sexta-feira, 30 de julho de 2010

CBOT-SOJA FECHA FIRME, ATINGE MAIOR PREÇO DO ANO.

Os preços futuros da soja encerraram com forte alta nesta sexta-feira na bolsa de Chicago atingindo os maiores níveis em seis meses e meio, impulsionado pela disparada dos preços da soja, a firme demanda e pela incerteza no clima no período de desenvolvimento da safra norte-americana. 
A posição novembro, mais negociada, teve alta de 17 cents, ou 1,7%, e fechou a US$ 10,05/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de 6 mil lotes no dia.
A influência altista do trigo puxou a soja pelo terceiro dia consecutivo, com compras especulativas motivadas pela perspectiva de aperto na oferta global de grãos, o que pode gerar uma demanda adicional pelo produto norte-americano.
A firme demanda da China, estoques ajustados da velha safra e as preocupações com clima quente e seco no Delta, que poderá limitar o potencial de produtividade em áreas no sul dos Estados Unidos, serviram como catalisadores e encorajaram os traders a adicionar o prêmio de risco climático. O mercado está efetivamente tentando limitar a demanda através do rali dos preços. A ameaça de perdas no potencial produtivo da soja em áreas do Delta, primeira região a colher no País, faz os fazendeiros segurarem a oferta até que o cenário de rendimento fique mais claro ao longo das próximas semanas. Os usuários finais são forçados a elevar as ofertas de preço no curto prazo na tentativa de tirar o estoque remanescente das mãos de fazendeiros.
Ainda persiste a incerteza sobre a safra de soja nos Estados Unidos, e até que as lavouras estejam formadas, com conclusão do enchimento dos grãos, o temor de perdas serve como força de sustentação para o mercado. Agosto é período mais crítico, em que as lavouras estão mais vulneráveis aos efeitos climáticos, e podem registrar perda de produtividade.
Compras técnicas tiveram um papel importante para ampliar os ganhos do dia. Os traders consideraram a capacidade do mercado de testar importantes níveis de resistência com um sinal altista, estimulando novos avanços. O fechamento do agosto acima da marca de US$ 10,50/bushel abriu a porta para o mercado testar US$ 10,70/bushel, enquanto a posição novembro já pode testar a máxima de janeiro a US$ 10,3550/bushel, segundo um corretor da bolsa.
Nos produtos, o farelo fechou firme, especialmente, no vencimento mais próximo, agosto. O produto segue sustentado por conta da baixa disponibilidade de oferta do grão no disponível, reduzindo o ritmo de esmagamento, segundo os analistas. O contrato agosto subiu US$ 5,50, ou 1,8%, para US$ 310,90/tonelada. O dezembro terminou a US$ 290/tonelada, alta de US$ 3,10 ou 1,1%. Estima-se que os fundos especulativos compraram 2 mil lotes.
O óleo de soja seguiu a trajetória do complexo soja e teve um rali até a máxima de três meses. O mercado foi sustentado pelas compras especulativas e por operações altistas de spread entre os futuros de grãos e oleaginosas, segundo analistas. O dezembro subiu 55 pontos, para 40,55 cents/lb.Estima-se que os fundos compraram cerca de quatro mil lotes no dia.

TRIGO: JAPÃO COMPRA 141.567 TONS PARA EMBARQUE EM SETEMBRO

O Ministério de Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão comprou nesta sexta-feira 141.567 toneladas de trigo para alimentação em um leilão, segundo uma autoridade do órgão. O volume - de origem norte-americana, canadense e australiana - será embarcado em setembro em três carregamentos.
O país não realizou nenhum leilão semanal para adquirir trigo nas três primeiras semanas de julho, à medida que o governo implementava regras para um novo sistema de importações. Contudo, o Japão agora finalizou três leilões em pouco mais de uma semana para importar uma quantia total de 437.612 toneladas.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA ESTIMULADA PELO ÓLEO DE PALMA NA MALÁSIA

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em alta nesta sexta-feira, impulsionados por uma tendência otimista na Bolsa de Chicago e pelo rali do óleo de palma na Malásia. O contrato referencial de maio fechou com valorização de 1,3%, cotado a 3.975 yuans por tonelada. Na Malásia, os preços do óleo de palma cru avançaram em meio a preocupações de que o impacto de certos padrões climáticos apertará consideravelmente a potencial produção global de óleos comestíveis, informou a Yide Futures Co. em uma nota.
Na CBOT, as cotações da soja subiram na quinta-feira para os níveis mais altos em semanas e davam continuidade ao forte desempenho no pregão eletrônico de hoje, motivadas pela firmeza do trigo, por sólida demanda e cautela de vendas antes da safra entrar em um período crucial de desenvolvimento.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

TRIGO FECHA EM ALTA DE 2%, DEMANDA FORTE NA EXPORTAÇÃO.

A exportação de trigo dos Estados Unidos foi melhor do que se esperava na última semana, conforme dados divulgados hoje, e serviu de influência positiva para os preços futuros do cereal no mercado americano. Na Bolsa de Chicago o contrato com vencimento em setembro, o mais líquido, fechou em alta de 12,0 cents ou 1,95%, cotado a US$ 6,2750/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 15,50 cents ou 2,46% e fechou a US$ 6,4625/bushel.
Os produtores dos Estados Unidos, maior exportador mundial da commodity, estabeleceram acordos para exportar 919,9 mil toneladas de trigo na semana encerrada em 22 de julho, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O dado superou as estimativas do mercado, de 250 mil a 450 mil toneladas.
Os preços saltaram quase 49% desde a mínima em nove meses registrada em junho até a máxima desta quinta-feira. Na CBOT, o contrato setembro chegou a alcançar a maior marca em 13 meses, de US$ 6,32/bushel, diante da severa estiagem em áreas de produção da antiga União Soviética - região que nos último anos emergiu como uma força no mercado internacional de grãos.
O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) revisou em 1,9% sua estimativa de produção global de trigo, para 651 milhões de toneladas no ano comercial 2010/11, que começou em 1º de junho. "As perspectivas para a próxima safra de grãos têm sido significativamente afetadas por condições adversas no último mês em partes da região do Mar Negro, da União Europeia e do Canadá", afirmou o conselho. Apesar da revisão para baixo na projeção, o IGC observou que a safra 2010/11 continua sendo "a terceira maior já registrada."
O Egito, maior importador mundial de trigo, encomendou cargas dos Estados Unidos, de acordo com o USDA. Os egípcios vinham comprando da região do Mar Negro há meses e costuma ser bastante acompanhado pelos traders por causa de seus controles de oferta e preço. A estatal compradora de trigo, GASC, vem adotando medidas para expandir suas alternativas de fornecimento e obter ofertas mais competitivas.
Os Estados Unidos e a Europa competem com os países do Mar Negro no mercado internacional. NA Europa, os preços do trigo atingiram as máximas em dois anos. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 8 mil contratos hoje, na CBOT.

CBOT-SOJA TESTA NOVA MÁXIMA E FECHA EM ALTA DE 1,6%.

Os preços futuros da soja voltaram a fechar firmes, depois de testar as máximas de duas semanas, sustentados pelos ganhos do trigo, a firme demanda e o tom de cautela quanto à condição climática no período de desenvolvimento das lavouras norte-americanas. O vencimento agosto subiu 16,25 cents, ou 1,6%, para US$ 10,2675/bushel. O contrato novembro, mais negociado na bolsa, fechou a US$ 9,88/bushel, alta de 10 cents, ou 1% no pregão. As compras de fundos foram estimadas em cinco mil lotes no dia.
O mercado ampliou a trajetória positiva da última sessão, que também foi motivada pela firmeza nos futuros do trigo. A expectativa é que a menor disponibilidade do cereal aumente a demanda do farelo para uso na alimentação animal. Mas o firme ritmo das importações chinesas do grão dos Estados Unidos e a incerteza no clima são fundamentos que sustentam o mercado, segundo Don Roose, presidente da U.S. Commodities."Vendedores estão cautelosos em tentar pressionar o mercado, apesar do clima favorável no curto prazo, já que agosto é o período de formar ou quebrar a safra de soja dos Estados Unidos", disse Roose. Os traders adicionam prêmios climáticos, conforme aumentam as incertezas na bolsa, acrescentou. Agosto é considerado o período mais crítico no desenvolvimento das lavouras, por ser o período de enchimento dos grãos, que determina a produtividade das plantas. Entretanto, o potencial de alta é limitado no curto prazo, indicando que a safra tende a apresentar bons níveis de produtividade.
Apesar da firmeza dos preços no físico, em meio à oferta restrita, analistas não esperam grande volume de entregas do vencimento agosto da soja e do farelo. O baixo nível de estoques, com sólidas exportações e firme demanda doméstica, deve reter a oferta no primeiro dia de notificação de entrega do contrato, na sexta-feira.
A restrição de oferta no curto prazo foi citada hoje como um dos fatores que afetou as margens da Bunge, que divulgou hoje seu balanço trimestral. O presidente e executivo chefe da empresa, Alberto Weisser, disse que a demanda chinesa por soja acima do esperado frente ao limitado volume de vendas de fazendeiros puxou os preços nos Estados Unidos e provocou redução das margens da companhia.
O farelo terminou em alta, sustentado pela expectativa de firme demanda pela commodity, por conta da seca que afeta a produção de trigo da Europa e Rússia. O mercado vive uma situação de mercado invertido, com o vencimento mais próximo sendo negociado com um prêmio de US$ 12 sobre as posições mais longas. O contrato agosto fechou com alta de US$ 3,70, ou 1,2%, para US$ 305,40/bushel. O dezembro subiu US$ 2,70, ou 1%, para US$ 286,90/tonelada. Estima-se que os fundos compraram cerca de dois mil lotes no dia.
Os futuros do óleo de soja fecharam firme seguindo o desempenho do complexo soja, mas também sustentado pela do petróleo e pelos dados de exportação para a China. O vencimento dezembro subiu 43 pontos, ou 1,1%, para 40 cents. Os fundos compraram cerca de 4 mil lotes no dia.
MILHO: SUPORTE DO TRIGO SUSTENTA VALORIZAÇÃO.
O mercado futuro de milho registrou hoje o nível de preço mais alto em uma semana na CBOT. O motivo foi uma combinação entre demanda firme e o suporte do mercado vizinho de trigo, além dos ganhos das commodities de um modo geral. Os contratos com vencimento em dezembro, os mais líquidos, subiram 3,0 cents ou 0,77% e fecharam a US$ 3,9375/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 9 mil lotes.
O trigo voltou a ser uma influência importante para o milho, já que preocupações com as safras de trigo da Europa e da Rússia alimentam o sentimento otimista. Quando os preços do trigo sobem, tendem a tornar o milho mais atrativo para produção de rações nos mercados internacionais. Traders estão assimilando a possibilidade de crescimento da demanda como resultado dos ajustes de preço do trigo.
Além disso, as firmes exportações semanais ajudaram a sustentar as cotações. No entanto, a elevação do preço foi limitada pelo clima favorável para as lavouras dos Estados Unidos. O analista Bill Raffety comentou que a falta de habilidade do contrato dezembro para romper a resistência psicológica nos US$ 4,0/bushel também provocou alguma pressão técnica e atraiu vendedores.
De qualquer forma, traders não querem pressionar demais as cotações, pois ainda falta um terço da temporada de desenvolvimento americana. O analista Terry Reilly, do Citi, comentou que se não houver novas confirmações sobre a produção global de trigo, uma correção modesta pode ocorrer e abrir as portas para que o spread entre trigo e milho se esclareça, um fator de suporte para os últimos vencimentos de milho.

TRIGO/EUA OPERA EM ALTA COM FORTE EXPORTAÇÃO NA SEMANA

Os preços futuros do trigo permanecem em firme terreno positivo no mercado americano, na expectativa de maior demanda para exportação por conta da seca na Rússia. Os lotes para entrega em setembro tinham valorização de 9,75 cents ou 1,58% e estavam a US$ 6,2525/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançava 14,0 cents ou 2,22% e era negociado a US$ 6,4475/bushel.
Os participantes do mercado estão considerando altista o fato de que as exportações da semana encerrada em 22 de julho ficaram acima das estimativas dos traders. Os compradores estão se voltando aos Estados Unidos, em meio às projeções de produção e exportação menores do que o esperado na região do Mar Negro, segundo analistas. O analista Joe Victor, vice-presidente de marketing da Allendale, declarou que as exportações semanais foram "a maior surpresa".Estima-se que fundos tenham comprado 3 mil contratos na CBOT até o momento.

MILHO- Os preços futuros do milho estão subindo na Bolsa de Chicago mas recuaram das máximas da sessão. O contrato com vencimento em dezembro avançava 5,25 cents ou 1,34% e era negociado a US$ 3,96/bushel. Embora tenha subido fortemente na esteira dos futuros de trigo, o milho não foi capaz de desafiar as máximas do contrato dezembro ou romper a resistência psicológica nos US$ 4,0/bushel. Analistas disseram que houve realização de lucros. As incertezas sobre a produtividade da safra americana e a demanda para exportação também dão suporte neste momento. Mas o clima segue bom no curto prazo e limita os avanços.

SOJA- Os preços internacionais da soja estão se mantendo sustentados nesta quinta-feira com incertezas sobre a safra americana e apoio do mercado de trigo. Lotes para entrega em novembro subiam 11,0 cents e eram negociados a US$ 9,90/bushel. Registraram a maior cotação em uma semana, a US$ 9,9050/bushel.
A força dos futuros de trigo no mundo continua servindo de catalisador para a elevação dos preços de grãos. Compras de especuladores puxam as cotações e a soja encontra suporte nas incertezas sobre o desenvolvimento da safra no mês de agosto. Além disso, a demanda permanece sólida.

MATO GROSSO/MILHO - CUSTO DE PRODUÇÃO SUPERA PREÇOS RECEBIDOS.

Os dados sobre o custo de produção do milho safrinha 2009/10, divulgados hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram que os baixos preços recebidos pelos agricultores são mais danosos para aqueles que investiram em tecnologia para atingir maiores níveis de produtividade.
Levando em conta a cotação atual do milho na região de Sorriso, os produtores que investiram para colher 100 sacas por hectare teriam um prejuízo de R$ 600,00 por hectare se vendessem o cereal ao preço atual de R$ 6,00/saca. O custo total de produção ficou em R$ 1.243,13 por hectare e a receita na venda das 100 sacas seria de R$ 600,00. Vale lembrar que, em virtude da estiagem ocorrida entre abril e maio deste ano, poucos agricultores de Mato Grosso obtiveram a produtividade esperada de 100 sacas.
O agricultor que investiu para obter uma produtividade média de 80 sacas por hectare gastou R$ 986,28. A venda desta produção, caso não houvesse perda pela estiagem, resultaria num prejuízo de R$ 506,28 por hectare. Já o agricultor que gastou R$ 797,08 para colher 60 sacas por hectare teria um prejuízo de R$ 360 por hectare aos preços atuais em Sorriso. Um ponto importante a destacar é que o impacto da falta de chuvas é maior nas lavouras menos tecnificadas, que estão mais sujeitas a perdas de produtividade.
Os cálculos demonstram que, caso o governo tivesse condições de assegurar o preço mínimo de garantia para Mato Grosso, que é de R$ 13,98/saca, o produtor que colheu 100 sacas teria um lucro de R$ 154,87 por hectare; aquele que colheu 80 sacas lucraria R$ 132,12 por hectare; e quem colheu 60 sacas teria um saldo positivo de R$ 41,72 por hectare. Os leilões de prêmios para escoamento da safra, que rendem aos agricultores valores líquidos em torno de R$ 10/saca, contribuem para atenuar o prejuízo, que se acentuou nesta safra por causa da estiagem.
A mais recente estimativa de safra divulgada pelo Imea, cujo levantamento foi realizado no mês passado, indicava a produtividade média estadual de milho em 68,32 sacas por hectare, volume 14,1% inferior a expectativa de colheita de 79,55 sacas prevista em março, quando a estiagem ainda estava começando. A produtividade estimada em junho é 19,2% inferior à obtida na safra passada (84,57 sacas por hectare). O clima no ano passado foi excepcional, com chuvas bem distribuídas ao longo dos primeiros seis meses. Em relação à safra passada, a área plantada de milho em Mato Grosso cresceu 19,4% e a produção teve queda de 3,5%.
O Imea estima que 46,8% dos 8,264 milhões de toneladas estimados para a safrinha deste ano em Mato Grosso já foram comercializados até agora (3,68 milhões de toneladas), graças ao apoio do governo, que neste ano começou mais cedo, para evitar os problemas de estocagem de milho a céu aberto que ocorreram no ano passado, por causa da falta de espaço para armazenagem. A comercialização está 17,9 pontos porcentuais mais avançada em relação a julho do ano passado, quando as vendas haviam atingido 28,9% da safra estimada em 8,507 milhões de toneladas. Por meio dos sete leilões realizados pelo governo, sem incluir a oferta de 1,2 milhão de toneladas do pregão de hoje, foram comercializados 3,69 milhões de toneladas de milho em Mato Grosso, que correspondem a 95,4% do total já comercializado no Estado.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

GRÃOS:CBOT FECHA EM ALTA COM CLIMA INCERTO NO LONGO PRAZO.

Os preços futuros da soja encerraram o pregão em alta testando nova máxima da semana, influenciado pelos ganhos do trigo e pela incerteza quanto ao potencial de produção em 2010. O vencimento agosto subiu 12,50 cents, ou 1,3%, para US$ 10,1050/bushel. O contrato novembro, mais ativo, ganhou 12,50 cents, também 1,3%, para US$ 9,78/bushel. Estima-se que os fundos especulativos comprara cinco mil lotes no dia.
A firmeza dos futuros do trigo, diante do temor de quebra na produção de outros países, por causa do efeito adverso do clima, estimulou os participantes altistas no complexo de commodities agrícolas da CBOT. Compras de especuladores foram registradas no dia, com traders adicionando prêmios aos preços, apesar da condição climática favorável para as lavouras norte-americanas no curto prazo. Analistas avaliam que o mercado está considerando os riscos associados ao longo período de desenvolvimento das lavouras, particularmente na soja. Agosto é um mês crítico porque as plantas estão fase de enchimento de grãos, determinante para os níveis de produtividade. "A incerteza envolvendo as safras produzem medo, e o mercado negocia o medo com preços mais altos", disse Tim Hannagan, analista de Chicago.
Com previsões climáticas de temperaturas ligeiramente mais elevadas no Meio-Oeste, os vendedores foram cautelosos, particularmente diante da alta, puxada pelos futuros do trigo, observou Hannagan. A ameaça de redução da oferta global aumenta o potencial de exportação do cereal americano. Além disso, reduz o volume do produto disponível no mercado americano, que compete com o farelo na alimentação animal, acrescentou. Também foram observadas algumas compras técnicas, depois que os contratos mais ativos conseguiram quebrar o nível de resistência mais próximo, dando mais força aos preços.
O farelo teve um rali para a máxima de uma semana, recuperando perdas recentes, impulsionado pelos ganhos do trigo e pela perspectiva altista do lado da demanda. O mercado está precificando o potencial de incremento da demanda para alimentação dos rebanhos norte-americanos, conforme a produção de trigo recua. O vencimento agosto subiu US$ 7,20 no dia, ou 2,4%, para US$ 301,70/tonelada. Fundos compraram cerca de dois mil lotes no dia.
O óleo de soja também seguiu a soja, mas o avanço foi limitado pelas operações de spread entre o farelo/óleo, realizadas por conta da fraqueza dos futuros do petróleo. O contrato dezembro, perdeu 28 pontos, ou 0,7%, a 39,57 cents/lb. As compras de fundos atingiram cerca de três mil lotes no dia.

MILHO FECHA VALORIZADO EM 3,7%.
Os contratos futuros de milho tiveram valorização expressiva  impulsionados pelo mercado vizinho de trigo, com cobertura de posições vendidas na Bolsa de Chicago. Os lotes mais movimentados, para entrega em dezembro, subiram 13,75 cents ou 3,65% e fecharam a US$ 3,9075/bushel.
O mercado registrou ganhos ao longo de toda a sessão e teve variação maior até do que o trigo, embora os traders tenham dito que foi o principal condutor. Problemas com a safra de trigo na Rússia aumentaram os rumores sobre uma eventual elevação da exportação do cereal americano e os traders disseram que isso pode reduzir o trigo disponível. Os dois produtos são concorrentes na produção de rações.
O analista Mike Zuzolo, declarou que a elevação do spread entre trigo e milho tornará o milho mais atrativo para consumidores finais. "Na minha opinião, o milho está roubando demanda do trigo neste momento."Traders afirmaram que a força do milho se deveu à cobertura de posições vendidas. Fundamentalmente, há pouco suporte para o mercado, enquanto o clima permanece favorável nos Estados Unidos. Zuzolo explicou que os participantes do mercado estão mais preocupados com o clima para a soja, que tem uma temporada de desenvolvimento mais tardia. Um rali da soja também puxaria as cotações do milho, acrescentou o analista.

TRIGO ATINGE MÁXIMA EM 13 MESES COM SECA NA RÚSSIA.
A perspectiva de que a seca na Rússia aumentará as exportações de trigo dos Estados Unidos puxou as cotações do cereal no mercado americano. Os contratos mais líquidos, com vencimento em setembro na CBOT subiram 20,50 cents ou 3,45% e fecharam a US$ 6,1550/bushel. Chegou a registrar a máxima de US$ 6,2325/bushel, maior cotação do primeiro vencimento desde junho de 2009. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento fechou com valorização de 15,75 cents ou 2,56%, cotado a US$ 6,3075/bushel.
O mercado começou a subir diante do rali nos futuros de trigo da Europa, que saltaram para o maior nível em dois anos, com preocupações sobre a redução das estimativas de produção e exportação na região do Mar Negro. Países como Rússia e Ucrânia competem com os Estados Unidos e a Europa no mercado internacional.
A empresa de pesquisa agrícola SovEcon afirmou que a Rússia poderá restringir a exportação de grão usado em rações no outono do Hemisfério Norte (de setembro a dezembro), considerando que a colheita seja menor e que os embarques continuem normalmente neste ínterim. A empresa reduziu sua estimativa para a safra de 2010, revisando-a de 75 milhões de toneladas para 70 milhões. Inicialmente havia previsto de 77 a 78 milhões de toneladas.
O analista Sid Love, da corretora Kropf & Love Consulting, afirmou que "este mercado está baseado na incerteza sobre o volume da safra". Love avalia que o contrato setembro poderá alcançar US$ 7,0/bushel. A corretora Doane Advisory Services espera que este vencimento registre até US$ 6,75/bushel e se aproxime de sua máxima de junho de 2009, de US$ 6,77/bushel. Apesar da valorização recente, os estoques finais de trigo dos Estados Unidos são considerados confortáveis e os maiores em 23 anos.
Traders entendem que há oferta suficiente para atender a um aumento da demanda. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 9 mil contratos na CBOT.

RÚSSIA PODE RESTRINGIR EXPORTAÇÃO DE GRÃOS E OPERA EM ALTA DE 3% COM PREOCUPAÇÕES NO MAR NEGRO.

O trigo permaneceu em forte alta, após ter atingido o maior patamar em 13 meses na CBOT, com previsões otimistas de que a estiagem na Rússia desviará a demanda para os Estados Unidos. O contrato setembro subiu 20 cents, ou 3,53%, para US$ 6,15 50 por bushel, depois de ter alcançado a máxima de US$ 6,23 25 por bushel, nível mais alto desde junho de 2009. O avanço do cereal nos mercados futuros europeus, resultado de preocupações com a redução da produção na região do Mar Negro, também fornecia boas influências. "O trigo é o mercado com toda a empolgação no momento", disse Kayla Hoffman, comerciante de grãos da Dakota do Norte. "Já deveríamos ter digerido os problemas da Rússia, mas continuamos vendo os futuros subirem dia após dia."

Os Estados Unidos competem com Rússia, Ucrânia e Casaquistão no mercado de exportação. Os futuros da Europa, outro grande concorrente, atingiram o maior nível em dois anos por conta das preocupações com a seca. Traders temem que a Rússia venha a restringir suas vendas externas. Os russos são importantes fornecedores de trigo para o Egito, um dos maiores importadores. "Este mercado está baseado na incerteza sobre o tamanho da safra", disse o analista Sid Love, analista da corretora Kropf & Love Consulting.

A Rússia pode restringir as exportações de grãos utilizados para fabricação de ração animal no outono, assumindo uma perspectiva de safra ainda menor, informou nesta quarta-feira a SovEcon, uma firma de pesquisa agrícola.
A SovEcon reduziu a estimativa da produção de grãos em 2010 para 70 milhões a 75 milhões de toneladas, ante 77 milhões a 78 milhões de toneladas, por causa da severa estiagem e do forte calor no país. A União de Grãos da Rússia também diminuiu sua previsão, revelou ontem Arkady Zlochevsky, presidente da entidade.
Um porta-voz do Ministério de Agricultura não estava imediatamente disponível para comentar sobre possíveis restrições aos embarques. Zlochevsky afirmou que o país exportará grãos neste ano, embora ainda não se saiba a quantia exata.

CHICAGO: TRIGO DISPARA COM SECA NA RÚSSIA; SOJA E MILHO ACOMPANHAM.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalhavam em alta nesta quarta-feira, impulsionados pelo rali do trigo, por persistentes dúvidas com relação à produtividade da safra 2010 e pela previsão de um clima ligeiramente mais quente nos Estados Unidos, disseram analistas. Os produtos derivados da oleaginosa também oscilavam positivamente. Às 13h13 (horário de Brasília), os lotes para entrega em novembro subiam 13 cents, ou 1,35%, cotados a US$ 9,7850 por bushel.
O milho registrava ganhos acentuados em meio à firmeza do trigo e à cobertura de posições vendidas, depois de ter recuado por quatro sessões consecutivas. "Estamos apenas sendo arrastados para cima junto com trigo", disse um trader. "Porque o clima aqui [no cinturão produtor dos EUA] está bom." Há pouco, o contrato dezembro avançava 14 cents, ou 3,71%, para US$ 3,91 por bushel.
O trigo permanecia em forte alta, após ter atingido o maior patamar em 13 meses na CBOT, com previsões otimistas de que a estiagem na Rússia desviará a demanda para os Estados Unidos. Há pouco, o contrato setembro subia 21 cents, ou 3,53%, para US$ 6,16 por bushel, depois de ter alcançado a máxima de US$ 6,1875 por bushel, nível mais alto desde junho de 2009. Na Bolsa do Kansas, o mesmo vencimento ganhava 18 cents, ou 2,93%, negociado a US$ 6,33 por bushel.
O avanço do cereal nos mercados futuros europeus, resultado de preocupações com a redução da produção na região do Mar Negro, também fornecia boas influências. "O trigo é o mercado com toda a empolgação no momento", disse Kayla Hoffman, comerciante de grãos da Dakota do Norte. "Já deveríamos ter digerido os problemas da Rússia, mas continuamos vendo os futuros subirem dia após dia."

SOJA: RABOBANK ESTIMA PREÇO NA CBOT EM US$ 9,60/BU 2011.

Os futuros da soja na Bolsa de Chicago devem alcançar em média cerca de US$ 9,60 por bushel na primeira metade de 2011, mas a produtividade da próxima safra norte-americana pode fazer diferença crucial nas ofertas e nos preços, segundo o Rabobank. O banco estima as cotações em US$ 9,40 por bushel no quarto trimestre deste ano.
Uma produtividade de 41 bushels/hectare nos Estados Unidos pode resultar em estoques finais de quase 4,163 milhões de toneladas no ano comercial 2010/11, mas se for de 43 bushels/hectare, o número saltará para 8,44 milhões de toneldas, acrescentou o Rabobank.
Na terça-feira, o contrato agosto encerrou com queda de 0,25 cent, ou 0,03%, cotado a US$ 9,98 por bushel, e o novembro, o mais negociado, encerrou com baixa de 0,50 cent, ou 0,05%, a US$ 9,6550 por bushel.

TRIGO: ESTIMA PREÇO GLOBAL ATÉ US$ 6/BUSHEL EM 2010/11.
O Rabobank elevou nesta quarta-feira a estimativa dos preços globais do trigo nos próximos 12 meses para US$ 5 a US$ 6 por bushel, ante US$ 4,50 a US$ 5,50 por bushel, devido à redução da produção no Hemisfério Norte.
O banco prevê que os futuros do cereal na CBOT alcancem em média cerca de US$ 5,50 por bushel no quarto trimestre de 2010 e de US$ 5,40 por bushel no trimestre atual. Na terça-feira, o contrato setembro do trigo encerrou com alta de 5,50 cents, ou 0,9%, cotado a US$ 5,95 por bushel.

MILHO: PREÇOS PODEM SUBIR NA CBOT COM FORTE DEMANDA.

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) podem subir para uma média de US$ 4,25 por bushel na primeira metade de 2010 e de US$ 4,10 por bushel no quatro trimestre deste ano, estimou o Rabobank nesta quarta-feira. Na terça-feira, o contrato setembro do grão fechou com queda de 1,25 cent, ou 0,3%, cotado a US$ 3,6275 por bushel, e o dezembro encerrou com baixa de 1 cent, ou 0,3%, a US$ 3,77 por bushel.
A relação de estoques e consumo do governo norte-americano - de 11,1% no final do ano-safra atual e de 10,3% na próxima temporada - é extremamente baixa em um contexto histórico e deixa o mercado vulnerável ao impacto de uma produtividade desfavorável nos Estados Unidos ou do aumento significativo na demanda, acrescentou o Rabobank.

MILHO: JUSTIÇA DO PARANÁ PROÍBE VENDA DE PRODUTO DA BAYER.

A Justiça Federal do Paraná proibiu a venda do milho transgênico Liberty Link, produzido pela Bayer. A decisão, dada pela juíza federal Pepita Durski Tramontine, da Vara Ambiental de Curitiba, na segunda-feira, afirma que o produto somente poderá retornar ao mercado depois de a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovar o plano de monitoramento do produto no mercado.
Na sentença, a juíza também determinou a proibição do uso do milho, resistente ao herbicida glufosinato de amônio, no Norte e Nordeste até que sejam realizados estudos ambientais do produto nas regiões. "Nesses locais, não basta a aprovação do plano de monitoramento pela CTNBio. É preciso que estudos anteriores, relacionados à segurança, sejam realizados", explicou a advogada e consultora do Instituto de Defesa do Consumidor, Andrea Lazzarini Salazar.
A decisão fixa uma multa de R$ 50 mil diários caso a Bayer não suspenda imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e descarte do milho geneticamente modificado. Procurada, a empresa afirmou que somente irá se manifestar quando for notificada judicialmente.
A polêmica em torno do milho transgênico dura mais de dois anos. Liberado pela CTNBio em 2007, o produto geneticamente modificado foi alvo de uma ação proibindo sua comercialização no mesmo ano. Uma liminar foi concedida e, em janeiro de 2008, revogada. Agora, a juíza analisou a ação principal. Além da batalha judicial, o milho da Bayer provocou uma disputa dentro do próprio governo. Descontente com a aprovação da CTNBio da variedade transgênica, a Anvisa interpôs um recurso no Conselho Nacional de Biossegurança. Em junho de 2008, o conselho confirmou a liberação. "A decisão de ontem foi um marco, um avanço importantíssimo", resumiu Andrea.
Tanto Bayer quanto governo podem recorrer da decisão. A consultora do Idec sustenta que a ratificação do conselho em nada prejudica o alcance da sentença dada pela Justiça. "A ratificação foi baseada em um ato viciado. E poder executivo não está acima do judiciário", completou.
Para Andrea, a principal vitória é a obrigação da CTNBio, definida pela sentença, de garantir amplo acesso aos processos de liberação de transgênicos e a definição de prazo para que os pedidos de sigilo comercial sejam decididos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

SOJA: CLIMA FAVORÁVEL LIMITA GANHOS.

Os preços futuros da soja encerraram em leve baixa nesta terça-feira na bolsa de Chicago. O mercado ensaiou um movimento de recuperação técnica no início do pregão, mas inverteu a direção ainda pressionado pelas condições climáticas que favorecem o desenvolvimento das lavouras norte-americanas.
O contrato agosto terminou o dia com queda de 0,25 cent, ou 0,03%, a US$ 9,98/bushel. O vencimento mais líquido, base novembro, perdeu 0,50 cent, ou 0,05%, e fechou a US$ 9,6550/bushel. Estima-se que os fundos compraram cerca de mil lotes no dia. A ausência de ameaças climáticas às lavouras no período mais crítico de desenvolvimento das lavouras abriu espaço para os vendedores tirarem vantagem do alta dos preços no início do pregão em Chicago.
Basicamente, o mercado chegou à conclusão de que a safra de soja dos Estados Unidos será boa, diante das notícias que indicam condição estável na qualidade das lavouras. Sem a perspectiva de seca em importantes áreas produtoras no Meio-Oeste o entusiasmo dos participantes altistas diminuiu, segundo um analista do mercado.
O potencial de mais chuvas, especialmente no momento adequado, nas áreas produtoras do Delta também contribuiu com o tom baixista. A região é a primeira a colher a soja nos Estados Unidos e serve como uma ponte entre as safras velha e nova, porque o grão começa a entrar no mercado antes da safra do Meio-Oeste, em outubro. Esta última região responde pela maior parte da produção norte-americana. Entretanto, a condição sobrevendida do mercado e a incerteza do clima durante a longa temporada de desenvolvimento nas áreas produtoras são fatores que limitam perdas maiores e deixam os vendedores mais cautelosos. A fase mais crítica da lavoura ocorre em agosto.
O farelo terminou em alta, com modesta correção da forte perda recente do mercado, segundo analistas do mercado. O vencimento agosto subiu US$ 1,30 a US$ 294,50/t e o dezembro US$ 0,8% (+0,3%), para US$ 278,30/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de mil lotes neste mercado.
Nos futuros do óleo de soja, o fechamento foi em baixa, pressionado pelos ajustes nas operações entre o farelo/óleo e na fraqueza do petróleo. O vencimento dezembro terminou com queda de 27 pontos, ou 0,7%, para 39,29 cents/lb. Os fundos venderam cerca de três mil lotes no dia.

MILHO FECHA EM BAIXA PRESSIONADA PELO CLIMA.
Sem novidades ou direcionamento firme no mercado, os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira com perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes mais negociados, para entrega em dezembro, caíram 1,0 cent ou 0,26% e fecharam a US$ 3,77/bushel. O clima favorável nos Estados Unidos ainda serve de âncora para os preços. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil lotes hoje.
O mercado retomou seu movimento de consolidação depois que as compras se esgotaram, diante do potencial de produção recorde no país. Segundo o analista John Kleist, da corretora Allendale, "os futuros deram um passo atrás após o movimento recente, dando uma pausa para uma correção nos últimos três dias".
As incertezas sobre produtividade e produção, especialmente antes da divulgação do relatório de safra mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mantêm os traders cautelosos. No entanto, sem ameaças climáticas significativas, as vendas pressionaram o mercado, já que as boas condições de desenvolvimento da safra não deram suporte, de acordo com Kleist. Ele recordou que a demanda está dentro da rotina.
O analista acrescentou que as vendas de produtores ou pressões de hedge colaboraram para as perdas do milho, pois os ganhos registrados no início da sessão de hoje foram considerados mais técnicos do que relativos a fundamentos.
Entretanto, a desvalorização é limitada neste momento pela possibilidade de haver mudança climática ou praga que venha a afetar o rendimento da safra americana.

Explode demanda por títulos do agronegócio.

A emissão de títulos do agronegócio por bancos, agroindústrias, cooperativas e produtores rurais somou R$ 92,2 bilhões no primeiro semestre de 2010. Estimulados por boas margens e benefícios fiscais, mas ainda dependentes de ajustes regulatórios do governo, os novos papéis registraram 15,3 mil operações em seis meses.
Em 2009, as emissões desses títulos somaram R$ 65 bilhões em 18,2 mil operações. O volume negociado em 2010 equivale a todos os recursos aplicados em crédito rural na agricultura empresarial e familiar durante a safra 2009/10, encerrada em junho. No acumulado desde 2005, já foram emitidos R$ 201,4 milhões em quase 50 mil operações com papéis do agronegócio.
Os bancos são os principais responsáveis pela explosão nos negócios. As letras de crédito do agronegócio (LCAs), emitidas pelos bancos com lastro em recebíveis do agronegócio, respondem por quase 97% dos registros feitos na BM&FBovespa e Cetip.
Nesse ritmo, as emissões acumuladas devem superar R$ 300 bilhões até o fim deste ano. Os bancos estimavam chegar a R$ 400 bilhões apenas em 2014. Mesmo assim, já apontam a falta de recebíveis para atender à forte demanda pelos papéis. "Há um apetite muito grande por LCAs. Hoje, o problema é a falta de papéis porque já virou operação de prateleira", afirma o diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian.
O sistema de registro apontava um estoque de R$ 12,4 bilhões de operações "em aberto" até 30 de junho. "Esse negócio cresce porque é mais rentável para todas as pontas. E o cenário macroeconômico de aumento de juros não deve afetar a rentabilidade".
Os títulos foram criados há cinco anos para captar recursos privados ao financiamento do agronegócio, mas ganharam peso no mercado como fontes alternativas de crédito e opção de alta rentabilidade a bancos e seus clientes "private", de alta renda.
Os títulos atraem cada vez mais investidores por seu baixo risco, alta liquidez e da garantia lastreada na produção. O custo de operação é taxa Selic mais 2% ou 3% ao ano. Além disso, há os benefícios fiscais dos papéis. As agroindústrias, por exemplo, não pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A cada R$ 1 milhão emprestado, calcula Ademiro Vian, a empresa deixa de pagar R$ 18,8 mil, além de melhorar os índices de liquidez em seu balanço.
Os bancos são isentos do depósito compulsório de 25% sobre essas emissões, não precisam cobrir 100% do risco das operações e driblam os 0,2% obrigatório ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que afiança até R$ 60 mil por pessoa. Os investidores têm isenção de Imposto de Renda (IR). A cada R$ 1 milhão investido, a "economia" chega a R$ 19 mil com IR. As tradings também usam os papéis para captar recursos mais baratos e reduzir custos financeiros de "carregar" dívidas de produtores.
De 2005 para cá, houve reforço legal para a blindagem jurídica dos papéis, como a garantia de alienação fiduciária. Mas ainda persistem dúvidas de fundo. A Febraban pede mais regulação pelo Banco Central, como a obrigação de segregação da contabilidade e a garantia de exclusividade das emissões às empresas do agronegócio. "Deveria haver uma obrigação de aplicação de parte desses recursos em crédito rural", afirma Ademiro Vian, também professor da FGV.
Os operadores dos títulos também apontam a necessidade de revisão da "Lei da CPR", um dos principais recebíveis usados como lastro nas emissões. "O governo precisa acabar com a "CPR de gaveta", obrigar o registro em uma central e restringir a emissão somente a quem tem lastro na produção", recomenda o diretor da Febraban. Vian alerta para a criação de um "subprime" desses títulos, já que os controles sobre as CPRs são falhos. "Tem caso de quatro CPRs para o mesmo produto, CPR prorrogada. Podemos, sim, ter um "subprime" da CPR", avalia ele.
O BC informa que avalia formas de regular os títulos no sistema financeiro, como medidas para incentivar o registro de CPRs em um sistema único.

GRÃOS/EUA: CONDIÇÃO ESTÁVEL DAS SAFRAS DE MILHO E SOJA.

A condição das safras de milho e soja se manteve na última semana, conforme o relatório semanal de acompanhamento divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O desenvolvimento das lavouras permanece mais adiantado do que o normal. Enquanto isso, a condição da safra de trigo de primavera, que já era excelente, melhorou ainda mais. O desenvolvimento, no entanto, segue um pouco abaixo da média para esta época do ano.
Milho
O USDA avaliou a safra de milho com 72% de bom a excelente no domingo, mesma parcela observada na semana anterior. Há um ano registrou-se 70%. Traders esperavam que a condição se mantivesse estável ou aumentasse um pouco. No Estado de Iowa, a avaliação de boa a excelente foi elevada de 69% na semana anterior para 70%. Em Indiana, a avaliação foi mantida em 62%. Em Illinois caiu dois pontos porcentuais, para 65%.
A chuva foi excessiva em partes do Meio-Oeste na semana passada, mas trouxe algum alívio para áreas mais secas, inclusive em campos de Ohio. Durante a segunda metade da semana, a chuva causou alguns alagamento ao longo de Iowa, mas não houve danos expressivos, de acordo com o USDA.
O USDA informou que 84% da safra havia formado espiga até domingo, mais do que os 65% registrados uma semana antes e superior à média de 70%. Cerca de 17% da safra se encontrava em estágio de formação de grãos, mais do que os 8% da semana anterior. A média para este momento é de 13%. A safra se desenvolveu mais rapidamente do que o normal, graças ao plantio precoce e ao clima favorável.
Soja
O USDA avaliou 67% da safra de soja dos Estados Unidos como boa a excelente, mesma parcela observada uma semana antes. Assim como no caso do milho, os traders já esperavam que o número se mantivesse estável ou que houvesse uma ligeira melhora em relação à semana anterior.
Em Iowa, a condição boa a excelente aumentou dois pontos porcentuais, para 71%. Em Indiana, também houve elevação de dois pontos porcentuais, para 64%. A avaliação caiu um ponto porcentual, para 63%, em Illinois.
Até domingo, três quartos da safra havia florescido, ante 60% registrados na semana anterior. Também ficou acima da média de 72% para esta época do ano. Cerca de 35% da safra havia formado vagens, enquanto na semana passada eram 18% e a média corresponde a 31%.
Trigo
O USDA aumentou a porcentagem da safra de trigo de primavera considerada em condição boa a excelente, passando de 82% para 83%. Trata-se de um salto expressivo ante os 74% observados no mesmo momento do ano passado. Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo, a avaliação de boa a excelente se manteve estável, com 84%.
Segundo a agência do governo, 94% da safra perfilou, superior aos 87% da semana passada e menos do que a média de 97%. Na Dakota do Norte, 97% da safra perfilou, ante 91% na semana passada e dentro da média.
Sobre a safra de trigo de inverno, o USDA informou que 79% foi colhida, aumento de oito pontos porcentuais na semana. Entretanto, ficou abaixo da média de 82%. A colheita terminou em Estados como Kansas e Oklahoma, mas continua na Dakota do Sul e em Nebraska.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

BM&-F - PRODUTOR AGRÍCOLA É ALVO DE PROGRAMA DE POPULARIZAÇÃO.

O Brasil tem uma das agriculturas mais competitivas do mundo, mas o produtor rural ainda engatinha no que se refere à proteção de preços garantida no mercado futuro. O volume anual negociado de contratos de soja, por exemplo, um dos principais itens do agronegócio nacional, equivale a menos de 10% da safra, estimada em 68 milhões de toneladas em 2009/10. Outro exemplo é o boi. O número de contratos abertos (29 mil) atualmente na bolsa equivale a 580 mil animais, quando o abate mensal fica em torno de 3 milhões de cabeças. Em outros produtos a situação não é muito diferente.
O diretor de commodities da BM&FBovespa, Ivan Wedekin, lembra que a estabilização da atividade agrícola ainda é recente, mas os períodos de grande oscilação cambial, volatilidade de preços e crises de endividamento criaram um ambiente favorável, que tornou o produtor mais atento às ferramentas de gerenciamento de risco do negócio. Isso, contudo, ainda não o convenceu a ir para o mercado futuro e de opções.
Na tentativa de atrair mais produtores para a bolsa, a instituição dá início na sexta-feira (30) à terceira temporada do programa "BM&FBovespa Vai o Campo". A iniciativa vai abranger sete municípios, começando por Maracaju, em Mato Grosso do Sul. Com palestras sobre oportunidade de investimentos em ações e proteção de rentabilidade e gerenciamento de risco por meio de contratos futuros e opções, a instituição tenta se tornar mais conhecida entre pecuaristas e agricultores, um público reconhecidamente conservador. "Temos a bandeira da popularização do mercado futuro. Esta é uma bola de neve de consciência que vai se formando", afirma Wedekin. Ele, que já foi secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, ressalta que os instrumentos de apoio à renda agrícola criados nos últimos anos têm ajudado a quebrar o gelo. "É natural haver certa desconfiança porque esses são instrumentos mais sofisticados que não estão no dia a dia da maioria dos produtores", pondera. Wedekin lembra, contudo, que o mercado futuro acaba sendo usado de forma indireta pelo produtor como, por exemplo, quando ele fecha um contrato com o frigorífico, que vai à bolsa travar preços da arroba do boi.
Vendedores de insumos recebem produto agropecuário como garantia de pagamento e fazem operação no mercado futuro. "O produtor vai ao mercado futuro pela mão da indústria."
O mercado de opções pode ser uma porta de entrada. "É um mecanismo mais simples que o contrato futuro e, com ele, o produtor pode fazer hedge (proteção de preço) do mesmo jeito", diz. Este, aliás, é um instrumento que tem sido cada vez mais usado na BM&F. Segundo Wedekin, as opções representavam 4% do volume total de contratos agropecuários negociado em 2009 e, em 2010, essa participação chegou a 14%, um porcentual inédito. No mercado de milho, as opções chegaram a representar 31,8% dos negócios no primeiro semestre deste ano, ante 9% no mesmo período em 2009. Nos EUA, por exemplo, as opções representam entre 30% e 35% do total de negócios. A bolsa não informa quem são os principais negociadores das opções.
Crise - A terceira edição do programa "BMF&Bovespa Vai o Campo" ocorre em um momento em que os negócios futuros agrícolas ainda tentam se recuperar do baque sofrido em 2009, como efeito da crise econômico-financeira internacional. No primeiro semestre, o volume de negócios envolvendo contratos futuros e de opções aumentou 14,3%, para 1.088.425, ante 952.349 no mesmo período de 2009. Na comparação com os 1.658.257 do primeiro semestre de 2008, contudo, houve recuo de 34,4%.
Apesar do resultado negativo na comparação com 2008, Wedekin destaca o aumento do número de contratos futuros e de opções abertos, que bateu recorde em 2010, com superando o melhor momento do período pré-crise em julho de 2008, quando o número girava em torno de 140 mil. O volume despencou para 70 mil ao final de 2009, mas em 30 de junho tinha se recuperado para 155 mil. "O número de contratos abertos é um dos indicadores de liquidez do mercado e esse aumento é uma boa notícia", disse.
Depois de Mato Grosso do Sul, o BM&FBovespa segue para Presidente Prudente(SP), Guarapuava (PR), Eduardo Magalhães (BA), Rondonópolis (MT), Jataí (GO) e Guaxupé (MG). O programa atraiu cerca de 9,3 mil pessoas nas duas edições anteriores.

CBOT-SOJA RECUA COM CLIMA FAVORÁVEL .

O mercado futuro da soja encerrou o pregão em queda nesta segunda-feira, recuando para o nível mais baixo das últimas duas semanas. A bolsa de Chicago foi pressionada por previsões climáticas favoráveis à safra, vendas técnicas e a fraqueza generalizada no farelo.
O vencimento agosto perdeu 18,75 cents, ou 1,8%, a US$ 9,9825/bushel. O contrato mais negociado, base novembro, terminou com queda de 15,50 cents, ou 1,58%, para US$ 9,66/bushel. Participantes do mercado estimam que os fundos especulativos venderam cerca de 4 mil lotes no dia.
A ausência de ameaça às lavouras nas diversas previsões climáticas, combinada com as chuvas recentes no Meio-Oeste, fez os participantes reduzirem os prêmios de risco no mercado.
Os futuros da soja haviam registrado um rali até às máximas de seis meses, por causa do temor quanto ao impacto do clima quente e seco nas lavouras norte-americanas, que seguem para o período mais crítico de desenvolvimento. Os traders haviam construído amplos prêmios na nos vencimentos futuros, diante deste potencial de queda na produtividade, reflexo do clima adverso.
As chuvas chegaram no tempo certo e também não há previsão de estresse por causa da alta temperatura, por isso, as plantas poderão se desenvolver muito bem, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, à Dow Jones.
Ao mesmo tempo, o esfriamento da demanda pela safra velha, que resultou em valores mais baixos no mercado disponível, a redução dos preços do farelo e das margens para esmagamento aumentaram a pressão sobre as cotações de vencimentos da safra 2009/10, observou Zuzolo. Vendas técnicas aumentaram as perdas no dia. A retração foi acelerada conforme os contratos mais ativos testaram mínimas da última semana.
Os futuros do farelo também tiveram forte queda hoje, seguindo trajetória dos preços no disponível que recuaram para as mínimas de três semanas. A commodity registrou a maior perda no complexo, se comparado seu desempenho em relação aos preços no mercado físico, segundo analistas. A indústria reduziu a demanda por soja para esmagamento, enquanto aguarda pela oferta da safra nova, com preços mais baixos, pesou sobre a bolsa. O vencimento agosto caiu US$ 6,70, ou 2,2% no dia, para US$ 277,50/tonelada curta, e o dezembro recuou para US$ 293,20/t, queda de 2%, ou US$ 5,80 por tonelada. Vendas de fundos foram estimadas em dois mil lotes no dia.
A trajetória do óleo de soja não foi diferente, pressionado pela fraqueza da soja e sem o suporte dos futuros do petróleo, o vecimento dezembro recuou 20 pontos no dia, ou 0,5%, para 39,56 cents. O volume de vendas de fundos foi estimado em três mil lotes.

CBOT-GRÃOS EM BAIXA,DESTAQUE PARA MILHO,MENOR PREÇO TRÊS SEMANAS.

Os contratos futuros de soja caminham em firme território negativo nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em novembro recuaram até 20 cents negociados na minima do dia a US$ 9,61/bushel. Chegaram a atingir o menor nível diante do clima favorável para desenvolvimento da safra.
Analistas disseram que a falta de ameaças ao bom desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos serve de âncora para os preços, pois não há outras novidades neste momento. As previsões não indicam qualquer motivo de preocupação na área central dos Estados Unidos até o início de agosto, importante época para o desenvolvimento da soja. A queda das bases de preço no mercado à vista, com enfraquecimento da demanda pela antiga safra, se soma ao tom defensivo.

MILHO OPERA NA MÍNIMA DE TRÊS SEMANAS.
Os contratos futuros de milho registram desvalorização nesta segunda-feira na CBOT a ponto de registrarem mínimas em três semanas. Negocios para entrega em dezembro, os de maior liquidez, operavam em baixa de 6,50 cents ou 1,69%, cotados a US$ 3,78/bushel. Neste momento não há ameaças climáticas capazes de impulsionar o mercado. Previsões de curto prazo mostram condições favoráveis para o desenvolvimento da safra americana, de modo que traders removem prêmio de risco embutido nas cotações quando havia preocupações com o clima quente e seco, segundo analistas. O mercado continua pressionado pela fraqueza dos futuros de trigo.

TEMPO SECO NA MAIOR PARTE DO BRASIL.

O tempo deve continuar seco na maior parte do Brasil nesta semana, com chuvas apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do País, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. No Sul, o período inicia com tempo seco e queda de temperatura, após um fim de semana chuvoso no Rio Grande do Sul. O Estado deve registrar geada nas áreas ao sul e regiões serranas. No Sudeste e no Centro-Oeste a temperatura sobe nos próximos dias.
Na sexta-feira (30), uma nova frente fria deverá chegar ao Rio Grande do Sul e voltará a causar chuvas no final da semana. Porém, não há previsão de chuva para as Regiões Centro-Oeste, Sudeste e interior do Nordeste, o que confirma a expectativa de um inverno seco sobre o Brasil Central. No início de agosto, a incidência e o volume de chuvas no Sul devem diminuir. "Essa condição deve agravar ainda mais as condições do déficit hídrico, secura do ar, problemas com pastagens, queimadas e qualidade o ar", afirmou Paulo Etchichury, sócio diretor da Somar.
Uma nova massa de ar polar deve chegar ao Rio Grande do Sul a partir do dia 4 de agosto, para depois subir para os demais Estados da Região, para o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Pode ocorrer geadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.

Chuvas
Algumas regiões do Brasil Central tiveram um período de ausência total de chuvas em julho, segundo a Somar, com destaque para áreas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Bahia, onde não chove há mais de 150 dias. As precipitações do mês ficaram concentradas no extremo Sul e no extremo Norte do Brasil e no leste da Região Nordeste, especialmente na região do Recôncavo Baiano. A Somar relatou que o frio e geadas no Sul do Brasil foram destaque no mês, mas estiveram dentro do padrão climático para esta época do ano.
A umidade do solo continua satisfatória, ou seja, acima de 60%, na Região Sul, sul de Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. A mesma condição é observada no Norte, litoral das Regiões Sudeste e Nordeste. No Brasil Central, o longo período seco fez a umidade cair abaixo de 10%.

Estados Unidos
Nesta semana as chuvas devem se concentrar um pouco mais sobre o Sul dos Estados Unidos. No início de agosto, o tempo permanecerá quente e com chuvas isoladas no Meio-Oeste devido à propagação de áreas de instabilidades típicas do verão no Hemisfério Norte. De acordo com a Somar, não há previsão nem indícios de estiagem que possa afetar a produção local.
Durante a semana passada e neste final de semana voltou a chover sobre a região. Mesmo de forma irregular e mal distribuídas, as precipitações contribuíram para reduzir o risco de estiagem e favoreceram as lavouras de milho e soja, principalmente as que já se encontram na fase crítica (floração e enchimento de grão). Os maiores volumes (50 a 100 mm) se concentraram sobre importantes regiões produtoras, incluindo parte dos Estados de Minnesota, Dakota do Sul, Iowa, Missouri, Illinois, Wisconsin e Indiana.

MATO GROSSO/SOJA: COMERCIALIZAÇÃO ATINGE 15,6% DA SAFRA 10/11.

A comercialização de soja da safra 2010/11 está avançada em relação ao ano passado. Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), divulgado nesta segunda feira em seu relatório semanal, indica que as vendas da oleaginosa totalizaram 15,6% da produção prevista em Mato Grosso na atual temporada, estimada pela entidade em 18,289 milhões de toneladas. Na mesma data no ano passado, os produtores da região haviam negociado 12,5% da safra.
De acordo com o Imea, o aumento das vendas da safra 2010/11 em julho mês reflete o bom desempenho do mercado futuro da soja em Chicago. O instituto destaca que o vencimento março, negociado a US$ 9,20/bushel no início do mês, agora oscila em torno de US$ 9,90/bushel. O mês coincide com o período de pico da colheita no Estado.
Safra 2009/10 - Em relação ao ciclo anterior, os produtores negociaram 90% da safra 2009/10, avanço de um ponto porcentual se comparado ao mesmo período da temporada 2008/09. Segundo o Imea, as vendas estão mais forte no Médio-Norte, com 92,1% comercializado e Oeste, com 94,8%.

CHICAGO: SOJA E MILHO CAEM SEM AMEAÇA CLIMÁTICA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham em baixa nesta segunda-feira, dando continuidade ao fraco desempenho observado no pregão eletrônico. A falta de ameaças climáticas no curto prazo estimulava traders a reduzirem o prêmio de risco no mercado, segundo analistas.
Os produtos derivados da oleaginosa também oscilavam negativamente. Lotes para entrega em novembro cediam 17 cents, cotados a US$ 9,64 por bushel.
O milho opera em queda, pressionado pela continuação de vendas em meio à ausência de um clima ameaçador, disseram traders. As condições parecem principalmente favoráveis para o desenvolvimento do grão, apesar de preocupações com chuvas excessivas em algumas áreas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve manter estável ou subir ligeiramente o porcentual da safra com avaliação boa a excelente no relatório semanal de acompanhamento. O contrato dezembro perdia 6,5 cents, para US$ 3,780 por bushel.
O trigo recuava em meio à realização de lucros após um recente rali. Na semana passada, o contrato setembro atingiu o maior patamar desde de junho de 2009 na CBOT. O vencimento caía 8,75 cents, ou 1,47%, para US$ 5,8750 por bushel. Na Bolsa do Kansas, o mesmo contrato cedia 5 cents, ou 0,81%, negociado a US$ 6,10 por bushel.

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