sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CHICAGO: SOJA, MILHO E TRIGO ATINGEM O LIMITE DE BAIXA.

Os preços futuros de milho, soja e trigo caíram para seus respectivos limites de baixa na Bolsa de Chicago (CBOT). Temores de que a China pode elevar as taxas de juros, num esforço para controlar a inflação, pegaram o mercado de surpresa, segundo analistas, pois a maioria dos traders detinha posições compradas. O prospecto de qualquer desaceleração nas importações da China acionou ordens automáticas de venda e traders reduzem sua exposição ao risco.
O contrato janeiro da soja caiu 70 cents, para US$ 12,69/bushel. Os lotes do milho para dezembro recuavam 30,0 cents, para US$ 5,34/bushel. O vencimento dezembro do trigo cedia 35,0 cents a US$ 6,69/bushel.

COMMODITIES TÊM FORTE QUEDA COM RUMOR DE ALTA DE JUROS NA CHINA

Os rumores de que a China está preparando uma nova elevação da taxa de juros estão derrubando os preços das commodities nesta sexta-feira. Dados divulgados ontem mostraram que os preços ao consumidor na China subiram 4,4% em outubro, ou seja, em ritmo mais rápido do que o esperado. Isso poderia forçar um aperto monetário por parte do banco central chinês, além de medidas para conter o crescimento, afetando diretamente a demanda por commodities. A China é um dos maiores compradores de commodities como petróleo, cobre e soja. Embora os grãos e os metais tenham subido ontem e nos últimos dias de um modo geral, estão mergulhando hoje.
O preço do petróleo em Nova York caía 2,8%, para US$ 85,35 o barril. Mesmo o ouro, que costuma ser um porto seguro dos investidores em momentos de maior cautela, está recuando cerca de 12,9%, para US$ 1.363 a onça troy. Em Nova York, todas as soft commodities registram perdas hoje. O açúcar demerara despencava 5,7%. O café arábica caía 1,7%. E em Chicago, a soja lidera as perdas, travando no limite de baixa. Segundo o estrategista de mercado Matt Zeman, da corretora LaSalle Futures Group, "qualquer passo que a China der para desacelerar sua economia vai ser sentido globalmente. É um enorme consumidor". A segunda maior economia do mundo já aumentou o compulsório dos bancos, num esforço para limitar os empréstimos e conter uma eventual bolha. No mês passado, também subiu as taxas de juros e apertou o controle sobre a entrada de capital estrangeiro no país. De acordo com o jornal Securities Times o país também restringiu o investimento estrangeiros no mercado imobiliário.
Especulação - Alguns analistas avaliam que a forte desvalorização das commodities hoje demonstra a fragilidade da expressiva alta recente. "Alguns desses mercados deram passos maiores do que as pernas", disse o diretor de gerenciamento da TrendMax Futures, Zachary Oxman."O dólar está se depreciando e ainda assim as commodities estão caindo. Deve ser muita realização de lucro", explicou Oxman. A queda do dólar tende a pressionar as cotações das commodities, que ficam mais caras para investidores que usam outras moedas. O fato de o banco central dos Estados Unidos ter decidido injetar US$ 600 bilhões na economia é o principal motivo da fraqueza da moeda americana.
Embora a volatilidade dos mercados agrícolas seja muito criticada por alguns observadores do mercado, entre outros motivos porque interfere diretamente nos preços dos alimentos, há quem defenda a participação dos especuladores. Em artigo publicado em seu website, a revista The Economist critica a tendência de controle excessivo sobre os especuladores. A revista diz que os investidores institucionais e fundos de hedge estão recebendo mais atenção do que deveriam.
Os críticos da especulação nas commodities acusam esses traders de provocar bolhas nos mercados e embolsar lucros. Mas a Economist descarta que eles manipulem o preço das commodities e diz que qualquer distorção causada pelos especuladores é compensada pelo fato de que beneficiam os mercados criando mais liquidez além de tornar mais eficientes as estratégias de hedge dos produtores e compradores de matérias-primas agrícolas. De acordo com o artigo, são os fundamentos de oferta e demanda que direcionam os preços das commodities.

CHICAGO/GRÃOS CAEM COM TEMORES SOBRE CHINA

As cotações dos grãos fecharam com queda no pregão eletrônico da Chicago Board Of Trade pressionadas pelos rumores de que a China vai apertar sua política monetária para controlar a inflação. Isso poderia levar a um recuo nas importações do país. O contrato janeiro recuou 34,50 cents, para US$ 13,0450 /bushel. O vencimento milho dezembro recuou 11,25 cents, a US$ 5,5275 e o dezembro do trigo cedeu 12,50 cents a US$ 6,9150 por bushel.

ÓLEO DE PALMA/MALÁSIA FECHA EM QUEDA; MERCADO TEME APERTO NA CHINA

As cotações do óleo de palma cru fecharam com queda forte na Bolsa de Derivativos da Malásia, espelhando as perdas em outros mercados de commodities, onde investidores realizaram lucros sobre posições compradas temendo um aperto monetário na China. Nas bolsas chinesas, algodão, os preços de açúcar e borracha atingiram limites diários de queda, enquanto os da soja recuou de forma expressiva.
Na Malásia, o contrato janeiro do óleo de palma cru fechou com queda de 43 ringgit (1,3%) para 3.353 ringgit por tonelada (3,11 ringgit = US$ 1), mas longe da mínima do dia, quando cedeu 3,7%. "Essa correção era esperada há tempos. Mas os preços devem subir com compras de barganha na próxima semana", disse o executivo de uma trading de Kuala Lumpur.

SOJA/CHINA FECHA COM QUEDA 3%

As cotações da soja fecharam com queda expressiva na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange, pressionadas pelos dados de inflação maiores que o esperado no país. Rumores de que o governo pode elevar as taxas de juros derrubaram as cotações das commodities durante a madrugada. O contrato setembro recuou 138 yuans (3%), para 4.637 yuans por tonelada (6,62 yuans = US$ 1)
As cotações do óleo de soja e de palma atingiram os limites diários de baixa no intraday. "Todo mundo está preocupado. Os ajustes macroeconômicos podem vir mais rápido que o esperado", disse o analista Gao Yanrong, da Dalu Futures.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CHICAGO: SOJA REAGE E MILHO APROFUNDA QUEDA.

As cotações da soja intensificaram a alta na Chicago Board Of Trade após a divulgação das novas estimativas da Informa Economics para o plantio de grãos 2011/12. Na outra ponta, os preços do milho aprofundaram a queda.
O contrato novembro 2011, que representa o primeiro vencimento da safra 2011/12 subia 15 cents (1,97%) para US$ 12,47 por bushel, enquanto janeiro 2011, que representa o ciclo atual avançou 16 cents  para US$ 13,35/bushel.
Já o contrato de milho dezembro 2010, recuou 5,0 cents para US$ 5,62/bushel. As estimativas da Informa são muito preliminares e analistas acreditam que a empresa exagerou o impacto das atuais oscilações dos mercados de grãos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar as primeiras estimativas da safra 2011/12 apenas em março do próximo ano.
A Informa aumentou sua estimativa para o plantio de milho nos Estados Unidos na safra 2011/12. De acordo com traders que tiveram acesso aos dados, a empresa previu que 93,1 milhões de acres do grão serão cultivados, aumento de 2,7 milhões de acres ante o estimado em setembro. A área é 5,6% maior que os 88,2 milhões de acres semeados em 2010.
Para a soja, a Informa estimou plantio de 75,8 milhões de acres, 1,6 milhão de acres menos que o previsto em setembro e 2,4% menos que os 77,7 milhões de acres cultivados neste ano. A estimativa para o plantio de trigo também caiu, 994 mil acres para 56,1 milhões de acres, ante 53,6 milhões de acres em 2010.

CONAB ANUNCIA LEILÕES DE MILHO.

Conforme os Avisos de Venda de Milho Nº 310 e 311/10, a Conab irá comercializar 317.680.783 kg de milho em grãos, em leilão previsto para iniciar às 9 horas do dia 18 de novembro, por meio do Sistema Eletrônico de Comercialização da Conab em Brasília - DF.

O ministro Wagner Rossi assegurou, ainda, a venda direta de milho, para beneficiar produtores que utilizam o grão como insumo. “Temos que agir para colocar parte dos estoques públicos à disposição do mercado e garantir preço justo para todos os elos da cadeia produtiva”, concluiu. A partir da próxima semana devem ser colocadas em oferta 300 mil toneladas. Segundo a Conab, a venda em balcão já vem sendo feita há certa de um mês.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA MODESTA DIANTE DOS DADOS DE INFLAÇÃO

As cotações da soja caíram após cinco sessões consecutivas na Dalian Commodity Exchange, pressionadas nesta quinta-feira por dados de inflação mais altos do que o esperado e por movimentos do governo no sentido de restringir os mercados de crédito. O contrato mais negociado, com vencimento em setembro, recuou 3 yuans, para 4.775 yuans por tonelada (6,68 yuans = US$ 1).
A sessão de hoje abriu com ganhos modestos, mas investidores embolsaram lucros diante de uma série de dados econômicos que contiveram o entusiasmo dos compradores. O gerente do departamento agrícola da Capital Futures, Huang Xiao, disse que "o índice de preços ao consumidor (que subiu 4,4% em outubro ante um ano atrás) anunciado nesta manhã foi considerado alto demais, pressionando o sentimento do mercado".
Segundo Huang, "a ênfase do mercado agora está nas políticas macroeconômicas do governo, com a expectativa de um aperto maior". Até o início de outubro, os preços da soja eram controlados pelo peso do excesso de oferta, mas o mercado começou a ganhar suporte do ajuste na estimativa de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em outubro e novembro, quando reduziu a previsão para a produção americana.
O forte rali nas últimas semanas nos futuros agrícolas relacionados, especialmente açúcar e algodão, alimentaram o tom positivo no complexo agrícola. Huang ponderou que a soja deve se consolidar com suporte nos 4.600 yuans/t, na medida em que a inflação se tornar um objetivo primário para os reguladores macroeconômicos da China.

CHINA ATRIBUI INFLAÇÃO À ALTA DAS COMMODITIES E DOS ALIMENTOS
A expressiva inflação na China em outubro foi causada parcialmente pelo impacto maior do que o esperado da elevação dos preços internacionais de produtos agrícolas e commodities sobre os preços dos alimentos, de acordo com o porta-voz da Agência Nacional de Estatísticas, Sheng Laiyun. O índice de preços ao consumidor subiu 4,4% em outubro, acelerando em relação aos 3,6% de setembro, alcançando o maior nível em dois anos. Em parte, foi conduzido por uma elevação de 10,1% nos preços dos alimentos.
Sheng declarou que o governo da China teria de ter atuado mais intensamente para alcançar a meta de preços ao consumidor em 2010, de cerca de 3%. Segundo ele, o país espera que as políticas de afrouxamento quantitativo em outros países provoquem um impacto na economia e na inflação da China, o que puxará ainda mais os preços de materiais brutos e produtos agrícolas no mundo.

SOJA FECHA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCRO

As cotações da soja fecharam com queda na Chicago Board Of Trade com uma correção modesta depois que os traders realizaram lucro sobre o ganho de 4%. O contrato janeiro cedeu 9,50 cents (0,7%), para US$ 13,1950 por bushel.
A combinação de dólar em alta, perdas em outros mercados de commodities e a avaliação de que a bolsa já incorporou a redução dos estoques finais dos EUA na safra 2010/11 atraiu vendedores para Chicago nesta quarta-feira, disse Mario Balletto, analista do Citigroup. As cotações dispararam ontem depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção e estoques da oleaginosa no país.
A notícia de que as importações da China ficaram abaixo do esperado em outubro e de que o banco central do país parece determinado a esfriar a expansão econômica aumentando mais uma vez os depósitos compulsórios dos bancos reforçaram o tom defensivo do dia.
A China importou 43,9 milhões de toneladas de soja no acumulado de janeiro a outubro deste ano, aumento de 25,8% em relação ao mesmo momento do ano passado, de acordo com a Administração Geral de Alfândega. Em outubro apenas houve queda de 24% nas importações ante setembro, para 3,73 milhões de toneladas. Mas se trata de um volume 48% maior do que no mesmo mês do ano passado. Hoje o país compra 70% da soja exportada pelos EUA. Qualquer declínio nesse comércio bilateral pode pressionar as cotações em Chicago, segundo analistas.
Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group, ponderou que depois de subir 4% num dia e 27% em um mês não será um recuo menor de 1% que mudará a dinâmica do mercado. Para a AgResource, os fundamentos são muito fortes para permitir uma correção mais forte. Nos derivados, os futuros de farelo seguiram a queda no grão, mas os de óleo subiram, puxados pelo petróleo.

MILHO; PREÇOS RACIONARAM A DEMANDA
As cotações do milho fecharam com queda com realizações de lucro e sinais de que os preços elevados diminuíram a demanda. O contrato dezembro cedeu 9,50 cents (1,6%), para US$ 5,6675 por bushel. Em 2010, o contrato acumula alta de quase 30%. Os fundos venderam cerca de 14 mil contratos hoje.
Os traders foram compelidos a vender por causa da valorização do dólar, como ocorreu em outros mercados de matérias-primas, e apesar da preocupação com o aperto na oferta nos Estados Unidos. Eles observaram também que a demanda pareceu ter enfraquecido. "Começamos a ver racionamento de demanda, especialmente no setor exportador", disse Joel Karlin, analista da Western Milling.
No longo prazo, contudo, analistas consideram que as cotações têm potencial de alta por causa dos fundamentos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que ao final da safra 2010/11, o país deverá ter o menor estoque de milho em 14 anos. Isso deve servir de munição para essas altas. Além disso, há a disputa por área com a soja na próxima temporada de plantio nos EUA.

TRIGO FECHA EM QUEDA ACOMPANHANDO OUTROS GRÃOS
As cotações do trigo fecharam com queda nas bolsas dos Estados Unidos, realizando lucros sobre os ganhos da terça-feira. Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro perdeu 11,75 cents (1,6%), para US$ 7,10 por bushel, menor preço em uma semana. A valorização do dólar e a queda de preços da soja e do milho pressionaram o mercado do cereal, segundo Mike Krueger, presidente da The Money Farm, graneleira de Dakota do Norte.
A previsão de chuvas para as principais áreas de inverno dos EUA reforçaram o tom baixista do dia, segundo um analista. Essas áreas, no Meio-Oeste e nas Planícies, vivem um período de estiagem e as lavouras estão com a qualidade prejudicada.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CHINA AUMENTARÁ COMPULSÓRIO DE BANCOS

O governo chinês pediu que alguns grandes bancos deixem mais dinheiro depositado no banco central, intensificando seu esforço para conter o crescimento do crédito diante das preocupações com a alta da inflação e o indesejado fluxo de capital estrangeiro puxado pela política de super afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) aumentará o depósito compulsório de alguns bancos específicos, incluindo alguns dos maiores bancos estatais do país, em 0,5 ponto porcentual a partir da próxima segunda-feira, de acordo com duas fontes próximas ao assunto. A medida deve ser temporária, disseram as fontes, que não quiseram ser identificadas e não deram mais detalhes.
O aperto vem depois que o PBOC elevou suas taxas básicas de juros pela primeira vez em quase três anos no mês passado, no que alguns economistas dizem que pode ter sido o começo de um ciclo de aperto monetário na segunda maior economia do mundo, cujo crescimento continua em ritmo acelerado a despeito da fraca expansão no mundo desenvolvido.
O banco central fez um movimento semelhante no mês passado, quando a medida teria atingido seis bancos. A autoridade monetária também aumentou o compulsório três vezes neste ano. A elevação do compulsório reduz a liquidez do sistema financeiro e diminui as pressões inflacionárias, que devem se apresentar em alta quando for divulgado o índice de preços ao consumidor, nesta quinta-feira.
"Pode ter havido dados mostrando que os bancos ainda estão sendo generosos na concessão de crédito, com alguns recebendo agora um tapa no ombro e um pedido para se comportarem", disse o economista Song Seng Wun, do banco CIMB. Ele afirmou que o PBOC pode ter decidido não fazer um anúncio formal sobre a medida por questão de coerência, uma vez que oficialmente a instituição não mudou sua política monetária moderadamente frouxa. "O próximo movimento pode ser uma declaração formal de uma mudança em sua posição sobre a política monetária", disse Wun.

SOJA/CHINA, ALTA FORTE DIANTE DE MUDANÇAS NA OFERTA GLOBAL

Os preços futuros da soja subiram com força nesta quarta-feira na Dalian Commodity Exchange, sustentados pelos dados do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, informações altistas de importação da China puxaram as cotações. O contrato com vencimento em setembro avançou 107 yuans ou 2,3% e encerrou cotado a 4.778 yuans por tonelada (6,68 yuans = US$ 1), dando suporte ao restante do complexo de commodities.
As importações de soja pela China em outubro ficaram abaixo das previsões de autoridades e do setor privado. Analistas disseram que uma possível explicação para isso seria a substituição da soja importada pelo óleo de soja. As importações de soja, produto essencial para a indústria doméstica de processamento, têm sido importante indicador para os preços da oleaginosa na China.
No mês passado, as importações caíram 24% em relação a setembro, para 3,73 milhões de toneladas, de acordo com o departamento alfandegário da China. Esse volume é muito menor do que a projeção do Ministério do Comércio, que na semana passada estimou os embarques de outubro em 4,5 milhões de toneladas. Estimativas do setor privado previam exportações de 5,6 milhões de toneladas de soja.
Já os dados do USDA indicaram uma redução surpreendente na expectativa de produtividade da safra americana, impulsionando as cotações da soja nos Estados Unidos. Em janeiro, a demanda por soja costuma migrar para a América do Sul, em detrimento dos Estados Unidos. Mas se o relatório do USDA estiver certo, qualquer problema na produção da América do Sul forçará os importadores, especialmente a China, a retomar compras dos Estados Unidos. Isso limitaria a oferta para os processadores americanos.
Os futuros na Dalian limitaram os ganhos na parte da tarde, com preocupações de que o governo pode tomar novas medidas para restringir a liquidez. Autoridades comentam que Pequim está voltando a se concentrar no fluxo de dinheiro, que também está ocorrendo nos mercados de produtos agrícolas. Alguns analistas acreditam que o banco central chinês elevará a taxa de juros novamente na semana que vem.

IMPORTAÇÃO NO ACUMULADO DO ANO É 26% MAIOR QUE EM 2009
A China importou 43,9 milhões de toneladas de soja no acumulado de janeiro a outubro deste ano, o que representa aumento de 25,8% em relação ao mesmo momento do ano passado, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas. No mês de outubro, houve queda de 24% nas importações ante setembro, para 3,73 milhões de toneladas. Mas se trata de um volume 48% maior do que no mesmo mês do ano passado.
As importações de óleos comestíveis em outubro caíram 22% na comparação com o mesmo mês de 2009, para 530 mil toneladas. Em relação a setembro, a queda foi de 21%. No acumulado de janeiro a outubro, as importações desse tipo caíram 19% ante o mesmo período do ano passado, totalizando 5,49 milhões de toneladas.

CBOT/SOJA FECHA COM ALTA DE 4%

As cotações da soja fecharam com alta forte na Chicago Board Of Trade após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreender e baixar a previsão da safra do país em 2010/11. O contrato janeiro subiu 54,25 cents (4,3%), para US$ 13,29 por bushel. Na máxima do dia, a cotação chegou a atingir o limite de alta - 70 cents. "Estoques de apenas 185 milhões de bushels nos EUA não deixam nenhum espaço para problemas na safra da América do Sul ou aumentos mais intensos nas importações da China", disse Rich Feltes, vice-presidente de pesquisa da R.J. O'Brien.
O USDA reduziu sua estimativa de produtividade e produção de soja do país na safra 2010/11 em seu relatório mensal de oferta e demanda divulgado hoje. Além disso, voltou a aumentar a estimativa de exportação. O resultado é que os estoques finais ficaram mais baixos.
A estimativa da produção 2010/11 caiu de 92,76 milhões de tons para 91,86 milhões de toneladas, graças à produtividade, que passou de 44,4 bushels por acre para 43,9 bushels por acre.
O corte na produtividade norte-americano aumentou o foco sobre a produção de Brasil e Argentina, segundo e terceiro maior produtor, respectivamente. A demanda geralmente se desvia dos EUA para esses países em janeiro. Apesar das apreensões, o USDA aumentou a estimativa da produção brasileira para 67,5 milhões de t (+500 mil t) e argentina para 52 milhões de t (+2 milhões de tons).

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ALGODÃO/ALTA DE PREÇO INTERNACIONAL É "BOLHA", NÃO TEM FUNDAMENTO

Os produtores de algodão estão preocupados com a alta dos preços da pluma no mercado internacional. "São os mais altos da história, com um movimento altamente especulativo. Não sabemos mais onde está o fundamento", disse o presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha. Para ele, não há dúvidas de que se trata de uma bolha.
Cunha salientou que o preço na bolsa de Nova York para o contrato que vence em julho de 2011 disparou 32% de 8 de outubro a 8 de novembro. "Está perto de US$ 1,50 por libra por peso", disse. O temor do presidente da Abrapa é o de que o preço da commodity despenque da mesma forma que disparou. "É uma trajetória perigosa, porque da mesma forma que sobe rápido pode cair rápido e deixar desprotegida a outra ponta", considerou.
O representante dos cotonicultores disse que a luz amarela já acendeu para os produtores. "Será que a indústria vai cumprir o contrato se o preço cair?", indagou. Ele salientou que isso já ocorreu no passado, principalmente no mercado interno. Primeiro, havia uma onda de os produtores apresentarem default e, em seguida, era a vez das indústrias.
Apesar dos temores que rondam a aceleração dos preços, Cunha ressaltou que este é o momento que o produtor tem para aproveitar os preços. Ele lembrou que uma parte da produção já foi vendida a valores bem inferiores ao da cotação atual do algodão. "Temos uma produção vendida no Brasil de 700 a 800 mil toneladas na faixa de US$ 0,75 por libra peso. Vamos, portanto, entregar o produto à metade do preço que está hoje", comparou.
Cunha disse não ter informações sobre contratos que estejam sendo celebrados neste momento de valorização dos preços. "Mas com certeza alguém vendeu no preço atual", disse. Além do produto vendido perto do preço histórico de US$ 0,70 por libra peso, houve uma onda de comercialização do produto (entre 200 mil e 300 mil toneladas) a US$ 1 por libra peso.
Para o presidente do IBA, a oferta ainda será apertada no próximo ano, com a tendência de regularização a partir de 2012.

ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA EM 1,190 MILHÃO/HECTARES
Haroldo Cunha, informou que a área plantada está estimada em 1,190 milhão de hectares. Há aproximadamente 15 dias, durante reunião setorial da cadeia produtiva do algodão, a estimativa apresentada era de 1,172 milhão de hectares.
A projeção da Abrapa supera em 40% a área da safra anterior. Pelos cálculos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), deve haver um crescimento da área plantada de aproximadamente 20% em relação ao ciclo anterior. "Cada um tem seu levantamento, sua metodologia, mas o da Abrapa é feito quase de produtor em produtor. Acredito que os números da Abrapa são os mais corretos", disse Cunha.

SOJA DISPARA APÓS RELATÓRIO USDA.

As cotações da soja disparam na Chicago Board Of Trade após o surpreendente corte nas estimativas de rendimento das lavouras e da produção 2010/11 nos Estados Unidos, divulgado hoje pelo Departamento de Agricultura do país (USDA). Na máxima do dia, o contrato janeiro subiu a US$ 13,43 75/bushel, um ganho de mais de 5%. A desvalorização do dólar também ajuda a sustentar o mercado da oleaginosa.
A elevação das estimativas de exportação, mais a redução na oferta, baixaram a projeção dos estoques finais para apenas 5,035 milhões de tons. "Vemos risco de aumento na demanda da indústria doméstica de processamento e de um aumento ainda maior nas exportações se a safra da América do Sul decepcionar no início de 2011. O mercado tem tendência de alta até pelo menos o primeiro trimestre de 2011, e provavelmente para além desse período", disseram analistas do banco JPMorgan em nota.

MILHO REDUZ GANHOS, REALIZA LUCRO E FECHA EM BAIXA
As cotações do milho reduziram os ganhos após terem rompido os US$ 6/bushel na Chicago Board Of Trade e atingido os maiores níveis em 27 meses. Os participantes realizam lucros, mas os preços devem seguir sustentados pela redução na estimativa de safra dos Estados Unidos, anunciada hoje pelo USDA, disse Marty Foreman, analista da Doane Advisory Services.
O USDA elevou a projeção do consumo de milho pelo setor de etanol e deve aumentar a estimativa de exportação no relatório de dezembro, disseram traders. "A missão do mercado nos próximos meses é colocar um freio na demanda", disse Foreman. O contrato dezembro fechou em baixa de 9,0 cent a US$ 5,76 25/bushel e o março perdeu 9,0 cent, a US$ 5,90 25/bushel.

SOJA-SAFRA 2010/11 TERÁ ATÉ 35% DE GRÃOS NÃO TRANSGÊNICOS

A safra 2010/11 de soja brasileira deve ter 35% de grãos não transgênicos, segundo cálculos dos organizadores do programa Soja Livre, lançado hoje em Brasília. Isso representa potencial de exportação de 21 milhões de toneladas de soja em grão e até 10 milhões de tons de farelo que, na avaliação do diretor técnico da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Ivan Paghi, podem gerar receita maior ao produtor, com prêmios pagos pelo produto não transgênico. "A soja amarelinha e bonitinha não existe mais. Há pelo menos quatro tipos de soja. Talvez seja o início da 'descomoditização' desse mercado", afirmou Paghi. Segundo ele, os mercados europeus e asiático já deram demonstrações de que valorizam produtos não transgênicos e que cabe ao Brasil ocupar esses espaços. "Outros grandes fornecedores mundiais, como Estados Unidos e Argentina, praticamente só plantam soja transgênica", argumento Paghi.
O presidente da Associação do Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira da Silva, avalia que no médio prazo o Brasil manterá uma média de 30% de produção de soja convencional, porcentual considerado suficiente para atender a demanda mundial. Sem incentivos, entretanto, o índice de soja não transgênica cairia a 10% do total. Embora admita que a soja convencional seja um mercado especial - "caminhando para um nicho de mercado", como diz Paghi - os organizadores do programa Soja Livre acreditam que haverá sempre um nicho de mercado para a variedade tradicional."A tecnologia está aí, mas a decisão tem que ser do agricultor. Há vantagens que precisam ser consideradas tanto em uma como em outra tecnologia", afirmou Paghi. Em relação à soja convencional, os organizadores da campanha citam fatores positivos a rentabilidade superior, a agregação de valor. Em relação à soja transgênica, destacam pontos como o custo da semente (chama de "taxa tecnológica"), o custo do glifosato, produtividade menor em situações específicas e o desenvolvimento de plantas daninhas resistentes. A mescla do uso das duas variedades permitiria a manutenção da competitividade, a redução da dependência (no caso de sementes transgênicas desenvolvidas por empresas estrangeiras) e a regulação do mercado.
Os objetivos do programa Soja Livre são ampliar a oferta de sementes de soja convencional e seu acesso aos produtores, desenvolver e fortalecer parcerias para a transferência de tecnologias de cultivares de soja convencionais da Embrapa e ampliar a oferta de soja convencional para a indústria produtora. Apesar das intenções, os organizadores do programa admitem que o sucesso depende de variáveis de mercado, ou seja, demanda pela soja comum com o pagamento de valores maiores pelo produto. Segundo Paghi, dependendo do tipo de contrato, a compra de lotes de soja convencional aceita índices de contaminação por variedade transgênica entre 0,1% e 0,9% do total, no máximo.

MILHO/USDA REDUZ PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE EM 2010/11

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção na safra de milho 2010/11 do país, e também reduziu a projeção de produtividade no relatório mensal de oferta e demanda divulgado hoje.
A projeção da safra 2010/11 ficou em 318,51 milhões de toneladas, ante 321,66 milhões de tons estimados em outubro. A redução reflete novamente a queda na produtividade esperada no ciclo, que caiu de 155,8 bushels por acre para 154,3 bushels por acre.
O governo baixou a projeção de embarques do grão de 50,8 milhões de tons para 49,5 milhões de tons. Já a estimativa dos estoques finais da safra 2010/11 caiu de 22,91 milhões de tons para 21,0 milhões de toneladas.
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      Estimativas de oferta e demanda de milho dos EUA
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Safra                   2009/2010                 2010/2011
Estimativas outubro  novembro   outubro    novembro
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Área (em milhões de acres)
   Plantada          86,5          86,5        88,2        88,2
   Colhida            79,6          79,6        81,3        81,3
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Produtividade por acre colhido - em bushels
                        164,7         164,7       155,8       154,3
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                Números em milhões de bushels
Oferta:
Estoque inicial    1.673         1.673       1.708       1.708
Produção          13.110        13.110      12.664      12.540
Importações             8                 8           10             10 
  Oferta total    14.791        14.792      14.382      14.257
Demanda
Ração/residual        5.167         5.159       5.400       5.300
Alimentação/sem.  5.930         5.938       6.080       6.180
Álcool combustível 4.560         4.568       4.700       4.800
Total doméstico   11.097        11.098      11.480    11.480
Exportações           1.987         1.987        2.000      1.950
Demanda total     13.084        13.084      13.480     13.430
Estoques finais      1.708         1.708           902          827
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Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
                    3,55          3,55   4,60-5,40   4,80-5,60  
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SOJA/USDA BAIXA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E ELEVA EXPORTAÇÃO 10/11.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua estimativa de produtividade e produção de soja do país na safra 2010/11 em seu relatório mensal de oferta e demanda. divulgado hoje. Além disso, voltou a aumentar a estimativa de exportação. O resultado é que os estoques finais ficaram mais baixos.
A estimativa da produção 2010/11 caiu de 92,76 milhões de tons para 91,86 milhões de toneladas, graças à produtividade, que passou de 44,4 bushels por acre para 43,9 bushels por acre.

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ESTIMATIVAS DE OFERTA E DEMANDA DE SOJA DOS EUA
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Safra                    2009/2010                 2010/2011
Estimativas  outubro    novembro   outubro  novembro
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Área - em milhões de acres
   Plantada        77,5          77,5        77,7        77,7
   Colhida          76,4          76,4        76,8        76,8
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Produtividade por acre colhido - em bushels
                         44,0          44,0        44,4        43,9
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Números em milhões de bushels
Estoque inicial     138           138           151         151
Produção          3.359         3.359       3.408       3.375
Importações          15            15             10          10
  Oferta total    3.512         3.512       3.569       3.536
Esmagamento   1.752         1.752       1.665       1.665
Exportações     1.498         1.501       1.520       1.570
Sementes             90              90            88          88
Uso residual         21              18             32          29
  Uso total       3.361          3.361       3.305       3.351
Estoques finais  151             151           265         185
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Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
                        9,59         9,59     10,00-11,50  10,70-12,20  
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CÂMBIO/CHINA ANUNCIA REGRAS PARA LIMITAR FLUXO DE CAPITAL

O órgão regulador do câmbio externo da China anunciou uma série de medidas para limitar o forte fluxo de dinheiro para o país. A Administração Estatal de Câmbio Externo informou em comunicado que vai administrar rigidamente cotas para uso de dívida estrangeira de curto prazo por instituições financeiras e vai impedir os bancos de excederem suas cotas.
A Safe também vai reforçar a supervisão da repatriação de fundos por empresas chinesas listadas em bolsas de outros países e a entrada de investimento de investidores externos.
Nos últimos dias autoridades chinesas vêm levantando preocupações de que o excesso de liquidez global provocado pela segunda rodada de afrouxamento quantitativo implementada pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, vai criar fluxos de capital desestabilizadores para a China.
Na sexta-feira, o presidente do Banco do Povo da China, Zhou Xiaochuan, afirmou que seu governo pode usar controles de capital para limitar os fortes fluxos de entrada de recursos até certo ponto. No entanto, a autoridade disse que certo grau de arbitragem internacional é inevitável em razão da diferença entre as taxas de juros da China e dos EUA e das expectativas sobre flutuação na taxa de câmbio.

DÓLAR CAI COM ANÚNCIO DE REGRA NA CHINA
O anúncio feito pela China de novas regras financeiras que pretendem limitar o fluxo de capital para o país pressionou o dólar e colocou os investidores em estado de aversão ao risco, já que levantou novas preocupações de que o crescimento econômico chinês poderá se desacelerar.
A Administração Estatal de Câmbio Externo anunciou uma série de medidas para limitar o forte fluxo de dinheiro que está sendo direcionado para o país. Entre as medidas, estão uma administração rígida de cotas para uso de dívida estrangeira de curto prazo por instituições financeiras e o fortalecimento da supervisão da repatriação de fundos por empresas chinesas listadas em bolsas de outros países e da entrada de investimento de investidores externos.
Operadores disseram que, como resultado, os participantes do mercado de câmbio venderam ações e compraram o iene japonês, considerado um porto seguro, o que levou o dólar a operar abaixo de 81 ienes. "Se o fluxo de dinheiro do exterior diminuir, poderá haver declínio nas ações e nos preços dos ativos chineses, o que provavelmente vai prejudicar o ritmo do crescimento da economia", comentou Kenichi Nishii, operador sênior do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ.
Alguns investidores concentrados em curto prazo podem tentar executar ordens de venda automáticas quando o dólar estiver entre 80,50 ienes e 80,70 ienes, com base na opinião de que a economia dos EUA pode se enfraquecer nos próximos meses. Se essas ordens forem disparadas, a moeda norte-americana pode cair para o nível de 80 ienes, de acordo com operadores de Tóquio.
O euro, enquanto isso, segue pressionado pelas preocupações com problemas de dívida em países da periferia da zona do euro. Os investidores vão prestar atenção no leilão de 300 milhões de euros em títulos de 26 semanas do governo da Grécia, que deverá ser realizado hoje. "Como o euro subiu firmemente nos últimos meses, os investidores estão esperando uma chance para vender a moeda e realizar lucros", observou Shinichi Hayashi, operador sênior do Shinkin Central Bank.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FMI E OMC ESTÃO OMISSOS NA QUESTÃO CAMBIAL.

O diretor da Fiesp Roberto Giannetti da Fonseca afirmou que na reunião do G-20, em Seul, Coreia do Sul, o governo do Brasil deveria solicitar aos membros do grupo que recomendem a coordenação da OMC e do FMI a fim de coibir a guerra cambial internacional. "O FMI tem as políticas regulatórias de câmbio, mas não pode aplicá-las, enquanto a OMC não tem tais regras, mas tem poder de sanção. Se a atuação destas instituições for harmonizada, o quadro atual poderá ser atenuado", disse. "Infelizmente, FMI e OMC por enquanto estão omissos para tratar dessa questão tão essencial", declarou.
No Congresso Fiesp 2010, Giannetti da Fonseca ressaltou que desvalorizações competitivas de países em nível exagerado precisam ser coibidas pela OMC, pois isso traz diretamente prejuízos concorrenciais a diversos países, inclusive o Brasil. "Quando isso ocorre, as nações têm direito a salvaguardas porque estão sendo afetadas por concorrência desleal", afirmou. "E o Brasil é uma das principais vítimas dessa disputa desregrada na área do câmbio."
O diretor da Fiesp, contudo, mostrou-se otimista com a disposição do governo de assumir um papel protagonista no encontro do G-20, dado que duas das suas principais nações, China e EUA, são os principais atores da guerra cambial global. "É muito bom ver que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já manifestou que o Brasil vai adotar um papel ativo nesse fórum", comentou.
O diretor da Fiesp mostrou-se animado com a perspectiva de Henrique Meirelles não permanecer na presidência do Banco Central no governo de Dilma Rousseff, como trouxe matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo ontem. Segundo a reportagem, a presidente eleita quer um novo presidente no BC, a fim de reduzir os juros com mais rapidez. "Essa seria uma mudança positiva pois Henrique Meirelles vem manifestando que os fundamentos econômicos do País estão bem, quando isso não é verdade. O principal exemplo disso é a perspectiva do déficit em conta corrente alcançar US$ 58 bilhões este ano. "Se tal situação externa continuar por mais quatro ou cinco anos, o Brasil pode retomar um quadro negativo de vulnerabilidade de suas contas externas e isso nós não queremos", afirmou, ressaltando que o déficit de transações corrente em 2011 deve saltar US$ 22 bilhões, alcançando US$ 80 bilhões.

EUA: USDA DEVE REDUZIR ESTOQUES DE SOJA E MILHO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã suas novas estimativas para a safra de grãos 2010/11 e analistas consultados pela Dow Jones esperam uma pequena elevação na produção de soja e queda na oferta de milho. Ambos os produtos, contudo, devem registrar queda na projeção dos estoques finais. No trigo, a aposta é de um aumento na estimativa de estoques. Confira abaixo as estimativas dos analistas para produção, rendimento e estoques finais de soja, milho e trigo.
.................................................................
              Média            Intervalo           USDA    Produção
   das estimativas  das expectativas   Outubro    2009
.................................................................
Em bilhões de bushels
.................................................................
Milho        12,545      12,228-12,685    12,664     13,110
Soja          3,426          3,350-3,483       3,408      3,359
.................................................................
Produtividade - em bushels por acre
Milho         154,4          152,0-156,1      155,8      164,7
Soja            44,6           43,8-45,3           44,4       44,0
.................................................................

CHICAGO: SOJA RECUM COM REALIZAÇÃO DE LUCRO.

As cotações da soja registram pequena queda na Chicago Board Of Trade, pressionadas por realizações de lucro antes da divulgação das novas estimativas de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), amanhã. A valorização do dólar também pesa sobre os mercados de commodities. Depois de adicionar perto de 50 cents aos contratos na semana passada, os participantes estão mais cautelosos e ajustam suas posições, disseram analistas. 
O contrato janeiro está queda de 6 cents, a US$ 12,78 por bushel, o dezembro do óleo de soja perdia 18 pontos, a 52,04 cents e o dezembro do farelo perdia US$ 3,0 a US$ 345,00 por tonelada.

CLÍMA: ESTIAGEM PREOCUPA RIO GRANDE DO SUL.

Uma frente fria atua entre o litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e leva chuva para Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Tocantins nos próximos cinco dias, assim como observado no início da semana passada. Em compensação, o Sul do Brasil e também São Paulo e Mato Grosso do Sul iniciam o mês de novembro com uma condição de tempo seco e temperaturas baixas e atípicas para esta época do ano, embora seja uma das características dos períodos de La Niña. As informações são da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A partir da segunda quinzena de novembro, no entanto, a Somar prevê uma ligeira mudança no comportamento do clima, com as frentes frias atingindo também o sul da Região Nordeste. Com isso, as chuvas devem favorecer lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí, além de já beneficiar os produtores dos Estados do Sudeste e Centro-Oeste.
A Somar informa, porém, que persiste a tendência de o regime de chuvas se regularizar e apresentar um padrão típico de verão somente no fim de novembro e decorrer de dezembro. "Para o Sul, a previsão é de pouca chuva para as próximas semanas o que, combinado com baixos volumes de água registrados em outubro, especialmente para o Rio Grande do Sul, já começa a configurar um quadro de estiagem", observa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Primavera/verão
De acordo com a Somar, a primeira semana de novembro já deu indícios da configuração do regime de chuvas de verão. As frentes frias atuam mais sobre o Sudeste do Brasil e são realimentadas pela umidade proveniente da Amazônia. Isso favorece a organização de chuvas também sobre o Centro-Oeste e Norte.
Os maiores volumes na semana passada se concentraram sobre os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e sul do Tocantins e sul do Pará. Nesses Estados o acumulado pluviométrico variou entre 50 e 100 mm.
No Sul do Brasil, a semana foi de pouca água, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde já começam a serem sentidos os efeitos do fenômeno La Niña. Em alguns municípios do sul do Rio Grande do Sul, há mais de 30 dias não ocorre uma chuva significativa (mais de 20 mm).
Os índices de Capacidade Hídrica do Solo refletem o resultado das chuvas dos últimos 30 dias e mostram uma recuperação da umidade do solo sobre os Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Embora a água ainda seja insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, já consegue dar sustentação ao desenvolvimento das lavouras de verão já plantadas e marcam o início da recuperação das pastagens.
Argentina/Paraguai
A Somar Meteorologia informa que a primeira semana de novembro foi de pouca chuva sobre a maior parte do território argentino. Nesse período choveu apenas no extremo sul do País e no leste da Província de Buenos Aires. "A tendência é que essas condições não mudem muito para o restante do mês de novembro que, no geral, deve ter pouca chuva sobre as principais regiões produtoras, incluindo o pampa úmido", diz Etchichury. No decorrer de novembro, porém, deve se observar uma gradual elevação da temperatura.
No Paraguai, a primeira semana de novembro também teve pouca chuva sobre as principais regiões produtoras de milho e soja. Ainda não existe risco para as lavouras, pois no mês de outubro as águas ficaram acima da média sobre o leste e sul do Paraguai, o que favoreceu o plantio e período de emergência.
A previsão de pouca chuva para o restante de novembro, no entanto, deve preocupar e, caso se confirme, representará risco para a lavoura de soja, em especial. "Essa preocupação aumenta quando consideramos que estamos em um período de La Niña, que contribui para reduzir as chuvas no verão e aumenta o risco de estiagens regionalizadas", conclui Etchichury.

ARGENTINA VAI LIBERAR EXPORTAÇÃO DE TRIGO E MILHO.

O ministro de Agricultura, Gado e Pesca da Argentina, Julián Domínguez, informou que a Argentina vai liberar as exportações de volumes mínimos de 5,5 milhões de toneladas de trigo e de 18,5 milhões de toneladas de milho. Durante encontro com representantes das bolsas de cereais de todo o país, em Córdoba, no fim de semana, Domínguez informou que a decisão de permitir as vendas externas dos cereais se deve às boas perspectivas da safra 2010/11.
"Após apresentar os informes técnicos e econômicos à presidente, se destaca uma colheita recorde histórica para a safra 2010/11 que será de 103 milhões de toneladas", ressaltou o ministro durante o encontro. Domínguez detalhou que o volume da colheita de trigo ficará entre 13 a 14 milhões de toneladas. A colheita da soja será de 52 milhões toneladas, enquanto que a de milho alcançará 26 milhões de toneladas.

EUA: TERMINA HORÁRIO DE VERÃO.

Os Estados Unidos saíram do horário de verão ontem, domingo, e adiantaram os relógios em 1 hora, portanto, na bolsa de Chicago, os ativos agrícolas (SOJA,MILHO,TRIGO), a partir desta segunda-feira (8), iniciarão as negociações a partir das 13:30 hs, com encerramento as 17:30 hs, horário de Brasilia.

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