sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SOJA/EUA: CHINA COMPRA MAIS 8,45 MILHÕES DE TONS.

A China comprou mais 8,45 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos, que, somadas à aquisição anunciada ontem, totalizam 11,52 milhões de toneladas, conforme informou o Conselho de Exportação de Soja dos Estados Unidos. Os acordos, feitos com diferentes companhias, foram assinados nesta sexta-feira em cerimônia que coincide com a visita do presidente chinês, Hu Jintao, a Chicago.
Segundo o porta-voz do conselho de exportação, Ralph Loos, os acordos envolvem tanto o ano comercial 2010/11 quanto o 2011/12. "Algumas entregas não serão feitas antes da colheita do ano que vem. Outras serão quase imediatas", explicou.
Ontem, foi anunciado um acordo para vender 3,07 milhões de toneladas dos Estados Unidos para a China, para a temporada 2011/12. O valor total foi avaliado em US$ 6,18 bilhões.
Os preços futuros da soja na Bolsa de Chicago estão nos níveis mais elevados em dois anos, com forte demanda da China e de outros países, alimentando preocupações de que a produção global não será suficiente para repor os estoques. E as importações da China devem estabelecer um novo recorde no próximo ano-safra, com 25 milhões de toneladas ou mais, de acordo com Xiaoping Zhang, atual diretor na China do grupo comercial Associação Americana de Soja.

SOJA/COLHEITA NO MT AVANÇA LENTAMENTE, CHUVA PREOCUPA.

As chuvas vêm atrapalhando a colheita da safra 2010/11 de soja em Mato Grosso. De acordo com relatório divulgado hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a coleta avançou 0,6% na última semana, atingindo neste momento 1,3% da área prevista.
Nesta mesma época do ano passado, a colheita já havia sido feita em 6,5% da área plantada no principal Estado produtor da oleaginosa. A região onde os trabalhos estão mais adiantados é a oeste, com 3,5% da área colhida, liderada pela cidade de Sapezal, que colheu 5,5% das suas lavouras. Segundo o Imea, essas áreas darão lugar ao algodão.
A região médio-norte tem 1,2% de sua área de soja colhida, seguida pelo centro-sul e sudeste, com 1%, e pelo nordeste com 0,4%. As regiões norte e noroeste ainda não deram início aos trabalhos.
A estimativa do Imea para todo Mato Grosso é de plantio em 6,2 milhões de hectares, com produção de 18,7 milhões de toneladas. A comercialização antecipada da safra 2010/11 atingiu 65,9% da produção, bem à frente dos 45,4% verificados na mesma época do ano passado.
A preocupação no Estado é com o volume de chuvas. Segundo Laércio Pedro Lenz, produtor de Sorriso, quem já tem soja para colher enfrenta problemas há cerca de uma semana, sem conseguir levar as máquinas para o campo. "Quem tem para colher não consegue entrar na lavoura e já está atrasado. Não é nada que alarme, mas já começa a preocupar", disse ele, que planeja iniciar a coleta em seus 900 hectares na terça-feira.
Segundo Lenz, a previsão é de sol na quarta e quinta-feiras da semana que vem, porém com chuva nos outros dias. Um volume de chuvas acima do normal faz com que o peso do grão diminua e a produtividade caia.
Maria Amelia Tirloni, analista de grãos do Imea, lembra que a colheita já havia começado mais tarde porque o plantio sofreu um atraso de cerca de duas semanas devido à estiagem, situação agora agravada pelas chuvas. "Está atrasado mais do que o esperado. E agora em Sorriso há quatro focos de ferrugem, porque fica complicado fazer aplicação. Se isso continuar na próxima semana, aí sim teremos problemas significativos", disse ela.
Algodão - O excesso de chuvas também tem prejudicado o plantio do algodão 2010/11 em Mato Grosso. Segundo o Imea, as precipitações são intensas na região sudeste, que responde por 48,7% de toda a área no Estado.
Até 20 de janeiro, 71% da área prevista em 595,2 mil hectares foram plantados, contra 68% na semana anterior. No sudeste, o plantio avançou apenas um ponto porcentual na semana, para 76% da área prevista em 289,9 mil hectares.

GRÃOS/EUA: INFORMA ESTIMA MAIOR ÁREA DE MILHO E MENOR PARA SOJA-2011/12.

A empresa de análises privadas Informa Economics elevou nesta sexta-feira sua estimativa de área plantada com milho dos Estados Unidos em 2011/12 e reduziu a previsão para o plantio da soja. A Informa estima que os produtores do país cultivarão 90,90 milhões de acres com milho (36,785 milhões de hectares). Em dezembro, esperava 90,76 milhões de acres (36,729 milhões de hectares). O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que o milho ocupará 88,2 milhões de acres (35,693 milhões de hectares).
Para o plantio de soja, a Informa prevê 76,65 milhões de acres (31,019 milhões de hectares), menos do que sua estimativa de dezembro, de 77,57 milhões de acres (31,391 milhões de hectares). O USDA estima a área plantada com soja em 77,7 milhões de acres (31,444 milhões de hectares).
A consultoria espera, ainda, que as lavouras de trigo de inverno somem 40,99 milhões de acres (16,588 milhões de hectares). Na leitura feita em dezembro, a Informa avaliava a área em 39,502 milhões de acres (15,985 milhões de hectares). Na semana passada, o USDA estimou a área plantada com milho em 41 milhões de acres (16,592 milhões de hectares).
Milho e soja têm travado uma batalha acirrada por área plantada, já que a oferta apertada manteve os preços futuros em níveis elevados nos Estados Unidos.

INFORMA: SAFRA BRASILEIRA DE GRÃOS PODE SUPERAR EXPECTATIVA

As boas condições das lavouras de grãos nos dois principais produtores nacionais, Mato Grosso (soja) e Paraná (soja e milho), podem elevar ainda mais a estimativa da produção brasileira de verão 2010/11, em que pese problemas pontuais como o atraso do plantio em algumas áreas e a estiagem no extremo sul do País, de acordo com Aedson Pereira, analista de grãos da Informa Economics FNP (ex-AgraFNP). A consultoria, que há quase duas semanas elevou suas projeções para a safra de soja, deve revisar ainda mais para cima suas estimativas. "No Paraná, teremos bom rendimento tanto na soja quanto no milho. O Estado pode surpreender", comentou o analista durante evento para apresentar a nova identidade da Informa Economics no Brasil. No Paraná, a produtividade das lavouras de milho pode ficar acima da média de cinco anos passados, o que poderá compensar, em parte, a forte redução na área cultivada no atual ciclo. Em Mato Grosso, as primeiras lavouras colhidas no oeste do Estado apontam produtividade entre 45 e 48 sacas por hectare, mas Pereira vê média um pouco acima desses níveis. Pereira também vêm bons níveis de rendimento no Rio Grande do Sul, apesar da estiagem forte no extremo sul gaúcho.
Os números, contudo, ainda são preliminares. Dados divulgados hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que 1,3% da safra de soja do Estado foi colhida. Na região oeste a taxa chega a 1,0%.
As atuais estimativas da Informa Economics FNP são de uma produção de milho em 50,8 milhões de toneladas (safra verão e inverno) e de soja em 68,3 milhões de toneladas em 2010/11. As exportações do período deverão ficar em 8,1 milhões de t e 31 milhões de t (recorde), respectivamente.
As boas condições das lavouras também podem elevar as projeções para o algodão, de acordo com o analista de mercado Fernando Terao.
Neste momento, a consultoria estima produção de 1,858 milhão de toneladas de pluma, ante 1,194 milhão de t na safra anterior. Do total, 650 mil toneladas deverão ser exportadas, ante 513 mil t em 2009/10. Terao acredita que o Brasil subirá para o terceiro lugar no ranking dos maiores exportadores em 2010/11, ocupando o lugar que até a safra passada foi do Paquistão, e atrás de Estados Unidos e Índia. As condições favoráveis do mercado interno e externo, afirmou, deverá estimular o produtor a manter pelo menos a mesma área plantada para 2011/12, previu.
Nova identidade - A partir de hoje, a AgraFNP passou a ser chamada de Informa Economics FNP, como parte do processo de integração com a Informa Economics, maior empresa de consultoria e informação para o agronegócio para os Estados Unidos. A mudança, de acordo com seu presidente, Maurício Mendes, faz parte do processo de internacionalização que começou com a entrada da FNP para o Grupo Informa, em 2005. A empresa pretende ampliar sua atuação em periódicos, inteligência de negócios, projetos, consultorias e eventos.

SOJA/CHINESA ACERTA COMPRA AVALIADA EM US$ 1,8 BI

A demanda da China por soja dos Estados Unidos ainda não parece perder força: autoridades chinesas anunciaram ontem no final do encontro, uma compra no valor de US$ 1,8 bilhão da oleaginosa. Uma delegação comercial da China, que inclui representantes das maiores processadoras do país, anunciaram acordos de venda numa cerimônia que coincidiu com a visita do presidente Hu Jintao a Chicago. O volume do acordo de exportação e o momento em que será efetivado ainda não foram divulgados.
Uma venda de larga escala para a China era esperada para esta semana, em meio à visita das autoridades chinesas aos Estados Unidos. No atual ano-safra, os compradores chineses encomendaram um total de 22,84 milhões de toneladas, o que representa 13% mais do que no ciclo anterior e mais do que o dobro das vendas de 2007 e 2008. "A demanda está crescendo mais rápido do que a oferta e temos uma disputa por área plantada em muitas frentes", comentou o presidente da corretora A/C Trading, Jim Gerlach, referindo-se ao fato de que outras culturas, como o milho e o algodão, competem com a soja por área de cultivo. E o consumo de grãos na China tem aumentado muito nos últimos meses, conforme cresceu a demanda por carnes no país, especialmente entre a população de classe média.

CHINA/SOJA ESTENDE PERDAS PREOCUPADA COM POLÍTICA MONETÁRIA.

Os futuros da soja terminaram com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian, estendendo o movimento de queda observado nesta semana devido à pressão de vendas após um jornal estatal ter reforçado preocupações sobre um iminente aumento da taxa básica de juro da China. O contrato janeiro/2012, o mais negociado, fechou com baixa de 0,5% nesta sexta-feira, a 4.551 yuans por tonelada, após ter operado entre 4.519 e 4.570 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1).
O China Securities Journal informou em um comentário publicado hoje que a primeira elevação da taxa de juro neste ano pode acontecer perto
do Ano Novo Lunar, no começo de fevereiro. A publicação disse ainda que Pequim continuará aumentando o compulsório bancário.
As cotações da oleaginosa devem oscilar em um apertado intervalo de variação antes do feriado devido ao provável aperto da política monetária pela China, disse Zhu Jinming, analista da Zheshang Futures Co. No entanto, a média móvel de 30 dias, que é de quase 4.500 yuans por tonelada, é apontada como um firme suporte por enquanto, acrescentou ele, já que os preços da soja importada nos principais portos do país subiram cerca de 50 yuans na última semana, para quase 4.300 yuans por tonelada.
Segundo Zhu, o mercado é "otimista no longo prazo", tendo em vista que a redução da estimativa dos estoques finais do grão pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) levantou temores sobre as ofertas globais.
O embolso de lucros e uma falta de notícias otimistas pressionaram o mercado de Dalian nesta sexta-feira. O mercado físico da oleaginosa está aquecendo, conforme compradores que não mostraram nenhum interesse nos leilões promovidos pelo governo chinês em dezembro adquiriram cerca de 50 mil toneladas até agora em 2011.
Na Bolsa de Chicago o impacto positivo de um acordo de 3,07 milhões de toneladas entre China e Estados Unidos e o baixo nível dos estoques foram ofuscados por uma dramática melhora do clima na Argentina.

ALTA DE JUROS PODE OCORRER NO INÍCIO DE FEVEREIRO.
O primeiro aumento da taxa de juros da China no ano pode ocorrer por volta do feriado do Ano Novo Lunar, no início de fevereiro, e Pequim vai continuar a elevar a taxa de depósito compulsório dos bancos, disse o estatal China Securities Journal, num editorial publicado na edição desta sexta-feira. O comentário contribuiu para a queda das bolsas de valores em toda a Ásia.
O jornal disse que a China enfrenta forte pressão inflacionária e que o índice de preços ao consumidor pode ultrapassar os 6% em parte do primeiro semestre. Pequim também vai deixar que o yuan se valorize para ajudar a reduzir os preços dos produtos importados, disse a publicação.
O China Securities Journal acrescentou, porém, que a China precisa adotar medidas diversificadas para conter a inflação, uma vez que a alta dos preços é puxada principalmente pela elevação dos custos e não pelo fortalecimento da demanda.
Além das ferramentas de política monetária, observou o jornal, a China poderia aumentar a oferta de produtos por meio do lançamento de cortes estruturais nos impostos e políticas para elevar os salários, direcionando recursos excedentes para a economia real e as empresas privadas.

SOJA: CHINA VENDE 34.733 T DAS RESERVAS EM LEILÃO; DEMANDA CRESCE
A China vendeu 34.733 toneladas das 177.595 toneladas de soja das reservas da província de Heilongjiang leiloadas nesta sexta-feira, informou a associação de soja da região. O preço médio foi de 3.768 yuans por tonelada, superior a 3.764 yuans por tonelada na semana anterior, quando apenas 13.922 toneladas foram comercializadas. O preço mínimo foi fixado em 3.750 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1).
Compradores começaram a se interessar pela soja produzida localmente, conforme a alta dos preços do grão importado acelerou nas últimas semanas, disse Wu Qiujuan, analista da Xinhu Futures. As cotações da soja importada nos principais portos chineses subiram mais de 6% no ano passado, enquanto a safra doméstica se valorizou menos de 1%, mostrou um relatório da Administração de Grãos da Cidade de Pequim, divulgado na semana passada.
Nas três primeiras semanas de 2011, os preços do grão importado aumentaram 150 yuans por tonelada, para cerca de 4.250 yuans por tonelada, forçando algumas processadoras a cancelar carregamentos de origem norte-americana devido à fraca margem de lucro.
O governo de Heilongjiang comercializou um total de 103.754 toneladas de soja em oito leilões semanais desde que retomou as operações de venda no mês passado. O governo central, contudo, ainda não vendeu nada neste ano, à medida que os preços oferecidos têm sido muito altos. A China deve ter entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas de soja nas reservas estatais.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

CHICAGO/MILHO OPEROU EM ALTA COM NOVA ESTIMATIVA PARA SAFRA ARGENTINA

Os contratos futuros de milho registram fortes ganhos hoje na Bolsa de Chicago. Lotes para entrega em março avançaram 13,0 cents para US$ 6,540/bushel. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa de safra da Argentina para 19,5 milhões de toneladas, ante previsão anterior de 20,4 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê 23,5 milhões de toneladas.
Traders se preocupam com a colheita da Argentina, que é o segundo maior exportador mundial de milho, depois dos Estados Unidos. A queda inicial dos preços se mostrou como uma boa oportunidade de compra, diante das preocupações com oferta apertada, segundo traders.
ARGENTINA: BOLSA REDUZ ESTIMATIVA DE SAFRA PARA 19,5 MI/T A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu em 850 mil toneladas sua estimativa para produção comercial de milho na Argentina, somando agora 19,5 milhões de toneladas. Segundo relatório divulgado pela bolsa, com os danos causados pela irregularidade de chuvas no mês passado, alguns produtores transformaram lavouras em pasto, em vez de colher o cereal.
No entanto, os prospectos parecem melhores depois de chuvas recentes e com previsão de mais umidade na próxima semana, de acordo com a bolsa. Até o momento, 97,2% da safra de milho foi plantada na Argentina, segundo maior exportador mundial do cereal, atrás dos Estados Unidos.
Soja - A bolsa manteve sua estimativa de produção de soja na Argentina em 47 milhões de toneladas. O fenômeno La Niña desafiou o desenvolvimento das lavouras de soja e alimentou temores relacionados a uma forte queda da produção.
Embora a produtividade já tenha sido afetada em muitas áreas, as chuvas aumentaram em momento adequado para evitar perdas mais expressivas. O plantio de soja está praticamente concluído na Argentina, terceiro maior exportador mundial de soja e maior vendedor de farelo e óleo de soja.
Trigo - A colheita de trigo está praticamente concluída, de modo que a Bolsa de Cereais mantém sua estimativa de produção em 15 milhões de toneladas.

CHINA/SOJA FECHA EM BAIXA APÓS DADOS ECONÔMICOS

Os futuros da soja terminaram com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian, depois de subirem por três sessões consecutivas, devido à realização de lucros e aos temores com o aperto das políticas monetária e de crédito após a divulgação de dados econômicos da China.
O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com baixa de 0,7% nesta quinta-feira, cotado a 4.575 yuans por tonelada, após ter operado entre 4.558 e 4.597 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1).
Investidores continuam preocupados com os leilões semanais do governo, a política de limitação dos preços e um possível aumento da taxa de juro, após o Escritório Nacional de Estatísticas ter anunciado que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,8% no quarto trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2009, superando as expectativas de analistas de alta de 9,2%. O índice de preços ao consumidor chinês em dezembro desacelerou para 4,7% frente igual período do ano anterior, ante 5,1% em novembro, mas as pressões inflacionárias devem continuar elevadas neste ano.
A China venderá mais commodities agrícolas das reservas estatais, caso os preços oscilem anormalmente, e melhorará os estoques de grãos, óleos comestíveis, carnes e vegetais, informou a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC), em um comunicado emitido após a divulgação dos números.
A perspectiva para os futuros em Dalian é complicada por questões de política local e, deste modo, nem mesmo o otimista relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) conseguirá estimular os preços, afirmou Wang Yong, analista da Hongyuan Futures Co.
Muitos traders de milho suspenderam as compras no nordeste da China, maior área produtora do grão no país, já que estão sob pressão política para deixar o mercado, abrindo caminho para as operações de estocagem do governo. A mídia local informa que a China pode vender cerca de 350 mil toneladas de soja e 450 mil toneladas de óleo de canola para processadoras selecionadas por preços abaixo do nível de mercado.
As cotações dos óleos de palma e soja em Dalian contrariaram a tendência e subiram nesta quinta-feira devido à aproximação do Ano Novo Lunar, pico da temporada de consumo, e às contínuas preocupações com as ofertas de óleos vegetais.
Amanhã, a província chinesa de Heilongjiang oferecerá 177.600 toneladas de soja das reservas locais, segundo o Centro Nacional de Comércio de Grãos de Harbin. A região vendeu 13.922 toneladas das cerca de 191 mil toneladas leiloadas na última sexta-feira.

MILHO: PREÇO SUBIRÁ SE UE NÃO APROVAR OGM DO BRASIL.

Os mercados de milho da União Europeia (UE) podem enfrentar fortes altas de preço nos próximos meses, já que a legislação do bloco para organismos geneticamente modificados pode barrar as importações brasileiras, informou nesta quinta-feira a consultoria francesa Stratégie Grains.
A Europa está muito dependente do milho importado nesta temporada, após a produção local ter recuado para 55,1 milhões de toneladas, volume 2,3 milhões de toneladas abaixo do registrado em 2009, deixando o mercado com um déficit estimado em 500 mil toneladas até 30 de setembro.
A consultoria francesa prevê que a UE precisará importar sete milhões de toneladas de milho em 2010/11, sendo que quase três milhões de toneladas devem ser de origem brasileira devido à competitividade dos preços. Contudo, a Stratégie Grains revelou que os embarques do Brasil podem conter vestígios de uma nova variedade transgênica não autorizada no bloco europeu a partir de abril, o que restringirá as ofertas. "Se a aprovação [desta variedade geneticamente modificada] não for concedida antes de março, pode ser necessário reduzir nossa projeção das importações brasileiras em torno de 1,5 milhão de toneladas, o que seria excepcionalmente otimista para os preços do milho na UE", esclareceu a consultoria em um relatório.
Os preços mundiais do grão já estão em níveis não vistos desde 2008, conforme uma produtividade abaixo das expectativas nos Estados Unidos, preocupações com a safra argentina e fortes importações chinesas levantam temores sobre um aperto na relação global de oferta e demanda.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SOJA/ARGENTINA: CHUVA AUMENTA EXPECTATIVA DA SAFRA.

As lavouras ressecadas de soja e milho da Argentina receberam bons volumes de chuva nesta quarta-feira. A umidade aliviou produtores e mercados internacionais de grãos, que viram forte elevação dos preços nas últimas seis semanas por causa da irregularidade de chuvas nas lavouras do país. A produtividade foi afetada e tempestades ainda estão longe de evitar um declínio. A Argentina é o segundo maior exportador mundial de milho e o terceiro maior exportador de soja. O país lidera as vendas globais de farelo e óleo de soja.
Soja - O analista da AgriPac Consultores, Pablo Adreani, elevou hoje sua previsão da safra de soja argentina para 43,9 milhões de toneladas por causa das chuvas recentes. Na semana passada, ele havia afirmado que a produção não superaria 40 milhões de toneladas, estimativa bastante inferior às iniciais, de 55 milhões de toneladas.
Ricardo Baccarin, analista da Panagrícola, disse que algumas áreas de produção do país ainda estão secas, mas "o panorama mudou muito nos últimos cinco dias". Segundo ele, "as chuvas trouxeram um alívio e, por enquanto, estão evitando perdas maiores do que as já sofridas". Ele estima que a produção de soja totalizará 47 milhões de toneladas no país.
Milho - Embora as chuvas tenham chegado a tempo de salvar a floração da soja, as safras de milho foram duramente atingidas pela forte seca ao longo de dezembro. Baccarin estima que a produção de milho argentina somará 20 milhões de toneladas, enquanto Adreani espera ver apenas 18,3 milhões de toneladas. Antes da estiagem, imaginava-se que a produção atingiria um novo recorde, superior a 26 milhões de toneladas.
Trigo - A irregularidade de chuvas atribuída ao fenômeno climático La Niña prejudicou as safras de milho e soja, mas os trigais, que amadurecem mais cedo, foram poupados e a produtividade é bastante elevada. Ontem, o ministro da Agricultura da Argentina, Julián Domínguez, declarou que a produção do país deve superar 14 milhões de toneladas neste ano. Trata-se de volume superior às 9,6 milhões de toneladas produzidas na temporada passada.
Segundo Domínguez, cerca de 7 milhões de toneladas já foram liberadas para exportação, o que deve ser o limite para esta safra. A Argentina regula rigorosamente as exportações de trigo e milho, para garantir a oferta doméstica e controlar os preços. Apesar disso, produtores disseram que o governo continua bloqueando as licenças de exportação de trigo e começaram uma greve de uma semana na segunda-feira, em protesto contra os controles das vendas externas.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA DIANTE DE RALI DAS COMMODITIES

Os futuros da soja fecharam em alta na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme a fraqueza do dólar provocou um rali generalizado das commodities e dos mercados acionários. No entanto, os ganhos foram limitados por preocupações de que a China apertará ainda mais as políticas monetária e de crédito.
O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou com valorização de 1% nesta quarta-feira, a 4.609 yuans por tonelada, após ter operado entre 4.588 e 4.624 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1). Os contratos de referência dos óleos de palma e soja também subiram 1% e 1,1%, respectivamente, revertendo o fraco desempenho observado nas últimas três sessões.
A demanda tem crescido antes do Ano Novo Lunar, no começo de fevereiro, estimulando os futuros. Entretanto, as processadoras temem que os controles de preço do governo prejudiquem ainda mais as margens de lucro e algumas suspenderam as operações, já que as cotações da soja superaram as dos óleos vegetais.
Devido à fraca margem de lucro obtida com atividades de esmagamento, importadores chineses cancelaram dois carregamentos de soja norte-americana, informou o Centro Nacional de Óleos e Grãos da China (CNGOIC). Os leilões que vem sendo feitos pelo governo chinês podem pressionar a soja no curto prazo, mas não podem mudar a tendência de alta dos preços, afirmou Xu Liang, analista da Shanghai East Asia Futures, em uma nota. Segundo notícias divulgadas na mídia local, o país pode vender quase 350 mil toneladas de soja e 450 mil toneladas de óleos de canola para processadoras específicas por preços abaixo do nível de mercado.
Expectativas de que a inflação desacelerou em dezembro beneficiaram as commodities e os mercados acionários, após a emissora de televisão Phoenix TV, de Hong Kong, ter informado, sem citar fontes, que o índice de preços ao consumidor chinês subiu 4,6% ante igual período de 2009, abaixo da máxima em 28 meses apurada em novembro, de 5,1%. O governo deve anunciar os dados econômicos amanhã (dia 20).
O sentimento do mercado deve melhorar, se a inflação se distanciar da máxima, mas autoridades devem manter o viés de aperto das políticas monetária e de crédito, já que o crescimento econômico e a inflação das commodities devem permanecer em níveis relativamente altos.

SOJA: REALIZAÇÃO DE LUCRO APÓS CHUVAS NA ARGENTINA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda nesta terça feira, pressionados pelas notícias de chuvas benéficas nas áreas de cultivo da Argentina no final de semana e de que a China cancelou dois carregamentos do grão norte-americano devido às fracas margens de esmagamento.
O contrato março, de maior liquidez, recuou 9,25 centavos, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 14,1350 por bushel.
Os contratos mais próximos foram negociados tanto em território positivo quanto negativo durante a sessão, e a percepção de que as chuvas na Argentina foram suficientes para ajudar a aliviar as condições de seca levaram traders a realizar lucros, em um esforço para reduzir a exposição ao risco.
A Argentina é o terceiro maior produtor de soja do mundo, atrás de EUA e Brasil, e o mercado conta com a sua produção para aliviar o aperto na oferta norte-americana em meio a uma forte demanda global. A previsão é de que os estoques dos EUA no final da temporada atingirão níveis precariamente baixos, tornando a produção sul-americana essencial.
Essa perspectiva de estoques baixos aliada ao fortalecimento dos futuros do milho e do trigo e à fraqueza do dólar evitaram quedas maiores, e deram sustentação aos contratos mais distantes, referentes à nova safra. Existe a necessidade de que os preços da soja avancem juntamente com os do milho já que os dois grãos competem por área nos EUA. O contrato novembro subiu 2,75 centavos, ou 0,2%, para fechar cotado a US$ 13,26 por bushel.
O óleo de soja, por sua vez, fechou em alta sustentado pela sólida demanda global por óleos vegetais. O contrato março subiu 28 pontos, ou 0,5%, cotado a 57,55 centavos por libra-peso.
O farelo teve queda, em linha com a fraqueza da soja, e o março caiu US$ 4,70, ou 1,2%, para fechar a US$ 383,40 por tonelada.

MILHO FECHA NA MÁXIMA EM 30 MESES COM PREOCUPAÇÃO COM OFERTA
Preocupações com a oferta global de grãos e compras remanescentes de sessões anteriores puxaram as cotações do milho na Bolsa de Chicago para novas máximas em 30 meses. Os contratos mais líquidos, com vencimento em março, subiram 10,75 cents ou 1,66% e fecharam US$ 6,5950/bushel. Foi o maior fechamento do primeiro vencimento desde julho de 2008. A queda do dólar deu suporte, assim como a valorização do trigo.
Os futuros de milho esticaram ganhos recentes, de modo que o mercado parece tentar desacelerar o ritmo da demanda pelo grão e convencer os produtores a plantar mais hectares na primavera do Hemisfério no Norte. Os preços saltaram desde junho de 2010, com preocupações relativas ao aperto da oferta no fim da temporada, que deve ser o maior em 15 anos. "O mercado não mostrou um senso de urgência, na minha opinião, de que precisamos ter o milho mais bem apreçado para ter área plantada maior", disse o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache.
Traders estão ansiosos com quanto a Argentina produzirá, após período de clima desfavorável. O país é segundo maior exportador do grão. O analista da Doane Advisory Services, Marty Foreman, disse que "o caminho para a última resistência técnica continuará até que vejamos sinais de que a demanda por milho está diminuindo".

ALGODÃO FECHA NO LIMITE DE ALTA EM PERÍODO VOLÁTIL
Os preços futuros do algodão saltaram para o limite de alta nesta terça  feira em Nova York, impulsionados pela fraqueza do dólar e pelo baixo volume de negócios. Os contratos mais líquidos, com vencimento em março, avançaram 400 pontos ou 2,83% e fecharam a 145,44 cents/lb."Há muita volatilidade no mercado", disse a analista Sharon Johnson, da corretora Penson Futures, referindo-se às oscilações dos preços em meio a ralis de compra e de venda nas últimas quatro semanas.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

MILHO/CHICAGO OPERA EM ALTA COM SUPORTE DO TRIGO E DO DÓLAR

Os preços futuros do milho estão subindo com força nesta terça-feira na Bolsa Chicago (CBOT). Os contratos com vencimento em março avançavam 10,0 cents ou 1,89%, para US$ 6,59/bushel. O suporte vem da valorização do trigo e da fraqueza do dólar. Ambos os grãos são usados como ração animal. Traders estão preocupados com o aumento da demanda por milho, depois que o governo americano reduziu mais do que o esperado sua estimativa de oferta, que já era a menor em 15 anos. O mercado desafia as máximas em 30 meses registradas durante a noite.

SOJA OPERA ENTRE BAIXAS E ALTAS 
Os preços internacionais da soja trabalham perto da estabilidade após oscilação negativa na abertura com a melhora climática na Argentina e positiva com suporte da valorização do trigo e do milho, além da fraqueza do dólar. Os contratos com vencimento em março recuam 6,0 cents e operam a US$ 14,16 50/bushel. Analistas disseram que a influência altista de outros mercados compensa a pressão da melhora do clima na Argentina.

SOJA: CHINA VENDERÁ UM MILHÃO DE TONS PARA ESMAGADORAS.

O governo da China vai vender um milhão de toneladas de soja e 500 mil toneladas de óleo de colza para as cinco maiores esmagadoras de oleaginosas do país para estabilizar a oferta e os preços dos óleos comestíveis, segundo o jornal 21st Century Business Herald.
O diário, que cita fontes, não especificou quanto será vendido a cada uma das emrpesas, o Cofco Group, Yihai Kerry Investment Co., Chinatex Corp., Heilongjiang Jiusan Oil & Fat Co. E Sanhe Hopefull Grain & Oil Group Co.
A Administração Estatal de Grãos da China reuniu-se com representantes dessas empresas ontem para discutir os detalhes do processo de venda, segundo o jornal.

MILHO: RETOMAR COMPRAS PARA ABASTECER ESTOQUES
A estatal chinesa de estocagem China Grain Reserves Corp. (Sinograin) está pronta para reiniciar as compras no mercado doméstico de milho, disse hoje um participante da indústria ligado a uma agência de pesquisa do governo. A medida sinaliza a crescente preocupação do país com o declínio das reservas estatais do grão - assunto que tem sido destacado por executivos da indústria e acadêmicos, ainda que Pequim tenha liberado milhões de toneladas dos estoques para conter a inflação.
O retorno da Sinograin ao mercado colocará um fim à incomum interrupção das operações de armazenagem no ano passado, política adotada pela companhia para evitar um aumento ainda maior dos preços, que já estavam bastante elevados no primeiro semestre. "Ainda não foi oficialmente anunciado, mas o mercado sabe que a Sinograin está de volta ao mercado, ainda que não saibamos o preço proposto por ela", afirmou o participante da indústria. As compras de cerca de 9 milhões de toneladas planejadas pela Sinograin seriam apenas de milho doméstico, e não importado, acrescentou ele, confirmando notícias publicadas na mídia.
A estatal chinesa não respondeu à solicitação de comentário sobre uma possível retomada das aquisições. O governo normalmente não revela detalhes sobre os estoques oficiais de grãos.
Autoridades garantem que a China tem reservas de milho suficientes, insistindo que a capacidade de manter as ofertas domésticas é mais que adequada. Contudo, alguns participantes da indústria, incluindo o executivo-chefe de uma importante empresa de grãos de Dalian, questionou abertamente tais suposições no ano passado, prevendo que os estoques chineses, na verdade, estavam acentuadamente menores.
O governo chinês liberou cerca de um milhão de toneladas de milho quase toda semana desde maio de 2010. Em outubro, Pequim disse ter vendido quase 23 milhões de toneladas das reservas. Ainda não está claro quando a Sinograin pode garantir a retomada das compras, já que os preços dos grãos continuam enfrentando pressões inflacionárias.
As aquisições podem ser feitas em partes, de acordo com reportagem divulgada pelo jornal National Business Daily. "A companhia também pode interrompê-las, se houver sinais de que estão contribuindo com a aceleração da inflação", disse a publicação, sem citar fontes.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA POR COMPRAS ESPECULATIVAS.

Os futuros da soja terminaram com leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, motivados por novas compras especulativas. Os óleos comestíveis, contudo, foram vistos como ativos de maior risco, considerando as atuais políticas de aperto da China.
O contrato de janeiro/2012 fechou com valorização de 0,6%, cotado a 4.565 yuans por tonelada, após ter operado entre 4.529 e 4.604 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1). Os contratos referenciais dos óleos de palma e de soja caíram 0,8% e 0,9%, respectivamente.
É natural que os preços da oleaginosa em Dalian subam em linha com os da Bolsa de Chicago, informou Huang Xiao, analista da Capital Futures, referindo-se indiretamente à divergência dos mercados em meados de novembro, quando as cotações chinesas despencaram devido à introdução de medidas de restrição do crédito e de políticas monetárias. Desde o final de novembro, o contrato referencial da soja na Bolsa de Dalian subiu 6,8%, enquanto o da CBOT avançou 14%.
A China vendeu 87.178 toneladas de óleo de canola, ou 89% das 97.582 toneladas oferecidas, das reservas estatais em um leilão nesta terça-feira, informou o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China. O país venderá cerca de 500 mil toneladas de óleos comestíveis e quase 1 milhão de toneladas de soja para cinco grandes processadoras por preços abaixo do mercado, segundo notícias divulgadas pela mídia, que não especificou um período.

SOJA: CHINA IMPORTARÁ 4,55 MIL TONS EM JANEIRO.

As importações de soja da China em janeiro devem alcançar 4,55 milhões de toneladas, informou nesta terça-feira o Ministério de Comércio do país, elevando em 36% a estimativa de 3,35 milhões de toneladas divulgada no final de dezembro.
Após um 2010 recorde e com os preços da soja norte-americana nos maiores níveis em mais de dois anos, analistas esperavam que as importações desacelerassem, mas o ajuste para cima na projeção sugere que o ímpeto de compras da China continuará.
A previsão, publicada no site do ministério, se baseia nos relatos dos importadores entre 16 a 31 de dezembro de 2010. Se concretizada, a quantia importada neste mês será 12% maior em relação a janeiro de 2009. A projeção normalmente fica abaixo do volume real, já que não inclui todos os carregamentos. O ministério divulga as estimativas de importação duas vezes por mês.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TRANSGÊNICOS/CÉLERES: ÁREA DE MILHO CRESCE 71% E ATINGE 57% DO TOTAL

Os produtores brasileiros vão aumentar em 71,4% a área plantada com sementes de milho transgênicas, para 7,37 milhões de hectares. No ciclo anterior, os produtores plantaram 4,3 milhões de ha com variedades geneticamente modificadas, de acordo com levantamento da Céleres, divulgado hoje.
Os 7,37 milhões de hectares plantados com sementes transgênicas representam 57,2% da área total cultivada com milho no País em 2010/11 (safra verão e inverno), prevista pela consultoria em 12,88 milhões de hectares.
De acordo com o analista Jorge Attie, a elevação dos preços do milho no segundo semestre de 2010 foi um dos fatores responsáveis pelo maior interesse pela tecnologia, em especial para o plantio da safrinha. De acordo com a Céleres, enquanto 44,4% da área dedicada à safra verão serão cultivados com transgênicos, na safrinha esse porcentual chega a 75,4%. "O preço do milho foi determinante para o maior interesse do produtor", afirmou. Segundo seus cálculos, o custo do plantio de sementes convencionais de milho chega a R$ 200 por hectare, ante R$ 320/ha das transgênicas. A produtividade compensa o custo, segundo ele. No Paraná, por exemplo, produtores mais tecnificados retiram das lavouras até 9.500 quilos de grão por hectare, ante 8.700 kg/ha nas lavouras convencionais.
Attie avalia que mais produtores continuarão a aderir à tecnologia, mas lembra que há um limite para o uso de variedades transgênicas no País, já que os agricultores são obrigados a plantar 20% das lavouras com sementes convencionais nos chamados "refúgios", áreas destinadas a preservar e ampliar a resistência das lavouras a pragas e doenças.
Soja - Na cultura da soja, os produtores deverão semear 18,1 milhões de hectares com variedades transgênicas, ou 76,2% da área total plantada, de 23,708 milhões de ha. Na safra passada, quando 16,5 milhões de ha foram cultivados com transgênicos, a taxa de adoção foi de 70,6%. De acordo com Attie, a maior disponibilidade de sementes adaptadas às várias regiões brasileiras e a diminuição dos preços do glifosato no mercado interno foram alguns dos responsáveis por elevar a participação dos transgênicos na safra nacional.
No País, a maior taxa de utilização de transgênicos nas lavouras de soja ocorre na região Sul do Brasil (88% das lavouras), seguida pela Centro-Oeste (70,3%) e Sudeste (68%).
Algodão - No algodão, o aumento dos preços pagos pela fibra também foi determinante para aumentar a área plantada com transgênicos. De 1,22 milhão de hectares, 26,7%, ou 325 mil ha, serão cultivados com variedades geneticamente modificadas em 2010/11. É uma área 147,6% superior à da safra 2009/10, quando 131,1 mil ha foram plantados.

SOJA/AGRURAL ELEVA ESTIMATIVA DE SAFRA PARA 69,65 MILHÕES DE TONS

A AgRural elevou hoje sua estimativa para a safra 2010/11 de soja do Brasil para um recorde de 69,65 milhões de toneladas, ante 69,43 milhões na previsão anterior. O ajuste reflete reavaliação da área plantada em Mato Grosso. Se confirmada a previsão - a mais alta entre as consultorias privadas e a da própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção da oleaginosa no País nesta temporada - a safra vai superar a maior marca histórica registrada até hoje, na temporada 2009/10, quando o Brasil colheu 68,7 milhões de toneladas. "Fizemos um ajuste na área plantada porque a gente percebeu que no leste de Mato Grosso o nosso número estava subestimado. Foi só um ajuste de área, nada a ver com produtividade", explicou a analista da AgRural Daniele Siqueira à Agência Estado.
A estimativa de área plantada em Mato Grosso passou de 6,23 milhões de hectares previstos em dezembro para 6,30 milhões. Com isso, a previsão para a safra do principal estado produtor passou de 19,81 milhões de toneladas para 20,03 milhões. A produtividade foi mantida em 53 sacas por hectare. Agora, a AgRural prevê um plantio recorde no Brasil de 24,12 milhões de hectares, contra previsão de 24,05 milhões em dezembro e de 23,47 milhões em 2009/10. A produtividade média prevista para o País é de 48,1 sacas por hectare, ante 48,8 sacas/ha em 2009/10.
A estimativa da AgRural supera a da Conab, que no início deste mês estimou a produção brasileira de oleaginosa em 68,5 milhões de toneladas, e de outras empresas de análise de mercado como AgraFNP (68,3 milhões) e Céleres (68,1 milhões). Hoje, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) manteve sua estimativa para a nova safra em 67,2 milhões de toneladas. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos não fez alterações em sua previsão para a produção brasileira, que ficou em 67,5 milhões de toneladas.
De acordo com Daniele, a AgRural optou por não contabilizar ainda perdas por conta dos possíveis efeitos do fenômeno climático La Niña, quando o clima tende a ser mais seco no Sul do Brasil. Até o momento, apenas a região sul do Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor nacional, vem apresentando problemas mais graves de estiagem. "Desde o começo optamos por manter uma linha de tendência de produtividade, sem colocar nenhuma perda por conta do La Niña porque até agora a gente não observou perda em nenhum Estado", explicou a analista.
A consultoria também divulgou sua primeira estimativa de colheita para Mato Grosso, indicando que 1% da área total foi colhida, abaixo dos 3% registrados um ano atrás. Na semana passada, levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicou que a colheita atingiu 0,7% da área semeada, 2 pontos percentuais abaixo do que foi observado na mesma época da temporada passada.

COMMODITIES/CHINA DETERMINARÁ TENDÊNCIA EM 2011

Os mercados de commodities que devem ter melhor desempenho neste ano são aqueles de que a China, maior consumidor global, mais precisa e que consequentemente enfrentam sérios apertos na oferta, afirmou hoje o diretor global de pesquisa em commodities do banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs, Jeff Currie. Em conferência sobre a estratégia global do banco em 2011, Currie declarou: "É realmente difícil defender um mercado altista por causa da demanda (apenas). O maior produtor de commodities no mundo é a China e ela é autossuficiente em muitas commodities diferentes. Você tem de querer estar comprado naquelas (commodities) de que a China precisa."
Ele comentou que, após os esforços agressivos da China para aumentar a oferta doméstica de matérias-primas, os mercados com oferta mais apertada também serão agora aqueles em que os chineses tiverem abastecimento mais restrito, pois sua habilidade de investir neles está bastante restrita em relação a outras commodities.
Currie, que reiterou a opinião do banco de que petróleo, cobre, algodão, soja e platina terão desempenho melhor em 2011, acrescentou que as commodities com oferta mais limitada enfrentam questões como risco político nas regiões onde são produzidas, o que deve manter os preços bem sustentados.
O diretor do Goldman Sachs disse, ainda, que "um realinhamento dos recursos" - a necessidade dos mercados emergentes de oferecer mais por bens escassos das economias desenvolvidas - deverá ser um importante direcionamento dessas commodities ao longo do ano.
Embora o banco também preveja elevação dos preços do ouro neste ano, Currie disse que o interesse pelo metal deve diminuir em meio à volta do "mercado altista" em commodities cíclicas. "Este ano, acredito, é diferente. O ouro ainda tem algum potencial de alta a partir deste nível, mas o ambiente macro está sobre uma base muito mais sólida." No mês passado, o Goldman Sachs estimou que o preço médio do ouro seria de US$ 1.1575 a onça-troy em 2011, sustentado por um ambiente de taxa de juros real baixa nos Estados Unidos.

CLÍMA/SOMAR: CHUVA DEVE SE CONCENTRAR ENTRE SP E PR.

A segunda quinzena de janeiro deve apresentar uma ligeira mudança no comportamento e distribuição das chuvas, em relação ao observado no início do mês. A previsão da Somar Meteorologia é que as frentes frias passem a atuar um pouco mais ao sul no período, com os episódios de chuvas mais significativos concentrados entre São Paulo e o Paraná. O volume deve diminuir de intensidade no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, que passam a ter dias com períodos de sol mais duradouros.
Conforme a Somar, a previsão de chuva para as próximas semanas se mostra muito favorável ao Paraná e ao Mato Grosso do Sul, que deve beneficiar principalmente a lavoura de soja que entra em fase crítica de desenvolvimento (floração e enchimento de grão). Há previsão de água também para Santa Catarina e para o Rio Grande do Sul, cujos episódios devem ser mais irregulares. "Em virtude do forte calor dos últimos dias, muitas vezes as chuvas vêm acompanhadas de tormentas e tempestades de vento", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Já no Centro-Oeste, o clima continua chuvoso em Mato Grosso, enquanto em Goiás as águas devem diminuir um pouco, embora não totalmente.
Como as frentes frias vão atuar mais ao Sul nas próximas semanas, o Nordeste deve enfrentar um período de redução de chuvas, principalmente no sul e oeste, que coincide com as principais regiões produtoras de soja. A parte norte do Nordeste (incluindo parte do sertão e do agreste), em virtude da atuação de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico, deve ser beneficiada com alguns episódios isolados de chuvas. No entanto, observa a Somar, ainda não representa a instalação definitiva do período de chuvas da região, o que deve ocorrer ao longo de fevereiro e, principalmente, março.
Tragédia
Segundo a Somar, a primeira quinzena de janeiro de 2011 vai ficar marcada pelo período de fortes chuvas e também pela tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Infortúnios à parte, pode-se afirmar, em relação à agricultura, que o clima observado nas últimas semanas está dentro de um padrão médio e típico do verão.
Para as lavouras de verão (soja, milho, algodão, feijão e arroz), em geral, as condições climáticas são favoráveis, embora as fortes chuvas, além dos graves problemas de Defesa Civil, tenham prejudicado o setor de hortaliças e frutas.
A condição mais crítica em relação ao clima para a agricultura continua sendo a seca no sul do Rio Grande do Sul, com vários municípios em estado de emergência, por causa de problema nas pastagens, falta de água para a lavoura de arroz e até no abastecimento de água para a população, informa Etchichury.
Os índices de água disponível no solo, que reflete o volume de chuvas das últimas semanas, mostra uma excelente condição de umidade do solo (acima de 90%) em grande parte do Brasil. Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e no norte do Nordeste é que continuam condições críticas de umidade do solo (abaixo de 20%).
Argentina
A semana passada continuou com pouca chuva e forte calor sobre a Argentina. Na região central do país as temperaturas da tarde atingiram a casa de 40 graus. As águas continuam muito irregulares e mal distribuídas. Na semana passada, choveu apenas na região de Córdoba e na Província de Buenos Aires. As Províncias de Entre Rios e Santa Fé estão entre as mais castigadas pela falta de água. "A previsão para esta semana não muda muito, devendo ocorrer apenas alguns episódios de chuvas isoladas principalmente no norte da Argentina", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
O calor continua intenso até o fim do mês, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus. O aumento da evapotranspiração contribui para agravar ainda mais a má condição das lavouras.

CHINA/SOJA FECHA EM ALTA PREVENDO BAIXOS ESTOQUES MUNDIAIS.

Os futuros da soja fecharam em alta na Bolsa de Commodities de Dalian, motivados por preocupações com a expectativa de baixos estoques mundiais. Os óleos comestíveis, contudo, recuaram por temores de que a aceleração da inflação levará o governo a apertar as políticas monetárias e de crédito. O contrato janeiro terminou com valorização de 0,4%, a 4.538 yuans por tonelada, após ter oscilado no intervalo entre 4.518 e 4.555 yuans por tonelada (6,59 yuans = US$ 1)
Os óleos comestíveis subiram fortemente nas últimas cinco semanas, e rumores de que o governo leiloará cerca de 500 mil toneladas provocaram um movimento de correção, disse Li Haigang, analista da China Futures Co. A soja avançou em um ritmo mais moderado diante de ofertas domésticas suficientes, afirmou Li, observando que as recentes licitações não conseguiram atrair interesse. O preço mínimo estipulado pelo governo, de 3.800 yuans por tonelada, também estimulou os preços futuros, de acordo com o analista. "A maior pressão sobre os preços agora são as políticas governamentais", concluiu Li.
Importantes fabricantes de alimentos foram orientados pelo governo a manter os preços estáveis antes do início da sessão anual do parlamento chinês, em março. Os preços da soja ficarão estáveis antes do Ano Novo Lunar e devem se recuperar na primavera, quando a demanda por farelo de soja da indústria pecuária deve se recuperar, estimou o analista.
A China planeja vender 100 mil toneladas de óleos comestíveis amanhã, no segundo leilão do tipo neste ano, após ter comercializado 92% das 98.334 toneladas de óleo de canola oferecidas em uma licitação no dia 7 de janeiro.

MILHO: CHINA PODE IMPORTAR 1 MILHÃO DE TONS.

China pode continuar um importador líquido de milho neste ano-safra, conforme as operações de controle de preço do governo reduziram as reservas locais, segundo relatório da consultoria Chinese Grain Network. O país deve importar quase um milhão de toneladas em 2010/11, ante cerca de 1,5 milhão de toneladas adquiridas na última temporada, acrescentou a consultoria. O consumo de milho aumentará 2,7% neste ano, para 163 milhões de toneladas, estimou a Chinese Grain Network.
De acordo com a entidade, a produção chinesa subiu 1,1% em 2009/10, alcançando 166 milhões de toneladas. O volume fica abaixo das 172,5 milhões de toneladas previstas pelo Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China (CNGOIC) para o período.
A consultoria não justificou sua projeção das importações do grão em 2010/11, que é bem inferior à expectativa de outras organizações, de 5 a 7,5 milhões de toneladas. A Dalu Futures informou em um relatório no final de 2010 que o governo chinês detém estoques de 7 milhões de toneladas, o equivalente a menos de um mês de consumo, após ter vendido quase 30 milhões de toneladas em leilões semanais no ano passado.
Na semana passada, a China Corn Network disse que a China não importará grandes quantias de milho até que as margens de lucro melhorem, tendo em vista que a oferta doméstica é estável e as importações não são lucrativas para traders devido à alta dos preços locais. As importações também serão limitadas por regras que restringem o uso de milho geneticamente modificado na China para ração animal.

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