segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CLÍMA-TEMPO CONTINUARÁ SECO E DEVE ATRASAR PLANTIO DE VERÃO.

O tempo não muda e o mês de setembro começa totalmente seco no Centro-Oeste, interior do Sudeste e no interior do Nordeste do Brasil, o que agrava ainda mais as condições climáticas que essas regiões enfrentam desde abril. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. A temperatura permanecerá elevada, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar e, com isso, potencializar os riscos de incêndios e prejudicar a qualidade do ar.
Para as próximas duas semanas há previsão de chuvas apenas no Sul do Brasil, onde uma frente fria traz água, em volume de moderado a forte no Rio Grande do Sul. O bloqueio atmosférico impede o avanço da frente fria, que causa chuvas no decorrer da semana apenas em Santa Catarina e no sul do Paraná.
A combinação do inverno seco (extremo) com a instalação do La Niña deve provocar o atraso no retorno das chuvas da primavera, com indicativo para setembro do agravamento da seca observada desde o outono. "As chuvas para o Sudeste e o Centro-Oeste devem voltar gradualmente no decorrer de outubro. As condições de plantio para a lavoura de soja dessas regiões, no entanto, só devem ocorrer, mesmo assim de forma parcial, a partir da segunda quinzena de outubro e regularização em novembro", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Para as lavouras da região conhecida como Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), as condições ideais para plantio devem atrasar mais ainda, com indicativo do retorno e regularização das águas a partir da segunda quinzena de novembro.
Apenas para Paraná e Mato Grosso do Sul é que, mesmo atrasada, as chuvas podem chegar um pouco antes (em relação ao Brasil Central). No fim de setembro deve voltar a chover e essa condição deve se manter em outubro.
Conforme a Somar, o mês de setembro começa com forte calor e baixos índices de umidade relativa do ar em grande parte do Brasil. "Permanece a condição atmosférica que mantém as frentes frias bloqueadas sobre o Sul do País e impede o avanço das frentes frias até o Sudeste do Brasil, o que é uma situação normal para o período entre o fim do inverno e início da primavera", informa a Somar.
Nesta semana o calor continua intenso sobre o Brasil Central, onde as temperaturas podem ultrapassar a casa dos 40 graus, o que contribui para baixar mais os índices de umidade relativa do ar e, com isso, agravar a qualidade do ar e os riscos de incêndios.
Já com relação à possibilidade de queda da temperatura, a Somar estima que pelo menos duas ondas de frio ainda devem atingir o Sul do Brasil em setembro, com queda da temperatura, principalmente no Rio Grande do Sul. Não há, porém, risco de geada. A temperatura, aliás, deve favorecer a instalação das lavouras de verão, em especial o milho que é plantado mais cedo.

Inverno 2010
O mês de agosto de 2010 se caracteriza como um dos mais secos dos últimos anos, informa a Somar. Na maior parte do País não choveu durante todo o mês e, com isso, houve agravamento da situação de seca iniciada em abril passado. Neste mês choveu apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do Brasil. No Brasil Central e parte do interior da Região Nordeste, em virtude do quinto mês consecutivo sem chuva, o solo está totalmente seco.
A Somar explica que o inverno é considerado a estação seca em grande parte do Brasil. No entanto, este ano se observa uma condição mais extrema, o que já prejudica diferentes sistemas de produção, que estão relacionados diretamente com as condições climáticas.
Além dos problemas das queimadas, secura do ar e da poluição atmosférica, que têm sido amplamente divulgados na mídia nacional, o período seco extremo e duradouro prejudica diretamente a condição das pastagens. Entre os sistemas de produção que estão com seu desempenho afetados pela seca destacam-se: carne bovina, leite, energia hidrelétrica, cana-de-açúcar, café e laranja.

Estados Unidos
O clima observado em agosto sobre os Estados Unidos representa uma condição típica do verão. Sobre as áreas produtoras de milho e soja do Meio-Oeste americano, as chuvas, em geral, foram fracas e irregulares. No entanto, sobre os principais Estados produtores a chuva em agosto ficou em torno da média do mês, informa a Somar.
Os Estados mais atingidos pela falta de água em agosto, foram Indiana e Ohio, onde em algumas regiões choveu menos do que a metade esperada para o mês. Esses dois Estados juntos representam em torno de 15% da produção americana de soja e de milho.
A condição de umidade do solo praticamente permanece inalterada. Mesmo com uma condição de chuvas irregulares e forte calor, o solo das principais regiões produtoras de soja e de milho não apresenta déficit hídrico, o que praticamente define favoravelmente para a fase final das lavouras de milho e soja, e que ainda dependam da umidade do solo.
A Somar prevê que o tempo não muda muito sobre o Meio-Oeste americano no início de setembro. "Permanece quente e apenas com chuvas isoladas por causa da propagação de áreas de instabilidades típicas do verão", diz Etchichury. As chuvas nas próximas duas semanas se concentram no sul e faixa leste dos Estados Unidos, em virtude da propagação de tempestades tropicais provenientes do Oceano Atlântico e do Golfo do México.

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