quinta-feira, 1 de abril de 2010

CHINA AMEAÇA REDUZIR IMPORTAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA

O governo chinês decidiu retaliar as restrições impostas pela Argentina às importações de produtos asiáticos. Funcionários públicos deram expressas orientações aos importadores para não comprar óleo de soja argentino. A medida oficial foi informada durante reunião da Câmara de Comércio para Importação e Exportação de Produtos Alimentícios, do Ministério de Comércio da China, segundo revelou um operador de uma companhia internacional que opera com os dois países. "Aconselharam-nos a não comprar óleo de soja da Argentina. É parte das medidas de represália", disse o operador à imprensa local, após o encontro realizado na tarde de ontem. O boicote pode beneficiar as exportações do Brasil e dos EUA para o mercado chinês. Se a China deixar de comprar óleo de soja argentino, o país vizinho reduzirá o volume de divisas e o governo vai deixar de arrecadar US$ 623 milhões em retenções - os impostos às exportações. As projeções são da consultoria Abeceb. Em 2009, 45% das exportações de óleo de soja (1.904.047 toneladas com receita de US$ 1,442 bilhão) foram para a China. A perspectiva para 2010 são de vendas de 2.313.698 toneladas de óleo de soja ao mercado chinês, o que representaria US$ 1,947 bilhão em divisas. Desse valor, o fisco arrecadaria os mencionados US$ 623 milhões, uma cifra maior do que a arrecadada no ano passado, que foi de US$ 461 milhões. Além do óleo, 72% dos grãos de soja exportados pela Argentina são destinados aos chineses.
Em princípio, as advertências de retaliações do governo chinês pareciam estar relacionadas com o conflito portuário argentino, que paralisou as exportações agrícolas durante 11 dias. Contudo, após o fim do conflito anunciado ontem, as informações detalhadas das fontes revelaram que a medida faz parte de uma estratégia político-comercial maior. Desde o fim de 2008 que a Argentina aplica uma série de barreiras comerciais aos produtos chineses. Nos últimos meses, o governo de Cristina Kirchner redobrou a aplicação de direitos antidumping a vários segmentos chineses. Por isso, surgiram as retaliações.
Autossuficiência
Fonte de uma multinacional exportadora de grãos instalada na Argentina fez outra avaliação à Agência Estado. "A China tem uma dependência forte das importações de óleo de soja e o governo chinês busca a autossuficiência da produção local. Com as restrições à importação de soja, o governo pretende estimular a produção do grão e, a partir daí, incrementar a indústria de óleo", explicou a fonte. O óleo de soja argentino representa 77% das importações chineses desse produto. O restante, segundo a Abeceb, foi importado especialmente do Brasil e uma pequena porção dos EUA.
O analista argentino Gustavo Lopéz, da consultoria Agritrend, estima que o Brasil poderia aumentar sua participação no mercado chinês com a ausência da Argentina. No entanto, ele observa que o "Brasil tem atrasos no carregamento nos portos em Paranaguá". Os problemas estruturais brasileiros, continua ele, poderiam impedir o cumprimento dos prazos dos contratos. "Essa situação pode levar os chineses a comprar mais soja norte-americana do que brasileira", estimou. Outro motivo que pode pesar na avaliação dos chineses sobre a preferência pela soja americana em detrimento da brasileira é a decisão tomada pelos governos do Brasil e da Argentina de estudar medidas para conter o avanço dos produtos importados chineses. Durante reunião na semana passada, em Brasília, ambos os governos deixaram de lado suas divergências na área comercial, e resolveram se unir para impedir uma invasão ainda maior dos chineses em seus mercados e promover seus produtos na China. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria (MDIC), o Brasil diminuiu participação nos segmentos de papel e tecidos e malhas no mercado do sócio no Mercosul, enquanto que a China aumentou sua fatia. No caso do papel, a presença dos produtos brasileiros na Argentina caiu de 34% para 30%, enquanto que a dos chineses passou de 4% para 10%.
No caso dos tecidos e malhas, a participação brasileira despencou de 29% para 9%. E os chineses abocanharam uma parte do mercado, que saltou de 56% para 78%. Os argentinos reclamam do mesmo problema no Brasil. A presença deles no mercado brasileiro de móveis, por exemplo, caiu de 7% para 1%, enquanto os chineses passaram de 25% para 40%.

SOJA: IMEA ELEVA ESTIMATIVA DE SAFRA DE MATO GROSSO.

O Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) elevou sua estimativa para a safra de soja estadual 2009/10 para 18,874 milhões de toneladas. O volume recorde de produção é 2,7% superior ao estimado em fevereiro (18,375 milhões de toneladas) e está 8,4% acima do colhido no ano passado, que foi de 17,406 milhões de toneladas. No levantamento de março, o Imea também elevou sua estimativa de área plantada em 1,4% em relação aos dados projetados em fevereiro. O instituto estima a área plantada em 6,206 milhões de hectares, ante os 6,122 milhões previstos em fevereiro. Em relação a área semeada na safra passada (5,704 milhões de toneladas) houve aumento de 8,8%.
As projeções do Imea agora estão mais próximas do levantamento oficial feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima a área plantada de soja em Mato Grosso em 6,160 milhões de hectares e a produção em 18,961 milhões de toneladas.A principal alteração feita pelo Imea na estimativa de março, em relação a fevereiro, ocorreu nos dados sobre a região do médio-norte de Mato Grosso, com mais 25 mil hectares, para 2,466 milhões de hectares. Na região nordeste o aumento foi de 20,15 mil hectares (para 261,2 mil hectares) e na noroeste de 20 mil hectares (para 44 mil hectares). Ao todo, a projeção aumentou a área de um mês para o outro em mais 83,75 mil hectares. Em relação a safra passada a área de soja aumentou em 502,29 mil hectares.
Os dados de março do Imea, por enquanto, não confirmam as expectativas dos produtores de soja de Mato Grosso, que previam uma quebra de safra de soja por conta da alta incidência da ferrugem e das fortes chuvas que provocaram perda na qualidade do grão durante a fase de colheita. Os problemas foram localizados, pois, na média geral, o Imea até aumentou sua estimativa de produtividade, passando de 50 sacas por hectares previstas em fevereiro para 50,7 sacas por hectare em março. A produtividade estimada no ano passado foi de 50,9 sacas por hectare. A projeção de aumento na produtividade das lavouras da região do médio-norte, que representam 39,9% da área cultivada com soja em Mato Grosso, pesou na média estadual. O Imea projeta para o médio-norte uma produtividade de 52,3 sacas por hectare, ante as 50,3 sacas previstas no mês passado e 51,5 estimadas na safra 2008/09. O maior impacto dos problemas provocados pelas chuvas se reflete nos dados do Imea para a região oeste, onde a produtividade cai para 48,1 sacas por hectare no levantamento de março, ante as 50,3 sacas projetadas em fevereiro e as 50,9 sacas da estimativa da safra passada. No centro-sul, a previsão agora é de colheita de 48 sacas por hectare, ante 49,7 sacas de fevereiro e 50 sacas na safra passada.

SOJA: CHICAGO FECHA NO MENOR NÍVEL EM DUAS SEMANAS.

Os preços futuros da soja caíram para o menor nível em duas semanas na Bolsa de Chicago. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, fecharam o pregão cotados a US$ 9,41 por bushel, em baixa de 33 cents ou 3,39%. O mercado foi pressionado por vendas de especuladores. Segundo estimativas, fundos liquidaram uma posição de aproximadamente 11 mil contratos em soja. O movimento foi influenciado pelos números publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). "O relatório do USDA foi um choque para o mercado da soja, já que mostrou que os estoques não eram tão baixos quanto se achava . Ao longo da semana passada, especuladores embutiram um bom prêmio de risco nos preços diante das preocupações com a disponibilidade de soja nos Estados Unidos. A avaliação era a de que os estoques remanescentes da safra 2009/10 eram baixos e poderiam ser ainda mais pressionados com a greve portuária na Argentina. Contudo, o USDA informou que os estoques norte-americanos de soja somavam 1,27 bilhão de bushels de soja em 1º de março. O número não apenas superou a projeção média do mercado, de 1,207 bilhão de bushels, como ficou no topo das expectativas, que iam de 1,16 bilhão a 1,27 a bilhão de bushels. Diante disso, fundos liquidaram operações de spread em que estavam comprados em posições de curto prazo e vendidos nos vencimentos mais longos. O spread entre os contratos maio e novembro caiu de 47,50 cents para 23 cents hoje.
Ainda de acordo com o USDA, os produtores americanos vão expandir a área ocupada com soja na próxima safra em 1%, para 78,098 milhões de acres. O número ficou abaixo da projeção média do mercado, de 78,55 milhões de acres, mas dentro do intervalo das expectativas, que ia de 77,43 milhões a 79,5 milhões de acres.

quarta-feira, 31 de março de 2010

FECHAMENTO OFICIAL CBOT

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SOJA MERGULHOU FUNDO NA CBOT.

Os preços futuros da soja despencaram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago em meio a uma série de influências negativas. Os contratos com vencimento em maio, caíam 33 cents ou 3,4% cotado a US$ 9,41/bushel. Os mercados estão uma fase de correção e recuaram depois da divulgação do relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta manhã. Os dados sinalizaram uma situação de oferta ampla e confortável. Os participantes do mercado equilibraram posições no fim do mês e do trimestre. Além disso, a notícia de que a greve de estivadores nos portos da Argentina pode acabar hoje é negativa para os preços nos Estados Unidos.
A possibilidade de o plantio de soja no país ser maior do que o USDA estimou nesta quarta-feira produz sentimento baixista, que é alimentado pela expectativa de safra recorde na América do Sul.

CBOT MANTÉM FORTE BAIXA COMPLEXO SOJA/MILHO APÓS RELATÓRIO USDA.

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RELATÓRIO USDA DE INTENÇÃO DE PLANTIO SOJA E MILHO.

Os Estados Unidos devem cultivar uma área de 78,098 milhões de acres (31,6 milhões de hectares) de soja em 2010/11, menos de 1% acima dos 77,5 milhões de acres (31,36 milhões de hectares) semeados em 2009. Contudo, o dado ficou ligeiramente abaixo da estimativa média de analistas de 78,55 milhões de acres (31,8 milhões de hectares). As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em um relatório sobre as intenções de plantio neste ano. Se concretizada, a área será a maior já registrada. Aumentos de 100 mil acres ou mais são esperados em Illinois, Iowa, Kansas, Nebraska e Dakotas do Norte e do Sul. Por outro lado, Georgia e Carolina do Norte devem registrar o maior declínio no plantio, cultivando 150 mil acres a menos do que em 2009.
Se as intenções se concretizarem, Kansas, Dakota do Norte e Pensilvânia terão a maior área já registrada.
O USDA informou, ainda, que os Estados Unidos armazenavam 34,56 milhões de toneladas de soja em 1º de março. O número não apenas superou a projeção média do mercado, de 32,849 milhões de toneladas, como ficou no topo das expectativas, que iam de 31,6 a 34,56 a milhões tons.
MILHO
Os Estados Unidos devem cultivar uma área de 88,798 milhões de acres de (35,9 milhões de hectares) de milho em 2010/11, ante 86,482 milhões de acres (35 milhões de hectares) semeados no ano passado. Embora superior na comparação com 2009, o dado ficou abaixo da estimativa média de analistas.
Os estoques somavam 195,326 milhões de toneladas em 1º de março, ante uma projeção média de 190,627 milhões de tons.

DEMANDA E FRETE DEVEM SUSTENTAR PREÇO DE FERTILIZANTE

O aumento da demanda e dos custos do frete marítimo devem puxar os preços de fertilizantes neste ano segundo estudo elaborado pelo Rabobank, banco holandês especializado em operações voltadas para o agribusiness. A avaliação é de que, ainda que os preços não retornem aos níveis recordes de 2008, as cotações devem ficar acima dos patamares registrados no ano passado. O banco, contudo, alerta que os produtores ainda estão cautelosos, depois da disparada dos preços de 2008. "Por isso, qualquer movimento de alta aguda poderá levar à retração da demanda", diz o estudo. A crise financeira, iniciada em setembro daquele ano, derrubou a demanda internacional e também deixou o setor com alto nível de estoques. Agora, diz o estudo, as indústrias de fertilizantes procuram manter um nível mais ajustado entre a matéria-prima e a expectativa de venda, para evitar o cenário de excesso de oferta observado na passagem para 2009.
O Rabobank projeta aumento de 5% na demanda interna por fertilizantes em 2010, em relação aos 22,4 milhões de toneladas consumidos no ano passado. A partir da estimativa de estoques de 3 milhões de toneladas, a expectativa do banco é de que as importações neste ano totalizem 15 milhões de toneladas, ante os 10,977 milhões de toneladas de 2009. Mas ressalta que o reaquecimento da economia mundial, além de estimular a demanda por commodities, também puxa o custo com frete marítimo. Como o Brasil importa cerca de 70% de sua demanda total de fertilizantes, este custo tem um peso importante sobre a composição de preços do insumo.
O estudo aponta também que o Brasil deve manter a sazonalidade típica do setor, com vendas concentradas entre o final do primeiro semestre até outubro. A conclusão do estudo é de que o consumo sazonal e o aumento das importações devem favorecer a retomada dos preços em real dos três nutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio.

terça-feira, 30 de março de 2010

RALLY DA SAFRA: BRASIL COLHERÁ 68 MILHÕES TONELADAS DE SOJA.

O Brasil vai colher 68,014 milhões de toneladas de soja na safra 2009/10, crescimento de 23% sobre as 56,934 milhões de toneladas colhidas na safra passada, um volume recorde. A previsão foi divulgada há pouco pela consultoria Agroconsult e se baseou nos dados coletados durante a sétima edição do Rally da Safra, que percorreu 50 mil quilômetros em 12 Estados produtores entre janeiro e março. De acordo com o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, o volume é satisfatório, embora tenha ficado aquém do esperado em algumas regiões. "O resultado foi bom mas, de modo geral, o produtor sempre tinha alguma reclamação, seja pelo excesso de chuva seja pela falta dela, ora pela ferrugem, ora pelo preço", disse.
A produtividade final estimada é de 48,8 sacas de 60 quilos por hectare, em média, ante 43,6 sacas hectare no ano passado. Maior produtor de soja do País, Mato Grosso vai colher 19,12 milhões de toneladas ante 17,78 milhões de toneladas no ano passado. A produtividade no Estado cresceu de 51,7 para 52 sacas por hectare. No Paraná, segundo maior produtor, a expectativa é de uma colheita recorde de 14,14 milhões de toneladas ante 9,45 milhões de toneladas em 2008/09. A produtividade no Estado deve atingir a marca inédita de 52,5 sacas por hectare ante apenas 39 sacas no ano passado. O Rio Grande do Sul aparece em terceiro na lista, com 9,91 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas a mais que no ano anterior. Os gaúchos também devem observar um salto na produtividade, de 35 para 42 sacas por hectare. "Embora pareça um número baixo, trata-se de um rendimento elevado para a região", disse Pessôa. A produtividade média recorde no Rio Grande do Sul é de 45 sacas por hectare.
No Brasil, a participação das lavouras com rendimento superior a 60 sacas por hectare deve crescer de 13,7% em 2008/09 para 23,5% em 2009/10. Neste ano, percebeu-se uma maior participação de lavouras com rendimento médio entre 80 e 85 sacas por hectare. Nas edições anterior do Rally essa participação sequer era registrada. Neste ano, ela deve representar 1% do total.
Milho.

A Agroconsult também estimou que o Brasil deve colher 33,93 milhões de toneladas de milho na safra verão 2009/10 ante 33,65 milhões de t no ano passado. O crescimento deve se confirmar apesar da redução da área plantada, de 9,27 milhões de hectares em 2008/09 para 8,03 milhões de hectares nesta safra. O resultado positivo deve-se ao bom rendimento das lavouras com clima favorável. Neste ano a produtividade média brasileira deve ser de 70 sacas de milho por hectare ante 61 sacas/ha na safra passada. No Paraná, maior produtor do País, o rendimento saltou de 86 para 127 sacas por hectare. Para a safrinha de milho, em fase final de plantio, a Agroconsult projeta uma produção de 21 milhões de toneladas.
Transgênicos - O Rally da Safra apurou que a participação das lavouras transgênicas de soja cresceu de 64% para 72% neste ano. Já o milho apresenta um crescimento extraordinário, de 1,5% na safra passada para 45% na atual.

ÚLTIMOS MINUTOS GARANTE ALTA PARA SOJA.

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PARANÁ COLHEU 81% DA SOJA E 65% DO MILHO.

A colheita da safra verão está evoluindo no Paraná. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado há pouco, mostra que a soja foi retirada de 81% da área plantada enquanto a colheita do milho atinge 65% do total. As condições de desenvolvimento são boas para 86% da soja ainda na lavoura e 92% do milho. O Deral, que é vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado, informa também que o plantio da segunda safra de milho (safrinha) também se encontra em fase final, com 98% da área já semeada. Ainda segundo o levantamento, os produtores paranaenses já comercializaram 30% do milho verão e 21% da soja.

SOJA: EMBARQUES CRESCEM 20% E NAVIOS ESPERAM.

Os embarques de soja da safra 2009/10 devem superar a marca de 9 milhões de toneladas até 15 de abril na avaliação de uma agência marítima especializada no transporte de granéis. Trata-se de um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o volume embarcado ficou próximo de 7,5 milhões de toneladas. A China é responsável por quase 90% dos carregamentos, ou 8 milhões de toneladas. Em toda a temporada passada, os chineses importaram cerca de 13 milhões de toneladas de soja do Brasil. "Se mantiverem essa voracidade, os embarques para a China fecharão a safra na casa dos 16 milhões de toneladas", projetou uma fonte do setor. Do total, cerca de 5 milhões de toneladas já foram carregadas até a última quinta-feira (25) e 4 milhões estão na programação dos navios. A fila das embarcações chega a 24 dias no porto de Santos (SP), 17 dias em Paranaguá (PR) e 14 dias em Tubarão (ES). "O movimento nos portos está muito intenso", afirmou a fonte. "A safra é muito grande, e precisa ser escoada. Só o Paraná tem 4 milhões de toneladas a mais do que no ano passado." Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher 67,56 milhões de toneladas de soja este ano, um recorde. Trata-se de um incremento de 18,2% em relação ao volume produzido no ano passado. Apesar disso, a Conab projeta um recuo de 7,5% nas exportações, para 26,4 milhões de toneladas.
A fonte lembrou que, este ano, o Brasil começou a exportar mais cedo por causa da colheita precoce. "Em fevereiro, o porto de Santos exportou quase 1,1 milhão de toneladas de soja. Isso é praticamente o dobro do que foi registrado no ano passado", afirmou. A antecipação dos trabalhos trouxe problemas, contudo. Segundo o agente, o excesso de chuvas nas últimas semanas prejudicou o ritmo dos embarques. "Em março, choveu o dobro do que é normal para esta época do ano. Nenhum dos portos brasileiros consegue carregar
navios nessas condições", observa.
Por outro lado, ele pondera que a situação ainda não se aproxima de um caos logístico. "O Brasil possui sérias deficiências em toda a cadeia logística, e não tivemos mudanças significativas nessa área nos últimos anos. O País precisa adotar algumas medidas urgentes para melhorar sua competitividade, mas ainda não vivemos uma situação de caos", assegura o agente.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA APÓS RUMORES DE RESTRIÇÃO ÀS IMPORTAÇÕES.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian encerraram em alta nesta terça-feira, impulsionados por ganhos do óleo de soja em meio a rumores de uma possível restrição às importações. O contrato referencial de setembro fechou com alta de 0,4%, a 3.883 yuans por tonelada. O contrato abriu em território positivo e oscilou dentro de um apertado intervalo durante toda a sessão. Um forte avanço do óleo de soja estimulou os preços da oleaginosa, após rumores de que o Ministério de Comércio do país discutiu medidas para conter as importações de óleos vegetais em razão de uma oferta local excedente.
A demanda chinesa por óleos vegetais tem sido fraca desde o feriado do Ano Novo Lunar, e o governo pode adotar medidas indiretas, como normas de qualidade mais rígidas, para reduzir os embarques, acrescentaram as fontes. "Mas o impacto não deve ser grande, já que qualquer política temporária será ajustada assim que a situação do mercado mudar", afirmou Wang Wenfei, analista do centro de pesquisa e desenvolvimento da Wanda Futures, em Pequim. Segundo a fonte, o mercado reagiu exageradamente aos rumores, uma vez que não tem havido nenhuma nova notícia.

segunda-feira, 29 de março de 2010

COMPLEXO SOJA INICIA SEMANA EM FORTE ALTA.

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SOJA/IMEA: COLHEITA DE SOJA ADIANTADA EM DUAS SEMANAS.

A colheita da soja em Mato Grosso nesta safra fechou duas semanas mais cedo do que a do ano passado. O levantamento semanal do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que foram colhidos 6 milhões de hectares, que correspondem a 98% dos 6,122 milhões de hectares cultivados nesta safra. Em igual período do ano passado a colheita havia atingido 86% da área cultivada. Esta safra da soja passará para a história como uma das mais rápidas, pois as condições climáticas favoreceram a antecipação do plantio. A maioria dos produtores optou pelo cultivo de variedades precoces, que têm ciclo mais curto, pois assim teriam mais tempo para, na sequência, semear algodão ou milho safrinha. A soja precoce, que nesta safra ocupou dois terços da área cultivada, há dez anos não chegava a 10%.
A comercialização também está mais adiantada nesta safra. Segundo o Imea, até a quarta-feira da semana passada as vendas atingiram 63% da safra que está sendo colhida e apresentaram uma evolução mensal de seis pontos porcentuais tanto em relação à semana anterior como ao mesmo período do ano passado.Segundo os técnicos do Imea, o adiantamento da comercialização já se tornou hábito entre produtores, que iniciam as vendas antecipadas em julho. A comercialização está mais adiantada em Sorriso (70%), Lucas do Rio Verde (80%) e Sapezal (75%). Os técnicos observam que a grande oferta do grão tem pressionado o mercado e obrigado os produtores a aproveitarem os esporádicos picos de preços para efetuar vendas de volumes reduzidos, apenas para cobrir custos internos das propriedades.

SOJA/CHICAGO EM ALTA ATINGE MAIOR COTAÇÃO EM UMA SEMANA.

Os preços futuros da soja atingiram hoje o nível mais alto em uma semana na Bolsa de Chicago, u$ 9,77 bu base maio/10,  puxados por cobertura de posições vendidas de especuladores. Compras baseadas em critérios técnicos também dão suporte ao mercado neste momento. A fraqueza do dólar frente a uma cesta de moedas é o principal incentivo para as commodities nesta segunda-feira, além das preocupações sobre greves de estivadores na Argentina, segundo analistas. A falta de outras notícias faz com que os traders recomprem posições vendidas, na expectativa de um relatório de intenções de plantio positivo para os preços, a ser divulgado na quarta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. No oitavo dia de greve, os portuários argentinos endureceram o protesto e os mercados começaram a duvidar da capacidade do País para embarcar a oleaginosa.
Os estivadores, que já restringiam os acessos a dois terminais de embarque do Porto General San Martin, ampliaram o bloqueio para outros cinco terminais portuários no cordão norte de Rosário. Com os sete terminais bloqueados, a exportação de grãos de soja, óleos e derivados corre riscos de ficar paralisada. O bloqueio atinge grandes empresas como Cargill, Bunge, Nidera, Deheza, Dreyfus, entre outras. Os terminais da região de Rosário são responsáveis pelos embarques de 60% da produção agrícola argentina. Por causa dos protestos, mais de dois mil caminhões estão estacionados ao longo das rodovias e estradas, provocando um caos no tráfego da região. O conflito teve início na semana passada, quando as empresas exportadoras rejeitaram a reivindicação de recomposição salarial da Cooperativa de Serviços Portuários. Os trabalhadores portuários querem um aumento em dólares de 100% das tarifas que cobram pelos serviços. As exportadoras ofereceram reajuste de 25% agora e porcentual similar em 2011.

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