sexta-feira, 23 de julho de 2010

ALGODÃO: MATO GROSSO PERDE 15,5% NA SAFRA 2009/10.

A Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) prevê uma quebra de 15,5% na produção estadual da pluma nesta safra em função da longa estiagem que castigou as lavouras no período de março a maio. A expectativa era de colheita de 645 mil toneladas e foi reduzida para 545 mil t. As informações são do presidente da entidade, Gilson Pinesso, que participa hoje de um dia de campo sobe os resultados do cultivo do algodão adensado, que na safra 2009/10 teve o primeiro plantio em escala comercial no Estado.
Pinesso afirmou que a quebra de produtividade foi generalizada, tanto no plantio convencional, com espaçamento de 90 centímetros, como no intermediário, de 70 cm, e no adensado, de 45 cm. Em relação à próxima safra, 2010/11, o presidente da Ampa disse que, há um mês, a expectativa era de aumento de 30% no plantio em função da recuperação dos preços do algodão no mercado internacional. Entretanto, diz ele, a recente queda da cotação da pluma e a alta dos preços da soja tornaram o cenário indefinido. Outro fator, diz ele, é a quebra da safra provocada pela estiagem, que vai reduzir a disponibilidade de recursos próprios para investimento no próximo ciclo.
Em relação ao plantio adensado, que está na fase inicial de colheita, Pinesso disse que os resultados são satisfatórios, pois mesmo com a produtividade abaixo da expectativa, os custos menores do sistema garantem rentabilidade. Ele acredita que a área de cultivo adensado em Mato Grosso deve passar dos 50 mil hectares da atual safra, para 100 mil hectares no próximo ano.
Eraí Maggi, maior produtor individual de algodão do país, que em 2009/10, cultivou 70 mil hectares, disse que o resultado do adensado foi bom, levando em conta que Mato Grosso teve a maior estiagem para um primeiro semestre dos últimos 30 anos. Ele disse que o cultivo adensado irá se consolidar como alternativa de plantio de segunda safra, permitindo ao produtor utilizar toda a estrutura e maquinário existentes nas propriedades e também manter o emprego no campo. Além disso, afirmou, permitirá que o produtor se mantenha na atividade mesmo nos períodos de preços baixos. O custo de plantio do algodão convencional é de US$ 2.500 e o do adensado, US$ 1.300.
O presidente da Câmara Setorial do Algodão do Ministério da Agricultura, Sérgio de Marco, também acredita que a estratégia é alternativa importante de cultivo em Mato Grosso. Mesmo com a falta de chuva, a produção adensada se mostrou rentável, enquanto na tradicional uma quebra de 20% da produtividade já compromete a rentabilidade. Ele se mostrou cético em relação ao aumento do plantio na safra 2010/11 em função da queda recente dos preços da pluma. Ele acha que se houver crescimento, será de 10%.

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