quarta-feira, 20 de abril de 2011

MILHO: CHINA TERÁ OFERTA ESCASSA ATÉ 2020.

A China enfrentará uma escassa oferta de milho devido ao crescimento da demanda por parte dos setores de ração animal e doces até 2020, disse hoje Fu Ruliang, gerente-geral do departamento de pesquisa estratégica da estatal Cofco.
A demanda por carne suína até 2020 deve subir de 26% a 29% na comparação com os níveis de 2009, para cerca de 61 milhões a 63 milhões de toneladas. Já a de leite será mais de duas vezes maior do que a de 2009, indicando uma enorme demanda por milho, principal commodity usada na ração animal, acrescentou ele em um fórum da indústria. Fu, contudo, não informou quão grave será o déficit de ofertas do grão. "A questão mais importante na produção de grãos da China no futuro é se nós podemos garantir o equilíbrio da oferta e da demanda do milho", afirmou ele. O milho é o maior problema que o governo chinês precisa enfrentar na regulação dos mercados de grãos, de acordo com Fu.

SOJA/CHINA TERMINA EM ALTA ESTIMULADA POR APERTO DA OFERTA GLOBAL

Os futuros da soja terminaram com valorização pela terceira sessão consecutiva na Bolsa de Commodities de Dalian, apesar da aceleração da inflação, conforme o aperto da oferta global incentiva o sentimento do mercado. O contrato janeiro encerrou em alta de 0,4% nesta quarta-feira, a 4.572 yuans por tonelada.
A oleaginosa registrou ganhos marginais nesta semana, apesar dos sinais de que o governo chinês está intervindo pesadamente para manter os preços sob controle. Processadoras cancelaram cargas de importação, à medida que Pequim manteve os preços do óleo de soja baixos e promoveu vendas subsidiadas das reservas para determinadas companhias, visando a conter as pressões inflacionárias.
Ainda assim, os fundamentos globais estimulam o mercado local, incluindo a previsão de declínio da área plantada no nível mais acentuado em dois anos e meio. Um clima frio e úmido nesta semana deve desacelerar as atividades de cultivo nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos.
CHINA VENDEU 3 MI T DAS RESERVAS ESTATAIS.  A China concluiu a venda de 3 milhões de toneladas de soja do estoque estatal para determinadas processadoras, em troca da concordância em manter os preços dos óleos comestíveis estáveis por dois meses, afirmou nesta quarta-feira Shi Kerong, chairman da Sanhe Hopeful Grain and Oil Group.
A processadora, localizadas na província de Hebei, comprou 200 mil toneladas das reservas do governo por preços abaixo do mercado, revelou ele durante um fórum da indústria.
Respondendo à recente notícia de que importadores locais cancelaram carregamentos e solicitaram o adiamento das entregas em meio à fraca margem de lucro, o executivo informou que os negócios de importação da companhia estavam "normais", e que não houve cancelamentos. A Sanhe Hopeful compra soja principalmente do Brasil, segundo ele.
CHINA: IMPORTAÇÃO EM 10/11 DEVE ATINGIR 54 MI TONS
As importações de soja da China no ano comercial 2010/11, que termina em 30 de setembro, provavelmente atingirão 54 milhões de toneladas, quase 3 milhões de toneladas abaixo do volume previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), disse nesta quarta-feira Luan Richeng, presidente da Chinatex Corp.
Em um fórum da indústria, Luan informou que as processadoras de soja do país irão operar com menos de 50% da capacidade neste ano por causa das fracas margens de lucro em meio à intensa competitividade. A Chinatex é a terceira maior processadora de soja da China em termos de capacidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CBOT/SOJA-VENCIMENTOS CURTOS TÊM LEVE QUEDA,DEMANDA PREOCUPA.

Os futuros da soja terminaram sem direção comum hoje na Bolsa de Chicago, com os vencimentos mais próximos em leve queda devido ao enfraquecimento da demanda. Já os vencimentos referentes à nova safra norte-americana foram impulsionados pelos temores em relação ao clima.
As preocupações com a desaceleração da demanda, fortalecidas pelos cancelamentos de compras pela China, pesaram sobre os preços e o contrato julho caiu 1,75 centavo, ou 0,13%, para fechar a US$ 13,54 por bushel.
Mas as preocupações com as previsões de tempo úmido nos EUA, o que pode atrasar o plantio da soja, deram sustentação ao contrato novembro, que ganhou 4,75 centavos, para US$ 13,54. Apesar disso, alguns analistas afirmam que isso não deveria ser um fator de suporte para a soja, pois o clima úmido no Meio-Oeste pode prejudicar o plantio do milho e os produtores provavelmente vão optar por plantar soja na área em que não for possível semear o cereal.
Entre os produtos derivados, o contrato julho do óleo de soja subiu 15 pontos, para fechar cotado a 58,16 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo caiu US$ 1,30, a US$ 351,90 por tonelada.

MILHO FECHA EM BAIXA NO CURTO PRAZO.
Os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira sem direção comum na CBOT com desvalorização modesta no curto prazo, pressionados por realização de lucros. O contrato mais negociado, com vencimento em julho, recuou 2,50 cents ou 0,33% e terminou a US$ 7,57/bushel.
Entretanto, os últimos vencimentos registraram ganhos, com preocupações relacionadas ao clima frio e úmido que atrasa o plantio nos Estados Unidos.
Produtores precisam de condições favoráveis para semear o solo e depois colher uma ampla safra, com objetivo de reabastecer os estoques do país, atualmente baixos. Mas as previsões do tempo indicam que o excesso de umidade pode interromper o plantio no curto prazo.
"Não vamos ter nada pronto até 1º de maio neste estágio", disse o presidente da corretora Global Commodity Analytics & Consulting, Mike Zuzolo, referindo-se ao plantio.
O meteorologista agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Brad Rippey, disse que "os trabalhos no campo estão praticamente paralisados por causa do solo frio e úmido".

TRIGO VOLTA A FECHAR EM ALTA COM AMEAÇA CLIMÁTICA
Preocupações com o tempo seco
em áreas dos Estados Unidos e de outros países voltaram a puxar as cotações do trigo no mercado americano. Na Bolsa de Chicago o contrato com vencimento em julho avançou 10,25 cents ou 1,26% e fechou a US$ 8,21/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento subiu 30,25 cents ou 3,34% e terminou a US$ 9,3675/bushel.
A possibilidade de que a oferta global seja prejudicada dá suporte ao mercado neste momento. No Texas, maior Estado produtor de trigo duro de inverno dos Estados Unidos, as condições são "ruins e estão piorando", disse Mark Welch, especialista em comércio de grãos do serviço de extensão da Universidade Texas.
Welch prevê que o Texas vai produzir cerca de 838,2 mil de toneladas de trigo, quase um terço de sua colheita média. O volume é bastante inferior à previsão recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 1,646 milhões de tons. "Estamos negociando praticamente só o clima neste momento", disse o presidente da corretora Global Commodity Analytics & Consulting, Mike Zuzolo.
Participantes do mercado estão ansiosos, porque meteorologistas não esperam que chuvas aliviem a falta de umidade nas Grandes Planícies, onde o tempo é seco desde que a safra foi plantada, no outono do Hemisfério Norte.
Autoridades do governo confirmaram ontem que a condição das lavouras piorou no Kansas, tradicionalmente o maior Estado produtor de trigo no país. A China e a Europa ocidental também enfrentam clima seco.

GRÃOS/EUA: PLANTIO DE MILHO E TRIGO EVOLUI LENTAMENTE.

O plantio de milho e de trigo de primavera avançou pouco nos Estados Unidos ao longo da semana encerrada ontem, pois os produtores enfrentam dificuldades climáticas, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório semanal de acompanhamento de safra. Enquanto isso, a condição das lavouras de trigo de inverno continua ruim, confirmando a expectativa dos analistas.
Milho - O USDA informou que 7% das lavouras de milho foram cultivadas, dentro da previsão dos analistas, de 7% a 10%. O plantio está mais avançado do que na semana anterior, quando apenas 3% haviam sido cultivadas, mas segue abaixo da média de 8% para esta época do ano.
No mesmo momento do ano passado, 16% da safra havia sido plantada. Produtores não foram capazes de avançar muito no plantio durante a última semana por causa do clima frio e úmido, que interrompeu os trabalhos no Meio-Oeste, segundo um analista da Bolsa de Chicago.
O ritmo plantio começa a ficar aquém da média, um sinal de preços mais altos para a nova safra, disse o analista Mario Balletto, do Citigroup. Em Illinois, 9% do plantio foi realizado, igual à média em cinco anos, enquanto em Iowa 2% das lavouras foram semeadas, abaixo da média de 6%. Em Indiana, 2% das lavouras foram cultivadas, inferior à média em cinco anos, de 4%. Agora o mercado acompanha rigorosamente as previsões do tempo, pois as próximas duas semanas são um período crítico para o plantio de milho. Não houve progresso no cultivo nas Dakotas do Norte e do Sul, enquanto no Texas cerca de 57% das lavouras foram plantadas, abaixo da média de 63%.
Trigo - As lavouras de trigo de inverno dos Estados Unidos continuam enfrentando dificuldades nos Estados do sul das Grandes Planícies. O USDA avaliou 36% da safra como em condição boa a excelente, mesma proporção da semana passada, mas bastante abaixo dos 69% observados um ano atrás. Analistas esperavam que a safra estivesse em situação pior do que na semana passada.
Os trigais dos Estados que produzem trigo duro de inverno (HRW) nas Planícies parecem estar especialmente ruins. No Kansas, tradicionalmente o principal Estado produtor de trigo do país, 25% da safra foi avaliada como em condição boa a excelente, menos do que os 28% obtidos na semana passada, de acordo com o USDA. Em Oklahoma, a safra foi avaliada com 7% de bom a excelente, ante 11% na semana passada.
Enquanto isso, a safra de trigo brando de inverno (SRW) do Meio-Oeste permanece forte, com clima favorável. O USDA informou que 65% da safra de Illinois estava em condição boa a excelente, elevação de cinco pontos porcentuais ante a semana passada. O SRW, produzido no Meio-Oeste e no Sul, é usado para fazer massas e lanches.
O USDA relatou que 73% da safra de Ohio se encontra em condição boa a excelente, elevação de 69% na semana passada. A safra de Missouri recebeu 71% de bom a excelente, mais do que os 70% da semana passada, conforme o USDA.
Em seu primeiro relatório semanal sobre o trigo de primavera, o governo disse que 5% das lavouras foram cultivadas, abaixo da média de 12% para esta época do ano. Cerca de 18% da safra havia sido plantada um ano atrás. Na Dakota do Norte, maior Estado produtor de trigo de primavera, o plantio ainda não começou - nem em Minnesota. Em Washington, 40% dos campos foram semeados, mas a média é de 54%.

COMMODITIES/BRASIL ECODIESEL FAZ ACORDO COM GRUPO DE SOJA VANGUARDA

Depois de incorporar o Grupo Maeda à estrutura da Brasil Ecodiesel, o investidor Enrique Bañuelos anuncia agora a fusão com outra produtora de soja e algodão, a empresa Vanguarda, do empresário e político mato-grossense Otaviano Pivetta.
O negócio, feito por meio da empresa de investimentos Veremonte, integra os planos do espanhol de construir uma gigante do agronegócio brasileiro, nos moldes do que ele já fez no mercado imobiliário. O acordo envolveu R$ 600 milhões e troca de ações. Com 230 mil hectares, 150 colheitadeiras próprias e três aviões, a Vanguarda foi oferecida a Bañuelos por R$ 1,2 bilhão.
Sem ter como adquirir 100% da companhia, com atuação em Mato Grosso e no oeste da Bahia, o fundo Veremonte propôs a compra de 50% da empresa. Com isso, a Vanguarda passou a ter dois acionistas - o fundo e o fundador Otaviano Pivetta. Por fim, os dois entraram em acordo para que todas as ações da empresa fossem incorporadas à Brasil Ecodiesel.
O negócio tornou Pivetta o principal acionista da produtora de biodiesel, com 30% de participação. Natural do Rio Grande do Sul, ele começou a plantar soja no cerrado no início da década de 80. Desde os 37 anos, tocou a empresa em paralelo com a carreira política: foi prefeito de Lucas do Rio Verde por duas vezes, deputado estadual e, no ano passado, candidatou-se a vice-governador de Mato Grosso na chapa do empresário Mauro Mendes, que acabou derrotado nas urnas. Após a fusão, a Veremonte passa a ter 22% da Brasil Ecodiesel e o Grupo Maeda, 15%. Ainda assim, a companhia continua sendo uma "corporation" - ou seja, sem controlador.
A fusão com a Vanguarda faz parte da mesma estratégia que levou a Brasil Ecodiesel a incorporar o Grupo Maeda em dezembro do ano passado. "Até então, a Brasil Ecodiesel estava espremida entre dois mundos complicados: dependia das commodities e da Petrobrás (que é quem compra o combustível por meio de leilão)", explica o CEO da Veremonte do Brasil, Marcelo Paracchini.
Com o negócio, a companhia deixa definitivamente de ser apenas uma produtora de energia renovável e passa a atuar também nos segmentos de commodities agrícolas e alimentos. "Faz todo o sentido para a gente, num momento em que a soja deve ter alta de mais de 30% este ano e o algodão está com o preço mais alto dos últimos 140 anos." Com a Vanguarda, o valor de mercado da Brasil Ecodiesel passa de R$ 960 milhões para R$ 2,1 bilhões, com 330 mil hectares plantados. "É um negócio ainda maior que o firmado com a Maeda porque, além de ter uma área maior, a empresa tem equipamentos próprios", diz Paracchini.
O CEO diz acreditar que a operação seja concluída dentro de 40 dias, incluindo realização de auditorias e aprovação na assembleia de acionistas. Dois comitês foram instaurados para tratar da negociação com os minoritários, que somam mais de 25 mil acionistas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

SOJA ACOMPANHA TRIGO E FECHA EM ALTA

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na bolsa de Chicago, sustentados pelo fortalecimento do trigo. A oleaginosa ignorou os efeitos do recuo nos mercados acionários norte-americanos, da alta do dólar e da fraqueza no setor de energia. O contrato maio subiu 12,50 centavos, para fechar a 13,4425 por bushel, enquanto o julho ganhou 12,50 centavos, a US$ 13,5575.
Traders também adicionaram um prêmio à soja devido às questões climáticas, apesar da ideia de que o atraso no plantio do milho pode levar a uma área maior de soja, de acordo com nota divulgada pelo Doane Advisory Service Market. Os participantes do mercado explicaram ainda que o atraso provocado pelo clima desfavorável na finalização da colheita na América do Sul também deu sustentação.
Entre os produtos derivados, o contrato julho do óleo de soja subiu 56 pontos, para fechar a 58,01 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 2,70, cotado a US$ 353,20 por tonelada.

TERRA/AGRONEGÓCIO: LIMITAÇÃO BARROU ENTRADA DE US$ 15 BI.

Pelo menos US$ 15 bilhões teriam deixado de entrar no Brasil desde agosto do ano passado, quando a Advocacia Geral da União (AGU) emitiu parecer restringindo a venda de terras a empresas estrangeiras. A avaliação, ainda preliminar, foi divulgada hoje em um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócios (ABMR&A) às consultorias MBAgro e Agroconsult. Para os autores do estudo, a aquisição de terras por estrangeiros no País não afeta a soberania nacional e sua restrição vai prejudicar a velocidade do crescimento do agronegócio no ritmo exigido pela crescente demanda mundial por alimentos.
"O Brasil sempre dependeu de capital externo. Restringir a compra de terras agora implica reduzir a velocidade do crescimento do agronegócio nos próximos anos, já que a restrição imposta pela AGU traz dificuldades de captação de recursos", diz André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult. "A consequência de o Brasil ter esse crescimento mais lento é o aumento dos preços internacionais. Além disso, tira a oportunidade de desenvolvimento social de locais mais pobres que não têm outra alternativa." Na avaliação de Pessôa, a restrição brasileira passa um "recado muito ruim" para o mundo, já que em rodadas internacionais de negócios o País defende abertura dos mercados.
A participação do capital internacional, destaca o estudo, não se restringe apenas à aquisição direta das terras. Se estende ao financiamento da produção, seja por meio dos bancos estrangeiros que concedem créditos; das tradings que antecipam recursos para pagamento após a colheita; e das multinacionais fabricantes de fertilizantes e defensivos, que realizam operações de trocas de insumos por produtos.
Segundo Pessôa, o Brasil precisaria nos próximos 10 anos de R$ 93,5 bilhões em investimentos para atender a demanda mundial por grãos, considerando uma situação de estoques no mesmo nível de hoje, para evitar pressão adicional sobre os preços. Metade desse investimento seria de capital estrangeiro, diz o analista. Desse total, os setores de grãos e algodão precisariam de R$ 31,2 bilhões (R$ 13,6 bi para compra de terras e R$ 17,6 bi para formação de lavouras e infraestrutura). Já a área de cana tem uma demanda de R$ 43,8 bilhões (R$ 24,5 para aquisição de terras e R$ 19,2 bilhões para formação de lavouras e infraestrutura) e a de florestas outros R$ 18,5 bilhões (R$ 7,9 bilhões para terras e R$ 10,6 bilhões para infraestrutura).
Isso tudo para uma expansão na próxima década de 5,5 milhões de hectares em grãos e algodão, 3,1 milhões de hectares em cana e 2,6 milhões de hectares em reflorestamentos. A título de comparação, o analista lembra que na década de 80 o Brasil tinha 34 milhões de hectares plantados com grãos, área que cresceu pouco menos de 5 milhões de hectares em 30 anos, atingindo 38,9 milhões de hectares em 2010.
"Para mim essa evolução nos últimos 30 anos é uma demonstração de que o capital nacional não resolveu o problema. Portanto, o Brasil não pode prescindir de receber esse capital externo", completou Pessôa.
Cana - Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), disse que o setor sucroalcooleiro foi bastante afetado pela crise econômica de 2008, e que parte da consolidação após esse momento se deu graças a capital estrangeiro, como a criação da joint venture entre Cosan e a Shell, a aquisição da Equipav e da Vale do Ivaí pela indiana Shree Renuka e a compra da Santa Elisa Vale pela Louis Dreyfus. "Isso foi muito saudável para o processo de reestruturação do setor. Mas agora esse parecer pode afetar a área de arrendamento de terras, que é tão importante para o setor de cana", disse o executivo.
Em relação à soberania brasileira, um dos pontos levantados pelo governo, Pessôa diz não ver nenhuma ameaça proveniente dos investimentos estrangeiros em terras no Brasil. "A terra, se bem explorada, é um ativo sustentável e renovável, e é imóvel. Não dá para levar embora. Então vai gerar desenvolvimento aqui. E a própria produção será brasileira, regida pelas leis daqui", completou Pessôa.  "Como consultores, nossa visão é que em nenhum momento o investimento do capital externo no ativo terra seria um problema nos aspectos trabalhistas, judiciais e da própria propriedade da terra. Eles serão obrigados a seguir a legislação. Só haveria problema se existisse uma regra para brasileiro e outra para estrangeiro."
A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio colocará o estudo para avaliação das entidades afiliadas. Nos próximos encontros, definirá os passos seguintes, inclusive o que será levado para o governo.

GRÃOS FECHAM EM ALTA PUXADA POR CLIMA DESFAVORÁVEL NOS EUA.

As cotações do milho subiram hoje na Bolsa de Chicago puxadas por preocupações com o clima desfavorável para o plantio em áreas dos Estados Unidos. Os contratos com vencimento em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 10,0 cents ou 1,33% e terminaram a US$ 7,5950/bushel.
Segundo a companhia de análises climáticas MDA EarthSat Weather, o plantio de milho vai continuar "muito lento" por causa o clima frio e úmido no Meio-Oeste e no norte das Grandes Planícies nesta semana.
O relatório de acompanhamento de safra que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará na próxima segunda-feira deve confirmar a expectativa de que o plantio não avançará muito nesta semana, preveem traders. O relatório de hoje, que saiu às 17h de Brasília, mostrou 7% das lavouras foram cultivadas, ante 3% na semana passada e 16% em 2010, segundo traders, a expectativa da divugação era ao redor de 6% a 10% .

TRIGO FECHA EM ALTA DE 4% COM CLIMA SECO.
Os preços futuros do trigo subiram com força nesta segunda-feira no mercado americano, diante de preocupações com o clima seco que pode reduzir a produção global. Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em julho avançaram 30,75 cents ou 3,94% e fecharam a US$ 8,1075/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento subiu 30,50 cents ou 3,48% e fechou a US$ 9,0650/bushel.
O que puxou a alta das cotações foi a previsão de que a estiagem permanecerá em importantes regiões produtoras dos Estados Unidos, da China e da Europa. Traders estão avaliando as condições das safras do Hemisfério Norte, depois que o clima afetou a produção global no ano passado. Os futuros do trigo dispararam no ano passado, quando a Rússia proibiu a exportação de grãos por causa da seca severa. Em fevereiro, alcançaram máximas em dois anos e meio, com forte demanda. Desde então, os preços recuaram 13%.
"Quando você tem essas preocupações globais surgindo, é certo que haverá um reação", disse o presidente da corretora Central States Commodities, Jason Britt. O cenário para o trigo duro de inverno cultivado nas Grandes Planícies, como nos Estados de Kansas e Oklahoma, é desfavorável, pois as lavouras encontram dificuldades com o tempo seco desde o plantio, no outono. O HRW é usado para fazer pão e será colhido no fim da primavera e no início do verão.
A expectativa é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziria sua avaliação para as condições do trigo, no relatório de acompanhamento de safra. Uma semana atrás, o governo elevou a porcentagem considera "ruim a muito ruim" em quatro pontos porcentuais, para 36%, ante 6% um ano antes.
Além da estiagem, há "possibilidade de danos causados por geadas na safra HRW no último fim de semana, por causa das baixas temperaturas", de acordo com a corretora Doane Advisory Services. A empresa de análises climáticas Telvent DTN disse que o tempo deve ficar mais seco nesta semana, do sudoeste do Kansas e do Colorado até o oeste de Oklahoma e do Texas.
Na China, o trigo "vai precisar ser suprido com irrigação para evitar estresse significativo", depois que as chuvas não chegaram a áreas esperadas durante o fim de semana, observou o meteorologista Joel Burgio, da Telvent DTN.

GLENCORE VALE ATÉ US$ 70 BI.

A companhia suíça de commodities Glencore International é avaliada em até US$ 69,9 bilhões e a previsão é de que o lucro líquido atribuível aos acionistas mais do que quadruplique neste ano, de acordo com análise do Bank of America Merrill Lynch divulgada hoje entre investidores. O banco avalia os ativos companhia entre US$ 52,4 bilhões e US$ 69,9 bilhões, com base numa soma do valor básico de seus departamentos ao patrimônio líquido.
Os dados excluíram rendimentos de US$ 6,8 bilhões a US$ 8,8 bilhões que a Glencore espera levantar por meio de uma dupla listagem de ações em Londres e Hong Kong. A companhia planeja obter de US$ 9 bilhões a US$ 11 bilhões listando de 15% a 20% de seu capital social, incluindo US$ 2,2 bilhões por meio de uma oferta secundária de ações existentes.
A avaliação da Glencore se tornou difícil para os analistas porque a empresa é uma combinação de comerciante, produtora e investidora em commodities - como evidenciado em suas participações de 34,5% na mineradora anglo-suíça Xstrata e de 8,8% na produtora russa de alumínio United Company Rusal.
"Embora pensemos que a Glencore deva ser comparada principalmente a grandes companhias mineradoras globais (dada a importância dos ativos de produção no seu valor), os negócios com comercialização diferenciam a Glencore de outras mineradoras", diz o relatório do BofA Merrill Lynch. "Diferentemente de mineradoras 'típicas', que geralmente vendem a preços FOB (Free on Board) no mercado à vista, a Glencore busca extrair valor ao longo de toda a cadeia de abastecimento para o consumidor final."
O banco espera que a Glencore produza lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 5,39 bilhões em 2011, mais de quatro vezes superior aos US$ 1,29 bilhão registrados em 2010. Estima-se que a receita aumentará quase 35%, para US$ 195,5 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização deve crescer 73% neste ano, para US$ 10,7 bilhões, e mais do que dobrar num período de dois anos.

SOMAR: TEMPO DEVE CONTINUAR SECO E QUENTE NAS ÁREAS COM MILHO

Uma massa de ar tropical mantém o tempo seco e quente no Sudeste e no Centro-Oeste, o que deve favorecer o corte e moagem da cana-de-açúcar de forma mais continuada em São Paulo. Segundo avaliação da Somar Meteorologia, a expectativa de tempo seco na da segunda quinzena de abril em Mato Grosso e Goiás preocupa os produtores de milho, especialmente em relação às lavouras plantadas fora de época (tardiamente).
"A semana deve ser com temperaturas elevadas (abafado) nas áreas de milho", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Indicativo de frio apenas para o fim do mês, quando há previsão do avanço de uma massa de ar frio, que deve provocar acentuado declínio da temperatura no Rio Grande do Sul. "Por enquanto, não há previsão de formação de geadas nas áreas do milho safrinha", acrescenta.
Bloqueio atmosférico mantém as frentes frias sobre o Sul do Brasil, com os maiores volumes de chuva no Rio Grande do Sul. Segundo a Somar, a previsão é de apenas chuvas fracas nas áreas de milho safrinha do sul de Mato Grosso do Sul e oeste do Paraná.
No Nordeste do Brasil, as águas devem continuar concentradas no norte da região, beneficiando diretamente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Já no interior da região, as chuvas continuam muito irregulares e mal distribuídas. A faixa leste da Região Nordeste também deve ter chuva, incluindo o litoral de Alagoas e Sergipe e região do Recôncavo Baiano, que ainda sofrem os efeitos de uma longa estiagem, em virtude das chuvas irregulares e fracas ao longo de todo o verão.
A semana
A Somar informa que a semana foi de chuva no Sul do País, especialmente no Rio Grande do Sul. Alguns episódios no meio da semana favoreceram as lavouras de milho safrinha do sul de Mato Grosso do Sul, oeste do Paraná e oeste de São Paulo. A redução do volume de água em abril favorece início do corte e moagem da cana-de-açúcar em São Paulo e em Minas Gerais.
Em contrapartida, a falta de água no Sudeste e no Centro-Oeste já preocupa os produtores de milho safrinha. Maiores volumes ficaram concentrados na Região Norte. Na Região Nordeste, as chuvas se concentraram nas áreas litorâneas. "Inclusive voltou a chover no leste da Bahia e no Recôncavo Baiano", comenta Etchichury. No sertão da Bahia, Pernambuco, Paraíba e sul do Piauí a semana foi de predomínio de sol e apenas chuvas isoladas.
Estados Unidos
A passagem de uma frente fria provocou chuvas na semana passada sobre o Meio-Oeste americano, que mesmo não sendo grandes volumes, contribuiu para manter o solo com excesso de umidade. As temperaturas se mantêm baixas e retardam ainda mais a secagem do solo. Nos principais Estados produtores de milho e soja (Iowa, Illinois, Indiana e Ohio), a temperatura oscilou próxima de zero no fim de semana.
"Os índices de umidade do solo se mantêm elevados e com excesso de umidade nas principais regiões produtoras", diz Etchichury. Segundo a Somar, a semana começa com temperaturas baixas e com chuvas na parte mais a leste do Estados Unidos.
A Somar prevê que uma nova frente fria entre quinta e sexta-feira deve voltar a causar chuvas no Meio-Oeste, dificultando o plantio da lavoura de milho. Projeção indica que até o fim do mês de abril dificilmente o tempo mudará a ponto de assegurar condições ideais de plantio sobre o Meio-Oeste americano.

MATO GROSSO-INVASÃO ESTRANGEIRA PREOCUPA AGRONEGÓCIO.

As recentes notícias sobre os investimentos dos chineses na compra de terras para produção de grãos na região dos cerrados do Brasil reacendeu as preocupações das lideranças do agronegócio em relação à invasão do capital estrangeiro. O assunto mereceu destaque na edição de ontem do Diário de Cuiabá, que alertou para a crescente participação de grupos e fundos estrangeiros no processo de concentração de terras no Estado.
Segundo a reportagem, os dados oficiais mostram que 850 mil hectares de terras são ocupados por investidores estrangeiros, o que representa 13,5% da área cultivada com soja no Estado. Os estrangeiros, junto com os grandes grupos comandados por produtores rurais, responde por 20% da produção de soja em Mato Grosso. Esta conta inclui as áreas arrendadas de agricultores médios que, em virtude da inadimplência, têm dificuldades para acessar o crédito, tanto nos bancos, como em tradings e revendas de insumos.
O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, argumenta que o capital externo é bem-vindo, mas a concentração de áreas nas mãos de estrangeiros não é boa para Mato Grosso, pois a soberania pode estar em jogo. Na opinião do dirigente, o aumento da concentração reflete a falta de uma política agrícola capaz de estimular o investidor local.
Prado levou sua preocupação ao governador Silval Barbosa (PMDB), que por sua vez discutiu o assunto em sua primeira audiência com a presidente Dilma Rousseff, realizada no mês passado. Os produtores querem aproveitar este debate para reabrir as discussões em torno da renegociação das dívidas agrícolas, principalmente às relativas às compras de máquinas agrícolas em 2004, que hoje se tornaram impagáveis.
No início deste mês a Comissão de Agricultura da Câmara aprovou a proposta do senador Jayme Campos (DEM/MT) de criação da Agência Reguladora Territorial Rural (ARTR), que ficaria subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na justificativa do projeto de lei, que foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça, o senador argumenta que "é flagrante e geral a percepção de que a fertilidade de nossas terras virou alvo da cobiça internacional". Ele diz que a própria preservação do bioma amazônico "passa, necessariamente, por um controle mais rígido e criterioso na transferência de propriedades rurais para empresas e conglomerados estrangeiros". Na opinião do senador, é urgente que se estabeleça um marco regulatório para transações imobiliárias rurais, ,"sobretudo ao levarmos em conta que tal atividade há muito deixou de ser um negócio de roceiros do interior e passou a ser um setor estratégico para o desenvolvimento e o equilíbrio do País".
Um dos críticos da invasão estrangeira é o deputado federal Neri Geller (PP/MT), produtor rural de Lucas do Rio Verde. Na semana passada, durante um seminário promovido pela Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), para defender sua tese, o deputado lembrou a saga dos "gaúchos" que desbravaram o norte de Mato Grosso. Nascido em Selbach (RS), Neri Geller contou que chegou ao Estado ainda "guri, com 15 anos, em 1984, para morar num assentamento, com os pais, embaixo de lona de plástico. Ele narrou que a família "sofreu nas décadas de 80 e 90. Depois, entre 2003 e 2004, trabalhamos com crédito caro, acreditando no governo. A gente plantava a soja a um custo de R$ 25 a saca e vendia por R$ 17". Por isso, diz ele, pequenos e médios ficaram endividados. "Aí, aparecem investidores e fundos de investimentos estrangeiros para comprar barato uma vida de trabalho. Não vamos permitir, nem para americano, nem para chinês". Por isso ele defende a renegociação das dívidas, como forma de evitar que esses produtores vendam suas terras aos estrangeiros.

Venilson Ferreira, correspondente

CBOT/PERSPECTIVA: MILHO PODE TER PRESSÃO APÓS RECORDE DE ALTA.

Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago devem iniciar a semana pressionados, depois de terem atingido um preço recorde, o que pode ter reduzido a demanda interna para os vencimentos mais próximos. Já a soja volta suas atenções para a China, depois de o maior consumidor mundial ter retornado timidamente às compras.
Após atingir nível de preço recorde de US$ 7,8375 por bushel na segunda-feira (11), o mercado de milho foi pressionado ao longo da semana por realização de lucros e por preocupações com a demanda. Na sexta-feira, o contrato maio cedeu 12,25 centavos, ou 1,62%, para US$ 7,42 por bushel. Durante a sessão, atingiu o menor nível em suas semanas, a US$ 7,3950 por bushel.
"Esperamos um pouco de pressão, principalmente para os vencimentos mais próximos, porque os preços chegaram a níveis altos e tiraram um pouco do interesse da demanda no mercado interno. Não diria que chegou a racionar a demanda, porque ela ainda é muito grande, mas reduziu um pouco", avaliou Vinicius Ito, da corretora Newedge.
A soja por sua vez teve um dia marcado pela volatilidade na sexta-feira, e o contrato maio subiu 0,75 centavo, ou 0,06%, para fechar a US$ 13,3175 por bushel. A China chama a atenção porque ao mesmo tempo em que dá sinais de que poderia tomar medidas para combater a inflação, o que enfraqueceria ainda mais as aquisições nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou a venda de 165 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega durante o ano comercial 2011/12, que começará em 1o de setembro. "Depois de duas semanas sem fazer nada, finalmente os chineses voltaram às compras. Isso pode querer dizer que o mercado caiu o suficiente para atraí-los novamente. Então todo mundo vai ficar de olho na tela para saber se a China compra mais ou cancela mais", disse Ito, explicando que o governo chinês teria proposto às esmagadoras vender a elas a soja dos estoques internos com desconto em relação ao preço no exterior, em troca de elas não elevarem o valor dos produtos, principalmente óleo, no mercado interno.
Os preços do trigo devem ganhar sustentação porque ainda há preocupações em relação ao tempo seco nas Planícies, segundo Ito, embora haja previsões de chuvas em algumas áreas. Na última sessão os preços terminaram em alta, com a percepção de que aumentará o consumo de trigo para ração, diante do fato de que pela primeira vez em 15 anos os futuros do milho oscilaram acima dos de trigo. Os lotes para entrega em maio subiram 3,75 centavos, ou 0,51%, para US$ 7,4425 por bushel. "O trigo está com problemas no cinturão produtos e temos uma qualidade muito ruim, por causa do clima que ficou mais seco. Dos três grãos, ele é o que menos tem potencial de cair muito devido à possibilidade de perda de produtividade", disse o analista.

SOJA: CHINA PODE IMPORTAR 53 MI T EM 2010/11.

A China provavelmente importará 53 milhões de toneladas de soja neste ano-safra, informou o Rabobank nesta segunda-feira. A estimativa do banco fica 7% abaixo do previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mas ainda representa um volume de importação recorde na temporada 2010/11 e ultrapassa em 5% as 50,33 milhões de toneladas registradas em 2009/10.
A projeção - 4 milhões de toneladas abaixo da quantia estimada pelo USDA - reflete a desaceleração da demanda chinesa por importações, segundo o Rabobank. "Conforme as margens de lucro de processamento ficaram negativas nas últimas semanas e amplos estoques de soja persistem nos portos do país, a expectativa sobre as importações totais da temporada foi revisada para baixo", disse a equipe de analistas do banco, liderada pelo diretor global, Luke Chandler.
O teto estipulado pelo governo chinês para os preços do óleo de soja nos últimos cinco meses desencoraja as atividades de processamentos, já que enfraquece as margens de lucro. Pequim pediu que os principais produtores de óleos comestíveis não elevem os preços por um período indeterminado, enquanto o país enfrenta os maiores níveis de inflação em três anos.
A China importou 10,96 milhões de toneladas de soja no primeiro trimestre, queda de 0,7% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Em meio à alta global dos preços da soja, o contrato mais ativo na Bolsa de Commodities de Dalian só avançou marginalmente até agora neste ano, subindo 13 yuans desde 4 de janeiro para fechar cotado a 4.548 yuans por tonelada (6,529 yuans = US$ 1).
O Rabobank observou que o apertado nível das reservas de muitos produtos agrícolas devem manter os preços sustentados até o terceiro trimestre do ano, quando as novas ofertas do Hemisfério Norte estão mais garantidas.

SOJA SE RECUPERA APÓS 4 SESSÕES DE QUEDA - Os futuros da soja encerraram com ganhos moderados na Bolsa de Commodities de Dalian, após caírem por quatro sessões consecutivas, conforme traders chegaram à conclusão de que o mercado estava com um excesso de posições vendidas na semana passada.
O contrato janeiro, o mais negociado, terminou com alta de 1 yuan nesta segunda-feira, a 4.548 yuans por tonelada, mesmo após o banco central chinês ter elevado o compulsório bancário no domingo. "É uma recuperação normal", afirmou Zhao Yan, analista da Everbright Futures Co, acrescentando que investidores foram às compras, após os preços terem recuado em torno de 2% na última semana. Contudo, os riscos de baixa para os futuros da soja devem impedir a recuperação de ganhar força, apesar da redução da área de plantio na China.
Os rígidos mecanismos de controles de Pequim sobre os preços e os leilões regulares das reservas de óleos vegetais mantêm o mercado físico extremamente parado, segundo analistas.
Enquanto isso, um escândalo envolvendo aditivos ilegais na ração animal de suínos reduziu o consumo, consequentemente, diminuiu a demanda por farelo de soja.
Entre outras notícias, o governo chinês leiloará 300 mil toneladas de soja das reservas amanhã. Pequim pode vender quase 3 milhões de toneladas por 3.500 yuans por tonelada, ou 8% abaixo do valor de mercado, para várias processadoras grandes que estão tendo prejuízos devido aos controles de preço do governo, de acordo com traders.

CHINA: PBOC ELEVA COMPULSÓRIO BANCÁRIO PELA QUARTA VEZ NESTE ANO
A China anunciou ontem, domingo, um aumento na parcela que os bancos devem manter como reserva. A elevação do chamado compulsório bancário ocorreu pela quarta vez neste ano no país, em mais um passo na batalha contra a inflação, após dados mostrarem que os preços aos consumidores tiveram o maior aumento em quase três anos em março.
O Banco do Povo da China (PBOC) elevou o compulsório em 0,50%. A medida entra em vigor na quinta-feira. "Pequim não esperou muito para responder ao forte número da inflação da sexta-feira", notou o economista Brian Jackson, do Royal Bank of Canada, em nota. "A medida sugere outro aumento nas taxas de juros a caminho para breve", avaliou.
A medida é tomada semanas após a última elevação na taxa de juros. Na sexta-feira, foi revelado que o índice de preços ao consumidor subiu 5,4% em março no país, a maior alta desde julho de 2008.
Um economista do UBS, Wang Tao, disse que uma grande quantidade de investimento estrangeiro no primeiro trimestre gerou mais liquidez, elevando a pressão para que o PBOC tomasse essa medida.
As reservas estrangeiras da China saltaram em US$ 197,4 bilhões no primeiro trimestre, chegando a US$ 3,0447 trilhões. Economistas dizem que isso é um provável sinal de grandes influxos de capital especulativo, buscando retornos com a valorização do yuan.
O presidente do PBOC, Zhou Xiaochuan, disse em entrevista à agência estatal Xinhua no domingo que a política monetária seguirá "apropriadamente restrita" por algum tempo. A entrevista foi divulgada no site da agência estatal pouco antes do anúncio da elevação.
Ao forçar os bancos a terem mais depósitos em reserva, o PBOC deve enxugar 370 bilhões de yuans (US$ 56,6 bilhões) em liquidez, segundo cálculos da Dow Jones baseados em dados do banco central sobre depósitos no final de fevereiro.

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