sexta-feira, 27 de agosto de 2010

SOJA FECHA EM ALTA COM DEMANDA E RECEIO SOBRE PRODUTIVIDADE.

Os contratos futuros da soja atingiram as máximas de uma semana na bolsa de Chicago impulsionados pela firme demanda exportadora e pelo receio quanto ao potencial de produtividade das lavouras norte-americanas. O vencimento mais próximo, setembro, subiu 9 cents (0,9%) para US$ 10,22/bushel. Já o contrato mais líquido, base novembro, subiu 1,1%, ou 11,50 cents, para US$ 10,26/bushel. Fundos especulativos compraram mais de três mil lotes no dia.
O clima seco e a temperatura elevada nas partes leste e central do Meio-Oeste, justamente no período em que as plantas carecem de mais água, estimulou os traders a adicionar um prêmio de risco antes do fim de semana, disse Sterling Smith, analista da Country Hedging, Minnesota. Os traders estão cautelosos porque se as lavouras não receberem bom volume de chuva no curto prazo, pode haver perda de produtividade, acrescentou Smith. As notícias de que a doença da morte súbita está se espalhando por Iowa e Illinois contribuíram para sustentar o mercado.
A firmeza das exportações, especialmente para a China, e os preços firmes do trigo nos Estados Unidos e Europa também ofereceram suporte à oleaginosa. A forte alta do cereal faz o mercado considerar a perspectiva de aumento de demanda por farelo de soja para produção de ração, acrescentou Smith.
O dólar índex mais fraco, combinado com a valorização dos futuros do petróleo, deu o suporte psicológico para atrair mais compras de especuladores. Com a moeda americana em baixa, o preço da matéria-prima, denominado em dólar, fica mais barato para compradores estrangeiros.
O serviço meteorológico Telvent DTN prevê clima mais seco no Meio-Oeste nos próximos dias que pode elevar o estresse climático no período de enchimento dos grãos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou hoje vendas de 120 mil t de soja para a China e 180 mil t de milho para destino não revelado para entrega em 2010/11.
Nos produtos, o fechamento também foi firme. O óleo de soja recuperou valor frente ao farelo nas operações de spread. Os ganhos do petróleo, deram suporte ao mercado, disseram analistas.

Estiagem deverá atrasar plantio de grãos.

Uma rápida consulta na página do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no início da noite de quinta-feira não deixava dúvidas. De uma lista de 11 Estados do país, todos apareciam com baixa umidade relativa do ar.
Gravíssima em metrópoles como São Paulo e rastilho para incêndios em diversos pontos do país, a situação já interfere na produção agropecuária nacional. Não seria nada muito preocupante se fosse chover amanhã. Mas, como isso não vai acontecer, o campo começa a se preparar para dias piores.
No segmento de grãos, é possível dizer que a falta de chuva até agora foi inclusive benéfica em alguns casos. O trigo, plantado no inverno, teve sua colheita acelerada no Sul e passou a correr menos risco de embolorar. O milho safrinha semeado no Paraná já foi todo colhido e não sofreu, enquanto em São Paulo os trabalhos também já estão quase finalizados. Outro produto que já está com a colheita acelerada é o café, e a seca na fase final da safra colabora para a fermentação ideal do grão.
Daqui para frente, contudo, o cenário muda. Se persistente, o déficit hídrico afetará a florada das próximas safras de café e laranja, reduzirá a produção de cana - e esta já sente os efeitos adversos da estiagem -, reduzirá a oferta de lácteos e aumentará a de boi e adiará o início do plantio da próxima safra de grãos de verão, programado para meados de setembro. Esta possibilidade já virou uma probabilidade concreta, e para tornar-se uma certeza falta quase nada.
Diferentemente do que aconteceu no ano passado, quando as chuvas antecipadas permitiram o início do plantio de grãos na segunda quinzena de setembro no Centro-Oeste, agora não há chuvas no horizonte até a segunda quinzena de outubro.
Ou seja, o clima quase ideal que garantiu a produção recorde de grãos na safra 2009/10 não se repetirá, o que poderá prejudicar muitos produtores, sobretudo os da região Sul, ainda que tenha potencial para garantir aumento de preços para quem tiver produto para vender.
Mesmo com o início das precipitações a partir da segunda metade de outubro, as chuvas serão irregulares, o que poderá forçar alguns produtores de grãos a fazer o chamado "replantio", o que obviamente eleva custos e achata margens.
"Nesta safra teremos os efeitos da La Ñina, que se reflete no atraso do início do período chuvoso no Brasil. Nessa fase inicial de plantio, não será difícil encontrar agricultores que registrarão chuvas em suas propriedades e vizinhos que estarão secos", diz Marco Antônio dos Santos, agrometeorologia da Somar Meteorologia.
Se o plantio no Centro-Oeste poderá ser prejudicado pelo atraso das chuvas, a colheita também pode ser influenciada negativamente - neste caso, entretanto, devido ao excesso de precipitações. Chuvas na colheita impedem a entrada das máquinas nas lavouras e elevam a umidade das plantas, atrasando os trabalhos e colocando em risco a produtividade.
No Paraná e no Rio Grande do Sul, não são esperados problemas para o plantio, mas para o período de desenvolvimento das culturas de verão. Na avaliação de Santos, o plantio acontecerá normalmente em outubro, mas durante o verão, quando a soja está no meio de seu desenvolvimento nos Estados do Sul, é esperada a interrupção das chuvas e o início de uma estiagem na região.
"No caso do Rio Grande do Sul, os agricultores atrasaram o plantio do trigo no inverno por conta de um período de estiagem. Isso vai fazer com que o plantio da soja ocorra a partir de novembro, mas já existe a previsão de que no verão essas chuvas parem", diz Santos.

Autor: Alexandre Inacio e Fernando Lopes

SOJA RECEBE APOIO DE OUTROS MERCADOS E OPERA EM ALTA.

Os contratos futuros de soja estão se mantendo firmes nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago. Lotes de maior liquidez, para entrega em novembro, tinveram valorização de 13,0 cents e operavam a US$ 10,27 75/bushel. Segundo analistas, uma combinação entre forte demanda para exportação, preocupações com produtividade nos Estados Unidos e suporte dos outros mercados de grãos está dando suporte aos futuros neste momento.
A seca e a elevação das temperaturas no Leste e na região central do Meio-Oeste americano estão aumentando os rumores sobre o potencial de produtividade. Os analistas acrescentam que a forte demanda chinesa aumenta as preocupações com a oferta apertada. Enquanto isso, a queda do dólar é fator positivo para as commodities.

MILHO OPERA EM ALTA DIANTE DE DISCUSSÃO SOBRE RENDIMENTO
Os contratos futuros do milho caminham em território positivo nesta sexta-feira sustentados por preocupações com a produtividade e pela forte demanda. Os contratos mais movimentados, para entrega em dezembro subiam 4,25 cents cotados a US$ 4,36 25/bushel. Alcançou seu maior nível em sete meses, mas realização de lucros limitou o avanço, segundo traders
Participantes do mercado estão embutindo prêmio de risco nas cotações, como forma de precaução para o caso de haver uma queda na produção que afetasse a capacidade do mercado de atender à expectativa de demanda, segundo analistas. A seca na Rússia elevou a perspectiva de maior demanda por grãos dos Estados Unidos nos próximos meses.

CHICAGO: GRÃOS TRABALHAM EM ALTA POR SÓLIDA DEMANDA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em alta nesta sexta-feira, estendendo os ganhos da sessão eletrônica. Sólida demanda por exportações e persistentes incertezas sobre a produtividade da safra, em função de um clima seco e quente nas partes central e leste da região Meio-Oeste dos Estados Unidos, impulsionam os preços, segundo analistas.Os produtos derivados da oleaginosa apresentam comportamentos diferenciados, com o óleo firme e o farelo misto. O contrato novembro sube 9 cents, ou 0,89%, cotado a US$ 10,2350 por bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 120 mil toneladas de soja para China em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

O milho avança em meio à continuação de compras, motivado por forte demanda e por dúvidas com relação ao potencial da safra. O contrato dezembro brevemente atingiu o maior nível em sete meses, apesar de um analista ter dito que o mercado está com um excesso de posições compradas e pode encontrar dificuldades para subir.
A estiagem na Rússia alimenta expectativas de uma demanda maior por grãos dos Estados Unidos nos próximos meses. Investidores altistas dizem que os relatórios preliminares sobre a produtividade da safra norte-americana são irregulares, mas outros dizem que a perspectiva de produção ainda não mudou.Vencimento dezembro subiu 6,25 cents, ou 1,45%, para US$ 4,3825 por bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos comunicou hoje a venda de 180 mil toneladas de milho para países não revelados em 2010/11. O ano comercial do grão começa em 1º de setembro.
Frequentemente, exportadores norte-americanos concordam em vender ofertas para intermediários que ainda não definiram o destino final do carregamento. Quando isso acontece, o USDA lista o comprador como "desconhecido". Vendas de 100 mil toneladas ou mais, feitas em um único dia para um mesmo destino, devem ser informadas ao USDA no dia seguinte.

O trigo registra ganhos nesta sexta-feira, estimulado por temores sobre déficit de produção na ex-União Soviética e por expectativas de intensa demanda. Um relatório do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Moscou, apontou a safra russa em 41 milhões de toneladas na temporada 2010/11, quatro milhões de toneladas abaixo da última projeção e 20,7 milhões de inferior ao volume registrado em 2009/10.
A colheita em andamento está revelando produtividade e qualidade fracas. "A estiagem e o calor continuam na Rússia, destruindo a safra de grãos", informou o órgão. Traders ignoram o comunicado do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, de que a Rússia tem ofertas de trigo mais que suficientes. Eles preveem que o país precisará importar grãos neste ano para compensar as perdas da safra local. Há pouco, o contrato dezembro subia 6,50 cents, ou 0,94%, para US$ 6,95 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento avançava 8 cents, ou 1,13%, negociado a US$ 7,13 por bushel.

RÚSSIA TEM OFERTAS SUFICIENTES.
A Rússia não está com um déficit de ofertas e não há justificativa para a recente alta nos preços dos grãos, disse hoje Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, segundo agências de notícias locais. "Depois da fraca colheita, a dúvida a respeito de um possível déficit naturalmente surge", afirmou Putin. "Não há déficit e não haverá."
O país tem mais de 9,5 milhões de toneladas de grãos em estoque, além de um volume adicional de 21 milhões de toneladas restantes da última temporada, e estimativas conservadoras da safra deste ano indicam uma produção de 60 milhões de toneladas. A oferta total deve ser suficiente para satisfazer a demanda interna de 77 milhões a 78 milhões de toneladas, acrescentou o premiê russo.
A pior estiagem em décadas na Rússia devastou 27% da safra doméstica de grãos neste ano, levantando rumores de que o país não seria capaz de suprir a demanda local. Em uma tentativa de estabilizar o mercado, o governo russo proibiu as exportações de grãos a partir de 15 de agosto, mas a medida até agora não conseguiu conter o aumento dos preços internos.

ESTRANGEIROS PREOCUPA PRODUTORES EM MATO GROSSO.

O avanço do capital estrangeiro no plantio de grãos em Mato Grosso preocupa as lideranças rurais, que são cautelosas ao abordar o assunto, pois veem também na situação uma oportunidade para superar a crise de endividamento crônica que se arrasta desde a crise do agronegócio de 2005. A dívida com bancos e tradings é estimada em mais de R$ 10 bilhões. Assim como os grandes grupos familiares instalados no Estado, os estrangeiros são a salvação da lavoura para os produtores que estão endividados e sem crédito, pois arrendam as terras e financiam o plantio, utilizando a infraestrutura e o maquinário já existentes nas propriedades.
Não existem dados oficiais, mas estima-se que o arrendamento do plantio da soja em algumas regiões ultrapasse os 50%. Um levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostrou que atualmente 20 grandes grupos respondem por 20% da área cultivada com soja no Estado. Há cinco anos, os 20 grandes grupos respondiam por 9% do plantio da soja em Mato Grosso. Dentre eles, pelo menos três são estrangeiros.
Diante da incapacidade de muitos agricultores de quitar suas dívidas e permanecer na atividade, o arrendamento por parte dos estrangeiros é visto com bons olhos pelas lideranças rurais. É o caso do argentino Los Grobo, que chega neste ano ao Estado com R$ 70 milhões em caixa para financiar o plantio e assegurar a compra da produção, por meio da troca por insumos (defensivos e fertilizantes), numa operação que inclui operações de hedge para proteção contra oscilações dos preços da soja, do frete e do câmbio. Há mais tempo no Brasil, a empresa O Telhar, vinculada à multinacional argentina El Tejar, ocupa 180 mil hectares com plantações de soja, milho e algodão em 14 municípios de Mato Grosso. Cerca de 40 mil hectares são áreas próprias e o restante arrendado de brasileiros.
Rui Prado, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), reconhece que a concentração da produção é um fato que ocorre em todo o mundo, mas ressalva que no Estado o processo é acentuado em virtude do elevado grau de endividamento e do alto custo de produção. Por causa da longa distância dos portos, os produtores pagam mais caro pelos insumos (a maioria das matérias-primas é importada) e recebem menos pela soja.
Em relação à compra de terras pelos estrangeiros, as lideranças rurais evitam assumir a defesa da restrição pura e simples. Eles defendem igualdade de condições para concorrer com os fundos de investimentos, que têm acesso a recursos fartos e baratos para comprar terras e financiar a produção. Um dos receios das lideranças é que, após as dificuldades enfrentadas pelos agricultores pioneiros para desbravar as regiões de fronteira, os fundos estrangeiros sejam beneficiados pela valorização das terras, em virtude dos investimentos do governo federal na melhoria da logística, como a abertura da BR 163, que permitirá o escoamento da safra pelos portos da Região Norte, e a construção da ferrovia Centro-Leste, que cortará as principais regiões agrícolas do Estado.
Ninguém sabe ao certo quantos milhões de hectares em Mato Grosso estão em mãos dos estrangeiros. Na semana passada, o banco australiano Macquarie confirmou a criação de um fundo que irá captar US$ 600 milhões para investir em terras e arrendamentos na Austrália e no Brasil. O alvo do Macquarie é Mato Grosso. Os diretores da instituição estiveram no Estado no início desde mês, visitando fazendas. A meta é comprar 250 mil hectares para produção de soja.
Arrendamento - O parecer da Advocacia Geral da União (AGU) que determina aos cartórios de imóveis que registrem a compra de terra por empresa estrangeira em livros especiais está prejudicando os negócios de arrendamento em Mato Grosso. Na dúvida, muitos cartórios no interior não estão aceitando registrar contratos de arrendamento de terras por estrangeiros de áreas superiores a 500 hectares.

Venilson Ferreira, correspondente

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO DEVE SOMAR 4,56 MI T EM AGOSTO.

As importações de soja da China em agosto devem alcançar 4,56 milhões de toneladas, informou hoje o Ministério de Comércio do país. A estimativa é 8% inferior ao volume apurado em julho e também fica abaixo da projeção divulgada pelo governo no começo deste mês, mas ainda representa uma máxima histórica, com alta de 46% frente ao mesmo período de 2009.
O ministério prevê que as importações da oleaginosa em setembro atinjam 4,34 milhões de toneladas. A estimativa de agosto se baseia nos relatos de importadores entre 1º e 15 de agosto, e normalmente fica abaixo do volume real, já que não contabiliza todos carregamentos. O governo divulga as projeções duas vezes por mês.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CHICAGO : SOJA SOBE COM BOA DEMANDA.

Os contratos futuros de soja fecharam com alta na Chicago Board Of Trade recuperando-se das perdas da semana com a demanda sólida pela oleaginosa dos Estados Unidos e as incertezas que rondam a produtividade da safra no país. O contrato novembro fechou com alta de 15,50 cents (1,6%), em US$ 10,1450 por bushel. Fundos compraram cerca de quatro mil contratos do grão.Os EUA venderam 991.800 toneladas de soja na semana passada, 824.100 para entrega na safra nova, 2010/11. A China comprou, no total, 289.800 t.
John Kleist, corretor e analista da Allendale Inc., avaliou que as dúvidas relacionadas à nova safra norte-americana vão manter os preços sustentados perto de US$ 10/bushel. "A demanda forte, especialmente da China nas últimas semanas, continuará a ser uma justificativa para que o mercado continue preocupado com a oferta", afirmou. O tempo está seco no leste do Meio-Oeste e nas áreas do sul dos EUA, onde a maioria das lavouras está na fase de preenchimento do grão, crucial para determinar a produtividade.
A precificação de consumidores finais também sustentou os preços nesta quinta-feira. Isso mostra que importadores e processadores domésticos consideram que valores abaixo de US$ 10 por bushel são adequados diante das incertezas relacionadas à produção norte-americana.
O mercado tinha levado em conta uma safra recorde, mas as ocorrências da doença chamada morte súbita em lavouras do Iowa e Illinois deixaram os traders mais cautelosos em antecipar uma produtividade histórica. Só a colheita vai dizer se houve perda significativa, dizem, agora, analistas. Os derivados de soja também fecharam com alta, acompanhando os preços do grão.

MILHO FECHA EM ALTA COM BOM DESEMPENHO DA EXPORTAÇÃO .
Os contratos futuros de milho se recuperaram hoje de parte das perdas registradas nos últimos três dias na Bolsa de Chicago . Posição mais líquida, o contrato dezembro subiu 12,0 cents ou 2,86% e fechou a US$ 4,32/bushel.
O milho recebeu influência positiva do mercado de petróleo. Analistas disseram que os ganhos do petróleo, que está relacionado ao milho por causa do etanol, ajudou a alimentar o movimento de alta. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou que as exportações do cereal na semana foram superiores ao que a maioria esperava.
O analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, lembrou que ainda há preocupações com a safra. Em agosto, o USDA estimou produtividade recorde, de 165 bushels por acre. Mas Karlin declarou que o calor e o excesso de umidade em partes do Cinturão do Milho podem provocar produção abaixo do esperado. "Acho que as pessoas estão começando a olhar esses 165 bushels com mais atenção", comentou.
Ele acrescentou que o rápido amadurecimento da safra dos Estados Unidos pode não dar tempo suficiente para que as lavouras alcancem seu completo potencial de produtividade. Outros, como Chad Henderson, da corretora Prime Ag avaliam que a produtividade tem sido típica e não muda o potencial de safra recorde. "Eu vejo esse mercado apenas de lado", afirmou. Analistas disseram que há poucas justificativas para o rali ligadas aos fundamentos. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 15 mil contratos hoje.

TRIGO FECHA EM ALTA DIANTE DE PREOCUPAÇÃO COM OFERTA GLOBAL.

Os contratos futuros de trigo terminaram a quinta-feira com valorização no mercado americano, corrigindo perdas anteriores diante de firme exportação na semana e de preocupações com a oferta global.
Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro subiram 8,0 cents ou 1,18% e fecharam a US$ 6,8850/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançou 14,0 cents ou 2,03% e terminou a US$ 7,05/bushel.
O analista Jack Scoville da corretora Price Futures Group, afirmou que "as exportações fantásticas (dos Estados Unidos), a discussão no mercado de que a Rússia terá de importar até 6 milhões de toneladas de trigo e a redução da estimativa global pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC) ofereceram uma combinação de suporte para os preços". Na CBOT, estima-se que fundos tenham comprado cerca de 5 mil lotes.
As opiniões conflitantes sobre a possível necessidade de importação pela Rússia, após a rigorosa estiagem que prejudicou a safra local, produziram volatilidade no mercado durante o último mês. O potencial de elevação da demanda do cereal do Estados Unidos ajudou a sustentar as cotações - já que a indústria busca trigo com maior teor proteico para compensar a produção perdida na região da antiga União Soviética. Alguns traders disseram que o mercado estava sobrevendido, após cair mais de 6%.
No entanto, depois do salto inicial, o avanço perdeu força com relatos de que a Rússia precisa de muita chuva. Vendas de hedge, com o fim das colheitas de primavera e inverno, e critérios técnicos, promoveram a liquidação de posições compradas de curto prazo, segundo Scoville.

ÓLEOS VEGETAIS: DEMANDA CRESCE MAIS QUE OFERTA.

O consumo mundial de óleos vegetais nos segmentos de alimentação e biocombustíveis deverá crescer em seis milhões de toneladas no ano comercial entre abril de 2010 e março de 2011, enquanto o crescimento da oferta será de apenas 2,3 milhões de toneladas, afirmou hoje o conceituado analista Dorab Mistry, diretor do conglomerado indiano Godrej International Ltd.
Em palestra na 1º Conferência Latino-Americana da Mesa Redonda para o Óleo de Palma Sustentável (RSPO, em inglês), que está sendo realizada em Belém (PA), Mistry disse que, apenas na Índia, o consumo de óleos vegetais vai crescer 400 mil toneladas no período, aumentando a dependência do país das importações do produto. "As importações indianas de óleos vegetais vão precisar crescer de 8,6 milhões para 9 milhões de toneladas. E o mundo não vai poder fornecer esse volume adicional sem reduzir seus estoques de forma dramática. Se a Índia não importar o volume necessário, os preços internos do óleo de palma vão subir ainda mais e ficar em torno de 3 mil ringgit por tonelada (US$ 955)."
Ele reiterou sua estimativa para a produção de óleo de palma da Malásia, que por causa da estiagem deverá recuar 2,3% para 17,2 milhões de toneladas. Na Indonésia, a produção deverá crescer apenas 500 mil toneladas (de um milhão esperado anteriormente), para 21,1 milhões de t. Ambos são os maiores produtores mundiais de óleo de palma.
Mistry prevê que os preços do óleo vão subir muito dos atuais níveis, que hoje oscilam entre US$ 910 e US$ 1.050 por tonelada. "Eles vão manter um prêmio saudável sobre o óleo de palma". O óleo de soja geralmente é mais caro que o de palma, mas por causa da produção recorde de soja na América do Sul neste ano seu preço acabou ficando abaixo do do concorrente.
Quanto ao biodiesel, o analista disse que a produção deverá crescer a uma taxa de dois milhões de toneladas por ano na medida em queda mais países começarem a se voltar para a bioenergia para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

SOJA 10/11: NOVA PREVISÃO ESTIMA AUMENTO DE 2,4% EM MT

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), divulgou hoje sua terceira estimativa para a safra de soja 2010/11, que começa a ser plantada na segunda quinzena de setembro, quando encerra o prazo do vazio sanitário estabelecido para controle da ferrugem asiática. No levantamento, o Imea elevou em 2,4% tanto sua estimativa de área plantada (para 6,241 milhões de hectares) como de produção (para 18,729 milhões de toneladas), em relação aos dados estimados em julho. Na comparação com a safra 2009/10, a área cresceu 0,4% e a produção diminuiu 0,5%. A retração se deve à expectativa de queda de 0,8% na produtividade, para 50,02 sacas por hectare, ante as 50,43 sacas por hectare colhidas na safra passada.
A principal alteração do terceiro levantamento do Imea é o aumento de 47 mil hectares na estimativa de plantio da região do médio-norte, que responde por 39,7% da área plantada no Estado. Em julho a expectativa era de plantio de 2,419 milhões de hectares. Agora são projetados 2,466 milhões de hectares. Para a região sudeste, que responde por 23% da área cultivada com soja em Mato Grosso, o Imea elevou sua estimava em 43 mil hectares (de 1,417 milhão em julho
para 1,460 milhão de hectares em agosto).
No geral, na correção dos números de intenção de plantio, o Imea retomou os patamares da safra 2009/10 para a maioria das regiões. A exceção foi o nordeste, que apresenta um aumento de 3,8% na área plantada, para 652,2 mil hectares. Confira a seguir os números do Imea.


ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA (EM MIL HECTARES)
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SAFRA 2009/10         SAFRA 2010/11      VARIAÇÃO

                                JUL/10     AGO/10  MENSAL     ANUAL
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Noroeste         261,2                243,2      261,2     7,4%     0,0%
Norte                44,0                  43,0        44,0     2,3%     0,0%
Nordeste         628,4                652,2       652,2     0,0%     3,8%
Médio-norte  2.466,0            2.419,0    2.466,0     1,9%     0,0%
Oeste               948,2               922,2       948,2     2,8%     0,0%
Centro-sul        409,1               397,1       409,1     3,0%     0,0%
Sudeste        1.460,6            1.417,6     1.460,6     3,0%     0,0%
Mato Grosso 6.217,5             6.094,3    6.241,3     2,4%     0,4%
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ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DE SOJA EM MT (EM MIL TONELADAS)
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         SAFRA 2009/10   SAFRA 2010/11      VARIAÇÃO
                          JUL/10     AGO/10  MENSAL     ANUAL
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Noroeste        757,1      702,0      754,0     7,4%    -0,4%
Norte             131,6      123,5      126,4     2,3%     -4,0%
Nordeste     1.901,6    1.947,8    1.947,8     0,0%     2,4%
Médio-norte7.714,7    7.304,6    7.446,5     1,9%    -3,5%
Oeste          2.711,1    2.784,3    2.862,8     2,8%     5,6%
Centro-sul   1.178,1    1.183,3    1.219,1     3,0%     3,5%
Sudeste      4.420,4    4.243,9    4.372,6     3,0%    -1,1%
Mato Grosso 18.814,7   18.289,5   18.729,2     2,4%    -0,5%
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Fonte: Imea

SOJA/USDA: EMBARQUES NA SEMANA SUPERAM EM 12%.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 167.700 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 19 de agosto, queda de 8% em relação ao volume da semana passada e de 15% frente à média mensal, informou o Departamento de Agricultura em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram China (114.800 t), Japão (32.600 t), Tunísia (27 mil t) e México (13.700 t). Houve cancelamentos por parte da Guatemala (9.200 t) e de outros países não revelados (27 mil t).
Mais 824.100 toneladas da safra 2010/11, que começa em 1º de setembro, foram comercializadas para México (176.500 t), China (175 mil t), Egito (118 mil t) e outros países não identificados (179 mil t).
Os embarques da oleaginosa somaram 321.700 toneladas no período, volume 35% inferior ao registrado na última semana, mas 12% acima da média mensal. Os principais destinos foram China (117.800 t), Japão (73.300 t), Turquia (48.200 t), México (47.200 t) e Venezuela (11.500 t).

MILHO : EUA VENDEM 1,69 MI TONS
Os Estados Unidos venderam um saldo de 42.300 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 19 de agosto, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório semanal de exportações.
Dentre os compradores, Síria (107.800 t), Taiwan (71.800 t), Egito (70.400 t), Israel (60 mil t), Japão (59.200 t), El Salvador (37.900 t) e China (15.400 t) ampliaram as aquisições, enquanto Coreia do Sul (61 mil t), Guatemala (48.600 t), México (15.600 t), Trinidad e Tobago (10 mil t) e países não revelados (272.500 t) fizeram cancelamentos.
Outras 1.693.600 toneladas da safra 2010/11 foram comercializadas para Japão (528.600 t), Egito (420 mil t), México (284 mil t) e países não identificados (281.300 t) no período.
Os embarques do grão atingiram 1.171.900 toneladas na semana, alta de 17% em relação ao volume da semana passada e de 16% frente à média mensal. Os principais destinos foram Japão (330.100 t), China (193.400 t), Egito (190.400 t), Síria (107.800 t), México (104 mil t) e Taiwan (54.900 t).

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta quinta-feira a venda de 156.527 toneladas de milho para o Japão em 2010/11. O ano comercial do grão começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino. Volumes inferiores devem ser comunicados semanalmente.

Soja/MT: Previsão de área plantada no Estado cresce 0,4%.

O Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou relatório em que aponta que a estimativa de área plantada na safra 2010/11 de soja no Estado será de 6.241.300 hectares, em agosto do próximo ano. Com esta previsão, a área de soja plantada no Estado aumentará em 0,4% em relação a safra 2009/10 que foi de 6.217.450 hectares.
Como sempre, a maior área plantada ficará por conta da região Médio-Norte com 39,7% da área total, o que representa 2.466.000 hectares, praticamente o mesmo tamanho de área plantada na safra passada. A região Sudeste é a segunda maior do Estado e representa 23,3% da área total com 1.460.600 hectares. Novamente o tamanho da área será o mesmo plantado na safra anterior.
As regiões Oeste, Nordeste, Centro-Sul, Noroeste e Norte são responsáveis, respectivamente, por 15,1%, 10,7%, 6,5%, 4% e 0,7%. Na comparação com a safra anterior a única região que terá aumento da área a ser plantada é o Nordeste, que plantou 628,3 mil hectares e nesta safra plantará 652,2 mil hectares. Uma variação positiva de 3,8%.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SOJA FECHA ESTÁVEL SEM DIREÇÃO DEFINIDA.

Os preços futuros da soja terminaram a sessão desta quarta-feira entre estável a leve alta na bolsa de Chicago. O mercado opera com trajetória indefinida, enquanto aguarda pelo início da colheita para ter informações mais claras sobre o rendimento das lavouras e o potencial de produção desta temporada.
O vencimento mais próximo, base setembro, encerrou com alta de 0,50 cent, ou 0,05%, a US$ 10/bushel. Posição mais negociada, o contrato novembro terminou estável em US$ 9,99/bushel. Fundos especulativos compraram mil lotes no dia.
Pressionada por fatores sazonais, com a aproximação da safra, a bolsa seguiu em baixa na maior parte do dia, enquanto traders continuam operando com base na perspectiva de uma grande safra, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, de Lafayette, Indiana.
A ausência de suporte por parte dos mercados financeiros e a fraqueza generalizada de commodities, com a forte queda do trigo, reforçaram o sentimento baixista do mercado. Uma vez que os futuros do trigo despencaram, especuladores comprados decidiram realizar lucro, observou Zuzolo. A perspectiva de safra recorde de soja dificulta a manutenção dos preços acima do nível psicológico de US$ 10/bushel.
Mesmo assim, "o clima seco no Meio-Oeste, onde estão dois terços das lavouras de soja dos Estados Unidos, ainda pode afetar o enchimento dos grãos e a necessidade de água para atingir o potencial máximo de produtividade" e isso limita o risco de queda maior, avalia Zuzolo. Ele considera ainda que a forte demanda exportadora ajudar a dar um piso à bolsa e a recuperação dos mercados financeiros e o petróleo ajudou a sustentar o mercado no final do pregão.
Amanhã, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, divulgará os números do esmagamento doméstico de soja em julho. Participantes da indústria esperam um modesto declínio no esmagamento em relação a junho, de 128,5 milhões de bushels, por causa da baixa disponibilidade da oleaginosa no país. Os estoques de farelo são estimados em 350 mil toneladas, ante 334.921 toneladas no mês anterior. Para o óleo de soja, também se espera pequeno declínio para 3,528 bilhões de libras-peso, ante 3,555 bilhões/lb apurados em julho.
Para as exportações, que saem às 9h30, os analistas consultados pela Dow Jones esperam vendas entre 750 mil e 1,1 milhão de toneladas de soja na semana encerrada em 19 de agosto. No caso das exportações de farelo, as projeções variam de 75 mil a 250 mil t e de óleo de soja entre 5 mil e 25 mil t. Nos produtos, o fechamento foi misto pelo segundo dia seguido. O farelo subiu estimulado pelas operações de arbitragem com o óleo.
MILHO FECHA ESTÁVEL INFLUÊNCIADA POR TRIGO. Os preços futuros do milho encerraram a quarta-feira perto da estabilidade. As perdas marginais foram provocadas por influência do mercado de trigo. Os contratos mais líquidos, com vencimento em dezembro, recuaram 0,50 cent e fecharam a US$ 4,0475/bushel. O mercado caminhou nos dois sentidos, mas se manteve acima dos níveis de suporte, após a queda expressiva de terça-feira. "Estou realmente surpreso com o fato de o milho ter se mantido tão bem diante do comportamento do trigo", disse um trader. O trigo recuou quase 4% em Chicago. Traders afirmaram que consumidores finais dão suporte ao mercado, mas que um declínio mais acentuado dos preços acionaria ordens automáticas de venda.
O analista Jason Ward, da corretora Northstar Commodity, avalia que tenha ocorrido hoje alguma realização de lucros de fim de mês, por fundos especulativos que detinham ampla posição comprada. Ele explicou que essa realização pode aumentar se o mercado ações continuar caindo e a incerteza sobre a economia crescer. Mas Ward recordou que há relatos de que a produtividade inicial da safra americana é decepcionante, o que dá suporte aos futuros.
As opiniões sobre a safra são divergentes neste momento. Alguns relatam rendimento decepcionante em áreas do Sul do Cinturão do Milho dos Estados Unidos, enquanto outros argumentam que a safra ainda segue ritmo de desenvolvimento recorde. De qualquer forma, o início da colheita deve pressionar as cotações, conforme mais oferta chegar ao mercado.
Parte da safra recém-colhida poderá ser vendida rapidamente, segundo traders e analistas, pois produtores de um modo geral estão satisfeitos com preços acima dos US$ 4/bushel. Por sua vez, os consumidores querem o novo milho de alta qualidade para misturar com o que resta do milho de baixo padrão do ano passado.

TRIGO/EGITO COMPRA 240 MIL T DA FRANÇA E CANADÁ.

A Autoridade Geral para Fornecimento de Commodities do Egito disse hoje ter comprado 240 mil toneladas de trigo francês, para embarque entre 1º de 10 de outubro, por preços mais baixos que os da semana passada. A estatal egípcia adquiriu 60 mil toneladas da Granit e outros dois carregamentos de igual volume da Invivo por US$ 289,67/tonelada. Na última semana, a Gasc comprou 180 mil toneladas de origem francesa por um preço médio de US$ 290,80/tonelada.
Também nesta quarta-feira, a estatal egípcia pagou US$ 274,50/tonelada por 60 mil toneladas de trigo canadense da Nidera, abaixo dos US$ 280/tonelada cobrados na semana anterior. Os valores são em FOB.

SOJA/CHINA RECUA COM SENTIMENTO PESSIMISTA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em queda nesta quarta-feira, conforme a saída de fundos especulativos trouxe de volta ao mercado um sentimento pessimista. Perspectivas de safras globais e domésticas recordes influenciaram negativamente o desempenho da oleaginosa. O contrato referencial de maio fechou com desvalorização de 0,5%, cotado a 3.995 yuans por tonelada.
"Não há fatores domésticos que sustentem um movimento de alta", informou a Yide Futures em nota divulgada hoje. "O volume relativamente baixo de negócios indica que muitos fundos já realizaram lucros e se afastaram do mercado por enquanto."
Na Bolsa de Chicago as cotações da soja despencaram para os menores níveis em quatro semanas na terça-feira, dando continuidade às perdas na sessão eletrônica diante de pressão sazonal e de preocupações com a economia global.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

CBOT/GRÃOS-SOJA AMPLIA PERDA E CAI ABAIXO DE US$ 10,00.

Os preços futuros da soja recuaram para as mínimas de quatro semanas na bolsa de Chicago ampliando movimento de perda por causa de fundamentos baixistas e temor quanto ao cenário econômico global. O vencimento mais próximo, base setembro, perdeu 7,50 cents, ou 0,6%, para US$ 9,9950/bushel. A posição mais líquida, novembro, recuou 6,50 cents, ou 0,6%, para US$ 9,99/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de três mil lotes no dia.
A proximidade de uma safra com perspectiva de produção recorde e a ausência de condições técnicas favoráveis serviram como catalisadores que estimularam traders a reduzir a exposição ao risco.
Fatores sazonais baixistas e ausência de notícias que ofereçam alguma sustentação do lado da demanda desestimulam os traders a manter posições compradas na iminência de uma safra recorde, ressalta Tim Hannagan, analista de Chicago.
Os temores quanto à economia mundial, com a fraqueza dos futuros do petróleo, metais e mercados financeiros hoje encorajaram os traders a liquidarem parte de suas posições compradas no mercado. As condições técnicas, com cotações abaixo do nível psicológico de US$ 10/bushel, também antecipou alguns ajustes posições no final do mês, observou Hannagan.
A tendência de baixa também nos preços físicos reforçou o tom defensivo do mercado. Os usuários finais estão menos agressivos no interesse de compra pela safra velha 2009/10, um sinal de que a demanda de curto prazo das esmagadoras já foi coberta e o setor agora espera por oleaginosa de melhor qualidade, da safra nova, disse um corretor que atua no mercado disponível.
A forte demanda para exportação ainda limita as perdas no mercado, mas como todos os novos negócios são da safra nova, é difícil manter os traders entusiasmados sem uma dose diária de compras, afirma Hannagan.
O mercado fechou em um território incerto, enquanto os traders esperam pela colheita para ter uma definição mais clara sobre a produtividade e potencial de produção da safra, observou Hannagan. Ele observa ainda que os participantes perderam a confiança nos dados sobre a condição das lavouras, uma vez que o porcentual ficou praticamente estável, mesmo diante da variação nos padrões climáticos no verão.
O aumento do número de casos da síndrome da morte súbita, doença que provoca perda de produtividade, em campos do Iowa e Illinois, faz os traders minimizarem a perspectiva de safra recorde. Mesmo assim, a rápida maturação das plantas indica que a safra deve entrar rapidamente no mercado neste ano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que 91% das lavouras já estão com vagens formadas, ante 84% apurado em igual período do ano passado. A média dos últimos cinco anos é de 90%.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O farelo seguiu a soja e fechou em baixa, mas as operações de arbitragem ajudaram a sustentar os futuros do óleo de soja.

MILHO FECHA EM BAIXA DE 2,8%.
As boas condições da safra dos Estados Unidos, a queda dos preços do petróleo e o intenso movimento de venda dos fundos nos mercados de commodities se combinaram para derrubar as cotações do milho na CBOT. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam com perdas de 12,25 cents ou 2,83%, cotados a US$ 4,2050/bushel.
Os grãos se desvalorizaram, em parte por causa do pessimismo sobre a economia, que se refletiu em outras commodities e nas ações.
Houve poucas notícias sobre fundamentos, mas traders disseram que o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado ontem, surpreendeu e se somou ao tom baixista. O USDA afirmou ser maior a parcela da safra americana considerada em condição boa a excelente, o que é incomum com a aproximação da colheita.
O analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities, declarou que a avaliação do USDA é "difícil de acreditar", mas traders disseram que ela ajudou a estabelecer o tom baixista do mercado. Para o milho em especial, "estamos chegando a níveis técnicos muito baixistas", segundo um trader.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 18 mil contratos. Especuladores detêm uma ampla posição comprada no mercado, o que tornou a desvalorização mais firme quando traders embolsaram lucros. Analistas afirmaram que produtores foram vendedores em potencial, com preços acima dos US$ 4/bushel.
O ritmo adiantado da safra deste ano leva a crer que o mercado enfrentará pressões da colheita mais cedo do que o normal. Mas incertezas sobre a produtividade da safra podem manter um piso. Há relatos de excesso de calor ou umidade em algumas regiões.

TRIGO CAI COM REALIZAÇÃO DE LUCRO E PREVISÃO DE CHUVA.
Participantes do mercado futuro de trigo voltaram a embolsar lucros e pressionaram as cotações nos Estados Unidos. Influências de outros mercados e a expectativa de que ocorram chuvas na região da antiga União Soviética pesaram nos preços.
Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro, os mais líquidos, caíram 17,75 cents ou 2,45% e fecharam a US$ 7,0775/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 16,0 cents ou 2,19% e encerrou a US$ 7,1550/bushel.
As perdas apagaram os ganhos obtidos na segunda-feira, quando os preços subiram diante de resultados fracos na colheita de grãos da Rússia. Participantes do mercado se mostram preocupados com a redução da parcela da safra colhida num determinado período, mas a chuva pode melhorar o cenário para a próxima temporada, cujo plantio será no outono do Hemisfério Norte (entre setembro e dezembro), segundo analistas.
Segundo o presidente da empresa de meteorologia World Weather, Drew Lerner, as chuvas terão de se movimentar ao longo da maior parte das regiões secas na semana que vem e terão de ser "as mais generalizadas que vimos nesta temporada". Chuvas mais fracas no Sul são um passo na direção certa, segundo Lerner. "Isso estabelece um estágio de melhor precipitação mais adiante." As áreas do Norte da antiga União Soviética, que responde por uma porção menor da produção de trigo do que as centrais e do Sul, devem continuar recebendo a maior parte das chuvas.
O analista Tom Leffler, da corretora Leffler Commodities, acredita que o mercado ainda tem espaço para cair, justamente por causa da umidade. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos hoje, na CBOT.

TRANSGENIA - ÁREA DE SOJA DEVE ATINGIR 80% DA SAFRA 10/11.

O cultivo de sementes de soja geneticamente modificadas deve atingir 80% da área plantada na safra 2010/11, aumento de 7% em relação aos 73% registrados no ciclo anterior, quando foram plantados 23 milhões de hectares, de acordo com estimativa da Monsanto. O número foi apresentado hoje, pelo diretor comercial da multinacional, Antonio Smith, durante encontro com a imprensa, realizado na sede da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em São Paulo. "Como no Rio Grande do Sul, quase 100% dos produtores já usam a tecnologia, a expansão deve ocorrer no cerrado", afirmou. Nos Estados Unidos, os transgênicos correspondem a 90% da produção da oleaginosa e na Argentina o porcentual é de quase 100%.
A companhia também trabalha com uma perspectiva positiva para o primeiro evento transgênico BtRR2Y, aprovado na última quinta-feira (19) pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Trata-se da primeira tecnologia desenvolvida para um mercado fora dos Estados Unidos, que demandou investimentos de US$ 100 milhões. Com a nova tecnologia, as plantas serão resistentes a três tipos de lagartas que provocam perda de rendimento das lavouras. Smith explica que estas pragas são mais comuns em países de clima tropical como o Brasil. "Não há registros nos Estados Unidos e ocorrem em nível muito baixo na Argentina", afirma. A outra vantagem da nova semente, é que a produtividade pode ser de 5% a 10% maior se comparadas às variedades já cultivadas no Brasil.
A medida foi publicada ontem pelo Diário Oficial da União (DOU). A partir desta data, haverá um período de 30 dias para possíveis questionamentos à decisão tomada pela CTNBio. Se houver algum pedido de revisão, a decisão sobre a aprovação da tecnologia BtRR2Y passa para o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), conhecido como Conselhão, por incluir representantes de 11 ministérios.
Somente após a aprovação final é que a companhia terá permissão para reproduzir a semente em escala comercial. Com isso, o produto deve estar disponível para a safra 2013/14, explica o diretor comercial da Monsanto.
Para o executivo, o grande desafio do setor agroquímico agora será oferecer aos produtores sistemas de manejo que sejam eficientes no combate das plantas que desenvolveram resistência ao herbicida glifosato. "Demorou quase 30 anos, desde o desenvolvimento dos OGMs (organismos geneticamente modificados), para surgirem as primeiras plantas resistentes", calcula o executivo. No Brasil, os primeiros sinais de ervas daninhas resistentes surgiram há cinco anos no Rio Grande do Sul. Entre estas estão, a buva, o azevém e o capim amargoso. Também há registros nos Estados do Sul, no sul de Mato Grosso do Sul e noroeste de São Paulo, próximo da divisa com Minas Gerais.
Segundo ele, a recomendação é que os produtores façam a rotação de princípios ativos nas plantações. Ou seja, alternar o uso de herbicidas, em vez de usar apenas o glifosato. "A Monsanto também já está trabalhando na pesquisa de eventos de tolerância a outros herbicidas, para combater ervas de folhas largas, como a buva", afirma Smith.
O diretor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Edivaldo Domingues Velini, considera que a grande vantagem das plantas transgênicas não é o aumento da produtividade, mas a redução dos custos de produção e do uso de recursos naturais. "São menos aplicações de defensivos e a demanda por água e combustível para maquinário é menor", explica. Segundo ele, primeiro a adoção do plantio direto, que ganhou força no Brasil no início da década de 90, e depois a expansão do cultivo de OGMs acabou puxando o consumo do glifosato. Ele observa que desde meados dos anos 70, o consumo deste defensivo cresce à taxa média de 25%. Segundo ele, projeções de mercado apontam que a produção global deste herbicida poderá superar um bilhão de kg ou litros já em 2010, com um faturamento entre US$ 50 e US$ 60 bilhões. Estima-se que o Brasil consuma em média 250 milhões de litros do produto por ano.
Glifosato - A Monsanto tem duas plantas para formular os produtos à base de glifosato. Em Camaçari, fica a única fábrica da companhia fora dos Estados Unidos, que produz a matéria-prima do herbicida, com capacidade para 50 milhões de galões americanos (equivalente a 3,78 litros). No ano passado, a multinacional ameaçou interromper a produção no Brasil por causa da competição com o insumo importado da China, por conta dos subsídios locais. Até fevereiro de 2008, o Brasil aplicava uma tarifa antidumping de 35,8% sobre as importações do produto chinês, que posteriormente foi reduzida para 2,1%. Em junho de 2009, a companhia protocolou pedido para revisão desta tarifa. Em maio deste ano, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), aprovou a adoção de um preço mínimo de referência para importação de US$ 3,60 por litro ou quilo. O executivo informou que a produção foi mantida na unidade de Camaçari, que hoje opera próximo da capacidade plena, mas a companhia aguarda o resultado do estudo para revisão da tarifa antidumping.

MILHO/CONAB LEILÕES: GOVERNO NÃO INTERVIRÁ NO MERCADO.

O governo considera que o apoio dado à comercialização da safra de milho atendeu às expectativas e por isso não fará mais nenhuma intervenção no mercado. "Vamos esperar agora que o mercado se regule sem a presença do governo", disse hoje o coordenador de Cereais e Culturas Anuais do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, em entrevista à Agência Estado. Na avaliação de Farnese, o apoio à comercialização via leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) cumpriu o seu propósito de enxugar o excedente de oferta nas regiões produtoras e fará com que o Brasil exporte mais milho do que o esperado inicialmente. A projeção agora é de embarques de sete milhões de toneladas de milho somente neste segundo semestre. "Com o preço favorável no mercado externo, já acreditamos que poderemos embarcar entre 9 e 9,5 milhões de toneladas em 2010", calcula Farnese. A Companhia Nacional de Abastecimento estimava exportações de 8,5 milhões de toneladas do cereal neste ano.
Em relação ao estoque de passagem, Farnese calcula um volume entre 10 e 11 milhões de toneladas, sendo 6 milhões de toneladas nos armazéns do governo. Para ele, esse volume, distribuído nos vários Estados, garante com segurança o abastecimento. Por isso, acrescenta, não há possibilidade de o governo atender ao pedido de Mato Grosso para que mais leilões sejam realizados, ou do Rio Grande do Sul, que pede facilidades para buscar milho no mercado mato-grossense. No caso de Mato Grosso, o apoio governamental compreendeu subvenção do frete (prêmio para escoamento) equivalente a sete milhões de toneladas, de uma safrinha estimada pela Conab em 8,2 milhões de toneladas. "O consumo do Estado é de cerca de dois milhões de toneladas, então é perigoso querer escoar mais", diz Farnese.
As agroindústrias do Rio Grande do Sul reclamam da alta dos preços do milho no Estado, por conta da restrição de oferta, e pedem intervenção do governo. "Qualquer movimento isolado para ajudar a um Estado acaba envolvendo toda a cadeia produtiva e não vamos pensar só em um (Estado)", encerra Farnese.
Nordeste - O governo também avalia que o abastecimento de milho no Nordeste está garantido, apesar da estiagem que atingiu a região e provocou perdas significativas nas lavouras. Segundo Farnese, os leilões realizados para milho do oeste da Bahia, Piauí e Maranhão devem escoar mais de 800 mil toneladas para todo o Nordeste, o que assegura o abastecimento até o início de setembro. Depois disso, o governo espera contar com a safrinha de milho de Sergipe, que começa a ser colhida no próximo mês. Farnese acredita que as 700 mil toneladas de milho que Sergipe espera colher devem ser suficientes para garantir o abastecimento até fevereiro de 2011. "Se houver necessidade de mais produto, a Conab já está preparada para suprir o consumo do Nordeste", finaliza.

CBOT/MILHO OPERA EM BAIXA COM BOAS CONDIÇÕES DA SAFRA.

Os preços futuros do milho estão caindo com força nesta terça-feira na Bolsa de Chicago. Pesam sobre as cotações influências de outras commodities, operações de spread entre milho e soja e a avaliação positiva do governo sobre a condição da safra dos Estados Unidos. Os contratos com vencimento em dezembro mergulhavam 15,25 cents ou 3,52%, para US$ 4,1750/bushel.
O analista Jason Britt, presidente da Central State Commodities, disse que, mais do que as notícias negativas, o mercado vem sentindo a falta de novidades altistas e passa por uma correção. Ontem, a avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre as lavouras do país foi melhor do que a se esperava. Além disso, o pessimismo sobre a economia pressionou os mercados. E, "tecnicamente, estamos chegando a alguns níveis que são realmente baixistas", disse um trader. Ele afirmou acreditar que os traders estão vendendo trigo e milho e comprando soja. Britt avalia que os altistas tentarão manter o mercado acima dos US$ 4/bushel (base setembro).

TRIGO REALIZA LUCROS E OPERA EM BAIXA DE 2,3%
Realização de lucros está pressionando as cotações do trigo no mercado futuro dos Estados Unidos. A expectativa de que novas chuvas vão amenizar a rigorosa seca em partes da antiga União Soviética permite o movimento.
Contratos mais líquidos com vencimento em dezembro, operavam com queda de 17,0 cents ou 2,34%, cotados a US$ 7,0850/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento recuava 17,25 cents ou 2,36% e era negociado a US$ 7,1425/bushel.
Segundo o presidente da empresa de meteorologia World Weather, Drew Lerner, chuvas terão de se movimentar ao longo da maior parte das regiões secas na semana que vem e terão de ser "as mais generalizadas que vimos nesta temporada". Chuvas mais fracas no Sul são um passo na direção certa, segundo Lerner. "Isso estabelece um estágio de melhor precipitação mais adiante."

CBOT : SOJA E MILHO TÊM FORTES PERDAS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em baixa nesta terça-feira, dando continuidade ao fraco desempenho do pregão eletrônico. Influências negativas dos mercados financeiros abrem espaço para perdas, conforme temores sobre a economia norte-americana reduzem o apetite de traders por ativos de maior risco, segundo analistas.
A falta de notícias positivas para estimular os preços reforça o tom defensivo do mercado, com pressão técnica dos contratos mais próximos, que caíram abaixo do nível psicológico de US$ 10 por bushel, encorajando investidores a liquidar posições compradas.
Os produtos derivados da oleaginosa apresentam comportamentos diferentes, com o óleo misto e o farelo em declínio. Às 13h27 (horário de Brasília), o contrato novembro perdia 8 cents, ou 0,8%, cotado a US$ 9,9750 por bushel.
O milho trabalha em queda, influenciado por fatores externos e por um aumento surpreendente no porcentual das lavouras que apresenta condição boa a excelente. A safra está à frente do cronograma, o que significa que a pressão da colheita chegará mais cedo ao mercado. A fraqueza do petróleo e das ações também puxa os preços para baixo. Há pouco, os lotes para entrega em dezembro caíam 13,75 cents, ou 3,18%, para US$ 4,19 por bushel.
O trigo devolvia os ganhos da véspera em meio às expectativas de chuvas em áreas afetadas pela seca nos países da ex-União Soviética. Não há novidades sobre a redução das ofertas da Rússia, e as previsões climáticas alimentam esperanças de chuvas na próxima semana, disseram traders. As perdas do milho, da soja e do petróleo contribuem com o pessimismo do mercado. Há pouco, o contrato dezembro cedia 17 cents, ou 2,34%, para US$ 7,0850 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento recuava 17 cents, ou 2,32%, negociado a US$ 7,1450 por bushel.

GRÃOS/EUA: AVALIAÇÃO DA SAFRA DE MILHO MELHORA E SURPREENDE.

Para surpresa de alguns analistas, as condições da safra de milho dos Estados Unidos melhoraram nesta semana, conforme o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura (USDA). No entanto, a avaliação da safra de soja permaneceu dentro dos níveis históricos para esta época do ano, com algum declínio sazonal. A evolução da safra de trigo de primavera, por sua vez, ficou acima da semana passada.
Milho
O USDA informou que 70% das lavouras de soja do país apresentavam condições boas a excelentes até domingo, o que significa elevação de 1% em relação à semana passada e mesma porcentagem de um ano atrás. Traders esperavam que a avaliação caísse de 1 a 2%.
Historicamente e sazonalmente, a avaliação costuma ser reduzida nesta época do ano. Portanto, ver uma alta é surpreendente, segundo o analista Don Roose, presidente da U.S. Commodities. "Resumindo, a elevação mostra que a safra está se mantendo bem e nos diz que o estado da safra é bem maduro."
No importante Estado de Iowa, a avaliação boa a excelente caiu 1%, para 67%. Também houve queda igual em Indiana, para 59%. Já em Illinois, houve elevação de 1 ponto porcentual, para 64%.
Cerca de 88% da safra se encontra na etapa de formação de grão, ante 74% uma semana antes e também média nos últimos cinco anos para este momento. O USDA informou que 54% das lavouras formaram dentes, mais do que os 32% do ano passado e também mais do que a média de 37%. Além disso, 8% da safra amadureceu, ante 3% uma semana atrás e média de 6%.
Soja
De acordo com o USDA, 64% da safra de soja apresenta condição boa a excelente, o que representa queda de 2% ante a semana passada. Traders esperavam que o rating caísse um pouco nesta semana, pois a avaliação tende a diminuir em julho e agosto. O declínio, portanto, foi em linha com as expectativas do mercado, na medida me que áreas como Indiana, partes de Illinois e do Delta precisaram de mais umidade na última semana, segundo Roose.
A avaliação boa a excelente resultou 1% menor em Iowa, com 68%, e 3% em Indiana, com 56%. Illinois também teve piora, de 2 pontos porcentuais, para 62%. Doenças e excesso de umidade afetaram parte da produção de Iowa e ajudaram a reduzir a qualidade, segundo Roose. Casos de morte súbita estão sendo registrados nas lavouras de soja dos Estados Unidos e a parcela de área afetada está se tornando uma preocupação em Iowa, de acordo com o USDA. Cerca de 91% da safra total se encontra na etapa de formação de vagens, mais do que os 84% obtidos na semana passada e também acima da média de 90%.
Trigo
O USDA afirmou no relatório que 53% da safra de trigo de primavera foi colhida até domingo, ante 34% na semana passada, mas abaixo da média de 60%. Espera-se que a colheita continue em ritmo abaixo da média, na medida em que produtores enfrentam clima menos favorável, de acordo com o analista Mario Balletto, do Citigroup. No entanto, ele acrescentou que há uma janela aberta para a colheita nas planícies do Norte até o fim de semana e os agricultores continuaram avançando nos trabalhos.
Na Dakota do Norte, maior Estado produtor de trigo, 53% da safra foi colhida, menos do que a média de 55% para esta época do ano. A colheita está um pouco atrasada porque algumas áreas plantaram mais tarde, em meio à chuva excessiva na primavera.
A colheita de trigo de inverno se aproxima do fim e chegou a 95% das lavouras, mas segue abaixo da média de 98% para este momento do ano, de acordo com o USDA.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MILHO FECHA EM BAIXA COM APROXIMAÇÃO DA COLHEITA.

Os preços futuros do milho terminaram a segunda-feira com queda na CBOT pressionados antes da colheita de outono nos Estados Unidos. Traders embolsaram lucros obtidos recentemente. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais negociados, fecharam em baixa de 3,50 cents ou 0,80%, cotados a US$ 4,3275/bushel.
Indicadores de que a produtividade das lavouras de milho dos Estados Unidos deve ser menor do que as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) continuam sendo fator de suporte. Mas, depois de subir no mês passado, com relatos altistas sobre os campos, o mercado não encontrou fatores capazes de dar suporte e atrair compradores.
O analista Sterling Smith, da corretora Country Hedging, afirmou que o mercado formou forte resistência técnica no intervalo de US$ 4,37 e US$ 4,38/bushel. Com a aproximação da colheita, será difícil puxar as cotações para além desse nível.
Traders estão assimilando a influência cada vez menor do clima na produtividade, na medida em que a safra se desenvolve. De acordo com o relatório da expedição às áreas produtivas Pro Farmer Crop Tour, a safra de milho parece esta mais madura do que o registrado no mesmo momento dos últimos 17 anos.
No entanto, Smith avalia que o declínio não estabelece ainda uma tendência de queda dos preços, já que há questões sem resposta sobre o rendimento em algumas áreas. Existe certo ceticismo sobre o potencial da safra em áreas mais secas, como no Sul do meio-oeste. De acordo com Smith, a demanda pode impulsionar os preços, em meio à oferta de grãos apertada com a seca na Rússia. Isso pode limitar as perdas ao tornar a ração de milho mais atrativa para os importadores, conforme o analista. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 7 mil lotes hoje, na CBOT.
O USDA informou há pouco que 70% da safra dos Estados Unidos tem condição boa a excelente. Além disso, 54% da safra formou dente, ante 17% um ano atrás, e 88% da safra formou grão, ante 55% há um ano.

SOJA-DEMANDA E INCERTEZA DA PRODUTIVIDADE SUSTENTA PREÇOS.

As cotações da soja fecharam com pequena alta na Chicago Board Of Trade sustentadas pela demanda sólida no mercado internacional e pelas incertezas que rondam o potencial de produtividade das lavouras nos Estados Unidos. De acordo com o analista Chad Henderson, da Prime Agricultural Consultants, ainda não se sabe o impacto provocado pela morte súbita, doença recente que tem atacado os campos do grão nos EUA. O contrato novembro, mais negociado, subiu 1,50 cent (0,1%), para US$ 10,0050/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de três mil lotes. Segundo Henderson, a atitude é de cautela, apesar dos relatos recentes de produtividade recorde na safra norte-americana. No relatório semanal de acompanhamento de safra, a ser divulgado daqui a pouco, o Departamento de Agricultura do país (USDA) deve mostrar queda de um a dois pontos porcentuais nas lavouras consideradas em boas ou excelentes condições.
Compras técnicas também ajudaram a sustentar os preços da soja nesta segunda-feira. O contrato novembro rompeu os US$ 10, alcançando a mínima do dia em US$ 9,9850/bushel, mas não por muito tempo. Isso incentivou aquisições. Henderson acredita que o mercado deva sustentar o suporte em US$ 10 até que o grão da nova safra norte-americana esteja disponível.
Derivados - Os derivados de soja tiveram fechamento divergente. Enquanto as cotações do farelo subiram sustentadas pela demanda, as do óleo recuaram pressionadas pela grande oferta existente nos EUA.

SOJA OPERA EM LEVE ALTA DIANTE DE INCERTEZA SOBRE PRODUTIVIDADE.

Os preços futuros da soja estão se mantendo firmes nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), sustentados pela firme demanda para exportação dos Estados Unidos. Vencimento novembro subiam 3,0 cents ou 0,30% e estavam a US$ 10,07/bushel.
Incertezas sobre o impacto da síndrome de morte súbita na produtividade da safra dão suporte neste momento, segundo analistas. Eles acrescentam que há temores sobre a possibilidade de que a doença se espalhe para áreas do Norte. No entanto, o cenário ainda é de safra recorde, o que limita a valorização da commodity.

MILHO OPERA NA DEFENSIVA ANTES DA COLHEITA NOS EUA.
O mercado futuro de milho trabalhou na defensiva nesta segunda-feira na CBOT com uma pressão sazonal antes da colheita de outono. Os lotes para entrega em dezembro caíam 4,0 cents ou 0,92%, pata US$ 4,3225/bushel.
Analistas disseram que o mercado está mudando para o "modo de colheita". As vendas de produtores estão aumentando, enquanto eles aproveitam o nível histórico dos preços no mercado à visa, a US$ 4,0/bushel. O milho também vem sendo pressionado por influências de outros mercados e operações de spread com soja e trigo, segundo traders.

TRIGO/EUA OPERA EM ALTA COM COLHEITA FRACA NA RÚSSIA
A confirmação de resultados fracos na colheita da Rússia impulsiona hoje os preços do trigo no mercado americano. Contratos mais movimentados na Bolsa de Chicago com vencimento em dezembro, subiram 15,0 cents ou 2,11% e eram negociados a US$ 7,27/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançava 11,0 cents ou 1,53%, para US$ 7,3125/bushel.
De acordo com o governo russo, produtores colheram 40,7 milhões de toneladas de grãos até o momento, menos do que as 58,5 milhões de toneladas registradas no mesmo momento do ano passado. A seca afetou a produtividade e ameaça o plantio da próxima safra, a menos que haja novas chuvas. "Previsões do tempo ainda indicam tempo um pouco seco neste início de semana", segundo um analista. As áreas do Norte receberam chuvas, mas o Sul do Cinturão permanece bem seco. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 3 mil contratos até o momento na CBOT.

QUEBRA NA RÚSSIA MELHORA CENÁRIO PARA GRÃOS NO BRASIL.

O produtor brasileiro passou da cautela para o otimismo em apenas dois meses, depois que a quebra da safra de trigo na Rússia, Ucrânia e países da região do Mar Negro mudou a perspectiva de preços para os grãos no mercado internacional. A avaliação é de Fernando Pimentel, sócio da consultoria Agrosecurity, que participa hoje do Seminário Crop World, em São Paulo. Os participantes do evento discutem novas estratégias para a indústria de fertilizantes e defensivos na América do Sul.
Segundo Pimentel, a severa perda de produção no Leste Europeu deve transferir demanda dos complexos energia e proteína para produtos como canola, milho, soja e trigo produzidos em outras regiões, entre elas o Brasil. "É um movimento que está gerando oportunidades para o produtor nacional", afirmou. Ele calcula que, não fossem os problemas no Hemisfério Norte, o preço da soja poderia estar em torno de US$ 9/bushel, ou até menos. Neste momento, contudo, os contratos mais negociados são negociados acima de US$ 10/bushel.
O consultor observa que a rentabilidade dos produtores do Cerrado brasileiro vinha caindo desde 2008. Para 2010/11, diz ele, o setor já trabalhava com a perspectiva de margem ruim ou até de prejuízo. Agora, a melhora dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT) deve garantir um fluxo positivo até meados do primeiro semestre de 2011. "Antes, o cenário para a safra estava associado ao risco de preço e de clima, mas agora ficou restrito ao clima. O risco de preço foi mitigado pela quebra da produção da Rússia", observou. Pimentel destaca que neste cenário, qualquer evento climático pode catapultar os preços a soja para mais de US$ 12/bushel.
A melhora de preços inclusive acelerou o ritmo dos negócios para a atual safra e para a próxima. Isso, na avaliação do executivo, fará com que as estimativas para os estoques finais em 2009/10 sejam ajustadas. No milho, por exemplo, a expectativa era de uma sobra de 11 milhões de toneladas. "Esse número já pode ser revisado", garantiu.
O movimento de alta nas cotações de grãos no mercado internacional também influenciou os preços internos do milho, que estavam deprimidos no primeiro semestre em função da ampla oferta nacional. Segundo Pimentel, em Sapezal, na região oeste de Mato Grosso, os preços já subiram entre R$ 2 e R$ 3/saca sobre os R$ 7,90/saca registrados há cerca de 60 dias, antes das primeiras notícias de quebra da safra russa. "Em Mato Grosso, além dos leilões de prêmio de escoamento do governo, os produtores também poderão se beneficiar do aumento de exportações", afirma.
Governança - Em sua palestra, que vai encerrar a primeira edição do Crop World no Brasil, Pimentel falará sobre as alternativas das indústrias de insumos para captar recursos junto aos bancos, usando como garantia os títulos de recebíveis do agronegócio, como cédula do produtor rural (CPR) e duplicatas, entre outros. "A dificuldade é atrair investidores, bancos e fundos que não conseguem avaliar a qualidade destes títulos, mas queremos mostrar que já existem ferramentas com tecnologia para dar o rating (classificação) destes recebíveis", afirma Pimentel.

CLÍMA CONTINUA SECO EM GRANDE PARTE DO BRASIL.

Grande parte do Brasil terá mais uma semana de tempo seco, com destaque para o Centro-Oeste, interior do Sudeste e no interior do Nordeste, o que agravará ainda mais as condições da seca que essas regiões enfrentam desde abril, informa a Somar Meteorologia. Além disso, nas próximas semanas a temperatura permanece elevada, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar, potencializando os riscos de incêndios.
O tempo muda apenas no Sul do Brasil, nesta semana, onde uma frente fria causa chuvas a partir de amanhã no Rio Grande do Sul. Essa frente avançará lentamente e no próximo final de semana pode causar chuvas fracas no Paraná, no sul de Mato Grosso do Sul e no sul de São Paulo.
Embora o inverno não tenha acabado, nesta semana haverá forte calor sobre o Brasil Central, onde as temperaturas nos próximos dias podem ultrapassar a casa dos 40ºC. "Isso vai contribuir para baixar mais os índices de umidade relativa do ar, e com isso agravar a qualidade do ar e os riscos de incêndios", afirmou Paulo Etchichury, sócio diretor da Somar. Pelo menos para as próximas duas semanas não há previsão de nova onda de frio, que possa representar risco de geada. Os modelos mais estendidos indicam para setembro apenas oscilação da temperatura, alternando dias com temperaturas mais elevadas com períodos de temperaturas mais amenas, porém sem risco de formação de geadas.
Na semana passada praticamente não choveu na maior parte do País, com exceções no leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. O Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste segue com ausência total de chuva. Algumas regiões estão no quinto mês consecutivo sem precipitações e o solo está totalmente seco.
A explicação para o inverno mais seco e o aumento do número de queimadas no Brasil está relacionada os fenômenos climáticos associados aos ciclos dos oceanos (El Niño e La Niña) que interferem diretamente no comportamento das estações do ano, que podem variar muito de um ano para outro ao comportamento da temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial. Neste ano tivemos no primeiro semestre a influência do fenômeno El Niño (águas quentes) que contribuiu para o corte mais cedo das chuvas e a antecipação do início do período seco para abril.
O pior é que os problemas relacionados com a seca extrema deste inverno devem se prolongar e se intensificar ainda mais nós próximos meses. É que no lugar de águas quentes sobre o Oceano Pacífico, agora se observam águas frias, ou seja, estamos em pleno processo de formação do um novo fenômeno La Niña que, conforme já divulgado, deve se prolongar pelo menos até o verão de 2011. Um dos principais efeitos do La Niña é o atraso para outubro do retorno das chuvas na primavera e indicativo de regularização no decorrer de novembro.
Portanto, a redução das queimadas em 2009, assim como, o aumento que se observa em 2010, em grande parte se deve as questões climáticas. Interessante observar que 2009, teve a influência de um La Niña no primeiro semestre e de um El Niño no segundo semestre, cuja condição é oposta ao observado neste ano.
Além do problema das queimadas e da qualidade do ar, o inverno mais seco também causa problemas às pastagens, produção de carne, leite e sistema de abastecimento de água. Mas as mudanças no comportamento do clima não param por aí. A primavera e o verão 2011 prometem climas bem diferentes do observado no ano passado. Tudo por que no lugar de um El Niño este ano vamos ter um La Niña.
Estados Unidos - O tempo não muda e o mês de agosto encerra com condição de chuvas isoladas e forte calor sobre o Meio-Oeste americano. Na semana passada, mais uma vez a propagação de uma área de instabilidade causou chuvas isoladas sobre áreas produtoras de milho e soja da região. Mas as chuvas no geral foram fracas e irregulares. Os maiores volumes de chuvas foram registrados nos Estados de Missouri, Illinois, Kentucky e Tennessee.
A condição de umidade do solo permanece praticamente inalterada. Mesmo com uma condição de chuvas irregulares e forte calor, o solo sobre as principais regiões produtoras de soja e de milho não apresenta déficit hídrico, o que praticamente define favoravelmente para a fase final das lavouras de milho e soja. E reiteramos a previsão divulgada nas semanas anteriores. Até o final do mês o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste, que permanece quente e apenas com chuvas isoladas devido à propagação de áreas de instabilidades típicas do verão. A previsão para esta semana é tempo seco em grande parte do território americano, com previsão de chuva apenas no sul e faixa leste, devido à propagação de tempestades tropicais provenientes do Oceano Atlântico e do Golfo do México.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA COM RUMOR DE VENDAS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em baixa nesta segunda-feira, pressionados por mudanças nas perspectivas de oferta e por rumores de que o governo em breve começará a vender óleo comestível das reservas. O contrato referencial de maio fechou com queda de 5 yuans, cotado a 4.027 yuans por tonelada. "A oleaginosa está encontrando suporte em 4 mil yuans por tonelada, à medida que as compras do governo devem impulsionar os preços", disse Huang Yingyan, analista da Nanhua Futures Co.
Especulações de que o governo chinês se prepara para liberar as reservas de óleos comestíveis antes do forte consumo no período festivo de outono estão abalando o sentimento do mercado, segundo ela. Tais vendas afetam indiretamente a demanda por soja, que é matéria-prima do óleo. O início da colheita de uma nova safra também contribui com o aumento das ofertas.
Na Bolsa de Chicago as cotações da oleaginosa recuaram na sexta-feira, guiadas por expectativas de produtividade maior, embora tenham se recuperado no pregão eletrônico diante de preocupações com o clima e temores sobre uma doença chamada síndrome da morte súbita.

IMPORTAÇÃO EM JULHO SOBE 12,5% ANTE 2009.
As importações de soja da China em julho subiram 12,5% na comparação com igual período de 2009, para 4,95 milhões de toneladas, informou nesta segunda-feira a Administração Geral Alfandegária. Contudo, o volume é 20% inferior ao recorde histórico apurado em junho.
Nos sete primeiros meses de 2010, o país importou 30,76 milhões de toneladas, alta de 16,2% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A China é o maior importador de soja do mundo e obtém boa parte das ofertas dos Estados Unidos, Brasil e Argentina.

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