigou as lavouras no período de março a maio. A expectativa era de colheita de 645 mil toneladas e foi reduzida para 545 mil t. As informações são do presidente da entidade, Gilson Pinesso, que participa hoje de um dia de campo sobe os resultados do cultivo do algodão adensado, que na safra 2009/10 teve o primeiro plantio em escala comercial no Estado.
Pinesso afirmou que a quebra de produtividade foi generalizada, tanto no plantio convencional, com espaçamento de 90 centímetros, como no intermediário, de 70 cm, e no adensado, de 45 cm. Em relação à próxima safra, 2010/11, o presidente da Ampa disse que, há um mês, a expectativa era de aumento de 30% no plantio em função da recuperação dos preços do algodão no mercado internacional. Entretanto, diz ele, a recente queda da cotação da pluma e a alta dos preços da soja tornaram o cenário indefinido. Outro fator, diz ele, é a quebra da safra provocada pela estiagem, que vai reduzir a disponibilidade de recursos próprios para investimento no próximo ciclo.
Em relação ao plantio adensado, que está na fase inicial de colheita, Pinesso disse que os resultados são satisfatórios, pois mesmo com a produtividade abaixo da expectativa, os custos menores do sistema garantem rentabilidade. Ele acredita que a área de cultivo adensado em Mato Grosso deve passar dos 50 mil hectares da atual safra, para 100 mil hectares no próximo ano.
Eraí Maggi, maior produtor individual de algodão do país, que em 2009/10, cultivou 70 mil hectares, disse que o resultado do adensado foi bom, levando em conta que Mato Grosso teve a maior estiagem para um primeiro semestre dos últimos 30 anos. Ele disse que o cultivo adensado irá se consolidar como alternativa de plantio de segunda safra, permitindo ao produtor utilizar toda a estrutura e maquinário existentes nas propriedades e também manter o emprego no campo. Além disso, afirmou, permitirá que o produtor se mantenha na atividade mesmo nos períodos de preços baixos. O custo de plantio do algodão convencional é de US$ 2.500 e o do adensado, US$ 1.300.
O presidente da Câmara Setorial do Algodão do Ministério da Agricultura, Sérgio de Marco, também acredita que a estratégia é alternativa importante de cultivo em Mato Grosso. Mesmo com a falta de chuva, a produção adensada se mostrou rentável, enquanto na tradicional uma quebra de 20% da produtividade já compromete a rentabilidade. Ele se mostrou cético em relação ao aumento do plantio na safra 2010/11 em função da queda recente dos preços da pluma. Ele acha que se houver crescimento, será de 10%.

CBOT-GRÃOS OPERAM SEM TENDÊNCIA DEFINADA.

Os preços futuros da soja estão caminhando sem direção comum nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, nos contratos setembro subia 2,0 cents ou 0,20% e operava a US$ 9,8150/bushel. Um corretor afirmou que investidores estão um pouco evasivos neste momento. Estima-se que fundos tenham comprado 2 mil contratos de soja, 1 mil de farelo e outros 1 mil de óleo de soja. Participantes do mercado continuam acompanhando o clima. As chuvas estão pouco acima do normal ao longo das regiões centrais e Sul do Meio-Oeste, Delta e Sudeste, o que beneficiará o desenvolvimento do milho e da soja, de acordo com meteorologistas. O corretor comentou que "o fator decisivo será o clima que tivermos em agosto."

TRIGO OPERA COM VALORIZAÇÃO.
Os contratos futuros de trigo registram valorização nesta sexta-feira no mercado americano. O contrato setembro subia 2,25 cents ou 0,38% e operava a US$ 5,9875/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento era negociado a US$ 6,1650/bushel, em alta de 4,75 cents ou 0,78%. Os ganhos de Kansas lideram o movimento de alta, em virtude de operações de spread entre mercados, que também inclui a bolsa de Minneapolis. Trata-se de uma correção, depois que o trigo de Chicago subiu fortemente no rali dos últimos dias, de acordo com o analista Jason Britt, presidente da corretora Central States Commodities.
Participantes do mercado estão observando o comportamento técnico no contrato setembro da CBOT, para ver se fecha acima dos US$ 6/bushel. Um fechamento abaixo deste patamar indicaria que o rali está se esgotando, segundo Britt. Compras de fundos e preocupações com o clima puxaram as cotações recentemente.

MILHO TRABALHA EM BAIXA, SEM PROBLEMAS NA SAFRA.
Em dia de volatilidade antes do fim de semana, os preços futuros do milho estão caindo. O mercado não foi capaz de sustentar os ganhos iniciais, pois traders acreditam que os indicadores sobre a safra americana são bons - sem previsão de calor ou seca excessivos. Contratos negociados para dezembro caía 3,75 cents ou 0,96% e operava a US$ 3,8650/bushel.
Analistas observaram algumas preocupações com o excesso de umidade em partes do Cinturão do Milho, especialmente nas áreas do Norte. Por outro lado, alguns traders disseram que o mercado parece extremamente baixista. O analista Joel Karlin, da Western Milling, afirma que o milho encontra suporte em torno dos US$ 3,70/bushel.

MILHO: LEILÃO PEP REGISTRA DEMANDA DE 95%.

O último leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho com oferta de subsídio para 1 milhão de toneladas, realizado quinta feira, registrou demanda de 95%, ou 950,82 mil toneladas. Novamente houve forte disputa pela subvenção, ao contrário do que acreditavam agentes do mercado, já que, na próxima semana, o volume será ampliado para 2 milhões de toneladas do cereal. O valor total da operação foi de R$ 55,81 milhões.
O maior deságio no prêmio, ficou novamente com a região 2 do Paraná, que reúne municípios do norte do Estado. O valor da subvenção caiu 46,7%, de R$ 3,72/saca para R$ 1,98/saca. No entanto, a região 1, mais próxima do porto, não teve demanda para todo o volume de 40 mil toneladas. Por isso, o prêmio se manteve em R$ 2,52/saca para o equivalente a 31,88 mil toneladas negociadas.
Em Goiás, que pela primeira vez foi dividida em duas regiões com prêmios distintos, a disputa também foi grande. Na região 1 de Goiás, com cidades mais ao sul do Estado, como Rio Verde, o desconto no subsídio foi de 41,1%, passando de R$ 5,40/saca para R$ 3,18/saca. Na região do Distrito Federal, a de número 2, o deságio foi um pouco menor, 20,7%, fechando a R$ 3,90.
Maior produtor de milho safrinha e com graves problemas para o armazenamento da safra, Mato Grosso teve demanda para toda a oferta de 600 mil toneladas e todas as regiões tiveram deságios nos prêmios - entre 28% e 43%. Somente a região 5, com volume de apenas 5 mil toneladas, teve uma leve redução no subsídio, de 0,16%.

PRÓXIMO LEILÃO PEP TERÁ OFERTA DE 2,03 MILHÕES TONELADAS.
O leilão PEP que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou para a quinta-feira da próxima semana (29), terá oferta de subsídio para o equivalente a 2,03 milhões de toneladas. O governo dobrou os volumes destinados aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Goiás e para o Distrito Federal. Também foram incluídas 30 mil toneladas para Rondônia, contemplado pela primeira vez nas operações.
O leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) será realizado novamente, depois de uma interrupção na sequência de pregões por uma semana para que o governo avaliasse os resultados, considerados insatisfatórios.
A oferta foi reduzida em 60 mil toneladas e, agora, será de 80 mil toneladas. Serão 50 mil t para o oeste da Bahia, 15 mil t para o Piauí e outras 15 mil t para o Maranhão. A Conab também confirmou a liberação do limite de mil toneladas por CPF/CNPJ. Os editais com os detalhes dos leilões foram divulgados no site da estatal.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA ESTAVEL, REALIZAÇÃO DE LUCROS LIMITA GANHO.

Os preços futuros da soja encerraram em alta hoje na bolsa de Chicago mas realizações de lucro no final da sessão por especuladores e empresas comerciais limitaram os ganhos do dia. O vencimento agosto recuou 0,75 cent, ou 0,07%, ou US$ 0,16/bushel. O contrato novembro, mais ativo, subiu 1 cent, ou 0,1%, para US$ 9,7950/bushel. Estima-se que os fundos compraram cerca de dois mil lotes no dia.
O mercado ainda é sustentado pela restrita oferta de grão no disponível, demanda firme e incerteza quanto ao impacto do clima na fase mais crítica de desenvolvimento das plantas nos Estados Unidos. Entretanto, como todos estes fatores altistas são amplamente conhecidos, é difícil sustentar um rali de preços sem outras notícias que ofereçam sustentação ao mercado, observou um analista da Allendale Inc., McHenry, Illinois. Kleist considera que algumas operações de hedge dos Estados Unidos e da América do Sul limitaram os ganhos, quando o mercado atingiu as máximas da sessão. Segundo ele, a inabilidade do mercado de testar as máximas da semana passada levou os traders a cobrir algumas posições compradas, segundo o analista.
Mesmo assim, a sólida demanda, a ameaça de seca na área do Delta e a restrição de oferta no curto prazo mantém um piso para os preços. As lavouras desta região sãos as primeiras colhidas nos Estados Unidos e, tradicionalmente, suprem o déficit de oferta entre a safra velha e a nova, até a entrada da produção do Meio-Oeste, entre setembro e outubro. Além destes fatores, a queda do dólar e a forte alta dos preços futuros do petróleo estimularam as compras de especuladores. Nos produtos, o farelo fechou em baixa, no menor valor em uma semana. A firmeza do petróleo e a ausência de notícias altistas para o produto encorajaram os traders a desfazer as operações de spread entre o farelo e o óleo, segundo analistas da bolsa. O vencimento agosto perdeu US$ 3,10, ou 1%, e terminou a US$ 300,20/tonelada. Estima-se que os fundos venderam cerca de dois mil lotes neste mercado.
Os futuros do óleo de soja tiveram um rali, impulsionados por compras técnicas e de especuladores. A influência altista do petróleo levou a commodity a manter trajetória de alta, por conta dos ajustes nas operações de spread, observou Kleist. O vencimento dezembro subiu 65 pontos no dia, ou 1,7%, alta de 39,70 cents/lb. Os fundos especulativos compraram cerca de quatro mil lotes no dia.

MILHO FECHA DESVALORIZADO EM MOVIMENTO TÉCNICO.

Os preços futuros do milho caíram diante do que os traders chamaram de um dia tecnicamente baixista. O mercado chegou a registrar firme valorização no início do dia, mas cedeu quando o trigo limitou seus ganhos. O contrato de milho mais líquido, com vencimento em dezembro, fechou com perdas de 3,25 cents ou 0,83%, a US$ 3,9025/bushel.
Os fundamentos do milho são considerados negativos para os preços neste momento, por causa do clima favorável para a safra dos Estados Unidos. As previsões não indicam muito calor ou seca, por enquanto. Embora o Departamento de Agricultura - USDA-tenha relatado sólida exportação nesta semana, os traders disseram que as bases, diferença de preço entre os mercados futuro e à vista, estão caindo. Eles acrescentaram que os fundamentos não têm sido
grande influência para o mercado.
O milho superou a máxima de quarta-feira, mas fechou abaixo da mínima de quarta-feira. "Tecnicamente, isso não parece bom", disse o analista Joe Victor, vice-presidente de marketing da Allendale. Ele disse que os produtores têm vendido enquanto os preços estão entre US$ 3,90 e US$ 4,0/bushel. Outros dizem que ainda há variações na safra que sustentam as cotações. Os futuros de milho foram na contramão do petróleo e das ações, que subiram hoje. Um trader comentou que alguns fundos podem ter movimentado seu capital dos mercados de grãos para o petróleo.

TRIGO TERMINA EM ALTA COM SECA E COMPRAS DE FUNDOS.
Os contratos futuros de trigo encerraram a quinta-feira com valorização, embora tenham limitado os ganhos depois de atingir as máximas. Compras de fundos e preocupações com a seca na região do Mar Negro foram influências positivas. Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em setembro subiram 8,25 cents ou 1,40% e fecharam a US$ 5,9650/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento terminou a US$ 6,1175/bushel, em alta de 10,25 cents ou 1,70%.
O trigo se fortaleceu com a expectativa de que a seca venha a reduzir as exportações da região do Mar Negro e abrir as portas para a expansão das vendas do cereal dos Estados Unidos. Os americanos competem no mercado internacional com países como Rússia e Ucrânia. O calor e a seca arruinaram 24 milhões de acres (9,71 milhões de hectares) de terras agrícolas na Rússia, de acordo com o Ministério da Agricultura do país. Isso representa cerca de um terço dos campos em 23 regiões que declararam estado de emergência por causa da seca, ou 20% do total das safras do país.
Entretanto, o analista Dale Durchholz, da corretora AgriVisor, pode ser difícil para o mercado prolongar o rali porque os preços já estão bastante elevados em relação aos confortáveis estoques finais.
Antes de limitar os ganhos hoje, o contrato setembro da CBOT alcançou US$ 6,10/bushel, maior preço desde 11 de janeiro e máxima desde junho de 2009. Neste mês, acumulou alta de 24%. "As pessoas têm de acordar para o fato de que não estamos a US$ 4,50. Estamos a US$ 6", afirmou Durchholz. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 6 mil contratos em Chicago.

GRÃOS-CBOT: SOJA TEM ALTA, MILHO DEVOLVE GANHOS E TRIGO SEGUE FIRME.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em leve alta nesta quinta-feira, estimulados por sólida demanda de exportação, pela fraqueza do dólar e por preocupações climáticas. No mês de agosto, a safra entra em uma fase crucial de desenvolvimento.
O clima continua sendo um fator dominante, com traders indispostos a extrair o prêmio de risco dos preços em meio às incertezas com relação à longa temporada de cultivo, disseram analistas. Contudo, as cotações reduziram os ganhos iniciais por causa da incapacidade de desafiarem as máximas da semana passada. Os dados divulgados hoje pelo Census Bureau, agência do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, também limitavam o desempenho da oleaginosa.
Os produtos derivados da soja apresentavam comportamentos distintos, com o óleo em alta e o farelo misto. O contrato novembro subiu 5 cents, ou 0,51%, para US$ 9,8350 por bushel.
O milho trabalhava em baixa, devolvendo os ganhos registrados mais cedo por causa do trigo e de fortes vendas semanais no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Lotes para entrega em dezembro recuavam 0,50 cent, ou 0,13%, negociados a US$ 3,93 por bushel.
O trigo permanecia em território positivo, após ter atingido uma nova máxima em seis meses, de US$ 6,10 por bushel, com compras técnicas e temores sobre a produção global. A firmeza dos preços do cereal no mercado europeu e preocupações com a estiagem na região do Mar Negro também impulsionavam os futuros, disse um corretor.
Em Chicago, o contrato setembro avançava 6,75 cents, ou 1,15%, para US$ 5,95 por bushel. Na Bolsa do Kansas, o mesmo vencimento saltava 15,25 cents, ou 2,54%, negociado a US$ 6,1675 por bushel.

MILHO: LEILÃO DE PEP DEMANDOU DE 95%.

O último leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho com oferta de subsídio para 1 milhão de toneladas, realizado hoje, registrou demanda de 95%, ou 950,82 mil toneladas. Novamente houve forte disputa pela subvenção, ao contrário do que acreditavam agentes do mercado, já que, na próxima semana, o volume será ampliado para 2 milhões de toneladas do cereal. O valor total da operação foi de R$ 55,81 milhões.
O maior deságio no prêmio, ficou novamente com a região 2 do Paraná, que reúne municípios do norte do Estado. O valor da subvenção caiu 46,7%, de R$ 3,72/saca para R$ 1,98/saca. No entanto, a região 1, mais próxima do porto, não teve demanda para todo o volume de 40 mil toneladas. Por isso, o prêmio se manteve em R$ 2,52/saca para o equivalente a 31,88 mil toneladas negociadas.
Em Goiás, que pela primeira vez foi dividida em duas regiões com prêmios distintos, a disputa também foi grande. Na região 1 de Goiás, com cidades mais ao sul do Estado, como Rio Verde, o desconto no subsídio foi de 41,1%, passando de R$ 5,40/saca para R$ 3,18/saca. Na região do Distrito Federal, a de número 2, o deságio foi um pouco menor, 20,7%, fechando a R$ 3,90.
Maior produtor de milho safrinha e com graves problemas para o armazenamento da safra, Mato Grosso teve demanda para toda a oferta de 600 mil toneladas e todas as regiões tiveram deságios nos prêmios - entre 28% e 43%. Somente a região 5, com volume de apenas 5 mil toneladas, teve uma leve redução no subsídio, de 0,16%.
Na próxima semana o Ministério da Agricultura confirmou a oferta de subsídios para o equivalente a 2 milhões de toneladas dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Goiás e Distrito Federal. O edital deve ser publicado até amanhã, segundo informações do Ministério da Agricultura.

RELATÓRIO DE VENDAS DOS E.U.A

Os Estados Unidos venderam um saldo de 111.800 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 15 de julho, queda de 83% em relação à semana passada e de 70% frente à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura -USDA. Os principais compradores foram Turquia (60 mil t), Canadá (25 mil t), México (22 mil t) Venezuela (12 mil t) e outros países não revelados (18.500 t). A Indonésia cancelou a aquisição de 60.100 toneladas e a Guatemala de 5.400 toneladas. O país também comercializou 1.115.400 toneladas do ano-safra 2010/11, para China (341 mil t) e outros destinos não especificados (578 mil t).
Os embarques da oleaginosa atingiram 274.800 toneladas na semana, alta de 33% frente ao volume da última semana e de 67% em relação à média mensal. Os principais destinos foram China (132 mil t), México (62 mil t), Japão (37 mil t), Turquia (19.300 t) e Colômbia (8.100 t).

Os Estados Unidos venderam 900 toneladas de óleo de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 15 de julho, queda de 93% em relação à semana passada e de 95% frente à média mensal. Os principais compradores foram México (600 t) e Canadá (300 t). Não houve nenhuma venda da safra 2010/11.
Os embarques do produto no período somaram 10.300 toneladas, 77% abaixo do volume registrado uma semana antes e 25% menor que a média mensal. Os principais destinos foram Venezuela (8 mil t), México (1.700 t) e Canadá (500 t).

Os Estados Unidos venderam 100.400 toneladas de farelo de soja da safra 2009/10 na semana encerrada
em 15 de julho, alta de 65% frente ao volume da última semana e de 45% em relação à média mensal. Os principais compradores foram Venezuela (25.800 t), República Dominicana (12 mil t), Marrocos (11 mil t), Filipinas (8.600 t), Canadá (8.500 t), Guatemala (8.500 t) e Turquia (8.200 t). Houve cancelamento de 9 mil toneladas por parte das Antilhas Francesas. Os Estados Unidos também comercializaram 35.400 toneladas da safra 2010/11 para Panamá (16.700 t), Antilhas Francesas (9 mil t) e Honduras (8.600 t).
Os embarques do produto no período atingiram 86.100 toneladas, 33% acima da quantia registrada uma semana antes, mas 17% menor que a média mensal. Os principais destinos foram Canadá (22.900 t), México (19.800 t), Marrocos (11 mil t), Venezuela (10 mil t) e Honduras (9.400 t).

VENDA DE 110 MIL T PARA COREIA DO SUL

O USDA anunciou nesta quinta-feira a venda de 110 mil toneladas de soja para Coreia do Sul, com embarque em 2010/11. Exportadores devem informar ao USDA qualquer atividade de venda de 100 mil toneladas ou mais feita em um único dia ou volumes de 200 mil toneladas ou mais para um mesmo destino. Qualquer exportação abaixo dessas quantias deve ser relatada semanalmente.

MILHO

Os Estados Unidos venderam um saldo de 614.100 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 15 de julho, queda de 9% em relação à semana passada e de 17% frente à média mensal.
Os principais compradores foram Japão (256.100 t), China (58.700 t), Venezuela (56 mil t), México (54.300 t), Egito (44.300 t), Colômbia (32.600 t) e outros países não revelados (75.100 t). Houve cancelamentos por parte da Tunísia (24 mil t), República Dominicana (13 mil t) e Guatemala (9.100 t).
Os Estados Unidos também comercializaram 540.900 toneladas da safra 2010/11, que começa em setembro, para Japão (67.100 t), Cuba (50 mil t) e outros destinos não especificados (304.800 t).
Os embarques do grão no período alcançaram 948.400 toneladas, 9% abaixo do volume registrado uma semana antes e 1% inferior à média mensal. Os principais destinos foram Japão (280.200 t), China (185.700 t), México (152.800 t), Colômbia (77.200 t), Taiwan (54.300 t) e Síria (49.700 t).

RELATÓRIO USDA DE ESMAGAMENTO E EXPORTAÇÕES EUA.

Dois importantes relatórios ao longo desta manhã indicará o caminho na CBOT. Sendo um otimista e a outro baixista, vendas semanais de exportação e o esmagamento de soja de Junho. O esmagamento em junho somou 3,515 milhões de toneladas,  inferior a expectativa de mercado na média em 3,6 milhões tons, indicando tom de baixa para o complexo soja.

Relatório de vendas de exportação indica tendencia de alta. Para o milho, o USDA relatou vendas de 1.163 milhões de toneladas, comerciantes esperavam entre 850-1.000.000 de toneladas métricas.

Para a soja, totalizou 1.271 milhões de toneladas métricas, maior do que o expectativa dos comerciantes aguardavam, entre 550-950mil toneladas. Vendas de farelo de soja somou 135,800 toneladas, dentro do esperado entre 75-150mil tons, vendas de trigo foram 382.mil tons, abaixo das estimativas, entre 850-1.000mil toneladas.

SOJA/CHINA - IMPORTAÇÕES DEVEM CHEGAR A 49,7 MILÕES TONS.

As importações de soja pela China devem chegar a 49,7 milhões de toneladas até setembro de 2010, em uma alta de 8,6 milhões, de acordo com estimativa publicada pela revista Oil World, na última quarta-feira (21/07).

De acordo com a publicação, isso se deve ao fato de que a produção doméstica chinesa não comporta a demanda local em sua totalidade, levando o país a recorrer às compras no mercado externo, a fim de abastecer suas reservas. O prognóstico da revista supera a estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), publicada no princípio do mês de julho, que estimou a compra de 48 milhões de toneladas da oleaginosa, por parte do ‘gigante asiático’.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

GRÃOS : CHICAGO FECHA EM ALTA;DEMANDA E CLIMA INCERTO SUSTENTAM PREÇO.

Os preços futuros da soja encerraram em alta nesta quarta-feira na bolsa de Chicago. O mercado manteve o movimento de recuperação iniciado no começo desta semana, sustentado pela firme demanda e pela incerteza do clima nas áreas produtoras norte-americanas. O vencimento agosto subiu 3,50 cents, ou 0,3%, para US$ 10,1525/bushel. O contrato mais ativo, base novembro, teve alta de 5,50 cents, ou 0,5%, para US$ 9,7850/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de quatro mil lotes no dia, segundo estimativas do mercado. A atividade dos fundos é uma referência do fluxo de recursos neste mercado.
A firme demanda, puxada por compras de soja dos Estados Unidos pela China, a oferta restrita do grão da safra 2009/10 e a incerteza do clima no período que antecede a fase mais crítica de desenvolvimento das lavouras são os fatores que sustentam os preços, de acordo com o analista Chad Henderson de Wiscosin.
Os modelos climáticos de longo prazo apresentam cenários diferentes, por isso, enquanto existirem dúvidas sobre o rendimento e a produção de soja nos Estados Unidos, os traders estarão dispostos a comprar contratos nos recuos da bolsa e manter o prêmio de risco, acrescentou Henderson.
Agosto é o período mais crítico para as lavouras de soja, por ser a fase de formação de vagens e enchimento de grãos, determinantes para a produtividade.
Os traders antecipam que os preços devem oscilar nas duas pontas do mercado, a menos que se vislumbre alguma ameaça climática ou forte aumento da demanda. O desafio da bolsa é testar a resistência da última semana de US$ 9,9275/bushel para o contrato novembro, especialmente diante do clima favorável no curto prazo e da perspectiva de que qualquer alta mais expressiva leve a um aumento de área na América do Sul, observa Henderson.
Amanhã, o Census Bureau divulga os dados de esmagamento nos Estados Unidos, em junho, às 9 horas. Representantes da indústria consultados pela Dow Jones estimam o volume processado em 3,6 milhões de toneladas, ante os 3,64 milhões de tons apontados em maio. Amanhã também saem os dados semanais de exportação, às 9h30, referentes à semana encerrada em 15 de junho, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A projeção de analistas consultados pela Dow Jones variam de 400 mil toneladas a 1,150 milhão de toneladas métricas. Para os embarques de farelo de soja, os números variam de 75 mil a 175 mil toneladas. No caso do óleo de soja, eles aponta vendas entre 10 mil e 40 mil toneladas.
O farelo também segue em alta, sustentado pelo cenário de oferta ajustada do grão para esmagamento no curto prazo. O contrato agosto fechou com alta de US$ 1,80, ou 0,4%, para US$ 303,30/t. O óleo de soja seguiu na direção contrária e terminou a sessão em baixa, por conta da influência baixista do petróleo.

Os preços futuros do milho acompanharam o mercado de trigo nesta quarta-feira e terminaram o dia com elevação na CBOT. Os contratos mais negociados, com vencimento em dezembro, subiram 6,0 cents ou 1,55% e fecharam a US$ 3,9350/bushel. Traders e analistas disseram que houve um movimento de cobertura de posições vendidas.
Segundo traders, os futuros avançaram apesar da falta de notícias altistas. Eles entendem que a safra dos Estados Unidos continua apresentando boas condições. Mas os altistas dizem que isso pode variar: algumas regiões registram excesso de umidade e outras têm ambiente seco demais, fatores que podem afetar a produtividade.
O meteorologista Mike Tannura, da empresa T-storm Weather, afirmou que boa parte do Cinturão do Milho terá um dia ou dois de temperaturas elevadas até o fim da semana, mas o restante terá clima mais moderado. Ele acrescentou que, por enquanto, aparentemente as chuvas não devem chegar a algumas áreas consideradas úmidas demais, no Oeste do Cinturão. Deve chover mais no Norte, em áreas dos Estados de Missouri, Iowa e Illinois.
Os participantes do mercado acreditam que há poucos fundamentos por trás dos ganhos de hoje. "Estou um pouco desconfiado", disse um trader, referindo-se à valorização desta quarta-feira. Os traders observaram, ainda, que o mercado foi pressionado pelas perdas no petróleo e pela força do dólar, limitando os ganhos.

SOJA: PRODUTOR MANTEM CAUTELA NA COMPRA DE INSUMOS.

A valorização da soja no mercado internacional em julho, a menos de dois meses do início do plantio da nova safra no Centro-Oeste, não foi suficiente para animar os produtores a acelerar a compra dos insumos necessários para a formação das lavouras. Num ciclo em que as margens de lucro devem ser menores, qualquer alta de preço seria, em tese, aproveitada para melhorar as relações de troca. A desvalorização do dólar ante o real, contudo, não melhorou as contas do agricultor e as transações envolvendo fertilizantes, defensivos e outros produtos seguem a passos lentos, segundo algumas cooperativas da região.
O câmbio abaixo de R$ 1,80 é reclamação generalizada. Enquanto na Bolsa de Chicago, o contrato março - referência para a safra brasileira - acumula ganho de 6,74% nos últimos 12 meses, o dólar registra perdas na mesma medida: 6,78% no período avaliado, ambos com base no fechamento de ontem (20). "Houve redução no preço de venda em reais e em dólar, então o produtor não está muito animado. Ele olha o mercado todo dia e vai fechando os pacotes de troca aos poucos", afirmou Hélvio Alberto Fiedler, diretor executivo da Cooperativa Agroindustrial do Centro-Oeste do Brasil (Coabra), que centraliza a compra de insumos para várias cooperativas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ele não cita números, mas, em Mato Grosso, maior produtor de soja do País, estimativa da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) indica que 60% dos produtores compraram os insumos necessários à safra. Já a comercialização da soja chegou a 10%, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com Maria Amélia Tirloni, analista do Imea, fora das trocas por insumos, a soja para entrega em 2011 tem sido vendida a preços entre US$ 15 e US$ 16 a saca em Mato Grosso, dependendo da região. Em seu mais recente relatório semanal, a consultoria mineira Céleres comentou que os produtores "aguardam por melhores momentos de preços para realizar as vendas ou trocar o produto por fertilizantes e defensivos que serão utilizados na safra 2010/11".
A cautela se justifica. Estimativa da Agroconsult indica que, em 2010/11, os custos, mas também as margens de lucro, serão mais baixos por causa da queda dos preços. Na soja, por exemplo, o custo de produção deve recuar entre 5% e 6%, dependendo da região do País. Mas a margem de lucro deve ceder entre 18% e 40%. No milho, a redução dos ganhos deve chegar a 12%.
Hélvio Fiedler, da Coabra, ressalta que o produtor ainda tem tempo para decidir. "A decisão pode ser tomada até agosto, até lá dá tempo de olhar o mercado". No Centro-Oeste, o plantio da soja começa após o período de vazio sanitário, em 15 de setembro, mas a maior parte das lavouras começa a ser semeada de outubro para frente.
Na Cooperativa Agrícola dos Produtores da Região Sul de Mato Grosso (Coaleste), de Primavera do Leste, cerca de 60% dos produtores garantiram os insumos para o plantio, nível um pouco inferior ao registrado na mesma época do ano passado. "O restante está à espera de preços mais adequados", disse Paulo Corte, gerente comercial da cooperativa. Quanto à venda da safra futura, os negócios têm girado em torno de US$ 16,50 na região, para entrega em fevereiro de 2011, um valor que, em reais, pode não fechar, segundo ele.
A cautela também é verificada na compra dos insumos para o milho safrinha em Mato Grosso. Depois de amargar perda de produção e preços baixos em 2010, o produtor está adquirindo o pacote tecnológico aos poucos. "Nos últimos anos, parte dos insumos foi comprada junto com aqueles para a safra de verão. Neste ano, pouca gente está fazendo isso", afirmou Maria Amélia, do Imea. Mas ela considera ser ainda cedo para dizer se o plantio de safrinha vai diminuir em 2011.

MATO GROSSO - TRADINGS FINANCIARÃO 25% DO CUSTEIO DA SAFRA 2010/11.

Estimativa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que as multinacionais de fertilizantes e grãos deverão financiar apenas 25% do custeio da safra de soja no Estado em 2010/11, ante 35% no ciclo passado. Parte dos recursos que deixarão de ser fornecidos pelas chamadas tradings será compensado pelo aumento, de 14% para 20%, no financiamento proporcionado pelas revendas de insumos. O Imea calcula que o custeio do plantio da próxima safra chegará a R$ 6 bilhões.
Outros 37% das necessidades de custeio virão do bolso do próprio produtor, ante 34% na safra passada. Os bancos federais continuarão com parcela de 6% e o sistema financeiro passará de 11% para 12%.
Para a analista Maria Amélia Tirloni, do Imea, essa alteração na estrutura de financiamento mostra que as multinacionais estão dividindo o risco da concessão de crédito ao produtor rural com as revendas. Na avaliação de Glauber Silveira da Silva, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), as tradings estão financiando o produtor via revendas, especialmente nas áreas ao longo da rodovia BR-163, que concentram grande parte da produção do Estado. Ele não identifica grandes mudanças nas condições oferecidas entre uma e outra e não vê dificuldade maior do produtor em obter os recursos para o custeio. "As condições são bem parecidas", disse.

GRÃOS/CHICAGO OPERA EM ALTA COM APOIO DA DEMANDA.

Os preços internacionais da soja estão mantendo ganhos sólidos nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes para entrega em novembro subiam 8,0 cents ou 0,82% e eram negociados a US$ 9,81/bushel. A forte demanda e as incertezas sobre o desenvolvimento da safra dão suporte às cotações. A China permanece sendo um comprador consistente de soja americana, o que mantém o tom altista no mercado, segundo analistas. Os modelos climáticos, entretanto, mantém os preços sob pressão antes do mês de agosto, período em que a safra avança na etapa de formação de vagens. O mercado segue em consolidação, incapaz de desafiar as máximas.

Os preços futuros do milho estão acompanhando os do trigo hoje. Lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, operavam em alta de 6,0 cents ou 1,55%, cotados a US$ 3,9350/bushel. Traders disseram que não há novidades capazes de provocar um rali no mercado de milho, mas os ganhos do trigo têm sustentado os preços.
Participantes do mercado e analistas entendem que a safra permanece em boa condição, embora os altistas indiquem relatos de que algumas áreas estão muito úmidas e outras secas demais. Mas o mercado não reage a nenhuma ameaça climática neste momento. Alguns traders avaliam que, depois de registrar perdas por dois dias, o mercado estava prestes a ter uma valorização.

Os preços futuros do trigo estão subindo no mercado americano, puxados por compras técnicas depois das perdas recentes. Lotes para entrega em setembro tinham valorização de 11,75 cents ou 2,04% e operavam a US$ 5,8875/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançava 12,50 cents ou 2,12% e era negociado a US$ 6,02/bushel.
Embora o clima quente e seco tenha prejudicado as lavouras da Europa e da Rússia, puxando as cotações recentemente, analistas disseram que hoje os fundamentos têm pouca influência sobre os preços. "A única coisa que posso dizer é que se trata de uma valorização técnica após dois dias de correção", disse Tom Leffler, da corretora Leffler Commodities. Ele avalia que, se o mercado não for capaz de sustentar os ganhos, será um sinal técnico ameaçador para os altistas. Já Rich Feltes, da MF Global, declarou que o trigo dos Estados Unidos ainda está muito caro em relação a outras origens, de modo que as bases e preço estão caindo nas Grandes Planícies do país.

terça-feira, 20 de julho de 2010

CBOT : SOJA INVERTE DIREÇÃO E FECHA EM ALTA.

Os preços futuros da soja encerraram em alta nesta terça-feira na bolsa de Chicago (CBOT). Depois de operar em baixa na maior parte do dia, o mercado inverteu a direção, sustentado pelos ganhos do petróleo e pelos sinais de sólida demanda, segundo traders do mercado.
O vencimento agosto terminou a sessão com alta de 3,75 cents para US$ 10,1175/bushel. O vencimento novembro, mais ativo, encerrou com alta de 1 cent a US$ 9,73/bushel. O vencimento setembro do óleo de soja subiu 44 pontos e fechou a 38,58 cents/lb. O contrato setembro do farelo seguiu direção contrária e encerrou a US$ 291/tonelada, queda de US$ 3,70.
A firmeza do petróleo e as compras de fundos puxaram os ganhos do mercado, que havia operado em baixa na maior parte do pregão. Um trader acrescentou que os fundos especulativos permanecem como grandes compradores. Um movimento que foi mantido mesmo com a retração dos preços do milho e trigo, reflexo da realização de lucro depois do rali da semana passada. Estima-se que os fundos compraram cerca de dois mil contratos.
Embora tenham começado a ceder, os preços no disponível permanecem firmes, acrescentaram os traders, uma vez que a procura pela oleaginosa continua sólida. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou hoje a venda de 120 mil toneladas para a China, dando força aos sinas de firme demanda. O clima continua favorável à safra, mas é menos baixista para a soja que para o milho, afirmam os traders. Eles explicam que o plantio da soja é feito mais tarde e a safra tem tempo maior para se "formar".
Jason Britt, presidente da Central State Commodities, disse que a recente firmeza dos preços no físico ocorre porque a "maior parte dos agricultores já vendeu a safra velha de soja". No entanto, os preços começaram a recuar porque o nível dos estoques de compradores está mais confortável, segundo Karl Setzer, consultor de commodities da MaxYield commodity trade. Parte dos grandes terminais reduziram o valor diferencial entre o físico e os contratos futuros, refletindo os sinais de oferta e demanda locais.

MILHO-CONAB DOBRA VOLUME EM LEILÃO DE PEP.

O Ministério da Agricultura informou em nota, que o volume semanal de milho a ser ofertado nos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) passará a ser de 2 milhões de toneladas, o dobro da oferta anterior. Também não haverá mais limite no volume do cereal a ser adquirido de cada produtor e/ou cooperativa, antes estipulado em mil toneladas. A mudança atende ao pedido das associações e do setor produtivo. De acordo com a Diretoria de Operações e Abastecimento (Dirab), o aumento na quantidade deve-se ao resultado positivo obtido nas operações anteriores. Além dos Estados que já vinham sendo contemplados - Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Distrito Federal - os produtores de Rondônia e da Bahia - antes contemplados com leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) - também foram incluídos. De acordo com o Ministério o edital será divulgado até a quinta-feira (22) no site da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e a primeira negociação deverá ocorrer na próxima semana.
APROSOJA PEDIU REVISÃO DE VOLUME
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, contou ter pedido ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o aumento do volume de milho do Estado nos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). Segundo Silveira, a reivindicação é de que seja ofertada a partir do próximo leilão subvenção equivalente a pelo menos 1 milhão de toneladas. Nesta tarde, a Companhia Nacional de Abastecimento confirmou que os leilões semanais de milho passarão a ser de 2 milhões de toneladas, ante as 1 milhão de t/semanais até então, mas não detalhou o volume para cada um dos cinco Estados contemplados e o Distrito Federal. O edital ainda não foi publicado. Segundo Silveira, os baixos valores arrematados nos últimos leilões de PEP foram um dos assuntos discutidos na reunião de hoje e a solução apontada para atenuar o impacto nos preços da disputa das tradings pelos prêmios seria o aumento de oferta. Outra reivindicação apresentada pela Aprosoja na reunião com o ministro foi o aumento do valor do prêmio na região leste de Mato Grosso, o menor do Estado,
na faixa de R$ 0,059/kg, ou R$ 3,54 por saca.Na reunião, o presidente da Aprosoja também conversou sobre a questão do endividamento dos agricultores de Mato Grosso. Silveira afirmou que, apesar das dificuldades para tratar o assunto de forma generalizada em ano eleitoral, o ministro Wagner Rossi se mostrou sensível a encaminhar uma solução emergencial para os agricultores que não têm condições de pagar as parcelas das dívidas por causa da queda da renda provocada pela quebra da safra, tanto de milho como de soja, em algumas regiões de Mato Grosso.
O Ministério da Agricultura avalia que fora dos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) nenhum produtor recebe pelo milho produzido na última safra o preço mínimo de garantia e por isso elevou a subvenção semanal que vem sendo dada à cultura. Em entrevista à Agência Estado, o diretor de Comercialização e Abastecimento Agrícola, José Maria dos Anjos, disse que o aumento da oferta de 1 milhão de toneladas para 2 milhões de toneladas a cada leilão tem como meta retirar mais rapidamente o cereal das regiões produtoras, reduzindo a pressão que a colheita da safrinha exerce sobre os preços. "Estamos no pico de colheita da safra, e não estávamos atingindo o objetivo de sustentação dos preços com a oferta de 1 milhão de toneladas", disse Anjos. Para estimular o escoamento do milho, também foi retirado o limite de 1 mil toneladas por CPF/CNPJ para permitir que grandes produtores tenham maior participação nos leilões. "Esses produtores têm condições de ofertar mais e isso ajuda a retirar um excedente maior da safra por meio da exportação", avaliou Anjos. Ele informou que o Estado de Rondônia será incluído na operação porque os preços do milho na região também estão abaixo do mínimo de garantia, que é de R$ 13,98/saca, mesmo valor de Mato Grosso. Nos demais Estados o preço mínimo é de R$ 17,46/saca.

CHICAGO OPERA NA DEFENSIVA,REALIZAÇÃO DE LUCROS E VALORIZAÇÃO CÂMBIO.

Os contratos futuros de soja registraram desvalorização modesta nesta terça-feira, pressionados pelo clima favorável para as lavouras dos Estados Unidos e por realização de lucros. Os lotes para entrega em novembro caíam 1,25 Cent ou 0,13% cotado a US$ 9,7075/bushel. Segundo analistas, o cenário climático melhor no Meio-Oeste está pesando no mercado de soja, assim como no trigo e no milho. A valorização do dólar contribui para a queda das commodities. Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou um aumento na parcela da safra considerada em condição boa a excelente. Isso também pressiona as cotações. As perdas são limitadas, no entanto, em parte pela forte demanda. As bases de preço da soja se mantiveram firmes recentemente, lembraram traders.

Os preços futuros do milho estão caindo nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). A valorização do dólar pesou sobre as commodities hoje, segundo traders. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais líquidos, recuavam 4,50 cents ou 1,14% e operavam a US$ 3,8950/bushel.
Embora o mercado tenha observado um rali na semana passada, por causa do clima quente e seco, as previsões do tempo agora indicam muita chuva nas áreas central de Norte do Cinturão do Milho. Segundo o analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities, "é difícil se empolgar com o clima quando você liga o radar e encontra muita chuva pela frente". Traders afirmaram que, se houver alguma ameaça à safra, ela será justamente o excesso de umidade em determinadas áreas de produção. Britt avalia que, no longo prazo, as chuvas podem dar um viés de alta ao mercado.

SOJA/EUA: CHINA ADQUIRE 115 MIL TONS .

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta terça-feira a venda de 115 mil toneladas de soja para China, com embarque em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem informar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

SOJA: CHICAGO FECHA EM QUEDA COM CLIMA E REALIZAÇÃO DE LUCRO .

Os preços futuros da soja terminaram em queda nesta segunda-feira na bolsa de Chicago, pressionados por previsões climáticas favoráveis ao desenvolvimento da safra e pela realização de lucro. O vencimento agosto perdeu 11,50 cents, ou 1,1%, e fechou a US$ 10,08/bushel. O contrato mais ativo, base novembro, recuou 13 cents, também 1,1%, para US$ 9,72/bushhel.
Participantes do mercado afirmam que depois da forte alta registrada na bolsa neste mês era esperado que os traders embolsassem ganhos do período. As previsões climáticas ainda indicam clima quente, porém, com mais umidade na maior parte do Meio-Oeste, o que favorece as lavouras. O milho também recuou por conta do clima, o que contribuiu para as perdas na soja, segundo traders. "Obviamente, estas posições compradas foram estabelecidas com base em fundamentos fracos, que agora estão ruindo", afirma Karl Setzer, da MaxYield Cooperative, de West Bend, Iowa. Apesar da indicação do analista, o mercado ainda vai acompanhar com cautela os mapas climáticos para as regiões produtoras de soja. Agosto é considerado um período crítico para a oleaginosa, porque é a fase de enchimento dos grãos.
No relatório de acompanhamento de safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a condição das lavouras de soja ficou estável em 67% em relação à semana anterior. Mesmo assim, 18% das plantas já formaram vagem, bem avançado em relação aos 8% apurados em igual período do ano passado.
O vencimento agosto do óleo de soja perdeu 35 pontos, ou 0,91%, e terminou a sessão a 37,96 cents/lb, seguindo as perdas da soja. O farelo recuou US$ 2,80, também 0,91%, para US$ 305/tonelada.

CONDIÇÃO DA SAFRA DE SOJA MELHORA.
As condições das lavouras de importantes commodities agrícolas dos Estados Unidos permaneceram boas na semana encerrada no último domingo, de acordo com o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A avaliação do USDA para soja melhorou, enquanto as de milho e trigo de primavera caíram. A agência do governo também mostrou evolução contínua da colheita de trigo de inverno, embora esteja um pouco abaixo da média.
Soja
O USDA informou que 67% da safra de soja foi avaliada como boa a excelente, o que representa 2% acima da semana anterior, mas dois pontos abaixo da parcela registrada no mesmo momento do ano passado. A expectativa para a avaliação variou: alguns previam alta 2% e outros esperavam queda de 1% por causa do clima quente e seco. Houve poucas mudanças significativas em âmbito estadual. No Mississippi, a avaliação de boa a excelente subiu cinco pontos porcentuais, para 59%. No Wisconsin, houve retração de cinco pontos, para 77%. Entre os maiores produtores, Illinois registrou elevação de dois pontos, para 64%. Indiana e Iowa se mantiveram estáveis, com 62% e 69%, respectivamente.
O USDA disse que 60% da safra se encontra no estágio de florescência, mais do que os 40% da semana passada e também acima da média em cinco anos, de 56%. Cerca de 18% das lavouras formou vagens, superior aos 8% da semana passada e também acima da média de 15%.

Milho
A porcentagem da safra de milho avaliada como de boa a excelente caiu para 72%, ante 73% na semana anterior. Mas ainda é considerada elevada. No ano passado, o total foi de 71%. Alguns previam que o USDA fosse reduzir a avaliação em um ponto porcentual, enquanto outros esperavam aumento de um ponto.
No Estado de Illinois, a avaliação caiu dois pontos porcentuais, para 67% de bom a excelente. Em Iowa, também houve declínio de dois pontos, somando 69%. Indiana, por sua vez, se manteve estável com 62%.
As maiores mudanças ocorreram em Estados extremos. Kentucky, Kansas, Dakota do Norte e Carolina do Norte tiveram declínio significativo, embora Tennessee e Pennsylvania tenham avançado bastante. De modo geral, o nível da condição foi considerado alto e baixista para o mercado. Analistas dizem que neste momento ainda há pouca relação das estatísticas com a produtividade das lavouras.O USDA relatou que 65% da safra havia formado espigas, mais do que os 38% da semana anterior e também acima da média de 47%. Segundo a agência do governo, 8% da safra está na fase de enchimento de grão, ante 7% no mesmo momento do ano anterior. As previsões do tempo são consideradas favoráveis para a continuidade do desenvolvimento da safra.
Trigo
A safra de trigo de primavera dos Estados Unidos continua se destacando. O USDA disse que a porção da safra avaliada como boa a excelente somava 82%, o que significa queda de um ponto porcentual em relação à semana anterior. Mas ainda está bastante acima dos 73% vistos há um ano. No Estado de Minnesota, 88% da safra foi avaliada como boa a excelente.
Enquanto isso, o USDA afirmou que 87% da safra perfilou, mais do que os 72% da semana anterior e queda modesta frente à média de 91%. Os mais atrasados são Idaho e Montana, com 21 pontos porcentuais abaixo do ritmo médio.
Segundo o USDA, 71% da safra de trigo de inverno foi colhida. Trata-se de parcela maior do que os 63% da semana passada, mas pouco abaixo da média de 74%. A maioria dos Estados está próxima ao ritmo médio de evolução, embora Nebraska esteja atrasado - cerca de 44% da safra do Estado foi colhida, quando a média é de 70%. Isso é compensado por Michigan, cuja colheita chegou a 84% dos campos, ante média de 40%.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

MILHO: CHICAGO REALIZA LUCROS E DESVALORIZA 3,3%.

Os preços futuros do milho caíram com força hoje na bolsa. Sinais de que a safra apresenta boa condição, vendas técnicas e realização de lucros pressionaram o mercado. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais negociados, caíram 13,25 cents ou 3,25% e fecharam a US$ 3,94/bushel.
As lavouras dos Estados Unidos receberam chuvas no último fim de semana e as previsões indicam que haverá mais umidade nesta semana, segundo traders. Um deles afirmou que "se tivermos muita chuva, este mercado está feito". O analista John Kleist, da corretora Allendale, acrescentou que as supostas preocupações com o clima quente e seco nos Estados Unidos foram uma justificativa para "as compras em massa" por fundos especulativos. Segundo ele, essa foi a razão verdadeira para os ganhos da semana passada.
Nesta segunda-feira, o declínio ocorreu diante da fragilidade técnica do mercado. Mas um trader declarou que o fato de o contrato setembro ter fechado abaixo da média móvel de 200 dias pela segunda sessão consecutiva foi um mau sinal. Os preços caíram logo na abertura, de modo que vendas automáticas aceleraram as perdas, segundo traders.
Participantes do mercado disseram também que o milho não tem fundamentos suficientes para manter os ganhos. "Em geral, a expectativa para a produtividade deste ano teve leve declínio, mas ainda está relativamente alta", disse o economista agrícola Darrel Good, da Universidade de Illinois.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que 72% da safra do país apresenta condição boa a excelente, ante 73% na semana passada. Traders acreditavam que o USDA manteria sua avaliação sobre as condições da safra, ou então a aumentaria em um ponto porcentual, o que de fato ocorreu.

CHICAGO: SOJA E MILHO RECUAM COM CLIMA FAVORÁVEL.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalhavam em queda nesta segunda-feira, pressionados por vendas técnicas e por previsões climáticas melhores do que há uma semana, disseram traders. O mercado está sofrendo alguma realização de lucros, enquanto o milho e o trigo também recuam. "Obviamente, tais posições compradas foram estabelecidas com fundamentos fracos, e isso agora está entrando em colapso", afirmou Karl Setzer, da MaxYield Cooperative, em Iowa. Os produtos derivados da oleaginosa também oscilavam negativamente.  Lotes para entrega em novembro cediam 16 cents, ou 1,62%, para US$ 9,69 por bushel.
O milho registrava fortes perdas, influenciado por perspectivas favoráveis ao desenvolvimento da safra e por vendas técnicas. Chuvas durante o final de semana e a possibilidade de um clima quente e úmido nos próximos dias aliviavam preocupações com relação à safra, de acordo com traders. O contrato dezembro caía 12,25 cents, 3,01%, cotado a US$ 3,95 por bushel.
O trigo operava em baixa nesta segunda-feira, afetado por realização de lucros e pelo fraco desempenho dos mercados vizinhos. O milho e a soja, que recuavam em parte por causa de boas condições climáticas nos Estados Unidos, arrastavam os preços do cereal, disse um trader. "A única coisa positiva é a Rússia", acrescentou ele. O mercado registrou ganhos na semana passada, embora "a demanda por trigo norte-americano tenha permanecido lenta e as ofertas mundiais sejam abundantes", informou a Doane Advisory Services. Em Chicago, o contrato setembro perdia 11,75 cents, ou 2%, para US$ 5,7550 por bushel. Na Bolsa do Kansas, o mesmo vencimento cedia 6,75 cents, ou 1,13%, negociado a US$ 5,9225 por bushel.

FRENTE FRIA DEVE CONCENTRAR CHUVA ENTRE RS E SC

A semana começa com instabilidade e condição de chuvas no Sul do Brasil, que deve se intensificar a partir da quarta-feira (21), quando uma nova frente fria chega ao Rio Grande do Sul. A expectativa é de que as chuvas se concentrem mais entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. No Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo o tempo volta a ficar firme. O período sem água deve se estender até o fim do mês.
O tempo continua seco sobre Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e interior da Região Nordeste. Nos próximos dias o quadro de seca deve ser agravado por causa da elevação da temperatura. "Até o fim do mês persistem as chuvas no leste do Nordeste, mas que devem ser de menor intensidade e passageiras, alternando com período de sol, inclusive sobre o Recôncavo Baiano, que registrou fortes chuvas na última semana", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Temperatura
A forte massa de ar de origem polar, responsável pelo frio intenso e formação de geada na semana passada, já se enfraqueceu. Com isso, a semana começa com as temperaturas em elevação no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Nesta semana o frio permanece intenso apenas sobre o Rio Grande do Sul, com risco de geadas no sul e oeste do Estado.
Para as próximas duas semanas não há previsão de frio extremo no Brasil. De acordo com a Somar, as temperaturas se elevam rapidamente no decorrer desta semana sobre o Sudeste e o Centro-Oeste, com sensação de calor no período da tarde.
Conforme a Somar, na semana passada uma forte frente fria causou chuvas sobre os três Estados do Sul do Brasil e também sobre o sul de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. "Essas chuvas podem até atrapalhar o manejo e alguns processos operacionais de algumas lavouras, mas não comprometem a produção das culturas de inverno dessas regiões", informa Etchichury.
Já o Brasil Central continua enfrentando período seco, que em algumas regiões se estende desde abril. Esse longo período sem água favorece a finalização da colheita (cana-de-açúcar, café, laranja, algodão e milho safrinha) mas, em contrapartida, começa a comprometer o desempenho da próxima safra.
A Somar relata que o frio e geadas no Sul do Brasil foram destaque na semana passada, mas estão dentro do cenário climático para esta época do ano. Os sistemas de produção agrícola, no entanto, não ficaram comprometidos. Pelo contrário, foram beneficiadas as culturas de inverno, como trigo, cevada e fruticultura de clima temperado.
As chuvas da semana passada mantiveram altos os índices de água disponível no solo sobre o Sul do Brasil, sul de Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Somar, também se observa uma condição boa de umidade do solo (maior do que 60%) no Norte do Brasil e no litoral das Regiões Sudeste e Nordeste.

Estados Unidos
O mês de julho vem apresentando uma condição de chuva irregular sobre o Meio-Oeste americano. Embora seja um padrão típico desta época do ano, a Somar observa que a situação já começa a preocupar, pois algumas lavouras (milho e soja) se encontram na fase crítica (floração e enchimento de grão) de desenvolvimento.
O sócio diretor da Somar observa que hoje se observam dois cenários bem distintos com relação à distribuição de chuva em julho. Nos Estados de Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota, Iowa, Nebraska, Kansas e Missouri, que representam aproximadamente 50% da produção de soja, as chuvas em julho estão acima da média.

Em contrapartida, em Illinois, Indiana, Ohio e Kentucky as chuvas do período ficaram abaixo da média. No entanto, mesmo com a redução das chuvas e elevação da temperatura dos últimos dias, o solo nesses Estados ainda não apresenta déficit hídrico.
Segundo a Somar, o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste americano nas próximas semanas. O tempo permanece quente e com chuvas isoladas, em virtude da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão. "É importante observar, porém, que para esta semana há previsão de chuvas, exatamente sobre as regiões mais secas", comenta Etchichury.

O padrão climático típico do verão americano, com chuvas irregulares e temperaturas elevadas, deve persistir até o fim do mês sobre as principais áreas produtoras de milho e soja. Apenas sobre o Sul dos Estados Unidos, incluindo a região da Flórida, é que há previsão de chuvas em maiores volumes, principalmente para a última semana de julho, por causa da propagação de sistemas tropicais provenientes do Oceano Atlântico e Golfo do México. Mas não há, por enquanto, previsão de furacão.

PERSPECTIVA: CLIMA DIRECIONARÁ CHICAGO NA SEMANA.

Os participantes do mercado de grãos da Bolsa de Chicago começam a semana de olho nas previsões do tempo para as áreas produtoras, especialmente de soja, nos Estados Unidos. Se o tempo ficar seco e quente, as cotações têm potencial de alta. Na semana passada, o vencimento novembro da oleaginosa acumulou valorização de 3,33%. "São Pedro manda no mercado nesta semana", comentou o analista Vinícius Ito, da corretora Newedge, em Nova York. Ele avalia que os investidores estarão de olho no nível de US$ 10,15. "Se o contrato subir até lá, vai zerar as perdas do ano, o que poderá atrair compras de fundos". Na sexta-feira, o novembro perdeu 0,30%, para fechar em US$ 9,85 por bushel.
As lavouras da oleaginosa se aproximam do período mais crítico de seu desenvolvimento nos Estados Unidos - o de enchimento dos grãos - quando calor e estiagem podem reduzir a produtividade. E, neste ano, há pouca margem para erro na safra local, já que os estoques do ciclo anterior estão bem reduzidos, enquanto a demanda segue em ritmo forte. Na sexta-feira, previsões climáticas menos ameaçadoras que as vistas na véspera levaram os investidores a reduzir sua exposição e a realizar lucro no mercado de soja. As cotações perderam os ganhos vistos ao longo do dia, mas fecharam perto da estabilidade, preservando o ganho da semana.
Além de serem voláteis como o mercado, a previsões mudam de agência para agência, o que faz os investidores pisarem em ovos. A DTN Meteorologix, muito citada por agências internacionais, previa, na sexta, pancadas de chuvas no leste e norte do Meio-Oeste durante o sábado, o domingo e o início desta semana. As temperaturas, contudo, devem continuar acima do normal.
Ito, da Newedge, ressaltou que a ausência de chuva é mais preocupante que o calor em si, já que a soja precisa de água para encher o grão. Ele avaliou que o mercado já embutiu um clima desfavorável para as lavouras. Assim, as condições para o fim de julho e para agosto teriam de, de fato, piorar, para o mercado apurar mais ganhos. "Se não chover em Estados importantes como Illinois, Ohio e Indiana, poderemos ver mais altas de preço nesta semana", afirmou. Steve Cachia, também acredita que exista espaço para um rali em Chicago, a depender do padrão climático. "O tempo precisa continuar quente e seco no Hemisfério Norte", disse.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga hoje, às 17 horas, seu relatório semanal de acompanhamento de safra e a expectativa do mercado é a de que a agência mostre relativa estabilidade na qualidade das lavouras ante a semana anterior. Na segunda-feira passada, o USDA reportou ligeira queda qualitativa nos campos de soja. Os de milho e trigo seguiram com praticamente os mesmos índices da semana anterior.
Cereais - Menos ameaçado pelo clima, já que passou pelo período mais crítico de desenvolvimento, o milho também, valorizou: 3% na semana. Boa parte desse ganho esteve relacionada ao mercado de trigo, que disparou 9,15% no período, uma vez que ambos são usados na produção de ração. Se na soja o tempo quente e seco ainda é ameaça, no trigo, os estragos são visíveis. Na Ucrânia a quebra de safra é fato. Na União Europeia as estimativas de produção estão sendo revistas e, na Rússia, espera-se uma revisão para baixo nas projeções. O país vive a pior seca em mais de cem anos.
A perspectiva para o trigo, contudo, é de cautela depois do forte ganho da semana passada. "A oferta no mundo é ampla neste momento, não há perigo de desabastecimento", ponderou Joel Karlin, analista da Western Milling, dos EUA. "A relação entre estoques e consumo na Europa continua confortável e os Estados Unidos têm muito cereal. Novos fatores altistas terão que aparecer para elevar os preços muito mais", disse ele para a agência Dow Jones.

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