sexta-feira, 11 de junho de 2010

MILHO/SAFRINHA : COLHEITA EM MATO GROSSO ATINGE 6,2%.

A colheita do milho safrinha em Mato Grosso evoluiu 4,2 pontos porcentuais nesta semana e atingiu 6,2% da área estimada em 2,002 milhões de toneladas pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea). A área colhida até agora corresponde a 519,8 mil toneladas de milho, levando em conta a projeção do Imea de produção de 8,3 milhões de toneladas.
Segundo o levantamento do instituto, que é vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), a colheita está mais avançada na região do médio-norte, que responde por 49% da produção de milho safrinha no Estado. No médio-norte já foram colhidos 8,4% dos 982,8 mil hectares cultivados. Na região sudeste, segunda maior produtora, com 418 mil hectares, a colheita está na fase inicial, com apenas 1,7%.
O avanço da colheita preocupa os produtores, pois neste ano está se repetindo o problema ocorrido no ano passado, da falta de espaço para armazenagem do milho safrinha, por causa dos estoques do cereal remanescentes do ano passado e da soja recém-colhida que ainda não foi escoada. O levantamento de maio do Imea indicava que ainda restavam para ser comercializadas 4,2 milhões de toneladas de soja. Em Lucas do Rio Verde, na região do médio-norte de Mato Grosso, já existem lotes de milho armazenados a céu aberto.
Grande parte do milho da safra passada armazenado em Mato Grosso pertence ao governo federal. O mais recente levantamento indicava estoques de 656,7 mil toneladas de milho de operações de Aquisições do Governo Federal (AGF) e 2,302 milhões de toneladas adquiridas por meio de contratos de opção, totalizando 2,958 milhões de toneladas que ainda serão escoadas.

EVOLUÇÃO DA COLHEITA DE MILHO EM MATO GROSSO
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                   SAFRA 2009/10   EVOLUÇÃO DA COLHEITA VARIAÇÃO
                       ÁREA      PRODUÇÃO        11/jun/09   10/jun/10
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Noroeste       113.250    444.527      0,00%      3,00%    3,00%
Norte                8.700     32.745      0,00%      7,10%    7,10%
Nordeste         76.000    303.814      0,50%      6,80%    6,30%
Médio-norte   982.820  4.151.998      4,20%      8,40%    4,20%
Oeste             296.900  1.239.934      0,90%      7,00%    6,10%
Centro-sul      106.000    432.560      1,40%      4,50%    3,10%
Sudeste         418.400  1.778.365      0,40%      1,70%    1,30%
Mato Grosso 2.002.070  8.383.943      2,30%      6,20%    3,90%
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ÓLEO DE SOJA/EUA: USDA RELATA VENDA DE 40 MIL T PARA CHINA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta sexta-feira a venda de 40 mil toneladas de óleo de soja para China, com entrega no ano comercial 2009/10, iniciado em 1º de outubro de 2009. A última exportação, também de 40 mil toneladas, foi anunciada na quarta-feira e marcou o retorno das vendas norte-americanas para China, possibilitado por uma restrição imposta pelo país asiático às ofertas da Argentina.
Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA quaisquer vendas de 20 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.

CHICAGO: SOJA ESTÁVEL E MILHO SOBE COM COMPRAS DA CHINA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago estão estáveis nesta sexta-feira, influenciados pela falta de notícias positivas. As estimativas divulgadas na véspera pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não confirmaram o aperto das ofertas no curto prazo, segundo analistas, e a oleaginosa também enfrenta pressão dos mercados externos. O clima, contudo, é favorável para os produtores norte-americanos e pessimista para os preços, segundo traders.Os produtos derivados da soja operavam em direções distintas, com o óleo em leve baixa. O governo dos EUA anunciaram venda de 40 mil tons para China, a segunda venda em 3 dias, o farelo em valorização.
O milho era impulsionado por notícias de mais compras por parte da China e pela redução da projeção dos estoques finais no relatório mensal de oferta e demanda do USDA. Na noite de ontem, o Conselho de Grãos dos Estados Unidos afirmou que a China poderia comprar uma "enorme" quantidade do produto neste ano. O país asiático informou ter adquirido três carregamentos de milho nesta sexta-feira. Há pouco, os lotes para entrega em julho subiam 4 cents, ou 1,17%, para US$ 3,4725 por bushel.

LEILÃO DE MILHO: GOVERNO ALTERA VALOR PARA TRÊS REGIÕES DE MT.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou os valores dos prêmios para o leilão de escoamento da safra de milho que será realizado na próxima quinta-feira (17), quando serão ofertadas 600 mil toneladas. Para a região 4 (oeste) o valor do Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) passou de R$ 4,62 para R$ 5,64. Para a região 6 (sudeste) o valor passou de R$ 2,64 para R$ 3,54. Na região 5 (nordeste) o valor passou de R$ 5,04 para R$ 3,54.
A alteração nos valores atende à reivindicação da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), em função do baixo desempenho do leilão realizado no dia 27 de maio, quando foram comercializadas 411,3 mil toneladas, menos de 70% das 600 mil toneladas ofertadas.
Segundo a Aprosoja, os valores dos prêmios foram insuficientes para assegurar ao agricultor o recebimento do preço mínimo de garantia estabelecido pelo governo federal, de R$ 13,98 por saca de 60 kg. Somente nas regiões norte e centro-norte, que têm como referência os municípios de Sinop e Sorriso, respectivamente, a comercialização atingiu 100% da oferta.
Mesmo com a perspectiva de quebra da safra de milho em Mato Grosso, em virtude da estiagem, a Aprosoja diz que os leilões de PEP são necessários por causa do volume de soja em Mato Grosso que ainda não foi escoado. Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, diz que o escoamento do milho será feito de maneira plena somente após a retirada de grande parte da soja. "Como o Estado tem limitações por conta da infraestrutura de logística de transporte e armazenagem, o escoamento quase que simultâneo do milho e da soja fica praticamente inviável".
Na última quarta-feira, Glauber Silveira se reuniu com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, quando relatou a tranquilidade com que estão ocorrendo os leilões de milho em Mato Grosso, do ponto de vista legal. "Diferente do que ocorreu no ano passado, quando foram constatados indícios de irregularidades por parte de algumas empresas, este ano as ofertas públicas estão sendo realizadas sem problemas." Ele afirmou que a Aprosoja e os sindicatos rurais estão acompanhando de perto as operações e não hesitarão em denunciar ao Ministério Público tanto empresas quanto produtores que vierem a tentar burlar as regras.

SOJA: CHINA PODE TER CANCELADO ATÉ 8 EMBARQUES DO BRASIL/ARGENTINA

A China teria cancelado nesta quarta feira entre cinco e oito carregamentos de soja do Brasil e da Argentina previstos para junho e julho e reprogramado a importação de cinco a sete embarques que seriam realizados até agosto, de acordo com informações do site do jornal argentino Âmbito Financiero, atribuídas ao Centro Nacional de Informação de Grãos e Óleos da China.
Segundo o gerente-geral da Hanfegn Huayu Co., uma companhia de comercialização de soja, a suspensão e as reprogramações foram realizadas por causa do abastecimento excessivo de soja, que poderia durar até agosto. "Isso já havia ocorrido há várias semanas. Não esperávamos que a situação piorasse. Algumas firmas de comercialização já reduziram as compras para envio em julho e agosto", disse Eric Zhu, segundo o Âmbito Financiero.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

GRÃOS/CBOT- SOJA CAIU E MILHO SUBIU NA LIQUIDAÇÃO ENTRE MERCADOS.

Os contratos futuros de soja fecharam em queda nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago, devolvendo parte dos ganhos obtidos no dia anterior. O mercado se inclinou à realização de lucros após o anúncio dos dados mensais de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os quais não catalisaram uma onda de compras. Os contratos de julho, os mais líquidos, fecharam em baixa de 0,90%, equivalente a 8,50 cents, a US$ 9,3500 por bushel, e os de novembro, referentes à nova safra, recuaram 0,20%, ou 1,75 cent, a US$ 8,9475/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 6 mil lotes - a atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro nesse mercado.
O desmonte de operações de spread e a rolagem de posições de julho para os vencimentos seguintes foram os destaques do dia, na ausência de notícias que direcionassem os preços. Na quarta-feira, o mercado havia subido com o aumento dos spreads, motivado pela estreiteza do mercado à vista em meio a vendas restritas dos produtores.
Hoje, a ausência de continuidade das compras, a falta de notícias que dessem suporte aos preços e os relatos de que a China estaria cancelando parte de suas importações de soja da América do Sul, devido ao acúmulo de estoques nos portos chineses, significaram uma pressão baixista, esses fatores colocaram os preços no território negativo. Os contratos referentes à nova safra foram pressionados pelas perspectivas favoráveis para as condições climáticas. No entanto, o declínio dos preços foi limitado pelo desmonte das operações de spread .Olhando para frente, os traders preveem que os preços continuarão a variar dentro do estreito intervalo que vêm ocupando, até que um quadro mais claro da produção de 2010 esteja visível ou que haja novidades sobre os fundamentos ou fatores externos.
A estimativa do USDA de 185 milhões de bushels para os estoques de passagem 2009/2010 veio pouco acima da média de 184 milhões de bushels sinalizada pelos analistas ouvidos pela Dow Jones . A estimativa do USDA de 360 milhões de bushels para a safra 2010/2011 foi praticamente a mesma da média dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 359 milhões de bushels.

MILHO

A redução da estimativa de estoques finais pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi considerada altista para o milho negociado na CBOT. O comportamento das ações e do dólar também foi considerado positivo. Os contratos com vencimento em julho subiram 5,0 cents ou 1,48% e fecharam a US$ 3,4325/bushel.
O USDA revisou para baixo suas projeções de estoques finais, prevendo agora 1,603 bilhão de bushels para 2009/10 e 1,573 bilhão de bushels para 2010/11. Os dados ficaram abaixo das expectativas dos analistas. A agência do governo também elevou a estimativa de produção de etanol para ambos os anos-safra, levando os analistas a concluir que o governo supõe um aumento da quantidade de etanol misturada à gasolina no país (que atualmente está em 10%). Os ganhos foram limitados, no entanto, pelo clima favorável para a nova safra. Isso inclui chuvas em algumas regiões mais secas do Cinturão do Milho, especialmente em áreas do Noroeste. O analista Joel Karlin, da MF Global, chamou o milho de "morno", apesar do suporte do USDA e de outros mercados. Karlin e outros analistas notaram certo ceticismo sobre as projeções, inclusive a perspectiva de produtividade de 163,5 bushels por acre. "Acho que o mercado espera de 168 a 170 bushels", afirmou. No entanto, depois das perdas recentes, o relatório parece ter atribuído um piso ao mercado. "Pode ser que já tenhamos visto as maiores perdas de valor, ao menos por enquanto", comentou. Alguns analistas também questionaram a expectativa de demanda. Joel Karlin disse que houve uma "grande confusão" sobre o aumento do consumo de etanol. Estima-se que fundos de commodities tenham comprado cerca de 11 mil contratos. Um trader observou que houve compras de milho e vendas de soja, que fechou em baixa.

SOJA/CHICAGO DEVOLVE GANHOS E OPERA EM BAIXA.

Os preços futuros da soja operam na defensiva nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago, em devolução dos ganhos de quarta-feira e do início da sessão. Traders embolsam lucros obtidos ontem, já que o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não surpreendeu. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, trabalham em queda de 9,0 cents ou 0,95%, cotados a US$ 9,3450/bushel.
Segundo analistas, a reversão de operações de spread altistas e a rolagem de posições de julho antes do período de entrega, no fim do mês, pressionam os primeiros vencimentos. Relatos de que a China cancelou algumas importações de soja da América do Sul, por causa do acúmulo de oferta em seus portos, se somaram ao tom negativo.

SOJA/USDA: EUA VENDEM 420.600 T NA SEMANA

Os Estados Unidos venderam um saldo de 420.600 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 3 de junho, volume muito superior ao registrado uma semana antes e 60% acima da média das últimas quatro semanas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Dentre os compradores, Japão (336 mil t), Indonésia (79 mil t), México (34 mil t), Costa Rica (11.100 t) e Filipinas (7.900 t) ampliaram as aquisições. Houve decréscimos por parte da Guatemala (10.100 t) e de outros países não revelados (46 mil t).
Os embarques da oleaginosa no período atingiram 168 mil toneladas, alta de 13% em relação ao volume da semana passada, mas 12% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Indonésia (77.900 t), México (44.200 t), Síria (17 mil t), Costa Rica (11.100 t) e Taiwan (10.500 t). Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 130 mil toneladas de soja para China (60 mil t) e outros países não especificados (70 mil t).

MILHO

Os Estados Unidos venderam um saldo de 1.018.800 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 3 de junho, muito acima do volume registrado uma semana antes e 20% superior em relação à média das últimas semanas. Dentre os compradores, Japão (310.200 t), Coreia do Sul (267.600 t), Egito (135.200 t), México (72.800 t), Taiwan (65.100 t), Marrocos (52.100 t) e Síria (50.800 t) ampliaram as aquisições. Houve decréscimos por parte da Guatemala (20.300 t) e de países não revelados (90.900 t).
Os embarques do grão somaram 911.900 toneladas no período, queda de 26% frente ao volume da semana passada e de 19% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Japão (275.200 t), México (173 mil t), Coreia do Sul (112.800 t), Peru (78.300 t), China (60 mil t) e Síria (50.800 t).
Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 143.500 toneladas de milho para Coreia do Sul (58 mil t) e outros países não especificados (85.400 t). O USDA relatou ainda vendas de origem opcionais de 61.600 toneladas para Taiwan. Contudo, houve decréscimo de 10 mil toneladas por parte da República Dominicana.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

SOJA SOBE NA TROCA DE POSIÇÃO E MILHO MANTÉM ESTABILIDADE.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), liderados pelo vencimento de julho. Os estoques apertados da safra atual, as novidades sobre a demanda e o suporte dos mercados externos contribuíram para a alta de preços. Os contratos de julho, os mais líquidos, fecharam em alta de 1,34%, a 12,50 cents, a US$ 9,4350 por bushel, enquanto os de novembro encerraram com avanço de 2,25 cents, em alta de 0,25%, a US$ 8,9650/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 6 mil lotes - a atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro nesse mercado.
A ampliação dos spreads foi a atração do dia: o estreitamento do mercado à vista em meio a vendas restritas dos estoques mantidos pelos produtores impulsionaram os primeiros vencimentos, em detrimento dos últimos. O aumento do spread significa estar comprado em um contrato com vencimento próximo, como julho, e vendido em vencimentos mais à frente - uma situação que costuma render bons resultados em mercados altistas, direcionados pela demanda. Nesses casos, quando a commodity está com estoques baixos, os contratos com vencimento próximo podem oferecer prêmios significativos em relação aos de vencimento posterior, na medida em que estes se relacionam a entregas da produção futura.
Os negócios no pregão desta quarta-feira estiveram concentrados na maior parte do dia em operações de spread - a situação restrita dos estoques prontos para entrega combinou-se com o cancelamento de recibos de entrega, ambos fornecendo combustível para a impulsão dos preços, disse Mario Balletto, analista do Citigroup em Chicago.
A fraqueza do dólar e a firmeza dos contratos futuros de petróleo deram suporte psicológico para os preços. A cobertura de algumas posições vendidas pelos traders, que buscavam proteção ante uma possível surpresa altista no relatório de oferta e demanda a ser divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), também colaborou para a alta de hoje.
O relatório do USDA será divulgado amanhã, às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela Dow Jones estimam que os estoques de passagem da safra 2009/2010 apresentem um pequeno declínio em relação à previsão oficial de maio. No mesmo horário, o USDA também divulgará o relatório semanal sobre exportações referentes à semana encerrada em 3 de junho. A previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones é de que as vendas tenham ficado entre 100 mil e 500 mil toneladas no período; as de farelo de soja, entre 50 mil e 150 mil toneladas; e as de óleo de soja, entre zero e 15 mil toneladas.

MILHO

Os preços futuros do milho terminaram em alta nesta quarta-feira em correção técnica de perdas observadas recentemente. Os contratos mais negociados, com vencimento em julho, fecharam em alta de 1,0 cent ou 0,30%, cotados a 3,3825/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 4 mil lotes de milho hoje.
O milho não recebeu pressões de outros mercados, o que permitiu os ganhos. Sua condição de sobrevendido e a cobertura de posições para reduzir a exposição ao risco - em caso de surpresas altistas no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado amanhã - deram suporte ao mercado.
Segundo o analista John Kleist, corretor e analista da Allendale, os futuros deram sinais de ter encontrado um valor justo. As percepções de que o mercado retirou prêmio de risco suficiente das cotações, com uma longa temporada de desenvolvimento da safra, também foram positivas para os preços.
A queda do dólar frente a uma cesta de moedas e a valorização do petróleo foram fatores psicológicos e limitaram as vendas. Kleist explicou que os futuros também apresentaram um movimento de consolidação, sem notícias de demanda. Além disso, os traders preferiram ser cautelosos antes dos dados de oferta e demanda do USDA.

GRÃOS/EUA : ANALISTAS PREVEEM AJUSTES MÍNIMOS NO RELATÓRIO USDA.

O mercado prevê apenas alguns ajustes mínimos nas projeções a serem divulgadas amanhã (dia 10) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas em média preveem que o USDA revise os estoques finais da safra 2009/10 para 5,0 milhões de tons, queda de 163,3 mil tons frente ao relatório de maio. As expectativas variaram entre 4,251 milhões e 5,44 milhões de tons.
Também não há previsão de muitas mudanças no que se refere à safra 2010/11, exceto uma redução na estimativa dos estoques iniciais, uma vez que o USDA deve aguardar a divulgação de um relatório de plantio, em 30 de junho, para ajustar os dados de produção. A projeção média de analistas é de que os estoques finais da oleaginosa em 2010/11 atinjam 9,770 milhões de tons.

MILHO 

Analistas esperam que o relatório de oferta e demanda do USDA apresente poucas mudanças nomercado de milho. Estimativas indicando uma safra grande provavelmente continuarão pesando sobre o mercado.
Em média, os analistas consultados pela agência Dow Jones esperam que os estoques finais 2009/10 de milho sejam estimados em 43,8 milhões de toneladas, pouco menores do que a previsão divulgada em maio pelo governo, de 44,145 milhões de tons. Para 2010/11, os analistas esperam estoques finais de 46,5 milhões de tons, mais do que a leitura feita em maio pelo USDA, que dava conta de 46,177 milhões de toneladas.
A expectativa é de que a relação global entre oferta e demanda permaneça estável. Prevê-se alguma redução nos estoques finais por causa da demanda melhor. "Exportação e produção de etanol estão melhores do que as previsões do USDA", afirmou a Allendale, que vislumbra estoques finais de 1,698 bilhão de bushels. "Isso reduzirá os estoques de milho nos Estados Unidos."
Outros analistas preveem menor utilização de milho na produção de etanol. O vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, entende que o USDA vá reduzir essa projeção, assim como na produção rações. Ele prevê estoques finais de 45,720 milhões de tons. O intervalo das expectativas foi de 42,040 a 45,720 milhões de toneladas.
Para a nova safra, em média os analistas acreditam que o USDA elevará pouco a projeção de estoques finais, à medida que a próxima safra tem potencial para ser um recorde neste ano. O intervalo das expectativas foi de 40,665 a 52,7 milhões de toneladas.
Em âmbito global, os analistas também preveem poucas alterações, exceto numa produção maior na Argentina. Alguns analistas previram que o USDA elevará a projeção de estoques finais globais para 3,937 milhões de toneladas, ante 3,917 milhões de toneladaspre vistos em maio. Os dados de oferta e demanda serão divulgados amanhã (10), às 9h30 de Brasília.

SOJA: IMPORTAÇÃO DA CHINA CONTINUARÁ FORTE.

A China está comprando grandes quantidades de soja, em níveis que não devem cair muito, segundo afirmou hoje o presidente do Outlook Board do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Gerry Bange. "Estamos vendo quantidades enormes de importações de soja pela China - acima de 40 milhões de toneladas", disse. "É um número fenomenal e não acho que ninguém no mundo olha para ele esperando que haverá um grande declínio no futuro, se houver algum."
De acordo com projeção divulgada em maio pelo USDA, a China deve importar 49 milhões de toneladas de soja no ano comercial 2010/11, mais do que as 46 milhões de toneladas em 2009/10. Em 2009/09 foram importadas 41,1 milhões de toneladas. Segundo Bange, a China parece estar satisfeita com essa quantidade de soja.

terça-feira, 8 de junho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA NO MENOR PREÇO DOS ÚLTIMOS MESES.

Os contratos futuros de soja fecharam nesta terça-feira no nível mais baixo dos últimos meses na Bolsa de Chicago (CBOT), influenciados pelas condições climáticas baixistas e pela ausência de notícias que sustentassem uma recuperação dos preços. Os contratos de julho, os mais líquidos, recuaram 4,0 cents, em baixa de 0,4%, e terminaram a US$ 9,31 por bushel, e os de novembro, referentes à nova safra, fecharam em baixa de 0,6%, equivalente a 5,75 cents, a US$ 8,9425/bushel. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 4 mil lotes - a atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro nesse mercado. A tendência baixista assumiu controle do mercado futuro: condições climáticas ideais no curto prazo para a nova safra, avaliações recordes sobre a qualidade e a falta de sustentação das compras mantiveram a baixa como o caminho de menor resistência.
Os contratos de julho atingiram o nível mais baixo dos últimos quatro meses e os de novembro despencaram para o nível mais baixo dos últimos oito meses. O clima é o fator-chave para a nova safra. E sem ameaças climáticas, as perspectivas para um rendimento mais alto, assim como para o potencial de produção, estão crescendo, disse Joe Victor, analista da Allendale Inc.
Os contratos de julho sofreram um colapso no final do pregão, devolvendo ganhos obtidos no início do dia, com o desmonte de algumas operações de spread altistas e a rolagem de posições, em preparação para o período de entrega, no final do mês.
Vendas baseadas em análise gráfica desempenharam também um papel nas perdas de hoje, que se aceleraram após os preços terem superado os níveis mais baixos anteriores. Os traders continuam a manter uma abordagem cautelosa, avessos a assumir mais risco em meio às incertezas relacionadas à economia mundial, disse Victor. Ainda assim, os primeiros vencimentos continuam a encontrar suporte na oferta apertada e nas perspectivas de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) preveja estoques mais estreitos em seu relatório mensal de oferta e demanda, a ser divulgado nesta quinta-feira (10).

MILHO: DEMANDA CAI NO 2º LEILÃO DE PEP/CONAB.

O segundo leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho, realizado hoje, registrou demanda para 63,14% da oferta, ante 72% no pregão anterior. Foi negociado subsídio para 631,396 mil toneladas das 1 milhão de toneladas ofertadas. O valor total da operação foi de R$ 52,837 milhões, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar das mudanças implementadas pelo governo a pedido dos participantes, com a divisão do Paraná em duas regiões e prêmios distintos, o Estado, que no primeiro leilão negociou 100% das 120 mil toneladas ofertadas, desta vez registrou interesse para 48,3% do total ofertado. Em Mato Grosso, em três regiões a demanda ficou abaixo de 8%.
No Paraná, houve deságio sobre o prêmio. Na região 1, que reúne municípios do norte e do oeste, o valor era de R$ 3,72/saca e fechou a R$ 3,71/saca. Foram negociadas 46 mil toneladas das 80 mil t ofertadas. Nem mesmo a região 2, mais próxima do porto de Paranaguá, registrou demanda total. Apenas 30% das 40 mil toneladas foram comercializadas. O prêmio, de R$ 2,52/saca, fechou sem alteração.
Em Mato Grosso, a região 1, conhecida como "nortão", negociou as 165 mil toneladas ofertadas com prêmio de R$ 6,33/saca, deságio de 7,45% ante o subsídio inicial de R$ 6,84/saca. Na região 2, de Lucas do Rio Verde e Sorriso, o prêmio para as 115 mil toneladas ofertadas teve desvalorização de 19,71%, de R$ 6,24/saca para R$ 5,01/saca. No médio-norte do Estado, a região 3 comercializou todo o volume de 70 mil toneladas. No primeiro pregão, pouco mais de 50% havia sido negociado. O prêmio de R$ 5,04/saca não teve variação. As outras três regiões de Mato Grosso registraram fraco interesse pelo subsídio governamental. Na região 4, no extremo-oeste, das 100 mil toneladas apenas 7,9 mil toneladas, ou 7,9%, foram negociadas, com prêmio de R$ 4,62/saca. Na região 5, no extremo-leste, a comercialização foi de apenas 4%. Foram vendidas 1 mil toneladas de milho das 25 mil ofertadas, sem deságio do valor do prêmio de R$ 5,04/saca. Na região 6, no sul do Estado, somente 2 mil toneladas da oferta de 125 mil toneladas foram comercializadas, o que representou apenas 1,6% do total da região. Também não houve disputa pelo prêmio de R$ 2,64/saca.
Em Minas Gerais, 39,28% do volume de 70 mil toneladas foi comercializado com prêmio de R$ 4,08/saca, ou 27,49 mil toneladas. Em Mato Grosso do Sul, onde no primeiro pregão da Conab menos de 20% havia sido negociado, desta vez a demanda foi de 68,75% do total de 80 mil toneladas. Foi negociada subvenção equivalente a 55 mil toneladas. O prêmio era de R$ 4,62/saca. Goiás foi o único Estado a registrar demanda para todo o volume ofertado, de 130 mil toneladas. Houve disputa pelo prêmio de R$ 4,92/saca, que fechou com desvalorização de 8,9%, a R$ 4,482/saca.
Pepro - O leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), realizado logo após o leilão de PEP, registrou demanda para 85,71% da oferta de 140 mil toneladas de milho do oeste da Bahia. Um lote com 120 mil toneladas foi comercializado e o prêmio máximo foi de R$ 6,66/saca. Outro lote, com 20 mil toneladas, que deveria ser escoado apenas para o norte de Minas Gerais e para o Espírito Santo com subsídio máximo de R$ 5,64/saca, não teve compradores. O valor total da operação foi de R$ 11,712 milhões.

GRÃOS/EUA: SAFRAS DE SOJA E MILHO TÊM ÓTIMAS CONDIÇÕES.

Os dados semanais de acompanhamento de safra divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sustentam as expectativas de produção recorde de milho e soja no país. O plantio e o desenvolvimento das safras está igual ou superior a média para esta época do ano, enquanto a avaliação das condições das lavouras é melhor do que no ano passado. As informações sobre a safra de trigo de primavera também são favoráveis, mas a colheita de trigo de inverno encontra dificuldades para avançar, de acordo com o relatório.
Soja
Em seu primeiro relatório sobre a condição da safra de soja deste ano, o USDA avaliou que 75% dos campos estão em condição boa a excelente, no nível mais alto do intervalo das expectativas (de 65% a 75%). No ano passado, quando o clima úmido atrasou o plantio, o primeiro relatório, publicado em 15 de junho, indicou 66% em condição boa a excelente.
O analista Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities, afirmou que a boa condição da safra indica que a estimativa de produtividade do USDA, de 42,9 bushels por acre, pode ser muito baixa. O governo pode precisar elevar a avaliação se o clima seguir favorável e não ameaçadoras, observou Roose. No ano passado, a produtividade média foi de 44 bushels por acre.
No Estado de Minnesota, a avaliação boa a excelente atingiu nível bastante elevado, de 93%. Enquanto isso, o importante Estado de Iowa recebeu 75%. Illinois registrou 65% e Indiana recebeu 67% de condição boa a excelente. Até domingo, 84% da safra de soja havia sido plantada, mais do que os 74% da semana anterior e dentro da média de cinco anos para este momento. Traders esperavam que cerca de 85% da safra tivesse sido plantada. Cerca de 66% da safra emergiu, ante 46% da semana anterior e em linha com a média de 64%, segundo o USDA. "A evolução do plantio está bem e é claro que a avaliação da safra está excelente", disse Roose. "A emergência ainda não é um problema."
Milho
O USDA manteve sua avaliação para a safra de milho em 76% de bom a excelente, mais do que os 69% do mesmo momento no ano passado. Analistas esperavam que a porcentagem fosse mantida ou elevada em até três pontos porcentuais, por conta do clima favorável. Roose esperava um aumento de um ponto porcentual ante a semana anterior. "Ainda são números altos", comentou. "Temos uma grande safra pela frente."
Em Iowa, a avaliação de boa a excelente passou para 78%, ante 74% na semana anterior. Em Illinois a parcela boa a excelente saltou de 73% para 76%. O clima ainda se mostra predominantemente favorável para as lavouras. Tempestades se concentrarão em importantes áreas do cinturão até quarta-feira, de acordo com meteorologistas. Um padrão mais quente é esperado para começar no fim da semana, com temperaturas máximas acima da média. No entanto, a possibilidade de seca não é uma preocupação.
Trigo de inverno
O USDA afirmou que 3% da safra de trigo de inverno foi colhida até domingo, abaixo da média de 6% para esta época do ano. Algumas plantas ainda não estão prontas para a colheita, pois o plantio foi mais tardio do que o normal no último outono americano. O início lento não foi um problema para os produtores porque o período de colheita ainda está começando, segundo ponderou Roose, explicando que os trabalhos podem avançar rapidamente se o clima for quente e seco.
No Estado de Oklahoma, 12% da safra foi colhida, abaixo da média de 23%. O USDA relatou que a região está prestes a avançar nesta semana. No Texas, 17% da safra foi colhida, abaixo da média de 24% para esta época do ano, segundo o USDA. A colheita ainda não havia começado no Kansas até domingo, que tipicamente é o maior produtor de trigo do país. No ano passado, 1% da safra havia sido colhida neste momento.
A condição da safra de trigo de inverno melhorou de 65% para 66% de bom a excelente, contrariando as projeções de um leve declínio. Cerca de 84% da safra perfilou, ante 75% há uma semana, mas abaixo da média de 86%. O desenvolvimento evolui devagar no Nebraska, onde apenas 70% da safra perfilou, bem menos do que a média de 83%. Kansas, Nebraska, Oklahoma e Texas plantam trigo duro de inverno (HRW), usado para fazer pão.
Trigo de primavera
O USDA informou que 84% da safra de trigo de primavera apresenta condição boa a excelente, queda de 1 ponto porcentual frente à semana anterior. No entanto, está bastante acima do ano passado, que registrava 72% nesta época. Cerca de 90% da safra emergiu, o que representa um bom avanço em relação à semana passada, quando se via 84%. Entretanto, a média para este momento é de 94%. Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo de primavera, 88% da safra apresentava condição boa a excelente, aumento de 1 ponto, e 86% da safra emergiu, ante média de 92%.

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

CBOT/GRÃOS – SOJA ESTABILIZA E MILHO CAI.

Os contratos futuros de soja fecharam estáveis nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, com os preços não conseguindo estabelecer nenhuma tendência em meio à ausência de notícias que pudessem afetar o mercado. Os contratos de julho, os mais líquidos, permaneceram em US$ 9,35 por bushel no encerramento do dia e os de novembro, referentes à nova safra, fecharam estáveis a US$ 9,00/bushel.
Na ausência de novas diretrizes, os fundamentos referentes à nova safra e as preocupações relacionadas à situação econômica mundial parecem já ter sido devidamente precificados na recente correção do mercado para baixo. O primeiro vencimento caminhou nos dois sentidos durante a sessão, perto da estabilidade, mas conseguiu se manter na maior parte do dia diante dos preços firmes no mercado à vista. A base de preço à vista se fortaleceu por causa dos estoques estreitos mantidos pelos produtores nos Estados Unidos, disseram analistas.
Contratos referentes à nova safra operaram em baixa na maior parte do dia, pressionados pelo progresso favorável do plantio e por perspectivas macroeconômicas baixistas. As primeiras avaliações sobre a qualidade da safra de soja nos Estados Unidos, divulgadas pelo Departamento de Agricultura, indicaram que 75% da nova safra apresenta qualidade de boa a excelente e que 84% da área já está plantada. Os dados vieram em linha com as expectativas: os analistas aguardavam 85% da safra plantada e que a avaliação de boa ou excelente condição poderia variar entre 65% e 75%
Ao longo do dia, houve operações de spread que aumentaram o prêmio do contrato de julho em relação aos próximos vencimentos. No entanto, elas foram limitadas pelos ajustes de posição perto do encerramento da sessão. Operadores consideram que o mercado encontrará dificuldades para empurrar os preços, na medida em que os participantes do mercado continuam a manter a cautela em relação às incertezas econômicas
A T-storm Weather informou que tempestades intensas se moverão através do cinturão do milho até quarta-feira, elevando a umidade do solo ao mesmo tempo em que manterão em ritmo lento o plantio da soja que ainda falta ser plantada. Um padrão mais quente de temperatura deve começar no fim desta semana, mas a secura não coincidirá com o clima mais quente, na medida em que os temporais ressurgirão ao longo da metade ocidental do cinturão de soja na sexta e no sábado até se concentrar na faixa leste do cinturão entre o domingo e a segunda-feira, prevê a T-storm Weather.
MILHO
Com fundamentos e indicadores econômicos baixistas, os preços futuros do milho recuaram nesta segunda-feira na CBOT. Posição mais líquida, o contrato julho cedeu 4,25 cents ou 1,25% e fechou a US$ 3,3575/bushel. Chegou a registrar a menor marca em 9 meses, de US$ 3,3550/bushel - pouco acima da mínima do contrato, de US$ 3,3375/bushel, registrada em setembro de 2009.
Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 8 mil lotes de milho. A continuidade das vendas de sexta-feira estabeleceu o tom do mercado hoje. As condições climáticas favoráveis para a safra americana e os temores de desaceleração do crescimento da economia mantêm os futuros na defensiva.
Segundo o analista Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities, o mercado de milho está declinando em busca de um valor justo, sem novos fundamentos positivos que possam evitar a queda e dar suporte. Na região central dos Estados Unidos, as condições de desenvolvimento da safra são excelentes e a expectativa de produtividade e produção recorde se fortalece.
O USDA informou hoje que 76% da safra apresenta condição boa a excelente, mesma da semana passada. A parcela ficou dentro do esperado pela maioria dos analistas, segundo traders. A ausência de notícias de demanda mantém a fraqueza do mercado. Roose explicou que naturalmente esta época é negativa para os preços e, a menos que haja alguma preocupação com o clima, o potencial de alta é limitado.

MILHO/IMEA: COLHEITA SAFRINHA DE MILHO ATINGE 2%.

A colheita do milho safrinha 2009/10 em Mato Grosso já começou. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informa que o milho foi retirado de 2% da produção estimada em 8,3 milhões de toneladas. O primeiro levantamento sobre a colheita feito pelo Imea indica que os trabalhos estão mais avançados nas regiões norte, médio-norte e oeste.
Nas regiões norte e médio-norte a colheita atingiu 3% da área cultivada e no oeste 2,4%. Em seu boletim semanal, o Imea relata que nas demais regiões foram vistos pequenos reportes de colheita, mas ainda pontuais. "Se compararmos com a safra anterior, estamos com o mesmo porcentual colhido, porém com nove dias à frente." A colheita está mais adiantada nos principais polos de produção de milho de Mato Grosso. Em Sorriso, a colheita atingiu 4%; em Lucas do Rio Verde, 6%; e em Sapezal, 2%. Segundo o Imea, os primeiros relatos sobre a produtividade indicam variações de até 30 sacas de uma região para a outra. Em Sinop, as produtividades registradas até agora estão entre 70 e 80 sacas por hectare, enquanto em Sorriso as primeiras lavouras estão rendendo entre 70 e 100 sacas. Na região de Sapezal, as médias estão em torno das 90 sacas. Em Canarana, o hectare tem rendido 70 sacas. A última estimativa de safra do Imea indicava a produtividade média estadual em 69,8 sacas por hectare.
Em relação à comercialização, o levantamento feito pelo Imea nas principais praças mostrou que os preços do milho continuam indefinidos tanto para exportação como para atender ao consumo interno no Estado. Os técnicos comentam que as propostas de preços não favorecem os negócios, pois estão abaixo das expectativas dos produtores rurais. Em Campo Novo do Parecis, o preço médio na semana passada ficou em R$ 7,00. Na região de Canarana, na semana passada as propostas foram de R$ 10,50/saca, com alta de R$ 1,00.

CLÍMA-SOMAR: LA NIñA INSTALADA, PERMACERÁ ATÉ 2011.

O mês de junho começou com um padrão climático típico de inverno, embora a estação só se inicie oficialmente no próximo dia 21. O El Niño que atuava desde 2009 se enfraqueceu totalmente e, neste momento, no lugar de águas aquecidas, já se observa o resfriamento das águas sobre o Oceano Pacífico equatorial, o que representa o início da instalação de um novo episódio de La Niña nos próximos meses e que deve se estender pelo menos até o verão 2011. A informação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
A condição de Água disponível no solo mostra um padrão típico do inverno sobre o Brasil. Segundo o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury, "o mês começa com uma condição de solo saturado (90% a 100%) no Sul e Norte do Brasil." Já em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e sobre o sertão e o agreste nordestino observa-se uma condição crítica em relação às condições de umidade do solo, com índice de água disponível de 20%.
Previsão

Conforme a Somar, nesta semana deve chover apenas no extremo norte do Brasil e no litoral leste do Nordeste, principalmente na região do Recôncavo Baiano. "Todo o Centro-Sul do Brasil enfrenta um período seco", diz Etchichury. No entanto, uma nova frente fria, associada a áreas de instabilidades, volta a causar chuvas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina no próximo fim de semana. Desta vez, porém, a frente fria não é tão intensa. Desse modo, não deve chover forte no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Nas próximas duas semanas, esses dois Estados devem enfrentar um período seco.
A Somar informa que a semana começou com a entrada de uma massa de ar polar no Sul do Brasil, o que provocou acentuada queda de temperatura, inclusive com formação de geadas nas regiões serranas. "No entanto, sobre as áreas de milho safrinha do oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul não houve registro de geadas", ressalta Etchichury. Mais uma vez, os ventos em altos níveis da atmosfera (10 a 12 Km de altura), conhecidos como corrente de jato, foram fundamentais para o enfraquecimento da onda de frio. Essa condição deve persistir nas próximas duas semanas, o que contribui para a diminuição do risco de geadas no período.
Estados Unidos

A semana passada foi de chuvas irregulares sobre grande parte das áreas produtoras de milho e soja dos Estados Unidos, o que representa uma condição típica da primavera americana. Contudo, isso "não chega comprometer ou tornar inviável o plantio da lavoura de soja", diz Etchichury. A semana começa com tempo seco nas principais áreas produtoras de milho e soja. No entanto, assim como na semana passada, entre amanhã e quarta-feira, novas áreas de instabilidades e chuvas devem atingir todo o Meio-Oeste dos Estados Unidos. Com a proximidade do verão, a tendências é as frentes frias apresentarem um rápido deslocamento e ficarem concentradas mais na parte leste dos Estados Unidos. A temperatura é outro fator que muda com a aproximação do verão. O calor continua se intensificando sobre o Sul e Meio-Oeste, atingindo inclusive grande parte das áreas produtoras de soja, com a temperatura superando a casa dos 30 graus no próximo fim de semana.

EURO SE RECUPERA APÓS ATINGIR NOVA MÍNIMA DESDE 2006.

O euro se recuperou nesta manhã, depois de atingir no início do dia o nível mais baixo diante do dólar desde março de 2006, mas os investidores mantém a moeda sob pressão por causa dos receios de que a crise de dívida da zona do euro esteja se espalhando.
Dados melhores do que o esperado sobre encomendas à indústria da Alemanha dão suporte à moeda. O euro diminuía a queda para US$ 1,1951, de US$ 1,1962 no fim da tarde de sexta-feira, depois de ter operado abaixo de US$ 1,19 no início do dia. O dólar subia para 91,81 ienes, de 91,60 ienes na sexta-feira, e o euro avançava para 109,72 ienes, de 109,56 ienes. A libra recuava para US$ 1,4491, de US$ 1,4499, e o dólar era cotado a 1,1627 franco suíço, de 1,1623 franco. O índice do dólar estava em 88,239, de 88,271.
Apesar da leve recuperação, o euro ainda enfrenta pressões e pode cair até US$ 1,1645 no curto prazo, segundo analistas, enquanto os investidores se preocuparem com a crise de dívida que começou na Grécia e que parece ter extrapolado as fronteiras da zona do euro, atingindo agora a Hungria.
Na sexta-feira o euro caiu abaixo da marca de US$ 1,20 - sua média em 10 anos - e um recuo para menos de US$ 1,18 significaria que a moeda atingiu o menor nível desde que foi lançada, em 1999. Durante a madrugada desta segunda-feira, o euro chegou a uma nova mínima histórica diante do franco suíço, a 1,3853 franco.
O euro é visto como uma moeda que corre o risco de ter uma desvalorização ainda mais rápida e a crise de dívida europeia vem se transformando em um debate fundamental sobre como a União Europeia vai sobreviver. Esperava-se que a crise de dívida soberana continuasse conforme os investidores transferissem a atenção de um país endividado para outro. Mas agora os investidores parecem estar colocando um olho crítico sobre todo o sistema do euro.Uma intervenção oficial para colocar a moeda novamente no caminho da valorização é considerada a única fonte significativa de estímulo, mas isso não parece estar na agenda.

PERSPECTIVA: MERCADO DE GRÃOS INFLUENCIADO POR DÓLAR E CLIMA.

Os mercados de grãos negociados na Bolsa de Futuros de Chicago devem continuar reféns da volatilidade macroeconômico diante de um possível agravamento da crise na Europa. Depois da Grécia, agora é a Hungria o foco das atenções. Mais uma vez, diante da incerteza econômico, os ativos de maior risco são evitados e os investidores se concentram na aplicação segura: o dólar. Na sexta-feira, o dólar se valorizou de forma expressiva ao contrário das demais commodities.
O mercado de soja, mesmo se a oscilação do dólar permanecer forte, os preços devem encontrar um suporte, contudo, na atual oferta limitada de produto. Também deve continuar dando sustentação às cotações o fato de as chuvas esperadas para as regiões produtoras do Meio-Oeste norte-americano estarem atrasadas, o que pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras de soja e de milho.
O contrato futuro de soja para julho deve continuar acima do suporte técnico de US$ 9,20 durante a semana. Além do dólar forte, outro fator que pode pressionar as cotações de soja é a queda nas exportações da oleaginosa. Embora alguns analistas insistam que a queda nas exportações deve-se à redução atual na oferta, a questão da estocagem do grão está preocupando produtores. Na semana passada, as exportações de soja em grão ficaram 55% abaixo da média das últimas quatro semanas.
Suporte para as cotações também pode vir do fato de os exportadores argentinos estarem segurando a safra atual, na expectativa de melhores preços. Em vez de ser embarcada, a produção está indo para armazéns. Assim como a soja, os mercados de milho e trigo também devem continuar a ser influenciados pela volatilidade do dólar.

HUNGRIA PUBLICARÁ PLANO DE AÇÃO ECONÔMICA AMANHÃ.

O governo da Hungria vai finalizar seu plano de ação econômica hoje e publicá-lo amanhã, afirmou o ministro da Economia do país, Gyorgy Matolcsy pela televisão. Os dois principais focos do programa serão atingir a meta oficial de déficit no orçamento de 2010 de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e estimular o crescimento econômico, disse Matolcsy.
Os investidores viram nas declarações do ministro uma oportunidade para acalmar os mercados, depois de autoridades seniores do novo partido governante do país, o Fidesz, assustarem os mercados na semana passada ao dizer que a Hungria enfrenta uma crise de dívida como a da Grécia.
A Hungria estabeleceu o déficit orçamentário de 3,8% do PIB de acordo com a linha de crédito auxiliar que recebeu do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia em 2008, quando, em razão da crise global, não conseguiu se financiar nos mercados internacionais. Segundo o ministro, não há possibilidade de qualquer nova medida de austeridade, já que o programa de austeridade do governo anterior jogou a Hungria em uma crise econômica. O programa vai envolver a redução da burocracia, disse Matolcsy. O plano também provavelmente envolverá um programa de três anos de simplificação dos impostos e o governo considera a possibilidade de taxas de impostos estáveis a partir de janeiro de 2011, além de uma taxação familiar dentro do prazo de dois anos, de acordo com o ministro.

domingo, 6 de junho de 2010

HUNGRIA: SITUAÇÃO É GRAVE, MAS NÃO SEGUIRÁ GRÉCIA.

O porta-voz do primeiro-ministro da Hungria, Peter Szijjarto, disse que a economia do país está em "situação grave", mas que o país não seguirá o mesmo caminho da Grécia, uma vez que o novo governo não deixará que isso aconteça. "O governo está pronto para evitar o caminho da Grécia", afirmou o porta-voz do primeiro ministro Viktor Orban em entrevista concedida para a imprensa. Ele não comentou sobre as declarações feitas na quarta-feira pelo vice-presidente administrativo do Partido Fidesz, Lajos Kosa, de que a Hungria está diante de uma crise de dívida soberana semelhante à da Grécia, que poderia resultar no rompimento com o FMI.
O partido de centro-direita Fidesz, que registrou uma ampla vitória em abril nas eleições gerais, irá divulgar neste fim de semana uma avaliação inicial sobre a condição do orçamento do país, afirmou o chefe de gabinete ontem, Mihaly Varga. Segundo o jornal húngaro Napi Gazdasag, Kosa afirmou parecer "o dia da transição (de governos), em que evitar o calote da dívida soberana é o objetivo do momento e temos uma estreita chance de evitar uma situação como a da Grécia. A situação é muito pior do que pensamos". Ele acrescentou ontem que "não podemos dizer nada concreto nesse momento, deve ser definido no final de semana e na próxima semana o que será feito". Apenas países que não aceitaram o apoio do FMI e do Banco Mundial tiveram sucesso na administração da crise, disse Kosa. A Hungria foi o primeiro país da União Europeia a precisar de apoio do FMI e da União Europeia.

SOJA/CHINA: CANCELAMENTO DE IMPORTAÇÕES.

Uma oferta excedente de soja na China, resultante de importações maiores, levou traders locais a cancelarem mais de 10 carregamentos da Argentina e do Brasil desde maio, disseram participantes da indústria nesta sexta-feira. Algumas cargas importadas estão acumuladas nos portos chineses, acrescentaram as fontes.
Novas entregas da oleaginosa em vários portos da província de Shandong não foram descarregadas ainda, já que o nível dos estoques está elevado, informou o Centro Nacional de Grãos e Óleos da China em uma nota.

As importações de soja da China em junho devem alcançar 5,22 milhões de toneladas, informou nesta sexta-feira o Ministério de Comércio do país. A estimativa representa um aumento de 11% frente ao volume registrado no mesmo intervalo de 2009, segundo dados alfandegários.
A projeção, publicada no site do ministério, se baseia nos relatos dos importadores no período de 1º a 15 de maio e normalmente fica abaixo do número real, já que não inclui todos os carregamentos. O ministério divulga as estimativas duas vezes por mês.

ARGENTINA: PRODUTOR DE SOJA RETEM SAFRA.

A colheita recorde de soja na Argentina caminha para o fim, em torno de 54,7 milhões de toneladas. No entanto, ao contrário do que o governo de Cristina Kirchner esperava, a produção recorde não está provocando uma forte entrada de divisas no país. Isso porque os produtores e os exportadores não estão embarcando a soja. Os grãos estão indo diretamente da colheitadeira para os silos-bolsas.
As imagens das artérias agrícolas do país são de centenas de bolsas saindo dos campos cultivados para caminhões que as transportam a locais bem distintos do cais do porto, onde teriam de ser embarcadas. Segundo dados da Bolsa de Comércio de Rosário e da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 49,6% das 54,7 milhões de toneladas de soja estão nas mãos dos exportadores ou produtores que as armazenam nos silos-bolsas ou silos tradicionais. Esse recurso dá aos exportadores poder de fogo para pressionar o governo a afrouxar a intervenção nos preços ou tentar reduzir as retenções, os impostos de exportações cobrados sobre os produtos.
Segundo analistas de mercado, 65% da colheita de soja ainda não tem preço fixo, além de outras 8,5 milhões de toneladas da safra anterior que ainda não foram negociadas. Os produtores têm expectativas de que armazenando os grãos, o preço do produto possa reagir. Os analistas, no entanto, acham que essa hipótese é difícil de se concretizar. Na Bolsa de Rosário, a soja fechou a 890 pesos (US$ 227,62) a tonelada . Esse valor está se sustentando pela retenção de grãos dos produtores argentinos. Os sojicultores brasileiros também contribuem para melhorar as cotações pois, de acordo com operadores do mercado, ainda têm 40% da soja a ser vendida.
As perspectivas para o preço da soja brasileira e argentina para o fim do ano são de retração, por causa da acentuada crise na Europa e da colheita norte-americana em novembro. O analista de mercado, Ricardo Baccarin, explicou que "é muito arriscado ter tanto estoque em um mercado no qual as posições mais longas valem menos do que as mais próximas". Segundo ele, a operação do mercado local de futuros nos primeiros cinco meses de 2010 aumentou mais de 15% em relação em igual período de 2009. Mas a posição do contrato de soja com melhor preço é julho, a mais próxima.
Apesar do risco, os produtores seguram a mercadoria na esperança de conseguir pelo menos 900 pesos (US$ 230,17) a tonelada. Mas o objetivo é chegar a 1.000 pesos (US$ 255,75), segundo informações do mercado. Contudo, Baccarin alerta que a situação pode ser uma bomba-relógio. "Se chegarmos ao fim do ano com um cenário financeiro complicado, preços baixos e produtores com a corda no pescoço, os resultados da estratégia atual seria típica de um tiro que saiu pela culatra", ilustrou.
A anterior safra de soja foi uma das menores dos últimos anos, por causa da forte estiagem que deixou um déficit de 32 milhões de toneladas de grãos. Por isso, na atual safra, os produtores querem recuperar os resultados do último ano. O analista Gustavo López, da consultoria Agritrend, explicou que o produtor está reticente em vender a produção porque precisa recuperar as perdas passadas e cobrir suas necessidades presentes e futuras. A análise é compartilhada pelo analista da Bolsa de Buenos Aires, Ramiro Costa. "Há incertezas nos mercados internacional e local. E, portanto, é natural a reticência do produtor", disse ele. O analista explicou que a resistência dos produtores brasileiros em vender a safra se deve à expectativa de uma desvalorização do real, o que garantiria maior competitividade no mercado externo.
Na Argentina, os produtores querem maiores preços para também aliviar a alta dos custos internos. Além disso, os argentinos, segundo os analistas, temem falta de liquidez em um cenário de elevada inflação, com expectativa de aceleração. Alguns analistas estimam que o país fechará 2010 com inflação da ordem de 30% ao ano.

GRÃOS-CHICAGO FECHA EM FORTE BAIXA.

Os preços internacionais da soja tiveram queda expressiva nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago, assim como a maioria das outras commodities. Os contratos com vencimento em julho, os mais líquidos, caíram 20,0 cents ou 2,09% e terminaram a US$ 9,35/bushel. Os mercados foram pressionados por preocupações com a economia global. Os lotes para novembro, que representam a nova safra americana, mergulharam 19,75 cents ou 2,15% e fecharam a US$ 9,0/bushel.
Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 5 mil lotes de soja hoje. As vendas de especuladores tiveram início à medida que participantes do mercado liquidaram posições compradas quando outros mercados construíram uma nuvem baixista sobre a soja: o dólar se valorizou frente a outras moedas e os preços de energia e ações caíram ao longo do dia. Vendas de especuladores surgiram diante da força do dólar, com traders tentando reduzir sua exposição ao risco antes do fim de semana, em meio a incertezas sobre a economia global.
O contrato julho devolveu os ganhos registrados na quinta-feira, mas os analistas disseram que o declínio foi limitado por fundamentos altistas. A oferta apertada da antiga safra está mantendo firmes as bases de preço no mercado à vista e os traders estão preocupados com o atraso das chuvas na região central dos Estados Unidos.

MILHO

Os preços do milho na CBOT caíram para o nível mais baixo em oito meses, sob influência de outros mercados. Os fundamentos baixistas seguem pressionando o mercado. Os lotes para entrega em julho, caíram 9,50 cents ou 2,72% e fecharam a US$ 3,40/bushel, mínima da sessão. Fundos especulativos venderam cerca de 12 mil lotes. A falta de notícias sobre fundamentos capazes de compensar pressões de outros mercados manteve os preços na defensiva.
Preocupações com a economia global, em meio à força do dólar e à queda dos preços de energia e ações, colocaram os compradores à margem do mercado.
O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, declarou que as preocupações econômicas estimulou os investidores a buscar um porto seguro, de modo que houve saída de capital do setor de commodities nesta sexta-feira.
O mercado ainda digere questões fundamentais negativas. As condições para desenvolvimento da safra americana ainda são excelentes, aumentando o potencial de produtividade, que pode ser recorde. As exportações semanais ficaram abaixo do esperado e não há notícias sobre vendas para a China.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 198,7 milt toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 27 de maio - nível mais baixo do ano comercial -, queda de 81% frente ao volume registrado na semana passada e de 84% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

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