sexta-feira, 18 de junho de 2010

SOJA: PREOCUPAÇÕES COM CLIMA E EXPORTAÇÕES ELEVAM PREÇOS EM CHICAGO.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago estendendo a tendência que prevaleceu na semana. As preocupações com o clima, assim como a correção técnica dos preços e a demanda renovada, deram suporte aos preços. Os contratos de julho subiram 9 cents, em alta de 0,95%, a US$ 9,6100 por bushel, e os de novembro avançaram 5,5 cents, ou 0,59%, a US$ 9,3050 no fechamento. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 4 mil lotes nesta sexta-feira.
Preocupações persistentes com a elevada umidade no Canadá estimularam os traders a elevar os prêmios de risco. O apetite por compras foi alimentado por previsões meteorológicas de que a próxima semana, na região central dos Estados Unidos, proporcionará calor e clima seco para a nova safra. A ameaça de produção reduzida de canola, em consequência da umidade nas pradarias canadenses, contribui para dar suporte aos preços da soja. Devido a seus benefícios à saúde, o óleo de canola tem deslocado parte da demanda por óleo de soja, de forma que uma diminuição na produção de canola é vista como um suporte ao óleo concorrente.
Evidências sobre o interesse da China por compras de soja da nova safra e por óleo da safra antiga também estimularam o interesse da ponta compradora nesta sexta-feira. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que 120 mil toneladas de soja norte-americana foram vendidas para destinações não reveladas, com entrega prevista para o ano comercial 2009/2010. O USDA também anunciou venda de 35 mil toneladas de óleo de soja para China, com embarque em 2009/10. Na semana passada, o USDA informou duas exportações semanais de 40 mil toneladas cada para China, com entrega entre 9 e 11 de junho desta temporada. As vendas de óleo de soja para China segundo autoridades da indústria e o USDA, se tornaram possíveis depois que o país asiático anunciou em abril que começaria a restringir as ofertas da Argentina, seu principal fornecedor.

O interesse por vendas, por outro lado, tem mostrado sinais de esgotamento, com a habilidade dos contratos de se recuperar nesta semana das baixas verificadas anteriormente e superar as resistências, tornando a aparência dos gráficos mais amigável para as próximas sessões, disse Nelson. A análise gráfica indica que os traders consideram o nível de US$ 9,50 por bushel como preço-alvo no curto prazo para o contrato mais líquido no momento, o de novembro, acrescentou Nelson.

CONAB REDUZ VOLUME NO 4º LEILÃO DE PEP.

A oferta de milho no quarto leilão de Prêmio de Escoamento de Produto, marcado para a próxima quinta-feira (24), caiu para 970 mil toneladas ante 1 milhão de toneladas ofertadas nas operações anteriores. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ajustou os volumes considerando os resultados obtidos no último pregão, que negociou o maior volume ate agora, ou 91% da oferta.
Em Mato Grosso do Sul, que vem registrando o menor interesse pela subvenção do governo entre os Estados, a redução foi de 30 mil t. A oferta agora será de 50 mil toneladas de milho.

Em Mato Grosso, houve redistribuição dos volumes ofertados devido à grande disputa pelos prêmios das regiões 1 - conhecida como "nortão" - e 2, de Lucas do Rio Verde e Sorriso. Com isso, a região 5, no extremo-leste do Estado, perde 20 mil toneladas e terá oferta para apenas 5 mil toneladas do cereal. Esse volume foi para as regiões 1, com prêmio equivalente a 175 mil t ante 165 mil t dos pregões anteriores, e 2, que também recebeu acréscimo de 10 mil toneladas, e terá oferta total de 125 mil t de milho. Os demais Estados não tiveram alterações no volume. Os valores dos subsídios permaneceram os mesmos do último leilão, realizado ontem (17) pela Conab.

GRÃOS/EUA: PREVISÃO DE ÁREA MENOR DE MILHO E MAIOR PARA SOJA.

A Informa Economics reduziu nesta sexta-feira a estimativa da área de plantio de milho nos Estados Unidos em 2010 para 89,318 milhões de acres, mas elevou a de soja para 78,845 milhões de acres, segundo traders.
No mês passado, a Informa projetou o cultivo dos grãos no país em 89,6 milhões e 78,5 milhões de acres, respectivamente, disseram as fontes. Os dados ajustados pela consultoria ficaram acima dos 88,8 milhões de acres de milho e 78,1 milhões de soja previstos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no relatório de perspectivas de plantio, divulgado em 31 de março. A Informa estimou a área semeada com trigo na primavera em 13,456 milhões de acres, afirmaram traders.
No caso da soja, o aumento da estimativa foi uma surpresa, já que os produtores teriam expandido as lavouras de milho por conta de boas condições climáticas, disse um analista da Bolsa de Chicago (CBOT). As duas safras são muitas vezes cultivadas nas mesmas áreas dos Estados Unidos. O USDA deve atualizar as estimativas de plantio no relatório de 30 de junho.

DEMANDA DE SOJA E ÓLEO MANTÉM MERCADO AQUECIDO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta sexta-feira a venda de 120 mil toneladas de soja para países não revelados, com entrega em 2010/11. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

O USDA anunciou venda de 35 mil toneladas de óleo de soja para China, com embarque em 2009/10. O ano comercial do produto começou em 1º de outubro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 20 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.
Na semana passada, o departamento informou duas exportações semanais de 40 mil toneladas cada para China, com entrega entre 9 e 11 de junho desta temporada. As vendas de óleo de soja para China segundo autoridades da indústria e o USDA, se tornaram possíveis depois que o país asiático anunciou em abril que começaria a restringir as ofertas da Argentina, seu principal fornecedor.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA EM BAIXA, COM FRACO DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES

Os contratos futuros de soja com vencimento em julho fecharam em baixa nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), com o fraco desempenho das exportações da safra antiga indicado pelo relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado hoje pela manhã. O desmonte das posições de julho também contribuiu para a queda de 0,60% desses contratos, ou 5,75 cents, a US$ 9,5200 por bushel. Os contratos de novembro, referentes à nova safra, por outro lado, fecharam próximos à estabilidade, em leve alta de 0,50 cent, equivalente a 0,05%, a US$ 9,2500/bushel. O dia foi morno ante a ausência de notícias que dessem suporte à continuidade da recuperação dos preços. Os cancelamentos de exportações da safra antiga mantiveram os compradores à margem do mercado na sessão desta quinta-feira. O mercado continuou a testar as resistências de preço, mas sem o suporte de novidades sobre os fundamentos, não houve como sustentar a tendência de alta, disse John Kleist, corretor e analista da Allendale em McHenry, Illinois.
Sinais mistos dos mercados financeiros também tiraram ímpeto dos negócios: a fraqueza do dólar dava suporte, mas as quedas do petróleo e dos mercados acionários acabaram por prevalecer. A continuidade dos rumores sobre o interesse da China por compras de soja dos Estados Unidos ou da Argentina, assim como as preocupações relacionadas ao clima nos Estados Unidos e no Canadá, evitaram uma queda mais acentuada.
Os vencimentos de setembro e novembro, por sua vez, fecharam em alta, beneficiados pelas preocupações relacionadas ao excesso de chuvas em áreas de plantio de soja nos Estados Unidos, que ameaçam o desenvolvimento vegetal e atrasam o final do plantio da safra 2010/11.
O clima úmido nas plantações de canola no Canadá, que pode significar a perda de 2 milhões de acres (809,37 mil hectares), também deu sustentação aos últimos vencimentos. Ainda assim, olhando para frente, traders acreditam que será difícil haver uma recuperação agressiva dos preços sem que ocorra um cenário de estresse que desencadeie um rali.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que as exportações totais de soja tiveram um desempenho líquido de 315,8 mil toneladas na semana encerrada em 10 de junho. Os cancelamentos líquidos foram de 136,3 mil toneladas para o ano de comercialização 2009/2010.

MILHO

Depois de caminhar nos dois sentidos, sempre perto da estabilidade, os contratos futuros de milho encerraram a sessão com ganhos modestos na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes para entrega em julho subiram 1,25 cent ou 0,35% e fecharam a US$ 3,5750/bushel. Posição mais líquida, o vencimento dezembro avançou 1,0 cent ou 0,27% e terminou a US$ 3,7825/bushel. Os dados sobre exportação semanal foram considerados melhores do que se esperava e deram suporte aos futuros. Estima-se que fundos tenham comprado 3 mil lotes.
A atividade do mercado se manteve consistente durante a maior parte do dia, refletindo a noção de que os futuros já incorporaram adequadamente os fundamentos. Segundo o analista Chad Henderson, da corretora Prime Agricultural Consultants, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deu uma força inesperada aos preços.
As vendas permitiram aos futuros se aproximar dos níveis de resistência técnica, em meio a preocupações com o clima seco na China e a possibilidade de o país aumentar a demanda pelo cereal dos Estados Unidos, segundo Henderson.
No entanto, os futuros não tiveram força suficiente para romper a resistência, pois o clima é ideal para a safra americana no curto prazo, de modo que os prospectos são de produtividade recorde. O analista John Kleist, da corretora Allendale, comentou que as incertezas sobre a temporada de desenvolvimento da safra estão permitindo uma corrida casual dos preços, pois mantêm os vendedores cautelosos.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.090.400 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 10 de junho, alta de 7% em relação ao volume da semana passada e de 21% frente à média das quatro semanas anteriores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do USDA.

SOJA/USDA: EUA TÊM REDUÇÃO DE VENDAS.

Os Estados Unidos tiveram uma redução de vendas de 136.300 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 10 de junho, conforme aquisições maiores de Taiwan (59.700 t), México (34.400 t) e outros países não revelados (34.500 t) foram mais que compensadas por cancelamentos do Japão (270.100 t). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os embarques da oleaginosa no período atingiram 211.200 toneladas, alta de 26% frente ao volume registrado uma semana antes e de 15% em relação à média das quatro últimas semanas. Os principais destinos foram China (64.500 t), Taiwan (59.700 t), México (52.500 t), Japão (15.600 t) e Indonésia (10.100 t).O país também comercializou 452.100 toneladas de soja do ano-safra 2010/11 na semana, principalmente para China (350 mil t).

MILHO

Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.090.400 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 10 de junho, alta de 7% em relação ao volume da semana passada e de 21% frente à média das quatro semanas anteriores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Dentre os compradores, Coreia do Sul (156.800 t), Japão (135.700 t), Egito (126.500 t), China (120 mil t), México (90.900 t), Taiwan (62.600 t) e outros países não revelados (102.800 t) ampliaram as aquisições.
Os embarques do grão somaram 1,073 milhão de toneladas no período, volume 18% superior ao registrado uma semana antes, mas 2% abaixo da média das últimas quatro semanas. Os principais destinos foram Japão (422.500 t), México (192.700 t), Coreia do Sul (157.100 t), Egito (96.900 t), República Dominicana (60.400 t) e Cuba (27.500 t).
Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 136.500 toneladas de milho para Costa Rica (96 mil t), Coreia do Sul (55 mil t) e outros países não especificados (25.400 t). Contudo, houve decréscimos por parte do Egito (55 mil t). Vendas de origem opcional foram relatadas para Coreia do Sul (48 mil t).

quarta-feira, 16 de junho de 2010

SOJA: CBOT FECHA EM ALTA COM RUMORES SOBRE DEMANDA CHINESA.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira  impulsionada pelos rumores sobre o interesse da China por compras da oleaginosa. A demanda doméstica e as preocupações relacionadas ao clima úmido nos Estados Unidos e no Canadá também deram suporte aos preços. Os contratos de julho avançaram 8,25 cents, ou 0,87%, e fecharam a US$ 9,5775 por bushel, e os de novembro, referentes à nova safra, subiram 9 cents, ou 0,98%, a US$ 9,2450/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham adquirido 4 mil lotes.
Relatos originados em canais de comércio exterior da China sobre compras de estoques de soja da América do Sul e da costa noroeste dos Estados Unidos significaram uma dose fresca de suporte aos preços. O mercado também foi estimulado pelas preocupações referentes ao excesso de chuvas em áreas de soja dos Estados Unidos, que ameaçam o desenvolvimento da safra e podem atrasar o restante do plantio, o analista da MF Global. "Alguns meteorologistas observam similaridades entre a situação em 2010 e a das inundações que ocorreram no Meio-Oeste dos EUA em 1993", disse o analista. O clima está bastante úmido em uma linha geográfica que vai de Lincoln, em Nebraska, a Columbus, no Ohio, acrescentou o analista.
Além disso, as vendas restritas de estoques de soja pelos produtores levam os processadores a elevar suas ofertas de preço. O mercado ainda não conseguiu retirar grãos dos estoques dos produtores para aliviar as condições de fornecimento, o que se reflete nos preços, atualmente acima da média para entrega física no Golfo do México, disse Feltes.
Ainda assim, traders disseram que o mercado pode enfrentar dificuldades para que os preços subam mais, na medida em que posições de hedge na América do Sul devem conter a tendência de alta.
Nesta quinta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará o relatório semanal sobre exportações às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela Dow Jones estimam que as vendas na semana encerrada em 10 de junho tenham ficado na faixa entre 350 mil e 550 mil toneladas. As exportações de farelo de soja, segundo os analistas, devem ter ficado entre 50 mil e 150 mil toneladas e as de óleo de soja, entre 80 mil e 95 mil toneladas.

MILHO

Os contratos futuros de milho terminaram com valorização na esteira de outros mercados e sem notícias sobre fundamentos. Os lotes para entrega em julho subiram 2,50 cents ou 0,71% e fecharam a US$ 3,5625/bushel. Posição mais líquida, o vencimento dezembro avançou 2,25 cents ou 0,60% e terminou a US$ 3,7725/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 7 mil lotes em milho.
O mercado de milho foi um seguidor dos vizinhos e dos futuros de petróleo. Poucas notícias deixaram os futuros sem influências de fundamentos. Analistas disseram que o mercado precificou adequadamente todos os fatores relacionados a fundamentos, deixando os preços suscetíveis a movimentos de outros mercados. No entanto, na semana passada o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou sinais altistas no plantio das Dakotas e fortaleceram o mercado, segundo analista Jack Scoville, da corretora Price Futures Group. De qualquer maneira, os traders não devem se animar muito, com amplos estoques nos Estados Unidos e boas condições gerais da safra, além da competitividade com o trigo. Previsões do tempo seguem mostrando clima favorável no Meio-Oeste, exceto em áreas isoladas com excesso de umidade.
Amanhã, o USDA divulga seu relatório semanal de exportação, analistas consultados pela agência Dow Jones esperam que as vendas externas de milho dos Estados Unidos somem de 600 mil a 900 mil toneladas na semana terminada em 10 de junho.

INSUMOS:DEMANDA POR SEMENTE DE MILHO OGM DEVE CHEGAR A 70%.

A opção pelo plantio de milho transgênico está se consolidando no Brasil, podendo chegar a 70% da safra verão 2010/11, segundo projeção da Associação Paulista de Produtores de Sementes (APPS). Os problemas climáticos verificados nas duas últimas safras e os preços mais baixos do milho no mercado estão por trás do crescente interesse pelo grão transgênico, cujo plantio exige um número menor de aplicações de defensivos e apresenta maior rendimento por hectare. A produção total de sementes de milho no Brasil na atual safra, 2009/2010, foi de 220 mil toneladas, de acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas. Desse volume, 40% foram de sementes transgênicas, ou 88 mil toneladas. O plantio de OGMs na safra de verão representou 38% do total e na safrinha subiu para 50%.
A consultoria AgroSecurity estima que, em algumas regiões produtoras de milho, a área de transgênico chegará a 80% em 2010/11. É o caso de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Embora para cultivar um hectare o produtor gaste com semente R$ 410 no caso da geneticamente modificada (OGM) e R$ 240,00 no caso da convencional, a tendência é de que opte pelo transgênico devido à rentabilidade maior. De acordo com os cálculos da AgroSecurity, o custo de produção por hectare com o milho OGM no ciclo atual é de R$ 2.012,00, ante R$ 1.985,00/ha do plantio convencional, ou R$ 27. Em contrapartida, na última safra, a diferença de produtividade foi de 16 sacas por hectare em favor dos transgênicos.
De acordo com Cássio Camargo, executivo da APPS, mesmo com o aumento significativo do uso de sementes transgênicas na próxima safra de milho, não há risco de o produtor não encontrar semente porque o crescimento da demanda já era esperado pelas empresas produtoras do insumo. Já o economista Felipe Prince, sócio da AgroSecurity, teme que haja problemas de oferta se o salto na demanda realmente ocorrer. Na sexta-feira (18), representantes do setor vão se reunir com as empresas produtoras de sementes para avaliar melhor o tamanho do mercado na safra 2010/2011.
Safra 2010/11 - A safra de milho verão 2010/11 na maioria dos Estados produtores começa a ser cultivada em setembro. O Rio Grande do Sul é o primeiro a plantar. Na avaliação do mercado, os agricultores devem começar a comprar os insumos para a lavoura de milho somente em agosto, apostando em uma reação dos preços do cereal até lá, hoje pouco remuneradores.
Produtores de sementes acreditam que, a exemplo do que ocorreu em 2009/11, quando a área de milho caiu em detrimento da soja, commodity com maior liquidez, na próxima safra o cereal pode registrar nova redução. No Paraná, por exemplo, o economista Flávio Turra, da Organização das Cooperativas do Estado (Ocepar) disse que a área de milho deve recuar, pelo menos, 100 mil hectares, que serão cobertos por soja. "O produtor vai substituir milho pela soja por causa da rentabilidade e da liquidez", disse. Felipe Prince estima que no oeste da Bahia será o algodão a ocupar a área de milho. Na região de Luis Eduardo Magalhães, o plantio da pluma tem garantido rentabilidade de R$ 1.025,00/ha, enquanto a soja rende R$ 280/ha e, o milho, apenas R$ 48,00/ha.

SOJA/CHICAGO OPERA EM ALTA COM RUMORES SOBRE COMPRAS DA CHINA

Os preços internacionais da soja estão firmemente sustentados nesta quarta-feira por rumores de interesse de compra pela China. Os contratos mais líquidos na Bolsa de Chicago (CBOT), com vencimento em novembro, subem 9,25 cents ou 1,01% e eram negociados a US$ 9,2475/bushel. Primeiro vencimento, o contrato julho estava a US$ 9,5775/bushel, em alta de 8,25 cents ou 0,87%.
Analistas disseram que as discussões sobre a China atribuem uma nova camada de suporte para os preços, além das preocupações com perdas de área plantada no Canadá. A oferta apertada de soja no mercado à vista e temores relacionados às chuvas na safra recém plantada dos Estados Unidos estão encorajando os traders a embutir algum prêmio de risco nas cotações, de acordo com analistas.

CHICAGO: SOJA AVANÇA MOTIVADA POR COMPRAS DA CHINA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operavam em alta nesta quarta-feira, incentivados por compras especulativas atreladas a rumores de demanda chinesa e por contínuo suporte de um atraso no plantio de canola do Canadá. O mercado digeria especulações de que a China busca ofertas da Argentina e do Pacífico Noroeste, disse um analista da CBOT. A firmeza dos preços no mercado físico também sustentava os ganhos da commodity.
Os produtos derivados da oleaginosa também oscilavam positivamente, com o óleo atingindo as máximas em três semanas em meio a perspectivas de uma redução na produção canadense de canola, segundo traders. O farelo de soja também seguia a tendência de alta. O contrato agosto subia 8 cents, ou 0,86%, para US$ 9,4350 por bushel.
Compras técnicas e suporte generalizado impulsionavam as cotações do milho, mas estimativas de uma forte produtividade nos Estados Unidos limitavam o potencial de alta do mercado, segundo analistas. O grão emprestava firmeza do rali da soja e do trigo.
Todavia, condições climáticas favoráveis e uma boa avaliação da safra norte-americana exerciam influências negativas. Há pouco, o contrato setembro subia 5,25 cents, ou 1,45%, para US$ 3,6825 por bushel.
O trigo registrava ganhos nesta quarta-feira, conforme fundos cobriam posições vendidas em meio a temores sobre a redução do plantio no Canadá, disseram traders. No entanto, chuvas em época de colheita nas planícies dos Estados Unidos levantavam preocupações com relação à qualidade do cereal, acrescentaram analistas.
Em Chicago,o contrato setembro subia 12,50 cents, ou 2,67%, para US$ 4,80 por bushel. Já na Bolsa de Kansas (KCBT), o mesmo vencimento ganhava 12,50 cents, ou 2,55%, negociado a US$ 5,0250 por bushel.

GRÃOS: PREÇOS GLOBAIS DA SOJA PODEM CAIR.

Fundamentos pessimistas devem derrubar os preços globais da soja para uma média de quase US$ 9 por bushel no terceiro trimestre do ano, e US$ 8,75 por bushel no quarto, afirmou nesta quarta-feira Oscar Tjakra, gerente-assistente do Rabobank International.
Cerca de 53% da safra da América do Sul ainda precisa ser vendida e as condições de plantio nos Estados Unidos têm sido favoráveis, disse Tjakra em um seminário de grãos organizado pela Associação Americana de Soja, em Cingapura.
A projeção mostra um grande aumento nos estoques globais da oleaginosa na temporada que acaba em 30 de setembro e nas reservas norte-americanas em 2010/11, acrescentou ele.
Na terça-feira, o contrato julho da soja negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou com perda de 2 cents, ou 0,2%, cotado a US$ 9,4950 por bushel, enquanto o novembro encerrou com baixa de 0,75 cent, ou 0,08%, a US$ 9,1550 por bushel.
Já os preços do milho podem cair para US$ 3,20 por bushel antes da colheita nos Estados Unidos entre setembro e outubro, revelou Tjakra.

SOJA: CHICAGO PERDE FORÇA NO FIM DA SESSÃO

Os contratos futuros de soja fecharam em baixa nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). A realização de lucros no encerramento do dia acabou por devolver os ganhos verificados no início do pregão. Os contratos de julho encerraram em baixa de 2 cents, ou 0,2%, a US$ 9,4950 por bushel. Os de novembro, que já são os mais líquidos, fecharam em baixa de 0,75 cents, ou 0,08%, a US$ 9,1550. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 2 mil lotes na sessão.
O mercado deslizou em direção ao território negativo, incapaz de sustentar os preços, na medida em que a falta de prosseguimento das compras induziu os traders a cobrir posições próximo ao fechamento do pregão. Os contratos futuros subiram na maior parte do dia, com os compradores encorajados pelos declínios nas avaliações de qualidade da safra, divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O suporte dado por outros mercados e as preocupações relacionadas com a redução da produção canadense de canola - insumo cujo óleo concorre com o de soja - também estimularam as compras.
O mercado também se recuperava ante o declínio do dólar, com os traders assumindo posições compradas frente ao potencial de mudança, para cima, da tendência de preços. O dólar mais fraco torna as exportações norte-americanas mais competitivas no mercado mundial.
A diminuição, em dois pontos porcentuais, das avaliações de boa a excelente da safra de soja nos EUA e preocupações de que as chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos podem atrasar o final do plantio no país deram suporte adicional aos preços. Os preços firmes no mercado à vista continuaram a dar suporte aos primeiros vencimentos, mas o desmonte dos spreads de alta e a rolagem das posições de julho para vencimentos nos meses seguintes restringiram os avanços. A demanda em queda e as condições em geral favoráveis para o plantio da nova safra tiveram um efeito baixista sobre os preços, estimulando os traders a reduzir a exposição de risco próximo ao fechamento.

MILHO

Sem novidades para movimentar o mercado, os preços futuros do milho terminaram o dia estáveis na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em julho voltaram a fechar a US$ 3,5375/bushel. Já os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, encerraram estáveis a US$ 3,75/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 1 mil lotes de milho.
O milho teve uma sessão volátil e de poucos negócios, incapaz de se firmar numa direção. Segundo o analista Shawn McCambrigde, da corretora Prudential Bache Commodities, a ação dos preços foi um reflexo de um mercado que precificou adequadamente todos os fundamentos. Ele acrescentou que o milho parece estar se preparando para que surjam novas influências de fundamentos. Os contratos futuros encontram suporte nas preocupações com a seca em regiões produtoras da China, que poderia levar a mais vendas do cereal americano para o país asiático. A China não é um comprador tradicional dos Estados Unidos, mas tem importado nas últimas semanas.
Influências de outros mercados, como a queda do dólar e os preços fortes de energia, também sustentaram o mercado. No entanto, o clima favorável no curto prazo para o desenvolvimento da safra dos Estados Unidos limitou os avanços e manteve os futuros perto da estabilidade. O movimento de consolidação deve permanecer até que haja novidades em fundamentos, segundo McCambridge.

terça-feira, 15 de junho de 2010

GRÃOS/EUA: SAFRA DE MILHO SEGUE EM BOA CONDIÇÃO; SOJA PIORA.

As condições da safra americana de milho seguem muito boas, enquanto as lavouras de soja caíram em relação à semana passada, enquanto os produtores ainda precisam plantar 10% da safra, segundo informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório semanal de acompanhamento. A safra de trigo de inverno teve evolução modesta e a de trigo de primavera, que já tinha boa condição, melhorou ainda mais.
Milho
O USDA informou que 77% da safra de milho do país estava em condição boa a excelente até domingo, mais do que os 76% registrados na semana anterior e uma das avaliações mais elevadas das últimas duas décadas para esta época do ano, segundo analistas. Eles previam que a condição da safra ficasse entre 75% e 78% de bom a excelente.
Embora o relatório tenha indicado poucos pontos problemáticos, entre eles o Estado de Missouri, cuja avaliação foi mantida em 49%, e a Carolina do Norte, que passou de 75% para 58%, a maior parte da safra permanece em ótimas condições. Traders estão discutindo a possibilidade de a safra apresentar produtividade recorde, por causa do plantio realizado antes do normal. Embora analistas digam que a qualidade da safra não garanta um volume grande de produção, trata-se de um fator estimulante. "Primeiro, estamos prestes a ver um potencial de produtividade recorde se concretizar. Segundo, nesta etapa de desenvolvimento, não há muito comprometimento na safra." Em alguns importantes Estados, a avaliação foi um pouco pior. Em Illinois, 72% da safra apresenta condição boa a excelente, menos do que os 73% da semana anterior. Em Iowa, a queda foi de 78% para 76%.
Soja
As avaliações da safra de soja foram reduzidas pelo USDA. A parcela que tem condição boa a excelente caiu dois pontos porcentuais entre a semana passada e hoje, para 73%. O analista da Benson Quinn Commodities, Kim Rugel, observou que as condições caíram em 12 dos 18 principais Estados consultados. "Parece que as temperaturas amenas e as chuvas sufocaram a safra na maioria das regiões", disse Rugel.
O USDA informou que 91% da safra de soja foi plantada até domingo, mais do que os 84% da semana anterior e dentro do intervalo de expectativas dos analistas, entre 89% e 92%. A média para esta época do ano é de 90%. "O declínio nas condições da safra parece ser fator de suporte (para os futuros), mas o mercado se mostra pronto para uma terça-feira de virada, com vendas de ações no fim do dia", comentou Rugel.
Trigo
O relatório do USDA afirmou que 9% da safra de trigo de inverno foi colhida, mais do que os 3% observados na semana passada e bastante inferior à média de 12%. Analistas disseram que a colheita foi desacelerada pelas chuvas significativas nas áreas de trigo duro de inverno (HRW), no Sul das Grandes Planícies. A parte da safra avaliada como de boa a excelente se manteve em 66%. Trata-se de nível bastante acima do ano passado, que registrou 44% nesta época.
McCambridge disse que, embora o estado das lavouras seja bom, o relatório indica que a safra de trigo brando de inverno (SRW) foi comprometido por excesso de umidade. A condição do trigo brando em Estados como Ohio e Michigan caiu, enquanto Illinois se manteve estável com seus 40% de bom a excelente, o que não surpreende o analista.
Segundo o USDA, 88% da safra perfilou, mais do que os 84% da semana passada, mas abaixo da média de 92%. Preocupações com a qualidade baixa do trigo permeiam o mercado e podem ser agravadas pelas chuvas nas Grandes Planícies, de acordo com analistas. "Se continuarmos vendo trigo úmido, pode haver deterioração", explicou McCambrigde.
Mas os indicadores para a safra de primavera são muito bons, disse o analista, com poucos comprometimentos. O USDA relatou que 86% da safra de trigo de primavera tem condição boa a excelente, mais do que os 84% da semana passada. Aproximadamente 97% da safra emergiu, ante 90% há uma semana e abaixo da média de 98%.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA EM DIA DO DÓLAR FRACO.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, tendo alcançado na sessão as maiores cotações em um mês, impelidas pela fraqueza do dólar e pelos avanços no dia em diversos mercados. O vencimento julho, avançou 5,25 cents, em alta de 0,55%, a US$ 9,5150/bushel, e novembro, referente à nova safra, fechou em alta de 0,77%, ou 7 cents, a US$ 9,1625/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 4 mil lotes no pregão de hoje.
Os mercados financeiros foram a centelha que atraiu os compradores. De acordo com traders, as perspectivas mais otimistas para a economia mundial deixou os investidores menos avessos a assumir risco. Os contratos de julho atingiram seu nível mais elevado desde 14 de maio, com compras técnicas a partir do momento em que o contrato superou a linha de resistência que prevalecia desde 4 de junho, disse um analista da CBOT.
A recuperação dos preços também foi amparada por preocupações relacionadas a problemas com a canola do Canadá - o óleo de Canola concorre com o de soja. Os ganhos nos mercados de commodities agrícolas em geral e as compras baseadas em análise gráfica atraíram traders que anteriormente apostaram no declínio dos contratos futuros - e que agora cobriram algumas posições vendidas, disseram analistas.
Os preços no mercado à vista continuaram a dar suporte aos primeiros vencimentos, embora ainda prossigam o desmonte de spreads altistas e a rolagem de posições de julho para os meses logo à frente. A recuperação foi consistente, mas o avanço da soja foi limitado a partir do momento em que o dólar saiu das mínimas do dia e que o petróleo devolveu parte de seus ganhos. Ainda assim, os traders preveem que os preços devem ficar de lado até que os padrões climáticos de verão e a demanda de curto prazo sejam melhor conhecidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou há pouco, em seu relatório semanal, que 91% da safra foi plantada, ante 86% há um ano - e 73% dela tem condição boa a excelente. Os dados vieram em linha com as expectativas: analistas previam que o plantio viesse entre 89% e 92% e que a avaliação de boa a excelente ficaria entre 74% e 76%.

MILHO

Os preços futuros do milho subiram na CBOT com notícias sobre novas exportações, clima ruim para as lavouras chinesas e força de outros mercados. Os contratos com vencimento em julho subiram 4,25 cents ou 1,22% e fecharam a US$ 3,5375/bushel. Já os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam em alta de 4,0 cents ou 1,08%, cotados a US$ 3,75/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 6 mil lotes em milho na CBOT.
A confirmação de novas vendas de milho americano para a China deu suporte ao mercado hoje, em meio a preocupações com o tempo seco na região Centro-Leste da China. Problemas na produção chinesa poderiam estimular as compras do cereal dos Estados Unidos, segundo o analista Joe Victor, da corretora Allendale.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje exportações privadas de 120 mil toneladas de milho para entrega à China no ano comercial 2009/10. O contrato julho foi impulsionado por compras técnicas e especulativas, em movimento de cobertura de posições vendidas. Alguns traders apostavam na queda dos preços por causa do clima bom para a safra dos Estados Unidos. Além disso, a desvalorização do dólar e os ganhos em outros mercados de commodities mantiveram o ânimo dos compradores. Entretanto, o avanço foi limitado pela perspectiva de safra recorde. Victor explicou que a área dos US$ 3,50/bushel continua sendo suporte psicológico para o milho.
O USDA informou que 77% da safra tem condição boa a excelente, dentro do intervalo previsto pelos analistas, de 75% a 77%.

SOJA REGISTRA MÁXIMA EM UM MÊS E MILHO SOBE COM VENDAS PARA A CHINA.

Os preços internacionais da soja atingiram o nível mais alto em um mês na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos com vencimento em julho, os mais líquidos, avançavaram 3,25 cents a US$ 9,51 25/bushel. A forte queda do dólar frente a uma cesta de moedas, a oferta apertada de soja no mercado à vista e preocupações com as safras canadenses servem de catalisador para os futuros, segundo traders. O contrato julho escalou para o seu nível mais alto desde 14 de maio, a US$ 9,5825/bushel, com ganhos generalizados nas commodities e compras técnicas. Participantes do mercado cobriram posições vendidas e alimentaram movimento.
MILHO
Os preços futuros do milho permaneceram firmes na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira. Os contratos com vencimento em julho subiam 4,25 cents negociados a US$ 3,5375/bushel. Registraram as máximas em quase duas semanas, a US$ 3,53/bushel. A confirmação de novas vendas de milho americano para a China voltou a animar o mercado, assim como a fraqueza do dólar em relação a uma cesta de moedas, segundo traders. Preocupações com o tempo seco na China podem levar a uma demanda adicional por milho dos Estados Unidos e limita a influência baixista da expectativa de ampla oferta e safra recorde em 2010. Compras técnica se somam a esse contexto em um dia relativamente tranquilo nos mercados vizinhos de trigo e soja.

PERSPECTIVA: REDUÇÃO NO ESTOQUE E BAIXA OFERTA DEVEM SUSTENTAR PREÇOS.

O relatório divulgado na quinta-feira passada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou uma queda nas estimativas para os estoques finais de milho em comparação à previsão anterior, feita em maio, combinada ao aumento em 2,8 milhões de toneladas na estimativa de demanda nos Estados Unidos, forneceram combustível para a elevação das cotações do grão no encerramento da semana na Bolsa de Chicago (CBOT).
Na sexta-feira, as notícias sobre a compra de três novos carregamentos de milho pela China reforçaram a tendência altista. O Conselho de Grãos dos Estados Unidos informou, em relatório divulgado na sexta-feira, que o país pode exportar uma "enorme" quantidade de milho para a China nos próximos meses para ajudá-la a compensar o déficit de oferta sem esgotar os estoques domésticos.
O vice-presidente de operações da corretora FCStone, Dave Smoldt, avalia que os contratos futuros de milho provavelmente estabeleceram um piso para o curto prazo e que os futuros de soja podem ter um rali relacionado à demanda, diante do encolhimento da oferta da última safra, de acordo com a Dow Jones.
No Brasil, no mercado físico, a colheita da safrinha evolui bem no Paraná, mas a do Mato Grosso deve ter a produtividade afetada pela seca. "Mato Grosso, que responde pela maior parte da safrinha de milho, pode perder até 20% da colheita - uma perda significativa, se lembrarmos que a safrinha anterior no Estado foi bem volumosa", observa Flávia Sologuren, analista de milho da Celeres. "Além da queda da produção, a realização de leilões de PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) deve contribuir para a sustentação dos preços." Na próxima quinta-feira, dia 17, a Companhia Nacional de Abastecimento realizará leilões de PEP para adquirir 1 milhão de toneladas de milho do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Paraná, das quais 600 mil toneladas só no Mato Grosso. Também está prevista, no mesmo dia, a realização de um leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) para 140 mil toneladas da Bahia.


No mercado de soja, em Chicago, a atenção dos traders estará concentrada nesta segunda-feira na divulgação do relatório mensal da Associação Nacional de Processadores de Oleaginosa (Nopa, na sigla em inglês) referente ao esmagamento de soja. A previsão é de que o esmagamento em maio tenha caído para cerca 3,54 milhões de toneladas comparados a 3,58 milhões de toneladas em abril, de acordo com a Dow Jones. "Não tem soja para pronta entrega. Os produtores, mesmo pressionados pelos esmagadores, estão segurando os estoques da safra velha", diz Vinícius Ito, analista da Newedge, que prevê que os contratos de julho, embora estejam sustentados, devem enfrentar alguma resistência logo à frente. Para os de novembro, a perspectiva continua baixista, com a evolução favorável do plantio da nova safra em meio a condições climáticas consideradas muito boas, avalia Ito.
A oferta apertada de soja, remanescente da última colheita, pode puxar o contrato julho de Chicago a ponto de se chegar a um prêmio de 80 cents sobre o novembro, que representa a nova safra, segundo avaliação de Smoldt, da FCStone, citado pela Dow Jones. O spread tem se mantido em torno de 40 cents atualmente. O analista da FCStone alertou que o USDA provavelmente está superestimando os estoques de passagem 2009/10 ao prever 184 milhões de bushels. Ele entende que a projeção pode ser reduzida para de 155 a 160 milhões de bushels.
O contrato julho da soja encontra suporte a US$ 8,40/bushel e poderia alcançar US$ 10,20/bushel se houver problemas climáticos na nova safra, de acordo com Smoldt. Uma ameaça climática maior puxaria os futuros para além de US$ 11/bushel. A mínima do contrato novembro deve ficar em torno de US$ 7,50 a US$ 8/bushel se o clima for favorável.
No mercado de trigo, as notícias de que as chuvas de primavera prejudicaram a qualidade da safra e a extensão da área de plantio no Canadá, assim como os relatos sobre problemas de produtividade na safra dos Estados Unidos, devem seguir dando suporte aos preços nesta semana.

GRÃOS/CHICAGO: FCSTONE ENXERGA PISO PARA MILHO E RALI PARA SOJA.

O vice-presidente de operações da corretora FCStone, Dave Smoldt, afirmou que os contratos futuros de milho provavelmente estabeleceram um piso para o curto prazo e que os futuros de soja podem ter um rali relacionado à demanda, diante do encolhimento da oferta da última safra. A declaração foi feita em conferência de commodities realizada na quinta-feira em Chicago.
Milho
Segundo Smoldt, o contrato de milho com vencimento em julho na Bolsa de Chicago deve oscilar entre US$ 3,50 e US$ 3,90/bushel, tendo estabelecido o piso na mínima do contrato de US$ 3,3375/bushel. A resistência se encontra a US$ 3,50, US$ 3,73 e US$ 3,86/bushel, em sua previsão.
Os profundos cortes na estimativa do governo para estoques finais dos Estados Unidos sinalizaram abastecimento mais estreito antes da temporada de desenvolvimento da safra e deixaram os membros da indústria ansiosos sobre o potencial de mais mudanças drásticas, de acordo com Smoldt. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua previsão de estoques de milho 2010/11 para 39,954 milhões toneladas, ante 46,177 ,ilhões de toneladas esperados em maio.
Ele declarou que, se o clima ficar ruim e a China aumentar sua demanda por milho americano, o contrato dezembro da CBOT, que representa a safra plantada, pode atingir US$ 4,10/bushel. O clima favorável poderia derrubar os preços para perto de US$ 3/bushel, segundo o analista. Smoldt comentou, ainda, que o USDA pode elevar sua previsão para produtividade da nova safra, atingindo o novo recorde de 166 bushels por acre - superior à estimativa atual de 163,5 bushels por acre.
Soja
A oferta apertada de soja, remanescente da última colheita, pode puxar o contrato julho de Chicago a ponto de se chegar a um prêmio de 80 cents sobre o novembro, que representa a nova safra, segundo avaliação de Smoldt. O spread tem se mantido em torno de 40 cents atualmente.
O analista da FCStone alertou que o USDA provavelmente está superestimando os estoques de passagem 2009/10 ao prever 5,00 milhões de toneladas. Ele entende que a projeção pode ser reduzida para de 4,218 a 4,355 milhões de toneladas.
O contrato julho da soja encontra suporte a US$ 8,40/bushel e poderia alcançar US$ 10,20/bushel se houver problemas climáticos na nova safra, de acordo com Smoldt. Uma ameaça climática maior puxaria os futuros para além de US$ 11/bushel. A mínima do contrato novembro deve ficar em torno de US$ 7,50 a US$ 8/bushel se o clima for favorável.

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas