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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CLIMA-CHUVAS EM FEVEREIRO DEVEM SE CONCENTRAR EM SP, PR E SC.

O mês de fevereiro deve ter o mesmo padrão de chuvas dos últimos dias de janeiro, com frentes frias predominando sobre o Sul do Brasil e que, associadas às águas aquecidas sobre o Oceano Atlântico, na costa da Região Sul, favorecem chuvas mais significativas e concentrados entre Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A previsão é da Somar Meteorologia.
De acordo com o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury, há também previsão de chuvas para o Rio Grande do Sul, devido à passagem de uma nova frente fria no decorrer da semana. Ressaltando que em função do forte calor, muitas vezes as chuvas são acompanhadas de tormentas e tempestades de vento.
Enquanto isso, nesta semana no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, em Minas Gerais, na Bahia e em Goiás terão pouca chuva e predomínio de sol, com apenas chuvas isoladas no período da tarde, típicas do verão.
Esse padrão de clima que perdurou durante toda a segunda quinzena de janeiro deve mudar somente depois do dia 10 de fevereiro, quando as frentes frias voltam a atuar entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Com isso, as chuvas voltam a se concentrar nesses Estados e também em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Na segunda quinzena de fevereiro a projeção é que as chuvas diminuem em Santa Catarina e no Paraná.
Já a parte norte do Nordeste (incluindo parte do sertão e do agreste) devido à atuação de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico, continua sendo beneficiada com alguns episódios de chuvas. Isso, porém, ainda não representa a instalação definitiva do período de chuvas dessa região

O mês de janeiro termina com uma condição de clima bem tropical em grande parte do Brasil, onde o principal destaque foi o forte calor em todas as regiões. A combinação de frente fria "bloqueada" no Sul do País e um sistema de baixa pressão nos altos níveis (Vórtice Ciclônico) sobre o Nordeste do Brasil, foi a responsável pelas chuvas dessa semana. Durante a semana choveu forte na parte norte do Nordeste (Rio Grande do Norte, Ceará, norte do Piauí, Maranhão). Já no Sul do Brasil as chuvas foram mais irregulares e mal distribuídas. Enquanto os Estados da Região Sudeste e também Goiás e a Bahia tiveram mais uma semana de pouca chuva janeiro.
Os índices de água disponível do solo já refletem a mudança do padrão das chuvas observado na segunda quinzena de janeiro. Enquanto Santa Catarina, Paraná e parte de São Paulo apresentam excelente condição de umidade do solo (maior que 90%), em Minas Gerais e em Goiás houve uma sensível redução da umidade do solo. Já no extremo sul do Rio Grande do Sul e em partes do Nordeste do Brasil (Bahia, Sergipe e Alagoas) continuam as condições críticas de umidade do solo (menor que 20%).
Argentina tem mais uma semana com forte calor e chuvas irregulares
Janeiro termina com um padrão bem típico do verão, onde a maior dos episódios de chuvas foram devido a sistemas tropicais. Por isso, que os maiores volumes de chuva foram registrados sobre o norte da Argentina, o que voltou a se repetir na semana passada. Nas principais regiões produtoras da Argentina, incluindo as Províncias de Buenos Aires, Córdoba, Entre Rios e Santa Fé, embora beneficiadas com alguns episódios de chuvas e em algumas regiões até amenizado as condições da estiagem, isso não representou uma mudança de padrão e muito menos de regularização. As lavouras de milho e soja principalmente continuam sendo afetadas pela falta de chuva.
Embora a semana comece com o deslocamento de uma nova frente fria sobre a Província de Buenos Aires e com chuvas sobre a região central, no restante o tempo não muda muito em relação ao observado nos últimos dias, devendo ocorrer apenas alguns episódios de chuvas isoladas principalmente no norte do País. O calor também continua intenso, com temperaturas da tarde variando entre 35ºC e 40ºC.
As chuvas previstas para esta semana ganham importância, pois além da fase das lavouras, especialmente a lavoura de soja que se encontra na fase crítica (floração e enchimento de grão), a previsão é que as chuvas diminuam ainda mais a partir da próxima semana, quando as frentes frias voltam a atuar mais sobre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil, enquanto a Argentina volta a enfrentar período de pouca chuva.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CLIMA MUDA POUCO NA ÚLTIMA SEMANA DE JANEIRO.

A condição de chuva nesta última semana de janeiro deve apresentar pouca alteração em relação ao observado na semana passada. Segundo previsão da Somar Meteorologia, as frentes frias, associadas com águas aquecidas no Oceano Atlântico próximo da costa da Região Sul, favorecem a ocorrência de chuvas significativas e concentradas entre Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
"Há previsão de chuvas inclusive para o Rio Grande do Sul, cujos episódios devem ser irregulares e, em virtude do forte calor, muitas vezes podem vir acompanhados de tormentas e tempestades de vento", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, a previsão é de condição de pouca chuva e predomínio de sol na semana, com episódios isolados no período da tarde, típicos do verão. "Chamamos a atenção, porém, que esse padrão muda na primeira semana de fevereiro, quando as frentes frias voltam a atuar entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Com isso, as águas voltam a se concentrar nesses Estados e também em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, diminuindo em Santa Catarina e no Paraná", comenta Etchichury.
A parte norte do Nordeste (incluindo sertão e agreste), em virtude da atuação de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico, continua sendo beneficiada com alguns episódios isolados de chuva. A situação, porém, ainda não representa a instalação definitiva do período de chuvas da região. Os volumes, aliás, diminuem na primeira semana de fevereiro.
Trégua
As chuvas deram uma trégua em Minas Gerais e no Rio de Janeiro na semana passada, facilitando assim os trabalhos de resgate e recuperação dos estragos causados no início do mês. Os maiores volumes na semana passada se concentraram no Sul do Brasil, principalmente no leste de Santa Catarina e do Paraná. Em alguns municípios o acumulado de chuva ultrapassou 250 mm em sete dias. O destaque fica para o município de São Francisco do Sul, que entre os dias 17 e 23 de janeiro teve índice pluviométrico de 500,6 mm.
Segundo a Somar, as águas da semana passada beneficiaram as lavouras do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e do norte do Rio Grande do Sul. Mesmo má distribuídas, as águas dão sustentação para o desenvolvimento das pastagens e das lavouras, principalmente soja, que entra na fase crítica de desenvolvimento.
Em Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Tocantins e sul do Maranhão os volumes de janeiro estão dentro de um padrão médio esperado para o mês, exceto alguns episódios de chuvas mais concentrados, que eventualmente ocorrem e causam problemas de manejo das lavouras. Em contrapartida, no sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Minas Gerais, Bahia e no sudeste do Piauí, a situação preocupa por causa da falta de água em janeiro.
O índice de água disponível no solo indica uma excelente condição de umidade do solo (maior do que 90%) em grande parte do Brasil. Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e em partes do Nordeste do Brasil (Bahia, Sergipe e Alagoas) é que continuam condições críticas de umidade do solo (menor do que 20%).
Argentina
A semana passada foi marcada por episódios de chuvas muito irregulares e mal distribuídas na Argentina, que é um padrão típico do verão. "Só que desta vez as chuvas, mesmo irregulares, beneficiaram importantes regiões produtoras das Províncias de Buenos Aires, Entre Rios e Santa Fé, além do norte da Argentina", informa Etchichury. No entanto, embora as regiões beneficiadas tenham as condições da estiagem amenizadas, isso não representa uma mudança de padrão e muito menos de regularização, observa ele.
A previsão para esta semana não muda muito, devendo ocorrer apenas alguns episódios de chuvas isoladas, principalmente no norte da Argentina. O calor também continua intenso, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus.
A tendência é que as águas diminuam ainda mais a partir da primeira semana de fevereiro, quando as frentes frias voltam a atuar mais sobre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil. A Argentina deve voltar a enfrentar período de pouca água, ainda agravado pela presença do fenômeno La Niña, que deve atuar pelo menos até a metade de 2011.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CLÍMA/SOMAR: CHUVA DEVE SE CONCENTRAR ENTRE SP E PR.

A segunda quinzena de janeiro deve apresentar uma ligeira mudança no comportamento e distribuição das chuvas, em relação ao observado no início do mês. A previsão da Somar Meteorologia é que as frentes frias passem a atuar um pouco mais ao sul no período, com os episódios de chuvas mais significativos concentrados entre São Paulo e o Paraná. O volume deve diminuir de intensidade no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, que passam a ter dias com períodos de sol mais duradouros.
Conforme a Somar, a previsão de chuva para as próximas semanas se mostra muito favorável ao Paraná e ao Mato Grosso do Sul, que deve beneficiar principalmente a lavoura de soja que entra em fase crítica de desenvolvimento (floração e enchimento de grão). Há previsão de água também para Santa Catarina e para o Rio Grande do Sul, cujos episódios devem ser mais irregulares. "Em virtude do forte calor dos últimos dias, muitas vezes as chuvas vêm acompanhadas de tormentas e tempestades de vento", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Já no Centro-Oeste, o clima continua chuvoso em Mato Grosso, enquanto em Goiás as águas devem diminuir um pouco, embora não totalmente.
Como as frentes frias vão atuar mais ao Sul nas próximas semanas, o Nordeste deve enfrentar um período de redução de chuvas, principalmente no sul e oeste, que coincide com as principais regiões produtoras de soja. A parte norte do Nordeste (incluindo parte do sertão e do agreste), em virtude da atuação de um sistema meteorológico conhecido como Vórtice Ciclônico, deve ser beneficiada com alguns episódios isolados de chuvas. No entanto, observa a Somar, ainda não representa a instalação definitiva do período de chuvas da região, o que deve ocorrer ao longo de fevereiro e, principalmente, março.
Tragédia
Segundo a Somar, a primeira quinzena de janeiro de 2011 vai ficar marcada pelo período de fortes chuvas e também pela tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Infortúnios à parte, pode-se afirmar, em relação à agricultura, que o clima observado nas últimas semanas está dentro de um padrão médio e típico do verão.
Para as lavouras de verão (soja, milho, algodão, feijão e arroz), em geral, as condições climáticas são favoráveis, embora as fortes chuvas, além dos graves problemas de Defesa Civil, tenham prejudicado o setor de hortaliças e frutas.
A condição mais crítica em relação ao clima para a agricultura continua sendo a seca no sul do Rio Grande do Sul, com vários municípios em estado de emergência, por causa de problema nas pastagens, falta de água para a lavoura de arroz e até no abastecimento de água para a população, informa Etchichury.
Os índices de água disponível no solo, que reflete o volume de chuvas das últimas semanas, mostra uma excelente condição de umidade do solo (acima de 90%) em grande parte do Brasil. Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e no norte do Nordeste é que continuam condições críticas de umidade do solo (abaixo de 20%).
Argentina
A semana passada continuou com pouca chuva e forte calor sobre a Argentina. Na região central do país as temperaturas da tarde atingiram a casa de 40 graus. As águas continuam muito irregulares e mal distribuídas. Na semana passada, choveu apenas na região de Córdoba e na Província de Buenos Aires. As Províncias de Entre Rios e Santa Fé estão entre as mais castigadas pela falta de água. "A previsão para esta semana não muda muito, devendo ocorrer apenas alguns episódios de chuvas isoladas principalmente no norte da Argentina", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
O calor continua intenso até o fim do mês, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus. O aumento da evapotranspiração contribui para agravar ainda mais a má condição das lavouras.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SOMAR/CLÍMA: CHUVA CONCENTRA-SE NO SUDESTE, CENTRO-OESTE E NORTE DO PAÍS

O padrão de clima não deve mudar muito nos próximos dias em relação ao observado na semana passada. As chuvas continuam concentradas entre São Paulo e Minas Gerais, por causa da atuação de uma frente fria sobre o litoral do Sudeste. Associada à umidade da Amazônia, a frente também favorece a organização de chuvas sobre o Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso) e o Norte do Brasil, informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
No Sul do País confirma-se a tendência de redução das águas em janeiro, inclusive com o risco de alguns episódios de estiagens (12 a 15 dias sem chuva), que podem prejudicar as lavouras do Paraná e de Mato Grosso do Sul. "No caso do sul do Rio Grande do Sul, que já enfrenta problema de pouca chuva (seca) desde outubro, mesmo com alguns episódios na semana passada, a projeção é que o problema se agrave ainda mais no decorrer de janeiro", diz o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Clima típico de verão
Segundo a Somar, na primeira semana de 2011 foi observado um padrão de clima tropical e bem típico do verão. Em grande parte do Brasil foram registradas temperaturas elevadas e chuvas isoladas. Os maiores volumes ficaram concentrados entre São Paulo e Minas Gerais.
Já no Sul do Brasil as chuvas da semana passada foram bastante irregulares e insuficientes para reverter o quadro de seca no sul do Rio Grande do Sul. De acordo a Somar, a redução dos índices pluviométricos das últimas duas semanas já preocupa produtores de algumas regiões do Paraná e de Mato Grosso do Sul, que temem que falte de água no momento mais crítico da lavoura de soja (floração).Os índices de água disponível do solo, no geral, mostram uma excelente condição de umidade (acima de 90%) em grande parte do Brasil.
Apenas no extremo sul do Rio Grande do Sul e no norte do Nordeste do Brasil é que continuam condições críticas de umidade do solo (abaixo de 20%).
Argentina
O fenômeno La Niña influencia diretamente o regime de chuvas do verão 2011 na Argentina, informa a Somar. A primeira semana de janeiro confirmou o padrão de pouca chuva, irregular e mal distribuída sobre o território argentino. "Apenas no extremo norte e no sul é que ocorreram alguns episódios de chuva mais significativos, com acumulados maiores que 50 mm", comenta Etchichury.
No entanto, sobre as principais regiões produtoras (Pampa Úmido) das Províncias de Entre Rios, Santa Fé, e Córdoba, a primeira semana de janeiro foi seca e de forte calor, agravando ainda mais a condição de falta de água.
A previsão da Somar para esta semana é de alguns episódios de chuvas isoladas e forte calor, com temperaturas da tarde variando entre 35 e 40 graus, o que agrava ainda mais as condições das lavouras.
Conforme a Somar, a tendência é de que janeiro continue com um padrão de pouca água e forte calor, o que deve agravar o problema da deficiência hídrica no solo nas principais regiões produtoras da Argentina, mantendo assim o risco para o desenvolvimento e produção das lavouras de verão.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CLÍMA/SOMAR: LA NIñA PERDE INTENSIDADE NA METADE DE 2011.

O fenômeno La Niña só deve perder força em meados de 2011, prevê a Somar Meteorologia. Os efeitos do fenômeno, causado pelo resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, ainda serão de forte intensidade no começo do Ano Novo. "Há projeções de que o La Niña deva perder intensidade lá pela metade do ano, ou seja, um período de transição durante o inverno e indicativo de "neutralidade" climática (sem La Niña e nem El Niño) para o segundo semestre", diz o meteorologista Paulo Etchichury, diretor da Somar, em boletim no qual projeta o cenário climático para 2011. A seguir os comentários para as principais culturas.
SOJA - A safra a ser colhida em 2011 será toda definida pelas condições do La Niña em curso. Principal risco está concentrado nas lavouras do Sul do Brasil em função da redução das chuvas e estiagens regionalizadas durante o verão. Para o Sudeste e o Centro-Oeste, o clima deve apresentar um comportamento médio, sem indicativo de riscos iminentes. Apenas podem acontecer alguns episódios de chuvas mais concentrados e causar alguns problemas de manejo. Para as áreas de soja do Nordeste, a principal diferença em relação à safra passada está no prolongamento das chuvas até abril e início de maio.
Para o segundo semestre e, portanto, para o plantio da safra de 2011/2012, a condição climática deve ser bem diferente da verificada no plantio da safra 2010/2011. O retorno das chuvas na primavera (outubro/novembro) no Sudeste e no Centro-Oeste não deve atrasar muito. Também se prevê ligeira melhora da condição de chuva para as lavouras do Sul do Brasil a partir da primavera de 2011.
MILHO - O risco climático para safra de milho de 2011 (safrinha) é maior em relação à safra passada para os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. A presença do La Niña reduz as chuvas entre março e abril, o que pode afetar o plantio e a emergência. Por outro lado, o enfraquecimento do La Niña a partir de maio/junho favorece a intensificação do frio e risco de geadas em junho. Portanto, o risco associado a geada está diretamente relacionado ao período de plantio. Quanto mais tarde maior o risco.
Já para as lavouras (safrinha) no Sudeste e no Centro-Oeste a presença do La Niña contribui para o prolongamento das chuvas pelo menos até abril (lembrando que em 2010 as chuvas acabaram mais cedo). Mesmo sem contar com chuvas em maio, em geral as condições climáticas para as lavouras de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais são ligeiramente melhores, principalmente quando comparado com a última safra.
Para o Nordeste, a presença do La Niña também favorece uma melhor safra de milho, que em 2011 deve ter um período maior de chuvas, que no Sertão e no Agreste se concentra entre fevereiro a maio.
ALGODÃO - De um modo geral o cenário climático para 2011 é mais favorável para as lavouras de algodão do Centro-Oeste e do Nordeste do Brasil. As chuvas do verão devem apresentar um comportamento médio, enquanto a presença do La Niña contribui para o prolongamento das chuvas pelo menos até abril (lembrando que em 2010 as chuvas cessaram mais cedo). Para o Nordeste a presença do La Niña não garante chuvas regulares durante o verão, porém favorece o prolongamento das chuvas até abril ou, no máximo, até o início de maio, mas sem representar risco para a fase final (pluma) e colheita.
PASTAGENS - O cenário para 2011 é bem mais favorável do que o observado em 2010. Depois de um longo período seco e atraso no retorno das chuvas na primavera de 2010, as chuvas do verão 2011 contribuem diretamente para uma recuperação das pastagens do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Outros fatores que devem contribuir para o desenvolvimento das pastagens do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil é o prolongamento das chuvas no outono e a ocorrência de alguns episódios de chuvas isolados (associado à passagem das frentes frias) durante o inverno.
Além disso, em função do fim do La Niña e da projeção de neutralidade para o segundo semestre, significa que o retorno das chuvas não deve retardar muito. Ou seja, o período seco de 2011 não deve ser tão extremo nem tão longo como o observado em 2010. Porém, o Sul do País, diferentemente do resto do Brasil, deve enfrentar um período não muito favorável para o desenvolvimento das pastagens, devido ao risco de pouca chuva no verão e no outono e o frio mais intenso no inverno de 2011.
O risco para as pastagens é maior para a região da Campanha Gaúcha, bem como para o Uruguai e o pampa argentino, onde o sinal da La Niña é mais evidente e geralmente os períodos secos são mais longos. Mesmo assim, não se trata de um caso extremo e deve se reverter a partir da primavera de 2011, quando se espera não mais haver a influência do fenômeno La Niña.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CLIMA/SOMAR: DEZEMBRO VAI COMEÇAR COM PADRÃO DE CHUVA TÍPICO DE VERÃO

A primeira quinzena de dezembro deve manter o padrão de frentes frias com atuação sobre o Sudeste. Associadas com a umidade da Amazônia, essas frentes frias devem causam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste, que passam também a registrar chuvas isoladas no período da tarde em virtude do aquecimento local, conhecidas como chuvas de verão, e que são importantes para manter um bom padrão de umidade do solo. A partir da segunda quinzena de dezembro, a previsão é de que as frentes frias atuem um pouco mais ao norte, beneficiando também as lavouras da Bahia, Maranhão e do Piauí. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.
As condições climáticas no Sul do País não mudam muito em relação ao observado nas últimas semanas. A previsão é de pouca chuva nas próximas duas semanas, informa a Somar. A situação é melhor para o Paraná que nesta semana deve ter a ocorrência de precipitações, principalmente no fim de semana, quando algumas áreas de instabilidades também devem provocar algumas chuvas em Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. "O sul do Rio Grande do Sul, no entanto, deve ter agravada a situação da estiagem observada desde outubro", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Novembro
O mês de novembro chega ao fim com um padrão de chuvas típico das condições de verão, ou seja, frentes frias sobre o Sudeste associadas com a umidade (convecção) da Amazônia. Conforme a Somar, em novembro também já se observou os efeitos do fenômeno La Niña, com uma redução das águas sobre o Sul, que fecha o mês com déficit no interior dos três Estados e também em São Paulo, Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de Mato Grosso.
Segundo a Somar, os volume ficaram acima da média em novembro no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, grande parte de Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso e sobre partes da Região Norte.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas da primeira quinzena de novembro e mostram uma recuperação da umidade nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Mesmo que ainda insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens.
Argentina
A Somar informa que o mês de novembro foi de chuvas irregulares e mal distribuídas sobre território argentino. Enquanto algumas regiões tiveram acumulado de água variando entre 100 e 150 mm, em outras o total foi de apenas 20 a 50 mm. "As chuvas ficaram acima da média apenas no leste da Província de Buenos Aires e no centro-norte", informa Etchichury. A tendência é que essas condições não mudem muito na primeira quinzena do mês de dezembro, significando que, no geral, as principais regiões produtoras da Argentina devem continuar com pouca água.
Segundo a meteorologia, o mês de novembro, com deficiência de chuvas e ainda com algumas ondas de temperaturas baixas, configura um quadro La Niña, o que, sem dúvida, representa um quadro de risco para as lavouras de verão da Argentina, já com problemas no período de plantio. Como o La Niña deve continuar pelo menos até meados de 2011, isso pode representar um verão com menos água e alguns períodos de estiagem, o pode contribuir para uma redução no potencial de produção.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

LA NIñA COMPROMETE EXPECTATIVAS PARA SAFRA 2010/11

O Brasil está sob influência de um novo episódio do fenômeno La Niña desde o inverno, no momento plenamente configurado, e cuja intensidade é considerada como uma das mais fortes das últimas décadas, devendo persistir pelo menos até meados de 2011. Segundo a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, o fenômeno não traz boas expectativas para a safra de verão 2010/11, já que as estatísticas mostram que nesses anos no Brasil normalmente ocorre uma redução do potencial de produção das lavouras, em especial de soja e milho.
De acordo com a Somar, depois do inverno e começo da primavera extremamente secos em grande parte do Brasil, em novembro se observou uma maior frequência e intensificação das chuvas, recuperando as condições de umidade do solo e favorecendo o avanço do plantio das lavouras de verão sobre as Regiões Sudeste, Centro-Oeste e sul da Região Nordeste. A partir de agora as atenções se voltam para as condições do clima no restante do ano e para o próximo verão. A Somar fez uma avaliação das principais consequências do fenômeno La Niña nas regiões produtoras de grãos do País.
Sul - O primeiro semestre foi chuvoso, ainda em virtude da influência do El Niño. No entanto, a partir de agosto, com a instalação do La Niña, o Sul do Brasil passou a enfrentar uma redução gradual das chuvas. A primavera de 2010 deve ser considerada mais fria do que a do ano passado, o que afeta o ciclo de desenvolvimento das plantas, retarda a recuperação das pastagens, e prejudica diretamente a instalação da lavoura de arroz.
Para o verão, em virtude da presença do La Niña, o problema deve se concentrar nos períodos de chuvas abaixo da média e risco de estiagens regionalizadas. Com a perspectiva de o fenômeno se prolongar até meados de 2011, a tendência é de prolongamento do período de escassez de chuva que, além das lavouras, pode prejudicar os sistemas de abastecimento de água para consumo da população.
Sudeste/Centro-Oeste - A principal consequência da instalação do La Niña sobre as Regiões Sudeste e Centro-Oeste é o período seco (inverno) mais intenso e o atraso das chuvas na primavera.
Segundo a Somar, para o verão, o problema se inverte e as lavouras podem sofrer com períodos de chuvas mais concentrados entre janeiro e fevereiro, por causa da atuação das frentes frias associadas com a umidade da Amazônia. "O período mais chuvoso pode favorecer o surgimento de doenças e pragas, assim como aumentar o risco de problemas durante a colheita", alerta a Somar.
Nordeste - Ao contrário do que acontece no Sul, anos de La Niña no Nordeste apresentam um padrão climático, em geral, mais favorável à ocorrência de chuva. No entanto, para as partes sul e oeste da Região Nordeste (oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí), que incluem as áreas produtoras de soja, milho e algodão, num primeiro momento, o La Niña retarda a instalação do regime de chuvas. Mas, na sequência, o verão deve apresentar um período de chuvas mais abundantes e favorecer o desenvolvimento das lavouras. Deve-se considerar, no entanto, que em 2011 as chuvas devem se prolongar até abril e meados de maio, o que pode definir e interferir na fase final da lavoura de algodão.
Para o sertão e agreste, que têm período chuvoso entre fevereiro e maio, a presença do La Niña se mostra favorável, muito embora nesse caso além do Oceano Pacífico, são as condições do Oceano Atlântico próximo da costa é que definem a qualidade dessa estação chuvosa. "Mas, sem dúvida, a expectativa para o Nordeste é que o ano de 2011 seja um pouco mais chuvoso do que 2010", observa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Próximos 15 dias - A Somar meteorologia informa que o padrão das chuvas não muda muito nos próximos 15 dias, em relação ao observado na primeira quinzena de novembro. De um modo geral, as chuvas continuam concentradas entre o Sudeste, Centro-Oeste, Norte e sul do Nordeste. "Pode-se afirmar que se trata da instalação do regime de chuvas de verão (frente fria associada com a umidade da Amazônia)", informa Etchichury.
Já a Região Sul continua enfrentando um período de pouca chuva e deve agravar o quadro de estiagem já observado em algumas regiões, principalmente sobre o sul do Rio Grande do Sul. "Outro destaque para os Estados da Região Sul se refere ao comportamento da temperatura, que deve aumentar nos próximos dias, com indicativo de forte onda de calor (temperatura acima de 35 graus) entre a última semana de novembro e o início de dezembro, o que contrasta com o frio e temperaturas amenas registradas até o início de novembro", alerta a Somar.
Chuva em novembro - Conforme a Somar o acumulado de chuvas de novembro mostra uma concentração dos maiores volumes de água sobre o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso, Tocantins, oeste da Bahia e sobre partes da
Região Norte.
Os índices de água disponível do solo, que refletem o resultado das chuvas acumuladas em novembro, mostram uma recuperação sobre os Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil. Embora ainda insuficientes para repor o déficit hídrico acumulado, os níveis de umidade já conseguem dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorecem a recuperação das pastagens. Na semana passada se observou uma melhora das condições de umidade do solo na Bahia, sul do Maranhão e no sul do Piauí.
Argentina - Em períodos de La Niña na Argentina e no Paraguai, assim como ocorre nas lavouras de soja do Sul do Brasil, também se observa uma redução das chuvas e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão.
Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático em relação ao observado na safra passada, diminuindo em tese o potencial de produção. O resultado, porém, não pode ser comparado com o observado na safra de 2009, cuja produção da Argentina foi fortemente prejudicada pelo longo episódio de seca iniciado no ano anterior.
Para a fase de plantio das lavouras de verão da Argentina, que se concentra entre novembro e dezembro, não deve haver grandes problemas. Algumas regiões produtoras, no momento, porém, apresentam déficit hídrico, pois a primavera, em virtude da presença do La Niña, não está sendo chuvosa e, com isso, ainda não houve regularização do déficit de umidade do solo acumulado desde o inverno.
Segundo a Somar, pelos menos nas próximas duas semanas as condições de tempo não mudam muito. "Permanece a previsão de pouca chuva e elevação da temperatura com indicativo de forte calor para este fim de mês, com as temperaturas do período da tarde se aproximando da casa dos 40 graus", conclui Etchichury.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CLÍMA: REGIÃO NORDESTE(SUL) DEVE TER CHUVA NAS PRÓXIMAS SEMANAS

O comportamento das chuvas na segunda quinzena de novembro deve apresentar uma ligeira mudança. As frentes frias também devem alcançar o sul da Região Nordeste que, associadas à umidade da Amazônia, provocam chuvas sobre as áreas produtoras do Sudeste, Centro-Oeste e beneficiam também as lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A previsão para a Região Sul, no entanto, é de pouca água no período.
As temperaturas ainda continuam baixas (menos de 10 graus) nesta semana, sobretudo durante à noite e de manhã. "Na última semana do mês, no entanto, espera-se uma mudança de padrão, com elevação da temperatura e até ondas de calor principalmente no oeste dos Estados da Região Sul", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Primavera
De acordo com a Somar, a primeira quinzena de novembro apresentou déficit de chuva sobre a Região Sul e também em São Paulo, parte de Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de Mato Grosso. Nesse período o volume ficou acima da média no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, grande parte de Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso e sobre partes da Região Norte.
De acordo com a Somar, esse é um padrão típico da primavera que aos poucos marca o retorno das águas para o Brasil Central e a redução das chuvas no Sul. Além disso, neste ano temos a presença do fenômeno La Niña, que foi responsável pelo atraso do retorno das águas no Sudeste e no Centro-Oeste. "Daqui para frente, o fenômeno pode provocar redução das chuvas e períodos de estiagem no Sul", comenta Etchichury.
Os índices de água disponível no solo refletem o resultado das chuvas sobre a umidade dos solos. Na primeira quinzena de novembro houve uma recuperação da umidade nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. No entanto, mesmo ainda insuficientes para repor o déficit hídrico acumulado, a umidade já consegue dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorece a recuperação das pastagens.
Argentina/Paraguai
A primeira quinzena de novembro foi de pouca chuva sobre a maior parte do território argentino, incluindo a região do Pampa Úmido que é a principal região produtora de grãos da Argentina. Nesse período as águas ficaram acima da média apenas no extremo sul do País e no leste da Província de Buenos Aires.
Segundo a Somar, a tendência é que essas condições não mudem muito na segunda quinzena do mês de novembro que, no geral, deve ter pouca umidade sobre as principais regiões produtoras argentinas. No entanto, no decorrer de novembro deve se observar uma gradual elevação da temperatura.
No Paraguai, a primeira semana de novembro também teve pouca chuva sobre as principais regiões produtoras de milho e soja. Ainda não há, porém, risco, pois no mês de outubro o volume de água ficou acima da média sobre o leste e sul do Paraguai, o que favoreceu o plantio e período de emergência.
A Somar informa que a primavera com deficiência de chuvas e fria, associada à previsão de pouca água para o restante de novembro, configura um quadro de risco para as lavouras de verão, com redução no potencial de produção. A preocupação aumenta, considerando que "estamos em um período de La Niña, que contribui para reduzir as chuvas no verão e aumenta o risco de estiagens regionalizadas", informa Etchichury.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CLÍMA: ESTIAGEM PREOCUPA RIO GRANDE DO SUL.

Uma frente fria atua entre o litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e leva chuva para Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Tocantins nos próximos cinco dias, assim como observado no início da semana passada. Em compensação, o Sul do Brasil e também São Paulo e Mato Grosso do Sul iniciam o mês de novembro com uma condição de tempo seco e temperaturas baixas e atípicas para esta época do ano, embora seja uma das características dos períodos de La Niña. As informações são da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A partir da segunda quinzena de novembro, no entanto, a Somar prevê uma ligeira mudança no comportamento do clima, com as frentes frias atingindo também o sul da Região Nordeste. Com isso, as chuvas devem favorecer lavouras da Bahia, Maranhão e Piauí, além de já beneficiar os produtores dos Estados do Sudeste e Centro-Oeste.
A Somar informa, porém, que persiste a tendência de o regime de chuvas se regularizar e apresentar um padrão típico de verão somente no fim de novembro e decorrer de dezembro. "Para o Sul, a previsão é de pouca chuva para as próximas semanas o que, combinado com baixos volumes de água registrados em outubro, especialmente para o Rio Grande do Sul, já começa a configurar um quadro de estiagem", observa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Primavera/verão
De acordo com a Somar, a primeira semana de novembro já deu indícios da configuração do regime de chuvas de verão. As frentes frias atuam mais sobre o Sudeste do Brasil e são realimentadas pela umidade proveniente da Amazônia. Isso favorece a organização de chuvas também sobre o Centro-Oeste e Norte.
Os maiores volumes na semana passada se concentraram sobre os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e sul do Tocantins e sul do Pará. Nesses Estados o acumulado pluviométrico variou entre 50 e 100 mm.
No Sul do Brasil, a semana foi de pouca água, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde já começam a serem sentidos os efeitos do fenômeno La Niña. Em alguns municípios do sul do Rio Grande do Sul, há mais de 30 dias não ocorre uma chuva significativa (mais de 20 mm).
Os índices de Capacidade Hídrica do Solo refletem o resultado das chuvas dos últimos 30 dias e mostram uma recuperação da umidade do solo sobre os Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Embora a água ainda seja insuficiente para repor o déficit hídrico acumulado, já consegue dar sustentação ao desenvolvimento das lavouras de verão já plantadas e marcam o início da recuperação das pastagens.
Argentina/Paraguai
A Somar Meteorologia informa que a primeira semana de novembro foi de pouca chuva sobre a maior parte do território argentino. Nesse período choveu apenas no extremo sul do País e no leste da Província de Buenos Aires. "A tendência é que essas condições não mudem muito para o restante do mês de novembro que, no geral, deve ter pouca chuva sobre as principais regiões produtoras, incluindo o pampa úmido", diz Etchichury. No decorrer de novembro, porém, deve se observar uma gradual elevação da temperatura.
No Paraguai, a primeira semana de novembro também teve pouca chuva sobre as principais regiões produtoras de milho e soja. Ainda não existe risco para as lavouras, pois no mês de outubro as águas ficaram acima da média sobre o leste e sul do Paraguai, o que favoreceu o plantio e período de emergência.
A previsão de pouca chuva para o restante de novembro, no entanto, deve preocupar e, caso se confirme, representará risco para a lavoura de soja, em especial. "Essa preocupação aumenta quando consideramos que estamos em um período de La Niña, que contribui para reduzir as chuvas no verão e aumenta o risco de estiagens regionalizadas", conclui Etchichury.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CLÍMA:PRÓXIMOS DIAS REGÃO SUL TERÁ MENOS CHUVA E BAIXA TEMPERATURA.

O padrão climático não muda muito nos próximos 15 dias em relação ao que foi observado na semana passada. As frentes frias atuam mais entre o Sudeste, Centro-Oeste e chegam ao Nordeste do Brasil, informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. No entanto, como é típico nesse período de transição entre o período seco (inverno) e o período chuvoso (verão), as águas, em geral, ainda são irregulares e mal distribuídas.
Já no Sul do Brasil, uma substancial redução das chuvas deve ser observada nas próximas semanas, o que foge um pouco do padrão, já que a primavera é um período bons volumes de água. "Essa mudança de padrão no Sul pode ser atribuída à presença do fenômeno La Niña, contrastando com o que foi observado no ano passado, quando a região enfrentou períodos bastantes chuvosos por causa do El Niño", diz o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Além disso, as temperaturas devem continuar baixas nas próximas semanas, sobretudo a temperatura noturna e na madrugada, com valores abaixo de 10 graus, o que atrapalha diretamente a fase de germinação das sementes.

Primavera
Na semana passada, de acordo com a Somar, as chuvas se concentraram sobre o Sudeste, Centro-Oeste e o Norte do Brasila, mesmo assim, ainda de forma muito irregular e mal distribuída. Os maiores volumes se concentraram entre Rondônia, Mato Grosso, sul do Pará, Tocantins e interior da Região Nordeste.
No Sul do Brasil houve uma redução das águas, que já prejudica a lavoura de arroz do Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, os produtores têm de irrigar a lavoura para que a planta possa nascer. Os índices de Capacidade Hídrica do Solo refletem o resultado das chuvas das últimas semanas: houve uma recuperação em Goiás e Mato Grosso, enquanto a condição de plantio das lavouras de verão manteve-se boa no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.

Argentina
Conforme boletim da Somar, a semana passada manteve um padrão de pouca chuva sobre grande parte do território argentino. Os maiores volumes se concentraram sobre a Província de Buenos Aires e no extremo norte do País.
Os resultados do balanço hídrico até o dia 20 de outubro mostram duas condições bem distintas. Enquanto a faixa leste apresenta uma condição de solo ótima e até ligeiramente mais úmido, sobre a região central da Argentina se observa um solo mais seco e com indícios do começo de uma seca, que atinge inclusive algumas áreas produtoras de milho e soja.
A previsão para esta semana não muda muito em relação aos últimos sete dias: permanece a previsão de pouca chuva sobre o território argentino. "O padrão de pouca água deve persistir pelo menos até os dez primeiros dias de novembro", informa Etchichury.
As temperaturas nas próximas semanas oscilam bastantes mas, no geral, se mantêm baixas, principalmente no período noturno. Por um lado, isso contribui para diminuir a evapotranspiração, em contrapartida, retarda a elevação da temperatura do solo e consequentemente as condições de plantio.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CLIMA/REGIME DE CHUVAS FAVORECE PLANTIO.

As frentes frias devem atuar mais entre o Sudeste, Centro-Oeste e chegam ao Nordeste do Brasil nos próximos 15 dias. O volume, porém, ainda é irregular e mal distribuído, informa a Somar Meteorologia. "Cabe ressaltar que a presença de frente fria sobre o Sudeste, aos poucos, também favorece a organização da convecção tropical (nuvens de chuvas) sobre o interior da Região Centro-Oeste e, assim, dá início ao regime de chuvas deste ano", informa em boletim o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Conforme a meteorologia, pode-se afirmar que a partir desta semana se reverte o quadro de seca e gradualmente se instalam as condições de plantio das lavouras de verão.
O grande destaque da semana é a previsão de chuva para Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins ao longo das duas próximas semanas, estima a Somar. Rio Grande do Sul e Santa Catarina terão alguns episódios de chuvas, no entanto, de forma muito isolada e, em geral, fraca, dando início a um período mais seco, o que já se pode atribuir à presença do fenômeno La Niña.

Primavera
A Somar informa, ainda, que as águas da última semana voltaram a se concentrar sobre o Sul do Brasil. O volume foi irregular sobre o Sudeste, Centro-Oeste e sobre o Norte do Brasil. Os maiores volumes de chuva da semana passada se concentraram entre Santa Catarina e o Paraná.
Os índices de Capacidade Hídrica do Solo refletem o resultado das últimas semanas e mostram uma boa recuperação e condições de plantio das lavouras de verão no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. As condições de umidade do solo, no entanto, ainda continuam críticas (abaixo de 40%) em partes de Mato Grosso e Goiás. Segundo a Somar, o interior da Região Nordeste ainda enfrenta longo período seco e de altas temperaturas, mas essa condição deve começar a se reverter nas próximas semanas.

Argentina
A semana passada confirmou a previsão de pouca chuva sobre grande parte do território argentino, incluindo a região do Pampa Úmido, principal região produtora de milho e soja. De acordo com a Somar, o destaque são as baixas temperaturas, que contribuem para atrasar as condições de plantio. "Inclusive, podemos destacar que esse é um padrão bem típico de anos de La Niña", observa Etchichury.
A previsão para esta semana é de pouca chuva sobre o território argentino. Essa tendência deve persistir até a segunda quinzena de outubro, com pouca chuva e temperaturas em gradual elevação.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CLIMA FAVORECE PLANTIO DE SOJA E MILHO.

As frentes frias devem atuar mais entre o litoral do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro nos próximos 15 dias. Com isso, a organização de chuvas no interior desses Estados será favorecida, assim como no interior de Minas Gerais, especialmente no sul do Estado e no Triângulo Mineiro. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, que acrescenta que nos próximos dias deve continuar chovendo no Paraná e em Mato Grosso do Sul, o que favorece o plantio da lavoura de soja e milho.
A presença de frente fria sobre o Sudeste também favorece, aos poucos, a organização da convecção tropical (nuvens de chuvas) sobre o interior da Região Centro-Oeste. "Mais para o fim de semana e para a próxima semana deve voltar a ocorrer algumas chuvas isoladas em Goiás e no sul de Mato Grosso", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. No entanto, o volume ainda deve ocorrer de forma muito isolada e insuficiente para oferecer condições ideais de plantio.
A Somar prevê que ainda se mantém a expectativa de atraso no retorno das águas na Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. "Há previsão de alguns episódios de chuvas isoladas na última semana de outubro, porém, a tendência é de muito irregularidade até novembro", estima a Somar.
O Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem continuar sem precipitação nos próximos dias, o que favorece o plantio das lavouras de verão, especialmente soja e arroz, cujo plantio já estava sendo atrapalhado pelo excesso de água em setembro e as baixas temperaturas dos últimos dias.

Primavera
De acordo com a Somar, o começo da primavera confirmou a condição climática típica da estação: depois de um longo período seco, voltou a chover em parte do Sudeste e no Centro-Oeste, além da intensificação das chuvas sobre o Norte do Brasil.
Os maiores volumes da semana passada se concentraram em São Paulo, centro-sul de Minas Gerais, sul de Mato Grosso do Sul e no noroeste do Paraná.
Já em Goiás, Mato Grosso, Tocantins e oeste da Bahia, as chuvas ocorreram de forma muito irregular e, no geral, de fraca intensidade. Os índices de água disponível no solo refletem o resultado do clima na semana e mostram uma boa recuperação e condições de plantio das lavouras de verão no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais.
As condições de umidade do solo, no entanto, continuam críticas em Mato Grosso, Goiás e no interior da Região Nordeste, que ainda continua sofrendo com o longo período seco e de altas temperaturas.

Lavoura americana
A Somar informa que o tempo continua seco, com queda da temperatura, porém sem previsão de frio extremo e risco de ocorrência de geadas, nas lavouras do Meio-Oeste americano nas próximas duas semanas. Essa situação favorece a finalização e o processo de colheita.A partir da segunda semana, porém, há previsão de queda acentuada da temperatura, inclusive com risco de formação de geada, principalmente nas regiões produtoras localizadas mais ao norte, próximas da fronteira com o Canadá.

Argentina
A semana passada confirmou o padrão típico da primavera, com chuvas sobre grande parte do território argentino, incluindo a região do Pampa Úmido, a principal região produtora de milho e soja.
A tendência para as próximas duas semanas, segundo a Somar, é de pouca chuva e temperaturas em gradual elevação. A meteorologia ressalta que as águas desse período são importantes para uma reposição e regularização dos níveis de umidade do solo, que são fatores importantes e determinantes para as condições de plantio que ocorrem entre outubro e novembro (primeiro plantio) e dezembro (segundo plantio).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CHUVAS DEVEM RETORNAR AO SUDESTE E CENTRO-OESTE.

Com a chegada da primavera na semana passada ao poucos se observa uma mudança no padrão climático em relação ao verificado ao longo de todo o inverno. As frentes frias nos próximos 15 dias passam a atuar mais entre o litoral do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro e, com isso, favorecem a organização de chuvas nesses Estados e também no interior de Minas Gerais, especialmente no sul e no Triângulo Mineiro. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal divulgado hoje. Conforme a meteorologia, as chuvas no Paraná e em Mato Grosso do Sul persistem nos próximos dias, o que favorece o plantio da lavoura de soja e milho.
A presença da frente fria sobre o Sudeste aos poucos também favorece a organização da convecção tropical (nuvens de chuvas) sobre o interior da Região Centro-Oeste. "No decorrer desta semana já devem ocorrer algumas chuvas isoladas no sul de Goiás e em Mato Grosso", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Ele ressalta, porém, que as chuvas ainda devem ocorrer de forma muito isolada e insuficiente para oferecer condições ideais para plantio. Para essa região a expectativa é que as chuvas retornem de forma mais frequente e com condições para plantio após o dia 10 de outubro.
Para Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, o retorno das águas deve retardar um pouco mais. A expectativa é de alguns episódios de chuvas isoladas na segunda quinzena de outubro. As condições de plantio (solo úmido), no entanto, devem ocorrer de forma gradual e variando de uma região para outra. De um modo geral, essa situação favorável ao plantio deve se consolidar somente no decorrer de novembro. De acordo com a Somar, nas próximas semanas as chuvas diminuem no Rio Grande do Sul, o que favorece o plantio das lavouras de verão, especialmente soja e arroz, cujo plantio já estava sendo atrapalhado pelo excesso de água em setembro.

Primavera
A primavera começa com uma condição climática bem típica da estação. Diferentemente do que se observou durante todo o inverno, as frentes frias da semana passada puderam atuar sobre o Sudeste, além do Sul do Brasil.
Os maiores volumes de água na semana ficaram concentrados no norte do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. O destaque na semana, no entanto, foi a chuva no Paraná e em Mato Grosso do Sul, interrompendo período seco. Com isso, as condições se tornaram favoráveis ao plantio das lavouras de verão, em especial a lavoura de soja.
Já sobre a Região Sudeste, os maiores volumes se concentraram sobre São Paulo e sul de Minas Gerais, beneficiando as culturas de cana-de-açúcar, laranja e café. Grande parte de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro ainda sofre com a estiagem e os índices de água disponível no solo continuam críticos. Segundo a Somar, a semana também foi totalmente seca em Mato Grosso, Goiás e no interior da Região Nordeste. Essas áreas continuam sofrendo com o longo período sem água e com as altas temperaturas.

Lavoura americana
A última semana de setembro deve ser seca e sem previsão de frio extremo e risco de ocorrência de geadas nas lavouras do Meio-Oeste americano, favorecendo assim a finalização e o processo de colheita. No entanto, conforme a Somar, deve chover forte na faixa leste dos Estados Unidos nesta semana, muito provavelmente por causa da propagação de sistemas (tempestades tropicais ou furacões) provenientes do Oceano Atlântico.
A tendência para o início de outubro, no entanto, é de pouca chuva sobre o Meio-Oeste americano. A partir da segunda semana, há previsão de queda acentuada da temperatura, inclusive com risco de formação de geada, principalmente nas regiões produtoras localizadas mais ao norte, próximas da fronteira com o Canadá.

Argentina
O mês de setembro confirma um padrão típico da primavera, com chuvas sobre grande parte do território argentino, incluindo as principais regiões produtoras de milho e soja.
Para a primeira quinzena de outubro a tendência é de pouca chuva e temperaturas em gradual elevação, informa a Somar. "As chuvas desse período são importantes para uma reposição e regularização dos níveis de umidade do solo, que são fatores importantes e determinantes para as condições de plantio que ocorrem entre outubro e novembro (primeiro plantio) e dezembro (segundo plantio)", conclui Etchichury.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CLIMA MUDA, PREVISÃO DE CHUVA PARA PR E MS.

A primavera começa na quinta-feira (23). Para grande parte do Brasil é o período que marca a transição entre o período seco (inverno) e o período chuvoso (verão). Segundo a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, o inverno de 2010 termina como começou, ou seja, totalmente seco em grande parte do País.
O acumulado de chuva de setembro ilustra bem o padrão climático que perdurou por todo o inverno. Os episódios de chuvas ficaram concentrados somente no Rio Grande do Sul, leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. No Brasil Central e em parte do interior da Região Nordeste o tempo continua seco e completa cinco meses sem chuva. O solo também está totalmente seco, conforme se observa no mapa de capacidade hídrica do solo.

Com a chegada da primavera, aos poucos, começa se observar uma mudança no padrão climático em relação ao observado ao longo de todo o inverno. A primeira mudança já deve ser observada nesta semana, quando uma frente fria avança e além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, também deve causar chuvas no Paraná e em Mato Grosso do Sul.
Para o início de outubro, há previsão de chuvas para São Paulo, Minas Gerais (centro-sul), Rio de Janeiro e Espírito Santo, que é um indicativo da transição climática, conforme se observa nos mapas abaixo. "Lembramos, ainda, que a presença da frente fria no Sudeste do Brasil, gradualmente favorece a organização da convecção tropical (nuvens de chuva) no Centro-Oeste", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Com relação às condições de plantio da safra de verão, as chuvas desta semana e até o fim do mês devem favorecer primeiramente o Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul. Já a partir da primeira semana de outubro, aos poucos, as chuvas chegam ao Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil. As condições de plantio (solo úmido), no entanto, devem melhorar de forma gradual e variando de uma região para outra. De modo geral, porém, isso só deve se consolidar no decorre da segunda quinzena de outubro.Lavouras nos EUA
A propagação de uma frente fria está prevista para esta semana nas regiões produtoras de grãos dos Estados Unidos, a qual deve causar chuvas entre quarta e quinta-feira. De um modo geral, porém, a umidade não deve comprometer o desempenho das lavouras do meio-oeste.
A partir de agora, informa a Somar, com a chegada do outono, as frentes frias ficam mais definidas e os episódios de chuva ocorrem de forma mais generalizada, com queda da temperatura após a passagem do sistema. Até o fim do mês, no entanto, não há previsão de queda acentuada da temperatura, que possa representar risco de formação de geada.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CLÍMA-SECA JÁ DURA 200 DIAS EM ÁREAS DO BRASIL CENTRAL E NORDESTE.

O inverno é considerado a estação seca em grande parte do Brasil. No entanto, este ano se observa uma condição mais extrema, o que já prejudica diferentes sistemas de produção que estão relacionados diretamente com as condições climáticas. Pode-se destacar: carne bovina, leite, energia hidrelétrica, cana-de-açúcar, café e laranja. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, divulgado hoje.
Neste início de setembro o padrão climático não mudou, segundo a Somar. Choveu apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. No Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste, em virtude do quinto mês consecutivo sem chuva, o solo está totalmente seco e em algumas regiões a estiagem agrícola já ultrapassa 200 dias.

De acordo com a Somar, o tempo deve continuar totalmente seco no Centro-Oeste, interior do Sudeste e no interior do Nordeste do Brasil pelo menos até o fim de setembro. "A temperatura permanece elevada, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar e, com isso, potencializar ainda mais os riscos de incêndios e prejudicar a qualidade do ar", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Para as próximas duas semanas, há previsão de chuvas apenas no Sul do Brasil, onde uma frente fria deve trazer volume moderado de água, principalmente no Rio Grande do Sul. O bloqueio atmosférico impede o avanço da frente fria, que causa chuvas no decorrer da semana apenas em Santa Catarina e no sul do Paraná.
A Somar ressalta que deve persistir a condição atmosférica que mantém as frentes frias bloqueadas sobre o Sul do País, impedindo o avanço das frentes frias até o Sudeste. Nesta semana, o calor continua intenso sobre o Brasil Central, onde as temperaturas podem ultrapassar a casa dos 40 graus, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar.

Soja
Para a lavoura de soja do Brasil, o fenômeno La Niña tem dois impactos bem caracterizados: atrasa o retorno das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Ao mesmo tempo, reduz a incidência de chuva e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão nas lavouras do Sul do Brasil e também de Mato Grosso do Sul. Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático, principalmente quando comparado com o observado na safra passada.
Setembro ainda deve continuar seco em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. O retorno das chuvas deve ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro e no decorrer de novembro, mesmo assim de forma muito irregular. Durante o verão as chuvas nesses Estados devem apresentar um comportamento médio, com o risco de alguns episódios de chuvas mais concentrados entre janeiro e fevereiro, o que pode causar transtorno de manejo, controle de doenças, além do risco de excesso de chuva na colheita.
Na região conhecida como mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), setembro ainda deve continuar seco. O retorno das chuvas deve ocorrer na segunda quinzena de outubro, mesmo assim de forma muito irregular e insuficiente para garantir condições de plantio. A regularização das águas só deve ocorrer em novembro. Durante o verão as chuvas nesses Estados também devem apresentar um comportamento médio.
Setembro ainda deve ter chuvas abaixo da média no Paraná e em Mato Grosso do Sul. No entanto, já são esperados alguns episódios de chuvas isoladas no fim do mês. Em outubro as chuvas ficam mais frequentes e melhoram as condições de umidade do solo para plantio. Para esta safra, deve-se considerar o risco de estiagem durante os meses de verão. A continuidade do La Niña remete para um outono também com chuvas abaixo da média.
Já as lavouras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não devem enfrentar grandes problemas na fase de plantio entre outubro e novembro, em virtude da chegada de um período chuvoso. No entanto, deve-se também considerar o risco de uma redução de chuvas e períodos de forte estiagem entre novembro e dezembro. Mesmo com alguns episódios durante os meses de verão, as chuvas devem ficar abaixo da média e com estiagens regionalizadas. A continuidade do La Niña mantém para o fim do verão e no outono a condição de chuvas abaixo da média e com alto risco de estiagem entre o fim de fevereiro e março, o que pode prejudicar diretamente a fase final da lavoura de soja.
Milho
O cenário climático para o milho é muito semelhante às condições da lavoura de soja. O risco aumenta principalmente para as lavouras do Sul do Brasil em virtude das estiagens no verão. No entanto, as lavouras do norte/noroeste do Rio Grande do Sul e do oeste de Santa Catarina, que foram plantadas mais cedo (em agosto), ainda podem se beneficiar das chuvas da primavera, escapando do risco de estiagem que aumenta a partir de dezembro e durante o verão.
As lavouras de milho do Nordeste do Brasil, incluindo o agreste e sertão, a presença do La Niña num primeiro momento cria expectativa de um bom período de chuvas ("inverno nordestino"), que vai de fevereiro a maio. No entanto, a qualidade do período de águas ainda depende das condições do Oceano Atlântico, que no momento ainda não estão definidas. De qualquer forma, o cenário climático para 2011 é bem melhor que o observado na safra deste ano.
Lavouras dos EUA
O clima observado no início de setembro sobre os Estados Unidos apresenta ainda uma condição típica do verão. Sobre as áreas produtoras de milho e soja do Meio-Oeste americano as chuvas no geral foram fracas e irregulares. Para o restante do mês de setembro o tempo não deve mudar muito. Permanece apenas a previsão de chuvas isoladas por causa da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão.
Com relação à temperatura, a expectativa é de ligeira queda nas próximas semanas, o que é um padrão normal com a proximidade do outono, principalmente nos Estados mais ao norte, próximos da fronteira com o Canadá. Por enquanto, ainda não há previsão de frio extremo que possa representar risco de geada que, sem dúvidas, é uma preocupação nessa fase final da lavoura de soja. A partir da última semana deste mês, porém, já há indicativos de temperatura abaixo de zero nos estados Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota e Wisconsin.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CLÍMA-TEMPO CONTINUARÁ SECO E DEVE ATRASAR PLANTIO DE VERÃO.

O tempo não muda e o mês de setembro começa totalmente seco no Centro-Oeste, interior do Sudeste e no interior do Nordeste do Brasil, o que agrava ainda mais as condições climáticas que essas regiões enfrentam desde abril. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A temperatura permanecerá elevada, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar e, com isso, potencializar os riscos de incêndios e prejudicar a qualidade do ar.
Para as próximas duas semanas há previsão de chuvas apenas no Sul do Brasil, onde uma frente fria traz água, em volume de moderado a forte no Rio Grande do Sul. O bloqueio atmosférico impede o avanço da frente fria, que causa chuvas no decorrer da semana apenas em Santa Catarina e no sul do Paraná.
A combinação do inverno seco (extremo) com a instalação do La Niña deve provocar o atraso no retorno das chuvas da primavera, com indicativo para setembro do agravamento da seca observada desde o outono. "As chuvas para o Sudeste e o Centro-Oeste devem voltar gradualmente no decorrer de outubro. As condições de plantio para a lavoura de soja dessas regiões, no entanto, só devem ocorrer, mesmo assim de forma parcial, a partir da segunda quinzena de outubro e regularização em novembro", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Para as lavouras da região conhecida como Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), as condições ideais para plantio devem atrasar mais ainda, com indicativo do retorno e regularização das águas a partir da segunda quinzena de novembro.
Apenas para Paraná e Mato Grosso do Sul é que, mesmo atrasada, as chuvas podem chegar um pouco antes (em relação ao Brasil Central). No fim de setembro deve voltar a chover e essa condição deve se manter em outubro.
Conforme a Somar, o mês de setembro começa com forte calor e baixos índices de umidade relativa do ar em grande parte do Brasil. "Permanece a condição atmosférica que mantém as frentes frias bloqueadas sobre o Sul do País e impede o avanço das frentes frias até o Sudeste do Brasil, o que é uma situação normal para o período entre o fim do inverno e início da primavera", informa a Somar.
Nesta semana o calor continua intenso sobre o Brasil Central, onde as temperaturas podem ultrapassar a casa dos 40 graus, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar e, com isso, agravar a qualidade do ar e os riscos de incêndios.
Já com relação à possibilidade de queda da temperatura, a Somar estima que pelo menos duas ondas de frio ainda devem atingir o Sul do Brasil em setembro, com queda da temperatura, principalmente no Rio Grande do Sul. Não há, porém, risco de geada. A temperatura, aliás, deve favorecer a instalação das lavouras de verão, em especial o milho que é plantado mais cedo.

Inverno 2010
O mês de agosto de 2010 se caracteriza como um dos mais secos dos últimos anos, informa a Somar. Na maior parte do País não choveu durante todo o mês e, com isso, houve agravamento da situação de seca iniciada em abril passado. Neste mês choveu apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. No Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste, em virtude do quinto mês consecutivo sem chuva, o solo está totalmente seco.
A Somar explica que o inverno é considerado a estação seca em grande parte do Brasil. No entanto, este ano se observa uma condição mais extrema, o que já prejudica diferentes sistemas de produção, que estão relacionados diretamente com as condições climáticas.
Além dos problemas das queimadas, secura do ar e da poluição atmosférica, que têm sido amplamente divulgados na mídia nacional, o período seco extremo e duradouro prejudica diretamente a condição das pastagens. Entre os sistemas de produção que estão com seu desempenho afetados pela seca destacam-se: carne bovina, leite, energia hidrelétrica, cana-de-açúcar, café e laranja.

Estados Unidos
O clima observado em agosto sobre os Estados Unidos representa uma condição típica do verão. Sobre as áreas produtoras de milho e soja do Meio-Oeste americano, as chuvas, em geral, foram fracas e irregulares. No entanto, sobre os principais Estados produtores a chuva em agosto ficou em torno da média do mês, informa a Somar.
Os Estados mais atingidos pela falta de água em agosto, foram Indiana e Ohio, onde em algumas regiões choveu menos do que a metade esperada para o mês. Esses dois Estados juntos representam em torno de 15% da produção americana de soja e de milho.
A condição de umidade do solo praticamente permanece inalterada. Mesmo com uma condição de chuvas irregulares e forte calor, o solo das principais regiões produtoras de soja e de milho não apresenta déficit hídrico, o que praticamente define favoravelmente para a fase final das lavouras de milho e soja, e que ainda dependam da umidade do solo.
A Somar prevê que o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste americano no início de setembro. "Permanece quente e apenas com chuvas isoladas por causa da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão", diz Etchichury. As chuvas nas próximas duas semanas se concentram no sul e faixa leste dos Estados Unidos, em virtude da propagação de tempestades tropicais provenientes do Oceano Atlântico e do Golfo do México.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CLÍMA CONTINUA SECO EM GRANDE PARTE DO BRASIL.

Grande parte do Brasil terá mais uma semana de tempo seco, com destaque para o Centro-Oeste, interior do Sudeste e no interior do Nordeste, o que agravará ainda mais as condições da seca que essas regiões enfrentam desde abril, informa a Somar Meteorologia. Além disso, nas próximas semanas a temperatura permanece elevada, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar, potencializando os riscos de incêndios.
O tempo muda apenas no Sul do Brasil, nesta semana, onde uma frente fria causa chuvas a partir de amanhã no Rio Grande do Sul. Essa frente avançará lentamente e no próximo final de semana pode causar chuvas fracas no Paraná, no sul de Mato Grosso do Sul e no sul de São Paulo.
Embora o inverno não tenha acabado, nesta semana haverá forte calor sobre o Brasil Central, onde as temperaturas nos próximos dias podem ultrapassar a casa dos 40ºC. "Isso vai contribuir para baixar mais os índices de umidade relativa do ar, e com isso agravar a qualidade do ar e os riscos de incêndios", afirmou Paulo Etchichury, sócio diretor da Somar. Pelo menos para as próximas duas semanas não há previsão de nova onda de frio, que possa representar risco de geada. Os modelos mais estendidos indicam para setembro apenas oscilação da temperatura, alternando dias com temperaturas mais elevadas com períodos de temperaturas mais amenas, porém sem risco de formação de geadas.
Na semana passada praticamente não choveu na maior parte do País, com exceções no leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. O Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste segue com ausência total de chuva. Algumas regiões estão no quinto mês consecutivo sem precipitações e o solo está totalmente seco.
A explicação para o inverno mais seco e o aumento do número de queimadas no Brasil está relacionada os fenômenos climáticos associados aos ciclos dos oceanos (El Niño e La Niña) que interferem diretamente no comportamento das estações do ano, que podem variar muito de um ano para outro ao comportamento da temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial. Neste ano tivemos no primeiro semestre a influência do fenômeno El Niño (águas quentes) que contribuiu para o corte mais cedo das chuvas e a antecipação do início do período seco para abril.
O pior é que os problemas relacionados com a seca extrema deste inverno devem se prolongar e se intensificar ainda mais nós próximos meses. É que no lugar de águas quentes sobre o Oceano Pacífico, agora se observam águas frias, ou seja, estamos em pleno processo de formação do um novo fenômeno La Niña que, conforme já divulgado, deve se prolongar pelo menos até o verão de 2011. Um dos principais efeitos do La Niña é o atraso para outubro do retorno das chuvas na primavera e indicativo de regularização no decorrer de novembro.
Portanto, a redução das queimadas em 2009, assim como, o aumento que se observa em 2010, em grande parte se deve as questões climáticas. Interessante observar que 2009, teve a influência de um La Niña no primeiro semestre e de um El Niño no segundo semestre, cuja condição é oposta ao observado neste ano.
Além do problema das queimadas e da qualidade do ar, o inverno mais seco também causa problemas às pastagens, produção de carne, leite e sistema de abastecimento de água. Mas as mudanças no comportamento do clima não param por aí. A primavera e o verão 2011 prometem climas bem diferentes do observado no ano passado. Tudo por que no lugar de um El Niño este ano vamos ter um La Niña.
Estados Unidos - O tempo não muda e o mês de agosto encerra com condição de chuvas isoladas e forte calor sobre o Meio-Oeste americano. Na semana passada, mais uma vez a propagação de uma área de instabilidade causou chuvas isoladas sobre áreas produtoras de milho e soja da região. Mas as chuvas no geral foram fracas e irregulares. Os maiores volumes de chuvas foram registrados nos Estados de Missouri, Illinois, Kentucky e Tennessee.
A condição de umidade do solo permanece praticamente inalterada. Mesmo com uma condição de chuvas irregulares e forte calor, o solo sobre as principais regiões produtoras de soja e de milho não apresenta déficit hídrico, o que praticamente define favoravelmente para a fase final das lavouras de milho e soja. E reiteramos a previsão divulgada nas semanas anteriores. Até o final do mês o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste, que permanece quente e apenas com chuvas isoladas devido à propagação de áreas de instabilidades típicas do verão. A previsão para esta semana é tempo seco em grande parte do território americano, com previsão de chuva apenas no sul e faixa leste, devido à propagação de tempestades tropicais provenientes do Oceano Atlântico e do Golfo do México.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SOMAR: TEMPO CONTINUA SECO NA MAIOR PARTE DO BRASIL

O tempo deve continuar seco em grande parte do Brasil nesta semana, prevê a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. Pelo menos até o final de agosto, a ausência de chuvas se agravará ainda mais no Centro-Oeste, interior do Sudeste e interior do Nordeste do Brasil. Além disso, nas próximas semanas a temperatura volta a se elevar, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar, e com isso potencializar ainda mais os riscos de incêndios. Para completar, em função da presença do fenômeno La Niña, o retorno das chuvas neste ano deve atrasar, com previsão de regularização a partir da segunda quinzena de outubro. Até mesmo no Sul do Brasil, que foi chuvoso no mês de julho, nas próximas duas semanas deve enfrentar um período seco, o que deve favorecer as culturas de inverno.
Mais uma vez a semana começa com frio sobre o Centro-Sul do Brasil. A massa de ar polar que atingiu a região Sul do País no final de semana causou frio intenso e formação de geadas isoladas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no sul/sudoeste do Paraná. A partir de hoje, a massa de ar frio se desloca para o Oceano e perde intensidade e as temperaturas voltam a se elevar gradualmente. No entanto, para a próxima madrugada ainda há risco de formação de geadas nas regiões serranas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do Paraná. O Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil terão uma semana com gradual elevação da temperatura. Até o final do mês não há previsão de nova onda de frio, nem mesmo no Sul do Brasil.

Umidade - O mês de agosto segue dentro de um padrão climático esperado e típico do inverno. Na primeira quinzena choveu apenas em parte da Região Sul, leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. Porém, mesmo nessas regiões já se observa uma redução dos volumes de chuva em relação ao registrado no mês anterior. O Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste segue com ausência total de chuva e em grande parte da região há mais de 150 dias não chove. Essa condição seca afeta principalmente as pastagens e agrava a situação das queimadas, o que deve perdurar pelo menos até setembro.

Estados Unidos - Permanece a condição de chuvas isoladas e forte calor sobre o Meio-Oeste americano. Na semana passada, a propagação de uma área de instabilidade causou chuvas sobre os Estados de Minnesota, Wisconsin, Iowa e Illinois, inclusive com alguns problemas de inundações entre sexta-feira e sábado, já que em algumas regiões o volume de chuvas foi superior a 100 mm. Cabe ressaltar, ainda, que essas chuvas atingiram importantes áreas produtoras.
E a condição de umidade do solo não apresentou grandes mudanças nessa última semana. Mesmo com uma condição de chuvas irregulares e forte calor, o solo sobre as principais regiões produtoras de soja e de milho ainda não apresenta déficit hídrico.
E pelo menos até o final do mês o tempo não muda muito sobre o Meio-oeste americano. Permanece quente e com chuvas isoladas devido à propagação de áreas de instabilidades típicas do verão. Porém, importante observar que para esta semana as chuvas devem se concentrar um pouco mais sobre o Sul dos Estados Unidos, muito provavelmente devido à propagação de tempestades tropicais provenientes do Golfo do México.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

TEMPO SECO NA MAIOR PARTE DO BRASIL.

O tempo deve continuar seco na maior parte do Brasil nesta semana, com chuvas apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do País, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. No Sul, o período inicia com tempo seco e queda de temperatura, após um fim de semana chuvoso no Rio Grande do Sul. O Estado deve registrar geada nas áreas ao sul e regiões serranas. No Sudeste e no Centro-Oeste a temperatura sobe nos próximos dias.
Na sexta-feira (30), uma nova frente fria deverá chegar ao Rio Grande do Sul e voltará a causar chuvas no final da semana. Porém, não há previsão de chuva para as Regiões Centro-Oeste, Sudeste e interior do Nordeste, o que confirma a expectativa de um inverno seco sobre o Brasil Central. No início de agosto, a incidência e o volume de chuvas no Sul devem diminuir. "Essa condição deve agravar ainda mais as condições do déficit hídrico, secura do ar, problemas com pastagens, queimadas e qualidade o ar", afirmou Paulo Etchichury, sócio diretor da Somar.
Uma nova massa de ar polar deve chegar ao Rio Grande do Sul a partir do dia 4 de agosto, para depois subir para os demais Estados da Região, para o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Pode ocorrer geadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.

Chuvas
Algumas regiões do Brasil Central tiveram um período de ausência total de chuvas em julho, segundo a Somar, com destaque para áreas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Bahia, onde não chove há mais de 150 dias. As precipitações do mês ficaram concentradas no extremo Sul e no extremo Norte do Brasil e no leste da Região Nordeste, especialmente na região do Recôncavo Baiano. A Somar relatou que o frio e geadas no Sul do Brasil foram destaque no mês, mas estiveram dentro do padrão climático para esta época do ano.
A umidade do solo continua satisfatória, ou seja, acima de 60%, na Região Sul, sul de Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. A mesma condição é observada no Norte, litoral das Regiões Sudeste e Nordeste. No Brasil Central, o longo período seco fez a umidade cair abaixo de 10%.

Estados Unidos
Nesta semana as chuvas devem se concentrar um pouco mais sobre o Sul dos Estados Unidos. No início de agosto, o tempo permanecerá quente e com chuvas isoladas no Meio-Oeste devido à propagação de áreas de instabilidades típicas do verão no Hemisfério Norte. De acordo com a Somar, não há previsão nem indícios de estiagem que possa afetar a produção local.
Durante a semana passada e neste final de semana voltou a chover sobre a região. Mesmo de forma irregular e mal distribuídas, as precipitações contribuíram para reduzir o risco de estiagem e favoreceram as lavouras de milho e soja, principalmente as que já se encontram na fase crítica (floração e enchimento de grão). Os maiores volumes (50 a 100 mm) se concentraram sobre importantes regiões produtoras, incluindo parte dos Estados de Minnesota, Dakota do Sul, Iowa, Missouri, Illinois, Wisconsin e Indiana.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

FRENTE FRIA DEVE CONCENTRAR CHUVA ENTRE RS E SC

A semana começa com instabilidade e condição de chuvas no Sul do Brasil, que deve se intensificar a partir da quarta-feira (21), quando uma nova frente fria chega ao Rio Grande do Sul. A expectativa é de que as chuvas se concentrem mais entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. No Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo o tempo volta a ficar firme. O período sem água deve se estender até o fim do mês.
O tempo continua seco sobre Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e interior da Região Nordeste. Nos próximos dias o quadro de seca deve ser agravado por causa da elevação da temperatura. "Até o fim do mês persistem as chuvas no leste do Nordeste, mas que devem ser de menor intensidade e passageiras, alternando com período de sol, inclusive sobre o Recôncavo Baiano, que registrou fortes chuvas na última semana", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Temperatura
A forte massa de ar de origem polar, responsável pelo frio intenso e formação de geada na semana passada, já se enfraqueceu. Com isso, a semana começa com as temperaturas em elevação no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Nesta semana o frio permanece intenso apenas sobre o Rio Grande do Sul, com risco de geadas no sul e oeste do Estado.
Para as próximas duas semanas não há previsão de frio extremo no Brasil. De acordo com a Somar, as temperaturas se elevam rapidamente no decorrer desta semana sobre o Sudeste e o Centro-Oeste, com sensação de calor no período da tarde.
Conforme a Somar, na semana passada uma forte frente fria causou chuvas sobre os três Estados do Sul do Brasil e também sobre o sul de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. "Essas chuvas podem até atrapalhar o manejo e alguns processos operacionais de algumas lavouras, mas não comprometem a produção das culturas de inverno dessas regiões", informa Etchichury.
Já o Brasil Central continua enfrentando período seco, que em algumas regiões se estende desde abril. Esse longo período sem água favorece a finalização da colheita (cana-de-açúcar, café, laranja, algodão e milho safrinha) mas, em contrapartida, começa a comprometer o desempenho da próxima safra.
A Somar relata que o frio e geadas no Sul do Brasil foram destaque na semana passada, mas estão dentro do cenário climático para esta época do ano. Os sistemas de produção agrícola, no entanto, não ficaram comprometidos. Pelo contrário, foram beneficiadas as culturas de inverno, como trigo, cevada e fruticultura de clima temperado.
As chuvas da semana passada mantiveram altos os índices de água disponível no solo sobre o Sul do Brasil, sul de Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Somar, também se observa uma condição boa de umidade do solo (maior do que 60%) no Norte do Brasil e no litoral das Regiões Sudeste e Nordeste.

Estados Unidos
O mês de julho vem apresentando uma condição de chuva irregular sobre o Meio-Oeste americano. Embora seja um padrão típico desta época do ano, a Somar observa que a situação já começa a preocupar, pois algumas lavouras (milho e soja) se encontram na fase crítica (floração e enchimento de grão) de desenvolvimento.
O sócio diretor da Somar observa que hoje se observam dois cenários bem distintos com relação à distribuição de chuva em julho. Nos Estados de Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minnesota, Iowa, Nebraska, Kansas e Missouri, que representam aproximadamente 50% da produção de soja, as chuvas em julho estão acima da média.

Em contrapartida, em Illinois, Indiana, Ohio e Kentucky as chuvas do período ficaram abaixo da média. No entanto, mesmo com a redução das chuvas e elevação da temperatura dos últimos dias, o solo nesses Estados ainda não apresenta déficit hídrico.
Segundo a Somar, o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste americano nas próximas semanas. O tempo permanece quente e com chuvas isoladas, em virtude da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão. "É importante observar, porém, que para esta semana há previsão de chuvas, exatamente sobre as regiões mais secas", comenta Etchichury.

O padrão climático típico do verão americano, com chuvas irregulares e temperaturas elevadas, deve persistir até o fim do mês sobre as principais áreas produtoras de milho e soja. Apenas sobre o Sul dos Estados Unidos, incluindo a região da Flórida, é que há previsão de chuvas em maiores volumes, principalmente para a última semana de julho, por causa da propagação de sistemas tropicais provenientes do Oceano Atlântico e Golfo do México. Mas não há, por enquanto, previsão de furacão.

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