sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SOJA: SAFRA BRASILEIRA EM 64,805 MIL DE TONS.

A produção brasileira de soja na temporada 2008/10 deverá totalizar 64,805 milhões de toneladas, subindo 13% na comparação com a safra anterior, que ficou em 57,272 milhões de toneladas. A previsão faz parte de levantamento divulgado hoje por SAFRAS & Mercado.
A estimativa de área plantada passou de 21,726 milhões de hectares para 22,834 milhões, com aumento de 5%. SAFRAS trabalha com rendimento médio de 2.838 quilos por hectare, contra os 2.639 quilos obtidos no ano passado. O levantamento de julho de SAFRAS, de intenção de plantio, apostava em produção de 64,213 milhões de toneladas e área de 22,624 milhões de hectares.
Principal estado produtor, o Mato Grosso deverá colher 18,147 milhões de toneladas, com alta de 1% na comparação com as 17,880 milhões de toneladas colhidas no ano passado. O Paraná deverá ter uma safra 37% maior do que a do ano passado, totalizando 13,050 milhões de toneladas - 9,55 milhões no ano passado. No Rio Grande do Sul, a previsão é de uma safra de 9,2 milhões de toneladas, com crescimento de 15%.

As exportações brasileiras de soja em grão deverão subir 3% em 2010, passando de 27,3 milhões de toneladas em 2009 para 28 milhões. A estimativa faz parte do quadro de oferta e demanda do complexo soja para 2009/10, divulgado por SAFRAS & Mercado. O processamento deverá crescer 8%, pulando de 29,9 milhões para 32,2 milhões de toneladas. Com isso, a demanda total seria de 63 milhões de toneladas, com crescimento de 5%.
Levando-se em conta uma produção de 64,805 milhões de toneladas em 2008/09 - 13% maior do que a temporada anterior -, a oferta total subiria 8%, somando 65,511 milhões de toneladas. Os estoques finais devem subir 314%, passando de 606 mil para 2,511 milhões de toneladas.

CÂMBIO/SOJA: REAL VALORIZADO.

O produtor de soja está sendo obrigado a refazer as contas para a safra 2009/10. Especialmente nas regiões mais distantes dos portos, os preços da commodity são suficientes apenas para cobrir os custos de produção. Em alguns casos, em função do custo da logística, as margens já são negativas. Trata-se de um cenário bem menos otimista do que o projetado há pouco mais de dois meses, quando o setor fez os investimentos necessários para plantar uma área recorde. A piora deve-se a um conjunto de problemas que se escondem atrás de único vilão: o câmbio. Quando os agricultores contrataram os insumos para o plantio da nova safra, há cerca de três meses, o dólar era negociado na faixa de R$ 1,90. De lá para cá, a moeda americana caiu cerca de 10%, atingindo o patamar de R$ 1,69 na semana passada. Pelos cálculos da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), levando em conta a cotação atual da soja na Bolsa de Chicago, com o dólar a R$ 1,90 o produtor em Sorriso, no norte do Estado, teria um lucro de R$ 2,33 por saca, mas, com a cotação a R$ 1,69, acaba tendo o prejuízo de R$ 3,50. "O câmbio tem um impacto direto sobre nossa receita. Embora praticamente toda a composição do preço da soja seja em dólar, alguns custos são fixados em real", explica João Birkhan, coordenador da Central de Comercialização de Grãos (CentroGrãos) da Famato. O dólar já caiu cerca de 26% desde o início do ano, mas esse efeito foi pouco sentido pelos produtores de soja ao longo da safra 2008/09. Isso porque, ao contrário do que acontecera nos anos anteriores, os produtores compraram os insumos para a safra, no início do segundo semestre de 2008, com dólar a R$ 1,60 e comercializaram boa parte do volume no primeiro semestre deste ano, quando a moeda norte-americana estava acima de R$ 2,00. A economista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, diz que para o setor agrícola o câmbio não é necessariamente um problema. "O real se valorizou porque o Brasil é a bola da vez no mercado internacional, mas também porque as exportações de soja bateram recorde", afirma. Ela observa que, em um regime de câmbio flexível, saldos positivos na balança comercial tendem a fortalecer a moeda doméstica. Na opinião da economista, os preços em real tendem a se ajustar ao câmbio no médio prazo, o que torna indiferente para o agricultor produzir com o dólar a R$ 1,50 ou R$ 3,00. "O que mata o produtor é a volatilidade, é plantar com o dólar a R$ 3 e colher a R$ 1,50 e o problema se agrava pelo fato de que poucos produtores fazem hedge de suas operações em bolsa", diz ela. Na opinião do pesquisador Lucilio Rogerio Alves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a competitividade do produtor brasileiro em um cenário de câmbio valorizado não pode depender apenas de investimentos que dependem do Estado. Segundo ele, o produtor também precisa se modernizar, sofisticando suas estratégias de comercialização e financiamento. Alves acredita que uma das saídas é a tomada de crédito no exterior, a juros mais baixos. "Há produtores de algodão que já fazem isso, tomando financiamento junto a compradores da China e do Paquistão", exemplifica. "Ou o sojicultor busca alternativas, ou vai depender sempre do câmbio e do governo." Sérgio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), lembra que a moeda brasileira já operou dentro de um regime de paridade em relação ao dólar e, embora reconheça o impacto que isso tem sobre a renda do produtor, minimiza os problemas gerados por um cenário de câmbio forte: "Ninguém morreu por causa disso no passado. Não sei como seria se voltássemos a operar num regime de paridade. Provavelmente, o governo teria de eventualmente entrar no mercado por meio de operações de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) para ajudar a agricultura", supõe. Para Anderson Galvão, diretor da Céleres, o câmbio valorizado apenas expõe as deficiências estruturais e falta de competitividade do Brasil em relação aos demais exportadores de soja. "Em um cenário de paridade entre o real e o dólar, o produtor de Mato Grosso pagaria mais de US$ 200 por tonelada para transportar a soja até o Porto de Paranaguá. Nos Estados Unidos, o produtor de Iowa coloca a soja em um porto no Estado da Louisiana por US$ 60 a tonelada", explica. A soja é o produto com maior peso na pauta de exportações brasileira. Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil exportou 38,82 milhões de toneladas de soja e derivados entre janeiro e setembro deste ano, 17,3% a mais do que em igual período do ano passado, o que gerou uma receita de US$ 15,65 bilhões no período - quase 14% da receita de todas as exportações do País.

SOJA E MILHO- CLÍMA SUSTENTA PREÇOS CBOT.

O clima úmido no cinturão de grãos americano permanecerá por mais 10 dias, segundo avaliação da Commodity Weather Group nesta manhã. Os trabalhos de campo bastante atrasados, somados ao desempenho negativo da atividade econômica do Reino Unido , -0,4% no 3º trimestre, foram os catalisadores de alta para commodities agrícolas. Soja vencimento novembro no momento em alta de 18,5cts bu a u$ 10,24, milho dezembro +7, 75 a u$ 4,10 75bu.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CHICAGO-SOJA FECHA EM LEVE QUEDA,MILHO DISPARA.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quinta-feira em leve queda. O vencimento novembro, encerrou o dia a US$ 10,05 50 bushel, baixa de 3 cents. Fundos venderam cerca de 3 mil contratos de soja. Segundo analistas, a firmeza do dólar ante outras moedas pesou sobre praticamente todo o segmento de commodities, vistas como um instrumento de hedge cambial. Dan Basse, presidente da corretora AgResource Co, em Chicago, disse que a guinada dos preços futuros para o nível mais alto em sete semanas, ontem, estimulou vendas no mercado físico e levou os produtores a travar posições no futuro. "O capacidade do mercado em se manter acima do patamar psicológico de US$ 10 em meio a uma colheita recorde representa uma oferta atrativa para os produtores", afirmou. No entanto, as perdas continuam limitadas pelo atraso da colheita nos Estados Unidos, onde as chuvas impedem os trabalhos no campo. "Se o clima continuar adverso, o mercado físico terá de se manter sustentado até a colheita na América do Sul", disse Basse.
Os preços do milho encerraram em alta. Vencimemto dezembro, fechou a US$ 4,0350/bushel, em alta de 5,25 cents ou 1,32%. O analista Vic Lespinasse, da corretora Grainanalyst.com, afirmou que o mercado tem seguido a trajetória do dólar recentemente, "dólar mais fraco no fim do dia ajudou a construir os ganhos, assim como previsões do tempo que indicaram clima úmido em algumas regiões do Cinturão". Depois de algum progresso na colheita na primeira metade da semana, talvez os produtores tenham de reduzir as atividades no campo por causa da chuva. O atraso da colheita está aumentando as preocupações sobre a qualidade da safra, além da produtividade. Os traders baixistas avaliam que, mesmo com esse atraso, espera-se uma uma safra muito ampla, com cerca de 330 milhões de tons. Durante a maior parte do dia, o mercado oscilou nos dois sentidos. Um participante disse que os ganhos obtidos no fim do pregão foram meramente resultado de "fundos decorando o fechamento", e que os fundamentos não seguram os preços nos US$ 4,0/bushel. Hoje foi a primeira vez desde junho que o contrato dezembro terminou acima dessa marca. Estima-se que fundos de commodities tenham comprado cerca de 7 mil lotes hoje. Traders disseram que, independentemente dos fundamentos, os futuros poderiam continuar escalando, conforme o dólar permaneça fraco e o fluxo de capital alimente os mercados de commodities. Analistas disseram que, certamente, a valorização de hoje não foi fruto da demanda. O USDA informou exportações "horríveis" hoje, segundo o analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities. O país vendeu ao mercado externo um saldo de 234,9 mil toneladas na semana encerrada dia 15/10.

SOJA: CHUVA ATRASA PLANTIO NO PR

As chuvas de outubro estão atrasando o plantio de soja no Estado do Paraná. Embora admitam que a oleaginosa em fase inicial de semeadura não corre risco de perda de produtividade, cooperativas do norte e do oeste do estado, ouvidas pela Agência SAFRAS, alertam que as chuvas podem ter influência sobre o milho safrinha, plantado imediatamente após a colheita da soja. "Em muitas regiões o produtor deverá colher a soja mais tarde que o normal e se plantar milho safrinha correrá riscos uma vez que o plantio tende a ser feito no limite do calendário de zoneamento", comenta Itacir Afonso Tosin, agrônomo da Coopavel, de Cascavel, no oeste paranaense. Itacir estima que o plantio de soja na área de ação da Cooperativa esteja entre 30% a 35% contra 70% do ano passado em igual período. "Tem chovido direto e com isso o plantio se mostra irregular. Algumas áreas estão com 70% plantados, outras com 10%, mas também tem aquelas em que o plantio nem começou", relata Tosin. Cita o caso de Corbélia, importante região produtora sob ação da Coopavel, onde os produtores não conseguem plantar nada desde o dia 11 de outubro. De acordo com o agrônomo, o que mais preocupa é a frequência das chuvas. "São precipitações constantes. Tivemos dias que choveu até 100mm", observa. Destaca que até 21/10, a região está sem chuva, mas que como o solo está muito molhado não há condições de entrar com as máquinas. "Se não chover amanhã, o plantio pode ser retomado ainda na parte da tarde", diz o agrônomo da Coopavel.
Situação semelhante enfrenta a Cocamar, de Maringá, no norte do Paraná, onde o plantio também se mostra atrasado. De acordo com fonte técnica, a área semeada com soja é inferior a 10% quando o ano passado em igual período os produtores tinham plantado em torno de 30% a 40%.

BUNGE: REAL FORTE PODE FORÇAR EMPRESA A FECHAR UNIDADES NO BRASIL

O presidente e executivo-chefe da gigante norte-americana de agribusiness Bunge Co., Alberto Weisser, disse hoje que a companhia está reduzindo custos no Brasil por causa da valorização do real e que, por conta disso, unidades poderão ser fechadas no País. O executivo afirmou que, na visão da empresa, a moeda brasileira deve continuar forte. As declarações foram dadas durante entrevista para comentar os resultados do terceiro trimestre. Na divulgação dos números, hoje cedo, a companhia disse que, além dos problemas com a questão cambial, a redução do plantio de milho e algodão no Brasil afetou as vendas de adubos no País, seu principal mercado. Mais tarde, na entrevista, Weisser se disse otimista a respeito da recuperação do setor de fertilizantes em 2010 na medida em que a Bunge recompor estoques ao custo de mercado e registrar recuperação na demanda brasileira. O presidente da Bunge também afirmou que continua confiante de que o aumento na demanda por alimentos vai puxar o segmento agribusiness da companhia, embora a desvalorização do dólar ante o real e o euro seja um fator preocupante. "Apesar da crise (econômica), nada mudou", disse. "Precisaremos de mais alimentos". Ele e outros executivos do setor agrícola se mantêm otimistas a respeito do aumento na demanda por alimentos no longo prazo por conta de fatores demográficos, apesar de os investidores estarem vendendo agressivamente os papéis do setor desde o estouro da bolha das commodities, em 2008. Weisser observou que os preços historicamente altos de alguns produtos agrícolas apontam para a necessidade de aumentar a oferta. A demanda por carne e lácteos nos mercados em desenvolvimento continua a aumentar, apesar de quedas registradas nos Estados Unidos e na Europa, ponderou. A Bunge é uma das maiores processadoras mundiais de grãos e outros produtos agrícolas e também atua no setor de fertilizantes. Mais cedo, a companhia informou queda de 1% no lucro do terceiro trimestre fiscal, para US$ 232 milhões, resultado creditado ao mau desempenho do setor de adubos. Como outros produtores desse insumo, a Bunge tinha estoques altos quando os preços despencaram em 2008. A esperada recuperação no segundo semestre deste ano não ocorreu. Por conta disso, a Bunge mais uma vez reduziu sua previsão de resultados para 2009. Agora, a companhia espera lucro anual de US$ 3,10 a US$ 3,50 por ação, ante intervalo entre US$ 4,90 e US$ 5,40 por ação previsto em abril.

Notícias Agrícolas - EXCLUSIVO: Soja volta a ultrapassar valores superiores à US$ 10 dólares

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NOTURNO DE MILHO E SOJA EM BAIXA.

O pregão noturno de soja e milho desta quinta feira encontra-se em baixa em correção após recentes altas, apoiadas pela queda do petróleo em 1,5%, alta dólar frente moedas europeias, queda das ações na Europa e perdas acentuadas nas exportações do Japão.
Petróleo teve seus dias de alta sustentados por redução de estoques nos EUA superando marca de u$81 barril, devolvendo parte dos ganhos, atualmente cotado em u$ 80,10 barril.
Alta do dolar nos mercados europeu e asiáticos, reflete os desempenhos negativos de bancos e grandes corporações anunciadas ontem após encerramento das atividades nas bolsa. Dados económicos no Japão também não animaram os investidores, ao sugerirem que a demanda global não será tão robusta quanto os mercados esperavam. As exportações japonesas diminuíram 30,7% em relação a Setembro do ano passado, no 12º mês consecutivo de queda.
O crescimento do PIB chinês, divulgado hoje, não teve muito impacto no mercado já que veio um pouco abaixo do esperado. A economia da China cresceu 8,9% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi maior que o crescimento de 7,9% registrado no intervalo anterior, de acordo com dados divulgados hoje pelo governo. O PIB do terceiro trimestre foi menor que a média das previsões dos economistas, de 9,1%.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA PUXADA.

Os contratos futuros de soja fecharam com alta na bolsa da China, sustentados pelos ganhos do mercado da bolsa de Chicago e pelo avanço das cotações do petróleo durante o pregão asiático das bolsas de energia. O contrato maio/2010 subiu 12 yuans (0,3%), para 3.747 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1). As cotações do petróleo superaram US$ 81 por barril pela primeira vez em 12 meses, puxadas pela desvalorização do dólar e pela diminuição dos estoques nos Estados Unidos. Os preços da soja chinesa não subiram proporcionalmente aos da energia - que ganharam 2,8% - devido à ausência de fundamentos positivos, disseram traders. Um analista disse que os compradores não estão dispostos a aumentar sua posição uma vez que o governo tem grandes estoques de soja, que podem ser liberados, e há uma nova safra sendo colhida. Ele acredita que, por conta disso, o mercado deve passar por um período de consolidação. O crescimento do PIB chinês, divulgado hoje, não teve muito impacto no mercado já que veio um pouco abaixo do esperado. A economia da China cresceu 8,9% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi maior que o crescimento de 7,9% registrado no intervalo anterior, de acordo com dados divulgados hoje pelo governo. O PIB do terceiro trimestre foi menor que a média das previsões dos economistas, de 9,1%.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SOJA: CHICAGO FECHA EM FORTE ALTA.

A queda do dólar combinada com o atraso da colheita nos Estados Unidos impulsionou os preços futuros da soja para o nível mais alto em sete semanas na Bolsa de Chicago . O vencimento em novembro, encerrou o pregão cotado a US$ 10,0850 o bushel, em alta de 26 cents ou 2,65%. Fundos especuladores compraram mais de 8 mil contratos de soja. "A quarta-feira registrou um grande volume de compras em commodities, com o barril do petróleo superando a barreira dos US$ 81 e o dólar cravando novas mínimas", afirmou Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting. Participantes do mercado disseram que especuladores estão voltando para os mercados de grãos por considerá-los desvalorizados em relação a outras commodities, como energéticas e metálicas. E embora o mercado financeiro tenha sido a principal influência sobre os preços da commodity, a expectativa de clima frio e chuvoso no Meio-Oeste dos Estados Unidos ajudou a justificar a alta, sinalizando mais atrasos na colheita da safra americana. "Os modelos climáticos atualizados mostram que, uma vez que comece a chover no Meio-Oeste, entre amanhã e sexta-feira, os produtores dificilmente retomarão os trabalhos antes do dia 30/10. "A dificuldade em se colher a nova safra alimenta preocupações quanto a possíveis perdas de produtividade e qualidade à medida que a soja permanece em um campo encharcado e sob baixas temperaturas", disse Anne Frick, analista da corretora Prudential Bache.

GRÃOS/ARGENTINA: SOJA TERÁ ÁREA RECORDE

Agricultores da Argentina plantarão um recorde de 19 milhões de hectares com soja na safra 2009/10, 7% superior à maior área do grão já registrada no país, segundo estimativa divulgada hoje pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Esta é a primeira estimativa da bolsa, que se tornou referência desde que o governo parou de divulgar projeções oficiais para a safra, no ano passado, em meio a conflitos com os produtores. A grande elevação no tamanho da área da soja se deve principalmente à redução do espaço destinado ao milho, à semente de girassol e ao trigo, de acordo com o relatório da Bolsa. No entanto, os produtores terão problemas em garantir a qualidade dos grãos de soja, porque a seca atingiu fortemente a safra do ano passado. Isso pode prejudicar a produtividade final e limitar os ganhos da produção total. O plantio da soja está apenas começando. O clima úmido e quente vem permitindo que produtores deem início à temporada antes do que o normal. A Bolsa de Buenos Aires afirmou que o plantio deverá avançar ao longo da semana e nas próximas semanas. A expectativa é de que safra 2009/10 da Argentina seja impulsionada neste ano por causa do clima favorável, geralmente associado a temperaturas mais amenas resultantes do fenômeno climático El Niño. Analistas agrícolas preveem a produção da safra 2009/10 entre 48 e 55 milhões de toneladas, o que bateria em mais de 15% o recorde anterior de 47,5 milhões de toneladas, obtido em 2006/07.

Milho O plantio de milho continua avançando na Argentina, à medida que os agricultores tiram proveito do clima úmido. Segundo a Bolsa de Buenos Aires, 59,2% dos 1,87 milhão de hectares previstos já foram cultivados com a variedade comercial do milho. A Bolsa de Grãos de Rosário prevê que a área plantada de 2,3 milhões de hectares na safra 2009/10, com uma produção de aproximadamente 16 milhões de toneladas. O governo argentino estabeleceu que a demanda interna de milho da safra 2009/10 totalizará 8 milhões de toneladas, deixando um igual montante disponível para exportação, segundo a estimativa da Bolsa de Rosário.

DOLAR PERDENDO GANHOS MATINAIS.

dólar a vista 1,73900 -0,57%
novembro 1,743,00-0,83%
dezembro 1,75700-0,68%
janeiro 1,76100-0,34%

PR-CHUVAS PARALISA PLANTIO DE SOJA.

O excesso de chuvas no Paraná desde a quinta-feira paralisou o plantio da soja. Em Maringá, a precipitação foi de 218 milímetros em outubro (até o dia 19), volume 93,95% superior ao calculado no mês inteiro em 2008. O volume de chuvas já é o maior dos últimos quatro anos para o mês de outubro na região, segundo a Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O agrônomo do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Joaquim Girardi, explica que a chuva impede a entrada de máquinas na lavoura.“É preciso esperar cerca de três dias para a terra secar e, como existe previsão de chuva até quinta-feira, o plantio só deve ser retomado na próxima semana”, diz Girardi.A formação de lama é um problema não apenas para os tratores e máquinas de plantio. Em alguns casos é preciso refazer o solo danificado pela chuva. Para áreas em que já havia sido feito o plantio há algumas semanas, Girardi afirma que pode ocorrer o fenômeno do “selamento”, dificuldade da planta em alcançar a superfície devido à camada de lama. “O selamento é reversível se o sol for capaz de promover o enxugamento do solo”, comenta o agrônomo. No restante da semana, de acordo com a meteorologia, deverá ocorrer mais chuva na região de Maringá. O elevado volume de precipitação seria bem-vindo nos 30 dias após o plantio da soja, fase em que a planta precisa de umidade. Na maioria dos municípios do Estado, o zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura recomenda que a semeadura seja feita de 1º a 31 de outubro.De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), deverão ser plantados 231 mil hectares de soja nos 29 municípios da região de Maringá. No ano passado foram de 222.686 hectares.Na safra anterior foram colhidas 421,635 mil toneladas do grão. Para o atual ciclo, o Deral estima entre 647 mil e 693 mil toneladas de soja. Em todo o Estado, a expectativa é de colher 4,3 milhões de hectares. A área de soja deverá aumentar 7,7% no Paraná, ocupando regiões antes destinadas ao plantio de milho.

PREGÃO NOTURNO DE SOJA PERDE GANHOS.

Pregão noturno de soja recuperou-se das perdas de ontem com noticias de chuvas para os próximos 3 dias no leste do cinturão de soja americano, subindo 10 pontos. Entretanto, após inicio dos trabalhos do mercado financeiro Europeu, os rumores de aumento da taxa de juros pelo banco central da Inglaterra,derrubaram as commodities agrícolas, fechando em campo negativo, soja vencimento novembro caiu -4,75cts cotado u$9,77 75 bu.

DOLAR .

DOLAR 1,76150+0,71%

NOVEMBRO 1,76450+0,40%

JANEIRO 1,774,00+0,28%

terça-feira, 20 de outubro de 2009

RESULTADO LEILÃO PEP MILHO 20/10.

O leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho, realizado nesta terça-feira, negociou 86,7% das 800 mil toneladas ofertadas. A maior demanda aconteceu mais uma vez em Mato Grosso, onde as 590 mil toneladas ofertadas foram arrematadas. A disputa provocou deságio do valor do prêmio. Na região sul, o PEP que era de R$ 5,46 fechou o pregão a R$ 2,67 por saca. Este foi, segundo o governo, o último leilão de PEP em apoio à safrinha. Distrito Federal e Goiás também registraram forte demanda, mas sem deságio. Na região, foram arrematadas 89,22% das 60 mil t ofertadas. Na Bahia, das 40 mil t ofertadas, foram negociadas 72,90%. Não houve interesse pelas 30 mil t ofertadas no Paraná nem pelas 10 mil t oferecidas no Maranhão e 10 mil t em Tocantins. Das 30 mil t ofertadas em Mato Grosso do Sul, foram arrematadas 2,2 mil t. Das 10 mil t de Minas Gerais, saíram 5,718 mil t. Das 10 mil t de Piauí, houve interesse por 7,680 mil t. Por fim, das 10 mil t oferecidas em Rondônia, saíram 5,9 mil t.
Confira os prêmios no Mato Grosso: Região I Norte (R$ 6,66), Mato Grosso Região II Médio Norte (R$ 6,06), Mato Grosso Região III Sul (R$ 5,46), Mato Grosso do Sul (R$ 3,78), Maranhão (R$ 2,58), Minas Gerais (R$ 3,96), Paraná (R$ 1,74), Piauí (R$ 2,46), Rondônia (R$ 5,34) e Tocantins (R$ 3,18). No leilão de hoje a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desembolsou R$ 42,812 milhões em prêmios.

DOLAR SEGUE AVANÇANDO 2,5%

DOLAR A VISTA 1,75400 +2,50%

NOVEMBRO 1,75850 +2,15%

DEZEMBRO 1,76500 +2,02%

JANEIRO 1,76100 +1,85%

DOLAR + 1,82%

dolar a vista 1,74230 +1,82%
novembro 1,74700 +1,48%
dezembro 1,75500 +1,45%
janeiro 1,76100 +1,85%

DOLAR EM ALTA DE 1,62%

dolar a vista 1,73900 +1,62%

novembro 1,74300 +1,25%

dezembro 1,75200 +1,27%

janeiro 1,76100 +1,85%

DOLAR ABRE EM ALTA 1,39%

dolar a vista 1,73500 +1,39%

novembro 1,73950 +1,05%

dezembro 1,75800 +1,62%

GOVERNO BRASILEIRO TAXA INGRESSO DE CAPITAL ESTRANGEIRO.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o governo vai implantar um tributo sobre as aplicações estrangeiras na Bolsa da Valores (Bovespa) e nas aplicações de renda fixa. De acordo com ele, não haverá tributação sobre investimento estrangeiro direto no país que são direcionados para aquisição de empresas e abertura de novas unidades de produção no país. A taxação será de 2% sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e deve ser aplicada apenas no ingresso do capital externo destinado a essas operações. O tributo começa a valer a partir de 20/10 quando será publicado no Diário Oficial da União e não tem prazo fixo para vigorar. O governo criou esse tipo de taxação no começo do ano passado, mas decidiu retirá-la com o agravamento da crise financeira internacional a partir de setembro de 2008. A ideia era atrair recursos externos num momento de escassez provocada pela crise. Nos últimos seis meses, a cotação do dólar caiu de R$ 2,23 para R$ 1,71 com a grande entrada de recursos externos. A valorização cambial prejudica as exportações brasileiras e facilita as importações de produtos. O ministro disse que a medida foi tomada para evitar que haja excesso de especulação na Bolsa de Valores ou no mercado de capitais brasileiro, em razão da grande liquidez existente hoje no mundo e do forte atrativo que o Brasil exerce atualmente no cenário global.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

USDA-EVOLUÇÃO DA SAFRA DE SOJA E MILHO.

O relatório semanal de evolução de colheita americano divulgado pelo departamento de agricultura dos EUA nesta segunda feira, indicou para soja 30% ante 23% da semana passada, abaixo de 64% em 2008 e 72% da média dos ultimos 5 anos. Para milho, o avanço atingiu 17% ante 13% semana, 28% em 2008, 46% diante da média de 5 anos. 83% dos dos campos estão maduros ante 92% ano passado.

EVOLUÇÃO PLANTIO BRASILEIRO.

Em pesquisa realizada na última sexta-feira (16/10), estimamos que 12% da área a ser semeada para a cultura da soja na safra2009/10 já havia sido plantada, contra 6% observado em igual período da campanha agrícola passada. No cálculo da média histórica, considerando o intervalo das últimas cinco safras, o ritmo médio de plantio para esta época do ano estaria em apenas 5%.
Quanto ao ritmo comercial de vendas, para a safra velha, poucos negócios tem sido realizados visto o percentual adiantado já comprometido de 94%. Para a safra nova, ímpeto de venda também segue enfraquecido com cerca de 15% da produção já comprometida, ante 19% de igual período do ano passado.
Ainda para os saldos a fixar da nova safra, as notícias não são muito positivas, pois se um lado os preços no mercado internacional apresentaram importante recuperação, de outro a taxa de câmbio não tem auxiliado o produtor brasileiro a atingir margens médias de venda da produção, como ocorre em localidades do Mato Grosso. Abaixo evolução do plantio de soja :

BRASIL 12 X 7% (há uma semana)

CENTRO-OESTE 20 X 11% (há uma semana)

MATO GROSSO 23 X 12%

MATO GROSSO SUL 12 X 6%

GOIÁS 19X 12%

BRASILIA 18 X 10%

SUL.

PARANÁ 14 X 10%

SANTA CATARINA 8 X 6%

RIO GRANDE DO SUL 0 X 0%

SUDESTE

MINAS GERAIS 4 X1%

SÃO PAULO 3 X 1%.

EL NIñO ELEVA RISCO DE ESTIAGEM NO SUL DO BRASIL

A Somar Meteorologia informa que um novo episódio do fenômeno El Niño deve ocorrer no próximo verão. No entanto, como neste momento o fenômeno ainda se encontra em fase de instalação, mostrando áreas com águas mais quentes somente no Oceano Pacífico central e até áreas com águas mais frias na parte leste, próximas a costa do Equador e do Peru, não se pode esperar uma influência de forma mais direta sobre o clima durante os meses de novembro, dezembro e quem sabe início de janeiro. O sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury, explica que o cenário climático muda um pouco em relação ao que era previsto no meio do ano e, de certa forma, "a combinação de alguns fatores nos remete a condição de clima vivida no verão 2004/05, quando o Sul do Brasil enfrentou uma forte estiagem entre fevereiro e março de 2005". Segundo Etchichury, com o retorno das chuvas para o centro-norte do Brasil a partir de novembro, deve-se observar uma sensível redução das chuvas sobre os três Estados do Sul e também em Mato Grosso do Sul, até mesmo com risco de estiagens regionalizadas entre novembro e dezembro. De acordo com análise da Somar, a reversão desse risco de estiagem no Sul só deve ocorrer com a confirmação da configuração total do El Niño. Segundo os principais Institutos Internacionais de Meteorologia (Climate Prediction Center - NOAA e International Research Institute for Climate and Society - IRI) isso deve ocorrer somente a partir de janeiro. Etchichury ressalta que a instalação do El Niño no início do ano, além de reduzir o risco de estiagem no verão, proporciona um outono chuvoso no Sul, enquanto provoca período de chuvas abaixo da média e secas no Nordeste do Brasil.
Quanto ao clima nesta semana, a Somar informa que uma frente fria já atua sobre o Sudeste do Brasil e organiza chuvas também nos Estados do Centro-Oeste e Norte do Brasil. "Esse vai ser o padrão que deve predominar ao longo da semana", diz o sócio diretor. Já para os últimos 10 dias de outubro uma nova frente fria deve atingir o sul da Bahia e voltar a causar chuvas sobre as áreas produtoras de milho, soja e algodão do oeste da Bahia, Tocantins, sul do Maranhão e no sul do Piauí. Com isso, aos poucos vai se confirmando a configuração e instalação do regime de chuvas de verão. Ou seja, para as próximas semanas, espera-se a ocorrência de chuvas de forma mais generalizadas sobre o Sudeste, o Centro-Oeste e o Nordeste do Brasil, enquanto se observa uma redução da intensidade e frequências das chuvas sobre o Sul do Brasil. Na semana passada voltou a chover forte no Paraná, enquanto nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e no sul e oeste da Região Nordeste, novos episódios de chuvas beneficiaram diretamente o plantio das lavouras de verão. Os maiores totais e chuvas de forma generalizadas continuaram concentrados sobre o Sul do Brasil. Já no Sudeste e no Centro-Oeste as chuvas ainda têm sido irregulares e mal distribuídas, mas gradualmente se tornam mais intensas e na última semana atingiram a Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí. As chuvas da semana passada contribuíram para a recuperação da umidade do solo, oferecendo melhores condições de plantio. Mesmo assim, ainda se observam algumas regiões com índices da Capacidade Hídrica do Solo inferior a 50% e ainda não representam, portanto, condições ideais para o plantio.

domingo, 18 de outubro de 2009

SEMANA CHUVOSA NOS EUA.

Segundo a empresa de metereologia americana COMMODITY WEATHER GROUP, chuvas aumentarão de segunda a quarta feira no lado central, e sexta feira na região oeste do cinturão de grãos com ampla ou total cobertura. Pregão noturno em alta: soja novembro u$ 9,83 00 + 5,5cts e milho dezembro u$ 3,73 00 +1,00ct.

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