sábado, 26 de março de 2011

SOJA/MT: PRODUTORES QUESTIONAM DESCONTO PELAS TRADINGS

A produção de soja de Mato Grosso pode atingir o recorde de 19,247 milhões de toneladas estimados em fevereiro pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mas o valor da produção de ficar abaixo das expectativas. Esta é a opinião do presidente da Associação dos Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, que nas últimas semanas vem discutindo com as tradings a questão dos descontos aplicados nos preços pagos aos produtores por conta da classificação dos grãos avariados pelo excesso de chuvas em algumas regiões do Estado.
Silveira afirmou que a entidade realizou teste com amostra de um lote de soja que foi entregue no armazém de uma trading e depois levado para classificação em outras cinco empresas. Segundo ele, o resultado da classificação sobre as avarias nos grãos foi diferente em todas as empresas, inclusive naquela que realizou a primeira análise, que também recebeu a mesma amostra sem saber que o teste estava sendo repetido. Houve casos em que uma empresa apontou 6% de grãos ardidos e outra 20%, para amostras de lotes de caminhões que transportavam a soja colhida no mesmo dia em uma só lavoura.
Na opinião do presidente da Aprosoja ainda não é possível dimensionar os prejuízos que os produtores estão enfrentando por causa das divergências na classificação da soja, mas alerta que nas regiões mais afetadas pelas fortes chuvas o impacto será significativo, pois além do desconto aplicado pelas tradings na compra do produto, os agricultores também tiveram perda de produtividade no campo e estão pagando mais caro para escoar a soja, pois a demora na descarga dos caminhões nos armazéns elevou o valor do frete interno.
Glauber Silveira afirmou que a Aprosoja vem discutindo o problema da classificação da soja com as tradings, pois os critérios nos armazéns são subjetivos, muitas vezes com avaliação apenas visual. Além da questão da falta de um padrão objetivo para quantificar os grãos avariados para estabelecer o desconto, os produtores também reclamam da forma como os cálculos são feitos. Silveira cita como exemplo casos em que as empresas estabelecem desconto de 10% de umidade na compra da soja, mas na hora do cálculo dos grãos avariados levam em conta 100% da carga entregue. Ele também questiona o critério da cobrança por saca na classificação, pois com o aumento da cotação da soja o valor pago pelos produtores dobrou em relação ao ano passado.
O presidente da Aprosoja diz que muitos produtores, que estão colhendo 3.100 quilos de soja por hectare, após os descontos aplicados pelas tradings receberão o equivalente a 2.900 quilos por hectare, o que terá impacto na renda do setor. Nas regiões afetadas pelas chuvas, a concentração da colheita nos raros períodos de estiagem provocou congestionamento nos armazéns. Glauber Silveira diz que na safra passada utilizou cinco caminhões para entregar toda produção de soja nas tradings e neste ano teve que contratar doze veículos. O motorista que no ano passado realizava duas a três viagens por dia, neste ano chegou a enfrentar filas de 30 horas nos armazéns para descarga da mercadoria. O reflexo foi o aumento de 100% no valor do frete interno, que no início da colheita estava em R$ 0,40 por saca e agora é de R$ 1,00. "As pessoas acham que é pouca coisa, mas no caso do produtor que produz 100 mil sacas de soja o custo de transporte para o armazém teve aumento de R$ 50 mil em relação à safra passada", diz ele.
O gerente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Antonio de La Bandeira, diz que a colheita desta safra "é a mais traumática da história da soja em Mato Grosso". Ele diz que na região os produtores tiveram que ficar atentos dia e noite, para aproveitar os bons momentos de colheita, mas muitas vezes as máquinas ficaram paradas no campo por causa da falta de caminhões, que estavam retidos nas filas de espera dos armazéns. Ele reconhece que o congestionamento para descarga nas tradings era inevitável, pois como eram raras as oportunidades de tempo seco, todos os produtores aproveitavam para acelerar a colheita.
Silveira acredita que a colheita da soja em Mato Grosso deve encerrar no final deste mês, com atraso de 20 a 25 dias, em função das chuvas que prejudicaram os trabalhos. O Imea divulgou hoje pela manhã que até ontem a colheita atingiu 81,1% dos 6,413 milhões de hectares cultivados nesta safra. O atraso é de 16,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. O gerente técnico da Aprosoja, Luiz Nery Ribas, chama atenção para o aumento da incidência de focos de ferrugem nas lavouras de ciclo longo, que começaram a ser colhidas nas últimas semanas. Ele acredita que a ferrugem também deve provocar queda na produtividade da soja, mas o impacto só poderá ser mensurado após a conclusão da colheita.

CBOT/SOJA FECHA EM ALTA SUSTENTADO POR PREOCUPAÇÃO COM ÁREA NOS EUA

Os futuros da soja fecharam em alta nesta sexta feira na bolsa de Chicago, na contramão das cotações do milho e do trigo. Os temores de que os produtores norte-americanos não vão plantar uma área suficiente na temporada 2011/12 para reabastecer a oferta deram suporte ao mercado.
Segundo Jack Scoville, analista da Price Futures Group, a soja também encontrou sustentação nas preocupações de atraso na colheita do Brasil por causa das chuvas, e o contrato maio subiu 3,75 centavos, ou 0,3%, para fechar a US$ 13,5825 por bushel. O novembro, referente à nova safra, ganhou 0,5%, para US$ 13,5025.
Os vencimentos mais distantes lideraram os ganhos, uma vez que um aumento insuficiente na área de plantio exigirá produtividades acima do normal para evitar mais um ano de oferta apertada.
Entre os produtos derivados, o óleo de soja atingiu a máxima de duas semanas devido ao panorama positivo da demanda de óleos vegetais, de acordo com analistas. O maio ganhou 72 pontos, ou 1,3%, cotado a 56,84 centavos por libra-peso.
Já o farelo recuou, pressionado pela queda no consumo interno. O uso de farelo nos EUA em fevereiro foi o menor desde 1996, devido ao uso de grão seco por destilação (DDG) nas rações, disseram analistas. O vencimento maio caiu US$ 2,60, ou 0,7%, para US$ 357,20 por tonelada.

MILHO EMBOLSA LUCROS E FECHA COM DESVALORIZAÇÃO
Participantes do mercado de milho embolsaram lucros e pressionaram as cotações na CBOT. Posição mais líquida, o contrato maio recuou 13,0 cents ou 1,85% e fechou a US$ 6,8950/bushel.
Os preços caíram, mesmo que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tenha informado a venda de cereal para destinos desconhecidos. Isso foi encarado como uma retomada das compras pela China, depois de meses ausente do mercado.
Traders tiraram as fichas da mesa depois que o USDA registrou acordos de exportação para 1,25 milhão de toneladas. A expectativa de retomada das compras da China havia puxado as cotações em 14% na semana passada. "Compraram o boato e venderam o fato", resumiu o analista Mario Balletto, do Citigroup.
Mas os futuros podem encontrar suporte na demanda para exportação na semana que vem. Traders disseram que o USDA deve anunciar novas vendas a partir de segunda-feira. A China, que adquire grãos por meio de agências estatais, deve continuar comprando para reabastecer os estoques, enquanto os preços domésticos sobem, segundo analistas.
Consumidores do grão estão ansiosos com o aumento da demanda pelo produto dos Estados Unidos, pois a oferta já está apertada e no fim do ano deve ser a menor em 15 anos. Recentemente, os futuros de milho alcançaram máximas em 32 meses, com intensa procura e temores relacionados à oferta. "Se o governo da China está comprando milho, não são 1,25 milhão de toneladas. Haverá mais", disse o presidente da consultoria AgResource, Dan Basse.

TRIGO SEGUE MILHO, REALIZA LUCROS E TERMINA O DIA COM PERDAS
Os preços futuros do trigo foram pressionados por realização de lucros na CBOT e por influências negativas do mercado de milho.
Os contratos com vencimento em maio, os mais líquidos, fecharam em baixa de 6,25 cents ou 0,85%, cotados a US$ 7,3325/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 1,75 cent ou 0,21% e fechou a US$ 8,55/bushel.
Participantes do mercado embolsaram lucros, depois que os preços subiram 3,5% na quinta-feira. A fraqueza do mercado de milho se refletiu no trigo, pois ambos os grãos são usados na alimentação animal.
Anteriormente, o trigo havia encontrado suporte no milho, que saltou na última semana com rumores de vendas para a China.

ALGODÃO/NY ENCERRA A SESSÃO EM BAIXA DE 2,1%.
Participantes do mercado de algodão voltaram realizar lucros após a forte valorização de quinta feira e derrubaram os preços. Os lotes para entrega em maio, os mais negociados, encerraram a sexta-feira com queda de 433 pontos ou 2,07%, cotado a 204,49 cents/lb.
No início do pregão, os futuros ficaram sem direção. Embora tenham recuado em seguida, a queda não foi tão dramática quanto em outras ocasiões, como tem ocorrido frequentemente. Segundo analistas, isso indica que o mercado pode se consolidar próximo ao nível dos 200 cents/lb.

PARANÁ/DERAL ELEVA ESTIMATIVA DE SOJA E MILHO.

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, elevou nesta sexta-feira sua estimativa para a produção de soja na safra 2010/11 no Estado para um recorde 14,7 milhões de toneladas, ante 13,9 milhões na previsão de fevereiro, devido a uma produtividade maior.
Em relação à safra passada (2009/10), quando foram colhidos 13,92 milhões de toneladas do da oleaginosa, o crescimento da produção no segundo principal Estado produtor é de 5%, segundo o levantamento do Deral. A produtividade passou de 3.190 quilos por hectare no ano passado para 3.260 quilos por hectare neste ano, acima dos 3.097 quilos estimados em fevereiro.
Já a estimativa para a primeira safra de milho foi elevada de 5,4 milhões de toneladas no mês passado para 5,7 milhões agora, contra 6,8 milhões de toneladas em 2009/10. A produtividade estimada é de 7.714 quilos por hectare, ante 7.336 previstos em fevereiro e 7.568 em 2009/10.
O Deral informou ainda que o milho safrinha já está com 87% da área prevista em 1,6 milhão de hectares plantados, 50 mil hectares a mais em relação à expectativa anterior. De acordo com o diretor do órgão, Otmar Hubner, os produtores se animaram com a reação nos preços do grão e apostaram no plantio da segunda safra, e a previsão é colher 7,1 milhões de toneladas, volume acima da safra principal de milho.
No total, o Estado deve colher 32,2 milhões de toneladas de grãos neste ano-safra, o que corresponde a um adicional de 1,3 milhão de toneladas em relação à expectativa de safra do mês passado.

quinta-feira, 24 de março de 2011

ALIMENTOS/CHINA; PARA ATENDER A DEMANDA, É PRECISO IMPORTAR.

A China pode não ser capaz de atender à crescente demanda por alimentos apenas com recursos domésticos, afirmou hoje o diretor do escritório do Conselho Estatal para política rural, Chen Xiwen, indicando que há espaço para crescimento das importações. O executivo questionou a eficiência da política que estabelece metas cada vez maiores para produção de grãos na China, enquanto o país se esforça para aumentar a produtividade em poucas terras.
Os comentários de Chen parecem divergir de outros pronunciamentos do governo da China, que costuma enfatizar a tentativa de atender à demanda por grãos no país com oferta doméstica. Ontem mesmo, o Conselho Estatal prometeu tomar todas as medidas necessárias para garantir neste ano o oitavo recorde consecutivo na colheita de grãos. Autoridades disseram que o aumento da produção é necessário para combater a inflação - uma prioridade na política econômica do governo neste ano.
"Buscar níveis cada vez mais altos de produção deve resultar em excesso de fertilização e numa agricultura insegura", disse Chen, que também é diretor de assuntos rurais do Partido Comunista chinês. "É claro, temos de aumentar a produção nesta área, mas nossas técnicas e recursos não podem dar conta." O governo chinês vem há tempos destacando que precisa produzir grãos suficientes para alimentar a população e evitar ser dependente das importações.
Nas últimas décadas, o governo reduziu a meta de autossuficiência para algumas safras, como soja, mas continua classificando milho, trigo e arroz como grãos básicos, dos quais mantém grandes estoques. Chen declarou que os estoques atuais de grãos totalizam 200 milhões de toneladas, incluindo os privados e públicos - cerca de 40% do consumo anual. Mas as importações da China aumentaram nos últimos anos em importantes categorias. Chen explicou que a China está mantendo sua autossuficiência em grãos, mas destacou as importações. As compras de soja no mercado externo superaram a produção doméstica em 2004 para atender à crescente demanda chinesa. "A China costumava ser o maior produtor de soja, agora é o maior importador", recordou. No ano passado, o país registrou um recorde de importação de 54,8 milhões de toneladas de soja.

CBOT/SOJA FECHA EM ALTA COM ESTIMATIVA DE PLANTIO EM ÁREA DE MENOR

Os futuros da soja acompanharam os ganhos do milho e do trigo na bolsa de Chicago e fecharam em leve alta hoje, em meio aos temores de que os produtores norte-americanos não plantarão uma área suficiente para reabastecer a apertada oferta da oleaginosa.
O contrato maio, mais negociado, subiu 3,25 centavos, ou 0,2%, para fechar cotado a US$ 13,5450 por bushel. O novembro, referente à nova safra, avançou 0,8%, para US$ 13,4350.
As previsões de tempo seco deram sustentação ao trigo, uma vez que meteorologistas reduziram as projeções de chuva nas Planícies, importante área produtora do cereal que já enfrenta uma estiagem. Já a safra de milho tem um cenário contrário, uma vez que a umidade pode prejudicar o plantio em regiões importantes do Meio-Oeste, onde o milho é a lavoura dominante.
Depois de apresentar queda durante o pregão, a soja acabou acompanhando os dois outros grãos devido à necessidade de os preços se manterem competitivos por causa da disputa por área nos EUA. Além disso, a possibilidade de perda de produtividade no Brasil devido às chuvas também deu sustentação aos preços.
Os contratos referentes à nova safra lideraram os ganhos depois que empresas privadas projetaram uma área menor do que o esperado, segundo Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics. Ele destacou ainda que a menor demanda doméstica e por exportação em meio à competição da soja recém-colhida na América do Sul limitaram os ganhos dos contratos mais próximos.
Hoje, a corretora Linn Group estimou que a área plantada com milho nos Estados Unidos será maior do que a recente estimativa do governo, enquanto a de soja será inferior.
O Linn Group prevê que o plantio de milho em 2011 ocupará 92,2 milhões de acres (37,31 milhões de hectares), mais do que os 88,2 milhões de acres (35,69 milhões de hectares) cultivados em 2010. O USDA estima inicialmente a área de milho em 92 milhões de acres (37,23 milhões de hectares). O plantio de soja é estimado pelo Linn em 75,9 milhões de acres (30,71 milhões de hectares), abaixo da previsão do USDA de 78 milhões de acres (31,56 milhões de hectares). Em 2010, foram cultivados 77,4 milhões de acres (31,32 milhões de hectares). O USDA divulga no dia 31 de março a estimativa de plantio no País com base em dados fornecidos pelos próprios produtores.
Entre os produtos derivados, o farelo de soja sucumbiu à pressão da demanda menor e da competição da oferta sul-americana, segundo analistas. O contrato maio do farelo recuou US$ 0,20, cotado a US$ 359,80 por tonelada.
Já o contrato maio do óleo de soja fechou em alta, sustentado por estoques mensais abaixo do esperado segundo o relatório do Census Bureau sobre o esmagamento em fevereiro. O maio subiu 64 pontos, cotado 56,12 centavos por libra-peso.

MILHO FECHA EM ALTA DE 3,2% COM RUMORES SOBRE A CHINA
O mercado futuro de milho se fortaleceu hoje na CBOT por causa dos rumores sobre exportação do cereal norte-americano à China. As discussões começaram na quinta-feira passada, mas diminuíram nos últimos dois dias, pois o governo não confirmou as vendas, segundo analistas. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em maio subiu 21,50 cents ou 3,16% e fechou a US$ 7,0250/bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não informou nenhuma venda de milho para a China no seu relatório de exportação semanal, mas traders e analistas continuam especulando sobre a possibilidade de o país asiático ter comprado. Eles acreditam que os detalhes do acordo estão sendo omitidos.
O analista Alan Brugler, da corretora Brugler Marketing & Management, disse que "cresce a opinião de que 'eles compraram algum milho, mas simplesmente não estamos sabendo'".
O relatório divulgado hoje pelo USDA mostrou que as vendas para a China no ano comercial 2010/11 somaram 313,6 mil toneladas até 17 de março. São 100 toneladas a menos do que no relatório da semana anterior, que indicou 313,7 mil toneladas até 10 de março.
De acordo com Conchita Powell, especialista do departamento de exportações do USDA, nenhuma venda à China foi informada à agência do governo, portanto o declínio no último relatório de exportação é um erro. Outras autoridades do USDA insistiram que nenhuma atividade foi registrada.

terça-feira, 22 de março de 2011

FUNRURAL: STF DECIDE A FAVOR DO MATABOI E ABRE PRECEDENTE

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento realizado na quinta-feira passada (17), rejeitou, por unanimidade, os embargos de declaração propostos pela União contra a decisão que desobrigou o frigorífico mineiro Mataboi de recolher o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Os recursos do fundo formam a previdência social do setor rural.
A sentença abre precedente para futuras deliberações judiciais sobre a questão. Com ela, volta a vigorar a decisão inicial do STF, anunciada em fevereiro de 2010, e o Mataboi está liberados de recolher o imposto. Depois de publicada, a decisão terá validade plena, não cabendo outros recursos.
O Funrural incide sobre a comercialização de produtos agrícolas e é recolhido por produtores rurais pessoas físicas, jurídicas e também empresas agroindustriais. Para o segurado especial (produtor rural pessoa física, sem empregados), o tributo é o custeio de sua previdência, servindo para aposentadoria e outros benefícios junto ao INSS. O tributo é repassado ao fisco pelas empresas que adquirem a produção agropecuária, como os frigoríficos, pelo sistema de substituição tributária. Os produtores, os verdadeiros tributados, sofrem o desconto quando recebem o pagamento da empresa que adquire sua produção.
A alíquota do imposto é de 2,1%, sendo 2,0% para o INSS e 0,1% para o RAT (Riscos Ambientais do Trabalho). A contribuição 0,2% para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), embora cobrada junto com o Funrural, não foi contestada na Justiça.
Precedente - A decisão tem efeito somente para os fornecedores do frigorífico mineiro, mas ela abre precedentes para que outras empresas obtenham o mesmo direito. Para o STF, a contribuição foi instituída por uma lei ordinária e não por uma lei complementar, como deveria ter ocorrido.
No primeiro semestre do ano passado, logo após a primeira decisão do STF relacionada ao Mataboi, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF nos mesmos moldes do recurso da indústria de carnes mineira. Neste caso, todo o setor de processamento de carnes seria beneficiado. O processo ainda tramita pelo Supremo, sem data para ser julgado.
De acordo com o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, os empresários não querem mais agir como arrecadadores de impostos para o governo. "Não desejamos mais ter esse papel de agente intermediário, arrecadador do governo. Isso acaba atrapalhando toda a indústria, gera uma situação desequilibrada nos negócios", ressaltando que o Funrural é pago pelo produtor, mas é a indústria que recolhe o imposto e repassa os recursos à União.
O executivo acredita que mesmo em um ano de duro ajuste fiscal como o atual, a decisão do STF ajudará no andamento da ADI impetrada pela Abrafrigo. "Temos poderes independentes no País. A decisão do STF declara a inconstitucionalidade de um artigo da lei, qualquer ato que for praticado com base nele é nulo de pleno direito. Então, estamos bem otimistas com a ADI", disse.
Veja, na íntegra, a decisão do STF do Recurso Extraordinário nº 363852 que envolve o frigorífico Mataboi (MG), disponível no site do STF:"Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, rejeitou os embargos de declaração. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Ausentes, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e os Senhores Ministros Ayres Britto e Dias Toffoli. Plenário, 17.03.2011."

GRÃOS/CBOT- MERCADO RECUPERA PERDAS E FECHA EM LEVE ALTA

Os futuros da soja se recuperaram das perdas iniciais e fecharam com leve alta hoje na Bolsa de Chicago, sustentados pelas preocupações com o plantio da nova safra 2011/12 nos Estados Unidos. O contrato maio subiu 2,50 centavos, ou 0,2%, para fechar cotado a US$ 13,6550 por bushel depois de atingir a mínima do dia de US$ 13,44.
Os participantes do mercado continuam nervosos com a possibilidade de que os produtores norte-americanos não plantem uma área suficiente com a oleaginosa para reabastecer os já apertados estoques dos EUA.
Traders mostraram-se relutantes em vender com força antes da divulgação no dia 31 de março do relatório de intenção do plantio pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), com informações fornecidas pelos próprios produtores. "Ainda não sabemos qual será a área, e nem como ficará o tempo".
Até lá, se não houver nenhum acontecimento externo, o mercado deve permanecer volátil, observou Shawn McCambridge, analista da Prudential Bache.
Entre os produtos derivados, o contrato maio do farelo de soja terminou estável, a US$ 366,40 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo recuou 2 pontos, para fechar cotado a 55,86 centavos por libra-peso.

MILHO ESTÁVEL, SUSTENTADA POR TEMOR NO PLANTIO
Os preços futuros do milho terminaram o dia perto da estabilidade na Bolsa de Chicago. Preocupações com o plantio ainda sustentam as cotações. Os lotes para entrega em maio, os mais movimentados, fecharam em alta de 0,25 cent ou 0,04%, cotados a US$ 6,8675/bushel.
Participantes do mercado estão ansiosos com a possibilidade de que, na primavera do Hemisfério Norte, os produtores não plantem milho e soja suficientes para reabastecer os estoques apertados. Isso pode ocorrer por causa da concorrência com o algodão, cujos preços estão elevados. O clima úmido também ameaça interromper o plantio de milho, que é cultivado mais cedo do que a soja."Ainda não sabemos qual será a área e como vai ser o clima", questionou o analista Sid Love, da corretora Kropf & Love Consulting.
Consumidores de grãos estão especialmente preocupados com problemas climáticos que podem reduzir o plantio de milho, enquanto a expectativa é de que a oferta do grão seja a menor em 15 anos. A demanda de produtores de etanol e de rações é forte.
"Realmente não acho que os fundamentos tenham mudado muito", disse Love. Na ausência de novidades, o mercado deve permanecer volátil e andar de lado até que estimativas federais sejam divulgadas para o plantio e os estoques trimestrais, em 31 de março, de acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache. Participantes do mercado estão "estão apenas aguardando até que tenhamos esses relatórios".
Traders também aguardam confirmações sobre vendas de milho para a China. Rumores de que os chineses compraram o cereal dos Estados Unidos puxaram as cotações na semana passada, mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não confirmou a exportação.

JAPÃO DEVE AUMENTAR IMPORTAÇÃO DE ALIMENTOS PRONTOS OU PROCESSADOS

O Japão deve aumentar as importações de alimentos processados ou prontos para consumo no segundo trimestre, enquanto luta para se recuperar das consequências do terremoto e do tsunami que atingiram o país recentemente. A crise nuclear que sucedeu a tragédia aumentou as preocupações relacionadas à contaminação de alimentos dentro do país. As áreas atingidas pelo terremoto, no norte do Japão, produzem cerca de um terço da ração animal do país, de 17% a 18% do arroz, e são uma importante fonte de produtos marinhos. Após a identificação de radiação em amostras de alimentos, há pedidos para que seja interrompida a circulação de produtos provenientes da área afetada.
Nesta terça-feira, a agência de notícias Kyodo News relatou que foram encontradas partículas de iodina-131 radioativa na água do mar a cerca de 16 km da usina nuclear prejudicada pelo terremoto. Citando a companhia Tokyo Electric Power, responsável pela usina, a Kyodo disse que os produtos marinhos da área próxima aos reatores nucleares não serão comercializados.
A área próxima a Fukushima, onde está a usina, é famosa por sua aquicultura com ostras, mariscos e moluscos em geral, de acordo com o presidente da trading de commodities Unipac Grain, Nobuyuki Chino. Ele explicou que pode levar de dois a três anos para que as áreas fiquem novamente livres de radiação. Enquanto isso, esses itens terão de ser produzidos com mais intensidade no sul do Japão, nos mares de Mie e Sado.
Embora o plantio de arroz ainda esteja a algumas semanas de iniciar e as cargas de milho venham sendo desviadas para portos no sul do Japão, o atraso na produção e no fornecimento de ração animal pode resultar em demanda maior por carnes de outras origens. As importações de alimentos processados provavelmente aumentarão, segundo o analista de commodities Abah Ofon, da corretora Standard Chartered Global Research. Ele disse que a demanda japonesa para importação de suínos vai crescer ainda mais. O Japão já é o maior importador mundial de suínos.
Outros analistas esperam circulação maior tanto de alimentos embalados quanto de produtos agrícolas, do sul ao norte do Japão, para minimizar o risco de contaminação da comida. Fabricantes de ração animal estão tentando superar a situação aumentando bastante a produção.
Segundo Chino, da Unipac, muitas indústrias estão fazendo mudanças. A produção de ração pode crescer até 30% em Hokkaido e 20% em Shibushi, além do nível normal. Mesmo em Kashima, atingida pelo terremoto, a produção pode aumentar 40%, apesar da necessidade de se receber milho importado em outros portos e ter de transportá-lo dentro do país.
Mas traders e autoridades da indústria dizem que, a despeito dos esforços, nos próximos seis meses as importações de milho para produção de alimentos e ração devem cair de 6% a 9%, levando a um aumento da demanda por alimentos processados e congelados de outros países.
De acordo com algumas estimativas, as importações de milho para ração devem cair de 8% a 16% nos próximos seis meses. Os criadores de animais costumam estocar um volume limitado de ração, e o processo de retirar os animais das fazendas vem sendo dificultado pelas condições das estradas e pela falta de combustível para uso imediato, de acordo com o diretor do Conselho de Grãos dos Estados Unidos (USGC) no Japão, Tommy Hamamoto.
Chinó acrescentou que os portos duramente afetados pelo desastre levarão de quatro a seis meses para serem reparados. Por enquanto, a possibilidade de que alimentos contaminados cheguem a outros países parece remota, pois o Japão não é grande exportador de alimentos e produtos agrícolas. Ainda assim, muitos países estão avaliando os produtos japoneses importados, em alerta para o risco de contaminação radioativa.

CHINA/SOJA FECHA EM ALTA DIANTE DAS PERSPECTIVAS DE PLANTIO.

Os futuros da soja terminaram com ganhos na Bolsa de Commodities de Dalian, sustentados por boas perspectivas de plantio na China e nos Estados Unidos. O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou com alta de 0,4% nesta terça-feira, a 4.512 yuans por tonelada (6,55 yuans = US$ 1).
O sentimento no mercado chinês está focado nas expectativa do setor privado de que a área cultivada com o grão nos EUA neste ano pode ficar abaixo dos 78 milhões de acres previstos atualmente pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), disse Huang Yinyan, analista da Nanhua Futures Co.
A Informa Economics, uma consultoria de agronegócios com sede no Tennessee, revelou que o plantio da oleaginosa pode alcançar apenas 75,3 milhões de acres nos Estados Unidos.
Na China, o Ministério de Agricultura informou na semana passada que a área semeada com soja neste ano pode cair 11%, o que encorajou compras na última e nesta semana, acrescentou Huang.
O avanço do petróleo também pode estar influenciando o complexo de commodities agrícolas, à medida que os produtores norte-americanos trocam o cultivo de soja pelo de milho para expandir a fabricação do etanol, afirmou a analista.

IMPORTAÇÃO DEVE ATINGIR 3,9 MI T EM MARÇO, DIZ GOVERNO
As importações de soja da China em março devem alcançar 3,91 milhões de toneladas, informou nesta terça-feira o Ministério de Comércio do país, elevando pela segunda vez a estimativa.
O nível, se concretizado, marcará a retomada do crescimento do comércio, após um forte declínio no mês passado para 2,32 milhões de toneladas, queda de 21% ante fevereiro de 2010 e menos da metade da quantia importada em janeiro.
No começo deste mês, o ministério estimou as importações chinesas no mês de março em 3,65 milhões de toneladas, acima das 3,16 milhões de toneladas previstas um mês antes. A nova projeção para março fica perto das 4 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo de 2010. O governo também prevê que a China importe 3,42 milhões de toneladas em abril.
As estimativas, disponibilizadas no site do ministério, se baseiam nos relatos de importadores entre 1º e 15 de março. A projeção normalmente é inferior ao volume real, uma vez que não inclui todos os carregamentos. O governo divulga as projeções duas vezes por mês.

segunda-feira, 21 de março de 2011

SOJA/CÉLERES: COLHEITA AVANÇA E ATINGE 44% DA ÁREA.

A colheita da safra 2010/11 de soja no Brasil avançou 14 pontos porcentuais na semana até sexta-feira (18) e atingiu 44% da área plantada, de acordo com estimativa divulgada hoje pela consultoria Céleres. Apesar desse avanço, os trabalhos continuam atrasados em relação à safra passada em 12 pontos porcentuais e os grãos apresentam alto teor de umidade.
"Como a colheita está acontecendo, na maioria do País, nos intervalos de sol entre uma chuva e outra, os índices de umidade têm sido elevados, o que está gerando descontos na hora da entrega do produto por causa da qualidade (grãos ardidos)", disse a Céleres em seu relatório semanal.
Na pesquisa realizada pela consultoria, foram constatados descontos nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo que a média é de 10%. "Este fato pode diminuir o lucro do produtor rural, visto que, com a umidade elevada, ele tem gastos para secar a soja e ainda deixa de ganhar no produto que foi descontado."
A Céleres estima o plantio neste ano no Brasil em 23,9 milhões de hectares, com uma produção de 69,8 milhões de toneladas.
Já a comercialização da soja avançou pouco na última semana, apesar de os preços terem subido, uma vez que os produtores estão mais focados nos trabalhos de colheita. Até a última sexta-feira, os produtores brasileiros tinha comercializado 57% da nova safra, evolução semanal de apenas um ponto porcentual. Porém, em relação ao ciclo passado, o ritmo está 22% à frente.
No mercado doméstico, que segue praticamente travado, o preço médio da soja no mercado disponível teve uma leve queda de 2,1% em comparação com a semana anterior, segundo a Céleres.

CLIMA/SOMAR: OUTONO SINALIZA REDUÇÃO DA CHUVA E QUEDA DA TEMPERATURA

Chegada do outono marca um período de transição climática, com redução gradual das chuvas e queda de temperatura. Nesta semana, porém, a presença de uma frente fria sobre o litoral da Região Sudeste, associada à umidade da Amazônia, concentra chuvas entre São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, oeste da Bahia, Maranhão e Piauí, informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
As condições climáticas são desfavoráveis para a colheita, especialmente em Mato Grosso e Goiás, onde a incidência de dias chuvosos e redução de brilho solar devem se dar por períodos maiores, comenta o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Nas outras regiões, há previsão de chuvas, as quais devem ser, no entanto, intercaladas com alguns períodos de sol.
As lavouras do Sul do Brasil devem ter semana de pouca água, o que favorece diretamente a colheita da soja no Paraná. A tendência para a última semana demarço e início de abril, no entanto, é que a presença de frente fria pode voltar a organizar chuvas entre Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, favorecendo a lavoura de milho safrinha já semeada.
No norte do Nordeste, incluindo o sertão e o agreste, a previsão para segunda quinzena de março, de modo geral, indica bons volumes de água nas partes norte e oeste da região, incluindo principalmente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Bahia. Os episódios chuvosos, no entanto, devem ocorrer de forma muito irregular, ou seja, variando muito de uma região para outra.
A semana - As chuvas ficaram concentradas no Sudeste e no Centro-Oeste na semana passada. Segundo a Somar, os maiores volumes foram registrados sobre uma faixa que vai desde o Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e sul de Mato Grosso. Em partes de Mato Grosso, as águas das últimas semanas prejudicaram o processo de colheita da soja. Já em Mato Grosso do Sul os fortes volumes do início do mês deram uma trégua e permitiram a retomada da colheita.
Enquanto isso, no Sul do Brasil, a semana foi bons volumes na faixa leste. No interior e sobre as regiões produtoras de soja, porém, as chuvas deram uma trégua e intercalaram alguns períodos de sol, o que permitiu o avanço da colheita especialmente no Paraná.
No Nordeste do Brasil, as chuvas de março se concentram na Bahia, Maranhão e Piauí. No restante da região, incluindo o sertão e o agreste que atravessam período chuvoso, os índices da última semana se mostraram muito irregulares e mal distribuídos, o que já preocupa alguns produtores da região.
Os índices de água disponível no solo continuam excelentes (superior a 90%) em grande parte do Brasil. "Apenas o leste/nordeste da Bahia, Sergipe e Alagoas continuam como os lugares mais secos do momento, além do extremo norte de Roraima, com índices de água no solo inferiores a 10%", informa a Somar.
Argentina - A passagem de uma frente fria deve provocar chuva no decorrer desta semana, prevê a Somar. A semana passada confirmou a tendência de um padrão de poucas e irregulares chuvas sobre as principais regiões produtoras de soja da Argentina, incluindo o Pampa Úmido.
Na semana passada, os maiores volumes ficaram concentrados no extremo norte do país e sobre o leste da Província de Buenos Aires, analisa a Somar. A previsão para esta semana é de alguma chuva entre amanhã e quarta-feira, por causa da passagem de uma frente fria, que deve causar chuva de forma generalizada, inclusive sobre as principais regiões produtoras de soja.
De acordo com a Somar, o que muda um pouco daqui para frente com a chegada do outono é comportamento da temperatura, devendo se observar uma redução do forte calor, com as temperaturas da tarde, em geral, oscilando entre 25 e 30 graus. Inclusive, diz Etchichury, "reiteramos que mais para o fim do mês já se pode esperar quedas mais acentuadas de temperatura, com temperaturas da madrugada abaixo de 10 graus".

PERSPECTIVA: FUNDAMENTOS DEVEM GARANTIR RECUPERAÇÃO DE CHICAGO

Após a tragédia no Japão, que derrubou os contratos futuros de grãos na Bolsa de Chicago, tanto a soja quanto o milho voltaram a se focar nos fundamentos conforme os temores sobre a crise nuclear diminuem. E segundo analistas consultados pela Agência Estado as cotações devem se manter sustentadas em virtude das preocupações com a demanda.
A semana passada foi encerrada com a divulgação pela consultoria Informa Economics de suas estimativas para o plantio da nova safra 2011/12 dos Estados Unidos, o que ampliou as preocupações relativas à soja.
Os produtores norte-americanos deverão plantar 91,758 milhões de acres com milho e 75,269 milhões de acres com soja na próxima temporada, de acordo com as projeções da Informa. Essas previsões ficam abaixo das que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) fez no mês passado em seu fórum anual de perspectivas - 92 milhões de acres para o milho e 78 milhões para a soja. Com isso, todas as atenções agora se voltam para o relatório que órgão vai divulgar no próximo dia 31 de março, com dados fornecidos pelos produtores. No ano passado, agricultores norte-americanos semearam 88,2 milhões de acres com milho e 77,4 milhões de acres com soja.
"O que chamou mais a atenção foram os dados da Informa, que vieram abaixo da expectativa. Isso mostra que a situação não é tão tranquila e se esses dados, e se esses se confirmarem, o potencial de sustentação para a soja é claro. Mesmo com uma boa condição de clima (nos EUA), o estoque ficaria muito ajustado", disse Ricardo Lorenzet, da XP Agro. Segundo ele, as preocupações com a colheita da soja no Brasil por causa da chuva tendem a se acalmar, uma vez que os trabalhos já atingiram cerca de 50% da área plantada e os contratos vêm sendo cumpridos.
Na sexta-feira, o contrato maio da oleaginosa subiu 27,25 centavos, ou 2,04%, para fechar cotado a US$ 13,6250 por bushel. O mesmo vencimento do milho ganhou 37 centavos, ou 5,72%, e fechou a US$ 6,8350 por bushel, sustentado não só pela preocupação com a demanda mas também com sinais de nova demanda da China, o que pegou de surpresa os participantes do mercado porque os preços elevados tinham amenizado a expectativa de que a China faria aquisições.
"A preocupação é um pouco maior com o curto prazo, porque o preço caiu e a demanda voltou sólida. São os clássicos rumores de que a China poderia comprar", disse Lorenzet.
Já o trigo, segundo o analista, opera mais em função de questões técnicas. Na sexta-feira ele acompanhou o milho e o contrato maio subiu 12,75 centavos, ou 1,80%, fechando a US$ 7,23 por bushel. "O trigo já caiu bem, e isso favorece o interesse especulativo, especialmente se as outras commodities agrícolas se sustentarem."

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