quinta-feira, 11 de março de 2010

MILHO - APOIO A COMERCIALIZAÇÃO DO GRÃO EM ABRIL.

O Ministério da Agricultura vai iniciar em abril as operações de apoio à comercialização da safra de milho, acelerando o ritmo pela pressão da safrinha, com ênfase para os leilões de PEP no Centro-Oeste e AGF pontuais no Paraná e até em Santa Catarina. As informações são do coordenador geral de Cereais e das culturas anuais do Departamento de Abastecimento Agropecuário do Mapa, Sílvio Farnese, no intervalo da reunião da Câmara Setorial de Milho e Sorgo, no ministério. Segundo ele em 2009 foi feita sustentação para cerca de 10 milhões de toneladas e neste ano poderá superar as 11 milhões de toneladas chegando até a 15 milhões de t em uma situação extrema. O ministro da Agricultura e Pecuária, Reinhold Stephanes, disse que espera uma solução para o problema da paralisação dos leilões até a próxima segunda-feira, adiantando que também será buscada otimização na armazenagem e  feitas remoções. Mas Farnese lembrou que não tem como remover o produto porque a armazenagem está praticamente esgotada. Na avaliação do ministro os estoques de milho não são tão altos, pois são suficientes para abastecer o mercado por cerca de 90 dias apenas. Pelos números da Conab das 5,3 milhões de toneladas dos estoque públicos do produto 2,9 milhões estão em Mato Grosso, 877,1 mil t em Goiás e 662,6 mil t no Mato Grosso do Sul.

SOJA - CHÍNA TEMORIZA MERCADO FUTURO NA CBOT.

O preço da soja caiu quinta-feira com preocupações sobre a demanda da China e notícias de declínio das exportações de soja E.U.A devido cancelamento das compras da semana passada. Trigo e milho escaparam da baixa, porque não é exportado para a China, disse o analista Vic Lespinasse. O aumento de 2,7 % nos preços de consumo da China no mês passado foi impulsionado por um salto de 6% nos custos dos alimentos, que é uma preocupação fundamental em um país onde as famílias pobres gastam até 40% dos seus rendimentos com alimentação. A China é um importante comprador de soja americana., o relatório de inflação despertou temores de que o país pode impor uma nova rodada de restrições no crédito, disse o analista. Além disso, o Ministério da Agricultura - USDA informou cancelamento de vendas de 115.000 toneladas de soja registradas na semana passada.

MILHO/CHICAGO-RUMORES SOBRE A SAFRA RECUPERA PERDAS.

Apesar dos fundamentos baixistas, os preços futuros do milho chegaram ao fim do dia perto da estabilidade na Bolsa de Chicago . Depois de trabalhar durante todo o dia em território negativo, os futuros foram capazes de se recuperar bastante. O contrato maio fechou em baixa de 0,25 cent ou 0,07%, cotado a US$ 3,6525/bushel. O mercado continuou enfrentando pressões por causa do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgado ontem. O USDA reduziu sua estimativa para exportações e elevou para estoques finais 2009/10. O analista John Kleist, da corretora Allendale, afirmou que a ampla oferta deverá "acabar com a esperança de um rali de primavera significativo". Sobre a única coisa altista no mercado, o analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, comentou que há rumores de que os produtores não aumentarão a área plantada com milho neste ano em 3 ou 4 milhões de acres, necessários para manter os estoques finais em níveis confortáveis.Traders disseram que as perdas foram limitadas hoje por uma correção na relação de spreads entre milho e soja, já que a soja subiu ontem e caiu na sessão de hoje. Kleist não acredita que haja nada para estimular um rali no milho neste momento, mas compras comerciais poderão limitar a queda dos preços. Tecnicamente, o mercado é tido como baixista. Kleist explicou que traders devem começar a falar em milho a US$ 3,0/bushel, objetivo mais provável do que US$ 4,0/bushel. Mas analistas também notaram que o mercado se manteve acima da mínima de fevereiro, de US$ 3,59/bushel.

MILHO- NÃO HÁ HIPÓTESE DE REDUÇÃO DO PREÇO MÍNIMO.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou categoricamente, que não haverá diminuição do preço mínimo do milho."Não há nenhuma hipótese de redução do preço", garantiu. "Reduzir o preço mínimo do milho seria uma irresponsabilidade", avaliou. Ele argumentou que os estoques - públicos e privados - não chegam a 90 dias de consumo e que o grão é essencial para a atividade de carnes suínas, de aves e até da pecuária de confinamento. No último dia 25, a Agência Estado apurou que o Ministério da Fazenda pressionaria o Ministério da Agricultura a reduzir, ainda este ano, os preços mínimos de alguns produtos cujos valores de referência são considerados elevados na comparação com as cotações de mercado. Se isso ocorrer, será a primeira vez que se verificará uma redução do preço mínimo, desde a criação do instrumento. O milho está na lista da Fazenda, ao lado de trigo e feijão.
Hoje, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho), Nelson Kowalski, defendeu a diminuição, alegando que, com o preço menor, o produtor se sentirá desestimulado a plantar, o que reduzirá a oferta do produto no mercado. O atual Plano Safra estipulou o preço mínimo do milho em R$ 13,98 (saca de 60 quilos em Mato Grosso)."É preferível haver excedente de milho a correr o risco de diminuir a produção e faltar produto", disse Stephanes. "Se isso ocorrer, com certeza o preço vai lá para cima", acrescentou. Sem dar detalhes a respeito do volume da operação, o ministro disse ser "possível" a realização de Aquisição do Governo Federal (AGF) de milho.

SOJA: CHICAGO FECHA EM BAIXA DE 2,8%.

Um conjunto de influências negativas pesou sobre o mercado de soja nesta quinta-feira, de modo que os futuros atingiram o patamar mais baixo em uma semana na Bolsa de Chicago. O contrato maio caiu 27,50 cents ou 2,87% e fechou a US$ 9,3050/bushel. A redução de 15% nas exportações semanais de soja dos Estados Unidos refletiu o cancelamento de compras feitas anteriormente pela China. O movimento foi visto como um sinal de migração da demanda para a América do Sul. Traders aproveitaram para cobrir posições compradas na sessão de quarta-feira e embolsar os lucros. Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou estoques finais mais estreitos neste ano comercial. Um analista disse que a combinação de redução das exportações e os esforços da China no aperto do crédito vai desacelerar as compras de soja e pressionar o mercado americano. A China é o principal importador mundial da commodity. O avanço de uma colheita recorde na América do Sul e, consequentemente, a competitividade mais acirrada alimentaram sentimentos baixistas na sessão de hoje. A falta de notícias capazes de sustentar os preços permitiu o movimento de queda dos futuros. Outros mercados ajudaram a definir o tom pessimista e vendas técnicas aceleraram o recuo para além de áreas de suporte. Ordens automáticas de venda foram acionadas e o contrato maio registrou a mínima de US$ 9,30/bushel. Mas traders disseram que, apesar das perdas, o mercado segue dentro o amplo intervalo que vem ocupando no curto prazo. Preocupações sobre os atrasos de duas semanas na liberação do fornecimento brasileiro nos portos dão suporte neste momento, além da apertada balança de oferta e demanda nos Estados Unidos.Estima-se que fundos especulativos tenham vendido 7 mil lotes em soja, 2 mil lotes em farelo e 3 mil em óleo de soja. Veja abaixo como ficaram as cotações do complexo soja em Chicago.

quarta-feira, 10 de março de 2010

GRÃOS/EUA: PEQUENO IMPACTO DE RELATÓRIO DO USDA

As tão esperadas revisões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para as safras de milho e soja se mostraram relativamente sem importância para os mercados, de modo que os futuros deverão rapidamente se voltar para outros fatores, como o clima. A expectativa para produção de milho e soja nos Estados Unidos diminuiu modestamente, mas a oferta de ambos é suficiente para atender à demanda. Analistas acreditam que isso deve limitar qualquer impacto sobre as companhias que utilizam grãos. Em janeiro, o USDA adotou um movimento incomum e disse que reavaliaria produtores de vários Estados, pois a colheita tardia resultou em "significativa área plantada e não colhida". Agricultores de Illinois, Michigan, Minnesota, Dakota do Norte, Dakota do Sul e Wisconsin não conseguiram terminar de colher milho antes que a neve chegasse. O mesmo ocorreu em lavouras de soja de Georgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virginia. Assim, a agência do governo reduziu sua estimativa de produção doméstica de milho da safra 2009/10 para 333,52 milhões de toneladas, ante os 334,03 milhões de toneladas previstos em fevereiro. Trata-se de um corte de 0,2%.
A produção de soja foi revisada para 91,42 milhões de toneladas contra 91,48 milhões de toneladas ou 0,1% a menos. Além de reavaliar a produção, o USDA elevou a projeção dos estoques finais de soja em 9,5% para 5,17 milhões de toneladas. No que diz respeito ao milho, aumentou os estoques finais em 4,7% para 48,96 milhões de toneladas. Também se acredita que os estoques globais de ambas as culturas sejam maiores do que o esperado em fevereiro.
O analista Darin Newsom, da Telvent DTN, comentou que os números de estoques finais mostram, no mínimo, que há milho e soja disponíveis para os usuários. Mesmo que haja um corte nos estoques, nesta época os importadores costumam começar a comprar da América do Sul, conforme a nova colheita chega ao mercado. Portanto, Newsom acredita que 190 milhões de bushels de soja devem ser o suficientes para o que resta do ano comercial 2009/10. Traders disseram que, de modo geral, os dados do USDA se mostraram baixistas para o milho e de neutros a levemente altistas para a soja. Mas os analistas esperam que a influência dos dados sobre o mercado tenham curta duração, por causa das preocupações com o clima.
O consultor Karl Setzer, da MaxYield Co-op, comentou que "o interesse está mais concentrado no ambiente, já que começam a ocorrer alagamentos no Cinturão do Milho". Produtores e participantes do mercado de grãos têm se preocupado há semanas com o derretimento da neve no Meio-Oeste, que pode provocar excesso de umidade, especialmente se coincidir com a época das chuvas. A consequência seria o atraso do plantio de primavera. Os campos que não foram colhidos na última temporada aumentam a incerteza, porque produtores não conseguiram preparar o solo para uma nova safra. Newsom reiterou que o clima é uma preocupação, embora ele acredite que os traders aguardarão para ver se os alagamentos realmente se tornam um problema. Eles não forçarão os preços antes de ter certeza, segundo o analista. As últimas duas temporadas começaram com campos úmidos e atrasos no cultivo, mas ambos os anos tiveram sólida produção de soja e milho. Outro tema que permeia o mercado é a possibilidade de novos cortes na estimativa oficial da safra de milho 2009/10. O USDA declarou hoje que a reavaliação dos campos ainda não foi finalizada. "As pessoas que ainda não colheram na Dakota do Norte ou na Dakota do Sul serão consultadas mais para frente", informou o USDA. O analista Lewis Hagedorn, do JP Morgan commodities, entende que "o fato de o USDA não ter reavaliado os produtores das Dakotas sugere a possibilidade de mais uma revisão da oferta para de 25 a 30 milhões de bushels". Os primeiros sinais para a safra 2010/11 virão à tona em 31 de março, quando o USDA divulga seu relatório de intenções de plantio, que dará indicações preliminares sobre as safras que os produtores pretendem plantar na primavera.

USDA – RELATÓRIO MENSAL DE OFERTA/DEMANDA COMPLEXO SOJA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa da produção de soja no país durante a temporada 2009/10 para 91,42 milhões de toneladas, ante 91,48 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados  no relatório mensal de oferta e demanda de fevereiro. O USDA diminuiu também a projeção dos estoques finais no período para 5,17 milhões de toneladas, contra 5,72 milhões de toneladas na leitura feita há um mês.
FARELO
USDA manteve sua estimativa de produção americana de farelo de soja 2009/10 em 40,525 milhões de toneladas curtas, mesmo valor esperado em fevereiro. O USDA prevê que as exportações em 2009/10 alcancem 10,2 milhões de toneladas curtas, ante 10 milhões de toneladas curtas estimadas no relatório anterior. O governo norte-americano também manteve a projeção dos estoques finais no período em 300 mil toneladas curtas.
ÓLEO
USDA elevou nesta quarta-feira a estimativa da produção de óleo de soja no país em 2009/10 para 19,270 bilhões de libras-peso, contra de 19,160 bilhões de libras-peso no relatório mensal de oferta e demando do mês passado. A agência também revisou para cima a projeção dos estoques finais da commodity, que passou de 2,227 bilhões para 2,637 bilhões de libras-peso. A previsão das exportações do produto no período foi mantida em 3,25 bilhões de libras-peso, enquanto a das importações ficou inalterada em 75 milhões de libras-peso.

RELATÓRIO USDA 10-3

RELATORIOS PRODUÇÃO 2009/1010/03/1009/02/10
PRODUÇÃO MUNDIAL DE SOJA255,910255,020
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA67,00066,000
PRODUÇÃO ARGENTINA DE SOJA53,00053,000
PRODUÇÃO CHINESA DE SOJA14,50014,500
PRODUÇÃO DE SOJA DOS EUA91,41991,473
PRODUTIVIDADE DE SOJA DOS EUA TONS/ACRE
EXPORTAÇÃO DE SOJA DOS EUA38,64738,102
ESMAGAMENTO DE SOJA DOS EUA47,08446,812
CARRYOVER DA SOJA DOS EUA5,1715,715
CARRYOVER MUNDIAL DE SOJA60,67059,730
IMPORTAÇÃO CHINESA DE SOJA42,50042,500

terça-feira, 9 de março de 2010

CBOT-SOJA RECUPERA PERDAS APÓS QUEDA DE 0,13 CTS.

Os preços internacionais da soja se recuperaram no fim da sessão e terminaram o dia perto da estabilidade na Bolsa de Chicago. Comerciantes equilibraram suas posições antes de receber o relatório de oferta de demanda do governo americano. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, fecharam cotados a US$ 9,4750/bushel, em baixa de 0,50 cent ou 0,05%. Inicialmente, os futuros escorregaram para o menor nível em um mês, pressionados por fundamentos baixistas e influências de outros mercados. A valorização do dólar e a queda dos preços do petróleo pressionaram a maioria das commodities. Investidores aproveitaram a oportunidade para se posicionar às vésperas dos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reduzindo sua exposição ao risco no sentido de se preparar para uma eventual surpresa nas revisões do governo. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2009/10 de soja brasileira em 67,57 milhões de toneladas, também se mostraram negativas para os preços.Traders acrescentaram que a fraqueza do mercado à vista de farelo de soja se somou ao tom defensivo, além de relatos de um avanço nas vendas de soja no mercado físico. No entanto, não houve continuidade das vendas, na medida em que os vendedores começaram a cobrir posições vendidas.
A multinacional Bunge fará a entrega de 400 lotes do vencimento março do farelo negociado na bolsa de Chicago (CBOT), além de emitir notificações para entrega de 224 lotes. "A medida reflete a fraqueza atual do mercado à vista de farelo e a dificuldade que as companhias encontram em reduzir esmagamento, diante do nível dos estoques de subprodutos de soja", afirmou a consultoria e empresa de pesquisas AgResource em nota.
O USDA divulga seu relatório de oferta e demanda amanhã, às 10h30 de Brasília. A expectativa é de que a agência do governo americano venha a apertar a relação entre oferta e demanda de soja, com alterações nas projeções de exportação e processamento, limitando os estoques finais.  
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, considerou superestimada a estimativa da Conab para a safra 2009/10 da oleaginosa em Mato Grosso. Os dados divulgados hoje pela Conab, em sua estimativa de março, preveem produção de 18,961 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso, enquanto a Aprosoja trabalha com a projeção de colheita em torno de 18 milhões de toneladas, em virtude da queda de produtividade. Segundo Silveira, os relatos de campo sobre os problemas enfrentados pelos produtores com o excesso de chuvas, que prejudicou a colheita nas últimas semanas, indicam que a produtividade das lavouras deve ser de, no máximo, 50 sacas por hectare. A Conab, que nas projeções de março manteve para Mato Grosso os mesmo números do levantamento fevereiro, estima a produtividade em 51,3 sacas por hectare.O presidente da Aprosoja admite que o volume colhido pode até ficar pouco acima das 18 milhões de toneladas, mas ressalva que o volume efetivo que as tradings irão pagar ao produtor será menor, por causa dos descontos por excesso de umidade e alto porcentual de grãos ardidos, em torno de 2% a 3%.

segunda-feira, 8 de março de 2010

TRAVELING NORTH MIDDLE MATO GROSSO.

This week I am traveling in the middle northern Mato Grosso - DIAMANTINO, MUTUM and DECIOLÂNDIA, crops are harvested around 70%, and incomes are falling, productivity around 50 bags per hectare, down 65 bags of early varieties and 10% inferior to the average of 2009. An ongoing concern is still the rust, as rains are still present, there are many mid-cycle crops with losses of 10 to 15%, beautiful and without weight. I realized then the producer's decision not to sell soybeans this period of low prices, because it will account for the collection and return only after the sale or exchange for inputs. The local industries and exportadres are already troubled by the silence of producers in sales. I myself have received in my soybean silo and did not find interest in the producer price fixing since last week. I hope to reward the best producers from the falling price of shipping, this rather expensive, 25 to 35% higher than in 2009 (easy to understand the producer's decision not to make sales), or by the reaction of the CBOT price, the likely.
Coming days will be in Tangara da Serra, Campo Novo dos Parecis and Sapezal, up there with the news.

SOJA NA CBOT ENCERRA DIA EM ALTA, AGUARDANDO RELATÓRIO USDA.

Os preços futuros da soja terminaram a segunda-feira com valorização na Bolsa de Chicago, em uma modesta correção das perdas da semana passada. Participantes do mercado cobriram posições vendidas antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na quarta-feira. Os contratos com vencimento em maio, terminaram em alta de 5,25 cents ou 0,56%, cotados a US$ 9,48/bushel.A ausência de notícias para direcionar os preços manteve o mercado em etapa de consolidação. "Depois de fechar no nível mais baixo do intervalo recente, na semana passada, os traders que estão comprados embolsaram lucros, num esforço para reduzir o risco de exposição em caso de uma surpresa altista na quarta-feira. Compras técnicas também foram observadas, em meio à condição de sobrevendido do mercado e o esgotamento das vendas, que aumentaram o interesse pelas compras. Em geral, a atividade do mercado foi tranquila, com quantidade limitada de novos itens capazes de afetar os preços. Outros mercados não exerceram influência comum. A âncora para os preços é a expectativa de oferta recorde na América do Sul. Outro fator impeditivo de maior alta foi o resultado das exportações de soja encerrada na última quinta-feira (4),divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos-USDA em 841,8 mil tons, ficando abaixo de 1,101 milhões de tons da semana passada. O relatório também mostrou o volume acumulado dos embarques do grão de soja em 30,967 milhões de toneladas, 24,9% acima dos 23,255 milhões tons em 2009.

Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 3 mil lotes em soja, 1 mil em farelo e 2 mil em óleo. A expectativa do mercado é de que o USDA aperte a relação entre oferta e demanda de soja, com possibilidade de alteração nas exportações e nas projeções de processamento, de modo que os estoques podem ser reduzidos.

SOJA-COLHEITA ATINGE 62% DA ÁREA EM MATO GROSSO.

A colheita da soja atingiu 62,0% da área cultivada em Mato Grosso na semana passada, com avanço de 12% em relação aos 50% registrados na semana anterior. A colheita está mais avançada em comparação com o mesmo período do ano passado, quando  metade da área estava colhida. Os dados são do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo os técnicos do Imea, a colheita na semana passada evoluiu "a passos lentos", em virtude do grande volume de chuvas. No  acumulado na primeira semana de março, as chuvas atingiram 45 mm em Sorriso, 53 mm em Rondonópolis e 103 mm em Campo Novo dos Parecis.
Os técnicos observam que, além das dificuldades para o avanço da colheita, as chuvas têm contribuído para a queda na produtividade da soja e perda da qualidade da soja em Mato Grosso. As produtividades estão entre 52 sacas e 55 sacas por hectare no médio-norte, entre  49 sacas e 52 sacas na região oeste e entre 50 e 54 sacas no Sul. "Baixos preços, produtividade menor que a esperada pelos produtores e  muita chuva são motivos mais que suficientes para a calmaria do mercado", dizem os técnicos. Nos comentários sobre o mercado, os técnicos relatam que em Sapezal, na região oeste, o melhor preço negociado na semana passada foi  de R$ 27,60/saca e os negócios em Campo Novo do Parecis saíram a R$ 26,00/saca. Ao longo da BR-163, na região do médio-norte,  produtores e compradores não entraram em comum acordo em relação aos preços. As indicações para Sorriso e Lucas do Rio Verde as  ofertas foram de até R$25,20/saca e em Sinop de até R$ 24,60/saca. A região sudoeste também teve poucos negócios, com propostas de  até R$ 29,50/saca em Rondonópolis; de R$ 28/saca em Campo Verde e R$ 28,20 em Primavera do Leste.  No boletim semanal, divulgado hoje, o Imea relata alta das cotações do frete pela segunda semana consecutiva. O frete rodoviário de  Rondonópolis para Paranaguá, por exemplo, atingiu na semana passada R$ 163,50/tonelada, em alta de 8% na semana, 26% no mês e de  15% em relação a igual período do ano passado.

MILHO-PLANTIO DA SAFRINHA NO MT ATINGE 96%.

O plantio do milho safrinha em Mato Grosso atingiu na semana passada 1,741 milhão de hectares, que correspondem a 96,14% dos 1,811 milhão de hectares estimados pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agrícola (Imea). Segundo o instituto, o plantio avançou 9% na semana passada e está muito avançado em relação aos 73% registrados em igual período do ano passado.
Apesar da expectativa de crescimento de 8% na área plantada com milho safrinha em relação ao ano passado, o Imea prevê um queda de 3% na produção, de 8,507 milhões de toneladas para 8,246 milhões de toneladas. A produção deve ser menor em virtude da retração de 10% esperada para a produtividade, que no ano passado foi considerada excepcional por causa do clima favorável, quando atingiu 84,5 sacas por hectare, bem acima da média nacional de 57 sacas.
Segundo os técnicos do Imea, com o plantio já praticamente encerrado, a preocupação agora está na comercialização do produto, principalmente em relação aos grandes estoques herdados de safras anteriores. Os preços continuam nada animadores, com propostas em Sorriso de R$ 6,50, em Tangará da Serra de R$ 7,50, em Sapezal de R$ 6,90 e em Campo Verde de R$ 8,50. O Imea observa que a média de preços de março do ano passado foi de R$ 13,20/saca, valor 73% superior à média atual que é de R$ 7,65. O Imea constatou alguns negócios no decorrer da semana passada, em Lucas do Rio Verde a US$ 4,00/saca e em Diamantino a US$ 4,70/saca, ambos para entrega em julho.
ÁREA (HA) 5/MAR/09 4/MAR/10 VARIAÇÃO
----------------------------------------------------------
Noroeste 80.150 72,4%  - 95,1% - 22,7%
Norte 8.700 91,0%   - 100,0% - 9,0%
Nordeste 71.000 71,7%  - 93,5%   -21,8%
Médio-Norte 853.000 89,9% - 97,4% -7,5%
Oeste 283.900 77,4% - 97,3% - 19,9%
Centro-Sul 96.000 73,2% -  94,5%  - 21,3%
Sudeste 418.400 41,6%  - 93,8% - 52,2%
Mato Grosso 1.811.150 73,0%  - 96,1% - 23,1%

CÉLERES–RESUMO SEMANAL, NOTÍCIAS DA COLHEITA E CBOT.

Com base em série histórica, os preços médios da soja negociados na Bolsa de Chicago para os meses de fevereiro de 1980 a 2010, tiveram a segunda maior média dos últimos trinta anos. O acompanhamento dos preços de fevereiro é importante, devido à influência dos mesmos em uma eventual estratégia de compra de insumos e plantio da nova safra norte americana. Os valores computados para fevereiro de 2010 (US$¢ 9,38/bushel), são inferiores apenas ao patamar recorde registrado em fevereiro de 2008, quando a média do bushel de soja (27,216 kg) ficou em US$¢ 1.389. Observa-se que o intervalo entre máximo e mínimo para a cotação da soja no mercado internacional, ao longo da história, ficou respectivamente em US$¢ 1.389/bushel (2008) e US$¢ 435/bushel (2002).
A cotação da soja no último mês de fevereiro, com referência em março/10, teve alta de 46,2% em relação ao preço praticado no mesmo período de 1980, o qual foi cotado na mesma época a US$¢ 641,40/bushel. No intervalo dos últimos cinco anos, a diferença no nível de preço sobe para 60,7%, uma vez que, as cotações médias da oleaginosa registraram valores para o período de apenas US$¢ 583/bushel. Essa maior diferença, com uma série histórica de intervalo menor, engloba os acontecimentos entre os anos de 2005 e 2006, tendo como base os seguintes fatores: safra cheia nos Estados Unidos (volume acima de 80,0 milhões t), redução nas exportações norte-americanas em 2005 e em consequencia, um grande volumes nos estoques iniciais de 2006. Seguindo a linha do tempo, é importante ressaltar que após a forte queda nos preços da soja em 2005, houve uma gradual recuperação dos mesmos a partir de 2006, por conta da retomada nas demandas por esmagamento, consumo doméstico e exportações nos EUA. De 2006 até 2008, o cenário foi de recuperação para os preços. Conforme previamente comentado, em 2008, teve-se um novo recorde para os preços da soja em fevereiro, o que resultou em maiores incrementos na área plantada da oleginosa. Por último, em reflexo de incremento na área plantada de soja e bons rendimentos médios das lavouras nos EUA, observou-se nova retração para os preços da commodity em 2009 e praticamente estabilidade para os valores de 2010.
Prêmios de exportação nos portos sulamericanos, apresentaram enfraquecimento em reflexo da maior oferta de soja, pelo acompanhamento dos preços praticados nos principais portos de exportaçao de soja mundial, notou-se que os prêmios de exportação na América do Sul, reportaram enfraquecimento frente à entrada de safra recorde neste mercado.
Neste início do ano, verificou-se firmeza dos prêmios pagos no mercado de exportação, apenas para o porto norte-americano (referência F.O.B. Golfo do México).
A demanda por soja, principalmente puxada pela China, no período de escassez do produto, foi o fator preponderante para a sustentação dos prêmios em valores positivos nos EUA.
Trabalhos de colheita da soja ficaram superiores ao observado no ano anterior, registrando 32,0% da estimativa de área plantada para a atual campanha agrícola (23,0 milhões ha). No mesmo período do ano passado, o percentual colhido era de 26,0%. Em relação à média histórica de cinco anos, o ritmo atual dos trabalhos de colheita ficou dez pontos percentuais adiantado. Vale lembrar, que o plantio da soja nesta campanha foi antecipado em virtude das chuvas também antecipadas. Com isso, o avançado no ritmo de colheita, não se justifica apenas pela melhora na efeciência dos processos de colheita e sim pela conjunção desse motivo com as melhores condições climáticas observadas no início do plantio.
Internacional
As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago terminaram mais uma semana em “solo” negativo. A referência para o primeiro vencimento, chegou a valores mínimos não vistos desde o dia 09/02 (US$ 9,24½/bushel). O contrato março/10, encerrou os negócios na última sexta-feira valendo US$ 9,34¾/bushel. Já o contrato maio/10, teve os negócios no fechamento com referência de US$ 9,42¾/bushel.
O sentimento geral, na semana passada, ficou sobre a expectativa do “mercado” quanto à construção de uma tendência fundamental, após a divulgação dos números de oferta e demanda mundial de soja nos EUA. Amanhã (10/03), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgará seus dados atualizados referente à oferta e demanda global de soja. E no final do mês, o primeiro relatório de intençao de plantio da safra 2010/11. Enquanto isso, espera-se que os preços encontrem dificuldade para assumir uma tendência de alta, visto a entrada de safra recorde na América do Sul e da redução no “apetite” chinês, pelos saldos remancescentes da produção norteamericana de soja 2009/10.
Doméstico
No mercado nacional, os preços da soja registraram perdas na semana passada. Isso ocorreu pela conjunção dos seguintes fatores: avanço nos trabalhos de colheita, queda das cotações externas e taxa de câmbio desfavorável ao mercado de exportação. Na média das praças pesquisadas pela Céleres, a soja no disponível registrou queda de 3,0% em reais se comparada com a semana anterior. Em relação ao mês passado, os preços tiveram queda em média de 4,7%.
No mercado de prêmios para exportação, F.O.B Paranaguá, a semana encerrou com o embarque maio negociado a US$ 0,10/bushel na venda e US$ 0,05/bushel na compra, com a saca de soja em Paranaguá valendo em média US$ 20,70.

CBOT- FECHAMENTO DO COMPLEXO SOJA E MILHO.

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CBOT - SOJA E MILHO

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MÁRIO MARIANO

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