terça-feira, 27 de julho de 2010

SOJA: CLIMA FAVORÁVEL LIMITA GANHOS.

Os preços futuros da soja encerraram em leve baixa nesta terça-feira na bolsa de Chicago. O mercado ensaiou um movimento de recuperação técnica no início do pregão, mas inverteu a direção ainda pressionado pelas condições climáticas que favorecem o desenvolvimento das lavouras norte-americanas.
O contrato agosto terminou o dia com queda de 0,25 cent, ou 0,03%, a US$ 9,98/bushel. O vencimento mais líquido, base novembro, perdeu 0,50 cent, ou 0,05%, e fechou a US$ 9,6550/bushel. Estima-se que os fundos compraram cerca de mil lotes no dia. A ausência de ameaças climáticas às lavouras no período mais crítico de desenvolvimento das lavouras abriu espaço para os vendedores tirarem vantagem do alta dos preços no início do pregão em Chicago.
Basicamente, o mercado chegou à conclusão de que a safra de soja dos Estados Unidos será boa, diante das notícias que indicam condição estável na qualidade das lavouras. Sem a perspectiva de seca em importantes áreas produtoras no Meio-Oeste o entusiasmo dos participantes altistas diminuiu, segundo um analista do mercado.
O potencial de mais chuvas, especialmente no momento adequado, nas áreas produtoras do Delta também contribuiu com o tom baixista. A região é a primeira a colher a soja nos Estados Unidos e serve como uma ponte entre as safras velha e nova, porque o grão começa a entrar no mercado antes da safra do Meio-Oeste, em outubro. Esta última região responde pela maior parte da produção norte-americana. Entretanto, a condição sobrevendida do mercado e a incerteza do clima durante a longa temporada de desenvolvimento nas áreas produtoras são fatores que limitam perdas maiores e deixam os vendedores mais cautelosos. A fase mais crítica da lavoura ocorre em agosto.
O farelo terminou em alta, com modesta correção da forte perda recente do mercado, segundo analistas do mercado. O vencimento agosto subiu US$ 1,30 a US$ 294,50/t e o dezembro US$ 0,8% (+0,3%), para US$ 278,30/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de mil lotes neste mercado.
Nos futuros do óleo de soja, o fechamento foi em baixa, pressionado pelos ajustes nas operações entre o farelo/óleo e na fraqueza do petróleo. O vencimento dezembro terminou com queda de 27 pontos, ou 0,7%, para 39,29 cents/lb. Os fundos venderam cerca de três mil lotes no dia.

MILHO FECHA EM BAIXA PRESSIONADA PELO CLIMA.
Sem novidades ou direcionamento firme no mercado, os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira com perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes mais negociados, para entrega em dezembro, caíram 1,0 cent ou 0,26% e fecharam a US$ 3,77/bushel. O clima favorável nos Estados Unidos ainda serve de âncora para os preços. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil lotes hoje.
O mercado retomou seu movimento de consolidação depois que as compras se esgotaram, diante do potencial de produção recorde no país. Segundo o analista John Kleist, da corretora Allendale, "os futuros deram um passo atrás após o movimento recente, dando uma pausa para uma correção nos últimos três dias".
As incertezas sobre produtividade e produção, especialmente antes da divulgação do relatório de safra mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mantêm os traders cautelosos. No entanto, sem ameaças climáticas significativas, as vendas pressionaram o mercado, já que as boas condições de desenvolvimento da safra não deram suporte, de acordo com Kleist. Ele recordou que a demanda está dentro da rotina.
O analista acrescentou que as vendas de produtores ou pressões de hedge colaboraram para as perdas do milho, pois os ganhos registrados no início da sessão de hoje foram considerados mais técnicos do que relativos a fundamentos.
Entretanto, a desvalorização é limitada neste momento pela possibilidade de haver mudança climática ou praga que venha a afetar o rendimento da safra americana.

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