sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

CBOT-SOJA ENCERRA SEMANA PERTO ROMPIMENTO DE U$ 9,00.

Os preços futuros da soja voltaram a cair na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em março, teve desvalorização de 17,75 cents ou 1,9%, cotado a US$ 9,14 bu no encerramento dos negócios. O valor de fechamento ficou apenas 1 cent acima da mínima do dia, menor cotação desde 7 de outubro. A soja voltou a ser pressionada pela expectativa de uma grande safra na América do Sul, aliada ao fortalecimento do dólar e à fraqueza de outras commodities.
Com o dólar disparado frente cesta de moedas, perspectivas da safra sul-americana mantem-se promissora e comerciantes receiosos sobre a perda de mercado (vendas) para Brasileiros e Argentinos."Ainda há rumores da China trocando ordens de soja para a América do Sul," disse Paul Haugens, da Newedge dos EUA."O mercado sul-americano tem preços menores e o clima é bom para desenvolvimento da safra", disseram Haugens, observando as expectativas do registro de grandes safras de soja  no Brasil e na Argentina.
O dólar desempenhou um papel-chave nas vendas dos grãos, dados mais forte do que os previstos da economia americana incluindo o crescimento de 5,7 % no produto interno bruto no quarto trimestre, torna os produtos dos EUA menos competitivos no mercado mundial. Ela (moeda dólar) também tende a levar os investidores a vender mercadorias como cobertura contra a inflação. Os dados divulgados hoje sobre a queda do PIB dos Estados Unidos em 2009 fizeram crescer a aversão ao risco e a fuga para o dólar, que atingiu a maior cotação desde agosto em relação às principais concorrentes. O fato é que não há muitas notícias altista associados a qualquer um dos grãos, ou qualquer um dos produtos com os grupos de preços em Chicago. "Você está vendo globais tendo uma ruína de mercadorias", disse um operador da bolsa.
A contrato para março tem suporte psicológico entre US$ 9,01 e US$ 9,02 e depois a US$ 8,7875 o bushel, "Sem alguma notícia que seja traduzida como sinal de aperto na oferta ou melhora da demanda, fica difícil esperar alguma recuperação que não se limite a correções de curto prazo".
Ajustes de fim de mês por parte dos fundos investidores também podem ter influenciado negativamente o mercado da soja. Fundos de commodities venderam cerca de 6 mil contratos hoje. "Os investidores querem estar no mesmo lado da tendência quando o mês termina", afirmou.

RALLY DA SAFRA: CHUVA PREJUDICA COLHEITA NO MÉDIO-NORTE DE MT.

As condições climáticas voltaram a ficar desfavoráveis ao avanço da colheita da soja no médio-norte de Mato Grosso, região que concentra 40% da área plantada com a oleaginosa no Estado. Após oito dias seguidos de temperaturas altas e pancadas de chuvas, ontem houve uma trégua e muitos produtores puderam entrar com as máquinas para realizar a colheita na parte da tarde. Mas ontem à noite choveu em algumas áreas e hoje o dia amanheceu nublado, com chuvas isoladas.
A equipe 1 do Rally da Safra, que desde a segunda-feira percorre o norte de Mato Grosso, ontem realizou levantamento em lavouras de fazendas situadas entre Lucas do Rio Verde e Sorriso. Ao longo da BR 163, muitos agricultores aproveitaram a brecha de ontem para colher a soja que está dessecada no campo há quase de dez dias. A maioria das amostras colhidas pelos técnicos mostrou alto índice de umidade no grão colhido, na faixa de 20%, o que representará uma perda para o agricultor após a secagem do grão. Em algumas áreas visitadas já era visível a perda de produtividade provocada pelo excesso de umidade.
O agricultor Paulo Faruk de Moraes, que cultiva soja às margens da BR 163, na saída de Lucas para Sorriso, ontem enfrentava problemas para continuar a colheita numa área alagada pelas chuvas. Duas máquinas colheitadeiras atolaram no barro. Faruk disse que esperava colher 55 sacas por hectare, mas devido o excesso de umidade, a lavoura deve render 50 sacas por hectare. Entre áreas próprias e arrendadas, Faruk cultiva 1.600 hectares com soja em Lucas do Rio Verde. Ele já comercializou 40% da safra, porcentual abaixo da média da região, que chega a 50%.
Mesmo com as altas temperaturas e as chuvas, a ferrugem está sob controle no médio-norte de Mato Grosso. A maioria dos agricultores realizou duas aplicações de fungicida na soja precoce e deve realizar três nas variedades de ciclo médio e tardias. Até agora foram registrados na região 38 focos da doença. Fábio Meneghin, agrônomo da Agroconsult, que coordena a equipe 1 do Rally da Safra, diz que por enquanto os sinais são de boa produtividade nas lavouras de soja de Mato Grosso. Ele acha que os levantamentos de campo devem confirmar os dados preliminares da Agroconsult, que estima para o Mato Grosso uma produção de 18,6 milhões de toneladas de soja, a partir de uma área de 6,1 milhões de hectares. A produtividade média é estimada em 51 sacas por hectare.
Um dos fatores que tem levado os agricultores a acelerar a colheita mesmo com as lavouras ainda úmidas é a necessidade de dar início ao plantio do milho, cuja área irá aumentar nesta safra, apesar de a maioria dos produtores ter vendido a safra passada por menos de R$ 10/saca. Os agricultores que conseguiram melhores remunerações foram aqueles que venderam o milho para o governo pelo preço mínimo de R$ 13,20/saca ou arremataram prêmios nos leilões de equalização de preços. Agora, eles torcem para que o governo remova parte do milho comprado que se encontra nos armazéns, para abrir espaço para a soja. Segundo dados do Instituto Mato Grossense de Economia Agrícola (Imea), ainda existem 4 milhões de toneladas de milho para serem escoadas no Estado, das quais 2,7 foram compradas pelo governo.
Além de confiar na continuidade da política de sustentação de preços do governo federal, o agricultor planta o milho por uma questão técnica, pois o cultivo do cereal é importante para quebrar o ciclo das pragas e doenças que infestam as lavouras de soja. Os técnicos da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) que acompanham o Rally da Safra estão preocupados com o fato de alguns agricultores estarem fazendo uma segunda safra de soja, contrariando a recomendação de realização da rotação de culturas.

ETANOL/EUA: MAIOR PRODUÇÃO PUXARÁ PREÇOS DO MILHO.

Problemas na economia dos Estados Unidos e indicadores de safras com tamanho recorde derrubaram os preços do milho recentemente, 20% em relação ao pico de 2009, mas analistas afirmam que o movimento é apenas um recuo temporário na medida em que a economia se recupera e a demanda por etanol apresenta fundamentos confiáveis. Em nota, analistas do Commerzbank disseram que "cerca de um terço da produção doméstica de milho dos Estados Unidos está sendo usada para produção de etanol, e esse volume deve se expandir ainda mais". Sendo assim, "isso deverá puxar os preços". Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente de milho, uma vez que o país é o maior produtor e exportador mundial. Utiliza-se o biocombustível na mistura com a gasolina.
O editor de combustíveis refinados da Telvent DTN, Brian Milne, observou que "neste ano, 12,95 bilhões de galões de combustíveis renováveis estão no mandato para utilização em outros combustíveis vendidos nos Estados Unidos; mais do que os 11,1 bilhões de galões de 2009". Embora esse dado não corresponda apenas ao etanol, "a demanda por etanol continuará crescendo com o mandato, que vai até 2022".
A utilização de milho para produção de etanol já cresceu aproximadamente cinco vezes desde o ano 2000, para 3,6 bilhões de bushels em 2008 (91,44 milhões de toneladas), de acordo com a Associação Nacional de Produtores de Milho, que usou dados preliminares para 2008. Não faz muito tempo que a demanda por etanol crescia mais rápido do que a demanda por milho, ameaçando - e talvez conseguindo - puxar os preços do milho e de seus produtos, inclusive ração animal, para níveis pouco razoáveis. Os combustíveis renováveis "deram passos maiores que as pernas em 2008, para a opinião pública, quando a gasolina estava acima de US$ 4 o galão e a corrida pelos biocombustíveis ocorreu", disse o analista Chris Kraft, presidente da CKFutures.com. "Combustíveis fósseis caros levaram a uma maior demanda por etanol, que resultou em preços historicamente altos para os grãos e, por sua vez, tornou o etanol tão caro quanto a gasolina."Em 2009, o preço milho continuou sendo sustentado por expectativas de maior demanda por etanol, assim como por condições difíceis de plantio e colheita naquele ano - "muita chuva foi seguida por frio e neve, antes que toda a safra fosse colhida", disse Milne.A expectativa de uma grande safra se combinou com a virada da economia norte-americana e a queda dos preços do petróleo. Esses fatores removeram o suporte aos preços. Em 12 de janeiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou suas estimativas para a safra de milho do país em 2% ante a leitura feita em novembro, para um volume recorde de 13,2 bilhões de bushels (335,28 milhões de toneladas). Esse montante é 1% maior do que o recorde anterior, definido em 2007, de acordo com relatório do USDA.
Os preços mergulharam mais de 7% no dia da divulgação do relatório e registraram declínio em 8 das 11 sessões seguintes. Em nota, a corretora e pesquisadora Linn Group afirmou que "o milho foi a menina dos olhos dos fundos e o foco de realocação de capital, na primeira semana de janeiro". Mas com o último relatório de produção e consumo do USDA, "essa história evaporou". A Linn Group prevê "um ano de deterioração dos preços do milho, de modo que apenas os fortes preços de energia ajudarão a estabilizar esse mercado em níveis razoáveis".
De acordo com o Deutsche Bank, neste ano o milho foi a commodity que registrou os retornos mais fracos entre os principais produtos, com -10,3% até 22 de janeiro. Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho caíram da máxima de US$ 4,50/bushel, em junho de 2009, para a casa dos US$ 3,60/bushel nos últimos dias. Neil Koehler, presidente e diretor executivo da empresa Pacific Ethanol Inc, que produz e comercializa etanol de baixo carbono, declarou que "os fundamentos da indústria de etanol melhoraram significativamente durante os últimos seis meses".
As margens de processamento do quarto trimestre, a relação entre milho e etanol, foram "melhores do que a média dos últimos dois anos", disse Koehler. "Oferta e demanda estão em equilíbrio relativo" e, em 2008, a indústria teve o maior crescimento de capacidade já visto, promovendo um excesso de oferta sobre a demanda. Ele acrescentou que, com a atual expectativa de receber a maior safra da história, "o cenário para os produtores de milho e etanol parece bom durante o próximo ano". "Há mais milho do que o suficiente, nos Estados Unidos e no mundo, para atender aos usuários finais de milho e suportar uma maior produção de etanol neste ano e nos próximos", opinou.

Rally da Safra: Prejuízo com a soja super precoce.

As lavouras de soja super precoce da região de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso, plantadas por volta do dia 15 de setembro, não tiveram bom desempenho, pois foram afetadas pelo veranico de duas semanas em dezembro. A produtividade ficou cerca de 20% abaixo da esperada, inferior aos níveis alcançados no ano passado. A soja de ciclo super precoce ocupa cerca de 10% a 15% do total da área destinada para o plantio da oleaginosa na região, atravessada pela BR-163, a principal rota do Mato Grosso.
Produtividade elevada com precoce
Já as lavouras de ciclo precoce da região, plantada no início de outubro, apresentam desempenho melhor. A Equipe 1 esteve na região nesta quinta-feira (28) e percorreu algumas fazendas com produtividade excelente. As variedades precoces correspondem entre 30% e 40% do total da área para a soja da região. A colheita está avançada principalmente entre Nova Mutum e Sorriso, com cerca de 40% da área colhida.
Rotação
A maioria da área com soja precoce e super precoce (que ocupa metade das terras cultivadas com a oleaginosa nessa região) será usada para o milho safrinha. Os produtores que tiveram perdas com a super precoce aproveitarão a área para algodão safrinha.
Duplicação
A BR-163, que corta o MT de Norte a Sul, está em obras para a duplicação de trechos urbanos entre Nova Mutum e Sorriso¸ que poderá melhorar a logística agrícola na região.

SOJA: CHICAGO FECHA EM LEVE ALTA.

Os preços futuros da soja registraram leve alta ontem na bolsa de Chicago. O contrato com vencimento em março, terminou o pregão cotado a US$ 9,3175 o bushel, um ganho de 2,75 cents ou 0,3%. A alta foi sustentada por especuladores que recompraram posições vendidas realizando lucro antes do fim do mês. A avaliação é de que o mercado estava sobrevendido e maduro para uma correção após cair mais de 10% desde o começo do ano. "Faz sentido esta tomada de lucros nos últimos pregões do mês, o mercado conseguiu se recuperar depois de atingir US$ 9,21 o bushel, próximo de um suporte técnico a US$ 9,20 o bushel. Contudo, a tendência para o mercado da soja ainda é baixista. "Até segunda ordem, todos têm em mente que é preciso vender na alta", segundo analistas de chicago. A expectativa de uma grande safra na América do Sul continua a ser o principal fator por trás da queda nos preços da soja. A expectativa é de que a China, que tem sido um grande comprador de soja dos Estados Unidos, migre para os portos brasileiros e argentinos a partir do mês que vem. Entre outras notícias, os Estados Unidos venderam 673,5 mil toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 21/1 , queda de 28% ante a semana anterior e de 16% em relação à média mensal. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SOJA-CBOT CHAMADA EM ALTA DE 3 A 5 CTS.

A soja tentou recuperar-se no pregão noturno da queda de ontem quando fez novas mínimas, refletindo uma grande safra da América do Sul e do próximo feriado Ano Novo Lunar na China. No entanto, as vendas de exportação de soja anunciadas nesta manhã (673,3 milhões de toneladas), foram fortes novamente, apoiando levemente os preços na abertura dos trabalhos desta quinta feira, embora os comerciantes estejam falando sobre a China mudar as compras para América do Sul. Os embarques no período atingiram 1.394.100 toneladas, volume 10% inferior ao da semana passada e 3% abaixo da média das últimas quatro semanas. Os principais destinos foram China (875.400 t), Espanha (126.200 t), Taiwan (80.800 t), Japão (76.300 t), Países Baixos (55.900 t) e México (54.900 t). Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 183.600 toneladas de soja para a China (175 mil t) e o Japão (8.600 t).
O anúncio do relatório de esmagamento de soja em dezembro nesta manhã, foi um recorde americano, 4,7  milhões de toneladas processadas, 871 mil tons acima do esperado por comerciantes e analistas de mercado, indicando robusta e sólida demanda interna nos EUA.
O tempo na Argentina foi mais seco durante a noite, no entanto, chuvas leves são esperadas durante a semana no cinturão de grãos, com um padrão muito maisúmido surgindo na próxima semana. O clima favorável é esperado que continue no Brasil.
Os preços dos óleos vegetais foram misturados na Ásia hoje. O óleo de soja e o óleo de palma na China cairam em torno de 1%, mas o óleo de palma reagiu de uma menor abertura para fechar em torno de 1% maior na Malásia.

RALLY DA SAFRA - Chuva prejudica colheita.

As chuvas dos últimos dias interromperam o avanço da colheita de soja no Médio Norte de Mato Grosso. A Equipe 1 do Rally da Safra, com participação da Agência Estado, enfrentou diversos pontos de atoleiro na rodovia que liga Campo Novo dos Parecis a Nova Mutum. Muitas lavouras estão em ponto de colheita, mas o excesso de umidade dificulta a entrada das máquinas. Nas conversas com agricultores, os técnicos da Agroconsult, empresa organizadora do Rally, constataram um aumento na incidência da lagarta medideira. A praga ataca plantas jovens, sugando a seiva e reduzindo a produtividade das lavouras. Os produtores também estão preocupados com a incidência da ferrugem, que em muitos casos exigirá até 4 aplicações de fungicidas, elevando os custos de produção. O agrônomo Fabio Meneghin, da Agroconsult, disse que as primeiras avaliações indicam produtividade de 50 sacas de 60 kg de soja por hectares nas áreas visitadas. Por enquanto, o desempenho é considerado dentro das expectativas, pois ainda não foi constatada quebra de produtividade em virtude da infestação pela ferrugem. Os técnicos do Rally percorreram ontem os municípios Deciolândia, Nova Maringá, São José do Rio Claro, Diamantino, Santa Rita do Trivelato e Nova Mutum. Hoje eles se deslocam para Lucas do Rio Verde e Sorriso.
O Rally da Safra 2010 começou na segunda-feira a partir de Cuiabá. Nesta etapa do Rally, os técnicos vão avaliar as lavouras de soja precoce, que hoje, em Mato Grosso, representam 40% da área plantada.Segundo a organização do Rally, oito equipes, no total, percorrerão cerca de 50 mil quilômetros de lavouras. A partir de Cuiabá, a Equipe 1 percorrerá as regiões norte e oeste de Mato Grosso.
Sem ferrugem - Primavera do Leste, que já foi conhecida como “capital da ferrugem”, deixou de lado essa denominação e deu lugar, nesta safra, a lavouras muito boas e limpas, conforme avaliação da Equipe 2 do Rally da Safra 2010, coordenada por Douglas Nakazone. “Não observamos pragas ou ferrugem.Conversamos com produtores que fizeram duas aplicações de fungicidas apenas de forma preventiva”, relata. Nos dois primeiros dias de viagem, a Equipe 2 também se dividiu para ampliar a amostragem. Foram colhidas 51 amostras nesse período, batendo a meta estipulada pela Kleffmann – instituto de pesquisas agro que definiu o número de amostras a serem feitas nas regiões visitadas, dando maior rigor aos resultados.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

RALLY DA SAFRA: COLHEITA DA SOJA PRECOCE PODE DISSEMINAR FERRUGEM.

A disseminação da ferrugem na colheita da soja superprecoce, plantada logo após o fim do vazio sanitário, está ocupando os produtores da região oeste de Mato Grosso, que serão obrigados a realizar mais uma pulverização para proteger as variedades de ciclo média e tardias contra a doença. As altas temperaturas e as chuvas favoreceram a propagação da doença. Foram colhidas 638 amostras e constatados 29 focos de ferrugem na região oeste do Estado, segundo levantamento da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja). O levantamento do índice de infestação da ferrugem e seu impacto na produtividade das lavouras é um dos objetivos do Rally da Safra, expedição organizada pela Agroconsult para levantar, em campo, estimativas sobre a safra de grãos que está em início de colheita.O Rally da Safra começou ontem em Cuiabá, de onde partiram duas equipes. Uma das equipes irá percorrer fazendas no oeste, norte e leste de Mato Grosso. A outra equipe percorrerá o sul de Mato Grosso, leste do Mato Grosso do Sul e oeste de Goiás. Nesta primeira etapa do Rally da Safra a ênfase será a colheita da soja precoce. No final de fevereiro, os técnicos voltam a visitar estas regiões para avaliar as lavouras de soja que neste momento estão em fase de desenvolvimento. Eles também acompanharão o início do plantio do milho safrinha.Na segunda etapa, o rali contará com seis equipes em campo, que irão percorrer também polos de produção no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. A Agroconsult pretende colher 1,5 mil amostras de lavouras, ao percorrer 98% da área cultivada de soja e 80% da área de milho em todo País.Produtores - A Agência Estado acompanha os trabalhos no roteiro que começou ontem pelo norte do Mato Grosso, em Tangará da Serra, onde os técnicos da Agroconsult contam com a parceria de profissionais de campo da Aprosoja. Na tarde de ontem a equipe conversou com o produtor rural Rogério Arioli, sócio-proprietário da Agropecuária Novo Campo, em Tangará da Serra, que já colheu quase 10% dos 1.800 mil hectares de soja cultivados na safra 2009/10. Segundo Arioli, as chuvas dos últimos dias atrasaram os trabalhos de colheita. As lavouras ainda não apresentam problemas de contaminação pela ferrugem, que está sob controle, com três aplicações de fungicidas. A produtividade obtida até agora é de 57,4 sacas por hectare. Arioli já comercializou cerca de 60% da safra de soja e no momento aguarda melhor oportunidade de preços - nos últimos 15 dias as cotações recuaram R$ 10/saca na região, pressionadas pelo avanço da colheita na região.
O produtor Marcos Antônio Ortolan, de Campo Novo dos Parecis, deve iniciar na próxima quinta-feira a colheita em 1.880 hectares de soja. Ele prevê uma quebra de produtividade na soja precoce, que foi semeada no início de outubro, pois a lavoura enfrentou um período de 15 dias de estiagem. A produtividade deve ficar entre 53 a 55 sacas por hectare, abaixo da média de 60 sacas esperada para as variedades de ciclo médio e tardio. Para controlar a ferrugem, Ortolan fará de três a quatro aplicações de fungicidas. Outro gasto adicional será com inseticidas para controle da lagarta falsa medideira e da mosca branca. Devido ao aumento dos gastos com defensivos, ele acredita que o custo de produção será igual ao da safra passada, apesar da queda de preços dos fertilizantes. Ele já vendeu antecipadamente metade da produção de soja que será colhida.


Milho

A preocupação maior de Ortolan é com o escoamento do milho que foi vendido para a Companhia Nacional de Abastecimento. Das 70 mil toneladas de milho colhidas na safra passada, Ortolan comercializou 20 mil toneladas no mercado a R$ 10,80 e outras 50 mil toneladas foram vendidas a Conab pelo preço mínimo de garantia de R$ 13,20/saca. Ele tem na fazenda capacidade para armazenar 7.800 toneladas de grãos e aguarda que a Conab remova o milho de pelo menos uma das duas unidades de silos existentes na fazenda, a fim e abrir espaço para a armazenagem da soja que começa a ser colhida. Enquanto a Conab não esvazia um dos silos ele vai direcionar os primeiros lotes de soja para entrega nas fábricas.
O remanescente de milho da safra passada é uma das principais preocupações dos produtores. Rogério Arioli não conseguiu preços remuneradores e por isso ainda mantém o milho estocado na fazenda. Ele afirmou que mesmo com o Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) do governo, de R$ 3,40/saca, a comercialização não é interessante, pois o produtor acaba obtendo no mercado R$ 8/saca, que resulta numa remuneração de R$ 11,40/saca, valor abaixo do preço mínimo de R$ 13,20.
O consultor Guaracy Pinto Calaza, de Campo Novo dos Parecis, defende a prorrogação do prazo de vencimento do PEP previsto para 10 de fevereiro, a fim de que o produtor possa aguardar uma reação nos preços do milho, que atualmente estão em R$ 7/saca na região. Com o prêmio de R$ 3,40/saca, o agricultor recebe R$ 10,40/saca. O milho da região comercializado por meio do PEP, pelo qual o governo banca parte do frete, chega aos centro consumidores do Ceará e Pernambuco por R$ 22/saca. Deste valor, R$ 17,20/saca são relativos ao custo do frete. A equipe do Rally da Safra prossegue viagem hoje. Nesta terça-feira, o grupo visita lavouras de Sapezal e Campos de Júlio.

SOJA DEVERÁ ABRIR EM BAIXA SEGUINDO NOTURNO.

 Fundos especuladores foram agressivamente os grandes vendedores nas últimas 2 semanas (45.000 contratos), as razões para eles ficarem vendidos ou venderem contratos objetivando lucros de curto prazo são os sinais do Clima na América do Sul que parece um pouco melhor com a previsão climatica desta manhã. Originalmente, a previsão de apenas chuvisqueiros neste fim de semana, trazendo alívio depois de uma semana de tempo seco. Agora, há chamadas para chuvas pesadas. Na sequência destas chuvas, outro sistema deverá mover-se na próxima semana, levando com ele uma maior chance de chuvas de boa cobertura no cinturão agrícola argentino.

Com a grande safra americana divulgado no último relatório USDA, esperando aumento de área de soja e do grande potencial de colheita na América do Sul, é difícil obter alta neste mercado. Podemos vêr um salto de preços, dado que o mercado está tecnicamente sobrevendido. Esse salto é susceptível de ser vendido rapidamente, pois muitas pessoas tem a mesma idéia de vender quando houver novos rallys de alta, tornando provável que seja pequeno e de curta duração.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

FERRUGEM EM MT PODE COMPROMETER SAFRA DE SOJA.

Sojicultores de Mato Grosso foram alertados pela sua associação produtiva e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) quanto aos "indicadores" do aumento dos focos da ferrugem asiática nos campos em plena colheita. Entre novembro do ano passado e 24/01/2010 foram coletadas pelo consórcio Antiferrugem 2.692 amostras, das quais 195 (7,2%) tiveram focos confirmados. Na passagem da safra 2008/2009 foram 1.925 pontos de coleta nas propriedades e 30 ocorrências (1,5%). A tendência resultará em até "uma vez o número de aplicação" de fungicida, relatou à Reuters na segunda-feira o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Luiz Nery Ribas. A média de aplicação de produtores de Mato Grosso é de 2,5 a 2,6 vezes na lavoura. "É uma pressão por causa da colheita", diz. "Esses números são indicadores. São um alerta para o produtor essa recomendação", confirma. Eventual pressão da ferrugem pode impactar a safra prevista de 18,22 milhões de toneladas, cuja colheita está em andamento em Mato Grosso. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), em todo o Estado já foi colhido 6,5% da área de 6,07 milhões de hectares (396 mil hectares) da safra 2009/2010 , encerrada no dia 21/1, segundo relatório desta segunda-feira.
Na região Oeste de Mato Grosso, principalmente em Sapezal, a colheita tem maior avanço, com 18% do total (67 mil hectares), de acordo ainda com o IMEA. Além da ferrugem, outra preocupação dos sojicultores de Mato Grosso é a constante queda na cotação da commodity. Um dos maiores municípios produtores de soja do Brasil, Sorriso, registra queda de 29% no preço da oleaginosa se comparado com valor há um ano (R$ 28,30 a saca). Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, o problema é o câmbio. "Historicamente a cotação de Chicago não está baixa", lamenta. "Dia 15/1 vi negócio realizado a R$ 36,00 a saca em Campo Novo do Parecis". Na quarta-feira, a cotação atingiu R$ 29,00 .
O levantamento semanal do IMEA aprofunda a análise de perda. Em Rondonópolis, "a saca de soja fechou a semana cotada a R$ 30,70 , sendo que há um ano quem vendesse o produto na cidade receberia 12,30 reais a mais", relata boletim da instituição. Há cinco dias tem chovido na região Médio Norte de Mato Grosso, principalmente nas cidades de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Tapurah, segundo o produtor Neri Geller, que iniciou colheita no final de semana. Em meados de janeiro os produtores de cana de açúcar também foram alertados sobre a doença, que no caso da cana pode provocar perdas de 300 milhões de reais por ano.

SOJA/BRASIL : COMERCIALIZAÇÃO SEGUE ATRASADA - II

Ritmo de comercialização segue lento em vista da queda nos preços negociados no mercado externo. Com base no acompanhamento semanal do percentual já negociado da safra de soja brasileira 2009/10, tem-se que aproximadamente ¼ da produção já foi comercializada. Em valores percentuais, até a última sexta-feira cerca de 24% da produção estimada na casa de 64 milhões de toneladas, havia sido negociada, ante 23% reportado na semana passada e 29% para o mesmo período de 2009. O comportamento baixista para as cotações da soja negociada na Bolsa de Chicago, as quais atuam na formação do preço doméstico brasileiro tem sido o maior impedimento das vendas.
No cálculo da média das últimas cinco safras(38%), o atual ritmo de vendas remete a atraso de 14%, fator preocupante à medida que se aproxima do período efetivo de colheita do grão. O destaque para evolução comercial permanece para os Estados da região Centro- Oeste, que até a última semana comprometeu via comercialização 32% da produção total, ante 31% da semana anterior. Todavia, ao comparar com o mesmo período do ano passado (40%), o ritmo atual de vendas se revela oito pontos percentuais inferior. Por outro lado, a região Nordeste foi a que até agora apresentou o melhor desempenho comercial, com 41% já comprometido até então, ante 25% reportado para a mesma época de 2009. De acordo com nossas fontes,nesta safra, a venda da produção antecipada justificou-se para implantação dos cultivos e, ainda, acredita-se que no início dos trabalhos de colheita tenha-se novamente um incremento no ritmo de vendas para a região.Desenvolvimento das lavouras de soja no Brasil segue em ritmo semelhante ao da safra 2008/09. Quase 70% da área semeada em floração. Pelo acompanhamento do desenvolvimento semanal da safra de soja 2009/10, teve-se até a última semana que praticamente toda a área semeada com soja no Brasil já estava em processo de desenvolvimento vegetativo (99%), vale ressaltar que no mesmo período esse estádio do ciclo de desenvolvimento da planta da soja já estava consolidado. Em floração, tem-se que 68% dos campos já estão ou passaram por esse estádio, ante 60% da semana passada e 67% observado para o mesmo período do ano anterior. Para a fase de enchimento de grão, a refenrêcia é de 33%, ante 21% reportado na semana precedente e 30% registrado para a mesma época do ano passado. Por último, a condição climática ainda exige maior atenção por parte do produtor rural, visto o excesso de umidade na maior parte agrícola do país e o início dos trabalhos de colheita (no tocante a propagação do fungo).

PLANTIO DE SOJA NA ARGENTINA CONCLUIDO.

Bolsa de Ceareales de Buenos Aires (BCBA) publicou o seu acompanhamento agrícola semanal com o percentual total já plantado de soja na Argentina na casa de 99,3%, sobre a estimativa de 19,0 milhões de hectares para a campanha agrícola 2009/10. De acordo com os registros da BCBA, o atual ritmo de plantio revelou estar adiantado em 3,1 pontos percentuais se comparado com o mesmo período do ano agrícola 2008/09. Contudo, o avanço no decorrer dos últimos sete dias precedentes à divulgação do presente relatório foi de apenas 0,8%. Para os próximos dias, as expectativas quanto ao comportamento climático remetem a um bom período para finalizar os trabalhos de plantio, visto que, os centros de meteorologia no país vizinho projetam interrupção no volume pluviométrico que, nas últimas semanas retardaram o desenvolvimento da semeadura. Ainda quanto ao clima as fontes climáticas na Argentina indicaram que a pausa nos volumes hídricos foram favoráveis, visto a combinação do aumento da temperatura com a presença de umidade, o que resultaria num incremento de incidências de enfermidades fúngicas. Por último, a BCBA revela que ainda existem algumas faixas em setores pontuais que apresentaram condições ambientais pouco favoráveis as lavouras de soja, todavia, a maior porção agrícola nacional reporta condições para as lavouras entre boas e muito boas.


MÁRIO MARIANO

SOJA: COMERCIALIZAÇÃO SEGUE ATRASADA

A comercialização da nova safra de soja continua lenta no País. De acordo com relatório publicado hoje pela consultoria mineira Céleres, apenas 24% da produção estimada em 64 milhões de toneladas foi comprometida até a última sexta-feira (22) - um avanço de apenas 1 ponto porcentual em relação à semana anterior. Os negócios já fechados correspondiam a 29% da safra em igual período do ano passado e a 38% na média dos últimos cinco anos. Para os analistas da Céleres, o atraso é "preocupante" à medida que se aproxima "o período efetivo de colheita do grão". O motivo é a tendência de queda nos preços da commodity. Na Bolsa de Chicago,onde se forma o preço de referência internacional, os contratos mais negociados acumulam desvalorização de 9,7% em janeiro. No mercado doméstico, o preço médio da saca nas principais praças pesquisadas pela Céleres caiu 4,4% apenas na semana passada. Na comparação com as médias de dezembro, a queda se aproxima de 12%. A maior parte da soja já comercializada vem do Centro-Oeste, que já comprometeu 32% da nova safra. Mesmo assim, o ritmo é inferior aos 40% observados no mesmo período da safra passada. O atraso chama mais a atenção em Goiás, quarto maior produtor do país, onde o volume já comprometido é 50% menor ante igual período de 2009. Em contrapartida, os negócios estão acelerados no Nordeste, que já comprometeu 41% da nova safra, ante apenas 25% há um ano.
A Céleres aponta ainda que praticamente toda a área semeada com soja noBrasil está em processo de desenvolvimento vegetativo. Do total, 68% dos campos já estão ou passaram pela floração, ante 60% na semana anterior e 67% em igual período do ano passado. Outros 33% estão em fase de enchimento de grão, ante 21% na semana anterior e 30%na mesma época do ano passado.

SOJA:MATO GROSSO ATINGE 6,5% DE ÁREA COLHIDA.

Os produtores de soja do Mato Grosso colheram mais de 396 mil hectares ou 6,5% de toda a área plantada com a oleaginosa até a última quinta-feira, dia 21, ante 2,7% uma semana antes,segundo estimativa publicada hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). "Com as primeiras colheitadeiras adentrando os campos da região Nordeste, o conhecido Vale do Araguaia, podemos afirmar que todo o Estado de Mato Grosso já se encontra em plena atividade", assegura o Imea. A colheita está adiantada em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia atingido apenas 3,07% da área total. O Imea aponta que os trabalhos de colheita intensificaram-se nos últimos dias diante do menor volume de chuvas.
A região Oeste do Estado é a mais adiantada, com mais de 12,26% dos 931 mil hectares cultivados já colhidos. Em Sapezal, por exemplo, mais de 18% da safra, ou 67 mil hectares, já foram colhidos. O Imea prevê que a safra mato-grossense de soja vai alcançar 18,22 milhões de toneladas, um aumento de 4,7% em relação ao volume registrado na temporada passada.

RALLY DA SAFRA AVALIARÁ FERRUGEM NA SOJA.

O Rally da Safra 2010, que começa hoje a partir de Cuiabá, irá visitar fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás para avaliar lavouras de soja e milho. Nesta etapa do Rally, os técnicos vão avaliar as lavouras de soja precoce, que hoje, em Mato Grosso, representam 40% da área plantada. Uma das principais preocupações é com a infestação da ferrugem que, nesta safra, já atingiu 195 focos e está bem acima da infestação registrada no ano passado.Segundo levantamento da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso(Aprosoja), neste ano já foram coletadas 2692 amostras e detectados 195 focos de ferrugem. Na safra passada, até o dia 24 de janeiro, haviam sido realizadas 1925 amostras e detectados 30 focos de ferrugem. As condições climáticas, com altas temperaturas e chuvas, têm favorecido a proliferação do fungo. Segundo o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, além do clima, a antecipação do plantio nesta safra também contribui para a disseminação da doença.
O Rally da Safra, neste ano, irá visitar fazendas do projeto referência da Aprosoja. Fabio Meneghini, técnico da Agroconsult, empresa realizadora do Rally, explica que nos contatos com os produtores serão levantadas informações sobre preços de fertilizantes e defensivos,além de dados sobre a evolução da comercialização. A expectativa da Agroconsult é coletar 1500 amostras de lavouras, ao percorrer 98% da área cultivada de soja e 80% da área com milho em todo o País. Serão visitados os principais polos de produção em Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins.Segundo a organização do Rally, oito equipes, no total, percorrerão cerca de 50 mil quilômetros de lavouras. Na largada, em Cuiabá, estarão a equipe 1, que percorrerá as regiões norte e oeste do Mato Grosso, e a equipe 2, que passará pelo sudeste do Mato Grosso, sudoeste de Goiás e norte do Mato Grosso do Sul.O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo site www.rallydasafra.com.br e pelo twitter www.twitter.com/RallySafra2010.

PERSPECTIVA: FUTUROS DE GRÃOS DEVEM SEGUIR PRESSIONADOS EM CHICAGO

Os mercados futuros de grãos devem continuar sob pressão nas próximas semanas. Sazonalmente, os preços da soja, do milho e do trigo negociados na Bolsa de Chicago tendem a cair entre janeiro e fevereiro, o que se explica por uma combinação de fatores. Na América do Sul, é o período em que os produtores começam a colher suas safras de soja e milho, reabastecendo os canais de comercialização da região. Nos Estados Unidos, a tendência é que mais agricultores saiam do mercado à espera de condições mais atraentes durante a primavera, quando Brasil e Argentina tiverem comercializado o grosso de sua colheita. Além disso, as lavouras norte-americanas de trigo estão debaixo da neve e ficarão dormentes até o início de março, quando as temperaturas começarem a subir e a suscitar discussões sobre o clima e o desenvolvimento das lavouras. Também em março começam as especulações envolvendo o plantio da nova safra americana, período em que os preços tendem a subir em Chicago.Janeiro e fevereiro também são os meses em que a demanda por grãos tende a perder força nos Estados Unidos, já que os importadores procuram buscar soja e milho mais baratos nos portos brasileiros e argentinos. "A mentalidade do momento é a de que a produção sul-americana este ano vai implicar corte expressivo nas exportações americanas durante todo o primeiro trimestre. Os mercados de Chicago tendem a sentir os efeitos da pressão sobre os preços do petróleo numa época em que 60% do médio-norte dos Estados Unidos está coberto de neve, mantendo os carros mais tempo nas garagens e poupando consumo de combustível. Vale lembrar que soja e milho estão hoje atrelados ao petróleo pelo fato de serem as matérias-primas para a produção de biodiesel e etanol, respectivamente.
Na semana passada a soja acumulou perda de 2,31%. Milho e trigo registraram queda de 1,82% e 2,25%, respectivamente. Segundo analistas, o mercado poderia voltar a operar nos níveis de outubro, quando a soja recuou até US$ 8,90 o bushel, tão logo a colheita de Brasil e Argentina atinja seu pico. "Estamos diante de uma safra gigantesca. Como o Brasil possui sérias limitações de armazenagem, essa produção terá de ser escoada pelo mercado", observa Flávia Moura, analista da corretora Newedge. Ela pondera, contudo, que as lavouras sul-americanas ainda estão sujeitas a problemas. Na Argentina, a falta de chuvas já chama a atenção dos agentes, embora ainda não comprometa a condição das lavouras. No Brasil, é o excesso de chuvas que pode causar problemas durante a colheita.

SOJA/CHINA FECHA FIRME.

Os contratos futuros da bolsa chinesa Dalian encerraram em alta hoje com recuperação técnica após as perdas recentes e a confiança do setor de que o governo manterá políticas de suporte aos preços agrícolas. O contrato referência, base setembro, ganhou 35 yuans, ou alta de 1%, para 3.907 yuans (US$ 1 = 6,827 yuans). Em três dias consecutivos de queda, os futuros da soja recuaram 1,2% para fechar a sexta-feira a 3.872 yuans por tonelada, por conta do receio quanto aos possíveis ajustes à política monetária do governo chinês. Agora, a expectativa que a China reconfirme a manutenção dos estoques de reserva da oleaginosa e adote outras medidas de suporte para estabilizar os preços "no primeiro documento do governo central", que deve sair até o final do mês.

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