sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SOJA: AGRAFNP MANTÉM ESTIMATIVA DE 68 MILHÕES DE TONS.

A consultoria AgraFNP manteve hoje sua estimativa para a safra de soja 2010/11 do Brasil em 68 milhões de toneladas, em linha com outras previsões divulgadas nesta semana. Esse volume, entretanto, representa uma queda ante o recorde de 68,7 milhões de toneladas colhidas na safra anterior, devido ao menor rendimento das lavouras.O Brasil está no estágio final de plantio da nova safra, cuja área é estimada para AgraFNP em 24,1 milhões de hectares, contra 23,5 milhões em 2009/10.
De acordo com o analista Aedson Pereira, o rendimento menor deve-se ao ritmo de plantio, que começou atrasado em boa parte do País por causa da irregularidade de chuvas provocada pelo fenômeno climático La Niña, que continua a preocupar o produtor. "Com o La Niña na safra 2010/11, os produtores devem estar atentos para possibilidades de chuvas durante a colheita e maior incidência de ferrugem nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Já na região Sul, é possível que ocorram longos períodos de estiagem", disse Pereira.
Mesmo assim, a AgraFNP projeta ganhos acima da média histórica para os rendimentos da oleaginosa, mantendo a produtividade nacional em 47 sacas por hectare. O valor, entretanto, fica abaixo das 48,8 sacas por hectare na temporada 2009/10, quando as condições foram excepcionais, diz o relatório da consultoria.
Esta foi a sexta previsão divulgada nesta semana. Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos manteve sua previsão para a safra brasileira em 67,5 milhões de tonelada. Já ontem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a safra em 68,55 milhões de toneladas, enquanto a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mostrou ser mais conservadora e projetou 67,2 milhões de toneladas. Por sua vez, a consultoria Céleres fala em 68,123 milhões de toneladas e a Agroconsult, em 68,4 milhões.
A AgraFNP, entretanto, alerta que Mato Grosso, maior produtor, deve ter uma disponibilidade menor de soja nas primeiras semanas de janeiro, e com isso o plantio de milho safrinha sofrerá atraso. "No ano anterior, durante o mês de janeiro, o volume de soja colhido foi próximo de cinco milhões de toneladas. Na temporada atual, a projeção da AgraFNP é de que este seja de um milhão".
Já no Paraná, segundo maior produtor, o plantio evoluiu bem com as condições de umidade do solo favoráveis. Na região oeste do Estado a colheita será antecipada. Assim, a produção local foi estimada pela AgraFNP em 14,2 milhões de hectares ante a 14,1 milhões de t na safra passada, em uma área de 4,7 milhões de hectares, contra 4,5 milhões no período anterior. "As lavouras estão entrando em fase de floração e enchimento de grão (período de maior necessidade de umidade), entretanto, com o La Niña, o índice de precipitação tende a diminuir no início de janeiro, o que preocupa o produtor ", disse Pereira.
A situação no Rio Grande do Sul é a mais preocupante, uma vez que o desenvolvimento das lavouras tem sido irregular devido às má distribuição de chuvas. No final de novembro, segundo a consultoria, 69% das lavouras tinham sido semeadas, contra 40% no ano passado, uma vez que os poucos registros de precipitações levaram o produtor a acelerar o plantio.
Previsões para a safra 2010/11 de soja do Brasil 
  Entidade  Previsão atual  Previsão anterior
                    Em milhões de toneladas    
  Conab             68,55               67,7 - 69 
  USDA              67,5                 67,5 
  AgraFNP         68,0                 68,0 
  Abiove           67,2                  67,9 
  Céleres          68,123              69,096 
  Agroconsult   68,4                  69,6

GRÃOS/CHICAGO OPERA COM PERDAS, SEM SUPORTE DOS FUNDAMENTOS

Os contratos de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) estão se desvalorizando nesta sexta-feira. Traders reduzem a exposição ao risco, sem novidades capazes de dar suporte aos futuros neste momento. Negócios com vencimento para entrega em janeiro recuavam 6,0 cents e trabalhavam a US$ 12,75/bushel.
Estoques finais menores e projeções maiores para exportação no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já haviam sido precificados, segundo um analista, de modo que a divulgação dos dados hoje não atraiu compradores. Traders continuam embolsando lucros. A falta de surpresas no relatório foi encarada como um reflexo de que o mercado não tem fundamentos para justificar preços acima dos US$ 13/bushel.

MILHO OPERA COM PERDAS DIANTE DE RELATÓRIO DO USDA
Os preços futuros do milho estão caindo nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 15h15, os contratos mais
negociados, com vencimento em março, caíam 3,0 cents para US$ 5,71 50 /bushel.
Segundo analistas, os dados de safra divulgados hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foram baixistas, pois o governo elevou inesperadamente sua estimativa para a oferta de milho nos Estados Unidos no ano comercial que termina em 31 de agosto.

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA; MERCADO AGUARDA DADOS DE INFLAÇÃO

Os futuros da soja fecharam em baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, afetados pela fraqueza dos preços no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago, após traders terem embolsado lucros na quinta-feira para reduzir sua exposição ao risco antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, fortes indicadores econômicos divulgados hoje pela China limitaram as perdas. O mercado ainda aguarda dados da inflação, previstos para amanhã, segundo participantes.
O contrato setembro, o mais negociado, terminou com queda de 18 yuans nesta sexta-feira, ou 0,4%, cotado a 4.349 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.336 e 4.365 yuans por tonelada (6,65 yuans = US$ 1).
Investidores temem que o índice de preços ao consumidor, que deve ter atingido o pico em novembro, possa alavancar uma nova rodada de medidas de aperto monetário, como a elevação da taxa de juro ainda neste final de semana. Economistas preveem que o indicador subiu 4,7% ante novembro de 2009, acima da alta de 4,4% registrada em outubro.
Hoje, um leilão feito pelo governo chinês de 191 mil toneladas de soja das reservas da província de Heilongjiang não atraiu compradores, influenciando negativamente o sentimento do mercado. A oferta de soja na China é suficiente, e processadoras preferem produtos importados por serem mais baratos e terem melhor qualidade, afirmou Huang Xiao, analista da Capital Futures Co.

BANCO CENTRAL ELEVA 0,50% TAXA DO COMPULSÓRIO PARA BANCO.
O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) elevou a taxa do compulsório dos bancos em 0,50%, o sexto aumento desse tipo neste ano, conforme as pressões inflacionárias aumentam.
A elevação da taxa, que terá efeito a partir de segunda-feira dia 20, é o mais recente movimento da China para controlar a inflação depois que o índice de preços ao consumidor (CPI) do país cresceu 4,4% em outubro, ante o mesmo mês do ano passado - a maior alta em dois anos.
Em novembro o PBOC elevou o compulsório duas vezes, depois de ter aumentado a taxa básica de juros em outubro pela primeira vez em quase três anos. A China deve divulgar o CPI de novembro entre a noite desta sexta-feira e a madrugada de sábado.

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES ATINGEM RECORDE EM NOVEMBRO
Indicadores econômicos divulgados nesta sexta-feira pela China mostram um forte aumento das exportações e a continuação da alta de preços no mercado imobiliário, num desempenho surpreendentemente forte que deve reforçar a pressão para que Pequim tome mais medidas de controle da inflação.
Tanto as exportações como as importações da China atingiram níveis recordes em novembro, enquanto o superávit comercial do país encolheu para US$ 22,9 bilhões, dos US$ 27,15 bilhões de outubro, de acordo com os números oficiais. Apesar da queda, o superávit superou a mediana das previsões de 16 economistas consultados pela Dow Jones, que apontava para um saldo comercial de US$ 22,3 bilhões.
O crescimento das exportações, de 34,9% em novembro na comparação com um ano antes, foi muito superior à expansão de 22,9% verificada em outubro e bem acima dos 22,4% indicados pela mediana das previsões de economistas consultados pela Dow Jones. As importações aumentaram 37,7% na mesma comparação, contra um crescimento de 25,3% em outubro.

IMPORTAÇÃO DEVE SOMAR 5,8 MI T EM DEZ/10.
O Ministério de Comércio da China elevou nesta sexta-feira a estimativa das importações de soja em dezembro para 5,8 milhões de toneladas, ante 5,3 milhões de toneladas previstas pelo governo apenas três dias antes. O país importou 5,48 milhões de toneladas em novembro, segundo maior volume mensal já registrado neste ano, de acordo com a Administração Geral Alfandegária.
O ministério projeta que a quantia importada em dezembro será quase o dobro frente ao mesmo período de 2009. A previsão é consistente com os fortes níveis de importação deste ano.
A estimativa, publicada no site do órgão, se baseia nos relatos de importadores no período entre 16 e 30 de novembro, mas normalmente fica abaixo do volume real, já que não inclui todos os carregamentos. O ministério divulga tais projeções duas vezes por mês.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SOJA/CHICAGO OPERA EM LEVE BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS.

As cotações da soja registram perdas modestas nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionadas por realização de lucros. Traders reduzem sua exposição ao risco antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã. Negocios com vencimento em janeiro caíam 5,50 cents ou 0,35% e operavam a US$ 12,9050/bushel.
Geralmente, o relatório do USDA de dezembro tem pouco impacto nos preços, mas traders estão cautelosos depois que os futuros saltaram 4% com a divulgação dos dados do governo em novembro, segundo analistas.

MILHO OPERA ESTÁVEL À ESPERA DE DADOS DO USDA
Os preços futuros do milho trabalham perto da estabilidade na CBOT enquanto traders aguardam a divulgação dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), amanhã de manhã. Lotes para entrega em março operam com ganho de 3,0ct/bu US$ 5,770/bushel.
Traders também aguardam notícias sobre se o Congresso vai estender o benefício fiscal para as companhias que misturam etanol à gasolina. "O mercado aguarda novidades na lei e outros mercados oferecem pouca direção", disse a corretora da FCStone.

BRASIL: DESACELERAÇÃO EM 2011, COM CRESCIMENTO DE 5%

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu uma redução da atividade econômica em 2011 na comparação com este ano. "Para 2011, devemos ter uma pequena desaceleração da atividade, com crescimento em torno de 5%", disse o ministro.
Na avaliação de Mantega, a taxa de 5% é boa para o País, pois mantém a oferta de empregos em um nível razoável. A partir de 2012, a projeção do governo é de crescimento "acima de 5%" até 2014. Segundo ele, no entanto, esse 'esfriamento' da atividade de um ano para o outro não causará danos à economia do País."Vamos transitar para esse crescimento com fundamentos sólidos", defendeu.
De acordo com Mantega, o Brasil alcançará resultado primário tanto em 2010 quanto em 2011. O ministro destacou, também, que a inflação estará dentro da meta, sob controle. Ele voltou a dizer que uma parte da alta da inflação é sazonal e que depois haverá refluxo. "Alguns produtos agrícolas já começaram a cair; a trajetória de inflação é benigna", observou.
Mantega salientou, no entanto, que nos dois primeiros meses de 2011, a inflação deve continuar elevada por conta de eventos específicos que ocorrem em janeiro e fevereiro, como matrículas escolares, transporte, entressafra e chuva, entre outros. "Depois tudo isso cai, ao longo do ano", resumiu.
O ministro evitou, porém, fazer avaliações a respeito da taxa básica de juros - Selic - que ontem foi mantida pelo Banco Central em 10,75% ao ano. "Não tenho patamar para juro. Esta é uma responsabilidade do Banco Central, que leva em conta a dinâmica da economia e a inflação sob controle", declarou.

GRÃOS/USDA: RELATÓRIO SEMANAL DE EXPORTAÇÃO.

Os Estados Unidos venderam 637.800 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 2/12, queda de 53% em relação à semana passada e de 33% frente à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA) em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram China (266.300 t), Espanha (118.300 t), Egito (90 mil t), Indonésia (81.100 t) e Holanda (60 mil t).
Cancelamentos foram feitos por países não revelados (144 mil t). Mais 233 mil toneladas da safra 2011/12 foram vendidas para China (115 mil t), Japão (48 mil t) e outros países não identificados (70 mil t).
Os embarques da oleaginosa alcançaram 1.494.800 de toneladas no período, volume 8% inferior ao da última semana e 11% abaixo da média mensal. Os principais destinos foram China (940.600 t), Indonésia (225.800 t), Japão (80.900 t), Espanha (63.300 t), México (49.100 t) e Egito (45 mil t).
MILHO: EUA VENDEM 671.100 TONS; -12%. Os Estados Unidos venderam 671.100 toneladas de milho da safra 2010/11 na semana encerrada em 2/12, volume 12% menor que o da última semana, mas inalterado em relação à média mensal, informou hoje USDA, em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram Taiwan (211.500 t), Coreia do Sul (107.500 t), República Dominicana (37.200 t), Egito (29.200 t) e outros países não revelados (102.400 t). Mais 136.400 toneladas da safra 2011/12 foram comercializadas para Japão (135.00 t) e Coreia do Sul (1.300 t) no período.
Os embarques do grão atingiram 695.200 toneladas na semana, queda de 11% em relação à semana passada e de 10% frente à média mensal. Os principais destinos foram Japão (319.600 t), Taiwan (101.400 t), México (72.500 t), Egito (61.700 t) e Coreia do Sul (56.900 t).
TRIGO: EUA VENDEM 535.500 TONS; -19%.
Os Estados Unidos venderam 535.500 toneladas de trigo da safra 2010/11 na semana encerrada em 2/12, 19% abaixo da quantia registrada na semana passada e 33% menor que a média mensal, informou hoje o USDA em seu relatório semanal de exportações. Os principais compradores foram Japão (171.300 t), Egito (122.100 t), Nigéria (113.200 t), México (74 mil t) e Filipinas (52.200 t). Cancelamentos foram feitos por Jordânia (25 mil t), Peru (17.300 t) e outros países não revelados (117.500 t).
Mais 191 mil toneladas da safra 2011/12 foram comercializadas principalmente para as Filipinas (101 mil t) no período. Os embarques do cereal somaram 675.200 toneladas na semana, alta de 15% frente à semana anterior e de 31% em relação à média mensal. Os principais destinos foram Nigéria (99.800 t), México (84.600 t), Egito (61.100 t), Filipinas (58.700 t) e Iêmen (52.500 t).

GRÃOS: CHINA NÃO DEVE MANTER AUTOSSUFICIÊNCIA.

A China pode não ser capaz de sustentar sua tendência de crescimento na produção de grãos, ameaçando a tão alardeada política de autossuficiência no setor, informou hoje Chen Xiwen, diretor do departamento de políticas rurais do Conselho de Estado.
Os comentários, divulgados no site do Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia Chinesa de Ciências Sociais, contrariam o discurso do governo e representam um alerta incomum, apenas uma semana após autoridades terem comemorado a sétima safra recorde consecutiva.
A China quer satisfazer 95% do consumo interno de grãos com a produção doméstica, uma política que foi sitiada pelo aumento da renda, pelo êxodo das áreas rurais e pela apertada disponibilidade de terras aráveis. "Há uma concentração maior [de grãos] em áreas produtoras e, com a escassez de água na região norte, a sustentabilidade [da produção] é preocupante", afirmou Chen. "É inevitável que a taxa de autossuficiência recue."
Os comentários de Chen surgem um dia após o Ministério de Agricultura da China ter reiterado seu compromisso de produzir uma safra abundante pela oitava vez seguida no próximo ano. Autoridades do governo minimizaram a probabilidade de problemas com as ofertas de grãos, dizendo que o aumento dos custos de produção contribuiu com o forte rali dos preços do complexo agrícola neste ano. "Eu tenho ido checar em muitos lugares e conversei com vários especialistas, e posso dizer que a principal questão é o custo da produção", disse Sui Pengfei, supervisor de mercado e comunicação econômica do ministério.
A alta acentuada dos preços dos alimentos conduziu a inflação chinesa para os maiores níveis em dois anos no mês de outubro, incentivando o governo a adotar um conjunto de medidas para conter tal situação.
Partindo de uma estimativa conservadora, para ampliar a produção local o suficiente para satisfazer a demanda atualmente coberta pelas importações, será necessário mais de 600 milhões de mu, ou 40 milhões de hectares, de terras aráveis, área da qual a China não dispõe, escreveu Chen. Isso "intensifica as dificuldades do governo para controlar os preços."
Chen reconheceu que atualmente há um sério problema, com a produção em torno de 540 milhões de toneladas por ano e a demanda perto de 525 milhões de toneladas. "Em um ano normal, ainda há um superávit mesmo depois de atender à demanda", explicou ele. Mas Chen ponderou que a perspectiva de oferta e demanda no futuro não é tão otimista.
China informou ter colhido 546,4 milhões de toneladas de grãos neste ano, volume 2,9% superior ao produzido no ano passado.

SOJA: IBGE ESTIMA SAFRA DE 68,4 MILHÕES EM 2011.

A segunda estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a produção de soja em 2011 será de 68,4 milhões de toneladas, queda de 0,2% ante o volume obtido em 2010. O volume, contudo, é maior que as 68,1 milhões de t previstas no primeiro levantamento. A área a ser colhida deve crescer 1,1% para 23,6 milhões de hectares ante o período anterior. O rendimento médio esperado deve diminuir 1,2% para 2.901 quilos por hectare. "A ampliação da área cultivada ocorre, principalmente, em áreas anteriormente ocupadas com o milho, como também em áreas de arroz tendo em vista as maiores cotações e liquidez da soja", diz o IBGE em seu levantamento divulgado hoje.
De acordo com o instituto, as avaliações de campo da Região Sul consideraram a deficiência hídrica por conta do fenômeno La Niña. O órgão ressaltou, contudo, que ainda não se pode indicar prejuízos até o momento para a safra de grãos local.

MILHO: IBGE ESTIMA SAFRA VERÃO 2011 EM 31,3 MILHÕES DE TONS
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou hoje que a produção de milho 1ª safra, ou safra verão, deverá ser de 31,3 milhões de toneladas na safra 2011, queda de 7,3% ante a colheita de 2010, de 33,8 milhões de t. Este é o segundo levantamento para o próximo ciclo. No primeiro, a produção do cereal foi estimada em 31,2 milhões de tons.
De acordo com o IBGE, a área plantada deve diminuir 3,5% e a produtividade deverá recuar 7,2%. "Conforme relatado no primeiro prognóstico, os números desfavoráveis para esta safra são decorrentes da baixa cotação que o produto apresentou ao longo deste ano, em face dos volumes estocados e, ainda, pelo elevado custo de produção", afirmou o instituto em seu levantamento.
Minas Gerais apresentou pequenos ganhos na área a ser colhida (1,3%) e na produção (1,6%) e superou o Paraná como maior produtor dessa safra do produto.
O Paraná deverá ter uma retração de 19,5% na área de milho 1ª safra como resultado da opção dos produtores paranaenses, neste primeiro período de plantio, pelo cultivo de soja e de feijão.

ALGODÃO EM CAROÇO: IBGE ESTIMA SAFRA 2011 EM 3,9 MI DE T (+34,3%)
A produção de algodão em caroço na safra 2011 deverá crescer 34,3% para 3,9 milhões de toneladas, ante 2,9 milhões de t em 2010, de acordo com o segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os principais centros produtores, apenas Goiás deve registrar retração na área. Mato Grosso, maior produtor, que participa com 53,9% da produção nacional, aponta incremento de 33,7% na área e de 45,8% na produção esperada. Em Mato Grosso, "com o atraso das chuvas e consequente adiamento do plantio da soja, houve ampliação na área da 1ª safra do produto estimada em 309.729 ha. A 2ª safra, cultivada após a colheita da soja, tem previsão de 250.893 ha, que somados à área do algodão irrigado (1.114 ha), perfazem uma estimativa de área plantada no Mato Grosso de 561.736 hectares", informou o instituto. Em 2010, as áreas colhidas na 1ª e 2ª safras do produto foram de 154.248 ha e 264.770 ha, respectivamente.

IBGE: SOJA, MILHO, ARROZ E TRIGO SÃO OS PRINCIPAIS GRÃOS ESTOCADOS
Soja, milho, arroz e trigo são os produtos com os maiores estoques no País, conforme levantamento divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao dia 30 de junho de 2010.
O volume de soja armazenado na ocasião era de cerca de 19,2 milhões de toneladas, representando aumento de 39,2% na comparação com a mesma data de 2009. O estoque de milho (12,2 milhões de t), arroz (4,7 milhões de t) e trigo (3,5 milhões de t) apresentou variação no período de, respectivamente, mais 10,3%, menos 1,5% e menos 3,9%.
O IBGE informa, ainda, que no primeiro semestre de 2010 a rede armazenadora de produtos agrícolas em operação no País apresentou um decréscimo de 0,4% no número de estabelecimentos ativos, em comparação com o segundo semestre de 2009. No fim do primeiro semestre de 2010 a rede era representada por 8.785 estabelecimentos ativos, dos quais 43% encontravam-se na região Sul, 22,8% na região Sudeste, 22,1% na Centro-Oeste, 8,5% na Nordeste e 3,6% na região Norte.
Apesar do número de estabelecimentos ter sofrido uma pequena queda, o IBGE ressalta que a capacidade de armazenagem total do País teve um acréscimo de 1,3%, atingindo 146,7 milhões de toneladas. A capacidade útil dos armazéns convencionais, estruturais e infláveis somou 76.746.287 metros cúbicos, sendo que, deste total, um pouco mais de 70% estava concentrado nas regiões Sudeste e Sul.
Os armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 53,5 milhões de toneladas de capacidade útil, sendo que a região Centro-Oeste deteve 49,5% desta capacidade de armazenamento e a Sul 33,8%. Os silos para grãos apresentaram 47,1 milhões de toneladas de capacidade útil total no País, detendo a região Sul 55,2% deste total e as regiões Centro-Oeste e Sudeste 26,6% e 13,1%, respectivamente.

GRÃOS/CONAB PREVÊ SAFRA 2010/11 DE 149,1 MILHÕES TONS.

A safra brasileira de grãos 2010/11 deve alcançar 149,087 milhões de toneladas, representando pequena queda de 0,1%, em comparação com o ciclo anterior (2009/10), quando foram produzidas 149,204 milhões de t. O resultado faz parte do terceiro levantamento de intenção de plantio, divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo a Conab, o clima favorável tem permitido um bom desenvolvimento das lavouras. "No geral, a previsão de aumento está condicionada à ocorrência de clima favorável, desde que não afete culturas como a soja, milho (1ª e 2ª safras), arroz e feijão", informa a Conab em comunicado.
O encerramento da safra de trigo nos Estados do Sul confirma que a produção deve ser de 5,78 milhões de tons, com um aumento de 15% sobre o período anterior. A safra de arroz deve crescer 7,8%, para 12,57 milhões de tons, mesmo com uma retração na área de 1,2%.
A safra de soja, com participação de cerca de 46% no total nacional, deve alcançar 68,51 milhões de tons, em uma área de 24,08 milhões de hectares. O aumento sobre a área da safra anterior é de 2,6%.
A Conab estima, no entanto, que a primeira safra de milho deve apresentar uma queda de produção de 8%, podendo atingir 31,35 milhões de tons, em comparação com 34,08 milhões de t da safra passada.
Os técnicos ressaltam que a lavoura de algodão do Brasil está atingindo grande importância nesta safra. Os preços altos no mercado interno e externo estimularam os produtores a aumentar a área de cultivo e ao uso de pacote tecnológico com alta adubação. A produção da pluma de algodão está projetada para 1,835 milhão de tons (mais 54% ante a safra passada), em uma área de 378,8 mil hectares, ou 45,3% mais do que a cultivada em 2009/10. A produtividade está estimada em 1.511 kg/ha, superior em 5,7% a produtividade da safra anterior.
A pesquisa foi realizada por 51 técnicos, no período de 22 a 26 de novembro, em trabalho de campo que ouviu representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de parte das regiões Norte e Nordeste. O secretário de Política Agrícola, Edilson Guimarães, e o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, vão detalhar os resultados da pesquisa a partir das 10 horas, em Brasília.

SOJA/CHINA TEM LEVE BAIXA POR TEMOR COM TAXA DE JURO E LEILÃO

Os futuros da soja fecharam com perdas marginais na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados por especulações de que o governo elevará a taxa básica de juro neste final de semana para minimizar as pressões inflacionárias. A notícia de outro leilão das reservas na província de Heilongjiang também pressionou o sentimento do mercado. O contrato setembro, o mais negociado, encerrou com baixa 1 yuan, cotado a 4.367 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.350 e 4.384 yuans por tonelada (6,65 yuans = US$ 1).
Investidores especulam que o Banco do Povo da China pode elevar a taxa de juro em 0,25 ponto porcentual neste final de semana para enxugar a liquidez e conter a inflação, já que o Escritório Nacional de Estatísticas disse ontem que antecipará a divulgação dos indicadores econômicos de novembro para sábado.
Na sexta-feira, a província de Heilongjiang, no noroeste do país, venderá 191 mil toneladas de soja dos estoques locais. O anúncio teve um impacto limitado nos preços à vista, considerando que o volume a ser vendido é pequeno, mas os mercados futuros reagiram à notícia por destacar os esforços do governo para estabilizar os preços, afirmou Zhao Yan, analista da Everbright Futures Co.
Heilongjiang, maior província produtora da oleaginosa, comercializou 55 mil toneladas das reservas em 3 de dezembro por um preço médio de 3.772 yuans por tonelada. O governo fixou um preço de compra recomendado de 3.800 yuans por tonelada para grãos recém-colhidos.
A mídia chinesa informou nesta quinta-feira que as bolsas aumentarão o tamanho dos lotes nos contratos futuros, como parte de uma série de medidas recentemente adotadas pelo governo para conter a atividade especulativa nos mercados de commodities. A iniciativa inclui a ampliação das margens de negociação e o cancelamento de taxas diferenciadas para clientes preferenciais. O lote da soja provavelmente será elevado de 10 para 60 toneladas, enquanto o do óleo de soja subirá de 10 para 30 toneladas, informou o jornal Oriental Morning Post, citando fontes familiarizadas com a questão.
A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China disse hoje que o fracasso do leilão realizado na semana passada foi causado por amplos volumes recentemente importados, que foram suficientes para abastecer o mercado. O país deve divulgar dados mensais, incluindo os números de importação da soja, amanhã (dia 10).

FECHAMENTO DAS PRINCIPAIS COMMODITIES ONTEM

Milho - CBOT (dezembro/10)           5,5950 (US$/bus)       2,24%
Milho - CBOT (março/11)                 5,7450 (US$/bus)       2,27%
Trigo - CBOT (dezembro/10)           7,4200 (US$/bus)      -0,13%
Trigo - CBOT (março/11)                 7,8400 (US$/bus)      -0,10%
Soja Grão - CBOT (janeiro/11)       12,9600 (US$/bus)       0,82%
Soja Grão - CBOT (março/11)         13,0500 (US$/bus)       0,83%
Soja Grão - CBOT (maio/11)           13,0900 (US$/bus)       0,87%
Soja Grão - CBOT (julho/11)           13,1050 (US$/bus)       0,83%
Soja Farelo -CBOT (dezembro/10)  345,40 (US$/t)         0,70%
Soja Farelo -CBOT (janeiro/11)     347,10 (US$/t)         0,81%
Soja Farelo -CBOT (março/11)       348,90 (US$/t)         0,90%
Soja Óleo - CBOT (dezembro/10)    53,80 (cts/Lib)       0,77%
Soja Óleo - CBOT (janeiro/11)        54,18 (cts/Lib)       0,71%
Soja Óleo - CBOT (março/11)          54,66 (cts/Lib)       0,74%
Algodão - NY (dezembro/10)        138,00 (cts/Lib)       0,01%
Algodão - NY (março/11)              131,95 (cts/Lib)       1,21%

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

SOJA/CHICAGO SOBE DIANTE DE PREOCUPAÇÃO COM OFERTA

Os preços internacionais da soja estão subindo na Bolsa de Chicago, enquanto traders aguardam a divulgação do relatório de oferta e demanda do governo americano, na sexta-feira. Contratos com vencimento em janeiro avançam 7,0 cents ou 0,54% e eram negociados a US$ 12,9250/bushel.
Participantes do mercado esperam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduza suas estimativas de milho e soja. Os ganhos são uma recuperação após as perdas de terça-feira, quando os mercados foram pressionados pela força do dólar. Analistas esperam, em média, que o governo reduza a estimativa de estoques em 9,7%.
Segundo o analista Rich Nelson, da corretora Allendale, o mercado de soja ainda tem fundamentos fortes, como a demanda para exportação e as preocupações com a oferta a América do Sul.

MILHO/CHICAGO OPERA EM ALTA COM EXPECTATIVA PARA O USDA
Os preços futuros do milho estão subindo na Bolsa de Chicago em meio à expectativa de que o governo americano vá limitar sua estimativa de oferta no relatório de safra que será divulgado amanhã. Os contratos com vencimento em março subem 11 cents ou 1,74% e eram negociados a US$ 5,73/bushel.
Em média, analistas preveem que o USDA reduzirá a projeção de estoques em 2,9% em relação a novembro, para 803 milhões de bushels. A previsão já é a menor em 15 anos. O USDA ainda precisa assimilar a expectativa de colheita menor nos Estados Unidos, segundo o analista Bill Gentry, da Risk Management Commodities.

GRÃOS/CHINA: RESERVAS EQUIVALEM A 35% DO CONSUMO ANUAL

As reservas de grãos da China atualmente equivalem a cerca de 35% do consumo anual, informou nesta quarta-feira Songseng He, diretor do Centro de Pesquisa de Grãos do país. "Há estoques suficientes para garantir a segurança alimentar nacional", afirmou ele durante uma conferência internacional de grãos na Austrália. A relação estoques/consumo da China é quase duas vezes maior que a vista na maioria dos países, acrescentou o diretor.

PRODUÇÃO AGRÍCOLA DEVE SUBIR 7,2% - A produção do setor agrícola da China deve somar 6,47 trilhões de yuans em 2010 - alta de 7,2% ante 2009 - e 6,97 trilhões de yuans no próximo ano (6,66 yuans = US$ 1), afirmou ontem Qin Fu, pesquisador econômico da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas. A oferta e a demanda por produtos agrícolas no país, incluindo alimentos básicos como grãos e oleaginosas, está basicamente equilibrada neste ano, disse ele. Qin também informou que o governo chinês deve reforçar o controle dos investimentos estrangeiros no setor agrícola, especialmente nos segmentos de importância estratégica.

GRÃOS/CHINA: PREÇOS PODEM SUBIR MAIS DE 10%.

Os preços dos grãos na China devem subir mais de 10% no próximo ano devido à crescente demanda e à ampla liquidez, afirmou hoje Yao Minpu, vice-presidente do conselho da fabricante de ração animal Chia Tai. O país deve limitar as importações para proteger o setor doméstico de grãos, acrescentou ele em um fórum da indústria. O executivo disse ainda que a Chia Tai focará na produção de alimentos futuramente. A companhia detém uma fatia de cerca de 5% no segmento de ração animal da China.

MILHO/CHINA: PRODUÇÃO PODE SUBIR 8,5 MI TONS EM 2010.
A produção de milho da China pode crescer 8,5 milhões de toneladas neste ano, enquanto a de arroz deve aumentar 4 milhões de toneladas no período, informou nesta quarta-feira Chen Mengshan, economista e porta-voz do Ministério de Agricultura do país. Chen não forneceu o volume total produzido por cada safra.
Custos de produção maiores estão por trás da recente inflação dos preços dos produtos agrícolas, afirmou Shui Pengfei, supervisor de mercado e comunicação do ministério. A China se esforça para conter a forte alta dos preços agrícolas, adotando medidas para combater a crescente inflação.

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA POR TEMOR DA ELEVAÇÃO NA TAXA DE JUROS.

Os futuros da soja fecharam com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados pela fraqueza dos preços na Bolsa de Chicago e por especulações de que o governo chinês elevará a taxa básica de juro neste fim de semana para conter a inflação. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com desvalorização de 0,8%, cotado a 4.368 yuans por tonelada.
O Escritório Nacional de Estatísticas informou que antecipará a divulgação de dados econômicos, incluindo números de investimentos e inflação, de novembro para sábado. A decisão levantou rumores de que o Banco do Povo da China aumentará a taxa de juro neste final de semana para aliviar as pressões inflacionárias.
Na CBOT, as cotações da soja recuaram em meio à firmeza do dólar. O contrato janeiro encerrou com baixa de 0,2% ontem, e estendia as perdas na sessão eletrônica desta quarta-feira, o que pressionou as negociações em Dalian.
No entanto, a crescente demanda de processadoras e o valor de compra recomendado pelo governo chinês, de 3.800 yuans por tonelada, sustentarão os preços locais, segundo Wang Yong, analista da Hongyuan Futures. O número de contratos abertos diminuiu 4.434 lotes, para 239.598 lotes. O volume de contratos negociados continuou baixo, em 137.824 lotes.

CHINA ANTECIPA DIVULGAÇÃO DE INDICADORES.
A China antecipou para sábado a divulgação de indicadores econômicos de novembro. O anúncio dos dados, que incluem números sobre inflação e investimentos, estava previsto para segunda-feira.
Em um comunicado publicado em seu site, o escritório de estatísticas afirmou que a mudança foi feita para que a data de divulgação seja consistente com a de meses anteriores. Uma autoridade do escritório disse que a intenção é anunciar indicadores econômicos mensais em torno do 11º dia de cada mês.
A China também antecipou a divulgação dos dados em setembro, quando o 11º dia do mês caiu em um sábado. Na ocasião a antecipação gerou especulações nos mercados sobre um possível aumento nas taxas de juros pelo Banco do Povo da China (banco central do país) naquele fim de semana. Ocasionalmente os formadores de política chineses têm tomado medidas políticas após a divulgação de números que deixem mais clara a situação econômica doméstica.
No entanto, naquela ocasião o PBOC não elevou as taxas de juros. Isso só aconteceu em 19/10, quando os juros da China foram elevados pela primeira vez em três anos. Agora são novamente altas as expectativas de que a China aumente em breve os juros, em uma tentativa de controlar a taxa de inflação que em outubro atingiu 4,4% - o maior nível em dois anos.
Os indicadores de novembro serão bastante observados em busca de sinais sobre os próximos passos do PBOC especialmente porque o governo disse, na sexta-feira, que vai mudar sua política monetária de "moderadamente frouxa" para "prudente" em 2011. Além disso, especulações sobre uma nova alta nos juros foram levantadas pelo jornal China Securities Journal ontem. O jornal afirmou que o governo pode tomar essa decisão já no fim de semana.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

SOJA: PARANÁ FINALIZA PLANTIO.

O plantio de soja da safra 2010/11 está praticamente encerrado no Paraná, enquanto no Rio Grande do Sul a implantação avança para a etapa final apesar de ainda haver preocupação com a irregularidade das chuvas na região sul do Estado.
De acordo com dados do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), o plantio da soja chegou a 99% da área prevista em 4,5 milhões de hectares, avanço de 1% na semana, com 96% das lavouras em bom estado. A comercialização antecipada no Estado que é segundo maior produtor nacional passou de 5% para 6% das 13,7 milhões de toneladas previstas. Tradicionalmente, os produtores paranaenses negociam antecipadamente 20%, em média, da safra futura, deixando o restante para a época da colheita. Conforme a Somar Meteorologia, as previsões climáticas indicam chuvas ligeiramente abaixo da média para os próximos dias, diferentemente das previsões anteriores que indicavam chuvas bem abaixo da média.
No Rio Grande do Sul, o plantio já ultrapassou 80% da área prevista em 4,1 milhões de hectares. As lavouras apresentam-se em boas condições nas principais regiões produtoras, no norte e noroeste do Estado, onde as chuvas estão dentro da normalidade, de acordo com Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater, empresa de extensão rural do governo do Estado. "A condição das lavouras é boa porque viemos de uma boa chuva no final de semana. Em metade do Estado choveu bem", disse ele.
Entretanto, no extremo sul do Estado, na região de Bagé e Pelotas, que respondem por 6% a 8% da área plantada, ainda há preocupações em relação a estiagem. "Há dificuldades da germinação, de plantio, porque não tem chovido. Mas a necessidade de replantio é muito pontual", completou ele, descartando, entretanto, quebra da safra. Já a Somar diz que "as chuvas irregulares das últimas semanas têm reduzido os níveis de água no solo e afetado a germinação e o desenvolvimento inicial das lavouras".
A Emater estima que o Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de soja do País, produzirá 9,1 milhões de toneladas em 2010/11, queda de 12,69% ante o ciclo anterior.
Milho - No Paraná, segundo o Deral, o plantio de milho ficou estagnado na semana até 6 de dezembro em 99% da área prevista em 734,9 mil hectares, com 92% das lavouras em boas condições de desenvolvimento. As vendas antecipadas também não mostraram avanços e permanecem em 1% da produção prevista em 5,3 milhões de toneladas.

SOJA: CONSULTORIA CÉLERES REDUZ SAFRA PARA 68,123 MILHÕES/TONS

A Céleres reduziu sua estimativa para a produção de soja do Brasil na safra 2010/11 para 68,123 milhões de toneladas, contra 69,096 milhões na previsão anterior e 68,502 milhões em 2009/10. O ajuste é atribuído a uma menor produtividade em Mato Grosso, por conta da irregularidade das chuvas. A Agroconsult também revisou para baixo sua estimativa para a oleaginosa. A consultoria projeta a produção na safra 2010/11 em 68,4 milhões de toneladas, ante 69,6 milhões de toneladas anteriormente. O motivo é o atraso no plantio da soja precoce em Mato Grosso e a estiagem no Rio Grande do Sul.
A área projetada pela Céleres é de 23,708 milhões de hectares, contra 23,616 milhões no levantamento anterior e 23,330 milhões em 2009/10.
Entretanto, a consultoria baixou a previsão de produtividade no País para 2.873 quilos por hectare, 2,1% abaixo do que foi observado na safra anterior e contra 2.926 quilos em novembro. Somente em Mato Grosso a expectativa de produtividade caiu 235 quilos por hectare em relação à estimativa de novembro, para 3.050 quilos por hectare. Com isso, a estimativa de produção no Estado caiu para 18,758 milhões de toneladas da oleaginosa, contra 20,202 milhões em novembro e 18,786 milhões em 2009/10. "A queda na estimativa de produção de Mato Grosso tem justificativa na redução da expectativa de produtividade para essa safra. Até o momento, a irregularidade das chuvas tem sido o fator preponderante considerado nas previsões sobre o potencial produtivo das lavouras", explicou a Céleres em seu relatório.
Plantio - Até sexta-feira (3), o plantio de soja atingiu 91% da estimativa de área a ser cultivada, contra 85% na semana anterior e 86% no mesmo período da safra passada.
Em relação à comercialização, 34% da nova safra da oleaginosa já foi comprometida, 2% a mais do que na semana anterior e ante 20% no mesmo período de 2009/10.

MILHO: CÉLERES VOLTA A REVISAR PARA BAIXO ESTIMATIVA DE PLANTIO
A Céleres revisou para baixo mais uma vez sua estimativa para a safra de milho verão. No quinto acompanhamento da safra 2010/11, divulgado nesta segunda feira, a consultoria projeta área plantada de 7,58 milhões de hectares, redução de 0,12% em relação ao levantamento anterior (7,589 milhões de ha) e de 6,6% na comparação com a safra 2009/10. O ajuste leva em conta o plantio no Paraná, que deve ter a menor área cultivada com o grão em 40 anos. A produtividade média estimada pela Céleres é de 3.896 quilos por hectare, 2,6% menor que a do ciclo 2009/10. A produção deve ser de 29,528 milhões de toneladas, recuo de 9% na mesma comparação.
O plantio do cereal no País atinge 92%, avanço de 4,1% na comparação com a semana passada. Em relação ao mesmo período da safra passada, a implantação das lavouras está adiantada 12%. A floração, estágio em que as plantas ficam mais suscetíveis ao déficit hídrico, atinge 8,8% das lavouras.
De acordo com a Somar Meteorologia, as chuvas irregulares, e em alguns municípios escassas, complicam a situação dos produtores no Rio Grande do Sul. "Os baixos índices de chuvas registrados nos últimos dias têm afetado o desenvolvimento das lavouras de milho em boa parte do Estado", informa o instituto. No Paraná, as chuvas favorecem as lavouras em fase de florescimento e enchimento de grãos. E como a Somar indica que as chuvas ainda devem ocorrer nos próximos dez dias, os níveis de água nos solos devem se manter e favorecer o desenvolvimento das plantas, informa o meteorologista Marco Antônio dos Santos.

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO DEVE SOMAR 5,4 MILHÕES DE TONS

As importações de soja da China em novembro devem alcançar 5,4 milhões de toneladas, informou nesta terça-feira o Ministério de Comércio do país. De acordo com o governo, o volume importado em outubro seria 44% maior que o de setembro e 86% superior ao registrado no mesmo período de 2009. Os embarques da oleaginosa podem atingir 5,3 milhões de toneladas em dezembro, segundo o ministério.
Estimativas do setor privado apontam que as exportações do quarto trimestre podem estabelecer um novo recorde.
A projeção, divulgada no site do ministério, se baseia nos relatos de importadores entre 1º e 15 de novembro. A previsão normalmente fica abaixo da quantia real, uma vez que não inclui todos os carregamentos. O ministério divulga as estimativas duas vezes por mês.

CHINA PODE ELEVAR TAXA DE JUROS NO FIM DE SEMANA.
O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) pode elevar as taxas de juros perto deste fim de semana, antes da divulgação de dados sobre a inflação de novembro, marcada para segunda-feira. A informação foi publicada pelo China Securities Journal, citando analistas."Como o banco central tem um precedente de elevar as taxas de juros pouco antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), há uma 'janela de política sensível' antes e depois deste fim de semana", disse o jornal. A China anunciou um aumento nos juros, o primeiro em quase dois anos, no começo da noite de 19 de outubro, dois dias antes da divulgação do CPI de setembro.
A reportagem da primeira página do jornal também afirmou que a Conferência Central de Trabalho Econômico aumenta as chances de uma alta nos juros em breve. Os principais políticos chineses provavelmente vão se reunir neste fim de semana para discutir as políticas econômicas do próximo ano, de acordo com vários relatos da imprensa chinesa.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

MILHO/CHINA DEVE SE FIRMAR COMO IMPORTADOR EM 2011.

Analistas esperam que a China se torne um player definitivo no mercado de milho a partir do ano que vem, depois de ficar ausente deste setor nos últimos 15 anos. Isso aumentará a demanda global pela commodity em um momento de oferta já apertada. Observadores do mercado estimam que a China comprará milhões de toneladas de milho dos Estados Unidos e da Argentina no ano que vem, acelerando um retorno para o mercado global que começou no início de 2010.
O país asiático, faminto por commodities, está importando milho novamente para atender à crescente demanda interna, tanto por parte dos cidadãos quanto pela indústria. Na China, o milho é usado na alimentação animal e também na produção de biocombustíveis. Atualmente, o país enfrenta os preços elevados no mercado à vista para produzir milho domesticamente, o que torna as importações mais atrativas. "Acredito que eles serão importadores regulares", afirmou o analista de grãos Terry Reilly, do Citigroup.
É difícil estimar quanto milho a China precisa comprar, por causa da incerteza sobre o tamanho da safra local e sobre suas reservas. Estimativas privadas para as importações variam de 3 a 9 milhões de toneladas para o ano comercial 2010/11, que vai até 31 de agosto.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) avalia, por enquanto, que as importações da China somam apenas 1 milhão de toneladas no atual ano comercial. O USDA atualizará as previsões sobre a oferta e demanda no seu próximo relatório mensal, que será divulgado no dia 10. No mês passado, o governo americano elevou a estimativa de produção 2010/11 da China em 2 milhões de toneladas de milho, para 168 milhões. Isso causou surpresa, pois os relatos eram de que a safra deste ano resultaria fraca.
Analistas projetam que os preços futuros do milho saltarão 25% para US$ 7/bushel se a China fizer compras significativas no ano que vem. A expectativa já é de que a oferta dos Estados Unidos caia para o menor nível em 15 anos no fim do ano comercial. Em novembro, os preços futuros do milho alcançaram o patamar mais elevado em 27 meses, com preocupações de que a safra dos Estados Unidos, menor do que o esperado, não acompanharia a forte demanda global. O milho registrou a máxima histórica de US$ 7,65/bushel em junho de 2008, por causa da intensa demanda e de enchentes devastadoras nos Estados Unidos.
Autoridades da argentina disseram na semana passada que o país deve concluir negociações para exportar uma quantidade indeterminada de milho para a China no primeiro semestre de 2011. Os países ainda não assinaram um acordo formal de comércio para que a China importe, segundo autoridades chinesas. As vendas da Argentina para a China devem sustentar os preços nos Estados Unidos, pois isso apertará a oferta. Os Estados Unidos e a Argentina são os dois maiores exportadores mundiais de milho.
As exportações de grãos da Argentina sofreram nos últimos anos com o clima desfavorável e instabilidade política. Para impulsionar o comércio, Argentina e a China terão de chegar a acordos sobre variedades geneticamente modificadas de milho, mas a questão não deve ser uma grande barreira. Os Estados Unidos e a China já têm acordos semelhantes para muitas variedades.
Nova tendência - A China começou a importar grãos em volumes maiores neste ano, depois de ficar ausente do mercado desde o ano comercial 1995/96. De acordo com dados alfandegários do país, a China importou 1,48 milhão de toneladas de milho nos primeiros 10 meses do ano. Essas importações consistiram em 1,43 milhão de toneladas dos Estados Unidos e 6 milhões de toneladas da Argentina. O volume é bem maior do que as pequenas quantidades do ano anterior.
Pequim reduziu o volume das compras de milho na década de 1990, conforme expandiu a área plantada numa busca pela autossuficiência. De acordo com o presidente do Conselho de Grãos dos Estados Unidos Thomas Dorr, a China deverá ser capaz de aumentar sua produção se o governo investir em pesquisa para melhorar a produtividade. Mas, por enquanto, o crescimento das importações de milho pela China são "uma nova tendência". Dorr avalia que, conforme as compras da China avançam, aumenta a demanda pelo cereal dos Estados Unidos.
Nos próximos anos, as importações de milho pela China provavelmente variarão de 5 a 15 milhões de toneladas por ano, de modo que as flutuações dependerão de quanto a China terá em seus estoques, de acordo com Reilly, do Citigroup. Isso corresponderá de 5% a 15% das importações globais de milho, com base nos níveis atuais de produção.

SOJA/CHICAGO CAI DEVIDO CHUVAS NO BRASIL

As cotações da soja estão caindo nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, pressionados pela força do dólar e por chuvas benéficas nas lavouras de soja do Brasil. Relatos de que a produção avança no Oeste Argentina faz traders limitarem sua exposição ao risco no mercado, segundo analistas.
Os contratos com vencimento em janeiro caem 13,25 cents ou 1,02% e eram negociados a US$ 12,87/bushel. No entanto, o declínio dos preços é limitado pela contínua demanda para exportação, com novos anúncios hoje.

MILHO/CHICAGO OPERA EM BAIXA DIANTE DA ALTA DO DÓLAR
Os preços futuros do milho estão recuando hoje na Bolsa de Chicago, pressionados pela força do dólar e pela fraca demanda para exportação. Os contratos com vencimento em março eram negociados a US$ 5,670/bushel, em baixa de 7,0 cents ou 1,39%.
O governo informou que as inspeções de exportação de milho dos Estados Unidos somaram 640mil tons na semana encerrada em 2 de dezembro, isto é, no menor nível das estimativas, de 635 a 813 mil tons. Participantes do mercado se preocupam com os preços altos do milho, expandindo a demanda por trigo para ração e diminuindo a do milho americano.

ALGODÃO: SAFRA ESTIMADA EM 1,8 MI/TONS

O Brasil atingirá sua capacidade máxima instalada de produção de algodão na safra 2010/2011, segundo o novo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco. De acordo com ele, a expectativa é de colher um total de 1,8 milhão de toneladas. Para se obter esse volume de produção, conforme De Marco, o número de colheitadeiras existentes no País hoje é suficiente, mas está no limite. "Coincidentemente , começou a safra hoje e a colheita será em julho de 2011", observou. O presidente da Abrapa destacou que, para atender a essa produção, os cotonicultores estão utilizando "um monte de colheitadeiras que estavam encostadas".
Desse total previsto de produção, 700 mil toneladas já foram vendidas a US$ 0,75 por libra peso e outras 300 mil toneladas a US$ 1,00 libra peso, aproveitando o preço elevado da commodity, que hoje já se encontra no dobro deste patamar. Nem tudo é voltado à exportação, conforme De Marco. "Boa parte é da indústria local, que se atentou também à questão de oferta do produto", considerou. As cerca de 800 mil toneladas restantes não devem ser comercializadas antecipadamente pelos produtores porque, entre outros fatores, é preciso deixar uma margem para uma possível quebra de safra.
Para produzir 1,8 milhão de toneladas, o Brasil deve plantar 1,260 milhão de hectares neste ciclo. A área é praticamente 50% superior à da safra passada (838 mil hectares). Como o plantio segue até meados de fevereiro, o produtor apenas pensará em investir em novas colheitadeiras a partir de julho, quando o cenário dos preços da commodity devem ter se estabilizado. "Tem que primeiro passar esta safra. Antes de julho de 2011 não vai precisar de mais do que se tem", comentou De Marco.
O presidente da Abrapa destacou ainda que, apesar da indústria têxtil doméstica alegar que consome de 800 a 900 mil toneladas de algodão por ano, a expectativa da entidade é a de que essa demanda já atinja um total de 1,1 milhão de toneladas.

SOJA: PREVISÃO DE REDUÇÃO DA SAFRA DE SOJA PARA 68,4 MILHÕES TONS.

A Agroconsult reduziu a estimativa para a produção de soja na safra 2010/11 para 68,4 milhões de toneladas. Na previsão anterior, de outubro, a consultoria previa produção de 69,6 milhões de toneladas. A estimativa de área plantada caiu 100 mil hectares, para 24 milhões de hectares.
De acordo com André Pessoa, diretor da Agroconsult, essa redução na estimativa de produção deve-se ao atraso do plantio da soja precoce em Mato Grosso e à estiagem que tem prejudicado as lavouras no Rio Grande do Sul."As lavouras precoces em Mato Grosso não tiveram um bom início em seu desenvolvimento", disse ele.
Pessoa disse ainda que há uma preocupação com relação a um eventual excesso de chuvas durante a colheita da soja em fevereiro de 2011. A Agroconsult estima a safra 2010/11 do Brasil em 68 milhões de toneladas.

EUA/EXPORTAÇÕES-SOJA VENDA DE 226 MIL TONS P/ CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 226 mil toneladas de soja para China, sendo 171 mil toneladas para entrega em 2010/11 e 55 mil toneladas em 2011/12. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem informar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino até o dia útil seguinte. Qualquer volume abaixo deste nível deve ser comunicado semanalmente.

ÓLEO DE SOJA/EUA VENDEM 20 MIL TONS PARA PAÍSES NÃO REVELADOS
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou nesta segunda-feira a venda de 20 mil toneladas de óleo de soja para países não revelados no ano comercial 2010/11. Exportadores norte-americanos devem informar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino até o dia útil seguinte. Qualquer volume abaixo deste nível deve ser comunicado semanalmente.

TRIGO/EUA RELATA VENDA DE 160 MIL TONS PARA PAÍSES NÃO REVELADOS
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 160 mil toneladas de trigo duro vermelho de inverno para países não revelados em 2010/11. O ano comercial do cereal começou em 1º de junho de 2010.
MILHO/USDA: EUA VENDEM 116 MIL TONS P/ PAÍSES NÃO REVELADOS
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) comunicou hoje a venda de 116 mil toneladas de milho para países não identificados em 2010/11. O ano comercial do grão começa em 1º de setembro.

CLÍMA: FALTA DE CHUVA SE AGRAVA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL.

O sul do Rio Grande do Sul não tem sido beneficiado pelo clima e vê se agravar a situação de falta de chuvas, já que desde a segunda quinzena de setembro a região não registra volumes significativos. Em Bagé, por exemplo, o acumulado entre 15 de setembro e 5 de dezembro é de apenas 71 mm, o que pode se atribuir aos efeitos do fenômeno La Niña, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal.
Em contrapartida, bons volumes são registrados no Paraná, Santa Catarina, norte do Rio Grande do Sul e também no sul de Mato Grosso do Sul. No oeste do Paraná e de Santa Catarina, o acumulado supera 100 mm nos últimos 5 dias. Segundo a Somar, as águas são muito importantes, não só pela época do ano, mas também porque revertem um padrão de pouca chuva observado em novembro, beneficiando diretamente a lavoura de soja.
O Sudeste, Centro-Oeste, Norte e sul da Região Nordeste do Brasil mantêm um bom padrão pluviométrico neste início de dezembro. Isso confirma o indicativo da instalação do regime de chuvas de verão, o que assegura uma certa regularidade e frequência das águas, se não na condição ideal, pelo menos o suficiente para dar sustentação para o desenvolvimento das lavouras.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas acumuladas desde outubro e mostram a continuidade da recuperação da umidade sobre os Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil. "Mesmo que ainda insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens", informa a Somar.
Previsão
A primeira quinzena de dezembro deve manter o padrão das últimas semanas, com as frentes frias atuando mais sobre o Sudeste. As frentes frias, associadas à umidade da Amazônia, provocam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste e Centro-Oeste, além do sul e oeste da Região Nordeste, beneficiando as lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí.
A Somar alerta, no entanto, que as condições climáticas não mudam muito no Sul do Brasil, em relação ao observado na última semana. As águas continuam concentradas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná. "O sul do Rio Grande do Sul, porém, deve ter agravada ainda mais a situação da estiagem observada desde outubro", comenta o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Argentina
O mês de dezembro começou com chuvas irregulares e mal distribuídas sobre o território argentino. Apenas no extremo norte, na região das Províncias de Formosa, Corriente e Missiones e também no leste da Província de Buenos Aires, é que o acumulado de chuvas na última semana ficou acima de 50 mm. O índice pluviométrico alcançou entre 15 e 25 mm nas Províncias de San Luis e sul de Córdoba.
No entanto, em grande parte das regiões produtoras, incluindo parte do Pampa Úmido, o acumulado de chuvas foi inferior a 10 mm, o que agrava a falta de chuvas já observado em novembro. "Em algumas regiões, como nas Províncias de Entre Rios e Santa Fé, a pouca umidade do solo forçou a interrupção do plantio da lavoura de soja", informa Etchichury.
Segundo a Somar, a tendência é que essas condições não mudem muito na primeira quinzena do mês de dezembro. Em geral, o clima deve ser de pouca chuva sobre as principais regiões produtoras da Argentina.
Esse início de dezembro seco configura um padrão de La Niña, o que representa um quadro de risco para as lavouras de verão da Argentina, já com problemas no período de plantio. Como o La Niña deve continuar pelo menos até meados de 2011, isso pode representar um verão com menos chuvas e alguns períodos de estiagem, contribuindo para uma redução no potencial de produção.

PERSPECTIVA: CLIMA DEVE DIRECIONAR PREÇO DOS GRÃOS EM CHICAGO

Os mapas climáticos mundiais devem ditar o ritmo dos mercados de grãos esta semana na Bolsa de Chicago, em especial o de trigo, que vem sofrendo sucessivas altas e influenciando a soja e o milho."O clima vai ser um fator cada vez mais importante até janeiro, que é a época mais sensível de formação de safra (de soja) para a América do Sul. Cada vez mais ele começa a tomar a liderança como fator fundamentalista", afirmou Vinicius Ito, da Newedge.
As chuvas na Austrália e o tempo seco nos Estados Unidos vêm levantando preocupações em relação à oferta de trigo desses países, o que leva os importadores, preocupados com a redução da oferta global de trigo de alta qualidade, a garantirem suas necessidades, segundo traders.
Na sexta-feira, os preços futuros do cereal negociados na CBOT avançaram pela terceira sessão consecutiva, fechando a semana com ganhos de cerca de 14%. Os contratos com vencimento em março, os mais negociados, fecharam em alta de 30,50 cents ou 4,07%, cotados a US$ 7,79/bushel.
Essa alta acaba respingando na soja e no milho, de acordo com analistas. Além disso, a forte demanda pela oleaginosa norte-americana também deve influenciar o mercado esta semana, principalmente com a expectativa em relação ao relatório mensal de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos vai divulgar na sexta-feira. "Vai ser interessante observar (o relatório). O USDA não vai mexer na oferta, mas mexe na demanda. A estimativa do USDA para exportação de soja está muito modesta e provavelmente vai ter de elevar, e esse deveria ser um fator supostamente altista para o mercado", completou Ito.
Em relação ao clima, a grande preocupação para a soja é com a estiagem na América do Sul, principalmente na Argentina, com um potencial de redução da safra. Na sexta-feira esse foi o principal motivo para a alta do grão, cujo contrato janeiro, de maior liquidez, avançou 20,50 centavos, ou 1,6%, para fechar cotado a US$ 13,0025 por bushel.
No mercado de milho, há dois fatores aos quais o mercado deve ficar atento, segundo Ito: o debate no governo norte-americano sobre a possibilidade de extensão do subsídio ao etanol, que nos EUA é feito a partir de milho, e os rumores de que a Rússia está buscando o cereal no mercado internacional. "A demanda de milho para etanol representa um terço da demanda total nos EUA. Se não for estendido esse subsídio, vai tornar as margens de etanol negativas, ou seja, o produtor vai pagar para produzir etanol nos EUA", disse ele.
Na sexta-feira, os contratos do milho com vencimento em março subiram 18,0 centavos ou 3,24% e fecharam a US$ 5,7350/bushel. A queda do dólar e o clima seco na Argentina puxaram as cotações.

CHINA/SOJA FECHA EM LEVE ALTA.

Os futuros da soja fecharam ligeiramente em alta na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme os fortes ganhos registrados pela Bolsa de Chicago na sexta-feira ofuscaram expectativas de mais medidas de aperto monetário na China. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com alta de 0,5% nesta segunda-feira, cotado a 4.388 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.402 e 4.440 yuans por tonelada (6,648 yuans = US$ 1).
O número de contratos abertos caiu 8.146 lotes, para 249.094 lotes, primeiro declínio após duas sessões consecutivas de alta. O volume de contratos negociados continuou baixo, atingindo 176.942 lotes.
Temores sobre a redução da produção argentina devido ao clima seco e a fraqueza do dólar ajudaram o contrato janeiro da CBOT a subir 1,6% no último pregão, para US$ 13,0025 por bushel. "Os preços domésticos da oleaginosa foram principalmente guiados pelos ganhos da CBOT", afirmou Li Xiaoli, analista da corretora Chengdu Brilliant Futures.
Contudo, o sentimento do mercado continuou pessimista, com os investidores ainda preocupados que o governo chinês adote outras medidas de aperto monetário, incluindo um potencial aumento da taxa de juro, disse ela. A China informou na última sexta-feira que mudaria sua política monetária "moderadamente afrouxada" para "prudente" no próximo ano, em uma tentativa de conter a inflação. Ao mesmo tempo, Pequim disse que manterá sua política fiscal "proativa".
Margens de negociação maiores também limitaram o acesso dos investidores aos futuros, acrescentou a analista. No final do mês passado, bolsas como a Shanghai Futures Exchange, Dalian Commodities Exchange e Zhengzhou Commodities Exchange elevaram acentuadamente as margens de negociação para combater a atividade especulativa.
Nas próximas semanas, os preços da soja devem permanecer estáveis, com possibilidade de rali em meio à aproximação do Ano Novo Lunar - pico da temporada de consumo -, disse ela.

domingo, 5 de dezembro de 2010

CBOT/GRÃOS - SOJA FECHA EM ALTA POR PREOCUPAÇÃO COM ARGENTINA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta sexta feira, chegando perto da máxima de três semanas, devido à fraqueza do dólar e às preocupações com a possibilidade de uma produção menor na Argentina por conta de uma estiagem.
O contrato janeiro, de maior liquidez, avançou 20,50 centavos, ou 1,6%, para fechar cotado a US$ 13,0025 por bushel.
Os temores de um aperto no equilíbrio entre a oferta norte-americana e a demanda na probabilidade de uma produção menor na Argentina levaram traders a adicionarem um prêmio de risco aos preços.
Os traders estão levando em consideração o potencial de uma projeção de oferta menor como resultado da demanda mais forte no relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado na sexta-feira.
A América do Sul precisa produzir amplas safras em 2011 para atender à demanda global, e a mais leve indicação de uma produção menor do que o esperado gera um aumento das compras. Brasil e Argentina são respectivamente o segundo e terceiro maiores produtores de soja do mundo, depois dos EUA.
A queda do dólar frente a uma cesta de moedas adicionou pressão à soja, já que isso torna as exportações norte-americanas mais atrativas. Outro fator foi a alta em commodities em geral, o que dispara compras de fundos que especulam com preços de commodities, disseram analistas.
O contrato janeiro do óleo de soja avançou 61 pontos, ou 1,2%, para 53,45 centavos por libra-peso. Já o janeiro do farelo ganhou US$ 5,90, ou 1,7%, para fechar cotado a US$ 351,60 por tonelada.

MILHO ACOMPANHA TRIGO E FECHA COM VALORIZAÇÃO DE 3,2%
O mercado futuro de milho acompanhou os ganhos do trigo e encerrou a sexta-feira com ganhos expressivos. Os contratos com vencimento em março, os mais líquidos, subiram 18,0 cents ou 3,24% e fecharam a US$ 5,7350/bushel. A queda do dólar e o clima seco na Argentina puxaram as cotações.
A força do mercado de trigo deu ao mercado de milho um impulso inicial, segundo o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache. Ele afirmou que o declínio do índice dólar se somou ao tom altista das commodities.
Traders aproveitaram a oportunidade para desfazer, antes do fim de semana, operações de spread em que estavam comprados em trigo e vendidos em milho. Os dois mercados também estão ligados porque ambos os cereais são usados na alimentação animal.
A volatilidade do mercado fez com que os traders adotassem uma postura de curto prazo, embolsando lucros em vez de arriscar durante o fim de semana.
O tempo seco na Argentina é uma preocupação de longo prazo para o mercado, que neste momento embute algum prêmio de risco nas cotações, considerando eventuais problemas climáticos no país.

TRIGO ACUMULA ALTA DE 14% NA SEMANA
Os preços futuros do trigo avançaram pela terceira sessão consecutiva no mercado americano, em meio a preocupações com a redução da oferta. Na semana, acumulou ganhos de cerca de 14%.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março, os mais negociados, fecharam em alta de 30,50 cents ou 4,07%, cotados a US$ 7,79/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento fechou cotado a US$ 8,22/bushel, com valorização de 20,25 cents ou 2,53%.
Importadores, preocupados com a redução da oferta global de trigo de alta qualidade, puxaram as cotações para garantir abastecimento e suprir suas necessidades, segundo traders. A oferta de trigo de alto teor de proteína está apertando com as chuvas pesadas que atingiram o Leste da Austrália, normalmente um grande exportador de trigo.
As tempestades devem continuar na semana que vem, de acordo com a T-Storm Weather, podendo causar piora na qualidade da safra. Além disso, a Associação de Moinhos de Taiwan (TFMA) comprou trigo de primavera do tipo Dark Northern Spring dos Estados Unidos, com 14% de proteína, por US$ 549,43/t CIF, de acordo com executivos de trading. Trata-se de um dos preços mais altos pagos por compradores asiáticos neste ano. A TFMA adquiriu 42,25 mil toneladas de trigo da Columbia Grain, o que também inclui uma parte de cereal com 13% de proteína.

MILHO: LEILÕES DE ESTOQUE DA CONAB CONTINUAM EM 2011.

Os leilões de venda de estoques de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão continuar em janeiro de 2011 em todas as regiões do País, mesmo que a demanda pelo grão esteja hoje concentrada nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A informação foi dada na última sexta feira à Agência Estado por Silvio Farnese, coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Abastecimento. Segundo ele, a primeira operação do ano deve ocorrer entre 4 e 6 de janeiro e outras três podem acontecer no mês. "Vamos fazer a leitura do mercado e sair (do mercado) somente quando o abastecimento melhorar", afirmou. Farnese disse, ainda, que o volume ofertado em cada operação deve continuar em torno de 400 mil toneladas.
O Rio Grande do Sul foi um dos primeiros Estados a pedir a intervenção do governo no mercado, após as ofertas escassearem e os preços subirem. Nos leilões de estoques vem adquirindo praticamente toda a oferta de que dispõe. Farnese explicou que o volume destinado não é maior porque os estoques são pequenos no Estado. "Nosso estoque de milho está concentrado no Centro-oeste e o Mato Grosso do Sul acabou por completar a demanda do Rio Grande do Sul", avaliou.
O milho sul-mato-grossense tem valor mais baixo que o produto do Paraná nos leilões, e por isso recebeu a preferência dos consumidores gaúchos e também dos catarinenses. Mesmo que o mercado considere elevado o preço de R$ 22,80/saca para o grão do Paraná, Farnese disse que a falta de interesse pelo milho ofertado no Estado não preocupa o governo. "Outros mercados estão viabilizando o Sul. É melhor os paranaenses ficarem com estoque, porque depois eles (o Sul) vão precisar do produto deles", afirmou.
PEP - Em relação ao apoio do governo à comercialização de milho por meio de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), Silvio Farnese admitiu que, se na época da colheita da safrinha 2011 os preços no Centro-oeste estiverem abaixo do preço mínimo de garantia, o Ministério da Agricultura vai intervir novamente no mercado. "Custa muito caro remover o produto do Centro-oeste e os preços caem muito, por isso o governo age para auxiliar nisso", explicou.

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas