segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PERSPECTIVA: FUTUROS DE GRÃOS DEVEM SEGUIR PRESSIONADOS EM CHICAGO

Os mercados futuros de grãos devem continuar sob pressão nas próximas semanas. Sazonalmente, os preços da soja, do milho e do trigo negociados na Bolsa de Chicago tendem a cair entre janeiro e fevereiro, o que se explica por uma combinação de fatores. Na América do Sul, é o período em que os produtores começam a colher suas safras de soja e milho, reabastecendo os canais de comercialização da região. Nos Estados Unidos, a tendência é que mais agricultores saiam do mercado à espera de condições mais atraentes durante a primavera, quando Brasil e Argentina tiverem comercializado o grosso de sua colheita. Além disso, as lavouras norte-americanas de trigo estão debaixo da neve e ficarão dormentes até o início de março, quando as temperaturas começarem a subir e a suscitar discussões sobre o clima e o desenvolvimento das lavouras. Também em março começam as especulações envolvendo o plantio da nova safra americana, período em que os preços tendem a subir em Chicago.Janeiro e fevereiro também são os meses em que a demanda por grãos tende a perder força nos Estados Unidos, já que os importadores procuram buscar soja e milho mais baratos nos portos brasileiros e argentinos. "A mentalidade do momento é a de que a produção sul-americana este ano vai implicar corte expressivo nas exportações americanas durante todo o primeiro trimestre. Os mercados de Chicago tendem a sentir os efeitos da pressão sobre os preços do petróleo numa época em que 60% do médio-norte dos Estados Unidos está coberto de neve, mantendo os carros mais tempo nas garagens e poupando consumo de combustível. Vale lembrar que soja e milho estão hoje atrelados ao petróleo pelo fato de serem as matérias-primas para a produção de biodiesel e etanol, respectivamente.
Na semana passada a soja acumulou perda de 2,31%. Milho e trigo registraram queda de 1,82% e 2,25%, respectivamente. Segundo analistas, o mercado poderia voltar a operar nos níveis de outubro, quando a soja recuou até US$ 8,90 o bushel, tão logo a colheita de Brasil e Argentina atinja seu pico. "Estamos diante de uma safra gigantesca. Como o Brasil possui sérias limitações de armazenagem, essa produção terá de ser escoada pelo mercado", observa Flávia Moura, analista da corretora Newedge. Ela pondera, contudo, que as lavouras sul-americanas ainda estão sujeitas a problemas. Na Argentina, a falta de chuvas já chama a atenção dos agentes, embora ainda não comprometa a condição das lavouras. No Brasil, é o excesso de chuvas que pode causar problemas durante a colheita.

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