sexta-feira, 18 de março de 2011

MILHO: PLANTIO DA SAFRINHA FINALIZA EM MATO GROSSO.

O plantio do milho safrinha chegou à reta final em Mato Grosso, com 1,78 milhão de hectares cultivados, que correspondem a 98,9% dos 1,8 milhão de hectares estimados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Na mesma época do ano passado o plantio estava concluído em todo o Estado. A área prevista - e que ainda deve ser revisada - desta safra é 7% menor que os 1,948 milhão de hectares semeados no ciclo passado.
Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do Imea, diz que os dados relativos à previsão de área plantada serão revistos nas próximas semanas, após o fim do plantio. Pela hipótese pessimista, a área teria recuo de 46,89 mil hectares (2,6%) em relação à estimativa de fevereiro, de 1,8 milhão de ha, e na otimista o crescimento seria de 11,5 mil hectares (0,6%).
Segundo a analista, o mais provável é que haja um recuo na área plantada em relação à previsão atual, pois muitos produtores que não conseguiram plantar até o dia 15 deste mês vão acabar desistindo. Em função do atraso do plantio, por enquanto o Imea não fez nenhuma projeção em relação à produção e produtividade para esta safra. No ano passado, em janeiro o instituto já tinha projetado o volume a ser produzido.
Maria Amélia observa que o fator climático será determinante, em função do atraso do plantio, pois caso as chuvas persistam até o final de abril e início de maio o excesso de umidade pode prejudicar as lavouras na fase de enchimento dos grãos.
O plantio do milho safrinha foi concluído na maioria das regiões produtoras de Mato Grosso, inclusive no médio-norte, que responde por 48% da área plantada. A situação continua complicada na região oeste, por causa das fortes chuvas, que dificultam o avanço da colheita da soja. Na região oeste o plantio atingiu nesta semana 97,1% dos 270 mil hectares estimado pelo Imea e ainda faltam 7,8 mil hectares para serem semeados. Em termos absolutos o maior atraso é na região sudeste, onde faltam ser cultivados 9,3 mil hectares dos 402,5 mil hectares da previstos pelo Imea no levantamento de fevereiro.

EVOLUÇÃO DO PLANTIO (em mil ha)
Regiões              Área     18/03/10    17/03/11  diferença% 
  Noroeste           60,4       100,00%     100,00% 
  Norte                 13,6      100,00%      100,00% 
  Nordeste            73         100,00%      100,00% 
  Médio-norte      868,5     100,00%      100,00% 
  Oeste                288,1      100,00%       97,10%    -2,9 p.p. 
  Centro-sul         107         100,00%       98,20%    -1,8 p.p. 
  Sudeste            400,5      100,00%       97,70%    -2,3 p.p. 
  Total              1.811,10    100,00%       98,90%    -1,1 p.p. 
Fonte: Imea

CBOT/GRÃOS RECUPERAM PERDAS EM CENÁRIO DE DEMANDA E OFERTA APERTADA.

Os futuros da soja fecharam em alta pelo terceiro dia seguido hoje na bolsa de Chicago. Os preços continuam a encontrar sustentação nas perspectivas dos fundamentos, e o contrato maio subiu 27,25 centavos, ou 2,04%, para fechar cotado a US$ 13,6250 por bushel.
Traders estão atentos à oferta global de soja devido à forte demanda, e ainda persistem as preocupações com a safra do Brasil devido às chuvas. O mercado também foi impulsionado pelo relatório altista da Informa Economics sobre o plantio nos Estados Unidos para a safra 2011/12.
Segundo a consultoria, os produtores norte-americanos plantarão 75,269 milhões de acres com soja na próxima temporada. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou no mês passado, em seu fórum anual de perspectivas, o plantio da soja em 78 milhões de acres. No ano passado, agricultores norte-americanas semearam 77,4 milhões de acres com soja.
A estimativa da Informa, se confirmada, vai levar o mercado a avaliar um possível corte de 1,36 à 1,63 milhões de toneladas na projeção de estoques finais dos EUA em 2012, destacou Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics. O USDA vai divulgar um relatório sobre as intenções de plantio, com base em dados fornecidos pelos produtores, no próximo dia 31 de março.
"O número da Informa deu um grande impulso para os futuros da soja, que deixou de ser o elo fraco no complexo de grãos para virar líder", disse Zuzolo.
Os produtos derivados também fecharam com alta, em linha com a soja. A ameaça de um aperto na oferta mundial de soja para esmagamento e o potencial de que essa tendência se mantenha para o ano comercial 2011/12, ajudaram a elevar os preços, segundo analistas.
O contrato maio do óleo de soja subiu 125 pontos, ou 2,29%, para fechar a 55,77 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 9,30, ou 2,59%, para US$ 367,90 por tonelada, máxima de duas semanas.

MILHO FECHA EM ALTA DE 5,7% COM RUMORES DE COMPRA DA CHINA
O mercado futuro de milho atingiu hoje o limite de alta expandido na Bolsa de Chicago de 45 cents, e fechou com ganhos expressivos. Preocupações com a oferta apertada e sinais de nova demanda da China, inesperada, impulsionaram as cotações.
Posição mais líquida, o contrato com vencimento em maio avançou 37,0 cents ou 5,72% e fechou a US$ 6,8350/bushel. A máxima foi a US$ 6,9150/bushel. Foi o segundo dia consecutivo em que o mercado tocou o limite de alta, elevando os preços em até 11% na comparação como fechamento de quarta-feira.
A valorização ocorreu conforme um funcionário de uma agência internacional de comércio afirmou que a China comprou milho dos Estados Unidos na quinta-feira e deve fazer novas aquisições neste ano. Os acordos pegaram de surpresa os traders de grãos dos Estados Unidos, pois os preços elevados haviam amenizado a expectativa de que a China compraria. "Psicologicamente, é uma grande coisa neste momento", disse o analista John Kleist, da Ebottrading.com.
O mercado está sensível ao aumento da demanda, depois de saltar para as máximas em 32 meses, em 04/3, com preocupações relacionadas à oferta apertada, que deve cair para o menor nível em 15 anos. Os Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores de milho do mundo.
Os rumores sobre a China surgiram quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou, ontem, que exportadores privados fecharam acordos para vender 116 mil toneladas de milho para entrega a destinos desconhecidos durante o ano comercial 2010/11.
Traders disseram que a China deve ter entrado no mercado porque os preços recuaram muito desde o recorde recente. A Coreia do Sul aproveitou a oportunidade da quebra nos preços, contratando a compra de pelo menos oito cargas de milho, totalizando 455 mil toneladas nesta semana, segundo um corretor de Seul. O presidente da corretora Brugler Marketing & Management, Alan Brugler, declarou que "os consumidores finais, independentemente de serem domésticos ou internacionais, disseram "vou começar a comprar isso'".
Além disso, a consultoria Informa Economics deu um impulso adicional ao mercado, quando estimou a área plantada com milho nos Estados Unidos em 91,8 milhões de acres (37,15 milhões de hectares), abaixo da estimativa recente de 92 milhões de acres.

SOJA-COLHEITA/MT AVANÇA, FALTAM 2 MILHÕES DE HECTARES

Os produtores de Mato Grosso conseguiram colher nesta semana 1,064 milhão de hectares de soja, apesar da continuidade das chuvas na maioria das regiões. O avanço foi de 16 % em relação à semana passada e a colheita atingiu 66,6% dos 6,413 milhões de hectares plantados nesta safra, registrando o melhor desempenho desde o início dos trabalhos. Entretanto, ainda faltam 2,142 milhões de hectares para serem colhidos. Na mesma época do ano passado, a colheita da soja havia atingido 93% da área cultivada de 6,122 milhões de hectares da safra 2009/10, e faltavam apenas 428,6 mil hectares para serem colhidos. Os dados são do levantamento semanal de evolução da colheita do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso.
Segundo a analista de grãos do Imea, Maria Amélia Tirloni, a situação atual da colheita da soja em Mato Grosso é preocupante, pois existe uma área expressiva a ser colhida e a expectativa é de continuidade das chuvas na próxima semana. Ela observa que os agricultores conseguiram o bom desempenho nesta semana porque trabalharam dia e noite, aproveitando os intervalos das chuvas para colher a soja, que pode perder qualidade no campo.
Na opinião da analista, as fortes chuvas atuais são responsáveis pelo atraso da colheita, pois o plantio começou mais tarde no terceiro trimestre do ano passado, mas os trabalhos foram encerrados dentro do período recomendado. Ela acredita que o encerramento da colheita deve demorar mais três semanas e diz que por enquanto ainda não é possível estimar as quebras provocadas pelo excesso de chuvas. Os relatos de prejuízos são pontuais, principalmente na região oeste, onde um produtor teve perda total de 500 hectares. A estimativa de produção do Imea se mantém em 19,247 milhões de toneladas e deve ser revista após o término da colheita.
A situação é mais grave no município de Campos de Júlio (750 km a noroeste de Cuiabá), onde os agricultores enfrentam problemas de quebra por excesso de chuvas, descontos nos preços por parte das tradings e dificuldades para escoar a safra, por causa das más condições das estradas. Ademir Rostirolla, presidente do sindicato rural de Campos de Júlio, estima que a quebra provocada pelo excesso de chuvas no município está em torno de 10%. Ontem os produtores conseguiram colher, mas hoje suspenderam os trabalhos por causa da volta das chuvas, diz ele.
Rostirolla relata que os agricultores estão indignados com os descontos impostos pelas tradings por causa da perda de qualidade dos grãos. Ele conta que ontem entregou soja de um mesmo talhão em duas tradings e as classificações nos armazéns das empresas foram diferentes, houve desconto de 20% sobre o preço da soja, enquanto noutro foi de apenas 7%". Ele diz que a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) deve se reunir com as tradings para estabelecer padrões "menos subjetivos de classificação, pois a sobra técnica no final da safra fica sempre para a empresa dona do armazém".
Campos de Júlio e municípios vizinhos, como Sapezal e Campo Novo do Parecis, também enfrentam o problema da alta do frete, decorrente da concentração da colheita nas tréguas das chuvas, que provoca congestionamento de caminhões nos armazéns das empresas e interrompe o fluxo de veículos para retirar a soja das fazendas. Segundo Ademir Rostirolla, há casos de caminhões que passam 24 horas na fila aguardando para descarregar. O resultado da falta de caminhões é o aumento do frete. Ele diz que no início da colheita pagava R$ 0,45 por saca e hoje está pagando R$ 1,00.
A retenção dos caminhões tem reflexo também no frete do escoamento da soja dos armazéns para as regiões de exportação. Maria Amélia Tirloni diz que os levantamentos do Imea mostram que o frete de Campo Verde para Rondonópolis está 15% acima do valor registrado em meados de março do ano passado. De Sapezal para Porto Velho a alta é de 11%. No caso de Campo de Júlio, existe o agravante das péssimas condições da estrada MT 388, ligando o município a Nova Lacerda, que ainda não é pavimentada. O presidente do sindicato Ademir Rastirolla diz que o trecho de 100 km que normalmente é feito em 40 minutos no período de seca, nas chuvas pode levar mais de um dia.
Sorriso - No município de Sorriso (412 km ao médio-norte de Cuiabá), maior produtor estadual de soja, com 600 mil hectares cultivados nesta safra, a colheita nesta semana atingiu 75% da área e ainda faltam 150 mil hectares para serem colhidos. Na mesma época do ano passado, 99% dos 594 mil hectares cultivados em Sorriso na safra 2009/10 estavam colhidos. O presidente do sindicato rural do município, Elso Vicente Pozzobon, diz que as chuvas estão atrasando a colheita, mas por enquanto não provocaram prejuízos significativos. Os produtores estão tendo mais dificuldades para colher, mas o sindicato mantém a expectativa de boa produtividade, com produção de duas sacas a mais em relação à safra passada. Pozzobon diz que há três dias não chove em Sorriso e a expectativa é de avanço na colheita na próxima semana, pois a previsão é de trégua nas chuvas.
A região médio-norte, que responde por 40% da área cultivada com soja no Estado, tem a maior área a ser colhida (722,6 mil hectares), apesar de registrar o maior avanço na colheita (71,9%). Na mesma época do ano passado, a colheita havia atingido 98,6% e faltavam apenas 34,2 mil hectares para serem colhidos. Os trabalhos estão mais atrasados na região nordeste de Mato Grosso, que vem sendo castigada pelas chuvas. No nordeste foram colhidos 48,2% dos 694,2 mil hectares cultivados. Na mesma época do ano passado a região já havia colhido 72,4% dos 577,2 mil hectares semeados na safra 2009/10.

  EVOLUÇÃO DA COLHEITA DA SOJA EM MT (em hectares) 

  REGIÕES DE MT ÁREA  18/MAR/10  17/MAR/11  DIFERENÇA 
  Noroeste            261,2    93,60%          63,60%      -30,0%% p.p. 
  Norte                   39,0    97,40%          70,70%      -26,7%% p.p. 
  Nordeste            694,2    72,40%          48,20%      -24,2%% p.p. 
  Médio-norte   2.571,4     98,60%          71,90%      -26,7%% p.p. 
  Oeste                 930,2    94,10%           69,00%      -25,1%% p.p. 
  Centro-sul          413,1    90,20%           62,10%      -28,1%% p.p. 
  Sudeste           1.504,4   92,30%            66,20%      -26,1%% p.p. 
  Total               6.413,5    93,00%           66,60%       -26,4%% p.p.

GRÃOS/INFORMA ESTIMA MENOR ÁREA DE PLANTIO EM 11/12.

Produtores norte-americanos plantarão 91,758 milhões de acres com milho e 75,269 milhões de acres com soja na próxima temporada, de acordo com projeções da Informa Economics.
A consultoria prevê que 57,651 milhões de acres sejam dedicados ao cultivo de trigo. O levantamento da Informa apontou que 14,2 milhões de acres serão semeados com outras variedades de primavera e 2,5 milhões de acres com durum.
A área total dedicada ao algodão foi projetada em 13,13 milhões de acres.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou no mês passado em seu fórum anual de perspectivas o plantio de milho em 92 milhões de acres, o de soja em 78 milhões de acres e o de trigo em 57 milhões de acres. O USDA deve divulgar um relatório sobre as intenções de plantio, com base em uma pesquisa com produtores, no próximo dia 31 de março.
No ano passado, agricultores norte-americanas semearam 88,2 milhões de acres com milho, 77,4 milhões de acres com soja e 53,6 milhões de acres com trigo.

GRÃOS: TERREMOTO AFETA 30% DA PRODUÇÃO DE RAÇÃO DO JAPÃO.

As maiores unidades de importação de grãos no norte do Japão sofreram severos danos no terremoto e no tsunami da semana passada, o que afetou cerca de 30% da produção de ração animal do país, informou o Conselho de Grãos dos Estados Unidos (USGC). A maior parte da capacidade produtiva das instalações danificadas está sendo coberta por fabricantes de outras áreas do Japão, segundo o USGC.
"Há planos de aumentar a produção nas unidades e portos não afetados e transportar os produtos para as áreas prejudicadas", disse Mike Callahan, diretor de operações internacionais do conselho, em um comunicado.
O Japão tem uma capacidade de produção combinada de 25 milhões de toneladas. O USGC advertiu que ainda aguarda relatórios oficiais sobre o impacto total dos desastres naturais no comércio de grãos.
Os desafios imediatos na obtenção de ração para as operações de criação de gado e frango são a falta de embarcações disponíveis, os estragos nas estradas e a escassa oferta de combustíveis confiáveis. Como os produtores tendem a manter um volume limitado de ração nas fazendas, o conselho informou que as entregas precisam ser feitas para garantir o bem-estar dos animais.
Os danos provocados pelo terremoto dificultaram o transporte de animais, e alguns frigoríficos e laticínios não podem utilizar toda a sua capacidade, de acordo com o USGC. "As fabricantes de ração estão colaborando e coordenando a produção para cobrir todos os setores críticos", disse Hiroko Sakashita, diretor associado do conselho no Japão, em um comunicado.
O USGC informou no começo desta semana que os embarques de grãos para o Japão prosseguem para os portos localizados no sul do país, que recebem a maior parte das ofertas norte-americana e saíram relativamente ilesos das catástrofes em relação ao norte do país. O Japão é o maior mercado de exportação para o milho dos Estados Unidos.

SOJA/CHINA ACOMPANHA CBOT E FECHA COM GANHOS.

Os futuros da soja terminaram com leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, sustentados por um forte rali dos preços no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago. O contrato janeiro, o mais negociado, avançou 0,6% nesta sexta-feira, a 4.474 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1). Na CBOT, o vencimento maio fechou com valorização de 3,8% na quinta-feira, com o milho liderando os ganhos do complexo de grãos.
As cotações de Dalian se mostraram mais resistentes que as da CBOT, conforme um mercado físico estável na China sustentou os futuros, afirmou Yu Ruiguang, analista da Tianqi Futures Co. Os preços da soja devem se estabilizar e ter recuperação no curto prazo, à medida que as fabricantes de ração ativamente compram farelo, disse ele.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério de Agricultura de que a área plantada com soja no país pode cair 11% neste ano também fornece suporte ao mercado.
Entre outras notícias, um leilão de 20.689 toneladas das reservas da província de Heilongjiang não conseguiu atrair interessados nesta sexta-feira, à medida que traders estão cautelosos em meio à onda de incertezas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

SOJA VOLTA A FOCAR FUNDAMENTOS E FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje pelo segundo dia seguido, em linha com a recuperação dos mercados de commodities devido à crescente confiança na capacidade do Japão de se reabilitar do terremoto e do tsunami que abalaram o país.
O contrato maio da soja, mais negociado, subiu 48,25 centavos, ou 3,74%, para fechar cotado a US$ 13,3525 por bushel.
Segundo traders, os mercados saltaram porque aparentemente os esforços do Japão para resfriar os reatores nucleares afetados pela tragédia estariam dando certo. As preocupações com o Japão contribuíram para os temores de uma potencial desaceleração econômica global e redução da demanda por commodities agrícolas. "Desde que as coisas não fiquem piores, é um bom sinal", disse Dax Wedemeyer, analista da corretora U.S. Commodities.
O mercado da oleaginosa voltou a se focar nos fundamentos e a previsão de estoques apertados no final do ano nos Estados Unidos, a forte demanda e as preocupações com as chuvas no Brasil reavivaram o interesse de compra dos investidores, disse o corretor independente Dave Marshall.
As chuvas no Brasil levantam temores de perda no potencial de produtividade, além de provocar preocupações relacionadas ao transporte dos grãos para os portos, completou Marshall. O Brasil é o segundo maior produtor de soja, atrás dos Estados Unidos.
Os produtos derivados também avançaram, em linha com a soja. O óleo encontrou suporte ainda nos ganhos do petróleo, enquanto o farelo se beneficiou da alta nos preços dos grãos para ração, disseram analistas.
O contrato maio do óleo subiu 156 pontos, ou 2,9%, para fechar cotado a 54,52 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 14,10, ou 4,1%, para US$ 358,60 por tonelada.

SOJA: GANGORRA CLIMÁTICA TESTA NERVOS DOS PRODUTORES.

Preocupações com o clima fazem parte do cotidiano de qualquer agricultor, que do plantio à colheita acompanha diariamente as previsões de tempo. Chuvas ou estiagem fora de época são até corriqueiros. Mas na safra 2010/11, as mudanças do tempo, com grandes variações de temperatura, umidade e insolação, pregaram sustos e testaram os nervos dos produtores como há algum tempo não se via.
Depois de uma safra quase perfeita em termos de clima, em 2009/10, o atual ciclo tem sido marcado por momentos dissonantes de preocupação e euforia. Se no início o produtor se preparou para uma seca por causa do fenômeno climático La Niña, logo em seguida comemorou a chuva favorável que garantiria uma produtividade promissora e uma safra recorde. Agora, a tensão voltou a se instalar no campo porque o excesso de água dificulta o manejo, prejudica a colheita e o rendimento das lavouras.
Aedson Pereira, analista da Informa Economics FNP, destaca que as chuvas no final do ano passado e início de 2011 aliviaram as preocupações dos produtores com a seca, que já havia atrasado o início do plantio. "Em novembro e dezembro, que seriam decisivos para o desenvolvimento da cultura, o La Niña enfraqueceu. Em vez de seca, houve precipitação suficiente para garantir rendimentos bons", disse à Agência Estado. Nos cálculos da Informa, o Brasil terá produtividade média de 49,2 sacas por hectare, contra 48,8 sacas no ano passado.
Como os temores de forte estiagem não se concretizaram, as previsões sobre a produção foram pouco a pouco aumentando até atingir números recordes. Hoje, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fala em uma safra de 70,3 milhões de toneladas, mas algumas consultorias chegam a 72 milhões. "Apesar do atraso no plantio, as chuvas muito boas de dezembro até fevereiro contribuíram para mudar aquele quadro negativo, fazendo com que a lavoura se desenvolvesse de forma robusta", disse Pereira. Mas esse momento de euforia rapidamente se transformou em forte preocupação, pois as chuvas se prolongaram até março e agora afetam a colheita. Em muitas regiões as colheitadeiras ficaram paradas, a umidade do grão aumentou e o controle de doenças e pragas ficou mais difícil. Segundo Pereira, fala-se em Mato Grosso de umidade entre 15% e 18% e, no Paraná, de 15% a 17%. O padrão é 14%.
Os produtores do Centro-Oeste, uma região caracterizada por um padrão climático em geral estável, ainda tentam avaliar os danos provocados pelas fortes chuvas. Uma das situações que mais chamam atenção é a de Mato Grosso do Sul, onde as estimativas preliminares apontam para uma quebra de 30% nas lavouras e potenciais prejuízos de R$ 1,5 bilhão. Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), 55% da produção de soja estimada em 5,4 milhões de toneladas já foi colhida, com uma perda estimada em 1 milhão de toneladas.
Segundo Eduardo Riedel, presidente da Famasul, em municípios mais ao norte do Estado, como São Gabriel do Oeste, já há comprovação de perdas acima de 50%. Na região central, que inclui Maracaju, o maior produtor do Estado, as estimativas ficam na faixa de 30% a 40% da safra comprometida. A partir de Dourados e municípios mais ao sul as perdas foram menores, de até 5%. "Sabemos que, no conjunto, a quebra foi expressiva, mas ainda não é possível contabilizar o impacto final porque as situações variam muito. E temos de uma semana a 10 dias para concluir a colheita, então ainda dependemos de como o tempo vai evoluir para contabilizar o fechamento", disse ele.
Em Mato Grosso, principal Estado produtor, a colheita atingiu até a semana passada metade da área plantada de 6,413 milhões de hectares, mas está 27% atrasada em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Maria Amelia Tirloni, analista de grãos do Imea, lembra que a concentração da colheita nessa época do ano devido ao atraso do plantio e à falta de intervalos de chuva tem prejudicado os trabalhos no campo. O produtor também enfrenta dificuldade para controlar as doenças de fim de ciclo. A grande decepção, contudo, gira em torno da produtividade, uma vez que as expectativas não devem se concretizar.
"Existia a possibilidade de a produtividade aumentar em relação ao ano passado com o andamento da colheita, mas a umidade está diminuindo esse ganho. O produtor está se decepcionando e essa desilusão é significativa", disse ela, evitando entretanto fazer previsões sobre o rendimento. O Imea estimou em fevereiro uma produtividade de 3 mil quilos por hectare, queda de 0,8% ante o ciclo anterior.
Na região Sul, o clima também brincou com as decisões do agricultor. No Paraná, segundo principal produtor de soja, a perspectiva de que o La Niña prorrogasse as chuvas até a época da colheita levou os produtores a plantar de maneira escalonada para reduzir os riscos de perdas. O volume intenso de precipitações prorrogou o ciclo da soja em torno de 20 dias, segundo Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). "Devido ao excesso de chuvas em alguns municípios, foi difícil fazer o controle de pragas. Os produtores não conseguiram fazer as aplicações na hora certa. A região Sul foi a que teve mais dificuldade de controles", disse Turra.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, a colheita atingiu nesta semana 50% da área estimada em 4,5 milhões de hectares, e Turra cita uma produtividade de até 3.300 quilos por hectare. "O clima surpreendeu positivamente o produtor. Havia toda uma preocupação inicial de perda de safra em função das condições climáticas adversas, mas elas não se confirmaram", disse ele.
A seca no sul Rio Grande do Sul, terceiro produtor, chegou a preocupar o mercado internacional, mas segundo a Emater as chuvas durante o mês de fevereiro deram um excelente padrão às lavouras. A expectativa é positiva em relação ao rendimento. A colheita ainda está nas etapas iniciais.
Expectativas - Apesar de todos os percalços e incertezas, as perspectiva de uma safra recorde ainda se mantêm. Entretanto, é grande a expectativa em torno das condições climáticas durante a colheita da segunda metade da safra.
"Ainda não se fala de perdas ou apodrecimento, mas a continuidade dessa umidade até abril gera preocupação, sim, e existe a possibilidade de algumas correções na produtividade em função desse excesso", avalia Pereira, da Informa. "Mas por mais que se tenha observado essas preocupações no Mato Grosso do Sul, acho que não vai pesar muito sobre a estimativa nacional."
Em seu último levantamento sobre a safra nacional, divulgado no dia de 10, a Conab não considerou o impacto das chuvas no Mato Grosso do Sul porque a avaliação das lavouras aconteceu antes. Mas o ministro Wagner Rossi já admitiu que isso pode prejudicar os números locais da produção. A próxima estimativa será divulgada em abril.

CBOT/GRÃOS-FORTE ALTA COM MELHORA DO CENÁRIO EXTERNO E DEMANDA.

Os futuros dos grãos abriram com fortes ganhos na Bolsa de Chicago, guiados pela recuperação dos mercados financeiros e por boas perspectivas positivas de demanda.
Além disso, os progressos feitos pelo Japão no resfriamento dos reatores nucleares ajudaram o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, e os mercados acionários norte-americanos a subir, estimulando a confiança dos investidores. A fraqueza do dólar também favorece os grãos, uma vez que torna as commodities mais baratas para compradores estrangeiros.
No caso da soja, a melhora do cenário macroeconômico permitiu aos investidores se concentrar nos fundamentos. A previsão de um apertado estoque final nos Estados Unidos, uma intensa demanda e preocupações com fortes chuvas no Brasil fornecem suporte. 
O contrato maio da oleaginosa saltou 55 cents para US$ 13,42 por bushel. O mesmo vencimento do milho subiu 30,0 cents, limite de alta, para US$ 6,46 50 por bushel. Os lotes para entrega em maio do trigo disparavam 54 cents, ou 4,98%, para US$ 7,16 por bushel.

MILHO/EUA: VENDEU 116 MIL T P/ PAÍSES NÃO REVELADOS
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que exportadores privados venderam 116 mil toneladas de milho para países não identificados, com entrega no ano comercial 2010/11, que começou em 1º de setembro. Qualquer atividade de venda de 100 mil toneladas ou mais feita em um único dia para um mesmo destino deve ser comunicada ao USDA até o próximo dia útil. Volumes inferiores devem ser relatados semanalmente.

ASIÁTICOS INTENSIFICAM COMPRAS APÓS QUEDA DOS PREÇOS
Compradores asiáticos estão contratando várias centenas de milhares de grãos de Austrália, América do Sul e Estados Unidos, aproveitando a queda acentuada dos preços, disseram executivos nesta quinta-feira.
O terremoto e o tsunami no Japão atrasaram o desembarque e desviaram as cargas de grãos, mas o consequente declínio dos preços abriu uma janela de oportunidade para compradores de outras regiões na Ásia, que estão agressivamente importando trigo, milho e soja. "Os fundamentos ainda são fortes e os preços podem se recuperar, então os compradores não querem deixar passar a última oportunidade", disse um executivo de uma trading global de commodities de Cingapura.
O sul-coreano Major Feedmill Group comprou um carregamento de 70 mil toneladas de milho da Marubeni para entrega até 15 de julho por US$ 318,50 a tonelada CIF em um leilão, disseram executivos nesta quinta-feira. Já o Nonghyup Feed Inc., maior fabricante de ração da Coreia do Sul, adquiriu duas cargas com um total de 110 mil toneladas por valores não revelados. O país é o terceiro maior importador de milho do mundo.

SOJA/EUA VENDEM 64% MENOS, EMBARQUES SOBEM 15%.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 146.800 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada no dia 10 de março, de acordo com o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura do país (USDA).
O volume fica 64% abaixo do registrado uma semana antes, além de ser 59% menor que a média das últimas quatro semanas, segundo o governo. Os principais compradores foram Holanda (77.100 t), Egito (52.900 t), Japão (26.400 t), México (23.500 t) e Taiwan (9.600 t).
Cancelamentos foram feitos por países não identificados (56 mil t).
Para entrega na temporada 2011/12, foram comercializadas 67.700 toneladas, sendo 60 mil toneladas para China.
Os embarques totalizaram 838.700 toneladas no período, alta de 15% em relação à semana anterior, mas 27% menos que a média mensal. Os principais destinos foram China (527.600 t), Holanda (77.100 t), Egito (72.600 t), México (61.800 t) e Tunísia (27.700 t).

quarta-feira, 16 de março de 2011

MILHO: CHICAGO REGISTRA MÍNIMA EM 9 SEMANAS.

Os preços futuros do milho voltaram a cair com força nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio, os mais negociados, recuaram 19,50 cents ou 3,07% e fecharam a US$ 6,1650/bushel. O mercado se recuperou no início do dia, mas cedeu novamente e atingiu a mínima em nove semanas, a US$ 6,0850/bushel.
O mercado esticou as perdas recentes, pois investidores continuam preocupados com a desaceleração da economia global. Os desastres naturais no Japão e a crise nuclear e humanitária continuaram pressionando os futuros de grãos, além das ações, deixando investidores à margem do mercado. A economia global já estava abalada por causa dos tumultos no Oriente Médio e no Norte da África.
Fundos de commodities liquidaram posições compradas diante da percepção de que os preços do milho atingiram um pico nas máximas em 32 meses, em 4 de março, segundo o analista John Kleist, da Ebottrading.com. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 40 mil contratos.

CENÁRIO/INSUMOS: DEMANDA POR ADUBO DEVE SEGUIR FIRME.

A importação de fertilizantes iniciou o ano em alta e continua elevada, um indicativo de que o produtor deverá reforçar os investimentos no campo na próxima safra 2011/12. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de março a compra do insumo atingiu média diária de US$ 21,23 milhões, aumento de 14,5% ante a média de fevereiro, de US$ 18,548 milhões, e um salto de 81% sobre a média de março de 2010, de US$ 11,742 milhões. A analista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria, diz que esse forte aumento nas importações pode indicar uma antecipação das compras externas em função da expectativa de uma elevação mais acentuada no preço do petróleo. "Além de ser um insumo cujo custo de produção está relacionado ao petróleo é preciso lembrar que os fertilizantes viajam pelo mundo até chegar ao País, então o custo de transporte também tem que ser levado em conta". De acordo com a Secex, o preço médio dos adubos e fertilizantes (minerais ou químicos) importados em janeiro subiu 21,43% ante o mesmo período em 2010.
Em volume, o último dado consolidado é também de janeiro, quando foram importadas 1,492 milhão de toneladas, elevação de 78,5% sobre o mesmo período em 2010, que registrou 836,1 mil toneladas. O volume é até mesmo maior que as importações do ano de 2008, considerado um marco no setor agropecuário, quando 1,33 milhão de toneladas foram internalizadas em janeiro, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). As entregas de fertilizantes para o consumidor final subiram 7,3% em janeiro, para 1,732 milhão de toneladas, de acordo com a entidade.
O cenário positivo para a renda agrícola neste ano estimula os investimentos nas lavouras, segundo avaliação de Romano. Ela aponta que o volume entregue aos produtores em janeiro representa o segundo melhor resultado para o mês, perdendo apenas para janeiro de 2008, quando as entregas foram de 1,857 milhão de t. Ela avalia que o aumento na demanda dos fertilizantes se dará mais em virtude da elevação dos investimentos do que pela aumento da área plantada em 2011/12. "O custo de incorporação de novas áreas de produção está elevado. Se houver, um aumento das lavouras será marginal", afirmou.
Em relatório divulgado ao mercado no início deste mês, em que informava os resultados de 2010, a Fertilizantes Heringer - uma das maiores do País no setor - estimou um crescimento de 6% no consumo brasileiro de fertilizantes em 2011, com o volume de entregas atingindo 26 milhões de toneladas. Cerca de 39% desse total deve ser entregue no primeiro semestre e os 61% restantes no segundo semestre. "Os preços das matérias primas tendem a ser superiores aos do último trimestre de 2010", disse a empresa no documento, sem citar uma estimativa.

CBOT/SOJA SE RECUPERA DE PERDAS.

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na bolsa de Chicago, encerrando o movimento de vendas generalizadas provocado pela preocupação com os resultados do terremoto e do tsunami no Japão.
O contrato maio da soja, mais ativo, teve alta de 17 centavos, ou 1,3%, para fechar cotado a US$ 12,87 por bushel. Ontem a oleaginosa encerrou no limite de queda devido às preocupações com a crise nuclear no Japão.
Os investidores acompanham de perto a situação no país asiático porque isso amplia as incertezas em relação ao crescimento econômico global, principalmente depois dos tumultos no Oriente Médio e Norte da África.
Mas os futuros da soja encontraram sustentação hoje pois a recuperação do mercado acionário japonês durante a noite ajudou a abrir as portas para compradores retornarem ao complexo de commodities. Os preços também se favoreceram da redução em 11,2% na estimativa do Ministério da Agricultura da China para o plantio em 2011 no país, disse Rich Nelson, diretor da Allendale Inc.
Além disso, "as notícias de chuvas no Brasil atrapalhando a colheita e atrasando o carregamento da soja para exportação deram mais sustentação", disse ele.
Os futuros do óleo de soja também se estabilizaram após as fortes quedas de terça-feira, com o suporte também da alta no petróleo. O contrato maio avançou 8 pontos, para 52,96 centavos por libra-peso. Por sua vez, o maio do farelo de soja ganhou US$ 3,70, ou 1,1%, cotado a US$ 344,50 por tonelada.

GRÃOS/EUA: ALLENDALE ESTIMA MENOR ÁREA COM MILHO E SOJA.

Produtores dos Estados Unidos cultivarão 91,291 milhões de acres com milho (36,94 milhões de hectares) e 77,193 milhões de acres com soja (31,23 milhões de hectares) no próximo ano-safra, de acordo com projeções da corretora Allendale, após a realização de sua pesquisa anual. A Allendale estima a área plantada com trigo em 57,435 milhões de acres (23,24 milhões de hectares). As estimativas vêm à tona num momento em que participantes do mercado acompanham de perto as previsões de área, diante da oferta global apertada de grãos.
A empresa afirmou que a previsão de plantio de soja, unida à estimativa de produtividade de 43,52 bushels por acre, poderia resultar numa produção de 3,319 bilhões de bushels no próximo ano-safra (90,33 milhões de toneladas), ante 3,329 bilhões de bushels no ciclo atual.
Usando a previsão de 43,63 bushels por acre com trigo, a colheita do cereal deve somar 2,142 bilhões de bushels (58,3 milhões de toneladas), ante 2,208 bilhões de bushels no atual ano-safra.
Para o milho, a estimativa de plantio aliada à produtividade de 161,97 bushels por acre resultaria em produção de 13,551 bilhões de bushels (344,19 milhões de toneladas) no próximo ano-safra, ante um total de 12,447 bilhões de bushels no atual.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou projeções preliminares no mês passado, indicando plantio de 92 milhões de acres com milho, 78 milhões de acres com soja e 57 milhões de acres com trigo. Novas previsões serão divulgadas em 31 de março.
No ano passado, produtores dos Estados Unidos cultivaram 88,2 milhões de acres com milho, 77,4 milhões de acres com soja e 53,6 milhões de acres com trigo.

PR/SOJA-COLHEITA DISPARA E ATINGE 50%.

A colheita da soja no Paraná deu um salto nas duas últimas semanas devido ao tempo favorável e atingiu 50% da área estimada em 4,5 milhões de hectares, contra 11% em 28 de fevereiro, informou hoje o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado, em seu informe semanal.
"A chuva deu uma trégua nas principais regiões produtores e a soja estava em ponto de maturação. Então o produtor não mediu esforços e em algumas regiões houve até disputa de colheitadeiras", explicou à Agência Estado a engenheira agrônoma do Deral Margorete Demarchi, destacando que o ritmo dos trabalhos agora já se iguala ao dos dois últimos anos.
O Deral estimou em fevereiro que a produção do Estado vai atingir 13,94 milhões de toneladas, com uma produtividade de 3.097 quilos por hectare. Entretanto, Margorete lembra que essa avaliação foi feita quanto apenas 5% da safra tinha sido colhida, e acredita que o rendimento pode ultrapassar o recorde do ano passado de 3.184 quilos.
"Houve perdas pontuais por causa da chuva, mas de modo geral acho que os problemas não foram tantos quanto se imaginava. Estamos caminhando para uma safra maior do que a do ano passado e no relatório da semana que vem teremos uma ideia melhor", disse ela. No ciclo 2009/10, o segundo maior produtor nacional da oleaginosa plantou uma área de 4,37 milhões de hectares, atingindo o recorde de 13,92 milhões de toneladas colhidas.
Segundo o relatório do Deral, 89% das lavouras estão em condições boas, com 10% em situação média e 1% delas é considerada ruim. A comercialização antecipada da safra avançou quatro pontos porcentuais desde 28 de fevereiro, e agora atinge 29% da produção prevista.

GRÃOS/TREMOR NO JAPÃO PODE AUMENTAR A DEMANDA.

TREMOR NO JAPÃO PODE SER POSITIVO PARA SOJA E MILHO NO 2º E 3º TRI
O terremoto no Japão pode ser positivo para commodities como o milho e a soja no segundo e terceiro trimestre deste ano, afirmou Abah Ofon, analista de commodities do Standard Chartered Global Research. Segundo ele, uma quantidade maior de arroz pode ser destinada à alimentação, cabendo aos dois outros grãos suprir as necessidades dos segmentos de ração e combustíveis.
Na terça-feira, o contrato maio da soja fechou com queda de 70 cents na Bolsa de Chicago, menor nível desde o final de novembro. O mesmo vencimento do milho também encerrou no limite diário de queda, de 30 cents, despencando para US$ 6,36 por bushel, mínima em quase 10 semanas.
"Os mercados permaneceram relativamente parados depois do terremoto no Japão, mas sentimos que essa é a calmaria antes da tempestade", disse Ofon. "Nós esperamos que a demanda do Japão impulsione os preços agrícolas, particularmente os de grãos para ração, enquanto seguimos rumo ao segundo e ao terceiro trimestre."
Os estoques japoneses no final da temporada 2010/11 devem satisfazer uma demanda equivalente a 22 dias para o milho e sete dias para a soja, previu ele. As reservas de ambos os grãos devem apresentar a maior expansão, se as ofertas forem liberadas para atenuar a ansiedade do mercado e a escassez até que a logística se normalize, afirmou Ofon. Alguns dos portos já foram afetados pelo tsunami, acrescentou o analista.
"Nós recomendamos que os investidores assumam posições compradas no contrato julho da soja e no setembro do milho." O Japão é um importador líquido de alimentos, com necessidades de importação de 90% para o trigo e a soja e de 100% para o milho. O país é quase autossuficiente em arroz, mas a maioria das terras aráveis dedicadas ao cultivo na região nordeste também foram afetadas pelo desastres naturais, disse Ofon.

CHINA/SOJA FECHA EM QUEDA AFETADA POR CRISE NUCLEAR NO JAPÃO

Os futuros da soja fecharam com queda marginal na Bolsa de Commodities de Dalian, pressionados pelo fraco desempenho dos preços no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago com vendas generalizadas desencadeadas por um possível desastre nuclear no Japão. O contrato janeiro encerrou com baixa de 0,5% nesta quarta-feira, a 4.411 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1).
As perdas foram limitadas por um comunicado do Ministério de Agricultura do país informando que o plantio doméstico de soja neste ano pode cair 11% em relação ao ano anterior, conforme os produtores optam por cultivar mais acres com algodão e milho devido à alta dos preços.
No entanto, as cotações da oleaginosa se mostraram indiferentes ao fluxo constante de notícias negativas, uma vez que os ativos principais são os grãos cultivados localmente, cujos preços são geralmente menos voláteis que os importados, afirmou Lian Chao, analista da Radar Futures Brokerage Co. Já os futuros do farelo e do óleo de soja normalmente acompanham o movimento da CBOT mais de perto, tendo em vista que a maioria das processadoras utiliza matéria-prima importada, explicou. "Os preços futuros devem se estabilizar depois do pânico temporário de vendas generalizadas."
Na Bolsa de Dalian, os óleos comestíveis devem avançar em uma recuperação técnica em breve, já que estão sendo negociados com descontos em relação ao preço físico, disseram traders e analistas.

GOVERNO BLOQUEIA COMPRA DE TERRAS POR ESTRANGEIROS

O governo decidiu bloquear negócios de compra e fusão, por estrangeiros, de empresas brasileiras que detenham imóveis rurais no País. Esse tipo de negócio estaria ocorrendo, segundo avaliação do Planalto, como uma forma de burlar restrições impostas no ano passado à compra e ao arrendamento de terras por investidores estrangeiros.
O bloqueio de novos negócios foi determinado em aviso encaminhado ontem pela Advocacia-Geral da União ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Este repassará a ordem às juntas comerciais: operações de mudança do controle acionário de empresas proprietárias de áreas rurais envolvendo estrangeiros não poderão ser formalizadas. A partir do aviso, operações eventualmente fechadas podem ser suspensas na Justiça. As juntas comerciais também vão auxiliar os cartórios a identificar a participação de capital estrangeiros nas empresas que comprem terras.
O ato do ministro Luiz Inácio Adams é mais uma tentativa de controlar o avanço de estrangeiros sobre terras no Brasil. Em agosto do ano passado, parecer da AGU enquadrou empresas brasileiras cujo controle acionário e controle de gestão estejam em mãos de estrangeiros nas mesmas restrições impostas a empresas e pessoas físicas estrangeiras.
Área por cidade
Desde a década de 70, a lei impede a compra ou o arrendamento de mais que 50 módulos por estrangeiros. O limite, por município, equivale a 25% de seu território sob controle de cidadãos ou empresas de outras nacionalidades. Uma mesma nacionalidade estrangeira não pode deter mais do que 10% da área de um determinado município. Essas restrições haviam sido suspensas para empresas brasileiras, mesmo com controle estrangeiro, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
As restrições foram restabelecidas há sete meses e atribuídas a um cenário internacional que estimulava o avanço de estrangeiros sobre terras no Brasil. "A crise de alimentos no mundo e a possibilidade de adoção, em larga escala, do biocombustível como importante fonte alternativa de energia, apta a diversificar, com grande vantagem, a matriz energética nacional, são os principais vetores dessa nova abordagem da questão da propriedade da terra no Brasil", argumentou a AGU. A esses argumentos juntaram-se a elevação do preço das commodities e a especulação com o preço das terras, até a necessidade de conter o desmatamento na Amazônia.
O parecer também chamava a atenção para a falta de controle sobre a compra de terras por estrangeiros. O número mais recente, fechado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na semana passada, aponta em mãos de estrangeiros uma parcela de terra equivalente a 20% do Estado de São Paulo: 4,5 milhões de hectares ou 45 mil quilômetros quadrados - números que, segundo as autoridades, não traduzem a realidade.
Os estudos da AGU também levaram em conta relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o avanço de estrangeiros, também, sobre áreas de terras no litoral brasileiro.

terça-feira, 15 de março de 2011

CBOT/GRÃOS: REDUÇÃO DE RISCO DERRUBA PREÇOS PARA LIMITE DE BAIXA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam hoje em limite de baixa, uma vez que as preocupações com a crise nuclear do Japão levaram traders a reduzir a exposição ao risco em uma série de mercados. O contrato maio despencou 70 centavos, ou 5,22%, para encerrar cotado a US$ 12,70 por bushel, o menor fechamento para o vencimento mais próximo desde o final de novembro.
Participantes do mercado continuarão a reduzir a exposição ao risco até que volte a se sentir uma "sensação de normalidade" após a tragédia da semana passada no Japão, prevê Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions. Os fundos de commodities foram fortes vendedores hoje, descarregando estimados 16 mil contratos de soja na CBOT.
As incertezas nos mercados globais e em relação às implicações que uma desaceleração no Japão terá sobre a economia global ainda deixam tensos os participantes do mercado. "As dúvidas sobre a economia global e os eventos no Japão estão pressionando simplesmente tudo", disse Kayla Hoffman, corretora de grãos em Dakota do Norte.
As preocupações de que a demanda do Japão por commodities vai recuar no curto prazo deixou os compradores afastados do mercado, já que investidores tiraram seu dinheiro de ativos mais arriscados e optaram por outros mais líquidos, como o dólar, disseram analistas. O Japão é o maior consumidor do milho norte-americano e um importante comprador de soja e trigo.
"A maior preocupação com o Japão agora é de que, mesmo que compre grãos dos EUA, o vazamento de radiação poderá impedir que os carregamentos sejam entregues", disse Karl Setzer, analista da MaxYield Cooperative.
Os produtos derivados também tiveram fortes quedas, em linha com as vendas generalizadas em commodities. O óleo de soja atingiu o limite diário de queda, pressionado ainda pelo recuo do petróleo. O contrato maio afundou 250 pontos, ou 4,51%, para 52,88 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo perdeu US$ 14,70, ou 4,14%, para US$ 340,80 por tonelada.

TRIGO ACOMPANHA CRISE NO JAPÃO E DESPENCA 7,3%
Os preços futuros do trigo afundaram hoje no mercado americano, em meio às incertezas promovidas pela crise humanitária e nuclear no Japão. O sentimento de aversão ao risco pesou sobre as commodities nesta terça-feira de forma generalizada.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de trigo com vencimento em maio fecharam em baixa de 53,0 cents ou 7,35%, cotados a US$ 6,6775/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 48,50 cents ou 5,88%, e terminou a US$ 7,77/bushel.
"As incertezas sobre a economia global e os eventos no Japão estão pressionando tudo", comentou a comerciante de grãos Kayla Hoffman. Os mercados registraram perdas expressivas conforme aumentaram as preocupações com a infraestrutura e a economia japonesas, depois do terremoto e do tsunami que atingiram o país na sexta-feira, seguidos de uma crise nuclear.
Há também preocupações com eventual redução demanda do Japão por commodities no curto prazo, colocando os compradores à margem do mercado, enquanto investidores tiram as fichas da mesa, afastando-se dos riscos e buscando ativos mais líquidos, como o dólar, segundo analistas.
O Japão é o maior consumidor de milho dos Estados Unidos e compra também soja e trigo. "A maior preocupação com o Japão agora é que, mesmo se eles comprarem grãos dos Estados Unidos, o vazamento de radiação evitaria que os produtos fossem entregues", explicou Karl Setzer, da MaxYield Cooperative.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 12 mil contratos em trigo hoje na CBOT. Eles continuarão vendendo até que se tenha "um retorno ao senso de normalidade", depois dos desastres da semana passada, prevê o presidente da corretora Midwest Market Solutions, Brian Hoops. "No curto prazo estamos muito negativos e é isso que os fundos estão olhando", opinou.

MILHO FECHA NO LIMITE DE BAIXA, MENOR NÍVEL EM 10 SEMANAS
Os seis primeiros contratos futuros de milho encerraram o dia com queda de 30 cents, limite de baixa. Os contratos com vencimento em maio, os mais líquidos, fecharam com desvalorização de 4,50%, cotados a US$ 6,36/bushel, o menor nível em quase 10 semanas.
A crise humanitária e nuclear no Japão fortaleceu o sentimento de aversão ao risco nos mercados nesta terça-feira. Investidores se desfizeram de commodities e buscaram ativos mais líquidos, como o dólar, segundo analistas.
"As incertezas sobre a economia global e os eventos no Japão estão pressionando tudo", comentou a comerciante de grãos Kayla Hoffman. Os mercados registraram perdas expressivas conforme aumentaram as preocupações com a infraestrutura e a economia japonesas, depois do terremoto e do tsunami que atingiram o país na sexta-feira, seguidos de uma crise nuclear.
Há também preocupações com eventual redução demanda do Japão por commodities no curto prazo, colocando os compradores à margem do mercado. O Japão é o maior importador de milho dos Estados Unidos. Traders estão preocupados também com uma eventual redução das aquisições após o desastre da semana passada. O Japão compra também soja e trigo.
"A maior preocupação com o Japão agora é que, mesmo se eles comprarem grãos dos Estados Unidos, o vazamento de radiação evitaria que os produtos fossem entregues", explicou Karl Setzer, da MaxYield Cooperative. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 22 mil contratos de milho em Chicago.

CBOT/GRÃOS TRABALHAM EM FORTE QUEDA; NERVOSISMO SOBRE JAPÃO.

Os futuros da soja recuam fortemente na Bolsa de Chicago, afetados por preocupações sobre o vazamento radioativo em uma usina nuclear no Japão, importante comprador de produtos agrícolas. Traders temem que a economia japonesa e a demanda por commodities do país desacelerem depois do terremoto e do tsunami da última semana. "O que o mercado desesperadamente precisa é de algumas notícias positivas sobre a situação nuclear do Japão", informou a Global Commodity Analytics & Consulting.
O contrato com vencimento maio despencou 50 cents, ou 3,58%, negociado a US$ 12,88 por bushel. Os produtos derivados do grão também registram perdas acentuadas, com o óleo caindo mais de 4,4% e o farelo em torno de 3,2%.

MILHO RECUA MAIS DE 4% PRESSIONADO POR RISCO NUCLEAR NO JAPÃO
As cotações do milho caem mais de 4% na Bolsa de Chicago, operarando no limite diário de queda, conforme preocupações com os riscos nucleares no Japão estimulam traders a liquidar posições em uma série de mercados. 
O contrato maio perdia 30,0 cents, ou 4,72%, para US$ 6,36 por bushel, menor patamar em quase oito semanas. "Incertezas sobre a economia global e os eventos no Japão estão exercendo pressão sobre tudo", afirmou Kayla Hoffman, comerciantes de grãos da Dakota do Norte.
Temores de que a demanda japonesa por commodities cairá no curto prazo afastaram os compradores, provocando um desvio de capital para ativos mais seguros, de acordo com analistas. Os preços do milho retrocederam 12% desde que atingiram a máxima em 32 meses no dia 4 de março graças às preocupações com o aperto dos estoques finais, projetados no nível mais baixo em 15 anos na temporada 2010/11.
As catástrofes no Japão reforçaram temores sobre uma desaceleração econômica global, lançados na semana passada pela alta dos preços da energia e por tumultos no Oriente Médio e no norte da África. "Sempre que um importante cliente tem o tipo de problema que estamos vendo no Japão, isso eventualmente afetará a quantidade de negócios que eles fazem com você", explicou Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage, no Iowa.

CHINA/SOJA FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja terminaram em leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme compras motivadas pelo recente declínio dos preços e um rali na bolsa de Chicago ofuscaram preocupações de que a recuperação econômica global pode desacelerar devido ao forte terremoto no Japão.
O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou com valorização de 0,8% nesta terça-feira, a 4.435 yuans por tonelada, após seis sessões consecutivas de perdas (6,578 yuans = US$ 1). Em Chicago, os lotes para entrega em maio fecharam com ganhos de 0,4% no último pregão.
O avanço da oleaginosa em Dalian foi contido por persistentes temores sobre a fraca demanda por óleos comestíveis no período de entressafras e o tremor no Japão, um importante importador do grão.
Enquanto isso, um total de 250.716 lotes para entrega em janeiro foram negociados hoje, acima de 145.374 lotes na segunda-feira. O número de contratos abertos subiu para 301.918 lotes, ante 278.316 lotes na véspera, indicando que a confiança dos investidores está crescendo. "Investidores têm um forte desejo de comprar nos momentos de queda [dos preços]", explicou Guan Xiangfeng, analista da Shanghai Cifco Futures Co. Assumir posições compradas agora é um grande risco para os investidores, já que o mercado de commodities agrícolas pode recuar ainda mais por causa de fundamentos baixistas, acrescentou ele.

segunda-feira, 14 de março de 2011

SOJA/MT: CHUVAS CONTINUAM A DIFICULTAR O AVANÇO DA COLHEITA.

A continuidade das chuvas segue dificultando o avanço da colheita da soja em Mato Grosso. Com metade da área colhida e atraso de 27% em relação ao mesmo período do ano passado, os produtores registram prejuízos por conta do excesso de chuvas.
Analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informam que os relatos de perdas aumentaram nas regiões oeste e sul do Estado.
O Imea informa que muitas cargas de soja colhidas nas últimas semanas estavam com umidade acima do adequado e houve casos pontuais de áreas que já não possuíam condições de serem colhidas em virtude dos danos provocados pelas chuvas. Analistas do instituto observaram que as áreas atingidas são de pequena expressividade ante a produção estadual.
O boletim climático da Somar Meteorologia para Mato Grosso aponta tendência de mais chuvas, com maior intensidade na região norte, onde devem superar 100 mm no acumulado durante a semana. Para Sorriso, situado na região do médio-norte, a previsão é de volume acumulado de 92 mm. Em Sapezal, dos 15 dias decorridos em março, choveu em nove.
Produtores consultados pela Agência Estado comentam que além do aumento do frete, provocado pela redução no fluxo de caminhões, que enfrentam longas filas para descarregar nos armazéns das tradings, outra preocupação é com a possibilidade de aumento das perdas da soja em ponto de colheita, por causa da continuidade das chuvas, e o risco da disseminação da ferrugem nas lavouras mais tardias.

CBOT/GRÃOS SE RECUPERAM DAS PERDAS INICIAIS E FECHA EM ALTA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago se recuperaram das fortes perdas registradas na semana passada e fecharam hoje em alta, uma vez que os riscos provocados pelas incertezas nos mercados globais e a ameaça de demanda reduzida do Japão aparentemente já foram precificados. O contrato maio subiu 5,50 centavos, ou 0,4%, e fechou cotado a US$ 13,40 por bushel.
A soja chegou a abrir em queda devido à pressão das vendas, mas os mercados de grãos em geral se recuperaram desse movimento já que os usuários finais viram as quedas como oportunidade de compras, segundo traders. Isso compensou a fraqueza anterior provocada pelas taxas de esmagamento nos Estados Unidos em fevereiro abaixo do esperado, além das perspectivas de uma ampla safra sul-americana.
Entretanto, os ganhos foram limitados porque os traders continuam preocupados com a questão do risco. Eles continuaram a avaliar as notícias de danos no Japão, que é um importante comprador de soja, em meio às persistentes incertezas sobre como o terremoto e o tsunami da semana passada vão impactar as aquisições do país.
O farelo de soja também terminou em alta, em linha com a estabilização da soja. O contrato maio avançou US$ 5,50, ou 1,6%, cotado a US$ 355,50 por tonelada, sustentado pelo fim da pressão da vendas. Além disso, segundo Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, os dados sobre moagem provavelmente levaram traders a imaginar que a disponibilidade de soja está baixa, em meio a uma demanda firme dos processadores.
Já os futuros do óleo de soja terminaram em baixa, mas esta foi limitada devido a uma recuperação do petróleo no final da sessão. O maio perdeu 52 pontos, ou 0,9%, cotado a 55,38 centavos por libra-peso.

MILHO REAGE E FECHA EM ALTA
Após as perdas expressivas da semana passada, os preços futuros do milho terminaram a segunda-feira em território positivo na Bolsa de Chicago. O mercado recuou para mínimas em seis semanas e traders entraram no mercado comprando, em busca de pechinchas. Os lotes para entrega em maio, os mais negociados, terminaram o dia em alta de 1,75 cent ou 0,26%, cotados a US$ 6,66/bushel.
Os compradores continuam ansiosos com relação ao abastecimento, que deve atingir o menor nível em 15 anos no fim do ano comercial, em 31 de agosto.
Participantes do mercado suspeitam que os preços do milho tenham se estabilizado no curto prazo, pois o terremoto no Japão não derrubou as cotações para novas mínimas no início desta segunda-feira, de acordo com Jack Scoville, vice-presidente da corretora Price Futures Group.
Na sexta-feira, o milho encerrou no menor nível em sete semanas, com queda de quase 11% em relação às máximas em 32 meses registradas uma semana antes. Temores de que a demanda do Japão possa diminuir pressionaram as cotações."Acho que as pessoas que quiseram se garantir, em pânico na sexta-feira, estão voltando a colocar os seus pés na água", comparou Scoville.

MILHO/JAPÃO: IMPORTAÇÃO PARA RAÇÃO PODE CAIR ATÉ 8%.

As importações mensais de milho para ração animal do Japão podem recuar até 8%, conforme o forte terremoto de sexta-feira afetou as operações de vários fabricantes no país, disseram executivos nesta segunda-feira. A área prejudicada pelo tremor e por um subsequente tsunami responde por pouco mais de 15% da produção anual de ração do país, que gira em torno de 24,3 milhões de toneladas, completaram as fontes.
O enfraquecimento da demanda japonesa por milho pode pesar sobre os preços globais, já prejudicados pela disponibilidade de amplos volumes de trigo para ração da Austrália, enquanto o spread entre os grãos diminui na Bolsa de Chicago. O pior surto de febre aftosa já registrado na Coreia do Sul em janeiro também derrubou as cotações do milho.
Se as companhias operarem com 50% da capacidade nos próximos seis meses, muitos executivos esperam que a produção de ração animal do Japão diminua um milhão de toneladas no período, o que reduziria as importações de milho para tal finalidade em quase 500 mil toneladas, explicou um importador.
O país é o maior comprador da commodity no mundo, importando cerca de 6,2 milhões de toneladas de qualidade própria para ração a cada seis meses. Ontem, executivos disseram que embarques de várias centenas de milhares de toneladas de grãos, como trigo e milho, também devem ser adiados. "Ainda estamos fazendo o balanço da situação, mas a entrega de parte de nossas cargas pode ser postergada", afirmou um executivo de uma trading global de Tóquio.
As entregas de grãos importados para portos localizados no norte do Japão, como os de Sendai, Hachinohe e Kamaishi, sofrerão atrasos, de acordo com traders. Como as instalações portuárias na região foram afetadas pelo tremor, alguns carregamentos podem ser desviados para pontos no sul do país, aumentando o congestionamento e os custos de operação, acrescentaram as fontes.
Os portos de Kushiro e Tomakomai, que praticamente escaparam do terremoto, também terão um tráfego maior, afirmou Nobuyuki Chino, presidente da trading Unipac Grain. Contudo, as preocupações mais imediatas são os problemas relacionados às vias de transporte das commodities agrícolas, e não os atrasos nos embarques, acrescentou ele.
Grande parte dos traders acredita que levará muitas semanas para rede de transporte de grãos voltar à normalidade.

SOJA/CHICAGO SE RECUPERA ESTIMULADA POR COMPRAS DE USUÁRIOS FINAIS

Os futuros da soja revertem perdas iniciais na Bolsa de Chicago conforme compras de usuários finais estimulam o mercado. O contrato maio subia 2,50 cents, ou 0,34%, negociado a US$ 13,36 50 por bushel, após ter atingido US$ 13,1850 por bushel.
A incapacidade de desafiar as mínimas de sexta-feira provocou uma caça a barganhas, enquanto apertados estoques e ideias de que o recente declínio foi exagerado ajudam os preços a se recuperar, disseram analistas.
Contudo, a contínua liquidação de posições compradas, à medida que traders reduzem a exposição ao risco em meio à incerteza sobre a economia global, mantém um tom negativo no mercado, acrescentaram as fontes.
Os produtos derivados do grão operam em direções distintas, com o óleo ainda em baixa e o farelo em recuperação.

MILHO/CBOT REVERTE FRACA ABERTURA APÓS CAIR 11% NA SEMANA PASSADA
As cotações do milho se recuperam de uma fraca abertura na Bolsa de Chicago, após um declínio de 11% na semana passada. Contratos negociados com vencimento maio avançava 3,00 cents, ou 1,47%, para US$ 6,67 25 por bushel. 
Na sexta-feira, as vendas generalizadas desencadeadas por preocupações de que os danos resultantes dos desastres naturais no Japão enfraqueceriam a demanda por grãos foram "exageradas", disse o Morgan Stanley a clientes.
Notícias preliminares sugerem que os impactos do forte terremoto e do subsequente tsunami no país, maior importador de milho do mundo, se limitaram a portos menores ao longo da costa nordeste, que não lida embarques vindos dos Estados Unidos, de acordo com o banco.

SOMAR/CLIMA: CHUVA PREJUDICA COLHEITA EM MATO GROSSO E GOIÁS.

As chuvas devem continuar concentradas no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil nesta segunda quinzena de março. De acordo com previsão da Somar Meteorologia, essa condição é desfavorável e prejudicial ao processo de colheita, especialmente em Mato Grosso e Goiás, onde a incidência de dias chuvosos e redução de brilho solar devem se dar por períodos maiores.
Em Mato Grosso do Sul, as chuvas devem continuar castigando o norte do Estado, enquanto no sul os volumes são mais fracos e predominam períodos de sol. Nas outras regiões, a previsão de chuvas deve ser intercalada com alguns períodos de sol.
A Somar explica que as frentes frias, associadas à umidade da Amazônia, permanecem sobre o litoral da Região Sudeste, favorecendo a ocorrência de chuva entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, oeste da Bahia, Maranhão e Piauí.
Já sobre as lavouras do Sul do Brasil, a previsão do tempo para as próximas duas semanas é de um período de pouca água, o que deve favorecer diretamente a colheita da soja no Paraná, informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Em contrapartida, a seca no sul do Rio Grande do Sul deve se agravar nas próximas semanas, prejudicando diretamente a lavoura de soja que ainda depende de água para fechamento de ciclo.
No norte do Nordeste, incluindo o sertão e o agreste, a previsão para segunda quinzena de março é de manutenção de bons volumes de água nas partes norte e oeste da região, incluindo principalmente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Bahia.
A semana - As chuvas voltaram a se concentrar no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil na semana passada, conforme previsto anteriormente.
Os maiores volumes foram registrados sobre uma faixa que vai desde o Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, sul de Mato Grosso até o norte de Mato Grosso do Sul.
Em Minas Gerais e no Espírito Santo, as chuvas de março interromperam um longo período seco entre o fim de janeiro e fevereiro, informa a Somar. Em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul as águas atrapalharam o processo de colheita.
Na Região Sul, a semana foi de chuvas fortes na faixa leste. Na regiões produtoras de soja do interior, porém, as águas deram uma trégua, se intercalando com alguns períodos de sol, o que permitiu o avanço da colheita, especialmente no Paraná.
Já no Norte e Nordeste do Brasil este início de março se mostra, em geral, bastante chuvoso, o que corresponde ao padrão médio para esta época do ano.
Os índices de água disponível no solo refletem esse padrão das chuvas observado em março, onde grande parte do País apresenta excelente condição de umidade do solo (maior do que 90%). Apenas o leste e nordeste da Bahia, Sergipe e Alagoas, continuam secos, no momento, além do extremo norte de Roraima, com índices de água no solo inferiores a 10%.
Argentina - O mês de março voltou a apresentar um padrão de poucas e irregulares chuvas nas principais regiões produtoras de soja da Argentina, incluindo o Pampa Úmido, depois de um fevereiro com alguns bons episódios de águas. Segundo a Somar, além do tempo seco, as altas temperaturas prejudicam ainda mais o desenvolvimento da lavoura de soja. Nas Províncias de Santa Fé, Entre Rios, La Pampa e Córdoba as lavouras do segundo plantio entram agora na fase de floração e enchimento de grão.
Na semana passada, os maiores volumes ficaram concentrados novamente no extremo norte do País e sobre a Província de Buenos Aires. De acordo com a Somar, a previsão para as próximas duas semanas não muda muito em relação ao observado na primeira quinzena de março, permanecendo com predominância de tempo seco. Nesse período, apenas a previsão da passagem de uma frente fria na última semana do mês é que deve provocar alguma chuva nas regiões produtoras.
O que muda um pouco daqui para frente é comportamento da temperatura, devendo se observar uma redução do forte calor, com as temperaturas da tarde, em geral, oscilando entre 25 e 35 graus. "Mais para o fim do mês já se pode esperar quedas mais acentuadas de temperatura, podendo alcançar menos de 10 graus durante a madrugada", conclui Etchichury.

GRÃOS/JAPÃO: 20% DOS ESTOQUES PODEM TER SIDO DESTRUÍDOS.

Analistas do banco alemão Commerzbank disseram que 20% da produção de grãos para ração do Japão atualmente estocada para uso posterior pode ter sido destruída pelo forte terremoto e por um tsunami no país. "Agora que as instalações portuárias e outras infraestruturas do Japão foram destruídas, será difícil para descarregar e transportar importações no futuro próximo", informou a instituição bancário. "Ainda assim, o Japão pode importar mais milho, soja e trigo nas próximas semanas e, deste modo, contribuir para um novo encolhimento dos já baixos estoques mundiais."

SOJA/INDÚSTRIA DOS EUA ESMAGOU 3,4 MI TONS EM FEV.

As indústrias norte-americanas processaram em fevereiro 3,4 milhões de toneladas ante 3,94 mi de tons em janeiro e 4,04 mi de tons em igual período de 2010.
A produção de farelo de soja atingiu 3.006.098 toneladas de curtas (2,73 mi de t) no período, abaixo de 3.460.422 toneladas curtas (3,14 mi de t) no mês anterior e de 3.502.321 toneladas curtas (3,18 mi de t) em fevereiro de 2010. Apesar do declínio, a produtividade subiu tanto na comparação mensal como na anual.
As exportações do produto recuaram para 663.586 toneladas curtas (601.995 t) no mês passado, ante 834.420 toneladas curtas (756.973 t) em janeiro e 906.793 toneladas curtas (822.629 t) em igual período de 2010.
A produção de óleo de soja caiu para 1,45 bilhão de libras-peso (658.827 t), em comparação com 1,67 bilhão de libras-peso (757.641 t) no mês anterior e 1,636 bilhão (818.595) em fevereiro do ano passado.
Assim como o farelo, a produtividade também foi maior, ainda que o volume produzido no mês tenha diminuído. Os estoques atingiram 3,1 bilhões de libras-peso (1,4 mi de t), um pouco mais que 3,098 bilhões de libras-peso (1,37 mi de t) em janeiro, mas abaixo de 2,85 bilhões (1,29 mi de t) em fevereiro de 2010.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, sigla em inglês) dos Estados Unidos.
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                   PROCESSAMENTO DE SOJA NOS EUA
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                          fev/11  jan/11   fev/10
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Soja - em mil toneladas
Grão esmagado    3,4        3,94      4,04      
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CHINA/SOJA CAI; TERREMOTO NO JAPÃO AMEAÇA RECUPERAÇÃO.

Os futuros da soja na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram com queda pela sexta sessão seguida nesta segunda-feira, em um cenário marcado pelo forte terremoto que devastou o nordeste do Japão e ameaça recuperação econômica global.
O contrato maio, o mais negociado, encerrou com baixa de 0,3%, a 4.401 yuans por tonelada, em meio às perdas generalizadas das commodities. As cotações dos óleos de palma e soja também caíram fortemente, fechando com desvalorização de 1,7% e 1,4%, respectivamente.
Investidores estão preocupados com o enfraquecimento da demanda do Japão, maior importador de milho e segundo principal de trigo. Na Bolsa de Chicago o contrato maio da soja despencou 1,55% na sexta-feira.
No entanto, os futuros a oleaginosa tem espaço limitado para cair mais, já que a demanda por parte de processadoras chinesas segue forte e os preços continuam estáveis no mercado físico, afirmou Guan Xiangfeng, analista da Shanghai Cifco Futures Co., em uma nota. Já os óleos comestíveis devem apresentar uma recuperação técnica em breve, uma vez que os preços futuros estão com um desconto em relação ao valor negociado à vista, segundo analistas.
Entre outras notícias, a China planeja vender 100 mil toneladas de óleo de canola das reservas estatais em um leilão amanhã (dia 15). O país já comercializou cerca de 870 mil toneladas de óleos comestíveis em oito leilões desde o final do ano passado.

CHINA CONFIA NO CONTROLE DA INFLAÇÃO.
O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou que o país está confiante em um bem sucedido gerenciamento das expectativas de inflação e dará continuidade à gradual reforma da taxa de câmbio do yuan. Em um discurso após o fim da sessão anual de 2011 do Congresso Nacional do Povo da China, nesta segunda-feira, Wen atribuiu parcialmente a inflação no país a fatores internacionais, dizendo que a alta dos preços é um fenômeno global. Wen afirmou que "as políticas monetárias de afrouxamento quantitativo em alguns países" - em uma aparente referência aos EUA - estão criando flutuações de grande escala nas taxas de câmbio globais e nos preços das commodities. Ao ser perguntado se a China permitirá uma valorização mais rápida do yuan para combater a inflação, o premiê reiterou a posição do governo de que a reforma cambial será gradual. "Nós precisamos manter em mente que esse tipo de valorização é gradual, porque tem relação com o emprego e com o que as companhias podem suportar", disse. "Nós precisamos manter a estabilidade social", acrescentou Wen.
Segundo o premiê, gerenciar as expectativas de inflação será especialmente difícil no primeiro semestre deste ano em razão da baixa base de comparação no mesmo período do ano passado. Dados do governo mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI), chinês subiu 4,9% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2010. Wen destacou que muitas economias emergentes têm inflação entre 8% e 10%, sugerindo que a taxa chinesa é relativamente baixa.
Sobre a questão imobiliária, Wen afirmou que o governo vai endurecer a supervisão das políticas de governos locais para o setor como parte dos esforços para controlar os preços persistentemente altos. Os governos locais também terão de publicar suas respectivas políticas e metas com relação ao controle dos preços dos imóveis.
Ao fim da sessão legislativa anual, Wen disse ainda que o país vai seguir adiante com a reforma política, junto com a reforma econômica, e alertou que a corrupção é o maior perigo que a nação enfrenta no momento. O premiê afirmou que as autoridades precisam criar condições para permitir que o público critique o governo e destacou que integridade e justiça são a base da estabilidade social.

COMMODITIES-PERSPECTIVA: JAPÃO E CHINA DEVEM ATRAIR ATENÇÃO NO MERCADO DE GRÃOS

Os contratos futuros de grãos negociados na Bolsa de Chicago devem tentar se reposicionar neste início de semana depois das vendas generalizadas que varreram o mercado na sexta-feira, como decorrência das incertezas sobre a economia global após o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão.
O milho liderou as perdas uma vez que o Japão é o maior importador mundial do cereal e importante comprador dos Estados Unidos. A primeira preocupação que surge é em relação às entregas a serem feitas nos portos japoneses, pois se os danos impedirem o desembarque o produto pode voltar para o mercado, como lembrou Vinicius Ito, da corretora Newedge.
"Quando acontece alguma coisa, o pessoal primeiro vende e depois pergunta porque. A primeira reação foi negativa porque uma série de commodities que o Japão importaria pode voltar para o mercado", disse Ito.
Para o analista, é possível que haja uma continuidade das ordens de vendas por fundos tanto na soja quanto no milho nos primeiros dias da semana, ainda como reflexo da decisão dos participantes de reduzir o risco, como visto na sexta-feira.
Mas no caso do milho, as perspectivas são positivas com a possibilidade de a China voltar a importar. "Os estoques governamentais da China estariam muito baixos, e um sinal disso é o fato de o governo ter parado de fazer leilões. Esse rumor deve dar sustentação para o milho no início da semana", disse Ito.
Na sexta-feira, os lotes do milho para entrega em maio fecharam com desvalorização de 18,50 centavos, ou 2,71%, cotados a US$ 6,6425 por bushel. O mesmo vencimento da soja perdeu 21 centavos, ou 1,55%, para fechar cotado a US$ 13,3450 por bushel.
Já para o trigo a expectativa é de que se mantenha no nível de US$ 7 por bushel, sem a perspectiva de alterações na demanda. Na última sessão, os contratos com vencimento em maio recuaram 21,75 centavos, ou 2,94%, e fecharam a US$ 7,1875 por bushel, também na esteira dos temores provocados pela tragédia no Japão.

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