sexta-feira, 13 de agosto de 2010

MILHO FECHA COM GANHOS NA EXPECTATIVA DE MAIOR DEMANDA GLOBAL.

A possibilidade de que a demanda global por milho dos Estados Unidos seja maior impulsionou as cotações da commodity nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago. Posição de maior liquidez, os contratos com vencimento em dezembro subiram 5,50 cents ou 1,30% e fecharam cotados a US$ 4,2725/bushel. A ideia foi despertada pela provável queda da oferta global de outros cereais, especialmente trigo. "As pessoas estão começando a perceber que as exportações de milho dos Estados Unidos podem exceder a estimativa do Departamento de Agricultura (USDA), divulgadas na quinta-feira", afirmou o analista Terry Reilly, do Citigroup. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 10 mil lotes hoje, na CBOT. Reilly comentou que os mercados internacionais de ração terão menos oferta de trigo e cevada, por causa da quebra nas safras de Rússia e Europa diante da rigorosa seca. Isso tornará o milho atrativo para importadores, como uma alternativa mais barata para alimentação animal. Os preços do milho saltaram ontem, depois que o USDA elevou sua estimativa de exportação no ano-safra 2010/11 em 100 milhões de bushels, ou 5%, ante a previsão de julho, para 2,05 bilhões de bushels. Analistas preveem redução de 4,5 milhões de toneladas na produção de trigo e cevada da Rússia e da Europa.
Enquanto isso, a grande questão sem resposta no mercado é se a China será um importador líquido de milho neste ano. Na última década, os chineses têm sido autossuficientes na cobertura das necessidades domésticas, mas problemas na safra, como enchentes, aumentaram o potencial das importações.
Reilly alertou que a China não é importador líquido de milho desde 1995/96, mas se realmente importar, os preços futuros podem alcançar US$ 5/bushel.

TRIGO CAI COM REALIZAÇÃO DE LUCROS.
Participantes do mercado de trigo realizaram lucros e pressionaram as cotações no mercado americano. Ontem, a expectativa de uma menor oferta global havia impulsionado os preços futuros. Na Bolsa de Chicago os contratos mais movimentados, para entrega em dezembro, fecharam com desvalorização de 9,50 cents ou 1,28%, cotado a US$ 7,3425/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 2,0 cents ou 0,27% e terminou a US$ 7,38/bushel.
Traders disseram que o recuo dos preços de hoje não deve ser encarado como um sinal de que os participantes não estão mais preocupados com os danos causados pelo calor e pela seca em lavouras do Hemisfério Norte, especialmente em países da antiga União Soviética.
"Eu não tenho certeza de que o mercado já concluiu (o rali)", disse o analista Mike Krueger, presidente da consultoria agrícola The Money Farm. "Acho que o problema na Rússia e nos arredores ainda é pior do que as pessoas pensam." Os preços recuaram depois de alcançar seu maior nível em quase dois anos, na semana passada, quando a Rússia anunciou a suspensão das exportações de grãos até o fim do ano. Krueger declarou que o trigo pode testar novamente as máximas recentes se mais países oficialmente proibirem as exportações, ou se o clima continuar seco. "As pessoas estão discutindo a chance de haver chuvas", disse.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Viktor Zubkov, afirmou nesta sexta-feira que a área plantada com grãos de inverno no país pode cair em mais de um terço na comparação com o ano passado, para 12 milhões de hectares, por causa da seca. Ele afirmou que os produtores tentarão compensar o declínio plantando mais na primavera.Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 7 mil contratos na CBOT. O volume de negócios foi mais baixo nas últimas sessões.

SOJA FECHA FIRME COM PERSPECTIVA DE FORTE DEMANDA GLOBAL.

A perspectiva positiva para as exportações norte-americanas de soja, diante da firme demanda global, serviu como catalisador para os contratos futuros na bolsa de Chicago. O vencimento mais líquido, base novembro, terminou com alta de 15,50 cents, ou 1,5%, a US$ 10,44/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de quatro mil lotes no dia.
O movimento agressivo ajustes de posições, ainda influenciado pelos dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), deu força ao sentimento altista do mercado. Os traders estão otimistas e consideram que a forte demanda poderá reduzir os estoques da oleaginosa, especialmente se houver algum problema a partir de outubro nos Estados Unidos ou quebra de safra no ciclo de verão da América do Sul.
A demanda chinesa vem superando as projeções de analistas e alimenta o sentimento altista de que o número do USDA ainda pode estar abaixo do potencial deste mercado, disse à Dow Jones Dan Cekander, analista da Newedge LLC, de Chicago. Considerando os anúncios diários do USDA, a China firmou a importação de 2,686 milhões de toneladas, com entrega no ciclo 2010/11, desde 20 de julho.
Os traders ainda mantêm o prêmio de risco nos preços diante do receio de importadores globais de que qualquer quebra nas lavouras sul-americanas em 2010/11 terá impacto direto sobre o nível de conforto dos estoques globais.
Do lado da demanda, o foco está na fase final de desenvolvimento das lavouras. O cenário estimula os traders a manterem o prêmio sobre os preços na tentativa de estimular o aumento de área na América do Sul e já no próximo ano, nos Estados Unidos. A disparada dos preços do milho e do trigo está forçando os participantes a elevar as cotações para a soja. Trata-se de uma tentativa de manter o nível de atração para a cultura, diante das projeções de forte demanda, observou Cekander.
O mercado também acompanha com cautela o calor e a seca que atingem os Estados Unidos e poderão ter impacto no nível de produtividade da soja, especialmente na situação atual de oferta ajustada no curto prazo, acrescentou Cekander.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O óleo recuperou valor, seguindo a firmeza dos mercados globais da commodity e sustentado pelo ajuste nas operações de spread com o farelo.

MILHO: GOVERNO SINALIZA RETOMAR LEILÃO EM 30 DIAS.

O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, disse hoje à Agência Estado que os leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) em Mato Grosso não foram encerrados, mas suspensos por 30 dias, período em que o governo vai avaliar se haverá necessidade de novas intervenções no mercado para sustentação de preços.
Segundo José Maria dos Anjos, o leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) da semana que vem está mantido, quando serão ofertadas 250 mil toneladas em Mato Grosso. Caso a totalidade ofertada seja vendida, as intervenções do governo em Mato Grosso somarão 7,037 milhões de toneladas, volume que corresponde a 91% da produção estadual de milho, estimada pela Conab em 7,8 milhões de toneladas.
O diretor afirmou que o governo vem recebendo manifestações de consumidores de milho do Rio Grande do Sul e da região Nordeste, além do próprio Mato Grosso, que reclamam da falta de oferta do cereal, cujos preços estão subindo. Ele disse que os técnicos do Ministério da Agricultura estão trabalhando "no fio da navalha", pois a política de sustentação de preços, que assegura o escoamento do milho para a exportação, não pode prejudicar as indústrias de processamento de carne que se instalaram em Mato Grosso nos últimos anos, atraídas pela disponibilidade do cereal.
Dados do Ministério mostram que, ao longo desta safra, o governo destinou R$ 800 milhões para apoiar a comercialização de 11,6 milhões de toneladas de milho em todo País. Em Mato Grosso foram aplicados R$ 470,5 milhões na comercialização das 7,037 milhões de toneladas.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, defende a realização de pelo menos mais um leilão de PEP para apoiar a comercialização de 1 milhão de toneladas de milho. Ele leva em conta as estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que estima a safra estadual em 8,5 milhões de toneladas, além dos estoques remanescentes da safra passada. Silveira também reivindica a municipalização dos valores dos prêmios dos leilões, para atender os produtores dos municípios que ficam mais distantes da cidade utilizada como referência nos cálculos. José Maria dos Anjos diz que as simulações mostram que os produtores mais perdem do que ganham com a municipalização.

por Venilson Ferreira.

GRÃOS/RÚSSIA: PLANTIO DE INVERNO DEVE CAIR 30%.

O plantio de grãos de inverno da Rússia diminuirá mais de 30% neste ano, informou nesta sexta-feira Viktor Zubkov, vice-primeiro-ministro russo. O Ministério de Agricultura estima que 12 milhões de hectares serão semeados com grãos no inverno, em comparação com 18,5 milhões de hectares nos anos anteriores, acrescentou Zubkov, segundo agências de notícias do país, incluindo a estatal RIA Novosti.
Consequentemente, o cultivo de primavera possivelmente terá que ser ampliado para seis milhões de hectares. Não haverá qualquer alteração à proibição temporária das exportações de grãos, que durará entre 15 de agosto até 31 de dezembro, segundo ele. O forte onda de calor e a estiagem na Rússia reduziram a projeção da safra de grãos deste ano em cerca de um terço.

CHICAGO: SOJA E MILHO SOBEM COM FORTE DEMANDA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em alta nesta sexta-feira, à medida que preocupações sobre o aumento da demanda global ofuscam uma produção recorde. Traders temem a potencial redução das ofertas, se houver uma queda na colheita dos Estados Unidos ou surgirem problemas na safra 2011 da América do Sul, segundo analistas.
Os produtos derivados da oleaginosa apresentavam comportamento distinto, com o óleo em valorização e o farelo misto. Lotes para entrega em novembro ganham 13 cents, ou 1,26%, cotados a US$ 10,4150 por bushel.
O milho trabalha em território positivo, sustentado por intensa demanda e pela continuação de compras. As exportações norte-americanas devem ser beneficiadas pela severa estiagem na Rússia, já que pecuaristas precisarão do milho para compensar escassas ofertas de trigo para ração animal, segundo traders. Há pouco, o contrato dezembro subia 6 cents, ou 1,42%, para US$ 4,2775 por bushel.

SOJA: CHINA DEVE IMPORTAR 4,8 MI T EM AGOSTO.

As importações de soja da China devem alcançar 4,8 milhões de toneladas neste mês, informou hoje o Ministério de Comércio do país. Se confirmado, o volume será 2% inferior ao de julho, embora ainda seja máxima histórica e fique 55% acima em relação ao mesmo intervalo de 2009.
A projeção, divulgada no site do ministério, se baseia nos relatos dos importadores durante o período de 16 a 31 de julho. A estimativa regular normalmente fica abaixo do número real, uma vez que não inclui todos os carregamentos. O órgão fornece previsões duas vezes por mês.

SOJA/CHINA LIDERA RALI DO COMPLEXO AGRÍCOLA.

O complexo da soja impulsionou nesta sexta-feira os futuros agrícolas na Bolsa de Commodities de Dalian, motivado por demanda doméstica, embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tenha previsto uma produção global recorde neste ano.
O contrato referencial de maio do óleo de soja avançou 1,5%, para 8.280 yuans por tonelada, retomando a tendência de alta interrompida no início da semana por dados macroeconômicos pessimistas. O mesmo vencimento do farelo fechou com valorização de 1,3%, enquanto o grão terminou com ganho de 0,3%, cotado a 4.049 yuans por tonelada.
A demanda chinesa está entrando em uma fase sazonal de alta, estimulando os preços dos óleos comestíveis e do farelo, conforme dois festivais locais se aproximam. Desde 20 de julho, compradores chineses contrataram 2,69 milhões de toneladas de soja norte-americana, após um recorde histórico de 6,2 milhões de toneladas em junho, informou a East Asia Futuresem nota divulgada hoje.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações da soja encerraram em território positivo na quinta-feira, conduzidas por expectativas similares de demanda global. O firme desempenho levou algumas processadoras a acreditarem que as ofertas mundiais provavelmente serão absorvidas.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

TRIGO ENCERRA COM GANHOS, PRODUÇÃO GLOBAL MENOR.

Os preços futuros do trigo saltaram nesta quinta-feira no mercado americano, diante de estimativa de menor produção global divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na Bolsa de Chicago o contrato com vencimento em dezembro fechou com valorização de 18,75 cents ou 2,59%, cotado a US$ 7,4375/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançou 15,50 cents ou 2,14% e encerrou cotado a US$ 7,40/bushel.
O USDA reduziu sua expectativa de produção global de trigo em 2,3%, para 645,73 milhões de toneladas, o que ficou abaixo das expectativas dos analistas e também inferior a projeções da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Conselho Internacional de Grãos (IGC), que esperavam 651 milhões de toneladas. Foi uma surpresa para o mercado, pois o USDA costuma ser mais cauteloso do que outras instituições em seus ajustes.
O principal motivo para o corte na estimativa é a quebra na safra de trigo em países da antiga União Soviética. Os preços atingiram máximas em quase dois anos em 5 de agosto, quando a Rússia suspendeu as exportações por causa da seca.
O analista Bryce Knorr, da revista Farm Futures, disse que "os dados do USDA de hoje apenas aumentaram o drama". Ele acrescentou que "a agência do governo veio com uma estimativa muito baixa para a produção global 2010". Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 13 mil contratos hoje, na CBOT. Realização de lucros limitou os ganhos no fim do dia.
Somando-se a esse contexto, serviços de alfândega da Ucrânia disseram hoje que bloquearam a exportação de mais de 28,5 mil toneladas de trigo em duas embarcações, por problemas de documentação. Embora a Ucrânia não tenha anunciado uma restrição nas vendas externas, alguns analistas disseram que autoridades do governo estão usando de meios burocráticos para atrasar os embarques.
O analista John Christopher, da corretora Linn Group, afirmou que os preços podem disparar de novo para US$ 8/bushel se outros países se juntarem à Rússia em uma proibição das exportações de grãos.

LEILÕES DE MILHO CONAB : GOVERNO ENCERRA LEILÕES.

Os produtores de Mato Grosso pretendem pedir o apoio do governo na comercialização de mais 1 milhão de toneladas de milho. O último leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) em apoio ao cereal foi realizado hoje e desde o primeiro pregão, realizado em 27 de maio, o Estado comercializou subvenção equivalente a 6,787 milhões de toneladas de milho, ou 91,71% das 7,4 milhões de toneladas do Estado. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Glauber Silveira, a ajuda não é suficiente, porque a safra de Mato Grosso, somada ao estoque de passagem seria de cerca de 9,5 milhões de toneladas, o que requer que o governo continue apoiando a produção. "O governo precisa atender a 100% dos produtores, que não conseguem negociar com as tradings", justificou Silveira. A demanda por subsídios para milho de Mato Grosso ainda pode aumentar, chegando a sete milhões de toneladas, já que, na próxima quinta-feira (19), haverá um leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) com volume de 250 mil toneladas para o Estado e mais 50 mil toneladas para Goiás. Por isso, o governo entende que contemplou o interesse dos produtores, porque a safra total de milho, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 7,5 milhões toneladas. "A oferta pode ficar ajustada, então qualquer movimento maior de comercialização pode provocar um desabastecimento no Estado", disse há pouco à Agência Estado Silvio Farnese, coordenador-geral de cereais da Secretaria de Política Agrícola do Ministério.
Farnese lembra que, por meio dos leilões de PEP, Mato Grosso teve a maior oferta de subsídio - 60,5% dos 12,23 mi t ofertados. Hoje, o representante da Aprosoja esteve reunido com o secretário de Política Agrícola, Edílson Guimarães, e teria solicitado a realização de Aquisições do Governo Federal (AGF) com volumes de 10 mil sacos por produtor (600 t) como opção para a realização de negócios por produtores menores.
Na avaliação de Farnese, os leilões de PEP foram suficientes para dar garantia de preço mínimo aos produtores de milho e sustentar os preços no mercado interno. Desde a semana passada as cotações vêm reagindo em quase todas as praças de comercialização. "O volume apoiado representa 20% da safra total de milho e metade da safrinha", disse Farnese.

SOJA FECHA EM ALTA SUSTENTADO POR PERSPECTIVA DE FIRME DEMANDA

Os preços futuros da soja encerraram a sessão com forte alta hoje. O rali de preços na bolsa de Chicago foi motivado pela projeção de firme demanda global, apontada no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta quinta-feira. O número teve peso maior do que a perspectiva de safra recorde norte-americana. O vencimento mais líquido, base novembro, subiu 13 cents, ou 1,3% no dia, para US$ 10,2850/bushel. Os fundos especulativos compraram cerca de cinco mil lotes no dia.
Dados extremamente robustos sobre as exportações norte-americanas de soja refletem o receio dos importadores quanto a uma possível quebra de produção na América do Sul em 2010/11. Tal situação poderia ter impacto no nível de conforto dos estoques globais da oleaginosa, observou Rich Feltes, vice-presidente sênior de pesquisa da MF Global, de Chicago.
O USDA reduziu em sete milhões de toneladas a estimativa de produção global em 2010/11, para 253 milhões de toneladas, em relação ao ciclo anterior. Porém, elevou em 13 milhões de t a expectativa de consumo no período, para 250 milhões de toneladas, observou Feltes. O departamento também elevou a estimativa de exportação de soja dos Estados Unidos para 39 milhões de toneladas, reflexo do aumento das exportações para a China. Em contrapartida, o número para os estoques finais da América do Sul foram reduzidos.
Os traders consideram que a safra norte-americana ainda está vulnerável aos efeitos do clima até o final deste mês. Por isso, hesitam em operar com base na projeção do USDA de produtividade recorde de 44 bushels por acre, número maior que o previsto em julho, mas estável em relação à safra anterior. Feltes reforça o que o mercado vem comentando, de que agosto é um mês crítico para as lavouras, o que diminui o apetite dos vendedores.
Os ganhos generalizados em mercados vizinhos também deram sustentação à oleaginosa. Os movimentos dos mercados de milho, trigo e soja estão atrelados porque as três commodities são usadas na composição de ração. O relatório semanal reportou que as vendas norte-americanas somaram 2,697 milhões de toneladas na semana encerrada em 5 de agosto.
Foram comercializadas 2,341 milhões de toneladas de soja para entrega no ciclo 2010/11. A China foi o principal destino, com 1,762 milhão de toneladas. Os analistas estimavam vendas de 1,2 a 2 milhões de toneladas.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O óleo perdeu pontos por causa do aumento expressivo da projeção para os estoques finais norte-americanos em 2009/10, observou Feltes. O farelo seguiu o rali da soja.

MILHO FECHA EM ALTA INFLUÊNCIADO POR TRIGO E DEMANDA PARA EXPORTAÇÃO.
Os preços futuros do milho subiram com força nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago diante de forte demanda para exportação e de uma onda de compras de fundos. Os dados de oferta e demanda do governo americano, divulgados hoje, foram considerados altistas e despertaram o movimento. Posição mais líquida, o contrato dezembro saltou 10,75 cents ou 2,62% e fechou a US$ 4,2175/bushel.
A força do trigo foi influência positiva para os preços do milho, segundo analistas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou sua expectativa de exportações no ciclo 2010/11 e estabeleceu o tom do mercado. Os futuros de trigo avançaram diante da queda da oferta global, conforme estimativas do USDA para produção da Rússia - que foi mais reduzida do que se esperava.
Os sinais de menor oferta de trigo resultaram também em previsão maior para exportações de milho, que o USDA confirmou ao elevar sua projeção de vendas externas 2010/11 em 100 milhões de bushels.                                                                                                                                                                                         O analista Joel Karlin, da Western Milling, disse que as vendas externas de milho ainda podem ser, em última análise, cerca de 200 a 300 milhões de bushels superiores. Referindo-se à estimativa do USDA, ele acrescentou que "há quem pense que isso pode ser um marco de produção". Os dados do USDA dão conta de 13,365 bilhões de bushels (339,47 milhões de toneladas), um pouco acima do que os analistas imaginavam.
Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 25 mil contratos em milho hoje o analista John Kleist, corretor e analista da Allendale, declarou que o milho provocou mais interesse de fundos hoje por causa do seu deságio em relação ao trigo. O analista entende que o mercado poderá perder força se os compradores começarem a vender quando os preços avançam. Mas alguns analista dizem que a demanda para exportação está aumentando porque os compradores estão tentando suprir suas necessidades antes que as cotações subam mais alguns degraus.

GRÃOS/USDA: VENDAS SEMANAIS COM DESTAQUE PARA SOJA.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 266.200 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 5 de agosto, volume muito superior ao registrado na semana passada e 5% acima da média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório semanal de exportações. Os principais compradores foram Japão (68.500 t), Indonésia (67.700 t), China (65 mil t) e México (31 mil t).
Os Estados Unidos também comercializaram 2.341.700 toneladas da safra 2010/11, que começa em 1º de setembro, principalmente para China (1.762.500 t), Egito (120 mil t) e outros países não identificados (339.500 t).
Os embarques da oleaginosa alcançaram 215.700 toneladas no período, queda de 17% em relação ao volume da última semana e de 6% frente à média mensal. Os principais destinos foram Japão (87.500 t), México (80.500 t), Coreia do Sul (27.100 t), Costa Rica (12.200 t) e Indonésia (5.100 t).
VENDA DE 100 MIL T PARA EGITO EM 2010/11
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou venda de 100 mil toneladas de soja para o Egito em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.
FARELO DE SOJA/USDA: VENDAS DOS EUA CAEM 52%.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 63.300 toneladas de farelo de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 5 de agosto, volume 52% inferior ao registrado na última semana e 20% abaixo da média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram Marrocos (27 mil t), Irlanda (10 mil t), México (9.900 t), Filipinas (5.800 t), Trinidad e Tobago (5.700 t) e Canadá (5.500 t). Outras 73 mil toneladas da safra 2010/11 foram comercializadas para Honduras (14.500 t), Israel (10 mil t), Panamá (9 mil t) e outros países não identificados (25 mil t).
Os embarques do produto no período somaram 58.900 toneladas, queda de 9% em relação ao volume da semana passada e de 28% frente à média mensal. Os principais destinos foram México (32.100 t), Canadá (14.600 t), Japão (4.500 t) e Filipinas (3.600 t).
ÓLEO/USDA: VENDAS DOS EUA DESABAM 91% .
Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.900 toneladas de óleo de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 5 de agosto, queda de 97% em relação ao volume apurado na semana passada e de 91% frente à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório semanal de exportações. Os principais compradores foram México (900 t), Arábia Saudita (600 t) e Canadá (200 t).
Os embarques do produto atingiram 2.400 toneladas no período, 84% abaixo da quantia registrada um mês antes e 87% inferior à média mensal. Os principais destinos foram México (1.800 t), Canadá (400 t) e Trinidad e Tobago (100 t).
MILHO/USDA: VENDAS DOS EUA RECUAM 20%.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 439.700 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 5 de agosto, queda de 7% frente ao volume da semana passada e de 20% em relação à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório semanal de exportações.
Os principais compradores foram Japão (260.800 t), México (80.100 t), Taiwan (71 mil t), Síria (56.100 t), Israel (50.600 t), Arábia Saudita (37.700 t) e Coreia do Sul (18.200 t). Por outro lado, Colômbia (60.600 t), Egito (56.200 t) e outros países não identificados (38.800 t) fizeram cancelamentos.
Outras 478.800 toneladas da safra 2010/11 foram comercializadas para Japão (192.300 t), Coreia do Sul (52 mil t), Taiwan (47.500 t) e México (43.500 t) no período.
Os embarques do grão atingiram 1.008.200 toneladas na semana, 21% acima do volume registrado na semana passada, mas inalterado frente à média mensal. Os principais destinos foram Japão (245.100 t), Coreia do Sul (197.200 t), México (194.800 t), Taiwan (124.700 t), Síria (56.100 t) e Arábia Saudita (37.700 t).
TRIGO/USDA: EUA VENDEM 1,32 MI T DA SAFRA 2010/11.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.329.700 toneladas de trigo da safra 2010/11 na semana encerrada em 5 de agosto, volume 58% acima do registrado naúltima semana e muito superior à média mensal, informou hoje o Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês).
Os principais compradores foram Egito (190 mil t), Japão (166.600 t), Iêmen (92 mil t), Nigéria (85.300 t), Filipinas (52.200 t), Itália (50.500 t) e outros países não revelados (414 mil t). Contudo, a Guatemala cancelou 2.500 toneladas e o Brasil 1.500 toneladas. Outras 20.500 toneladas da safra 2011/12 foram comercializadas para México (18 mil t) e Guatemala (2.500 t).
Os embarques do cereal no período somaram 434.200 toneladas, queda de 23% frente ao volume da semana anterior e de 9% em relação à média mensal. Os principais destinos foram Brasil (78.500 t), México (63.900 t), Japão (63 mil t), Filipinas (62.200 t), Chile (38.500 t) e Canadá (28.500 t).

SOJA: USDA ELEVA PROJEÇÃO DE VENDAS DO BRASIL E DE COMPRAS DA CHINA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa das exportações brasileiras de soja na safra 2010/11 para 29,4 milhões de toneladas, ante 28,90 milhões de toneladas previstas em julho. A estimativa de produção do País foi mantida em 65 milhões de t no período.
O USDA também elevou a projeção de exportação dos Estados Unidos, de 37,29 milhões para 39,05 milhões de toneladas. Para a Argentina, as estimativas de produção e exportação foram mantidas em 50 milhões e 12,5 milhões de toneladas, respectivamente.
Já a China, maior importador do mundo, deverá comprar 52 milhões de toneladas em 2010/11, dois milhões de t mais que o estimado no mês passado. O volume é 2,5 milhões de t maior que o importado em 2009/10, de 49,5 milhões de t.

SOJA/EUA: USDA ELEVA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO 2010/11

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa para a produção e exportação de soja do país na safra 2010/11 em seu relatório mensal de oferta e demanda, divulgado hoje. O volume dos estoques finais, contudo, não foi alterado.
A estimativa da produção 2010/11 subiu de 3,345 bilhões de bushels (91,05 milhões de toneladas) para 3,433 bilhões de bushels (93,44 milhões de t), graças ao aumento na estimativa de produtividade, que foi de 42,9 bushels por acre, para 44,0 bushels por acre. As exportações foram elevadas de 1,37 bilhão de bushels (37,29 milhões de t) para 1,435 bilhão de bushels (39,06 milhões de t). Os estoques finais foram mantidos em 360 milhões de bushels (9,8 milhões de t). Mas os estoques que restam da safra anterior, 2009/10 foram reduzidos para 160 milhões de bushels (4,35 milhões de t).
TRIGO/EUA: USDA ELEVA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO EM 2010/11.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa de produção doméstica de trigo na temporada 2010/11, de 2,216 bilhões de bushels (60,31 milhões de toneladas) estimados em julho, para 2,265 bilhões de bushels (61,65 milhões de toneladas), em seu relatório mensal de oferta e demanda divulgado hoje.
A estimativa para exportação no período também aumentou, de 1,0 bilhão (27,22 milhões de toneladas) para 1,2 bilhão de bushels (32,66 milhões de t). Os estoques finais recuaram de 1,093 bilhão (29,75 milhões de t) estimados em julho para 952 milhões de bushels (25,9 milhões de t). Os estoques da safra 2009/10 foram mantidos em 973 milhões de bushels (26,48 milhões de t).

MILHO/EUA: USDA ELEVA ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO EM 10/11

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou as estimativas da produção e das exportações de milho do país na temporada 2010/11, mas reduziu a projeção dos estoques finais do período no relatório mensal de oferta e demanda divulgado hoje.
A safra 2010/11 subiu de 13,245 bilhão de bushels (336,42 milhões de toneladas) para 13,365 bilhão de bushels (339,47 milhões de toneladas), refletindo a previsão de uma produtividade de 165 bushels por acre (4,19 toneladas), acima dos 163,5 bushels por acre (4,15 toneladas) estimados em julho.
O governo projeta os embarques de milho em 2,05 bilhões de bushels (52,07 milhões de toneladas), em comparação com 1,95 bilhão de bushels (49,53 milhões de toneladas) apurados no relatório anterior.
Já a estimativa dos estoques finais da safra 2010/11 recuou para 1,312 bilhão de bushels (33,325 milhões de toneladas), ante 1,373 bilhão de bushels (34,87 milhões de toneladas) previstos em julho.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CBOT/GRÃOS-SOJA FECHA EM BAIXA NA EXPECTATIVA DOS DADOS DO USDA.

A expectativa de ajustes para cima na projeção da safra norte-americana e a influência baixista de outros mercados pressionaram os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago, que fecharam a sessão em queda hoje. O dólar em alta também contribuiu para a queda no dia. O vencimento mais líquido, base novembro, fechou com queda de 6,50 cents, ou 0,6%, a US$ 10,15/bushel. Fundos especulativos venderam cerca de quatro mil lotes no pregão.
"O mercado está antecipando o relatório de oferta e demanda de amanhã, com traders reduzindo as posições compradas, mais arriscadas em meio às projeções de safra maior de soja", afirmou Tim Hannagan, analista da P.F.G. Best, de Chicago.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga amanhã o primeiro relatório com dados sobre rendimento baseado em dados compilados a partir das visitas de técnicos ao campo e não nas projeções baseadas em modelos estatísticos. Analistas consultados pela Dow Jones esperam aumento moderado nos números de produtividade e produção da safra de soja em relação aos dados divulgados em julho. O relatório sai às 9h30. Em média, as projeções apontam para uma safra de 3,366 bilhões de bushels (91,62 milhões de toneladas) e produtividade média de 43,2 bushels por acre. O USDA trabalha atualmente com estimativa de safra de 3,345 bilhões de bushels(91,03 milhões de toneladas), e tendência de rendimento de 42,9 bushels por acre.
O mercado também sofreu a pressão psicológica da forte alta do dólar e da fraqueza do petróleo. A valorização da moeda norte-americana é um fator baixista para as commodities, porque torna o produto negociado em dólar mais caro para os importadores. A retração do petróleo influencia as cotações de grãos e oleaginosas, por conta de seu impacto sobre o consumo dos combustíveis renováveis.
Entretanto, os traders consideram que as lavouras norte-americanas ainda estarão vulneráveis às variações climáticas durante o mês de agosto, período crítico para o desenvolvimento das plantas. Com isso, seria mais difícil elevar o volume de estoques da soja para um nível mais confortável, acima de 200 milhões de bushels. Tal perspectiva ajudou a limitar as perdas. Hoje, a China comprou mais 115 mil toneladas, reforçando a sustentação do lado da demanda.

MILHO FECHA EM LEVE ALTA.
Os contratos futuros de milho caminharam nos dois sentidos nesta quarta-feira e os principais vencimentos terminaram o dia com valorização na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam cotados a US$ 4,11/bushel, em alta de 2,0 cents ou 0,49%. Traders parecem ajustas suas posições antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O analista John Kleist, da corretora Allendale, disse que a volatilidade dos preços não surpreendeu, pois os traders não querem aderir a posições de maior risco antes de receber o relatório. Em vez disso, preferem aguardar para ver a direção dos fundamentos do mercado.
Analistas esperam que o governo americano eleve pouco sua projeção para a safra de milho 2010/11 dos Estados Unidos. Mas a forte demanda deve evitar que os estoques finais cresçam demais. Serão importante referência para o mercado também no que diz respeito aos efeitos da quebra na safra de grãos da Rússia."Se é que haverá alguma surpresa no relatório de safra, ela será altista, pois o mercado está antecipando uma projeção neutra ou baixista para os preços", explicou o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best. O comportamento do milho também foi influenciado pela volatilidade dos futuros de trigo. Os dois cereais estão relacionados porque ambos são usados na alimentação animal. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 7 mil lotes de milho hoje na CBOT.

USDA: ANALISTAS ESPERAM SAFRAS MAIORES DE SOJA, MILHO E ALGODÃO.

Analistas esperam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) eleve pouco as estimativas de produção e produtividade da safra de soja 2010/11 do país no relatório de oferta e demanda que será divulgado amanhã, às 9h30 de Brasília.
Conforme levantamento da agência Dow Jones, os analistas esperam, em média, que o USDA estime a safra americana em 3,366 bilhões de bushels (91,607 milhões de toneladas), com produtividade de 43,2 bushels por acre. As previsões variaram de 3,290 a 3,432 bilhões de bushels produzidos e de 42,0 a 44,0 bushels por acre de produtividade. Atualmente, o USDA prevê safra de 3,345 bilhões de bushels(91,035 milhões tons), e rendimento de 42,9 bushels por acre.
A média das expectativas para os estoques finais 2009/10 é que cheguem a 166 milhões de bushels(4,5 milhões de toneladas), o que representa queda de 9 milhões de bushels(245mil tons), em relação ao mês passado, de 175 milhões de bushels. Para 2010/11, por sua vez, os analistas espera, em média, estoques de passagem de 334 milhões de bushels (9,1 milhões de toneladas). O intervalo das expectativas foi de 275 a 404 milhões de bushels.
Milho
Os analistas consultados pela Dow Jones esperam que o USDA aumente pouco sua estimativa de safra de milho 2010/11, enquanto reduzirá levemente a de estoques finais, também por causa da demanda mais forte. Em média, preveem que a safra totalize 13,282 bilhões de bushels(337,4 milhões toneladas), ante 13,245 bilhões(336,4 milhões de toneladas), previstos pelo USDA em julho e também acima da produção de 2009/10, que somou 13,110 bilhões de bushels(333 milhões de toneladas).
Para os estoques finais, muitos analistas esperam redução, por causa do aumento da demanda. Em média, eles estimam que os estoques 2009/10 totalizem 1,459 bilhão de bushels(37,06 milhões de toneladas), inferiores aos 1,478 bilhão de bushels (37,54 milhões de toneladas), da leitura feita pelo USDA em julho. Em 2008/09, foram 1,673 bilhão de bushels (42,5 milhões de toneladas). As estimativas ficaram no intervalo de 1,390 a 1,523 bilhão de bushels.
Algodão
As boas condições da safra americana de algodão devem estimular o USDA a elevar sua projeção de produção 2010/11, segundo analistas. Em média, eles esperam que a safra seja estimada em 18,62 milhões de fardos, ante 18,30 milhões do relatório de julho. Os analistas acreditam, ainda, que as exportações aumentem para 14,41 milhões de fardos, ante 14,30 milhões de fardos em julho. O resultado destas mudanças seria um aumento dos estoques de 3,50 milhões de fardos esperados em julho para 3,83 milhões de fardos, de acordo com a média das estimativas.

CHICAGO: GRÃOS OPERAM SEM DIREÇÃO ÚNICA.

Os futuros da soja negociados em Chicago operavam perto da estabilidade nesta quarta-feira. O mercado revertia perdas iniciais provocadas por expectativas de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentará as estimativas da produção norte-americana no relatório mensal de agosto, disseram analistas. Os produtos derivados da oleaginosa exibiam comportamento misto. O contrato novembro operava estável a US$ 10,22 por bushel.
O milho trabalhava sem tendência única. A valorização do dólar e outros mercados ainda influenciavam parcialmente os preços do grão, segundo analistas. Há pouco, os lotes para entrega em dezembro avançavam 4 cents, ou 0,98%, cotados a US$ 4,13 por bushel.
O trigo operava dos dois lados nesta quarta-feira, com os primeiros vencimentos ganhando força e os demais em desvalorização, após o mercado ter atingido máximas em dois anos na semana passada.
O rali, incentivado pela decisão russa de proibir os embarques de grãos devido à severa estiagem, não refletia os fundamentos, de acordo com analistas. As ofertas globais ainda são amplas o suficiente para compensar o déficit de ofertas da região do Mar Negro, acrescentaram as fontes.
O contrato setembro subia 4,25 cents, ou 0,61%, para US$ 6,99 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento ganhava 4,50 cents, ou 0,63%, negociado a US$ 7,17 por bushel.

TRIGO - RÚSSIA PODE PRESSIONAR MAR NEGRO PARA SUSPENDER EXPORTAÇÃO

A Rússia deve pressionar outros produtores de grãos da região do Mar Negro para que acompanhe sua suspensão nas vendas externas de grãos, buscando estabelecer um monopólio na oferta local, de acordo com a empresa de análises UkrAgroConsult. A empresa afirmou esperar que o Casaquistão suspenda as exportações para fora da Comunidade de Nações Independentes (Commonwealth), apesar de o governo ter negado. "A Rússia precisa que seja suspensa a exportação de grãos nesses países para evitar o risco de vendas externas via outras nações da região. Ela trabalhará para que essa decisão seja tomada", opinou a empresa, ponderando que "barrar as exportações é especialmente desvantajoso para o Casaquistão, pois o país exportou os maiores volumes em muitos anos justamente quando a exportação da Rússia foi proibida."

FOME POR FALTA DE GRÃOS.
O Programa Alimentar Mundial (PAM), braço das Nações Unidas, afirmou que milhões de pessoas pobres podem passar forme por causa da suspensão das exportações de trigo da Rússia, pois reduzirá a ajuda entregue em comida a países em desenvolvimento. A maior agência mundial de ajuda humanitária alimentar disse que está buscando uma dispensa para a restrição da Rússia, preocupada com a elevação dos preços. "Não seremos capazes de alimentar tantas pessoas, por causa dos preços mais altos", declarou a porta-voz do PAM no Reino Unido, Caroline Hurford. "Estamos buscando uma exceção para ajuda humanitária."
O PAM forneceu alimentos para mais de 100 milhões de pessoas em 73 países durante 2009, inclusive nações em situação de crise e conflito. Cerca de um terço das 2,6 milhões de toneladas de alimentos adquiridas pelo PAM em 2009 era de trigo, de modo que a oferta apertada do cereal no mundo deve afetar milhões de pessoas. Aproximadamente 95% do trigo do PAM tem origem na região do Mar Negro, que no ano passado produziu um quarto da safra global. Mas uma seca severa neste ano vem prejudicando a produção, a ponto de a Rússia suspender as exportações até o fim do ano.

RÚSSIA TEM OFERTAS SUFICIENTES PARA SUPRIR DEMANDA INTERNA.
A Rússia tem ofertas de grãos suficientes para suprir a demanda interna, apesar das expectativas de uma safra menor, e não precisará importar neste ano, informou nesta quarta-feira a agência de notícias Interfax, citando a ministra de Agricultura russa, Elena Skrynnik. "As medidas tomadas no momento nos permitem acreditar que podemos satisfazer a demanda doméstica", disse ela.
A Rússia proibiu as exportações de grãos a partir deste domingo (dia 15), à medida que a severa estiagem devastou grandes áreas agrícolas. A ministra afirmou que expectativas de uma safra de 60 milhões de toneladas neste ano eram "pessimistas", enquanto de 65 milhões a 67 milhões de toneladas eram "otimistas". Originalmente, a Rússia planejava colher 90 milhões de toneladas de grãos em 2010.

EGITO PROCURA 60 MIL TONS PARA ENTREGA EM SETEMBRO.
A Autoridade Geral para Fornecimento de Commodities do Egito (Gasc, na sigla em inglês) lançou um leilão para comprar de 55 mil a 60 mil toneladas de trigo, na base FOB, com embarque entre 10 e 25 de setembro, disse hoje Nomani Nasr Nomani, vice-presidente da estatal egípcia.
A licitação busca ofertas de "todas as origens, exceto da região do Mar Negro, incluindo Rússia, Ucrânia e Casaquistão. A Gasc também não quer trigo da Romênia, segundo ele. "Estamos buscando ofertas francesas, americanas, canadenses, argentinas e, até mesmo, trigo inglês e alemão."O resultado do leilão será anunciado mais tarde, revelou Nomani. Na última licitação, a Gasc comprou 240 mil toneladas de trigo francês para entrega entre 1º e 15 de agosto.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

MILHO FECHA EM BAIXA DIANTE DA CONDIÇÃO DA SAFRA.

Os contratos futuros de milho se desvalorizaram significativamente nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, terminando perto das mínimas. A pressão veio novamente do mercado de trigo, além de outros mercados. A boa condição da safra ainda serve de âncora para os preços. Os lotes de milho mais movimentados, para entrega em dezembro, fecharam em baixa de 9,0 cents ou 2,15%, cotados a US$ 4,09/bushel.
Analistas disseram que a contínua queda dos preços do trigo, enquanto segue recuando das máximas em dois anos estabelecida na semana passada, pesou sobre o milho. Traders também notaram influência da força do dólar na maior parte do dia, que pressionou as commodities de modo geral.
Traders afirmaram que, fundamentalmente, há poucas notícias para o milho. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou ontem que as condições da safra continuam muito boas, melhores até do que o esperado. Previsões continuam mostrando temperaturas mais moderadas e amenas na semana que vem. Um trader disse que "há pontos de seca aqui e ali, mas em geral as condições são boas para desenvolvimento".
O mercado aguarda agora a divulgação dos dados de oferta e demanda do USDA, na quinta-feira. Especuladores detêm ampla posição líquida de compra, de acordo com a Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC). Traders avaliam que muitos realizaram lucros depois dos ganhos recentes e antes do USDA.
O analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, disse acreditar que na semana que vem, pode haver início de colheita em partes do Cinturão do Milho. Segundo ele, a pressão sobre as cotações pode vir mais cedo neste ano.

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO EM JULHO SOBE 12,5%.

A China importou 4,95 milhões de toneladas de soja em julho, alta de 12,5% frente igual período de 2009, mas 20% abaixo do volume recorde apurado em junho, informou nesta terça-feira a Administração Geral Alfandegária. No acumulado de janeiro até julho, as importações da oleaginosa atingiram 30,76 milhões de toneladas, aumento de 16,2% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 400 mil toneladas de soja para China em 2010/11. USDA informou também, venda de 100 mil toneladas de soja para o Egito em 2010/11 além de 180 mil toneladas de soja para países não revelados em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começará em 1º de setembro.
Frequentemente, exportadores norte-americanos concordam em vender ofertas para um intermediário que ainda não definiu o destino final da commodity. O USDA exige que vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino sejam comunicadas até o dia seguinte.

GRÃOS/EUA: CONDIÇÃO DAS LAVOURAS PERMANECE MUITO BOA.

As condições gerais das safras de milho e soja dos Estados Unidos permanecem iguais em relação à semana anterior, de acordo com o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Traders esperavam um ligeiro declínio. Enquanto isso, as condições da safra de trigo de primavera seguem fortes e a colheita de trigo de inverno continua um pouco atrasada.

Soja
A avaliação do USDA para a soja também foi mantida. A agência do governo americano informou que a parcela da safra em condição boa a excelente permanece em 66%. A maioria dos Estados de poucas mudanças. Assim como no caso do milho, a avaliação da safra de soja do Kansas foi menor, passando de 67% para 60% de bom a excelente. Foram notadas melhoras da Dakota do Sul, onde a parcela em melhores condições aumentou d e 65% para 73%.
A safra está levemente adiantada. A parcela das lavouras em etapa de formação de vagens é de 71%, segundo o USDA, o que representa nível acima da média de 67%. No mesmo momento do ano passado, eram 52%. Cerca de 93% da safra se encontra em estágio de florescimento, mais do que a média de 90%.
Diferentemente do milho, para a soja o mês de julho é essencial para determinar a produtividade. Por isso, traders continuam sensíveis às condições das lavouras. Além disso, a safra tem uma temporada de desenvolvimento mais longa do que a do milho.

Milho
O USDA informou que 71% da safra de milho continuava em condição boa a excelente até domingo, a mesma proporção da semana anterior. A parcela é o maior nível histórico e está 3% acima do mesmo momento do ano passado, quando a avaliação já era considerada elevada. A expectativa para o relatório variava, mas a maioria dos traders esperava um declínio modesto do rating.
As perdas de qualidade foram observadas no Kansas, onde a avaliação boa a excelente caiu 5%, para 63%, e em Michigan, onde houve queda de cinco pontos porcentuais, para 74%. A parcela em melhores condições cresceu dois pontos em Indiana, para 65%.
O desenvolvimento da safra continua adiantado. O USDA disse que 52% das lavouras se encontravam em etapa de formação de grão, mais do que os 31% da semana anterior e acima da média em cinco anos, de 40%. Traders e analistas disseram que a safra apresenta ritmo suficiente para que a colheita ocorra mais cedo neste ano, o que pode pressionar as cotações do cereal mais cedo do que o normal. O rápido desenvolvimento diminui as chances de problemas causados por geadas.
De acordo com a maioria dos analistas, as condições climáticas são positivas de um modo geral, exceto em algumas áreas onde há muito calor e outras onde há excesso de umidade.

Trigo
A colheita da safra de trigo de primavera evoluiu ao longo da última semana, de acordo com o USDA, enquanto as condições da safra permanecem excepcionais. O USDA informou que 20% da safra foi colhida até o momento, ante 5% uma semana antes. A média dos últimos cinco anos para este momento do ano é de 28%.
Minnesota colheu 47% de sua safra de trigo de primavera, ante média de 25%. Washington colheu apenas 8%, ante média de 36%. Na Dakota do Norte, 13% da safra foi colhida. Cerca de 87% da colheita de trigo de inverno foi concluída, o que significa 6 pontos porcentuais abaixo da média. Os atrasos mais expressivos estão nos Estados de Idaho, Montana e Washington.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SOJA: CHINA SUSTENTA SAFRA NOVA.

Os futuros de soja tiveram fechamento misto na Chicago Board Of Trade após um dia de intensa volatilidade. Os vencimentos mais próximos foram pressionados pela queda nas cotações do trigo, pelas vendas de produtores no mercado físico dos Estados Unidos e pela reversão de operações de spread entre contratos da safra nova e velha. Já os vencimentos mais longos, de novembro para frente, subiram com a demanda da China, que hoje comprou mais 284 mil toneladas de oleaginosa dos EUA para entrega em 2010/11.
O contrato novembro, mais negociado, subiu 1,50 cent (0,1%), a US$ 10,35 por bushel. Fundos especulativos compraram cerca de quatro mil contratos de soja. A desvalorização dos contratos mais curtos mostra que os produtores norte-americanos tiraram vantagem da alta recente das cotações para vender o resto da safra 2009/10, disse o analista Jack Scoville, do Price Futures Group. Já os vencimentos mais longos foram sustentados, além da China, pelo período de desenvolvimento das lavouras nos EUA. O clima em agosto determina a produtividade da safra. No Meio-Oeste, o tempo continua bom para os campos de soja, enquanto na região do Delta pode haver alguma perda de produtividade provocada pelo calor intenso.
Os fundamentos encorajaram os traders a desfazer operações de spread antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na quinta-feira, e do vencimento do contrato agosto, na sexta.
Nos derivados de soja, os futuros de óleo tiveram o melhor desempenho de todo o complexo. Esse segmento foi beneficiado pelo rali no mercado de óleo de palma da Malásia, onde os preços atingiram máximas de 15 meses, e pela quebra da safra de semente de girassol na União Europeia, de acordo com o analista Bill Nelson, da Doane Advisory Service. Os preços firmes do mercado de energia também influenciaram. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para setembro fecharam a US$ 81,48 por barril, em alta de US$ 0,78 (0,97%). Os futuros de farelo recuaram pressionados por ajustes nos spreads com o óleo. Fundos venderam cerca de mil contratos nesse mercado.

MILHO - TERMINA COM DESVALORIZAÇÃO MODESTA.
Os contratos futuros de milho caminharam nos dois sentidos nesta segunda-feira na CBOT, mas terminaram o dia com perdas. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, recuaram 2,0 cents ou 0,48% e fecharam a US$ 4,18/bushel. O milho voltou a acompanhar o volátil mercado de trigo. Houve poucas notícias para que o milho digerisse, segundo traders, enquanto o clima para a safra dos Estados Unidos continua predominantemente favorável. Participantes do mercado disseram que as previsões do tempo menos pontos de calor extremo ao longo das áreas de produção. O mercado fechou em território negativo por conta da desvalorização do trigo antes do fim da sessão.
Traders estão aguardando o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Alguns traders afirmaram que o USDA fará uma pequena redução em sua estimativa de safra, o que evitará maiores quedas de preço.
O USDA informou em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que 71% da safra apresenta condição boa a excelente, mesma parcela da semana anterior. A Doane Advisory Services observou que alguns traders esperavam pequena redução da porcentagem. Analistas observaram algumas preocupações com a safra em áreas do Sul do Meio-Oeste.

SOJA: ALTA FAVORECE NEGOCIAÇÃO, MAS NÃO É TENDÊNCIA.

A recente alta dos preços da soja no mercado internacional deve ser vista não como tendência de mercado mas como oportunidade para vender os estoques remanescentes da safra 2009/10 e travar preços melhores para negócios futuros, diz o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa. "O preço mais firme é uma oportunidade para o produtor vender a um preço razoável o estoque da safra anterior e avançar a comercialização de 2010/11. Mas não trabalhamos com este cenário de preços", afirmou Pessôa, que participa em São Paulo do 9º Congresso Brasileiro de Agribusiness. A consultoria estima que o Centro-Oeste ainda conta com 10% a 15% de estoques remanescentes da safra 2009/10 para comercializar. Já no Sul, o volume é maior, de cerca de 30% do grão produzido neste ciclo.
Pessôa ressalta que a inter-relação dos mercados, puxada pelos ganhos no trigo, sustenta os preços no curto prazo. "No médio e longo prazo, os valores para a soja tendem a ficar mais próximos de US$ 9/bushel, que dos US$ 11/bushel, como estamos vendo agora", afirma.
Ele destaca a perspectiva de grande safra nos Estados Unidos e na América do Sul. "O Brasil pode ter área recorde e a Argentina, no mínimo, deve manter a área de soja estável em relação ao ciclo anterior, em torno de 19,5 milhões de hectares", pondera.
Na avaliação do consultor, o ajuste nos preços da soja tende a ocorrer em setembro, quando se terá uma melhor avaliação dos níveis de produtividade da safra de verão 2010/11 dos Estados Unidos. "A definição sobre produtividade no Meio-Oeste, em meados de setembro, já será suficiente para um ajuste (para baixo) nos preços da soja", afirma. Segundo ele, o mercado já trabalha com a perspectiva de redução no rendimento das lavouras do Delta do Mississippi, pelo baixo volume de chuvas e altas temperaturas registradas recentemente. No entanto, por conta do volume menor produzido na região, o impacto sobre as cotações é menor. Ainda este mês, o consultor segue para os EUA para avaliar a condição das lavouras no país.
Safra de verão

A Agroconsult mantém a perspectiva de queda de cerca de 500 mil hectares, para 7,5 milhões de hectares, na área plantada com milho em 2010/11. No caso da soja, a expectativa é que os produtores cultivem área recorde de 24 milhões de hectares em 2010/11. Pessôa afirma que é preciso acompanhar de perto o impacto do La Niña nesta temporada, mas pondera que o efeito é maior nas lavouras de milho, concentradas no Rio Grande do Sul e Paraná no ciclo de verão. O fenômeno provoca chuvas abaixo da média na região Sul. Por isso, a recomendação nestes Estados é plantar o cereal mais cedo possível, para minimizar o impacto climático. "Lembre-se de 2005, quando tivemos uma seca terrível no Sul, provocada pela La Niña. Quem plantou mais cedo teve menos perdas", ressalta. Para o algodão, a consultoria estima área de 1,1 milhão de hectares.
Insumos - O aumento dos preços de grãos no mercado internacional em julho também ajudou a impulsionar as vendas de insumos para a safra nova. Segundo Pessôa, os valores mais firmes tornaram a relação de troca mais favorável para o produtor. "As conversas com produtores mostram que eles aproveitaram o momento para negociar os pacotes de insumos", afirma.

TRIGO: PRODUÇÃO GLOBAL MENOR COM PROBLEMAS NA RÚSSIA.

Uma safra menor na Rússia deve reduzir a produção global de trigo em 2010/11 para 645,71 milhões de toneladas, segundo dados da consultoria alemã F.O. Licht. O volume fica 10,4 milhões de toneladas, ou 1,6%, abaixo da estimativa de julho.
A safra de trigo da Rússia deve despencar 28% em relação à temporada 2009/10, para 44 milhões de toneladas, após a estiagem e os incêndios florestais terem devastado muitas das regiões mais férteis do país, informou a consultoria. Na semana passada, o governo russo proibiu as exportações de grãos para conter o aumento da inflação doméstica.
Em julho, a F.O. Licht estimou a produção global do cereal em 656,07 milhões de toneladas, com Estados Unidos e Austrália propensos a dominar o mercado em 2010/11.

CHICAGO: SOJA AVANÇA POR FUNDAMENTOS; MILHO E TRIGO REVERTEM PERDAS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago avançavam nesta segunda-feira, impulsionados por sólida demanda de exportação, por incertezas sobre a nova safra e por contínuas preocupações com o aperto das ofertas no curto prazo. Contudo, boas condições climáticas no cinturão produtor do Meio-Oeste exercem influência negativa sobre os preços, segundo analistas.
Os produtos derivados da oleaginosa apresentavam desempenhos distintos, com o óleo em valorização e o farelo misto. O contrato novembro avançava 8 cents, ou 0,77%, para US$ 10,4150 por bushel.
O milho subia levemente, revertendo a fraqueza inicial, assim como os preços do trigo. O grão assumiu o papel de seguidor, sem que haja novas notícias para direcionar o mercado. Persistentes incertezas sobre a eventual produtividade da safra ainda fornecem suporte, mas um clima favorável no curto prazo limita o apetite de traders por ativos de risco, segundo analista. Lotes para entrega em dezembro ganhavam 4 cents, ou 0,95%, cotados a US$ 4,24 por bushel.
O trigo se recuperavam das perdas iniciais nesta segunda-feira, após o mercado não ter conseguido atrair a continuação de vendas do pregão eletrônico. Os futuros tentaram estender o movimento de correção iniciado na sexta-feira, mas preocupações com a produção nos mercados externos e com os programas de exportação interromperam o declínio até que haja mais clareza sobre os fundamentos globais do cereal, disseram analistas.
Setembro subia 10,25 cents, ou 1,41%, para US$ 7,36 por bushel, após ter oscilado entre US$ 6,98 e US$ 7,30 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento avançava 18,75 cents, ou 2,6%, negociado a US$ 7,3875 por bushel.

ABAG : SOJA DEVE SE MANTER ENTRE US$ 9,50 E US$ 10/BUSHEL.

Os preços da soja devem seguir firmes, sustentados pela demanda internacional e por outros mercados. "Estávamos esperando queda de preço, mas a soja segue firme. Deve se manter entre US$ 9,50 a US$ 10/bushel", diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, Carlo Lovatelli, que também preside a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), promotora do 9º Congresso Brasileiro de Agribusiness, que acontece em São Paulo. Segundo o executivo, essa tendência de preços não se altera mesmo diante da perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos.
Lovatelli disse que o produtor trabalha com a perspectiva de preços mais firmes e por isso investirá para ter maior produção na safra 2010/11. "O crescimento se dará em produtividade e não em área", ressalta. Na avaliação do executivo, o aumento dos preços da soja tem impacto limitado na margem das indústrias processadoras de soja e produtoras de óleo. "Mesmo alto, a manutenção do preço dá mais segurança para o planejamento das indústrias", afirma.

ARGENTINA: GREVE DE TRABALHADORES PARALISA EMBARQUE DE GRÃOS.

Trabalhadores responsáveis pelo embarque de grãos nos portos da Argentina entraram em greve nesta segunda-feira por um período de 48 horas. Eles reivindicam um aumento de 40% nos salários. A paralisação pode se estender caso a categoria não seja atendida, informou o secretário geral da União de Recebedores de Grãos e Afins (Urgara), Alfredo Palacio. "Se não tivermos resposta aos nossos pedidos, vamos prolongar a greve." "Vamos ter uma paralisação total no que se refere à entrada de cereais nos portos. As empresas que se negam a equiparar nossos salários aos do resto dos trabalhadores da atividade nos obrigam a tomar esta atitude", argumentou o sindicalista.
A greve, anunciada ontem, afeta especialmente os portos de Rosario, Bahia Blanca e Necochea, o que prejudica as exportações. Em março passado, uma greve de empregados comprometeu os embarques de óleos para o exterior, provocando perdas significativas aos exportadores.

PERSPECTIVA: CBOT DEVE SE EQUILIBRAR ENTRE TRIGO E USDA.

Os mercados futuros de grãos devem se dividir nesta semana entre as apostas para os novos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a influência do trigo, que na semana passada disparou e, apesar da forte realização de lucros da sexta-feira, ainda registrou alta de quase 9% no período.
A bolsa do cereal reagiu de forma explosiva à notícia de que a Rússia suspendeu as exportações até o final do ano e, nos próximos dias, será importante observar se país vai romper contratos de exportação já estabelecidos antes do anúncio de suspensão das vendas, avaliou o corretor Daniel D'Ávila, da Newedge. "Também será interessante ver se outros países do Leste Europeu - como Casaquistão e Ucrânia - confirmam suas respectivas quebras de safra e o que farão a partir daí", afirmou. Caso isso aconteça, os preços do trigo poderão continuar a subir, a despeito de já quase terem dobrado desde a mínima alcançada em junho. Passados esses acontecimentos, o mercado tende a se normalizar, acredita D'Ávila.
Os estoques mundiais de trigo são amplos, tudo indica que grandes exportadores, como Argentina e Estados Unidos, terão boas safras e, em algum momento, esses fatores pesarão sobre os preços. Para Ênio Fernandes, da Terra Agropecuária, o USDA vai movimentar o mercado, que, depois de conhecidos os números, deverá voltar sua atenção para os fundamentos. "Os números de produção (de grãos) devem ser negativos, mas a perspectiva de demanda deverá sustentar os preços", afirmou.
As apostas são de que o governo norte-americano vai elevar a estimativa de produção de milho e soja e, talvez, as projeções de exportação desses dois grãos mais a do trigo. A avaliação é que a demanda internacional por grãos, especialmente soja, está forte. Além disso, a quebra da safra do trigo no Leste Europeu abrirá espaço para as vendas do cereal norte-americano.
No mercado de soja, o clima até agora não ameaçou a produtividade e até a semana passada as previsões indicavam que as lavouras deverão passar incólumes pelo verão norte-americano. Mas, na outra ponta, dia sim, dia não, o USDA anuncia grandes vendas da oleaginosa para a China, com entrega marcada para 2010/11. Na sexta-feira, por exemplo, foram 336 mil toneladas. Essas expectativas, negativa de um lado e positiva de outro, devem manter as cotações dentro dos níveis observados na semana passada. "Até quinta-feira, não deve ter muita coisa diferente do que vimos até agora no mercado de soja", avaliou D'Ávila, da Newedge. Para o analista Jason Britt, presidente da Central States Commodities Inc., "ainda há incerteza suficiente a respeito do tamanho da safra para sustentar os preços."Na sexta-feira, as cotações da soja fecharam com alta tímida na CBOT, descoladas do mercado de trigo, que desabou mais de 7%, para US$ 7,5525 no contrato setembro . Os preços se sustentaram justamente na demanda internacional e na oferta apertada neste momento nos EUA. O contrato novembro subiu 4,50 cents, a US$ 10,3350/bushel. Fundos compraram cerca de quatro mil contratos na soja. Na semana, o contrato acumulou alta de 2,84%.
O milho também se sustentou e subiu 2 cents, a US$ 4,20/bushel no contrato dezembro. Mas o analista John Kleist, corretor da Allendale, alertou na Dow Jones que, com a divulgação das projeções de FCStone e Informa, que estimam produção em torno de 13,4 bilhões de bushels nos Estados Unidos, e com a queda do trigo, os traders de milho estão repensando o nível dos preços e podem ficar vendidos antes do relatório do USDA.

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