sexta-feira, 29 de abril de 2011

GRÃOS/CBOT- TRADERS ADICIONAM PRÊMIO DE RISCO E FECHA EM ALTA

Os futuros da soja se recuperaram hoje das perdas sofridas no pregão anterior na bolsa de Chicago, uma vez que traders adicionaram um prêmio de risco ao mercado. O contrato julho, mais negociado, subiu 40,50 centavos, ou 2,99%, para fechar cotado a US$ 13,94 por bushel.
Inicialmente os futuros foram impulsionados pela recompra de posições vendidas por traders. Anteriormente, eles estavam vendidos no mercado devido às previsões climáticas favoráveis ao plantio na próxima semana, mas hoje foram forçados a cobrir suas posições já que a expectativa agora é de chuvas no meio-oeste.
As compras generalizadas nos mercados de commodities deram sustentação também, pois os futuros dos grãos ficaram mais atrativos em relação aos futuros de metais preciosos e energia.
Os produtos derivados também fecharam em alta, em linha com a soja e sustentados pelas compras generalizadas, segundo analistas. A incerteza sobre a disponibilidade da soja, a demanda futura e a produção encorajaram traders a adicionar prêmio de risco ao mercado.
O contrato julho do óleo de soja avançou 165 pontos, ou 2,90%, para fechar cotado a 58,58 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 9,40, ou 2,65%, para US$ 363,60 por tonelada.

MILHO RECUPERA PERDAS E FECHA EM ALTA FORTE
O mercado futuro de milho foi capaz de se recuperar hoje de quase todas as perdas registradas na quinta-feira na CBOT. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, fecharam com valorização de 27,25 cents ou 3,74%, cotados a US$ 7,5650/bushel. Ontem, haviam recuado 30 cents.
Analistas disseram que traders continuam atentos ao clima, que, embora esteja melhorando no Meio-Oeste, com menos umidade, está menos favorável para o plantio no norte das Grandes Planícies. Os participantes do mercado estão acompanhando a situação das Dakotas do Norte e do Sul, pois esperam elevação de um terço na área plantada.
De acordo com a empresa de meteorologia Telvent DTN, a evolução do plantio deve continuar lenta, pois os campos estão encharcados e os solos estão frios.
"Os mapas climáticos de 15 dias continuam mostrando temperaturas abaixo do normal ao longo de grande parte do Cinturão do Milho", disse o presidente da corretora A/C Trading, Jim Gerlach.

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA POR CBOT E POLÍTICA DE CONTROLE DE PREÇO

Os futuros da soja foram pressionados hoje por vendas generalizadas na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme o foco do mercado voltou para as políticas de controle de preço do governo e para um clima favorável nos maiores fornecedores do mundo. O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou com queda de 1,3%, cotado a 4.475 yuans por tonelada (6,49 yuans = US$ 1).
"Os fundos estavam sendo guiados por um declínio ontem na Bolsa de Chicago e pelo recuo dos mercados físicos de commodities", informou a Yong An Futures em uma nota.
A melhora das perspectivas climáticas derrubou as cotações dos grãos no mercado norte-americano, com o milho caindo 4%, a US$ 7,2925 por bushel, menor patamar desde 31 de março. O contrato mais líquido do grão em Dalian recuou 1,7%, para 2.365 yuans por tonelada, prejudicado pela fraqueza dos preços na CBOT e pelas políticas agrícolas da China.
A prorrogação do controle de preço para o óleo de cozinha e a farinha repercutiu em todo o complexo de grãos, afetando também o trigo e o arroz. Pequim informou nesta semana que limitará os projetos de amido de milho com capacidade de processamento de menos de 300 mil toneladas por ano, e eliminará programas com capacidade anual inferior a 100 mil toneladas, sinalizando sua intenção de controlar a demanda por parte de usuários que não são da indústria de ração animal.
O governo recentemente ordenou que os bancos parem de emprestar capital para quem não estiver comprando milho para fabricação de ração animal, e cancelou a redução dos impostos para tais processadoras de milho, de modo a restringir sua expansão.

CHINA DEVE IMPORTAR 4,3 MI TONS EM ABRIL.
As importações de soja da China em abril provavelmente alcançarão 4,35 milhões de toneladas, informou o Ministério de Comércio do país em seu site nesta sexta-feira. O volume previsto fica acima de uma estimativa divulgada no começo do mês e, se concretizado, representará um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2010 e de 24% na comparação com março de 2011.
A projeção se baseia em informações fornecidas por importadores entre 1º e 15 de abril, mas pode não concordar com a quantia real, uma vez que não inclui todos os carregamentos.
De acordo com o ministério, a China também pode importar 4,4 milhões de toneladas de soja em maio. O governo chinês disponibiliza as estimativas duas vezes por mês.

CHINA CANCELA 1 OU 2 CARGAS DE ÓLEO DE SOJA DO BRASIL
A China cancelou um ou dois carregamentos de óleo de soja do Brasil, informou nesta sexta-feira a agência de notícias Caixun, citando o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos do país (CNGOIC, na sigla em inglês). O cancelamento deve-se à baixa demanda em meio à ampla oferta doméstica, à medida que o governo liberou parte dos estoques de óleos comestíveis para segurar os preços, de acordo com a agência. Importadores de óleo de soja tem tido prejuízos nos últimos meses, segundo a Caixun.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

CBOT/GRÃOS- CLÍMA MELHORA CONDIÇÃO DE PLANTIO E FECHA EM QUEDA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda hoje pelo terceiro dia seguido, pressionados pela fraqueza registrada no milho e pela desaceleração da demanda. O contrato julho, mais negociado, caiu 31 centavos, ou 2,24%, para US$ 13,5350 por bushel. Já o novembro, referente à nova safra, perdeu 30,75 centavos, ou 2,2%, cotado a US$ 13,3775.
A fraqueza do dólar não conseguiu compensar a influência baixista da queda dos preços do milho. O cereal está pressionado pela melhora do tempo para o plantio no meio-oeste americano.
A demanda chinesa mais fraca e uma oferta recorde da América do Sul deram poucos incentivos para que os compradores sustentassem os preços. O mercado encontrou pressão adicional ainda no fato de os investidores terem optado por deixar posições em grãos e entrar em ouro e prata, mais rentáveis, disse Dan Basse, da AgResource Co.
Os produtos derivados também recuaram, em linha com a soja e com as vendas generalizadas por investidores. Traders teriam reduzido a exposição ao risco frente a uma demanda menor por soja, segundo analistas.
O contrato julho do óleo de soja caiu 148 pontos, ou 2,53%, para terminar a 56,93 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo perdeu US$ 7,60, ou 2,10%, cotado a US$ 354,20 por tonelada.
MILHO FECHA NO LIMITE DE QUEDA COM CLIMA E VENDAS DE FUNDOS Os preços futuros do milho terminaram o dia no limite de baixa permitido pela Bolsa de Chicago pressionados pela melhora do clima e por grande volume de vendas de fundos de commodities. O contrato com vencimento em julho, o mais negociado, fechou em baixa de 30,0 cents ou 3,95%, cotado a US$ 7,2925/bushel, menor marca em quatro semanas.
A queda das cotações ocorreu diante de previsões do tempo que indicaram clima mais quente e mais seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que permitiria aos produtores plantar o milho depois de alguns atrasos provocados pelo tempo úmido e frio demais.
Entretanto, analistas notaram que as condições não serão perfeitas, pois levará um tempo para que os campos sequem e os solos se aqueçam novamente.
A desvalorização foi acelerada por vendas de fundos. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 22 mil contratos em milho hoje, segundo traders, o que é considerado um volume expressivo. Amanhã, o limite de variação será de 45 cents.
TRIGO CAI FORTE COM CHUVAS E MENOS PREOCUPAÇÕES COM O CLIMA As cotações do trigo caíram com força nesta quinta-feira no mercado americano, acompanhando as perdas expressivas do mercado de milho. Além disso, sinais de chuva em lavouras de trigo no sul das Grandes Planícies dos Estados Unidos, duramente afetadas pela estiagem, pesaram sobre os preços. A nova perspectiva ameniza as preocupações com eventuais perdas na safra.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho fecharam em queda de 34,50 cents ou 4,25%, cotados a US$ 7,7750/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento recuou 43,0 cents ou 4,66% e terminou a US$ 8,80/bushel.
O relatório semanal do governo sobre o clima mostrou que as chuvas aliviaram a falta de umidade em regiões centrais e no leste de Oklahoma, embora produtores tenham alertado que a mudança tenha chegado tarde demais para reverter perdas na safra. "Pode ser tarde demais, mas a percepção é de que eles estão recebendo mais chuvas lá embaixo (no sul das Planícies)", disse o analista Chad Henderson, da corretora Prime Agricultural Consultants. "Os piores cenários já foram precificados", acrescentou. Ele afirmou, ainda, que o tamanho do declínio dos mercados de grãos hoje foi "surpreendente" porque o dólar caiu e o petróleo, que tendem a dar suporte para as commodities.
A expectativa é de que as chuvas sejam benéficas para as lavouras de trigo nos Estados Unidos e na Europa. O ministério de agricultura da Rússia afirmou que o plantio de primavera está ganhando velocidade depois de algum atraso inicial, por causa do clima adverso.
"Acho que o clima está melhorando, não só aqui nos Estados Unidos, mas ao longo do globo. Isso está pressionando os preços", resumiu o analista de grãos Terry Reilly, do Citigroup.

SOJA: ABIOVE ELEVA PRODUÇÃO PARA 71,1.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou hoje sua estimativa para a produção brasileira de soja em grão neste ano para 71,1 milhões de toneladas, ante 70,1 milhões na previsão anterior, devido ao tempo favorável em todo o País. Com isso, a previsão de receita com as exportações do complexo soja foi elevada para US$ 22,6 bilhões, ante US$ 22,1 bilhões na previsão de março.
Segundo Fabio Trigueirinho, secretário-geral da entidade, os dados da Abiove estavam defasados e agora se ajustam às expectativas do mercado, ainda que estejam abaixo dos 72,2 milhões de toneladas do grão estimados pelo governo.
"Basicamente esse aumento se deveu ao fato de que o clima no geral foi bastante razoável, apenas com problemas localizados por excesso de chuvas principalmente em Mato Grosso do Sul e Goiás. Mas no restante do país o clima foi muito bom e a ajudou a ter um bom nível de produtividade", disse ele, destacando ainda que os produtores investiram no uso de tecnologia e de insumos, o que ajudou na produção de uma safra recorde.
No ano passado, o Brasil produziu segundo a Abiove 68,9 milhões de toneladas de soja. Com a maior oferta do grão agora, a previsão para a produção de farelo de soja passou de 26,9 milhões de toneladas em março para 27,3 milhões agora, contra 27,1 milhões no ciclo anterior. Já a produção de óleo de soja foi estimada em 6,9 milhões de toneladas, 100 mil a mais do que na previsão anterior e praticamente estável ante o ano passado.
Exportações - A Abiove ampliou ainda em 900 mil toneladas a estimativa de exportação de grãos neste ano comercial, para 32,4 milhões de toneladas, acima das 24 milhões de toneladas vendidas ao exterior em 2010. A receita com a exportação da oleaginosa deverá ser de US$ 15,5 bilhões, ante previsão anterior de US$ 15,1 bilhões.
As receitas com as exportações de todo o complexo - grão, farelo e óleo - foram estimadas em um recorde de US$ 22,631 bilhões, ante US$ 22,067 bilhões na previsão de março, que já era um recorde. Em 2010, a receita alcançou US$ 17,1 bilhões "Certamente vamos exportar mais no geral, principalmente soja em grão. O mercado continua com uma demanda boa. A China em especial tem demandado quantidades grandes, e será um ano muito bom para a sojicultura", completou Trigueirinho.
Para ele, o recorde de exportação é um indicativo de que o Brasil está bem posicionado no mercado internacional, o que levará o produtor a investir mais em suas lavouras. "Na próxima safra o pessoal estará ainda melhor preparado para plantar. E se tivermos um patamar de preço como o de agora, teremos mais uma safra muito boa porque o produtor vai plantar bem e possivelmente aumentar um pouco a área."
 

Previsões para a safra 2010/11 de soja do Brasil  
  Entidade    Previsão atual   Em milhões de toneladas  
  Conab            72,2 
  USDA             70,0 
  Céleres          70,6 
  AgRural          72 
  Agroconsult   72,7

MT/MILHO- FALTA DE CHUVA COLOCA LAVOURAS EM RISCO.

A falta de chuvas em algumas regiões de Mato Grosso começa a preocupar os produtores. O gerente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis (396 quilômetros ao noroeste de Cuiabá), Antônio de La Bandeira, conta que o risco de quebra da safra é grande, pois há 18 dias não chove nas zonas produtoras do município, onde neste ano-safra são cultivados 100 mil hectares de milho safrinha, conforme estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
Antônio Bandeira afirmou que nos últimos dias foram registradas chuvas esparsas e as previsões climáticas não indicam precipitações para as próximas semanas. Ele explica que os produtores estão preocupados porque até a semana passada 70% das lavouras ainda não estavam em fase de pendoamento, quando a falta de chuvas é crítica. Ele comenta que um produtor disse correr o risco de perder R$ 2 milhões nas lavouras de milho, caso a quebra de safra se confirme.
O risco de quebra é maior na região noroeste de Mato Grosso porque o milho foi semeado mais tarde, em função do atraso da soja, por causa da falta de chuvas na época do plantio e excesso durante na colheita. Segundo Bandeira, no final do ano passado as previsões eram de poucas chuvas a partir de abril deste ano, mas em fevereiro último a meteorologia previa que poderia chover até maio. “Como os insumos estavam comprados e os preços do milho estavam em alta, o produtor decidiu arriscar, mesmo plantando fora do período ideal”, diz ele.
No município de Sorriso (412 km ao norte de Cuiabá), maior produtor de milho safrinha de Mato Grosso, com 220 mil hectares cultivados nesta safra, os problemas de falta de chuvas são localizados. O comentário é do presidente do Sindicato Rural do município, Elso Vicente Pozzobon, que não prevê risco de quebra da produção. Um aspecto positivo desta safra, diz ele, é que de 45% a 50% da safra que começa a ser colhida a partir de junho já está vendida ao mercado, situação bem diferente das duas últimas safras, quando os produtores dependeram do apoio do governo federal para escoar a produção e receber pelo menos o preço mínimo de garantia oficial.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, diz que o milho plantado entre o dia 20 de fevereiro e 5 de março, que é um pouco mais da metade de toda área cultivada, está correndo risco por causa da falta de chuvas. Ele comenta que a situação é mais preocupante para o agricultor que vendeu porcentual alto da safra que será colhida, pois corre o risco de não ter todo volume da mercadoria comprometida para entregar.
Silveira estima que os produtores já comercializaram cerca de milhões de toneladas das 8 milhões de toneladas que devem ser colhidas neste ano em Mato Grosso. Além das tradings, os confinadores de bovinos também são compradores no mercado de milho, com proposta a R$ 16/saca para entrega em julho/agosto.

terça-feira, 26 de abril de 2011

CBOT/SOJA FECHA EM QUEDA, PREOCUPAÇÃO COM CHINA E ÁREA MAIOR NOS EUA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda hoje, pressionados pelas preocupações com a demanda chinesa e pelo potencial de um aumento na área da oleaginosa plantada nos Estados Unidos devido aos atrasos no cultivo do milho. O contrato julho caiu 7,25 centavos, ou 0,52%, para fechar a US$ 13,8925 por bushel.
O mercado está preocupado com o crescimento da China, e rumores de que o país pode tomar novas ações para aliviar a inflação pressionam a oleaginosa, uma vez que isso poderia ameaçar a demanda pelo produto norte-americano, diz Dave Marshal, analista independente.
A China, maior importador mundial de soja, reduziu suas aquisições devido aos estoques altos nos portos e uma oferta confortável nas indústrias de esmagamento. A colheita da safra sul-americana contribui para pressionar o mercado.
Os produtos derivados também terminaram em queda, em linha com a soja. O farelo recebeu pressão adicional da desaceleração da demanda, enquanto o óleo sentiu a fraqueza nos mercados mundiais de óleos vegetais, segundo analistas. O contrato julho do farelo recuou US$ 1,50, para fechar a US$ 364,40 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo perdeu 20 pontos, para 58,62 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA SEM DIREÇÃO COMUM.
Os primeiros contratos futuros do milho terminaram o pregão de hoje com valorização na Bolsa de Chicago. O contrato com vencimento em julho, o mais líquido, fechou em alta de 4,25 cents ou 0,55%, cotado a US$ 7,7275/bushel. Os últimos vencimentos recuaram, com realização de lucros depois da alta recente puxada por preocupações relacionadas ao atraso no plantio.
As condições climáticas continuam desfavoráveis para o plantio de milho no Meio-Oeste dos Estados Unidos, onde o tempo deve permanecer frio e úmido. O Departamento de Agricultura(USDA) confirmou ontem que o ritmo do cultivo está abaixo do esperado. "Mesmo que essa notícia tenha sido um tanto altista durante a noite, não dá para subirmos todos os dias", disse o analista Jack Scoville, da corretora Price Futures Group.
Traders de grãos estão prestando atenção especial no clima neste ano, porque os produtores precisam produzir uma ampla safra de milho para reabastecer os estoques, que devem ser os menores em 15 anos antes que a próxima colheita comece, no outono do Hemisfério Norte.

BIODIESEL: BUNGE CONSTRUIRÁ FÁBRICA EM NOVA MUTUM.

A Agência Nacional do Petróleo publicou na edição de hoje do Diário Oficial da União autorização para o início das obras de construção de uma fábrica de biodiesel da Bunge Alimentos em Nova Mutum (250 km ao norte de Cuiabá). A fábrica, que marca a entrada da Bunge no ramo de biodiesel, terá capacidade diária para produção de 413,79 metros cúbicos do biocombustível e será construída ao lado da esmagadora de soja da empresa no município.
Em reunião realizada no início deste ano com o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), e o prefeito de Nova Mutum, Lírio Lautenschlager (PMDB), o vice-presidente de Agronegócios da Bunge, Murilo Braz, afirmou que seriam investidos R$ 60 milhões no empreendimento.
Além da fábrica da Bunge, a ANP autorizou neste ano a construção de outras duas plantas: da ADM, em Rondonópolis, e da Bio Óleo, em Cuiabá. Outra fábrica em construção é da Biocamp 2, em Campo Verde, autorizada em setembro do ano passado. Em Mato Grosso existem 23 fábricas de combustível em funcionamento com autorização da ANP, o maior número em todo País.
Segundo dados da ANP, no ano passado a produção mato-grossense de biodiesel foi de 598,1 milhões de litros. O maior produtor foi o Rio Grande do Sul, com 605,9 milhões de litros. A produção brasileira atingiu no ano passado o recorde de 2,937 bilhões de litros, volume 49% superior ao produzido em 2009. A capacidade instalada é de 5,8 bilhões de litros. A soja responde por 80% da matéria-prima utilizada na fabricação do biodiesel, seguida pela gordura bovina e óleo de algodão.

MILHO/EUA: CHUVAS IMPEDEM AVANÇO DO PLANTIO.

O plantio de milho nos Estados Unidos avançou pouco ao longo da última semana, por causa das chuvas, e a expectativa é de mais atraso nesta semana. Em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 9% da safra foi plantada até domingo, apenas dois pontos porcentuais acima da semana anterior. Um ano antes, 46% das lavouras haviam sido cultivadas, quando os produtores plantaram em ritmo recorde. A média dos últimos cinco anos para esta época é de 23%.
A expectativa é de que o ritmo lento deva impulsionar os futuros de milho. Há muitas preocupações com o tamanho da colheita, por causa do atraso do plantio, que pode reduzir a produtividade. Traders e analistas previam que o plantio tivesse alcançado de 9% a 15% dos campos.
"É surpreendentemente baixo", disse o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best, sobre o relatório do USDA. "Os campos estão tão saturados que você não pode nem andar neles, quanto mais plantar." Os temores se fortalecem porque os estoques são baixos atualmente, de modo que produtores precisam obter uma ampla safra para reabastecê-los.
Mas as previsões do tempo sinalizam que os produtores continuarão encontrando dificuldades para plantar nesta semana. Espera-se que as chuvas mantenham o solo encharcado ao longo da região Meio-Oeste e no Delta do Mississippi. "Se você pensava que na semana passada (a situação) estava ruim, então nesta semana está ainda pior", alertou Hannagan.
Em Iowa, principal Estado produtor de milho do país, apenas 3% da safra foi plantada até domingo, um ponto porcentual a mais do que na semana passada e inferior à média de 28% para esta época do ano, de acordo com o USDA.
Produtores de Indiana não avançaram nos trabalhos e mantiveram o plantio em 2%, ante média de 15%. O cultivo sequer começou nas Dakotas do Norte e do Sul, que devem responder por um terço da elevação de 4,5% na área plantada com milho neste ano. Normalmente, produtores teriam cultivado 5% das lavouras na Dakota do Sul e 7% na Dakota do Norte.
Esse cenário decepcionante nas Dakotas leva a crer que os estoques podem continuar em níveis precários em 2012. "O plantio na maioria das partes da Dakota do Norte foi atrapalhado novamente pelos campos saturados (de umidade) e pelas baixas temperaturas do solo", de acordo com o escritório do USDA no Estado.
Trigo - Esse tipo de clima atrasou o plantio de milho nos Estados do norte das Grandes Planícies, como as Dakotas, e também impediu os agricultores de plantar trigo de primavera. Cerca de 6% da safra foi plantada até domingo, um ponto porcentual acima da semana passada, mas abaixo da média de 25% para esta época do ano.
Traders também estão preocupados com o trigo duro de inverno, produzido nas áreas centrais e do sul das Grandes Planícies, onde a seca prejudicou as lavouras. O USDA reduziu a avaliação sobre a condição da safra. A parcela considerada em condição boa a excelente caiu um ponto porcentual, para 35%. A parte tida como ruim ou muito ruim aumentou dois pontos porcentuais, para 40%. Um ano atrás, 69% dos campos tinham situação boa a excelente e apenas 6% eram ruins ou muito ruins.
Hannagan comentou que a queda da qualidade na avaliação do USDA pode sustentar os preços futuros do trigo. As previsões do tempo ainda não sinalizam chuvas capazes de amenizar o tempo seco nas Planícies. E já é muito tarde para tentar revitalizar a safra em áreas do Texas e de Oklahoma, por exemplo. "Não está bom e não vejo (a situação) melhorando", disse o analista.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

CBOT/GRÃOS FECHAM EM ALTA COM SUPORTE CLIMÁTICO

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam na maioria em alta hoje, recuperando-se de uma fraqueza anterior, com suporte dos ganhos nos mercados de outros grãos. O contrato julho subiu 6,75 centavos, ou 0,49%, para fechar cotado a US$ 13,9650 por bushel.
A alta do milho e do trigo devido a problemas climáticos ajudaram a sustentar a soja, segundo analistas. As preocupações com o tempo foram o suficiente para compensar a fraqueza na demanda por exportação, uma vez que a competição das safras sul-americanas reduzem o interesse pela oferta norte-americana. "Estamos agora a pleno vapor com o mercado climático, após três dias de feriado prolongado. As chuvas atrasam o plantio de milho no meio-oeste enquanto regiões secas por todo o mundo provocam preocupações em relação à produção global de trigo", disse a corretora Benson Quinn Commodities.
Mas os contratos referentes à nova safra da soja não conseguiram se beneficiar dos avanços nos outros mercados de grãos, e o vencimento novembro terminou estável, cotado a US$ 13,8250. Karl Setzer, da MaxYield Cooperative, destacou que a soja pode herdar uma parte da área que seria destinada ao milho se os atrasos no plantio do cereal persistirem.
Entre os produtos derivados, a fraqueza no petróleo e a demanda mais fraca pelo óleo de soja permitem aos traders realizar lucros em operações de spreads em que ficam comprados em óleo e vendidos em farelo, segundo analistas.
O contrato julho do farelo subiu US$ 2, para fechar a US$ 365,90 por tonelada, enquanto que o mesmo vencimento do óleo cai 9 pontos, para 58,82 centavos por libra-peso.

MILHO SOBE 24 CTS COM ATRASO DO PLANTIO.
Os preços futuros do milho subiram na Bolsa de Chicago (CBOT), com expectativas de chuva que podem impedir o plantio nesta semana. Os contratos com vencimento em julho fecharam em alta de 24,0 cents ou 3,22%, cotados a US$ 7,6850/bushel.
Traders temem que a colheita do próximo outono do Hemisfério Norte seja prejudicada se a safra for plantada muito tarde, porque isso pode reduzir a produtividade. Os produtores também podem acabar desistindo de plantar em parte dos campos, se a chuva impedi-los por muito tempo.
Os primeiros vencimento avançaram mais do que os últimos, que representam a nova safra, porque "se você está preocupado com a produtividade da nova safra, tem de começar limitando a antiga", disse o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services.
Traders estão no limite com os atrasos, porque o país precisa cultivar uma ampla safra de milho para reabastecer os estoques, estimados no menor nível em 15 anos.
O relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou a sensação de que o plantio está muito atrasado. Cerca de 9% das lavouras foram cultivadas, ante 46% há um ano. Traders esperavam de 12% a 15%. As chuvas atrasam o plantio de milho no Meio-Oeste, enquanto regiões secas por todo o mundo provocam preocupações em relação à produção global de trigo", disse a corretora Benson Quinn Commodities.

TRIGO FECHA EM ALTA APÓS REGISTRAR MÁXIMAS EM DOIS MESES
Os preços futuros do trigo avançaram com força nesta segunda-feira no mercado americano, impulsionados pelo clima que pode afetar a produção global. A seca persiste antes da colheita no sul das Grandes Planícies dos Estados Unidos e na Europa, enquanto o excesso de chuvas e baixas temperaturas atrasa o plantio no norte das Grandes Planícies e no Canadá.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho subiram 26,50 cents ou 3,17% e fecharam a US$ 8,6125/bushel - máxima em nove semanas. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 28,0 cents ou 2,97% e terminou a US$ 9,71/bushel - pico em dez semanas.
Os três lugares que enfrentam clima adverso são importantes exportadores de trigo e as fracas colheitas devem apertar os estoques globais.
Traders estão preocupados com a expansão dos danos nas lavouras de trigo, enquanto previsões do tempo dão poucos motivos para esperança sobre chuvas benéficas em áreas mais secas da Europa e no sul das Planícies norte-americanas. Eles estão avaliando as condições das lavouras no Hemisfério Norte depois do clima desfavorável que atingiu os campos no ano passado.

SOMAR/CLIMA NOS EUA MUDA EM MAIO.

Depois das fortes chuvas sobre o Rio Grande do Sul no fim de semana, o bloqueio atmosférico enfraquece e a frente fria avança para o litoral de São Paulo. O tempo volta a se firmar no Rio Grande do Sul que deve ter uma semana de tempo seco, segundo boletim da Somar Meteorologia.
A passagem da frente fria provoca chuvas isoladas nas áreas de milho safrinha do sul de Mato Grosso do Sul e oeste e do Paraná. De acordo com a Somar, as temperaturas devem cair. "O calor diminui em relação à semana passada mas, por enquanto, não há previsão de ondas de frio que possam representar risco de geadas para a lavoura de milho do Paraná e de Mato Grosso do Sul", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
No Sudeste, as águas ficam concentradas na faixa leste de São Paulo, Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No interior de São Paulo, existe a previsão de alguns episódios de chuvas no decorrer da semana, que podem atrapalhar o corte da cana-de-açúcar.
A presença da frente fria sobre o Sudeste favorece alguns episódios de chuvas isoladas e de fraca intensidade sobre Goiás, Mato Grosso e Triângulo Mineiro, que podem beneficiar lavoura do milho safrinha. Mas os volumes devem ser irregulares e dificilmente atingirão todas as lavouras de forma homogênea.
De acordo com a Somar, está mantida a expectativa de tempo seco para a primeira quinzena de maio em Mato Grosso e Goiás, o que deve comprometer o desempenho das lavouras de milho (segunda safra), principalmente as lavouras plantadas fora de época (tardiamente).
No Nordeste do Brasil, as chuvas devem continuar concentradas no norte da região, favorecendo diretamente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e o Rio Grande do Norte. Já no interior da região o tempo continua seco.
A Somar prevê, ainda, chuva na faixa leste da Região Nordeste, incluindo o litoral de Alagoas e Sergipe e também a região do Recôncavo Baiano. Essas áreas enfrentam os efeitos de uma longa estiagem, em virtude das chuvas irregulares e fracas ao longo de todo o verão.
A semana
Conforme avaliação da Somar, a semana passada foi novamente de chuva no Sul do País, especialmente no Rio Grande do Sul. Em contrapartida, pouca água foi observada nas áreas do milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul. "Foi a segunda semana consecutiva sem chuva em Goiás e Mato Grosso, o que começa a prejudicar o desenvolvimento da lavoura de milho safrinha", comenta Etchichury.
Segundo a Somar, a redução do porcentual de água disponível no solo evidencia o início do período seco no Sudeste e no Centro-Oeste. Mas a sequência de dias com de tempo seco e quente favoreceu do corte e moagem da cana-de-açúcar em São Paulo e em Minas Gerais.
A meteorologia informa que os maiores volumes de água na semana ficaram concentrados na Região Norte. A Região Nordeste teve chuvas concentradas nas áreas litorâneas, "inclusive voltou a chover no leste da Bahia e no Recôncavo Baiano", comenta Etchichury. No Sertão da Bahia, Pernambuco, Paraíba e sul do Piauí a semana foi de predomínio de sol e apenas chuvas isoladas.
Estados Unidos
A Somar Meteorologia informa que a semana passada teve chuva concentrada entre Illinois, Indiana, Ohio, Kentucky e Tennessee. "Esta semana começa com a passagem de uma nova frente fria, que deve provocar chuvas sobre o Meio-Oeste Americano", informa Etchichury.
A semana também começa com temperaturas baixas. Nos Estados localizados mais ao norte dos Estados Unidos, incluindo Minnesota, Dakota do Sul e Nebraska, foram registradas temperaturas negativas no fim de semana.
Os índices de umidade do solo se mantêm elevados e até excessivos nas principais regiões produtoras. A partir de amanhã (26), a frente fria avança e as águas ficam concentradas na parte leste do Estados Unidos.
Projeções indicam que o tempo pode mudar a partir da primeira semana de maio. Para o Meio-Oeste americano há previsão de redução das chuvas e elevação da temperatura o que, em tese, deve oferecer o plantio das lavouras de milho e soja.

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