sexta-feira, 4 de março de 2011

IMEA/MT-SOJA : COLHEITA ACÍMA DO NÍVEL PADRÃO DE UMIDADE.

As chuvas dos últimos dias prejudicaram a evolução da colheita de soja e o plantio de milho em Mato Grosso. O problema é mais grave na região oeste, onde as chuvas não dão trégua. Como a lavoura está em ponto de colheita e corre o risco de apodrecer no campo, os produtores estão colhendo a soja com até 38% umidade, nível bem acima do ponto máximo recomendado de 20%. O excesso de umidade é descontado pelos compradores no recebimento da mercadoria. No caso do milho, existem produtores que devem atrasar o plantio em até um mês.
O problema é mais grave na região oeste de Mato Grosso, onde a colheita da soja nesta semana atingiu 40% dos 930,2 mil hectares cultivados, ritmo bem abaixo dos 63,5% registrados no ano passado. No município de Sapezal (distante 480 km de Cuiabá) as perdas registradas até agora por conta do excesso de umidade e grãos ardidos varia de 10% a 15%, segundo o presidente do sindicato rural do município, Írio Dal'Maso.
O diretor superintende do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, diz que o problema do excesso de umidade e grãos ardidos ainda não é generalizado e que o impacto deve ser avaliado até o final da colheita. Por isso, diz ele, o Imea resolveu a adiar a divulgação de uma nova estimativa de safra, que iria corrigir para cima as previsões anteriores, por conta bom rendimento observado no início da colheita, pois muitos produtores estavam colhendo até duas sacas a mais por hectare em relação ao ano passado. Celidônio acredita que a produção deve se manter na faixa de 19,2 milhões estimadas em fevereiro, pois a maior produtividade em algumas regiões deve compensar as perdas provocadas pelo excesso de chuvas. O Imea divulgou hoje uma nova estimativa sobre a evolução a colheita da soja. Até ontem foram colhidos 2,482 milhões de hectares, que representam 38,7% dos 6,413 milhões de hectares estimados pelo Imea. A colheita está 23,4 % atrasada em relação a igual período do ano passado, quando havia atingido 3,796 milhões de hectares, que correspondia a 62% dos 6,122 milhões de hectares plantados na safra 2009/10.
A região oeste registra o maior índice de perdas pelo excesso de umidade, mas a colheita está mais atrasa no médio-norte, que representa 40% da área de soja em Mato Grosso. Os produtores do médio-norte colheram até ontem 1,114 milhão de hectares, que corresponde a 43,4% dos 2,571 milhões de hectares cultivados. No mesmo período do ano passado a colheita no médio norte estava em 76,6% dos 2,441 milhões de hectares cultivados. Em termos absolutos, ainda restam 1,457 milhão de hectares para serem colhidos no médio-norte. Em Sorriso, maior produtor de soja de Mato Grosso, com 600 mil hectares cultivados, a colheita atingiu 48% da área, ante 90% em igual período do ano passado.

SOJA: EVOLUÇÃO DA COLHEITA EM MT (em mil hectares)
REGIÕES          ÁREA     04/mar/10   03/mar/11 DIFERENÇA
Noroeste         261,246     40%           43,40%       -3,0% p.p.
Norte                39,068     40%           46,10%      -22,3% p.p.
Nordeste         694,224     30%           25,00%         0,7% p.p.
Médio-norte 2.571,476     40%           43,30%      -33,1% p.p.
Oeste              930,263      50%           40,00%      -23,5% p.p.
Centro-sul       413,150      40%           30,80%      -19,6% p.p.
Sudeste        1.504,458      90%          37,50%       -21,4% p.p.
Total             6.413,562     10%           38,70%       -23,4% p.p.
Fonte: Imea

Milho - A demora na colheita da soja, que também se deve ao atraso no plantio registrado no final do ano passado, por conta falta de chuvas, está dificultando a semeadura do milho, que é cultivado na sequência da oleaginosa. Segundo o Imea, até ontem foram semeados 72,5% dos 1,811 milhão de hectares estimados. O atraso é de 23,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 96,1% da área já estava semeada. A região oeste registra um atraso de 46,3%. Até agora foram semeados 51% dos 288,1 mil hectares estimados, enquanto no início de fevereiro do ano passado 97,3% da área já estava semeada.
Otavio Celidonio acredita que mesmo com o fim da janela de plantio, que se encerrou no final de fevereiro, os produtores devem continuar plantando e a área deve atingir os 1,811 milhão de hectares estimados pelo Imea. Segundo ele, por conta  do atraso do plantio da soja no ano passado o Imea foi conservador na sua estimativa de área de milho. O problema, diz ele,é o risco que os agricultores irão correr, pois nos últimos dois anos quem plantou a partir de março teve problemas de produtividade. Írio Dal'Maso explica que o produtor que comprou a semente e os insumos não terá outra alternativa a não ser plantar.

MILHO: EVOLUÇÃO DO PLANTIO DA SAFRINHA (em mil hectares)
REGIÕES         ÁREA  04/mar/10  03/mar/11  DIFERENÇA
Noroeste         60,4      95,10%      82,10%       -13,0% p.p.
Norte              13,6     100,00%      71,60%       -28,4% p.p.
Nordeste        73,0       93,50%      98,00%          4,5% p.p.
Médio-norte 868,5       97,40%      81,00%       -16,4% p.p.
Oeste           288,1       97,30%      51,00%       -46,3% p.p.
Centro-sul    107,0       94,50%      63,00%       -31,5% p.p.
Sudeste        400,5      93,80%       65,80%       -28,0% p.p.
Total          1.811,1      96,10%       72,50%       -23,6% p.p.
Fonte: Imea

SOJA: PRODUTORES CONCENTRAM-SE NA COLHEITA.

Os produtores de soja estão concentrados na colheita da oleaginosa e as negociações no mercado interno ainda são lentas uma vez que os trabalhos estão atrasados devido às chuvas, de acordo com corretores consultados pela Agência Estado. Ainda assim foram negociados alguns lotes em Goiás hoje, entre R$ 42,50 e R$ 44 a saca.
Segundo Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios em Rio Verde (GO), quando as cotações em Chicago recuaram para menos de US$ 13,50 por bushel na semana passada, praticamente não houve negociações. Agora, com a alta na bolsa de Chicago - hoje o contrato maio fechou a US$ 14,14 - as negociações foram retomadas e os preços chegaram a R$ 44 nos momentos de maiores altas nas cotações internacionais.
Além disso, hoje foram negociadas 12.600 toneladas de soja para 2012, a US$ 24 a saca, como operação de fixação para hedge com entrega em 30 de março do ano que vem, segundo Fernandes. No carnaval, segundo ele, a atenção irá se voltar para a colheita, apesar de a previsão ser de chuvas nos próximos quatro dias.
Em Ponta Grossa, no Paraná, a indicação de preços foi de R$ 49 a saca, mas segundo Adriano Carneiro dos Santos, da Trigo Branco, o vendedor manteve-se bastante retraído ainda em busca de R$ 50. Segundo ele, a queda do dólar hoje prejudicou as negociações, apesar da alta em Chicago, além de o foco estar na colheita. "Os produtores devem colher bem no final de semana, pois a previsão é de sol. No carnaval não vão parar e deixam para compensar depois da safra", disse ele, destacando ainda que o valor do frete vêm subindo a cada dia e em Ponta Grossa já está em R$ 43 a tonelada, contra R$ 25 há duas semanas.

GRÃOS: INFORMA ESTIMA SAFRA RECORDE NO BRASIL.

A empresa de análises privadas Informa Economics estima que a safra de soja do Brasil será recorde, somando 71,4 milhões de toneladas. A projeção foi elevada em 2,1 milhões de toneladas na comparação com a leitura feita em fevereiro. A expectativa da Informa supera a do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que prevê 68,5 milhões de toneladas. "Até o momento, o clima desta temporada vem sendo favoravelmente úmido", comentou a Informa em relatório, segundo traders. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de soja e as expectativas para a safra do País vêm amenizando preocupações com a oferta apertada.
Argentina - A Informa também elevou a estimativa para a produção da Argentina, que espera totalizar 52 milhões de toneladas. Em fevereiro a Informa estimava em 49 milhões de toneladas. A atual projeção é superior à do USDA, que prevê 49,5 milhões de toneladas de soja. A Informa manteve sua estimativa de produção de milho na Argentina em 21 milhões de toneladas, inferior à do USDA, de 22 milhões de toneladas. A colheita do país é importante para o mercado global, pois a Argentina é o segundo maior exportador mundial de milho e terceiro maior de soja.
O calor e a estiagem em importantes áreas de produção ajudaram a impulsionar os preços do milho e da soja nos Estados Unidos em dezembro. Mas chuvas estabilizaram o desenvolvimento da safra, embora analistas tenham verificado danos irreversíveis nos campos de milho.
México - A produção de milho do México foi prejudicada com danos causados por geadas em fevereiro. A Informa reduziu sua estimativa de produção no país em 700 mil toneladas e agora avalia em 23,3 milhões de toneladas. O USDA prevê 24 milhões de toneladas.

CHINA/SOJA FECHA EM LEVE ALTA INFLUENCIADA PELA CBOT

Os futuros da soja terminaram com leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, mas os ganhos foram limitados por preocupações de que a China pode apertar as políticas monetárias.
O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou com valorização de 0,5% nesta sexta-feira, a 4.549 yuans por tonelada, superando o desempenho dos vencimentos março e maio na Bolsa de Chicago que subiram 1,3% no pregão eletrônico (6,568 yuans = US$ 1).
O governo central adotou medidas para manter os preços estáveis e pode apertar as políticas monetárias neste ano, limitando os ganhos no mercado doméstico, informou a Galaxy Futures Co. em uma nota.
A China apresentará metas econômicas para 2011 e para os próximos cinco anos no sábado, quando o Congresso Nacional do Povo - parlamento chinês - inicia as reuniões anuais. Os mercados futuros e acionários do país devem ficar estáveis durante as sessões plenárias, que devem durar cerca de 10 dias.
A perspectiva de longo prazo da oleaginosa também foi beneficiada por expectativas de que os produtores podem cultivar mais milho do que soja neste ano, buscando lucros maiores.

MILHO: JAPÃO OPTA POR OFERTAS BRASILEIRAS.

O Japão comprou três carregamentos de milho para ração do Brasil, somando um total de 150 mil toneladas, para entrega em agosto, disseram executivos de embarque nesta sexta-feira. O país asiático, maior importador do grão no mundo, satisfaz boa parte de suas necessidades com ofertas dos Estados Unidos, mas o aumento dos preços norte-americanos o levou a buscar origens mais baratas.
Traders não mencionaram o preço da última aquisição, mas o milho brasileiro para embarque em agosto estava sendo oferecido ao Japão por cerca de US$ 350 a tonelada C&F, enquanto o norte-americano custava entre US$ 365 e US$ 370 a tonelada C&F.
Os grãos dos Estados Unidos para entrega em agosto estão muito caros devido ao encerramento da temporada de comercialização no país e ao aperto das ofertas, explicou um importador japonês. Embarques com saída em julho estão disponíveis por quase US$ 355 a tonelada C&F.
Traders afirmaram que o Japão pode comprar mais milho do Brasil neste ano, mas observaram que há dificuldades logísticas em providenciar grãos para um grande carregamento de 50 mil toneladas ou mais em navios do tipo Panamax. Segundo as fontes, o país asiático cobriu menos de 5% das necessidades para o intervalo de julho a setembro, e importadores esperam que os preços corrijam o movimento, após terem caído nas duas últimas semanas.
"Compradores estão mais focados em cobrir suas necessidades para o trimestre de abril a junho", revelou um executivo de uma trading global. Mais de 70% do volume necessário para o período já foi comprado, de acordo com traders.
O Brasil é o terceiro maior exportador de milho do mundo, ficando atrás de Estados Unidos e Argentina.
Na semana passada, o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou a projeção para as exportações brasileiras no ano comercial 2010/11 em um milhão de toneladas, para 11 milhões de toneladas. O conselho também aumentou a estimativa da produção do Brasil em 3,4%, para 54,5 milhões de toneladas, ainda abaixo das 56 milhões de toneladas registradas em 2009/10.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CHINA/SOJA FECHA COM FORTE ALTA COM COMPRA ESPECULATIVA.

Os futuros da soja terminaram com forte alta na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados por compras especulativas em meio à crença de que os preços podem ter atingido a mínima de um recente movimento de correção para baixo.
O contrato janeiro, o mais líquido, encerrou com valorização de 1,8% nesta quarta-feira, a 4.525 yuans por tonelada após ter oscilado em um amplo intervalo de 4.442 a 4.575 yuans por tonelada, superando o desempenho do vencimento março no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago.
O avanço dos preços e um salto do volume de negócios para 289.912 lotes, o mais alto nível até agora neste ano, são um claro sinal de que o mercado está perto do fundo do poço, afirmou Tu Xuan, analista da Shanghai JC Intelligence Co., uma influente consultoria.
Produtores plantarão mais acres com milho e menos com soja neste ano, levantando preocupações de que a produção doméstica da oleaginosa pode cair, acrescentou ela. Os futuros dos óleos comestíveis estão sendo negociados com descontos frente ao mercado à vista, o que sinaliza uma recuperação técnica em breve, de acordo com analistas. O governo chinês vendeu cerca de 873 mil toneladas de óleos comestíveis por meio de leilões desde outubro do ano passado, segundo cálculos da Dow Jones.

terça-feira, 1 de março de 2011

CBOT/GRÃOS SOBEM SUSTENTADOS POR INVESTIDORES.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje, sustentados pelas contínuas preocupações com o aperto dos estoques nos Estados Unidos no final do ano, o que reavivou o interesse de compra dos investidores.
O contrato maio, mais ativo, avançou 10,50 centavos, ou 0,8%, par fechar cotado a US$ 13,7525 por bushel. O novembro, referente à nova safra, ganhou 3,50 centavos, ou 0,3%, para US$ 13,2825.
O mercado se recuperou das perdas de ontem uma vez que os fundamentos da oleaginosa permanecem altistas no longo prazo, devido às preocupações com a capacidade de a oferta acompanhar a demanda global.
A falta de novos fundamentos deixa os preços mais suscetíveis a mercados externos, e a alta no petróleo para mais de US$ 100 o barril encoraja as compras por parte dos fundos de investimentos no início do mês, disse Bill Nelson, analista da Doane Advisory Service. O petróleo influencia os grãos e as oleaginosas porque estes são usados para a produção de biocombustíveis.
Entretanto, os futuros permanecem dentro de um limite de variação, já que as perspectivas melhores de produção para a América do Sul e a migração da demanda por exportação para o Brasil e a Argentina limitam os ganhos.
O potencial de uma ampla safra sul-americana está afastando a demanda por exportação dos EUA devido aos preços melhores, e a China, maior importador do mundo, já se volta para a região. Os futuros haviam anteriormente atingido a máxima de dois anos e meio devido às fortes compras da China em meio à ameaça de uma produção menor na Argentina por causa da estiagem. Os produtos derivados também fecharam em alta, com o suporte de novas compras especulativas.
O contrato maio do óleo de soja subiu 27 pontos, ou 0,5%, para fechar cotado a 57,60 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 1,50, ou 0,4%, para US$ 363,40 por tonelada.

MILHO/IMEA; SAFRA JÁ FOI COMERCIALIZADA 28,8%.

A comercialização antecipada de milho até a semana passada atingiu 28,8% da produção esperada para esta safra. A projeção é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e leva em conta o volume colhido no ano passado. O Imea ainda não fez nenhuma projeção sobre a produtividade e o volume que será colhido, por causa do atraso no plantio, que está 40% abaixo do ritmo registrado em igual período ano passado.
Até agora os produtores semearam 45,8% da área estimada em 1,811 milhão de hectares no terceiro levantamento de intenção de plantio do milho divulgado pelo Imea no início deste mês. Por enquanto a produtividade do milho ainda é uma incógnita, pois as chuvas vêm prejudicando o avanço do plantio em algumas regiões e quando mais tarde o cereal for semeado maior será o risco de perdas.
No ano passado, a produtividade média do milho em Mato Grosso ficou em 72 sacas por hectares, bem abaixo das 80 sacas esperadas no início do plantio e 15% inferior que o rendimento da safra anterior, quando foram colhidas 85 sacas por hectare. O cereal semeado mais tarde na safra passada sofreu com a falta de chuvas durante o período de desenvolvimento das lavouras. A produtividade considerada excepcional registrada em 2009 se deveu às boas condições climáticas, com chuvas regulares ao longo do ciclo da cultura. Para exemplificar o avanço da comercialização da safra atual, os analistas do Imea comentam que 2008 e 2009 o nível de 28% de comercialização foi atingido somente em julho. No ano passado, quando os produtores contaram com o forte apoio do governo para escoar a produção, por meio de leilões de prêmios que começaram em maio, somente em junho a comercialização do milho atingiu 26,4% das 8,207 milhões de toneladas estimadas, a partir de uma área de 2,002 milhões de hectares.
Segundo os analistas do Imea, o avanço da comercialização em plena época de plantio, "reflete não apenas a necessidade de compra de insumos, que em sua maioria foi feito na base de troca, como também a atratividade dos preços no mercado futuro de milho neste início do ano". Na semana passada, o milho foi negociado em Lucas do Rio Verde a R$ 22,50/saca, enquanto na mesma época do ano passado as propostas de compra eram de R$ 10,00. A região sudeste registra o maior porcentual de vendas antecipadas (32,6%), seguida pela região do médio-norte (29,6%) e o centro-sul (29,3%).

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CBOT/SOJA FECHA EM QUEDA POR REALIZAÇÃO DE LUCROS.

Os futuros da soja fecharam em queda hoje, pressionados pelas vendas provocadas por realização de lucros devido às boas perspectivas para a safra da América do Sul e à fraqueza da demanda por exportação.
O contrato maio, mais negociado, caiu 10,25 centavos, ou 0,7%, para fechar cotado a S$ 13,6475 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 4,75 centavos, ou 0,4%, para US$ 13,2475.
O mercado não conseguiu encontrar suporte que sustentasse os ganhos de sexta-feira, uma vez que a perspectiva de boas safras na América do Sul desviou a demanda por exportação para fora dos EUA, disse John Kleist, analista do ebottrading.com. A China está buscando a soja sul-americana, mais barata no momento em que se inicia a colheita no Brasil e as perspectivas melhoram para a Argentina.
Traders também mostraram cautela em elevar os preços em meio à recente volatilidade do mercado devido às questões geopolíticas no Oriente Médio e Norte da África, e com isso eles buscam limitar a exposição ao risco.
Entretanto, a soja mantém um panorama fundamental altista, com a projeção de estoques apertados nos EUA no final do ano e a necessidade de os preços ficarem competitivos em relação ao milho e ao algodão na disputa por área de plantio para 2011/12 no país.
Os produtos derivados também terminaram em baixa devido à realização de lucros. Os futuros do óleo de soja sofreram ainda pressão da fraqueza durante a noite nos mercados mundiais de óleos vegetais, e o contrato maio caiu 25 pontos, ou 0,4%, para fechar a 57,33 centavos por libra-peso. O maio do farelo perdeu US$ 2,80, ou 0,8%, cotado a US$ 361,90 por tonelada.

MILHO FECHA VALORIZADO POR DEMANDA,
As cotações do milho subiram hoje na Bolsa de Chicago numa recuperação após perdas observadas no do dia. A forte demanda nas mínimas puxou as cotações. Os lotes mais negociados, para entrega em maio, fecharam com valorização de 9,0 cents ou 1,25%, cotados a US$ 7,31/bushel.
Depois de recuar durante a maior parte da semana passada, o mercado demonstrou nos últimos dois dias que os compradores estão entrando nas quebras de preço, segundo analistas. Consumidores finais tentam garantir a oferta e os especuladores estão confiantes de que o mercado ainda tem potencial para avançar.
O primeiro vencimento está superando os outros, conforme observaram analistas. O contrato dezembro, que representa a nova safra, fechou a US$ 6,0675/bushel, bastante abaixo do contrato março, que terminou a US$ 7,2250/bushel.
"Com o spread altista funcionando, isso mostra que este ainda é um mercado conduzido pela demanda", disse o analista Jason Roose, da corretora U.S. Commodities. Roose acrescentou que continuam as incertezas sobre os danos na safra do México, o que dá suporte às cotações.
Enquanto isso, os preços do milho continuam à frente da soja, de acordo com o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services. Ele disse que isso pode levar a uma área de milho maior, com redução da área da soja, nos Estados Unidos. Analistas comentaram, ainda, que o mercado de milho estreitou o spread com relação ao trigo, o que pode estimular que os produtores de rações usem trigo em vez de milho.
Traders ainda estão assimilando as projeções que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou em seu fórum anual. O USDA reafirmou que a área plantada com milho pode totalizar 92 milhões de acres.

SOJA/CÉLERES: COLHEITA SEGUE ATRASADA NO PAÍS E ATINGE 19%.

A colheita da soja no Brasil avançou 5% na semana passada e atingiu 19% dos 23,9 milhões de hectares estimados pela consultoria Céleres. Entretanto, os trabalhos seguem atrasados em relação à safra passada, quando nesta época do ano 26% da área já havia sido colhida.
Mato Grosso, principal Estado produtor, colheu 35% da área, avanço semanal de 11% , porém atrás dos 48% registrados em 2009/10. No Paraná, a colheita atingiu 15% da área, contra 10% na semana passada e 28% no ciclo anterior.
De acordo com o relatório divulgado pela consultoria hoje, esse atraso já provoca um aumento nas cotações dos fretes de caminhões. Para o percurso entre Rondonópolis, em Mato Grosso, e o porto de Paranaguá, a Céleres estima que o frete cobrado seja de R$ 130 por tonelada, alta de 5% na semana.
"Para esta safra espera-se que os preços dos fretes aumentem acima da média anual. Isso por conta de dois fatores: atraso nos trabalhos de colheita da soja em Mato Grosso (...) e a coincidência da demanda por caminhões tanto em Mato Grosso quanto no Paraná", afirmou a Céleres.
Comercialização - A venda antecipada atingiu até sexta-feira (25) 54% da safra, estimada pela Céleres em 69,8 milhões de toneladas de soja. Isso representa um avanço de apenas um ponto porcentual em relação à semana anterior, mas de 24 pontos ante o ano passado.
De acordo com a Céleres, no mês de fevereiro as cotações da soja em reais ficaram em média 37,4% acima das registradas no mesmo mês de 2010 e a consultoria destaca que os preços ainda estão em patamares interessantes para a comercialização, mesmo com o início da colheita.
Na média das praças pesquisadas pela Céleres, a saca da soja no disponível terminou a semana passada com queda de 4,2%. No intervalo de 30 dias, os preços apresentaram recuo de 6,8%.
Já o mercado de prêmios registrou ágio em relação à cotação de Chicago, com a referência março/2011 registrando US$ 0,50 por bushel para venda e US$ 0,45 para compra.

GRÃOS: CHINA PEDE QUE ESTATAIS SUSPENDAM COMPRAS TEMPORARIAMENTE.

O governo chinês pediu que as principais estatais de grãos do país suspendam temporariamente as compras, informou o China Business Journal no sábado.
A orientação verbal de Pequim para Cofco Ltd., China Grain Reserves Corp., Chinatex Corp. e China Grain and Logistics Corp. surge em meio aos esforços para desacelerar as altas de preço no mercado de grãos, segundo a publicação, que citou uma fonte de uma das maiores companhias do setor.
Os preços dos alimentos, que em janeiro subiram 10,3% na comparação anual, tem sido um dos principais motivos da contínua luta do governo contra a inflação. No final do mês passado, foram divulgadas outras reportagens de que a China Grain Reserves Corp. Planejava expandir as compras de milho das províncias do nordeste do país. O grupo, também conhecido como Sinograin, é a principal estatal de grãos encarregada dos estoques.

CLÍMA/SOMAR: FRENTES FRIAS VOLTAM A ATUAR.

As frentes frias voltam a atuar sobre o litoral da Região Sudeste na primeira quinzena de março, conforme previsão da Somar Meteorologia. Associadas à umidade da Amazônia, as frentes frias devem concentrar as chuvas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, oeste da Bahia, Maranhão e Piauí.
Esse novo padrão climático representa a interrupção de um longo período seco para algumas regiões. Em outras áreas, no entanto, essa condição é desfavorável porque prejudica o processo de colheita, especialmente em Mato Grosso e Goiás.
No Sul do Brasil e parte do Centro-Oeste, as águas diminuem e favorecem diretamente a colheita da soja no Paraná e em Mato Grosso do Sul.
Nessas áreas os trabalhos estão atrasados por causa do excesso de água registrado em fevereiro. Em compensação, "a seca no sul do Rio Grande do Sul deve se agravar nas próximas semanas", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
O norte do Nordeste do Brasil, incluindo o sertão e o agreste, começa a enfrentar período chuvoso que se estende até maio. A previsão para as próximas semanas, de um modo geral, confirma essa condição. A expectativa é de bons volumes nas partes norte e oeste da região, incluindo principalmente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Bahia", informa Etchichury.
Análise semanal - O acumulado de chuvas do mês de fevereiro mostra que houve concentração no Centro-Sul do Brasil, enquanto em parte do Sudeste e do Nordeste o mês foi de pouca água.
Segundo a Somar, no entanto, na última semana de fevereiro já se observou uma mudança do padrão climático, com a volta da chuva em partes de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e também no norte de Goiás. Os volumes, porém, ainda foram muito irregulares e insuficientes para reverter o déficit de água acumulado ao longo de todo mês.
Os índices de água disponível no solo refletem esse padrão das chuvas observado nos últimos dias, em que grande parte do País apresenta excelente condição de umidade do solo (superior a 90%). Em relação a semana passada, pode-se observar também uma recuperação da umidade do solo em Goiás, Minas Gerais e no oeste da Bahia. Em contrapartida, o centro-leste da Bahia, Sergipe e Alagoas continuam como os lugares mais secos do momento, com índices de água no solo inferiores a 10%.
Argentina - De acordo com avaliação da Somar, na Argentina o mês de fevereiro termina com os maiores volumes de chuva concentrados no Norte do país. Nesse período, as chuvas, mesmo que de forma isolada e de menor intensidade, também beneficiaram as principais regiões produtoras, incluindo o Pampa Úmido.
As águas de fevereiro ganham importância porque a previsão para as próximas duas semanas nas regiões produtoras de grão é de tempo seco e forte calor, com as temperaturas do período da tarde ultrapassando a casa dos 35 graus. Em virtude da presença do fenômeno La Niña, "a tendência é de pouca chuva em março, o que deve se prolongar por todo o outono", comenta Etchichury.

CÓDIGO FLORESTAL - FAMATO MOBILIZA PRODUTORES.

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) inicia a partir de quarta-feira (2) uma série de encontros nas principais regiões produtoras do Estado para discutir a importância da aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB) que altera o Código Florestal. A Famato pretende mobilizar outros setores para defender a proposta, alertando que a decisão é primordial para a "continuidade da atividade rural e o bem-estar da população mato-grossense em geral, já que interfere na atuação de 90% dos produtores rurais que estão em áreas já consolidadas".
Em relação às questões ambientais, as lideranças rurais mato-grossense até agora têm conseguido diversas vitórias. Uma das mais importantes foi obtida em novembro do ano passado, quando governo adiou por dois anos do prazo de adesão ao programa estadual MT Legal, que estabelece isenção de multas para os proprietários rurais que se comprometerem a resolver o passivo ambiental.
A justificativa para o adiamento do MT Legal foi a necessidade de aguardar a aprovação do novo Código Florestal. A Famato também alegou os altos custos para regularização do passivo ambiental. A entidade calcula que a recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) em Mato Grosso deve custar R$ 7,8 bilhões. Os gastos com documentação para obtenção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Licenciamento Ambiental Único (LAU) ficariam em R$ 5,6 bilhões. Pelas contas da Famato, os 140 mil proprietários rurais de Mato Grosso teriam de desembolsar no total R$ 13,4 bilhões para regularizar a situação.
Na semana passada, o agronegócio obteve outra importante vitória, com a aprovação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do projeto do Zoneamento Socioeconômico (ZSEE). O projeto será encaminhado amanhã para sanção ou veto do governador Silval Barbosa (PMDB). O substitutivo aprovado foi a terceira versão, bem distante do primeiro texto, que levava em conta as reivindicações dos ambientalistas e representantes das comunidades tradicionais.
Na avaliação dos ambientalistas, a proposta diminuiu em 23,5% as áreas de manejo florestal, aumentou em 71% as áreas destinadas à pecuária, expandiu em 83,5% as áreas de agricultura mecanizada e cortou 82% das áreas que deveriam ter cuidados especiais por apresentarem elevado potencial hídrico. Segundo os ambientalistas, grande parte das áreas sensíveis, que está localizada ao redor do Parque do Xingu, tem solo frágil e abriga terras indígenas e dezenas de nascentes.
A questão das terras indígenas será o principal ponto de contestação dos ambientalistas no zoneamento aprovado. Laurent Micol, coordenador do Instituto Centro Vida (ICV), argumenta que Mato Grosso não pode interferir em terras indígenas, que são de competência federal. O ICV calcula que 11,9% das terras indígenas foram desconsideradas pelo zoneamento.
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, rebate as críticas. Ele diz que "os parlamentares cumpriram uma etapa importante de consolidação e aprovação do projeto, acatando as questões que ampliam as diretrizes e proporciona tranquilidade à classe dos produtores rurais e ambientalistas". Em relação ao fato de o projeto não contemplar as áreas de preservação permanente (APP), Riva diz que o zoneamento não tem competência para regulamentar tal assunto, "mas tem a missão de promover o ordenamento ecológico paisagístico dos meios rural e florestal".
O presidente da Famato, Rui Prado, diz que o setor é contra a restrição para ocupação do setor econômico em áreas indígenas não reconhecidas. Ele diz que o texto foi feito de forma democrática e leva em conta o crescimento da economia do Estado. Na opinião do dirigente, a primeira versão do zoneamento era um texto de 20 anos e precisava ser modificado para reconhecer as áreas que estão em produção. Prado diz que o setor não é contra o meio ambiente, "mas temos que olhar para o futuro.

Venilson Ferreira, correspondente.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA GUIADA PELO ÓLEO DE SOJA

Os futuros da soja terminaram com valorização na Bolsa de Commodities de Dalian, acompanhando os fortes ganhos registrados na Bolsa de Chicago e o rali acentuado dos preços do óleo de soja. O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com alta de 1% nesta segunda-feira, cotado a 4.445 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1), encerrando a série de perdas da última semana, quando o vencimento recuou 4,5%.
No entanto, o desempenho do mercado foi limitado por temores de que a China pode apertar ainda mais as políticas monetárias para controlar a inflação e impedir bolhas de ativos. O Congresso Nacional do Povo - parlamento chinês - se reunirá nesta semana.
O primeiro-ministro do país, Wen Jiabao, informou no domingo que não permitirá que os preços ao consumidor aumentem. De acordo com ele, a China gerenciará as pressões inflacionárias por meio do controle da liquidez. Manter os preços estáveis sempre foi uma prioridade para o desenvolvimento econômico, já que as rápidas altas do preço ao consumidor não apenas afetam a vida das pessoas como também prejudicam a estabilidade social, afirmou Wen durante uma conversa online com usuários da Internet.
O índice dos preços ao consumidor chinês, principal termômetro da inflação, avançou 4.9% em janeiro na comparação anual, conforme os alimentos encareceram 10,3% devido ao fortalecimento da demanda e à estiagem nas principais regiões produtoras de grãos do país. O indicador subiu 4,6% e 5,1% em novembro, maior nível em 28 meses.
Entre outras notícias, a China planeja vender 100 mil toneladas de óleo de canola das reservas amanhã. O país vendeu 773 mil toneladas de óleos comestíveis desde outubro de 2010.

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