segunda-feira, 14 de março de 2011

MILHO/JAPÃO: IMPORTAÇÃO PARA RAÇÃO PODE CAIR ATÉ 8%.

As importações mensais de milho para ração animal do Japão podem recuar até 8%, conforme o forte terremoto de sexta-feira afetou as operações de vários fabricantes no país, disseram executivos nesta segunda-feira. A área prejudicada pelo tremor e por um subsequente tsunami responde por pouco mais de 15% da produção anual de ração do país, que gira em torno de 24,3 milhões de toneladas, completaram as fontes.
O enfraquecimento da demanda japonesa por milho pode pesar sobre os preços globais, já prejudicados pela disponibilidade de amplos volumes de trigo para ração da Austrália, enquanto o spread entre os grãos diminui na Bolsa de Chicago. O pior surto de febre aftosa já registrado na Coreia do Sul em janeiro também derrubou as cotações do milho.
Se as companhias operarem com 50% da capacidade nos próximos seis meses, muitos executivos esperam que a produção de ração animal do Japão diminua um milhão de toneladas no período, o que reduziria as importações de milho para tal finalidade em quase 500 mil toneladas, explicou um importador.
O país é o maior comprador da commodity no mundo, importando cerca de 6,2 milhões de toneladas de qualidade própria para ração a cada seis meses. Ontem, executivos disseram que embarques de várias centenas de milhares de toneladas de grãos, como trigo e milho, também devem ser adiados. "Ainda estamos fazendo o balanço da situação, mas a entrega de parte de nossas cargas pode ser postergada", afirmou um executivo de uma trading global de Tóquio.
As entregas de grãos importados para portos localizados no norte do Japão, como os de Sendai, Hachinohe e Kamaishi, sofrerão atrasos, de acordo com traders. Como as instalações portuárias na região foram afetadas pelo tremor, alguns carregamentos podem ser desviados para pontos no sul do país, aumentando o congestionamento e os custos de operação, acrescentaram as fontes.
Os portos de Kushiro e Tomakomai, que praticamente escaparam do terremoto, também terão um tráfego maior, afirmou Nobuyuki Chino, presidente da trading Unipac Grain. Contudo, as preocupações mais imediatas são os problemas relacionados às vias de transporte das commodities agrícolas, e não os atrasos nos embarques, acrescentou ele.
Grande parte dos traders acredita que levará muitas semanas para rede de transporte de grãos voltar à normalidade.

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