sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SOJA/MT: PLANTIO ATINGE 98,9% DA ÁREA ESTIMADA.

O plantio da soja em Mato Grosso, que neste ano começou com duas semanas de atraso, em função da falta de chuvas, atingiu nesta semana 98,9% da área de 6,219 milhões de hectares estimada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O ritmo dos trabalhos agora está apenas 0,2 ponto porcentual abaixo do registrado em igual período do ano passado, quando 99,1% da área estava semeada.
Os dados divulgados pelo Imea mostram que a irregularidade das chuvas prejudicou o avanço do plantio na região sudeste de Mato Grosso, onde foram semeados até esta semana 97,5% da área estimada em 1,460 milhão de hectares. Na mesma época do ano passado o plantio já estava concluído na região sudeste. O atraso está concentrado nas regiões de Alto Garças e Alto Taquari, onde 96% da área foi semeada.
Na região nordeste ainda faltam ser cultivados cerca de 32 mil hectares, mas o plantio está 4,9 pontos percentuais mais avançado que em igual período do ano passado. A diferença se deve ao aumento de 75 mil hectares na área cultivada, que passou de 577,2 mil hectares para 652,2 mil hectares nesta safra. A região não foi afetada pela estiagem, pois tradicionalmente inicia o plantio mais tarde em Mato Grosso, com a regularização das chuvas na segunda quinzena de outubro.
Soja louca - A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) divulgou hoje nota esclarecendo que a incidência da soja louca II ainda não está confirmada. Segundo a entidade, as amostras colhidas nos municípios de Sinop, Vera e Cláudia foram para análise no laboratório da Embrapa Goiânia (GO). "Somente após a liberação dos laudos haverá confirmação ou não da presença da anomalia nas lavouras do estado. O que existe, até o momento, são apenas indícios (suspeitas) do distúrbio e por isso está sendo feito o procedimento de coleta de amostras que são enviadas para análise em laboratórios credenciados."
A soja louca é uma anomalia que ocorre quando a planta não amadurece e registra alto índice de abortamento de flores e vagens. O distúrbio na soja ainda é de causa desconhecida. Na última safra o grau de severidade da Soja Louca II foi localizado em alguns municípios da região Norte de Mato Grosso, onde também provocou prejuízos.
EVOLUÇÃO DO PLANTIO DA SOJA EM MATO GROSSO
(área em mil hectares)
                          Área     29-out-09  28-out-10  VARIAÇÃO
Noroeste         261.200      100,0%     100,0%         0,0%
Norte                44.000      100,0%     100,0%         0,0%
Nordeste         652.200       90,1%      95,0%          4,9%
Médio-norte 2.454.000      100,0%     100,0%         0,0%
Oeste              938.200      100,0%     100,0%         0,0%
Centro-sul       409.100      100,0%     100,0%         0,0%
Sudeste        1.460.600      100,0%      97,5%        -2,5%
Mato Grosso 6.219.300        99,1%      98,9%        -0,2%
Fonte: Imea

CHINA-SOJA FECHA EM ALTA, DISSIPADO TEMOR SOBRE APERTO MONETÁRIO.

Os futuros da soja encerraram com leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, apesar de uma ligeira queda no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago e do anúncio feito por Pequim de que mudará para uma política monetária mais rigorosa no próximo ano. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com valorização de 13 yuans, ou 0,3%, cotado a 4.401 yuans por tonelada (6,66 yuans = US$ 1).
O número de contratos abertos aumentou 2.540 lotes nesta sexta-feira, para 257.240 lotes, segunda alta consecutiva após seis sessões seguidas de declínio. "Temores sobre o impacto das [recentes] medidas de aperto do governo estão se dissipando", afirmou Lian Chao, analista da Radar Futures. A China mudará sua política monetária de "moderadamente afrouxada" para "prudente", decidiram os principais líderes do Partido Comunista após uma reunião nesta sexta-feira para discutir as diretrizes econômicas do ano que vem, informou a agência de notícias Xinhua.
Isso significa que o governo restringirá ainda mais o controle dos empréstimos, limitando as fontes de capital dos investidores para negociar nos mercados futuros. No entanto, após uma série de medidas de aperto monetário e controle de preços, muitos investidores enxergam o anúncio como uma mera formalização de uma mudança que já está em andamento, e não esperam que as próximas iniciativas sejam de natureza drástica.
As cotações da oleaginosa enfrentarão resistência em 4.500 yuans por tonelada, à medida que o clima seco na América do Sul deve ser amenizado por uma ou duas tempestades nas áreas mais afetadas da Argentina nos próximos dias, disse Lian, citando a previsão da T-Storm Weather.
A demanda e a oferta de soja no mercado físico ficaram estáveis, com os preços nas principais regiões produtoras da China principalmente inalterados nesta semana. "Os preços da soja estão estáveis e razoáveis no momento", disse Zhu Jinming, analista da Zheshang Futures.Um leilão de cerca de 300 mil toneladas das reservas estatais feito pelo governo central nesta sexta-feira não conseguiu atrair compradores, considerando que o preço mínimo estabelecido foi de 3.920 yuans por tonelada, de acordo com analistas.

GOVERNO MUDARÁ POLÍTICA MONETÁRIA PARA 'PRUDENTE' EM 2011
A China mudará sua política monetária no ano que vem, de "moderadamente frouxa" para "prudente", conforme a decisão tomada nesta sexta-feira pela cúpula do Partido Comunista, informou a agência de notícias oficial Xinhua. A alteração sinaliza uma mudança de ênfase na política do governo, a fim de priorizar o combate à inflação.
Até certo ponto, a medida apenas formaliza uma transição que já vem ocorrendo há vários meses, desde que a China gradativamente passou a se concentrar mais em conter a inflação e as bolhas especulativas, abandonando o foco exclusivo na promoção do crescimento que prevaleceu durante a crise financeira global e em seus desdobramentos.
O Escritório Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, também conhecido como Politburo, chegou à decisão depois de se reunir nesta sexta-feira para discutir a política econômica do próximo ano, disse a Xinhua.
"Isso basicamente ratifica o entendimento do mercado sobre o que vem se desenrolando nas últimas semanas", disse Arthur Kroeber, diretor administrativo da firma de pesquisa econômica GaveKal Dragonomics. Desde abril, Pequim tomou uma série de medidas para conter a especulação imobiliária e os aumentos dos preços dos imóveis. Em outubro, o banco central chinês elevou a taxa básica de juros pela primeira vez em quase três anos, e em novembro aumentou duas vezes o depósito compulsório dos bancos.

BANCO CENTRAL/CMN-MEDIDAS RESTRINGEM DINHEIRO NA ECONOMIA

O Conselho Monetário Nacional (CMN) e a diretoria do BC anunciaram hoje por meio de nota, a adoção de uma série de medidas "de natureza macroprudencial" para o sistema financeiro. Segundo a nota, as medidas visam dar continuidade à retirada dos incentivos introduzidos durante a crise 2008/2009. As ações deve causar maior a restrição de crédito na economia.
A primeira medida eleva o requerimento de capital para operações de crédito a pessoas físicas com prazos superiores a 24 meses. Segundo a nota, o Fator de Ponderação de Risco (FPR), na maioria dessas operações, passa de 100% para 150%, o que significa uma alta no requerimento de capital dos bancos, dos atuais 11%, para 16,5% do valor da operação. No caso do crédito consignado, a regra se aplica apenas a operações com prazos superiores a 36 meses.
No caso de operações de financiamento de veículos ou leasing de veículos, o aumento no requerimento ocorrerá para operações de 24 meses a 36 meses, quando o valor de entrada for inferior a 20% do bem; para operações de 36 a 48 meses, quando o valor da entrada for inferior a 30% do bem; para operações de 48 a 60 meses, quando o valor de entrada for inferior a 40%.
A nova regra do FPR não se aplica a operações de crédito rural, habitacional e ao financiamento/leasing de veículos de carga.
Outra medida anunciada foi a elevação dos depósitos compulsórios, que, segundo o BC, deverão ter um impacto de R$ 61 bilhões na oferta de dinheiro na economia.
De acordo com a nota, o adicional de compulsórios (parcela extra que os bancos têm de recolher ao Banco Central do que captam) sobre depósitos à vista e a prazo será elevado de 8% para 12%. "O limite de dedução do adicional de compulsório sobre depósitos à vista e a prazo das instituições financeiras com patrimônio de referência inferior a R$ 2 bilhões subirá de R$ 2 bilhões para R$ 2,5 bilhões", diz a nota. "Para as instituições com patrimônio de valor igual ou maior que R$ 2 bilhões e menor que R$ 5 bilhões, a dedução passará de R$ 1,5 bilhão para R$ 2 bilhões."
O governo também elevou a alíquota dos compulsórios sobre depósitos a prazo de 15% para 20%. O limite de dedução para instituições financeiras com patrimônio de referência abaixo de R$ 2 bilhões subirá de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões. Para instituições com patrimônio igual ou maior que R$ 2 bilhões e inferior a R$ 5 bilhões, a dedução subirá de R$ 1,5 bilhão para R$ 2 bilhões.
Foi reduzido o limite de dedução dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos a prazo nas operações de compra de carteira e depósitos interfinanceiros, que passou de 45% para 36%. O prazo de vigência das deduções foi estendido de 31 de dezembro deste ano para 30 de junho de 2011. O BC anunciou também a retirada da exigência de compulsório nas emissões de letras financeiras, cuja alíquota era a mesma dos depósitos a prazo (15%).
Outra medida foi a elevação do limite de garantia dos depósitos e créditos protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGV), de R$ 60 mil para R$ 70 mil por depositante.
Por fim, o CMN estabeleceu um cronograma de redução gradual do volume de depósitos que os bancos podem emitir com garantia especial do FGV. "A redução terá início em janeiro de 2012, ao ritmo de 20% ao ano, até janeiro de 2016, quando será extinta a possibilidade de realização de novas captações com essa modalidade de garantia."

SOJA/CHINA: LEILÃO DE 300 MIL TONS NÃO ATRAI COMPRADORES.

Um leilão de cerca de 300 mil toneladas de soja das reservas estatais realizado hoje pela China não conseguiu atrair nenhum comprador, informou o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China. A notificação do órgão não especificou o preço proposto pelo governo, mas analistas e uma autoridade disseram que o valor mínimo era superior ao de uma licitação feita nesta sexta-feira pela província de Heilongjiang. O volume leiloado teria sido de 295.700 a 295.800 toneladas.
No entanto, o Centro Nacional de Comércio de Óleos e Grãos de Harbin vendeu 55 mil toneladas de soja em um leilão local, ou 22% das 246 mil toneladas oferecidas, disse uma autoridade. A entidade informou em seu site ter vendido o grão por um preço médio de 3.772 yuans por tonelada (6,66 yuans = US$ 1).
As margens de lucro das processadoras têm caído, conforme as medidas adotadas pelo governo chinês para reverter as altas dos preços agrícolas reduziram os ganhos obtidos com a atividade de esmagamento. Há um mês, o lucro beirava 300 yuans por tonelada, mas recuou para 50 a 100 yuans por tonelada nesta semana, afirmou Huang Yingyan, analista da Nanhua Futures. Ainda assim, a demanda não deve entrar em colapso, já que os preços no mercado à vista continuaram relativamente estáveis, acrescentou ela.

RS/SOJA: PLANTIO ATINGE 79% DA ÁREA PREVISTA.

O plantio de soja no Rio Grande do Sul avançou na maioria dos municípios onde as chuvas foram mais regulares e abundantes nos últimos dias e alcançou 79% da área prevista no Estado, um salto de 14% em relação à semana passada, de acordo com relatório divulgado quinta feira pela Emater, empresa de extensão rural do governo do Estado. Na mesma época da safra anterior, 68% das lavouras tinham sido semeadas. "Todavia, em áreas onde a deficiência hídrica se intensifica, o plantio ficou praticamente paralisado", destaca o relatório. Durante a semana, a cotação média da saca teve aumento de 1,05%, para R$ 43,21 quando negociada pelo produtor.
O órgão estima que o terceiro maior produtor de soja do País deverá plantar uma área de 4,1 milhão de hectares com a oleaginosa, aumento de 1,54% em relação à safra passada. A produção está estimada em 9,1 milhões de toneladas, queda de 12,69% ante o ciclo anterior. A produtividade deve cair 14,2%.
Milho - O plantio do cereal no Estado atingiu até hoje 80% da área prevista em 1,1 milhão de hectares, contra 76% na semana passada. No mesmo período da safra passada, o plantio tinha sido feito em 71% da área.
A Emater também destacou o efeito da falta de chuvas sobre a safra de milho: "Nas áreas onde a precipitação foi escassa ou irregular, as plantas começam a ter seu desenvolvimento prejudicado. Lavouras em fase de floração também começam a ser afetadas de maneira negativa", diz o relatório, segundo o qual 19% das lavouras encontram-se em fase de floração.
A saca do cereal é negociada a R$ 23,33, em meio a uma demanda aquecida e preços em ascensão, segundo a Emater. A valorização em 30 dias foi de 10,57%.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MILHO/MT MANTÉM ESTIMATIVA DE PLANTIO SAFRINHA.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) manteve inalterada sua estimava de área plantada de milho para a safra 2010/11. Os dados relativos ao levantamento de novembro permaneceram iguais aos divulgados em outubro, com expectativa de plantio de 1,766 milhão de hectares, área 9,3% inferior à da safra passada (1,948 milhão de hectares) e 5,3% acima da observada em 2008/09 (1,676 milhão de hectares.
Em nota, os analistas do Imea observam que mesmo com o plantio de soja sendo encerrado no mesmo período de 2009, ainda é cedo para afirmar o porcentual de área disponível para o plantio do cereal até o encerramento da janela ideal de plantio, que vai até 20 de fevereiro.
Os dados preliminares do Imea mostram que o atraso de 15 dias no inicio do cultivo da soja, por causa da falta de chuvas, terá maior impacto na região do médio-norte, que responde por 47,6% da produção estadual de milho. A expectativa é de redução de 112,5 mil hectares na área plantada, para 841,5 mil hectares. Na região sudeste, onde houve maior atraso no plantio da soja em relação ao ano passado, a previsão é de diminuição de 30 mil hectares (7,1%), para 392,3 mil hectares.

SOJA: APROSOJA CRITICA ADESÃO DO BB À MORATÓRIA DA SOJA

A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) criticou hoje a adesão do Banco do Brasil à Moratória da Soja, uma decisão da indústria processadora e dos exportadores brasileiros de não adquirir a produção de novas áreas abertas após julho de 2006.
"A adesão de uma instituição financeira à Moratória da Soja, como a que ocorreu na quarta-feira (ontem) pelo Banco do Brasil, é um equívoco que levará à penalização de produtores que estão plantando dentro das exigências da legislação ambiental brasileira. A medida poderá afunilar mais ainda a oferta de crédito oficial para a agricultura, que já vem sendo reduzida a cada safra em alguns estados brasileiros", disse a Aprosoja em comunicado.
O Banco do Brasil anunciou ontem que não financiará a produção de soja em áreas do Bioma Amazônico que tenham sido desmatadas a partir de 24 de julho de 2006. A medida do BB já está em vigor.
"O Banco do Brasil é uma instituição financeira que opera com recursos públicos e, como principal fonte de financiamento do agronegócio brasileiro, precisa seguir a lei e não se juntar a um grupo que implantou regras à margem da legislação", afirmou o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, no comunicado.
O BB usará o banco de dados do Grupo de Trabalho da Soja (GTS) para análise da liberação do crédito. O trabalho do grupo é atualizado regularmente com informações sobre as áreas desmatadas na Amazônia e que eventualmente tenham sido destinadas à produção de soja. De acordo com dados da Abiove, o plantio de soja representou apenas 0,25% da área total desmatada nos últimos três anos no Bioma Amazônico, dado citado pela Aprosoja em seu comunicado.

MORATÓRIA PREJUDICA PRINCIPALMENTE PEQUENOS PRODUTORES 
Glauber Silveira, disse em entrevista à Agência Estado que os principais prejudicados pela adesão do Banco do Brasil à "Moratória da Soja" serão os pequenos produtores rurais dos assentamentos feitos pelo governo, que dependem do crédito oficial. "A medida poderá afunilar mais ainda a oferta de crédito oficial para a agricultura, que já vem sendo reduzida a cada safra em alguns Estados brasileiros."
A "Moratória da Soja" foi instituída em 2006 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), cujas empresas associadas assumiram o compromisso de não comercializar soja produzida em áreas desmatadas no bioma Amazônico a partir de julho daquele ano. Além do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que aderiu à moratória quando Carlos Minc era o titular da pasta, também participam do grupo de trabalho da moratória as ONGs Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF.
O Banco do Brasil anunciou ontem que não financiará a produção de soja em áreas do Bioma Amazônico que tenham sido desmatadas a partir de 24 de julho de 2006. A medida do BB já está em vigor.
O presidente da Aprosoja lembrou que conversou com Minc na época que o MMA aderiu à moratória da soja e na ocasião alertou o então ministro sobre o equívoco da decisão, "pois, no cargo de funcionário público, ele deveria seguir a lei". Silveira diz que a mesma situação se repete agora com o Banco do Brasil, pois ao aderir ao acordo o banco não poderá financiar agricultores que depois de 2006 realizaram desmatamentos de acordo com a legislação.
Na opinião de Silveira, o Banco do Brasil como uma instituição financeira que opera com recursos públicos deve seguir as exigências estabelecidas pela legislação, e não as regras da moratória, que é um pacto privado. Ele critica a forma como a moratória foi estabelecida, porque exclui da comercialização os agricultores que obtiveram licença para desmatar dentro dos limites estabelecidos de 20% para o bioma amazônico e 65% para o cerrado.
Silveira diz que os agricultores não podem ficar à mercê do marketing de empresas e dos bancos, "que querem se mostrar para a sociedade como sustentáveis". No caso do setor privado, ele diz que respeita os direitos das companhias de estabelecer regras para compra da matéria-prima, "assim como os agricultores também podem fazer uma moratória e não vender soja para determinadas empresas".
Silveira diz que o Banco do Brasil, como instituição pública, deve respeitar a legislação e as normas do crédito rural. Segundo ele, a Aprosoja também defende as práticas sustentáveis, pois é contra os desmatamentos ilegais, o trabalho escravo e o cultivo em áreas de preservação ambiental e em reservas indígenas.

SOJA OPERA ESTÁVEL SUSTENTADA PELA DEMANDA

Os preços futuros da soja trabalham perto da estabilidade na Bolsa de Chicago, sustentados pela robusta demanda para exportação. Os contratos com vencimento em janeiro eram negociados a US$ 12,84/bushel, em alta de 1,0 cent ou 0,08%.
O mercado contrariou a tendência observada no pregão eletrônico, depois do anúncio das exportações na semana, que foram maiores do que o esperado: 1,4 milhão de toneladas. A demanda da China, maior importador mundial, deve permanecer forte. Mas o mercado foi pressionado por realização de lucro.

MILHO/EUA VENDEU 373 MIL TONS.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 135.128 toneladas de milho para o Japão, com entrega em 2011/12. Outras 238 mil toneladas foram comercializadas para países não revelados, com embarque em 2010/11. Frequentemente, exportadores norte-americanos concordam em vender ofertas para intermediários que ainda não definiram o destino final do carregamento. Quando isso acontece, o USDA lista o comprador como "desconhecido". Vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino devem ser comunicadas até o dia útil seguinte.

SOJA/USDA: EUA VENDEM 1,34 MI TONS.

SOJA/USDA: EUA VENDEM 1,34 MI T DA SAFRA 10/11 E 60 MIL T DA 11/12
Os Estados Unidos venderam 1.341.600 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 25 de novembro, alta 99% em relação à última semana e de 32% frente à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA) em seu relatório semanal de exportações. Os principais compradores foram China (1.483.800 t), México (65.800 t), Canadá (50.300 t), Bangladesh (47 mil t), Taiwan (13.700 t) e Vietnã (12 mil t). Cancelamentos foram feitos por Japão (172.400 t) e outros países não revelados (174 mil t).
Outras 60 mil toneladas da safra 2011/12 foram vendidas para destinos toneladas para entrega em 2011/12 foram feitas para destinos não especificados.

MILHO: VENDAS SUPERAM EM 27% A MÉDIA MENSAL
Os Estados Unidos venderam 758.100 toneladas de milho da safra 2010/11 na semana encerrada em 25/11, volume 8% inferior ao registrado uma semana antes, mas 27% acima da média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.Os principais compradores foram Coreia do Sul (377.900 t), México (192.900 t), Japão (191.900 t), Egito (66 mil t), Costa Rica (31.800 t) e Taiwan (25.100 t). Cancelamentos foram feitos por países não identificados (187.700 t).

TRIGO: VENDAS CAEM 11% NA SEMANA
Os Estados Unidos venderam 663.300 toneladas de trigo da safra 2010/11 na semana encerrada em 25/11, queda de 11% frente à última semana e de 14% em relação à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura -USDA- em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram Marrocos (98.800 t), Jordânia (75 mil t), Japão (68.600 t), Egito (57.200 t), Malásia (46 mil t) e outros países não revelados (123 mil t). Cancelamentos foram feitos por Jamaica (18 mil t), África do Sul (5.100 t), Ilhas de Sotavento e Barlavento (3.200 t) e Barbados (3.200 t).
Outras 40.900 toneladas da safra 2011/12 foram vendidas para Jamaica (18 mil t) e Nigéria (15 mil t).

CHINA/SOJA FECHA EM ALTA INFLUENCIADA POR FORTES GANHOS NA CBOT.

Os futuros da soja terminaram com forte alta na Bolsa de Commodities de Dalian, acompanhando ganhos acentuados no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com oscilação positiva de 74 yuans, ou 1,7%, cotado a 4.388 yuans por tonelada . O número de contratos abertos subiu 6.548 lotes nesta quinta-feira, para 254.700 lotes, após seis sessões consecutivas de declínio.
A fraqueza do dólar e a sólida demanda por exportações impulsionaram as cotações da oleaginosa na CBOT ontem, com o contrato janeiro encerrando em alta de 3,2%, a US$ 12,83 por bushel. Os preços da soja na China foram principalmente guiados pelo firme desempenho do grão em Chicago, já que os fundamentos do mercado doméstico forneceram poucos indícios novos. O número de contratos abertos aumentou de modo relativamente modesto frente à variação de preço, e o volume negociado foi baixo (215.522 lotes), acrescentou Zhao.
Participantes do mercado ainda parecem relutantes em investir em meio a preocupações com as rígidas medidas adotadas pelo governo chinês para controlar a inflação. Pequim leiloará 300 mil toneladas de soja das reservas nacionais amanhã (dia 3), em um esforço para estabilizar o mercado de óleos comestíveis.
Enquanto isso, a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China ordenou que os principais produtores de óleos vegetais do país, incluindo Cofco, Jiusan Grain and Oil Group, Yihai Kerry Group e Chinatex Corp., segurem as altas de preço nos próximos quatro meses, informou nesta quinta-feira o jornal 21st Century Business Herald. "A pressão política do governo limitará a força de recuperação", alertou Zhao. Os futuros da soja enfrentarão resistência em 4.400 yuans por tonelada, de acordo com a analista.

CHICAGO/GRÃOS TERMINA EM ALTA POR DÓLAR E DEMANDA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta feira, sustentados pelo enfraquecimento do dólar e pelas expectativas de uma demanda forte de exportação.
O contrato janeiro da oleaginosa, o mais ativo, subiu 40 centavos, ou 3,22%, para fechar cotado a US$ 12,83 por bushel. A sustentação foi dada pela fraqueza do dólar, o que impulsiona os preços de várias commodities, de grãos a petróleo. O fortalecimento do petróleo também influenciou na alta da soja já que o biodiesel é feito a partir de óleo de soja, disseram traders."O nome do jogo hoje foi comprar tudo", disse Dale Durchholz, analista da consultoria AgriVison.
Os investidores também comemoraram a melhora nos dados do setor manufatureiro da China, o que foi considerado com um bom sinal de demanda futura, disseram analistas. A China é o maior comprador mundial de soja e tem adquirido o grão norte-americano a um ritmo recorde. "A economia da China permanece forte o suficiente para (o país) manter sua substancial" compra de commodities, disse Brian Hoops, presidente da corretora Midwest Market Solutions.
No mês passado, os futuros da soja alcançaram a máxima de 26 meses devido às preocupações de que a forte demanda da China pudesse afetar a oferta. Desde então os preços recuaram 4%.
Os traders permanecem atentos à situação da oferta global porque áreas importantes da América do Sul precisam de chuva. A previsão é de um clima principalmente seco e cada vez mais quente para a Argentina no final de semana e no início da próxima semana, disse Mike Tannura, meteorologista da T-Storm Weather.
A Argentina é o terceiro maior exportador de soja do mundo, depois de Brasil e EUA. Segundo analistas, a forte demanda da China tem elevado a importância de uma ampla safra global.
O contrato janeiro do farelo subiu US$ 7,80, ou 2,29%, para fechar cotado a US$ 348,50 por tonelada. O janeiro do óleo ganhou 161 pontos, ou 3,16%, para 52,61 centavos por libra-peso.

MILHO: CHICAGO FECHA EM ALTA DE 4,1% COM INFLUÊNCIA DO TRIGO
A forte valorização do trigo no mercado americano impulsionou os preços futuros do milho negociado. A depreciação do dólar frente a uma cesta de moedas e preocupações com a safra da Argentina permitiram o movimento. Os contratos de milho com vencimento em março, os mais movimentados, dispararam 22,25 cents/lb ou 4,09% e fecharam a US$ 5,6625/bushel.
A previsão de clima seco na Argentina também deu suporte ao milho. Analistas disseram que a safra de 2010 dos Estados Unidos foi decepcionante e é esperado um aperto na oferta global em 2011, pois o mundo não receberá bem uma eventual quebra na safra argentina.
Tecnicamente, o mercado rompeu médias móveis importantes, inclusive a de 50 dias, o que poderá inspirar mais compras na quinta-feira, de acordo com analistas. Embora muitos digam que o mercado ainda tenha potencial de valorização, por causa da projeção de restrição na oferta, outros ponderam que a demanda para exportação desacelerou com preços acima dos US$ 5,50/bushel.

TRIGO/EUA DISPARA 7,2% COM QUEDA DO DÓLAR E CLIMA DESFAVORÁVEL
As cotações do trigo dispararam nesta quarta-feira, impulsionadas por fortes chuvas em áreas de produção da Austrália e pela seca nas Planícies, que alimentaram preocupações com a oferta. E a fraqueza do dólar deu suporte à maioria das commodities, desde o petróleo até os grãos.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março fecharam com valorização de 49,50 cents ou 7,17%, cotados a US$ 7,40/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 50,50 cents ou 6,77% e encerrou o dia a US$ 7,96/bushel.
Produtores de trigo no Leste da Austrália, tradicionalmente um importante país exportador, estão encontrando "a safra dos infernos" por causa do excesso de chuvas que impede a colheita, de acordo com Keith Perrett, presidente da Australia's Grains Research & Development Corp. A umidade piorou a qualidade de parte do trigo atingido, tornando-o inviável para produção de farinha. Isso restringe a oferta global de grãos de alta proteína usados no consumo humano. "Embora a oferta global de trigo pareça OK, quando você fala em moagem de boa qualidade e especialmente de trigo com alto valor proteico, a oferta é realmente pequena", comentou o presidente da consultoria The Money Farm, Mike Krueger.
Importadores provavelmente serão forçados a aumentar as compras dos Estados Unidos para garantir trigo de alta qualidade, segundo analistas.
O Egito importou 220 mil toneladas de trigo duro de inverno dos Estados Unidos nesta quarta-feira. Foi a segunda licitação consecutiva em que o Egito comprou exclusivamente dos Estados Unidos, sinalizando que outros países estão ficando com pouca oferta exportável, de acordo com Krueger.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ARGENTINA: GOVERNO LIBERA EXPORTAÇÃO DE 5 MILHÕES DE TONELADAS

O governo da Argentina autorizou a exportação de 5 milhões de toneladas de milho da safra 2010/11, a serem embarcadas a partir de 15/2, informa a Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (Oncca). A autorização ocorre após acordo entre governo e exportadores, que garante 8 milhões de tons para o abastecimento interno. O Ministério de Agricultura estima que a safra de milho, em fase final de plantio, atingirá o recorde de 26 milhões de toneladas. A Argentina é o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás dos Estados Unidos."O Estado entende que, com o abastecimento interno do cereal garantido, é possível manter a abertura permanente dos registros de exportação", diz a Oncca. Apesar da disposição oficial de não restringir as vendas externas, o saldo exportável estimado em 18 milhões de tons pode não se confirmar. De acordo com o especialista em clima Germán Heizenknecht, da consultoria de Climatologia Aplicada, as lavouras do cereal estão em boas condições, mas entrarão em período crítico de desenvolvimento, que requer chuvas regulares. "Se não chover nesta primeira quinzena do mês a produção de regiões como Entre Rios e do centro de Santa Fe vai sofrer um corte", afirmou. Heizenknecht disse que ainda é cedo para estimar redução.
A Argentina pretende exportar milho para novos mercados, entre eles Rússia e China. Segundo anúncio do secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da Argentina, Luis Maria Kreckler, na última sexta-feira, o governo russo sinalizou intenção de comprar 3 milhões de t a partir de janeiro. A demanda da China seria de aproximadamente 5 milhões de tons, conforme estimativas de analistas do mercado. Em missão comercial a Pequim, o ministro de Agricultura, Julian Domínguez, detalhou que negocia um acordo fitossanitário com a China, para permitir a importação de milho geneticamente modificado.

EXPORTAÇÃO DO COMPLEXO SOJA SOBE 59,4%.

A receita total das exportações brasileiras do complexo soja (grão, farelo e óleo bruto) atingiu US$ 678 milhões em novembro, queda ante os US$ 974,1 milhões registrados no mês anterior mas alta de 59,4% em relação aos US$ 425,3 milhões gerados no mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As exportações de soja em grão totalizaram 301,3 mil toneladas em novembro, queda de 70,3% em relação a outubro, quando foram embarcadas 1,013 milhão de toneladas. O volume embarcado ficou 62,1% acima das 185,8 mil toneladas registradas no mesmo mês de 2009.
O faturamento com as vendas externas em novembro totalizou US$ 139,5 milhões, ante US$ 430,5 milhões em outubro e US$ 84,1 milhões em novembro do ano passado. O preço médio da tonelada de soja embarcada em novembro foi de US$ 463,2, contra US$ 424,9 no mês anterior e US$ 452,8 em novembro de 2009.
A comercialização da safra 2009/10 de soja do Brasil está praticamente terminada, e os produtores agora finalizam o plantio do novo ciclo.
Os embarques de farelo em novembro foram de 1,056 milhão de toneladas, redução de 13,8% em relação às 1,225 milhão de toneladas em outubro, mas alta de 41,8% se comparado às 745 mil toneladas em novembro de 2009. A receita com as vendas externas em novembro chegaram a US$ 417,7 milhões, contra US$ 457,9 milhões no mês anterior e US$ 304,8 milhões no mesmo período do ano passado. O preço médio do produto foi de US$ 395,3 por tonelada, ante US$ 373,7 em outubro e US$ 409,1 em novembro de 2009.
Quanto ao óleo de soja bruto, as exportações atingiram 121,1 mil toneladas em novembro, contra 96,4 mil no mês anterior e 44,8 mil no mesmo período do ano passado. A receita ficou em US$ 120,8 milhões, alta em relação a outubro, quando atingiu US$ 85,7 milhões, e ante novembro de 2009, quando foi de US$ 36,4 milhões. O preço médio do óleo vendido ao mercado internacional foi de US$ 996,8 por tonelada em novembro, contra US$ 889,3 no mês anterior e US$ 813,2 em novembro do ano passado.

ARGENTINA: LA NIñA PREOCUPA PRODUTORES DE GRÃOS.

Agricultores da Argentina estão ansiosos por causa da expectativa de clima seco durante as próximas duas semanas, resultado do fenômeno climático La Niña. Mas o volume estável de chuvas durante o período de preparação para o plantio permitiu um bom começo para as safras, segundo informou hoje a Bolsa de Cereais do Buenos Aires em relatório.
O fenômeno La Niña envolve uma queda das temperaturas na costa do Pacífico da América do Sul e, em geral, deixa o clima seco no Sul do continente e provoca chuvas no Norte. Embora a influência na Argentina tenha chegado alguns meses mais tarde do que o normal, nesta temporada o La Niña "é um dos mais intensos nas últimas décadas", de acordo com o climatologista Eduardo Sierra.
O clima seco foi fator importante para a elevação dos preços internacionais dos grãos nas últimas semanas, na medida em que os traders especularam que a safra Argentina deve ficar abaixo do recorde esperado inicialmente. Além disso, há preocupações com as condições no Sul do Brasil. A Argentina está em segundo lugar na exportação mundial de milho e em terceiro na de soja. Lidera as vendas externas de farelo e óleo de soja.
O Ministério da Agricultura do país espera que a produção de grãos 2010/11 supere 103 milhões de toneladas, mais do que o recorde anterior de 93 milhões de toneladas, registrado um ano antes. O governo espera que a produção de soja some 52 milhões de toneladas, a maior safra da Argentina e perto do recorde do ano passado. Além disso, o Ministério prevê que a produção de milho atinja um recorde de 26 milhões de toneladas, mais do que as 22,5 milhões de toneladas do ano passado, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Mas, de acordo com a bolsa de Buenos Aires, o La Niña chegará com toda a força no importante mês de dezembro, derrubando os níveis de chuva para abaixo da média. Muitos produtores podem migrar para o cultivo da soja de fim de temporada, que geralmente tem rendimento menor. Cerca de três quartos do plantio de milho foi concluído e os campos semeados começam a entrar num período em que as chuvas são necessárias.
O volume de chuva abaixo da média deve continuar até janeiro, enquanto fevereiro terá um retorno gradual, talvez instável, para os padrões de umidade normais, de acordo com a bolsa. Embora a expectativa seja de que as safras deste ano se mantenham relativamente bem, há sinais de que o La Niña pode se estender durante a maior parte de 2011, o que seria um sério problema na próxima temporada. Produtores encontrariam o solo seco justo na época de plantio, o que poderia causar uma repetição do ciclo 2007/08, quando a seca afetou a produção.

CHICAGO/MILHO : VALORIZAÇÃO DE 3,5% POR CAUSA DO CLIMA

Os preços futuros do milho estão subindo com força nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em março subiam 19,0 cents ou 3,49%, para US$ 5,63/bushel. Traders também estão preocupados com a safra de milho da Argentina, pois o clima seco e a fraqueza do dólar dão suporte.

TRIGO/EUA OPERA EM ALTA 6,3%.

Os preços futuros do trigo estão disparando hoje no mercado americano. Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março saltavam 43,75 cents ou 6,34%, negociados a US$ 7,3425/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançava 44,50 cents ou 5,97%, para US$ 7,90/bushel.
A chuva afetou a qualidade da safra da Austrália e o Egito comprou 220 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos. A umidade está atrasando a colheita do trigo australiano, reduzindo sua qualidade. Segundo a corretora North America Risk Management Services, "isso aumenta as questões sobre a qualidade do trigo no mundo, depois que o Canadá sofreu problemas semelhantes". A Austrália e o Canadá são tipicamente grandes exportadores.

SOJA/CHICAGO-PREOCUPAÇÃO COM CLIMA ELEVA 2,7%

Preocupações com o clima puxaram as cotações do complexo na Bolsa de Chicago. Os contratos de soja com vencimento em janeiro, os mais movimentados, tem valorização de 35,0 cents ou 2,70%  cotados a US$ 12,780/bushel.
Produtores de soja da Argentina encontram algumas dificuldades com o clima seco na época de plantio. O óleo de soja lidera os ganhos, pois chuvas atrasam a colheita de palma na Malásia, o que afeta a produção de óleo, segundo traders.

SOJA/CHINA FECHA COM GANHOS INFLUENCIADA POR ÓLEO DE PALMA

Os futuros da soja terminaram com valorização na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados pelo forte rali do óleo de palma. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com alta de 18 yuans, ou 0,4%, cotado a 4.314 yuans por tonelada. O número de contratos abertos caiu 902 lotes, para 248.152 lotes, registrando o sexto declínio consecutivo. Contudo, a redução foi menor comparada às quedas de mais de 10 mil lotes nas últimas cinco sessões.
O contrato setembro do óleo de palma encerrou com ganho de 2,1%, a 8.920 yuans por tonelada, estimulado por bons fundamentos. De acordo com a inspetora de cargas SGS, as exportações da Malásia em novembro subiram 19% ante outubro, para 1,57 milhão de toneladas, ligeiramente acima das expectativas do mercado, de 1,5 milhão a 1,56 milhão de toneladas. A Intertek Agri Services projetou os embarques em 1,51 milhão de toneladas. Fortes chuvas na Indonésia e na Malásia devem desacelerar a produção dos dois países, segundo participantes do mercado.
Analista afirma que o sentimento parece estar melhorando, conforme cada vez mais investidores pensam que as medidas de aperto monetário recentemente adotadas pelo governo chinês já foram digeridas pelo mercado. Embora isso tenha ajudado os futuros de Dalian a mostrarem sinais de recuperação nos dois últimos pregões, os investidores continuam preocupados com a crise de dívida da zona do euro e a possibilidade de Pequim ainda introduzir mais medidas para conter a inflação.
No entanto, a forte demanda por soja na China e temores sobre o impacto de um clima seco na América do Sul sustentarão os preços.

ATIVIDADE INDUSTRIAL ACELERA E PREÇO DOS INSUMOS SOBE
A atividade industrial da China se expandiu em novembro num ritmo mais acelerado do que em outubro e os preços dos insumos tiveram forte aumento, de acordo com dois indicadores concorrentes divulgados nesta quarta-feira. Os números intensificam a preocupação de que possíveis medidas de aperto monetário sejam necessárias para amenizar a alta da inflação.
O Índice dos Gerentes de Compra da China aumentou para 55,2 em novembro, de 54,7 em outubro, informou a Federação de Logística e Compra da China que emite o indicador juntamente com o Escritório Nacional de Estatísticas. Esse foi o nível mais alto do índice desde abril.
Outro medidor da atividade industrial nacional, o Índice dos Gerentes de Compras Industriais do HSBC China, subiu para 55,3 em novembro, de 54,8 em outubro, disse o HSBC Holdings. A leitura foi a maior desde março. "Isso fornece mais evidências de que as pressões inflacionárias são desconfortavelmente vigorosas e reforçará a argumentação em defesa de nova e mais urgente normalização da política monetária para manter a inflação sob controle", disse o economista Brian Jackson, do Royal Bank of Canada. Os consultados pela pesquisa do HSBC relataram falta de matérias-primas e gargalos nos canais de fornecimento, o que pode indicar mais pressões inflacionárias no curto prazo, acrescentou Jackson.
Uma leitura do PMI acima de 50 indica expansão da atividade industrial, ao passo que a leitura abaixo desse nível sinaliza contração. No PMI da Federação de Logística e Compra, o subíndice de preços dos insumos aumentou para 73,5, de 65,9 em outubro, mostrando que as pressões inflacionárias continuam a aumentar. O HSBC não informa o detalhamento de seus subíndices, mas disse num comunicado que tanto os preços dos insumos como os da produção subiram a "taxas substanciais e aceleradas". O índice de preços da produção, em particular, indicou "uma taxa substancial de inflação que foi a mais acelerada desde o início da série, em 2004".
O economista-chefe do HSBC para a China, Hongbin Qu, afirmou esperar que Pequim "aumente seus esforços de aperto quantitativo", referindo-se aos limites governamentais sobre os empréstimos bancários e à elevação do depósito compulsório. Ele previu que a China aumentará as taxas de juros de referência em mais 0,25 ponto porcentual "nos próximos meses".
Pequim adotou uma série de medidas de contenção depois que a inflação ao consumidor atingiu 4,4% ao ano em outubro, o maior índice em dois anos. No mesmo mês, o banco central elevou as taxas de juros pela primeira vez em quase três anos e em novembro aumentou duas vezes o depósito compulsório dos bancos. O governo chinês adotou também uma série de medidas administrativas para controlar os preços de itens básicos, como produtos alimentícios.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

GRÃOS/PARANÁ: PLANTIO DE SOJA ATINGE 98%, MILHO 99%.

O plantio de soja no Paraná atingiu 98% da área prevista até ontem, um avanço na semana de 3%, de acordo com o acompanhamento de safra do Departamento de Economia Rural do Estado (Deral).
O Deral estima uma área total destinada ao plantio de 4,5 milhões de hectares, com uma produção prevista na safra 2010/11 de 13,7 milhões de toneladas. A comercialização antecipada ficou estável em 5% da produção.
Do total já semeado, 97% das lavouras estão em boas condições, contra 96% na semana anterior. Apesar disso, a preocupação dos produtores continua sendo a possibilidade de uma estiagem devido ao fenômeno climático La Niña, que pode afetar a qualidade da produção e consequentemente mexer com o mercado. No Paraná, os produtores costumam comercializar antecipadamente uma média de 20 por cento da safra futura, deixando o restante para a época da colheita.
Milho - O plantio de milho 2010/11 avançou um ponto percentual na semana no Paraná, e atingiu 99% da área prevista em 734,9 mil hectares. O Deral estima uma produção do cereal em 5,3 milhões de toneladas. Em relação à qualidade, 93% da safra está em boas condições, e as vendas antecipadas mantiveram-se em 1%.
Trigo - A colheita da safra 2010 de trigo chegou a 99% da área, um ganho de dois pontos percentuais na comparação semanal, com 62% das lavouras em boas condições e 33% em condições médias. A comercialização continua estagnada em 25% da safra.

SOJA/CHINA TEM LEVE ALTA APÓS 3 SEMANAS DE CORREÇÃO

Os futuros da soja terminaram com leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, após um movimento de correção de três semanas em resposta às rigorosas medidas do governo chinês para combater a inflação.
O contrato setembro, o mais negociado, encerrou com valorização de 4 yuans, cotado a 4.296 yuans por tonelada, 10% abaixo do recorde estabelecido em 10 de novembro, de 4.778 yuans por tonelada. O número de contratos abertos caiu 13.470 lotes, para 249.054 lotes, registrando o quinto declínio consecutivo.
Os mercados acionários da China fecharam em baixa pela terceira sessão seguida hoje, atingindo o menor nível em sete semanas diante de preocupações com mais medidas de aperto monetário, como um novo aumento da taxa de juro. Os futuros agrícolas testemunharam uma queda acentuada nas últimas três semanas e agora estão se estabilizando.
Contudo, as cotações da oleaginosa não devem avançar mais, já que os preços dos produtos agrícolas são o foco do governo para controlar a inflação, acrescentou um analista de grãos. A demanda no mercado físico é fraca, apesar da chegada do pico da temporada de consumo, com algumas processadoras interrompendo a produção por causa dos preços altos e da perspectiva incerta, segundo a analista.
Estimativa de suporte de preço em torno de 4.100 yuans por tonelada, levando em consideração o preço de compra recomendado pelo governo, de 3.800 yuans por tonelada, e outros custos, incluindo transporte.

PUNIÇÃO SEVERA NAS ATIVIDADES ESPECULATIVAS COM PREÇOS
A China prometeu punir mais severamente atividades especulativas, como manipulação de preços, para estabilizar a inflação ao consumidor. Esse é o mais recente sinal das preocupações oficiais com o aumento da inflação, que ameaça o crescimento econômico e a estabilidade social do país.
Em um comunicado, o Conselho Estatal, gabinete de governo da China, afirmou que vai revisar as regulamentações do governo e aumentar as penalidades para várias formas de especulação de preços. No entanto, o comunicado não forneceu maiores detalhes.
As emendas provavelmente terão como objetivo reforçar uma série de medidas administrativas implementadas no começo deste mês para controlar artificialmente os preços dos produtos de necessidade diária. Recentemente Pequim adotou meios mais convencionais de controle da inflação, como aumento nas taxas de juros básicas e aperto no crédito bancário. No entanto, em outubro a inflação chinesa atingiu a máxima em 25 meses de 4,4%.
Separadamente, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a mais alta agência de planejamento econômico da China, pediu preços estáveis nos mercados, mas disse que controles de preços devem ser temporários, podem não ser aplicados nacionalmente e têm efeitos limitados sobre as operações das empresas.

JAPÃO SACRIFICA AVES PARA CONTER GRIPE AVIÁRIA

FAZENDA COM 20 MIL AVES IDENTIFICA SUSPEITA DE GRIPE AVIÁRIA
O governo da Província japonesa de Shimane informou nesta segunda-feira que há suspeitas de casos de gripe aviária em uma fazenda com cerca de 20 mil aves na cidade de Yasugi - de acordo com a agência de notícias Kyodo News.
Cinco frangos foram encontrados mortos na manhã de ontem e testes preliminares indicaram gripe aviária. Os animais podem ter sido infectados pelo vírus H5 da gripe aviária, altamente transmissível.
O governo do país realizou em Tóquio a primeira reunião para discutir os casos. O ministro de Agricultura, Florestas e Pesca, Michihiko Kano, prometeu responder rapidamente a qualquer desenvolvimento da doença, juntamente com governo da Província de Shimane.

O Japão começou hoje a sacrificar cerca de 23 mil frangos em uma granja na província de Shimane, onde casos de gripe aviária foram descobertos, informou o governo local. Cinco animais foram encontrados mortos ontem e testes preliminares confirmaram a infecção pelo vírus H5 da gripe aviária, disseram autoridades locais.
Em um esforço para impedir a proliferação da doença, o governo decidiu sacrificar todos os frangos da granja, além de criar nove postos de desinfecção e banir qualquer trânsito de aves dentro de 10 quilômetros.

CHICAGO/SOJA FECHA EM QUEDA PRESSIONADO PELO FORTALECIMENTO DO DÓLAR

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago recuaram ontem pressionados pelas vendas provocadas pelo fortalecimento do dólar. O contrato janeiro, de maior liquidez, recuou 3,50 centavos para fechar cotado a US$ 12,35 por bushel. Durante o dia, entretanto, o mercado chegou a operar em alta e na abertura do pregão a oleaginosa atingiu US$ 12,4850.
O rali do dólar devido às preocupações com a saúde econômica da Europa e a fraqueza do mercado acionário induziram traders a reduzir o risco devido às incertezas no mercado global. O mercado sofreu influência ainda da falta de confirmação de rumores de que a China comprou soja norte-americana.
"Rumores de que a China comprou três a cinco carregamentos de soja dos EUA deram suporte durante a noite, deixando os traders em busca de confirmação", disse Brian Hoops, presidente da consultoria Midwest Market Solutions.
A demanda da China, principal comprador mundial de soja, impulsionou a soja para a máxima de 26 meses neste mês devido às preocupações de que a forte demanda do país asiático estaria afetando a oferta global.
Ainda há preocupações no mercado com o tempo seco na Argentina, ainda que um certo volume de chuvas no oeste do país deva beneficiar as condições da safra.
O contrato janeiro do óleo de soja caiu 3 pontos e fechou a 50,22 centavos por libra-peso. O janeiro do farelo recuou 50 centavos, para US$ 338,60 por tonelada.

MILHO FECHA ESTÁVEL SEM NOVIDADES NOS FUNDAMENTOS
Os preços futuros de milho encerraram o dia praticamente estáveis depois de oscilar sem orientação dos fundamentos. Posição mais líquida, o vencimento março avançou 0,25 cent ou 0,05% e terminou a US$ 5,5325/bushel."Sem algumas notícias sobre fundamentos para direcionar os preços e com incertezas fora do mercado, muitos traders reduziram sua exposição ao risco e ficaram nos bastidores", disse o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache.
A influência da dívida da União Europeia, o conflito entre as Coreias e a dúvida sobre se o Congresso dos Estados Unidos vai se comprometer com as questões relacionadas ao etanol são fatores que podem esconder os fundamentos do mercado, segundo o analista.
O que deu algum suporte às cotações é a previsão de que a Rússia compre até 3 milhões de toneladas de milho da Argentina no ano que vem, para compensar as perdas em sua safra de grãos, assolada pela seca.
A Argentina é o segundo maior produtor mundial de milho, depois dos Estados Unidos. Além disso, os argentinos vêm discutindo exportar para a China. Traders estão preocupados com que a forte demanda global possa drenar a oferta de milho, especialmente depois que a colheita dos Estados Unidos ficou abaixo das expectativas.
Enquanto isso, espera-se que as notificações de entrega relativas ao contrato dezembro da CBOT sejam moderadas nesta terça feira (primeiro dia de notificação), diante dos sinais de aperto na oferta. Analistas esperam que as notificações de entrega somem de 400 a 900 lotes. A maioria prevê algo entre 500 e 800 lotes.

TRIGO FECHA EM ALTA COM CLIMA ADVERSO NOS EUA E NA AUSTRÁLIA
Os preços futuros do trigo subiram nesta segunda-feira, com previsões de clima desfavorável em algumas regiões produtoras do mundo, aumentando preocupações com eventuais problemas no abastecimento durante o ano que vem.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março subiram 3,25 cents e fecharam cotados a US$ 6,9050/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 5,75 cents e encerrou o dia a US$ 7,4250/bushel.
O clima seco as Planícies do Oeste dos Estados Unidos e o excesso de chuvas no Leste da Austrália estão ameaçando a produção e a qualidade da safra global. Meteorologistas disseram que deve faltar chuva nas Planícies, enquanto há umidade demais na Austrália.
Consumidores finais estão ansiosos com possíveis problemas na oferta, depois que os preços alcançaram máximas em dois anos em agosto, quando a Rússia suspendeu as exportações de grãos por causa da estiagem. Os preços já recuaram cerca de 23% desde então.
O especialista em desenvolvimento de negócios da Bolsa de Grãos de Minneapolis, Joe Victor, comentou que "o Leste da Austrália é uma bagunça quando recebe chuva demais".
Importadores devem se voltar aos Estados Unidos por causa dos problemas de qualidade do trigo australiano, de acordo com a empresa de pesquisas agrícolas AgResource Company. A Austrália tem sido um dos cinco maiores exportadores de trigo no Mundi.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CÉLERES/SOJA: PLANTIO DA SAFRA 2010/11 ATINGE 85% DA ÁREA PREVISTA

O plantio da safra 2010/11 de soja do Brasil entrou na reta final e atingiu 85% da área prevista até sexta-feira (26), contra 75% na semana anterior e 82% no mesmo período da safra passada, de acordo com levantamento da consultoria Céleres divulgado hoje.
A consultoria estima para 2010/11 um plantio no país de 23,616 milhões de hectares, incremento de 1,2% em relação ao ciclo 2009/10, com uma produção de 69,096 milhões de toneladas de soja. "Mesmo com os problemas de escassez de chuvas observados no início dos trabalhos de cultivo da soja no país (...) o ritmo nacional de plantio recuperou o atraso, registrando valores acima da média registrada nas últimas cinco safras (83%)", informou a Céleres no comunicado.
Entretanto, em Mato Grosso cerca de 96% dos 6,15 milhões de hectares previstos foram semeados, contra 100% na mesma época do ano passado, destacou a Céleres."O que mais preocupa os produtores do maior estado produtor de soja no Brasil é o contexto de chuvas ainda abaixo da média normal", diz o comunicado.
Comercialização - Já a comercialização da nova safra avançou apenas um ponto percentual na comparação semanal. Até sexta-feira, 32% da produção tinha sido comprometida, contra 20% no mesmo período do ano anterior. Em relação à safra 2009/10, a estimativa é que 98% da produção já tenha sido vendida, em linha com o mesmo período do ano passado.
Os preços da saca de soja no mercado interno disponível terminaram a semana passada com ganho de 1,1%. Para os diferenciais de exportação, segundo a Céleres até o dia 26 houve prêmio de US$ 0,80 por bushel para venda em março de 2011 e de US$ 0,45 para maio. "A demanda (global) deve permanecer firme com os preços da soja ainda apresentando forte volatilidade nas próximas semanas, o que dá ao produtor rural brasileiro o privilégio de esperar por preços ainda mais atrativos do que os atuais", disse a Céleres.
Hoje, o contrato março da soja, de maior liquidez, recuou 3,50 centavos, para fechar cotado a US$ 12,4350 por bushel, pressionado pela alta do dólar.

SOJA/MT: SUSPEITA DE OCORRÊNCIA DE SOJA LOUCA.

As primeiras ocorrências de soja louca II foram registradas nesta semana nos município de Vera e Cláudia, no norte de Mato Grosso. Segundo o gerente técnico da Associação dos Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Luiz Nery Ribas, os sintomas indicam a presença da doença, mas por enquanto os casos ainda estão sendo tratados como suspeitas. A confirmação será feita por meio do material que foi recolhido em campo e enviado para análise pelo pesquisador Maurício Méier, da Embrapa Soja, que coordena as pesquisas sobre a doença.
Nery Ribas afirma que, apesar de muitos produtores do norte de Mato Grosso terem registrados prejuízos por causa da doença, ainda não existe um levantamento sobre o impacto das perdas provocadas pela soja louca II. Existem relatos que na safra passada em Sorriso houve perda de 15% numa área cultivada de 1,2 mil hectares.
A doença vem sendo tratada como uma anomalia, cuja causa ainda é desconhecida. No caso da presença da doença, a planta não amadurece e registra alto índice de abortamento de flores e vagens. Em anos anteriores, foram registradas ocorrências no final do clico de desenvolvimento da soja, mas nesta safra surpreendeu e veio mais cedo, apesar do atraso no plantio da soja.

CLIMA/SOMAR: DEZEMBRO VAI COMEÇAR COM PADRÃO DE CHUVA TÍPICO DE VERÃO

A primeira quinzena de dezembro deve manter o padrão de frentes frias com atuação sobre o Sudeste. Associadas com a umidade da Amazônia, essas frentes frias devem causam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste, que passam também a registrar chuvas isoladas no período da tarde em virtude do aquecimento local, conhecidas como chuvas de verão, e que são importantes para manter um bom padrão de umidade do solo. A partir da segunda quinzena de dezembro, a previsão é de que as frentes frias atuem um pouco mais ao norte, beneficiando também as lavouras da Bahia, Maranhão e do Piauí. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
As condições climáticas no Sul do País não mudam muito em relação ao observado nas últimas semanas. A previsão é de pouca chuva nas próximas duas semanas, informa a Somar. A situação é melhor para o Paraná que nesta semana deve ter a ocorrência de precipitações, principalmente no fim de semana, quando algumas áreas de instabilidades também devem provocar algumas chuvas em Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. "O sul do Rio Grande do Sul, no entanto, deve ter agravada a situação da estiagem observada desde outubro", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Novembro
O mês de novembro chega ao fim com um padrão de chuvas típico das condições de verão, ou seja, frentes frias sobre o Sudeste associadas com a umidade (convecção) da Amazônia. Conforme a Somar, em novembro também já se observou os efeitos do fenômeno La Niña, com uma redução das águas sobre o Sul, que fecha o mês com déficit no interior dos três Estados e também em São Paulo, Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de Mato Grosso.
Segundo a Somar, os volume ficaram acima da média em novembro no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, grande parte de Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso e sobre partes da Região Norte.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas da primeira quinzena de novembro e mostram uma recuperação da umidade nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Mesmo que ainda insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens.
Argentina
A Somar informa que o mês de novembro foi de chuvas irregulares e mal distribuídas sobre território argentino. Enquanto algumas regiões tiveram acumulado de água variando entre 100 e 150 mm, em outras o total foi de apenas 20 a 50 mm. "As chuvas ficaram acima da média apenas no leste da Província de Buenos Aires e no centro-norte", informa Etchichury. A tendência é que essas condições não mudem muito na primeira quinzena do mês de dezembro, significando que, no geral, as principais regiões produtoras da Argentina devem continuar com pouca água.
Segundo a meteorologia, o mês de novembro, com deficiência de chuvas e ainda com algumas ondas de temperaturas baixas, configura um quadro La Niña, o que, sem dúvida, representa um quadro de risco para as lavouras de verão da Argentina, já com problemas no período de plantio. Como o La Niña deve continuar pelo menos até meados de 2011, isso pode representar um verão com menos água e alguns períodos de estiagem, o pode contribuir para uma redução no potencial de produção.

ÓLEO DE PALMA/MALÁSIA FECHA EM ALTA ESTIMULADO POR DEMANDA E CLIMA

Os futuros do óleo de palma cru terminaram com ganhos na Bolsa de Derivativos da Malásia, conforme problemas climáticos interromperam as atividades de colheita nas principais regiões de cultivo de óleo de palma. Melhores perspectivas de demanda também impulsionaram os preços nesta segunda-feira.
Traders e analistas disseram que a produção do país em novembro pode cair de 6% a 10% na comparação com 1,64 milhão de toneladas em outubro. O contrato fevereiro, o mais negociado, fechou com alta de 107 ringgits, ou 3,3%, cotado a 3.381 ringgits por tonelada, após ter alcançado 3.390 ringgits por tonelada, maior patamar em mais de uma semana (3,15 ringgits = US$ 1).
O resgate de US$ 113 bilhões concedido à Irlanda afetou positivamente o sentimento dos investidores. "A maioria dos mercados de commodities está subindo por causa das notícias sobre o resgate à Irlanda e da fraqueza do dólar", disse um executivo de Cingapura. "Os ganhos do óleo de soja e do petróleo também puxaram os preços do óleo de palma para cima."
Uma autoridade do Conselho de Óleo de Palma da Malásia informou que a produção anual pode atingir somente 17,3 milhões de toneladas, registrando o segundo ano consecutivo de crescimento zero. Um clima persistentemente ruim neste ano afetou a produtividade das safras.
Desde março, o Conselho de Óleo de Palma da Malásia vem reduzindo as estimativas da produção em 2010, que passaram de 18,1 milhões de toneladas para 17,3 milhões de toneladas. Isso confirma a previsão do analista de óleos vegetais Dorab Mistry. Ele projeta a produção da Malásia em 17,2 milhões de toneladas, abaixo das 17,6 milhões de toneladas apuradas no ano passado.
Os preços do óleo de palma podem estender o rali na terça-feira, seguindo rumo ao nível de 3.410 a 3.450 ringgits por tonelada, à medida que a demanda por exportações em novembro provavelmente alcançou entre 1,5 milhão e 1,56 milhão de toneladas, disse um executivo de uma corretora de Kuala Lumpur. As inspetoras de cargas Intertek Agri Services e SGS devem divulgar os números deste mês amanhã (dia 30).
O número de contratos abertos foi de 79.239 lotes, ante 79.077 lotes na sexta-feira. Ao todo, 18.360 lotes foram negociados hoje, acima de 12.214 lotes no último pregão. Um lote equivale a 25 toneladas.

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA COM EXPECTATIVA DE NOVO APERTO MONETÁRIO

Os futuros da soja terminaram com baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados pelo aumento das margens de negociação da oleaginosa e seus derivados em meio a expectativas de que o governo chinês adotará mais medidas de aperto monetário, possivelmente incluindo uma nova elevação da taxa de juro. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com desvalorização de 0,9%, cotado a 4.292 yuans por tonelada (6,67 yuans = US$ 1).
O aumento das margens de negociação e planos de vender 300 mil toneladas das reservas nacionais, anunciados na sexta-feira pelo governo, ajudaram a conter a atividade especulativa no mercado, pressionando as cotações da soja e do farelo, disse Zhao Yan, analista da Everbright Futures Co.
Nesta segunda-feira, o número de contratos abertos diminuiu 27.430 lotes, registrando o quarto declínio consecutivo. "Investidores estão preocupados com mais medidas, tais como a alta da taxa de juro", afirmou ela. O banco central deve elevar a taxa básica de juro novamente neste ano para frear os preços, explicou a analista.
Em 20 de outubro, o Banco do Povo da China aumentou a taxa de juro pela primeira vez em quase três anos, em uma tentativa de combater a inflação e absorver o excesso de liquidez do mercado. A taxa de depósito em yuan para um ano agora é de 2,5%, abaixo da taxa oficial de inflação no período de janeiro a outubro, de 3%.
Contudo, os preços da soja não devem cair substancialmente por causa de fatores positivos, incluindo a forte demanda, o preço de compra recomendado pelo governo e o clima seco na América do Sul.
Zhao estimou suporte em torno de 4,200 yuans por tonelada, levando em consideração o nível sugerido pelo governo de 3.800 yuans por tonelada e os custos de transporte.

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