segunda-feira, 7 de junho de 2010

CBOT/GRÃOS – SOJA ESTABILIZA E MILHO CAI.

Os contratos futuros de soja fecharam estáveis nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, com os preços não conseguindo estabelecer nenhuma tendência em meio à ausência de notícias que pudessem afetar o mercado. Os contratos de julho, os mais líquidos, permaneceram em US$ 9,35 por bushel no encerramento do dia e os de novembro, referentes à nova safra, fecharam estáveis a US$ 9,00/bushel.
Na ausência de novas diretrizes, os fundamentos referentes à nova safra e as preocupações relacionadas à situação econômica mundial parecem já ter sido devidamente precificados na recente correção do mercado para baixo. O primeiro vencimento caminhou nos dois sentidos durante a sessão, perto da estabilidade, mas conseguiu se manter na maior parte do dia diante dos preços firmes no mercado à vista. A base de preço à vista se fortaleceu por causa dos estoques estreitos mantidos pelos produtores nos Estados Unidos, disseram analistas.
Contratos referentes à nova safra operaram em baixa na maior parte do dia, pressionados pelo progresso favorável do plantio e por perspectivas macroeconômicas baixistas. As primeiras avaliações sobre a qualidade da safra de soja nos Estados Unidos, divulgadas pelo Departamento de Agricultura, indicaram que 75% da nova safra apresenta qualidade de boa a excelente e que 84% da área já está plantada. Os dados vieram em linha com as expectativas: os analistas aguardavam 85% da safra plantada e que a avaliação de boa ou excelente condição poderia variar entre 65% e 75%
Ao longo do dia, houve operações de spread que aumentaram o prêmio do contrato de julho em relação aos próximos vencimentos. No entanto, elas foram limitadas pelos ajustes de posição perto do encerramento da sessão. Operadores consideram que o mercado encontrará dificuldades para empurrar os preços, na medida em que os participantes do mercado continuam a manter a cautela em relação às incertezas econômicas
A T-storm Weather informou que tempestades intensas se moverão através do cinturão do milho até quarta-feira, elevando a umidade do solo ao mesmo tempo em que manterão em ritmo lento o plantio da soja que ainda falta ser plantada. Um padrão mais quente de temperatura deve começar no fim desta semana, mas a secura não coincidirá com o clima mais quente, na medida em que os temporais ressurgirão ao longo da metade ocidental do cinturão de soja na sexta e no sábado até se concentrar na faixa leste do cinturão entre o domingo e a segunda-feira, prevê a T-storm Weather.
MILHO
Com fundamentos e indicadores econômicos baixistas, os preços futuros do milho recuaram nesta segunda-feira na CBOT. Posição mais líquida, o contrato julho cedeu 4,25 cents ou 1,25% e fechou a US$ 3,3575/bushel. Chegou a registrar a menor marca em 9 meses, de US$ 3,3550/bushel - pouco acima da mínima do contrato, de US$ 3,3375/bushel, registrada em setembro de 2009.
Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 8 mil lotes de milho. A continuidade das vendas de sexta-feira estabeleceu o tom do mercado hoje. As condições climáticas favoráveis para a safra americana e os temores de desaceleração do crescimento da economia mantêm os futuros na defensiva.
Segundo o analista Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities, o mercado de milho está declinando em busca de um valor justo, sem novos fundamentos positivos que possam evitar a queda e dar suporte. Na região central dos Estados Unidos, as condições de desenvolvimento da safra são excelentes e a expectativa de produtividade e produção recorde se fortalece.
O USDA informou hoje que 76% da safra apresenta condição boa a excelente, mesma da semana passada. A parcela ficou dentro do esperado pela maioria dos analistas, segundo traders. A ausência de notícias de demanda mantém a fraqueza do mercado. Roose explicou que naturalmente esta época é negativa para os preços e, a menos que haja alguma preocupação com o clima, o potencial de alta é limitado.

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