sexta-feira, 12 de novembro de 2010

COMMODITIES TÊM FORTE QUEDA COM RUMOR DE ALTA DE JUROS NA CHINA

Os rumores de que a China está preparando uma nova elevação da taxa de juros estão derrubando os preços das commodities nesta sexta-feira. Dados divulgados ontem mostraram que os preços ao consumidor na China subiram 4,4% em outubro, ou seja, em ritmo mais rápido do que o esperado. Isso poderia forçar um aperto monetário por parte do banco central chinês, além de medidas para conter o crescimento, afetando diretamente a demanda por commodities. A China é um dos maiores compradores de commodities como petróleo, cobre e soja. Embora os grãos e os metais tenham subido ontem e nos últimos dias de um modo geral, estão mergulhando hoje.
O preço do petróleo em Nova York caía 2,8%, para US$ 85,35 o barril. Mesmo o ouro, que costuma ser um porto seguro dos investidores em momentos de maior cautela, está recuando cerca de 12,9%, para US$ 1.363 a onça troy. Em Nova York, todas as soft commodities registram perdas hoje. O açúcar demerara despencava 5,7%. O café arábica caía 1,7%. E em Chicago, a soja lidera as perdas, travando no limite de baixa. Segundo o estrategista de mercado Matt Zeman, da corretora LaSalle Futures Group, "qualquer passo que a China der para desacelerar sua economia vai ser sentido globalmente. É um enorme consumidor". A segunda maior economia do mundo já aumentou o compulsório dos bancos, num esforço para limitar os empréstimos e conter uma eventual bolha. No mês passado, também subiu as taxas de juros e apertou o controle sobre a entrada de capital estrangeiro no país. De acordo com o jornal Securities Times o país também restringiu o investimento estrangeiros no mercado imobiliário.
Especulação - Alguns analistas avaliam que a forte desvalorização das commodities hoje demonstra a fragilidade da expressiva alta recente. "Alguns desses mercados deram passos maiores do que as pernas", disse o diretor de gerenciamento da TrendMax Futures, Zachary Oxman."O dólar está se depreciando e ainda assim as commodities estão caindo. Deve ser muita realização de lucro", explicou Oxman. A queda do dólar tende a pressionar as cotações das commodities, que ficam mais caras para investidores que usam outras moedas. O fato de o banco central dos Estados Unidos ter decidido injetar US$ 600 bilhões na economia é o principal motivo da fraqueza da moeda americana.
Embora a volatilidade dos mercados agrícolas seja muito criticada por alguns observadores do mercado, entre outros motivos porque interfere diretamente nos preços dos alimentos, há quem defenda a participação dos especuladores. Em artigo publicado em seu website, a revista The Economist critica a tendência de controle excessivo sobre os especuladores. A revista diz que os investidores institucionais e fundos de hedge estão recebendo mais atenção do que deveriam.
Os críticos da especulação nas commodities acusam esses traders de provocar bolhas nos mercados e embolsar lucros. Mas a Economist descarta que eles manipulem o preço das commodities e diz que qualquer distorção causada pelos especuladores é compensada pelo fato de que beneficiam os mercados criando mais liquidez além de tornar mais eficientes as estratégias de hedge dos produtores e compradores de matérias-primas agrícolas. De acordo com o artigo, são os fundamentos de oferta e demanda que direcionam os preços das commodities.

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