sexta-feira, 6 de agosto de 2010

TRIGO/EUA REALIZA LUCROS E FECHA NO LIMITE DE QUEDA

Os preços futuros do trigo mergulharam nesta sexta-feira no mercado americano, depois de atingirem o maior nível em dois anos. A alta havia sido estimulada pela decisão da Rússia de suspender as exportações de grãos até o fim do ano, mas participantes do mercado embolsaram lucros e as cotações voltaram a cair. Na Bolsa de Chicago o contrato com vencimento em dezembro, o mais negociado, fechou no limite de queda de 60 cents, equivalentes a 7,36%, cotado a US$ 7,5525/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento também mergulhou 60 cents, ou 7,55%, e fechou a US$ 7,35/bushel.Traders embolsaram os lucros ao perceber que o rali de oito semanas do trigo praticamente dobrou os preços desde as mínimas de junho.
Na semana, a alta do contrato dezembro da CBOT foi de 8,86%. Muitos analistas observaram que os preços do trigo superaram os fundamentos de oferta e demanda e que outros exportadores serão capazes de compensar a queda de fornecimento da Rússia. "Temos de manter em mente que os estoques globais de trigo são confortáveis", afirmou o BNP Paribas.
No início de julho, o governo dos Estados Unidos estimou que a produção global totalizaria 187 milhões de toneladas, o que representa mais do que as 124 milhões de toneladas produzidas em 2007/08, quando os preços saltaram para níveis recorde. Também houve incertezas sobre o impacto da suspensão das exportações da Rússia, que deve valer de 15 de agosto até o fim do ano. O vice-primeiro-ministro do país, Igor Shuvalov, afirmou hoje que o governo deve ajustar a restrição conforme o tamanho da colheita e cumprirá todos os contratos de exportação existentes.
A associação da indústria União de Grãos da Rússia pediu ao governo que adie a proibição das exportações até 1º de setembro, para permitir que os grãos a caminho dos portos possam deixar o país. Cerca de 700 mil toneladas de grãos estão aguardando a exportação, segundo autoridades da indústria.
A empresa de pesquisas agrícolas AgResource disse que a Rússia pode autorizar a retomada do comércio até o fim do ano se as chuvas forem normais no fim de agosto e em setembro. Os produtores precisam de umidade para plantar sua safra de trigo de inverno, que será colhida no ano que vem. Estima-se que fundos tenham vendido 15 mil contratos de trigo hoje, na CBOT. Na quinta-feira, eles haviam comprado 23 mil contratos.

SOJA/CHICAGO OPERA PERTO DA ESTABILIDADE COM SUPORTE DA DEMANDA

Os preços internacionais da soja operam perto da estabilidade nesta sexta-feira. Contratos com vencimento em novembro, mais negociados, operavam a US$ 10,2850/bushel, em baixa de 0,50 Cent ou 0,05%.
A forte demanda sustenta as cotações neste momento, apesar da expressiva queda do trigo e também das perdas do milho. "A demanda evita que a soja escorregue e a ameaça climática ainda não desapareceu", disse o analista Alan Suderman, da revista Farm Futures. O analista John Kleist, corretor da Allendale, disse que as vendas da nova safra não são impressionantes e podem ser canceladas, como a China fez recentemente. Analistas observaram que o destino da safra permanece dependente do clima em agosto.

TRIGO ATINGE LIMITE DE BAIXA DE 60.
Pressionados por realização de lucros, os preços futuros do trigo estão despencando no mercado americano. Vencimento dezembro, operava em baixa de 59,75 cents ou 7,33%, cotado a US$ 7,5550/bushel. Há pouco registraram o limite de baixa diário de 60 cents, depois de recentemente terem atingido o maior nível de preço em quase dois anos. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento tinha desvalorização de 53,75 cents ou 6,76% e estava cotado a US$7,4125/bushel.
Traders disseram que os mercados estavam prontos para ver uma correção. Os preços subiram na última semana principalmente por conta da seca na Rússia, que afetou a produção e fez com que o governo interrompesse as exportações até o fim do ano. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 11 mil lotes na CBOT até o momento, segundo traders. Ontem, os fundos compraram cerca de 23 mil contratos e puxaram as cotações com força.

EGITO RECEBERÁ 470 MIL T DA RÚSSIA, APESAR DE SUSPENSÃO
O Egito está autorizado a receber pelo menos 470 mil toneladas de trigo de origem russa, com entrega marcada para setembro, apesar da suspensão das exportações de grãos da Rússia até o fim do ano. O vice-primeiro-ministro da Rússia, Igor Shuvalov, afirmou à rádio Ekho Moskvy que o país vai cumprir os contratos de venda existentes. Ele não especificou, no entanto, se isso se aplica a todos os contratos até o fim da proibição, em dezembro, ou apenas àqueles que já estão encaminhados ou com linhas de crédito abertas.

MILHO CAI NA ESTEIRA DO TRIGO.
Os contratos futuros do milho registram perdas nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago, reagindo a uma forte correção no mercado de trigo.Os lotes para entrega em dezembro caíam 4,25 cents ou 1,02%, cotados a US$ 4,1375/bushel. Embora ainda haja relatos de condições variáveis nas safras, traders disseram que a ameaça climática é menor nesta etapa da temporada.
O analista John Kleist, corretor da Allendale, disse que, com a divulgação das projeções de FCStone e Informa, que estimam produção de 13,4 bilhões de bushels nos Estados Unidos, e com a queda do trigo, os traders de milho estão repensando o nível dos preços. Mas outros analistas afirmaram que o mercado poderá continuar encontrando suporte na situação do trigo, pois os criadores de animais deverão comprar rações de milho em vez de trigo. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 11 mil contratos até o momento.

DISPARADA DO TRIGO PODE TRAZER PREOCUPAÇÃO PARA EMERGENTES.

  A disparada do preço do trigo no mercado internacional, embora não esteja baseada em fundamentos, pode trazer preocupações aos bancos centrais de países emergentes, inclusive o Brasil, acredita o estrategista-chefe de emergentes do ING, Charles Robertson. A seca na Rússia está fazendo o preço do trigo avançar, movimento reforçado pela decisão do país ontem de suspender as exportações de grãos a partir de 15 de agosto. O verão absolutamente fora do comum, com temperaturas próximas a 40 graus, provoca uma série de incêndios e leva à quebra de produção na Rússia.
Robertson avalia que os mercados estão exagerando na disparada do preço do trigo, que já acumula alta de 69% em relação à cotação do mesmo período do ano passado. Conforme o especialista, com base nos fundamentos, a valorização deveria ser bem menor, de 27%.
Ele lembra que a situação hoje é bem diferente da registrada em 2008, quando a inflação dos alimentos se tornou um temor global, antes do colapso do Lehman Brothers e da crise mundial. Atualmente, os estoques estão mais elevados e não existe falta do grão no mercado. "Outros países podem substituir a Rússia e esse não é um problema global", afirmou à Agência Estado, em Londres.
Ainda assim, Robertson avalia que o preço dos alimentos estará mais elevado nos próximos meses, uma questão a ser considerada pelos bancos centrais de países com economias aquecidas, caso do Brasil. Embora sem prever a arrancada das cotações registradas em 2007 e 2008, ele estima alta de 10% a 15% dos alimentos entre 2010 e 2011."Os BCs têm duas escolhas: elevar os juros ou deixar a moeda se apreciar, sendo que a segunda opção é improvável no Brasil", disse. Portanto, embora a autoridade brasileira esteja caminhando rumo ao fim do aperto monetário, a inflação dos alimentos pode ressurgir como preocupação, até porque é um componente relevante dos indicadores no Brasil, avalia o estrategista.
Um ponto importante para acompanhar será o desempenho da safra nacional. "Essa será a principal história para o desdobramento do tema a partir de agora",disse.
Além da Rússia, o efeito da valorização do preço do trigo será mais significativo na Ásia e América do Sul, onde existe aquecimento econômico. Já os emergentes da Europa central e o México sofrerão impacto menor porque a atividade interna está enfraquecida.

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

MILHO: CONAB OFERTARÁ LEILÃO PEP DIA 12 E PEPRO DIA 19/8.

O próximo leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho, na quinta-feira (12), terá um volume de 1,23 milhão de toneladas e será o último da série iniciada em 27 de maio. A informação foi confirmada pelo coordenador geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, em entrevista à Agência Estado. Segundo Farnese, com esta oferta, o governo cumpre o objetivo de apoiar a comercialização de 12 milhões de toneladas do grão. "O resultado das operações está sendo satisfatório e já começamos a perceber uma melhora nos preços", afirmou.
Na próxima operação, Mato Grosso continuará a ter o maior volume: 800 mil toneladas. Goiás terá 140 mil t, e o Paraná ofertará 120 mil t. Em Mato Grosso do Sul o volume será de 80 mil t, em Minas Gerais a oferta será de 60 mil t e, em Rondônia, permanecerá o volume de 30 mil t. Depois do último leilão, o governo irá avaliar as operações e verificar como o mercado vai se comportar. "À medida que o milho for escoado, o preço vai reagir ainda mais", acredita Farnese.
Pepro - Os produtores de Mato Grosso e Goiás também serão contemplados com um leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), com volumes de 250 mil e 50 mil toneladas, respectivamente. O pregão deverá acontecer no dia 19 de agosto. De acordo com Farnese, os prêmios e a divisão de regiões serão mantidos. "Vamos realizar o leilão de Pepro para os produtores que têm condições de ofertar grandes volumes de uma única vez", disse.
Na próxima quinta-feira (12), também haverá leilão de Pepro para o Nordeste, continuando as operações que iniciaram em oito de junho. As ofertas serão a cada 15 dias, mas segundo Farnese, não há uma definição de quantos leilões ainda serão realizados. As mudanças previstas são o aumento do volume para Piauí, para 25 mil t ante 15 mil t, e prazo para comprovar a operação de 45 dias, atendendo à reivindicação do setor produtivo daquela região.
O mercado recebeu com entusiasmo a notícia de mais um leilão de PEP e de um Pepro para o Centro-Oeste. Um corretor do Paraná disse que isso será "ótimo", porque ainda há muitos interessados nas operações. Em Santa Catarina, o corretor Amarildo Baldissera da Águia Corretora, afirmou que, com o preço mais remunerador no porto e o prêmio ofertado, a exportação está favorecida. Os editais para os leilões foram divulgados no site da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

CHICAGO-SOJA TERMINA VALORIZADA PUXADA POR TRIGO E EXPORTAÇÕES.

Os contratos futuros da soja tiveram valorização modesta hoje na Bolsa de Chicago impulsionados pela forte valorização do trigo e também por firme demanda para exportação. Os lotes mais negociados, para entrega em novembro, fecharam em alta de 4,75 cents ou 0,46%, cotados a US$ 10,29/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 4 mil contratos hoje.
Inicialmente, os futuros de soja saltaram para seu maior nível desde dezembro de 2009, diante da influência dos futuros de trigo, que fecharam no limite de alta. Além disso, as preocupações com perdas de produtividade na região americana do Delta estimularam a alta. De acordo com o analista Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions, a influência do mercado de trigo foi um fator de suporte, mas a demanda para exportação foi consistente nesta semana, especialmente na China, e foi suficiente para fortalecer os futuros.
Exportadores privados informaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que venderam 455 mil toneladas de soja para entrega à China durante o ano comercial 2010/11 e vendas de 111,5 mil toneladas para destinos desconhecidos.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 6 mil toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 29 de julho. A China cancelou 172.400 toneladas, ofuscando aquisições maiores por parte de Indonésia (70.500 t), Japão (55.100 t), México (36.600 t) e Taiwan (6.200 t). Também comercializaram 1.168.100 toneladas da safra 2010/11, que começa em 1º de setembro, principalmente para China (799.500 t), Indonésia (23 mil t) e outros países não revelados (308 mil t).
O que limitou a valorização da soja foi o clima favorável no Meio-Oeste e as estimativas privadas de que a produção e a produtividade serão maiores. A empresa de análises privadas Informa Economics avalia que a produção americana de soja totalizará 92,232 milhões de toneladas com rendimento médio de 43,5 bushels por acre, de acordo com traders. Há um mês, a Informa projetou safra de 92,124 milhões de toneladas.

TRIGO SOBE 8,3% ATINGE MÁXIMA DE DOIS ANOS.

Os preços futuros do trigo dispararam nesta quinta-feira no mercado americano e alcançaram o maior nível em dois anos. O impulso veio da notícia de que a Rússia vai suspender as exportações de grãos por causa da seca.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em setembro, mais negociados, fecharam no limite de alta de 60,0 cents(limite de oscilação para amanhã foi expandido para 90cts bu), que equivale a 8,27%, cotado a US$ 7,8575/bushel. Trata-se do maior patamar desde 20 de agosto de 2008 e corresponde a valorização de 85% ante a mínima de nove meses, registrada em junho.
Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 53,50 cents ou 7,36% e encerrou o dia a US$ 7,80/bushel. As preocupações são de que a decisão da Rússia mexa com a oferta global de grãos e tenha impacto nos preços dos alimentos.
A decisão da Rússia ocorreu em meio a uma série de prospectos negativos para produção e qualidade da safra de trigo local. Participantes do mercado especulavam nos últimos dias que uma restrição nas exportações seria provável, mas o efeito completo desta possibilidade ainda não havia sido precificado.
A suspensão das exportações de grãos da Rússia afeta trigo, milho, cevada, centeio e farinha. Tem início previsto para 15 de agosto e duração até o fim do ano, de acordo com um porta-voz do primeiro-ministro Vladimir Putin. Traders com vendas já contratadas devem embarcar até 15 de agosto.
O analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, afirmou que a proibição é uma "grande coisa", pois a antiga União Soviética emergiu nos últimos anos como importante exportador no mercado internacional. A Rússia foi a principal fonte de trigo do Egito, maior importador mundial, no ano-safra encerrado em maio."O mais importante é que as pessoas estavam partindo do princípio de que haveria algum tipo de exportação da Rússia, e agora pode não ter nada por um certo período de tempo", comentou Gidel.

OFERTA GLOBAL PERMANECE CONFORTÁVEL DIZ CARGILL. 
A Cargill afirmou nesta quinta-feira que o declínio da oferta de trigo por causa da seca na região da antiga União Soviética é uma "questão regional" e que o suprimento global permanece confortável.
A companhia do setor de agronegócios, cujas operações incluem produção, processamento e transporte de grãos, avalia que as safras de trigo em países como Rússia e Casaquistão está significativamente abaixo das expectativas, o que está afetando a oferta regional. "A partir de uma perspectiva global, no entanto, a safra de trigo dos Estados Unidos foi forte e os estoques mundiais estão maiores do que em 2008, quando o preço disparou", disse a companhia em comunicado.
A Cargill acrescentou que as barreiras comerciais "exageraram problemas de fornecimento", referindo-se às restrições sobre exportações na Rússia a partir de 15 de agosto até o fim do ano, buscando controlar a inflação no mercado interno. "Barreiras como esta distorcem os mercados de trigo, dificultando que a oferta se movimente de áreas que têm superávit para áreas que têm déficit e evitam que as indicações de preço cheguem aos produtores."

MILHO FECHA EM ALTA NO RASTRO DO TRIGO.
Com suporte do mercado de trigo e bons indicadores de demanda, os preços futuros do milho subiram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, o contrato dezembro avançou 3,0 cents ou 0,72% e fechou a US$ 4,18/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 20 mil lotes.
A influência positiva do trigo puxou as cotações do milho a ponto de alcançarem as máximas em sete semanas, antes de limitarem o avanço posteriormente. De acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, o milho foi um mercado de reação e continuou seguindo o trigo para manter os spreads em ordem. Ele lembrou que há rumores sobre uma eventual migração da demanda do trigo para o milho por parte de fabricantes de rações.
As sólidas exportações de milho dos Estados Unidos na semana ajudaram a dar suporte, especialmente em virtude dos problemas com a safra de trigo europeia.
No entanto, ao longo da sessão, o milho devolveu a maior parte dos ganhos do dia. O clima favorável no Meio-Oeste dos Estados Unidos ainda serve de âncora para os preços, pois sinaliza forte produtividade.

GRÃOS/EUA: INFORMA ELEVA ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO.

A empresa de análises privadas Informa Economics informou nesta quinta-feira a elevação de sua estimativa para a produção de milho e soja dos Estados Unidos.
A Informa estimou que a safra de milho 2010/11 somará 13,488 bilhões de bushels (342,59 milhões de toneladas), com produtividade média de 166 bushels por acre, segundo traders. Trata-se de volume maior do que o previsto pela Informa em julho, 13,241 bilhões de bushels (336,32 milhões de toneladas).
A empresa avalia que a produção americana de soja totalizará 3,389 bilhões de bushels (92,233 milhões de toneladas), com rendimento médio de 43,5 bushels por acre, de acordo com traders. Há um mês, a Informa projetou safra de 3,385 bilhões de bushels (92,124 milhões de toneladas).
No mês passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que a safra de milho somaria 13,245 bilhões de bushels (336,42 milhões de toneladas), e a produção de soja chegaria a 3,345 bilhões de bushels (91,03 milhões de toneladas). O USDA atualiza suas projeções em 12 de agosto, às 9h30 de Brasília.

MT- INVESTIMENTOS DE US$ 1 BI - MACQUARIE GROUP E JPMORGAN.

Diretores do Macquarie Group, maior banco de investimento da Austrália, estão em Mato Grosso nesta semana para conhecer de perto o agronegócio do Estado. Os agricultores estão na expectativa de atrair investimentos do banco australiano, principalmente em transporte e armazenamento, mas o que preocupa é o fato de o grupo ser mais um estrangeiro que está de olho na compra de terras no Brasil.
Os dirigentes do Macquarie, acompanhados de executivos do banco norte-americano JPMorgan, se reuniram com a diretoria da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja). Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, disse que os dois bancos querem investir US$ 1 bilhão na compra de terras e na produção de grãos em Mato Grosso. Na opinião de Silveira, o ideal para os produtores, que enfrentaram dificuldades abrindo as áreas de fronteira, seria uma parceria com os bancos para dispor de mais recursos e não vender a terra.
Em seu portfólio, o banco Macquarie chama a atenção dos investidores sobre a importância da participação do agronegócio na diversificação das carteiras, pois historicamente as commodities apresentam baixa correlação negativa em relação aos ativos tradicionais.
Mas a instituição não quer ficar restrita aos mercados futuros de derivativos agrícolas. Recentemente, durante um evento em Nova York, o diretor do fundo agrícola do Macquaire, Tim Hornibrook, relatou que o banco pretende investir na compra de 200 mil hectares de fazendas de grãos no Brasil.
Além da queda de rentabilidade da produção agrícola e do endividamento crônico, outra questão que preocupa os produtores de Mato Grosso é o avanço dos investimentos estrangeiros em terras, principalmente por meio do arrendamento de propriedades cujos donos não têm condições financeiras nem crédito para bancar o plantio. Estimativas não oficiais indicam que os estrangeiros estão cultivando cerca de 3 milhões de hectares em Mato Grosso, entre áreas próprias e arrendadas.
A vasta extensão de terras agriculturáveis, a distância dos portos e a falta de infraestrutura para escoamento da safra, que corroem as margens e reduzem a rentabilidade dos produtores rurais, são fatores apresentados pelos gestores das carteiras em seus portfólios como atrativos para investimento em terras em Mato Grosso, pois, além dos ganhos com a produção, apostam na valorização do ativo a partir dos investimentos em estradas, ferrovias e hidrovias. A estabilidade econômica e política do Brasil é mais um fator que atrai os investimentos.O apetite dos investidores foi despertado pelas projeções do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sobre a
necessidade de aumento de 70% na produção de alimentos até 2050, para atender ao crescimento do consumo e da população mundial. A baixa disponibilidade, nos países desenvolvidos, de terras para cultivo e a limitação os recursos naturais, como a água, levam os investidores a procurar terras em países em desenvolvimento na África e América Latina para produzir commodities agrícolas e matérias-primas para bioenergia voltadas para exportação. A ONG espanhola Grain.org fez um levantamento e constatou cerca de 100 casos de governos e empresas privadas de países importadores de alimentos, como a China, Japão, Qatar e Arábia Saudita, que investem na produção agrícola em países como Etiópia, Sudão, Uganda e Zimbábue.

GRÃOS: RÚSSIA PROIBIRÁ EXPORTAÇÕES A PARTIR AGOSTO

O governo russo anunciou hoje que proibirá as exportações de grãos a partir de 15 de agosto. Segundo agências do país, a decisão se deve à quebra de produção por conta do clima e à alta dos preços internos. A onda de calor não dá trégua e os incêndios florestais se intensificam. A Rússia vive a pior estiagem em uma década.
Ao defender a interrupção dos embarques, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou que cerca de US$ 1,2 bilhão será destinado aos agricultores prejudicados pela seca.
O número de mortos nos incêndios florestais no país chegou a 50 nesta quinta-feira. A área total em chamas aumentou para 196 mil hectares, cerca de 7 mil hectares a mais que ontem. Surgiram 373 novos focos de incêndios, enquanto outros 254 foram apagados, informou o Ministério de Situações Emergenciais da Rússia. O governo tem sido duramente criticado por ser lento e mal equipado para reagir ao desastre.
Em Moscou, as temperaturas devem alcançar 40ºC amanhã, quase o dobro da média sazonal, de 23ºC. Embora a visibilidade tenha melhorado, a capital ainda registra 35 focos de incêndio.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CBOT- CALOR NO SUL DOS EUA E ALTA DO TRIGO DIRECIONA ALTA DOS GRÃOS.

As cotações da soja fecharam com alta na Chicago Board Of Trade sustentadas pela disparada dos preços do trigo na mesma bolsa. A demanda por oleaginosa no mercado internacional e a expectativa de perda de produtividade nas lavouras do Sul dos Estados Unidos também foram responsáveis pela elevação dos preços. O contrato novembro ganhou 6,25 cents (0,6%), e fechou em US$ 10,2425 por bushel. Fundos compraram cerca de cinco mil contratos do grão.
Traders altistas ficaram um pouco decepcionados com o fato de as cotações não terem seguido o trigo com maior ênfase. O contrato setembro do cereal fechou com alta de 6,73% em Chicago.
Segundo ele, o aumento das vendas de produtores no mercado físico dos Estados Unidos, a queda na diferença de preços entre o mercado à vista e o futuro (basis) na região do Golfo do México e o fato de os futuros não terem conseguido alcançar as máximas de segunda-feira em Chicago encorajaram traders a sair de posições compradas.
Mas as incertezas relacionadas à próxima safra por causa do calor extremo no Sul dos EUA mantiveram um piso sob os preços. Agosto é o período mais importante para o desenvolvimento das lavouras no país. É quando as plantas de soja enchem o grão. A Telvent DTN prevê temperaturas acima do normal e chuva abaixo do normal nos próximos dez dias na região do Delta do Mississippi, o que poderá estressar as lavouras.
No lado da demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que mais 121 mil toneladas de soja foram vendidas para a China hoje, com entrega em 2010/11.

MILHO FECHA COM VALORIZAÇÃO DE 2,7%.
As cotações do milho subiram forte nesta quarta-feira com suporte do mercado vizinho de trigo. Posição mais líquida, o contrato dezembro fechou em alta de 11,0 cents ou 2,72%, cotado a US$ 4,15/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 11 mil lotes.
Ainda sem notícias sobre os fundamentos do milho, o mercado acompanhou o trigo, que reage a preocupações com a seca na Rússia. Segundo o analista Sterling Smith, da corretora Country Hedging, problemas agudos na Rússia estão puxando os preços da ração de trigo e podem aumentar a demanda por milho, já que ambos os cereais são usados na alimentação animal.
Incertezas sobre a produtividade do milho, em meio a condições que variam ao longo do Cinturão americano, dão algum suporte aos futuros. No entanto, em geral as condições climáticas são favoráveis para a safra do Meio-Oeste.
Participantes da indústria esperam produtividade acima da média nos Estados Unidos, se não houver problemas imprevistos nas lavouras. A incapacidade dos contratos de desafiar as máximas de segunda-feira estimulou liquidação de posições compradas.

TRIGO/EUA SOBE 7,1% REGISTRA MÁXIMA EM 23 MESES.

Os preços futuros do trigo estão disparando no mercado americano, na medida em que o capital especulativo entra e os participantes se preocupam com a seca na Rússia. Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em setembro saltavam 48,25 cents ou 7,10% e operavam a US$ 7,2825/bushel. Atingiram máximas em 23 meses, a US$ 7,3050/bushel. Na Bolsa de Kansas City  o mesmo vencimento era negociado a US$ 7,2450/bushel, com ganhos de 36,0 cents ou 5,26%.
Traders temem que a Rússia possa proibir as exportações para proteger a oferta doméstica. O Egito e a Jordânia disseram nesta quarta-feira que compraram trigo da Rússia em licitações. Isso, segundo um corretor, "aumenta a confusão" sobre uma possível punição. As vendas mostram que a Rússia "ainda está vendendo trigo em níveis competitivos", disse. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 10 mil contratos de trigo na CBOT.

SOJA TEM FORTE DEMANDA .
Os preços futuros da soja se mantêm firmes nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago. os lotes para entrega em novembro eram negociados a US$ 10,2450/bushel, com ganhos de 6,50 cents ou 0,64%. O mercado é sustentado pela influência do rali do trigo e também pelos próprios fundamentos. A demanda para exportação da oleaginosa dos Estados Unidos ainda éforte e os estoques da antiga safra, apertados. Além disso, há rumores de que a produção da região do Delta possa ser reduzida, segundo analistas.

MILHO OPERA EM ALTA COM INFLUÊNCIA DO TRIGO.
Os preços futuros do milho estão subindo na Bolsa puxados pela influência do trigo. Lotes para entrega em dezembro tinham valorização de 8,75 cents ou 2,17% e operava a US$ 4,1275/bushel. Os futuros reagem a preocupações com a possível quebra da produção de trigo e eventual limitação das exportações da Europa e da Rússia. Esses fatores tornariam a compra de milho mais atrativa para rações, segundo analista. Enquanto isso, incertezas sobre a produtividade da safra americana e as condições variáveis das lavouras continuam dando suporte, segundo traders.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

SOJA: CHICAGO RECUPERA-SE E FECHA COM LIGEIRA ALTA.

As cotações da soja fecharam com pequena alta na Chicago Board Of Trade, recuperando-se de uma queda inicial. Fundos especulativos compraram cerca de quatro mil contratos, de acordo com informações de participantes da bolsa. Traders realizaram lucro sobre os ganhos de 5% obtidos nas quatro sessões anteriores, mas no decorrer do pregão as cotações se recuperaram. Os participantes consideraram prematuro levar a cotação abaixo de US$ 10/bushel justo quando as lavouras de soja dos Estados Unidos passam pelo período mais crítico de seu desenvolvimento, afirmou um analista de Chicago.
A demanda sólida, a variabilidade das previsões climáticas e as incertezas a respeito dos números que serão divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu próximo relatório de oferta e demanda, na próxima semana, devem manter um piso sob os preços da soja em Chicago.

A preocupação quanto à qualidade das lavouras no Sul dos Estados Unidos foi motivo suficiente para que os investidores mantivessem o prêmio de risco nos contratos futuros. A T-Storm Weather prevê temperaturas na faixa dos 40ºC na região do Delta do Mississippi até amanhã.
Entre os derivados, os contratos de curto prazo do farelo recuaram com o surgimento de novas vendas de produtores para processadoras de soja no mercado físico norte-americano. Os preços do óleo de soja subiram para o nível mais alto desde abril, puxado pelos ganhos no petróleo, que superaram US$ 82 por barril na Bolsa de Nova York pela primeira vez desde maio.

MILHO FECHA QUASE ESTÁVEL.

Os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira praticamente estáveis na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes para entrega em dezembro, os mais movimentados, fecharam em baixa de 0,50 cent ou 0,12%, cotados a US$ 4,04/bushel. Segundo analistas, o movimento de hoje foi uma pequena correção após os avanços recentes. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil contratos hoje.
Os futuros de trigo registraram perdas significativas e foram influência negativa para o milho hoje, diferentemente das últimas sessões, quando vinham dando suporte. Além disso, o clima favorável para as lavouras de milho e as bases de preço mais fracas impediram uma valorização. "As perdas de dois dígitos nos futuros de trigo e a ausência de novidades sobre fundamentos serviram de âncora para o milho", de acordo com Chad Henderson, analista da Prime Ag Consultants.
Entretanto, a falta de notícias também fez com que o mercado tivesse poucos negócios e mantivesse o suporte psicológico próximo a US$ 4/bushel. Compras técnicas evitaram maiores perdas, com ordens automáticas.
De qualquer forma, traders estão concentrados no clima e a produção. Tanto um fator quanto o outro são favoráveis neste momento para que se tenha produtividade acima da média e, possivelmente, para que a colheita seja adiantada, conforme Henderson.

TRIGO FECHA COM DESVALORIZAÇÃO APÓS REGISTRAR GANHOS EXPRESSIVOS.
Depois de terem atingido ontem o maior nível em 23 anos, os preços futuros do trigo caíram nesta terça-feira no mercado americano. Os contratos com vencimento em setembro recuaram 13,25 cents ou 1,91% e terminaram cotados a US$ 6,80/bushel. Na Bolsa de Kansas City, o mesmo vencimento fechou em baixa de 15,50 cents ou 2,21%, a US$ 6,85/bushel. Participantes do mercado embolsaram lucros em meio às preocupações com a seca na Rússia, que puxaram as cotações recentemente.
Traders disseram que o mercado de trigo estava prestes a ver uma correção, pois em julho teve o rali mais dramático na CBOT em 51 anos. Ontem, o contrato setembro fechou 62% acima da mínima em nove meses, registrada em junho. "Estamos prontos para um dia de descanso", disse o analista e corretor Larry Glenn, da Frontier Ag. Apesar das perdas, algumas novas compras e a cobertura de posições vendidas sustentaram as cotações. O analista Alex Bos, do Macquarie Bank, comentou que "com base puramente nos números de oferta e demanda, provavelmente fomos além do que é considerado um valor fundamentalmente justo".John Christopher, analista do Linn Group, afirmou que o mercado ainda reflete as preocupações com a possibilidade de que a Rússia venha a restringir as exportações para proteger o mercado doméstico. A consultoria UkrAgroConsult, da região do Mar Negro, alertou que uma proibição das vendas externas na Rússia é possível.
Entretanto, o governo não planeja limitar as cotações, de acordo com a agência de notícias local RIA Novosti, que citou o Ministério de Agricultura do país. O Ministério diminuiu hoje a estimativa da produção total de grãos para 70 milhões a 75 milhões de toneladas, em comparação com 72 milhões a 78 milhões de toneladas previstas anteriormente.
Se a Rússia reduzir as exportações, os Estados Unidos provavelmente poderão compensar qualquer queda da produção global de trigo, segundo participantes do mercado. A maioria deles entende que a oferta global permanece ampla para a atual demanda. Um analista afirmou que de 10% a 15% da inflação nos preços do trigo se deve à atividade especulativa. "Especulação significa que os preços estão exagerados tanto no caminho de alta quando no caminho de queda", acrescentou.
Também há rumores sobre a seca na Austrália, outro grande exportador. A produção da região Oeste, que responde por 40% do total nacional pode cair em um terço ou mais neste ano-safra, de acordo com a gerência geral de operações da Cooperativa Bulk Handling.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos em trigo hoje na CBOT, depois de terem comprado mais de 10 mil lotes durante cada uma das duas sessões anteriores.

EUA: FCSTONE PREVÊ SAFRAS DE MILHO E SOJA MAIORES.

A corretora de commodities FCStone divulgou há pouco sua nova estimativa de produção para milho e soja dos Estados Unidos. A empresa espera que a safra 2010/11 de milho totalize 13,430 bilhões de bushels (341,12 milhões de toneladas), com produtividade média de 165,8 bushels por acre.

As lavouras de soja do país devem produzir 3,428 bilhões de bushels (93,30 milhões de toneladas), com produtividade média de 44,0 bushels por acre.
Em julho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu que a safra de milho somaria 13,245 bilhões de bushels, enquanto a de soja resultaria em 3,345 bilhões de bushels. O USDA deve atualizar suas projeções em 12 de agosto, no relatório mensal de oferta e demanda. No ano passado, a produção de milho foi de 13,110 bilhões de bushels e a de soja totalizou 3,359 bilhões de bushels.

SECA ATINGE PRODUÇÃO E ELEVA PREÇOS DE ALIMENTOS NA EUROPA

A seca que quebrou a produção de trigo na Rússia também está afetando a produção e os preços agrícolas em toda a Europa Ocidental. Na Alemanha, o governo já relatou elevação de 12% a 15% no valor dos alimentos e economistas preveem um salto nos preços sazonais em toda a região, informa o Wall Street Journal.
Nesta terça-feira, o Ministério de Agricultura da Rússia reduziu sua previsão para a produção de grãos em 2010 para algo entre 70 e 75 milhões de toneladas. Antes estimava até 90 milhões de toneladas. A Agritel, empresa de gerenciamento de risco em agricultura, calcula uma quebra de 10% na safra de trigo da França. Na Alemanha, a produção de cevada deve cair 20% e de milho deve recuar 15%.
Mas o impacto vai além dos grãos. Uma associação de produtores italianos espera que a safra de tomate do país seja de 10% a 15% menor neste ano, por causa do intenso calor. Produtores de tulipas na Holanda podem ver a produção cair 10% ou mais e agricultores que cultivam batata na Bélgica estimam redução na produtividade. Na região de Lincolnshire, na Inglaterra, produtores estão preocupados com suas safras de soja, trigo e cevada. Sem feno ou pasto suficientes, criadores de animais estão vendendo a lã mais cedo, segundo o produtor Tim Elwess. "As lavouras de beterrabas e de milho foram duramente atingidos na região de Suffolk", contou.
O pesquisador de clima Ben Lloyd-Hughes, do Instituto Walker da Universidade de Reading, na Inglaterra, afirmou que a Europa Ocidental vem sendo prejudicada pela seca, mas o sudoeste da Rússia, da Ucrânia e da Bielo-Rússia foram as regiões mais atingidas. "Essa área está registrando o volume de chuva mais baixo e as mais altas temperaturas em pelo menos 30 anos", disse.
Na segunda-feira, o presidente russo Dmitry Medvedev declarou estado de emergência em sete regiões do país, inclusive no entorno de Moscou. De acordo com o diretor do centro de crises do Ministério de Situações de Emergência, Vladimir Stepanov, de 300 a 400 focos de incêndio surgem todos os dias. "Esse tipo de clima deve persistir até o fim da semana, agravando as condições do solo", observou.

CLIMA: TEMPERATURA CAI ABAIXO DE ZERO NO SUL DO PAÍS.

Os termômetros voltaram a marcar temperaturas abaixo de zero em algumas localidades da região sul do País na madrugada desta terça-feira, segundo informações da Climatempo e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura mais baixa foi registrada em São Joaquim, na serra catarinense, onde os termômetros marcaram -2,5ºC. No Rio Grande do Sul, a temperatura em Cambará do Sul chegou aos 2,3ºC negativos, segundo o Inmet. No Paraná, a menor temperatura no Estado foi de 2,1ºC, em General Carneiro.
Segundo a Climatempo, a tarde desta segunda-feira foi a segunda mais fria de 2010 nas capitais dos três Estados. Segundo o Inmet, às 15 horas, a temperatura em Curitiba foi de apenas 10,8ºC. A menor temperatura máxima registrada este ano na cidade foi de 10ºC, no dia 15 de julho. A mínima desta terça em Curitiba foi de 9,4ºC.
Em Florianópolis, a temperatura mínima nesta segunda-feira foi 11,7ºC. Durante a tarde, a máxima foi de apenas 14,4ºC, o segundo menor valor à tarde deste ano. A tarde mais fria de 2010 na capital catarinense foi a do dia 16 de julho, quando a máxima foi de 13,2ºC.
Em Porto Alegre, a temperatura mínima hoje foi de 5,6ºC e a máxima foi de 13,5ºC. A tarde desta segunda-feira também foi a segunda mais fria em 2010 para os porto-alegrenses. A menor temperatura máxima registrada este ano pelo Inmet foi de 11,2ºC, no dia 13 de julho.
De acordo com a Climatempo, a expectativa é de geada na quarta-feira, devido a uma nova onda de frio polar que entrou com força sobre o sul do Brasil causando muito frio. O vento provocado por uma massa polar chega ao sul do País com muita umidade marítima, o que vai estimular o aumento da nebulosidade.
O ar muito frio e úmido provocado pela massa polar vai manter as nuvens e as temperaturas extremamente baixas nestas áreas, causando o resfriamento intenso, e os flocos de neve poderão se formar em algumas nuvens, junto com a chuva. Há possibilidade de neve também para a quarta-feira.

SOJA: ABIOVE ELEVA ESTIMATIVA DE EXPORTAÇÃO EM 2010/11.

Pela segunda vez em menos de um mês, a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) elevou a estimativa das exportações de soja durante o ano comercial que vai de fevereiro de 2010 a janeiro de 2011. Em relatório divulgado hoje, a entidade projetou vendas externas de 29,8 milhões de toneladas, ante 29,5 milhões de t previstas em 14 de julho. Em junho, os embarques foram estimados em 29,2 milhões de t. O volume previsto hoje é 6,3% maior que as 28,04 milhões de toneladas exportadas no ano comercial 2009/10.
Com a elevação das exportações, os estoques de passagem do período 2010/11 foram ajustados para 2,906 milhões de toneladas, de 3,706 milhões de toneladas estimadas em julho. O volume, contudo, ainda fica acima das 2,106 milhões de t que restaram do ciclo 2009/10.
A estimativa da produção brasileira da oleaginosa foi mantida em 68,4 milhões de toneladas, ante 57,883 milhões produzidas na safra anterior. A projeção de processamento subiu, de 33,1 milhões de toneladas estimadas em junho e julho para 33,6 milhões de t, praticamente três milhões de t mais que no ciclo passado.
A Abiove também elevou as estimativas da exportação de farelo, para 13,6 milhões de toneladas, de 13,2 milhões de t estimadas em junho e julho. No período anterior, as vendas externas desse derivado foram de 12,038 milhões de t. Os embarques de óleo de soja em 2010/11 foram ajustados para 1,5 milhão de t, de 1,35 milhão de t em junho e julho. Na safra anterior, as exportações foram de 1,456 milhão de t.

A demanda por soja e derivados no mercado internacional, especialmente na China, segue firme, enquanto os estoques nos Estados Unidos estão baixos. O país inicia a colheita da nova safra entre setembro e outubro, o que abriu uma janela para as exportações da América do Sul. O aperto da oferta neste momento fez a cotação da soja subir 10,5% nos últimos 30 dias na Bolsa de Chicago.

TRIGO: JAPÃO EM BUSCA DE 124.469 TONS-EMBARQUE EM OUTUBRO/2010.

O Ministério de Alimentação, Silvicultura e Pesca do Japão busca 124.469 toneladas de trigo para alimentação em um leilão, informou uma autoridade do órgão nesta terça-feira. O cereal, que deverá ser de origem norte-americana, tem embarque previsto para outubro. O leilão termina na quinta-feira.
O Japão não realizou nenhum leilão semanal para importar trigo nas três primeiras semanas de julho, à medida que o governo implementava regras para um novo sistema de importações a granel. No entanto, o país já promoveu três leilões em pouco mais de uma semana e comprou um total de 437.612 toneladas da Austrália, do Canadá e dos Estados Unidos.
BANGLADESH REDUZIRÁ COMPRAS.
Bangladesh decidiu reduzir pela metade as importações de 400 mil toneladas de trigo indiano previstas em um acordo diplomático e, em vez disso, solicitará mais ofertas de arroz ao país vizinho, informou na noite de ontem uma autoridade sênior do governo bengali. "Os preços do trigo indiano estão mais altos. Nós pedimos que o governo da Índia reduza os preços", disse a fonte, que está diretamente envolvida nas negociações e pediu para não ser identificada.
A US$ 370 por tonelada, o custo do trigo indiano desembarcado nos portos de Bangladesh será US$ 120 por tonelada superior ao cereal da Ucrânia, acrescentou ele. O país agora quer importar apenas 200 mil toneladas de trigo da Índia, mas pretende elevar as compras de arroz para 300 mil toneladas, esclareceu a autoridade.

GRÃOS/EUA: CONDIÇÃO DAS SAFRAS PIORA MAS AINDA É RECORDE.

As condições das lavouras de milho e soja pioraram um pouco, conforme relatório semanal de acompanhamento de safra divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, a avaliação permanece em níveis historicamente altos para esta época do ano e o desenvolvimento continua acima da média. A condição da safra de trigo de primavera caiu em relação à semana passada, mas assim como milho e soja, a safra mantém níveis históricos de bom a excelente.
Milho
O USDA avaliou que 71% da safra de milho apresentava condição boa a excelente até domingo, queda de um ponto porcentual em relação à semana anterior, mas 68% acima de um ano atrás. Traders esperavam que a porcentagem se mantivesse estável ou caísse um pouco. As safras dos principais Estados estão se mantendo positivamente, com temperadoras mais quentes e umidade adequada, segundo analistas. No importante Estado de Iowa, a avaliação de boa a excelente permaneceu estável nos 70%. Em Indiana houve elevação de um ponto porcentual, para 63%. Illinois, por sua vez, registrou um ponto porcentual a mais, com 66%.Cerca de 93% da safra havia formado espiga até ontem, mais do que os 84% obtidos no ano anterior, enquanto a média é de 86%.
Segundo o USDA, 31% da safra se encontrava no estágio de formação de grão, mais do que os 17% do domingo anterior e também superior à média de 24%. O desenvolvimento chegou à formação de dentes em 7% das lavouras, mais do que os 3% do mesmo momento do ano anterior, mesmo nível da média em cinco anos.
Soja
O USDA avaliou 66% da safra de soja como em condição boa a excelente, o que representa queda de um ponto porcentual ante o mesmo momento da semana passada e também em relação a um ano atrás. Traders esperavam que a avaliação se mantivesse estável na semana ou caíssem levemente. A média em 10 anos para a safra de soja em 1º de agosto é de 60% de bom a excelente. Em Iowa, a melhor avaliação se manteve nos 71%, assim como em Indiana ficou novamente em 64%. A condição melhorou um ponto porcentual em Illinois, para 64%.
Cerca de 86% das lavouras se encontravam no estágio de floração no domingo. Uma semana antes eram 75%. O nível atual está acima da média de 83% para esta época do ano, de acordo com o USDA. Além disso, 53% da safra formou vagens. Na semana passada, eram 35%. A média é de 48%.
Trigo
O USDA reduziu sua avaliação de boa a excelente para a safra de trigo de primavera, passando de 83% para 82% na semana. Há um ano, registrou-se 71%. Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo de primavera, a condição boa a excelente se manteve nos 84%.De acordo com o USDA, 98% da safra perfilou, ante 94% na semana passada. A média para este momento é de 99%. Na Dakota do Norte, 99% da safra perfilou, enquanto eram 97% uma semana antes, mesmo parcela de média. O USDA informou que 5% da safra de primavera havia sido colhida até domingo, mais do que os 3% do ano passado, mas bem inferior à média de 13%.
A agência do governo disse que 83% da safra de inverno foi colhida, mais do que os 79% da semana passada e abaixo da média de 88%. A colheita terminou nos importantes Estados de Kansas e Oklahoma, mas evolui lentamente na Dakota do Sul e em Nebraska.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

TRIGO/EUA VOLTA A DISPARAR COM SECA NA RÚSSIA

O agravamento da seca na Rússia estimulou compras de contratos de trigo no mercado americano nesta segunda-feira. A atuação de fundos impulsionou fortemente as cotações. Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em setembro, os mais negociados, fecharam com elevação de 31,75 cents ou 4,80%, cotados a US$ 6,9325/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo contrato teve alta de 26,0 cents ou 3,85% e fechou a US$ 7,0050/bushel.
Há muito trigo seco nos campos da fértil região produtora russa do Rio Volga. O calor e a falta de chuvas inviabilizou metade da safra nas áreas mais atingidas, enquanto a parcela restante deve registrar metade da produtividade dos anos anteriores. Antes da estiagem e das queimadas, Rússia e Ucrânia esperavam responder por 18% das exportações mundiais de trigo.
A queda da produção global aumenta as incertezas sobre uma eventual restrição de oferta de trigo e outros cereais, como ocorreu em 2008. Mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que haverá cerca de 30 milhões de toneladas de trigo nos estoques do país no fim de maio do ano que vem, isto é, a maior reserva americana em 23 anos. Especuladores entraram no mercado de trigo nas últimas semanas. O número de apostas na queda dos preços caiu para 15,43 mil contratos em 27 de julho, ante 22,19 mil contratos uma semana antes. O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, afirmou que enxerga "simplesmente fluxo de capital chegando ao mercado". "Quanto se tem um mercado do tipo climático, como estamos agora, tem-se muita emoção entrando. Portanto, não estamos mais negociando fundamentos", resumiu McCambrigde. Estima-se que fundos de commodities tenham comprado cerca de 15 mil contratos na CBOT.

MILHO ALCANÇA MÁXIMA EM 6 MESES E MEIO.

Os preços futuros do milho caíram nesta segunda-feira, após recuar dos avanços observados no início do dia na CBOT. Vendas de produtores pressionaram as cotações, que chegaram a alcançar as máximas em seis meses e meio. O contrato de maior liquidez, com vencimento em dezembro, cedeu 2,25 cents ou 0,55% e fechou a US$ 4,0450/bushel. Chegou a registrar US$ 4,18/bushel no melhor momento do dia. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 7 mil contratos hoje.
O mercado voltou a seguir os futuros de trigo durante a maior parte do dia. Mas o trigo limitou seus ganhos e o traders venderam também contratos de milho. As vendas de produtores ocorreram nas máximas. Além disso, especuladores embolsaram lucros e liquidaram posições compradas. "O mercado não teve mais nada altista, pois as condições da safra são boas de modo geral e o fato de o mercado estar sobrecomprado estimula um ligeiro recuo", afirmou Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.
O clima favorável no curto prazo para desenvolvimento da safra dos Estados Unidos fez com que os traders não tivessem nenhuma influência altista para um rali. No entanto os traders que apostam na elevação dos preços foram encorajados porque a queda foi apenas modesta, depois de um rali de quase 11% em uma semana. A pressão foi limitada, ainda, pelas incertezas sobre o potencial de produtividade da safra 2010/11 dos Estados Unidos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou há pouco que 71% da safra de milho apresenta condição boa a excelente, ante 72% uma semana atrás. A maioria dos traders esperava que o USDA mantivesse sua avaliação.

SOJA/MT : ALTA EM CHICAGO MELHORA RELAÇÃO DE TROCA.

A alta recente das cotações da soja na Bolsa de Chicago melhorou a relação de troca dos produtores na compra dos insumos. Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em julho, os pacotes de troca do grão por insumos, na negociação com parte das tradings e das revendas, ficou em 28 sacas de soja para pagamento a prazo e 24 sacas nas operações a vista. Em maio, os negócios à vista estavam cotados em 30 sacas e, a prazo, a 26 sacas.
O Imea estima que os produtores já compraram 86% dos defensivos agrícolas, 85% dos fertilizantes e 90% das sementes, "números que estão um pouco mais atrasados em relação a 2009/10". O atraso nas compras dos insumos levou o instituto a manter inalterada, em julho, sua projeção de área plantada para a safra 2010/11, que começa a ser semeada a partir de 15 de setembro, quando termina o prazo do vazio sanitário. A estimativa é de plantio de 6,094 milhões de hectares em Mato Grosso, área 2% inferior aos 6,217 milhões de hectares cultivados na safra passada. A expectativa é de colheita de 18,289 milhões de toneladas.
No levantamento mais recente sobre as fontes de recursos para financiamento do plantio da próxima safra, com base nos custos de maio, o Imea projetava gastos da ordem de R$ 5,959 bilhões no plantio de 6,094 milhões de hectares. Segundo o Imea, os financiamentos das tradings devem cobrir 25% das despesas e as revendas de insumos devem participar com 20% do montante de recursos. Há dois anos, as tradings participavam com 50% do total e as revendas com 11%. Os recursos próprios dos agricultores, que correspondiam a 22% do total na safra 2008/09, nesta safra devem representar 37%. A participação dos recursos do crédito oficial (12%) e dos bancos federais (6%) se mantém praticamente estáveis.
Em seu boletim semanal sobre a soja, divulgado hoje, os técnicos do Imea relatam negócios para a safra nova a US$ 16,00/saca, em Sorriso, e em Primavera do Leste, a US$ 17,30/saca, ambos para entrega física até o final de fevereiro do próximo ano. O levantamento sobre a safra passada indica que 90% das 18,814 milhões de toneladas colhidas já foram comercializadas (16,933 milhões de toneladas).
A venda da oleaginosa está mais adiantada na região oeste, onde atingiu 2,57 milhões de toneladas, que correspondem a 94,8% das 2,711 milhões de toneladas produzidas.

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