sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CHINA/SOJA FECHA EM LEVE ALTA COM SECA NA ARGENTINA

Os futuros da soja fecharam ligeiramente em alta na Bolsa de Commodities de Dalian, impulsionados por temores de que o clima seco pode reduzir as perspectivas de produção na Argentina. O mercado também foi influenciado pelo ressurgimento de preocupações com a inflação, após uma onda de medidas governamentais para conter a alta dos preços e a atividade especulativa.
O contrato setembro, o mais negociado, terminou com valorização de 2 yuans nesta sexta-feira, cotado a 4.416 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.405 e 4.425 yuans por tonelada (6,65 yuans = US$ 1). O número de contratos abertos caiu 8.770 lotes, para 210.978 lotes, enquanto o volume de negócios atingiu apenas 113.218 lotes.
Condições climáticas desfavoráveis na Argentina continuam sustentando os preços, mas os investidores ainda estão preocupados com uma nova rodada de políticas de aperto monetário na China, afirmou Zhu Jinming, analista da Zheshang Futures Co. Rumores sobre a elevação da taxa básica de juro do país ainda não se materializaram, deixando espaço para uma recuperação de curto prazo, ainda que os participantes do mercado estejam cada vez mais cautelosos.
Produtores chinesas estão segurando as ofertas de soja, relutantes em vender na expectativa de que os preços continuarão subindo com a chegada do Ano Novo Luna, pico da temporada de consumo. Contudo, enormes importações limitaram a recuperação do mercado. Os estoques nos portos chineses estão em um nível muito alto de 6 milhões a 6,5 milhões de toneladas, volume suficiente para satisfazer as necessidades das processadoras por um mês e meio com base na atual capacidade de esmagamento.
As processadoras domésticas foram forçadas a suspender as operações devido ao aperto das margens de lucro diante da restrição dos preços dos óleos comestíveis pelo governo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ALGODÃO DEVE SUBIR MAIS NO INÍCIO DE 2011

Em meio ao avanço do plantio da safra 2010/11, os preços do algodão no mercado interno se mantêm em alta e atingiram nesta semana nova máxima, impulsionados pela disponibilidade cada vez menor da mercadoria remanescente da safra passada e pelas contínuas altas registradas nas cotações dos futuros negociados em Nova York. Com uma escassez de oferta no curto prazo não apenas no Brasil, mas também nos demais países fornecedores da matéria-prima, a expectativa é a de que os preços tenham altas ainda mais expressivas no início de 2011.
O indicador de preços do algodão calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) fechou ontem cotado a R$ 2,9056 por libra-peso para pagamento em oito dias e atingiu novo recorde nominal da série histórica iniciada em 1996, acumulando alta de 8,35% em dezembro. Já o indicador diário à vista fechou ontem em R$ 2,8860 por libra-peso, variação positiva no mês de 8,36%.
Analistas consultados pela Agência Estado destacam que os estoques brasileiros estão muito ajustados, ao mesmo tempo em que a indústria mantém o interesse de compra para tentar repor estoques. A proximidade do final de ano contribui para retrair ainda mais a oferta, pois os produtores devem aguardar janeiro para aproveitar melhores preços e também optar por recolher o Imposto de Renda sobre a negociação somente em 2012.
A escassez de mercadoria levou algumas indústrias a entrar em férias coletivas e outras se preparam para o recesso do final do ano, mas parte dos agentes tem ofertado valores acima da média, o que manteve os preços internos em alta. Os analistas comentam que a solução para a indústria brasileira é importar, mas também não há muitas origens no mercado internacional com mercadoria disponível para venda.
De outubro deste ano até maio de 2011, o governo liberou a importação de 250 mil toneladas de algodão com isenção da taxação de 10% da Tarifa Externa Comum (TEC), incidente sobre as compras de países fora do Mercosul. "Os Estados Unidos seriam a única alternativa viável em relação à logística e preço, mas eles só têm algodão disponível para abril de 2011. Não se consegue nada para embarque em janeiro, então é por isso que o algodão que está aqui disponível para venda está com preço tão alto", disse uma fonte, lembrando que o volume disponível no País é muito baixo. Esse cenário só deve mudar quando a safra 2010/11 começar a entrar no mercado brasileiro. "Provavelmente vai depender do posicionamento da indústria, mas a demanda aparentemente está aquecida, e acho que poderia ter espaço sim para alta", completou a fonte.
Em Nova York, as cotações dos futuros fecharam ontem em baixa pela primeira vez depois de cinco sessões seguidas de alta. A valorização do dólar frente a uma cesta de outras moedas, que diminuiu o interesse dos investidores pelas commodities, pressionou as cotações do algodão negociado na bolsa ICE Futures US. O contrato com vencimento em março recuou 235 pontos ou 1,63% e fechou a 142,14 cents/libra-peso. As preocupações com a oferta mundial, principalmente em meio às incertezas relacionadas à Índia, também vêm dando sustentação aos preços.
O ministro da Agricultura indiano, Sharad Pawar, informou que um painel ministerial se reunirá dentro de dois dias no país para decidir sobre a prorrogação do período de exportação do que já foi vendido, que terminou ontem. A Índia, segundo maior exportador de algodão do mundo, autorizou a exportação de 5,5 milhões de fardos de 170 quilos cada no ano comercial iniciado em 1º de outubro de 2010, e todo o volume foi contratado poucos dias após a abertura do período de registro obrigatório de embarques. Os traders então se comprometeram a exportar esse volume até meados de dezembro, de acordo com uma regulamentação local.
No entanto, eles dizem que muitos não conseguirão honrar os compromissos dentro do prazo, já que chuvas tardias atrasaram a colheita da safra de algodão. A demanda pelo produto indiano cresceu nos últimos meses, uma vez que o país espera uma safra abundante de 32,5 milhões de fardos em 2010/11 enquanto outros importantes produtores, China e Paquistão, sofrem com as enchentes.
Plantio nacional - No Mato Grosso, principal Estado produtor, passados 15 dias do início do plantio após o período de vazio sanitário para o controle do bicudo-do-algodoeiro, a estimativa é de que 30% da área prevista já tenha sido plantada. "O ritmo está bom, porque não está faltando tanta chuva, está mais ou menos na medida correta", afirmou Álvaro Salles, diretor executivo do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt). Ele estima que o plantio da primeira safra deve se encerrar entre 5 e 10 de janeiro, e que cerca de 60% da produção já foi comprometida para venda. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Estado deve plantar 595.250 hectares, 42% a mais que em 2009/10.
Isabel da Cunha, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), comenta que 80% da área destinada ao algodão já foi semeada no Estado, com expectativa de finalizar a implantação até o Natal. "As chuvas estão esparsas, mas está na medida. A princípio não estamos tendo problemas de replantio", disse ela. A estimativa da entidade é de uma área plantada com algodão de 400 mil hectares nesta safra, sendo 360 mil na região oeste e os outros 40 mil no sudeste. Segundo ela, os produtores comercializaram antecipadamente pelo menos 60% da produção.

SOJA: CHICAGO FECHA EM QUEDA COM FRACAS EXPORTAÇÕES.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em queda hoje, pressionados pelos dados de exportação semanais dos Estados Unidos abaixo do esperado.
O contrato janeiro recuou 7,50 centavos, ou 0,6%, para fechar cotado a US$ 12,89 por bushel, enquanto o março, de maior liquidez, caiu 7,25 centavos, ou 0,6%, para US$ 13,0050.
Os dados de exportação divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA abaixo do esperado determinaram o viés do mercado, uma vez que traders optaram por reduzir a exposição ao risco devido a temores de uma desaceleração da demanda, disseram analistas.
Temores de que esses dados indiquem que os preços estão altos demais para atrair compradores estrangeiros levaram os participantes do mercado a deixar algumas posições mais arriscadas.
O USDA divulgou que as vendas totais de soja na semana encerrada em 9/12 atingiram 173,6 mil toneladas, sendo 84,6 mil toneladas para entrega no ano comercial 2010/11. Analistas estimavam vendas entre 600 mil e 900 mil toneladas.
Fora as aquisições da China, a demanda pela soja norte-americana é limitada, o que força os traders a adotarem uma postura de aguardar para ver qual é a real situação da demanda.
Por sua vez, a questão da estiagem na Argentina continua dando suporte, ainda que tenha perdido a força. Segundo Kleist, os preços avançaram levando em consideração tanto a forte demanda da China quanto as preocupações com a safra Argentina e, uma vez excluído o fator China, é preciso encontrar outra justificativa para manter os preços em níveis elevados.
O contrato janeiro do óleo de soja fechou com queda de 13 pontos,  para 54,07 centavos por libra-peso, enquanto março recuou 12 pontos, para 54,56 centavos. O janeiro do farelo perdeu US$ 2,30, ou 0,7%, cotado a US$ 343,80 por tonelada.

MILHO ACOMPANHA CLIMA NA ARGENTINA.
O mercado futuro de milho foi sustentado nesta quinta-feira pelas preocupações com o clima seco na Argentina, que pode reduzir a produção. Os contratos mais negociados, com vencimento em março, subiram 3,25 cents e fecharam a US$ 5,8750/bushel.Os futuros estão trabalhando próximos às máximas em cinco semanas, com preocupações relacionadas ao aperto da oferta global se houver queda de produção na Argentina.
O analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best, declarou que o clima é muito relevante para o milho da Argentina, cuja safra está entrando no importante período de polinização. O país é o segundo maior exportador mundial de milho, após os Estados Unidos. Hannagan lembrou que a China deve comprar milho argentino e, se houve quebra na safra, os Estados Unidos terão de suprir uma parte do abastecimento. Portanto, o mercado embutiu algum prêmio de risco nas cotações.
Mas os avanços foram limitados por realização de lucros neste fim de ano. Hannagan disse que os traders querem tirar algumas fichas da mesa antes das festas. É difícil atrair compradores quando os participantes embolsam lucros neste momento, recordou.

GRÃOS/ARGENTINA: BOLSA ELEVA PROJEÇÃO DA SAFRA DE TRIGO.

A elevada produtividade da safra de trigo da Argentina fez com que a Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevasse sua estimativa para produção total da safra de trigo do país em 500 mil toneladas em relação à semana passada. A bolsa prevê que a produção totalizada 13,5 milhões de toneladas. Até o momento, cerca de 40% da safra foi colhida e os produtores estão aproveitando o clima seco para avançar rapidamente nos trabalhos de campo.
Soja
A bolsa manteve sua estimativa para a área plantada com soja em 18,7 milhões de hectares. Quase 70% da área prevista foi cultivada até o momento. O clima mais seco a partir de novembro desacelerou um pouco o plantio, de modo que o ritmo ficou 11 pontos percentuais abaixo da temporada anterior. Chuvas isoladas ao longo da semana passada ajudaram a impulsionar o plantio, mas é necessário ter mais umidade durante as próximas duas semanas para que os produtores levem adiante sua intenção de plantio, de acordo com a Bolsa de Buenos Aires.
Milho
A bolsa também manteve sua projeção para a área plantada com milho em 3,15 milhões de hectares, com cerca de 84% da área plantada até o momento. O clima é seco em muitas áreas, o que está afetando a produção e evitando o plantio no extremo Norte e nas áreas do Sul do cinturão agrícola, segundo a bolsa. As chuvas são previstas no Norte do país nesta semana e serão necessárias para que os agricultores cultivem a área que planejaram.

GRÃOS/PARANÁ FINALIZA PLANTIO E LAVOURAS TÊM BOAS CONDIÇÕES.

O Paraná finalizou, nesta semana, o plantio de soja e milho da safra verão 2010/11 nesta semana, de acordo com o acompanhamento de semanal do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado (Seab). De acordo com os dados divulgados hoje, 96% das lavouras de soja, e 92% da área com milho estão em boas condições.
O Deral confirmou as estimativas para a área plantada e a produção de ambos os grãos no Estado, maior produtor de milho e segundo maior de soja, em relação ao relatório divulgado de novembro. A estimativa é de um plantio da oleaginosa em 4,5 milhões de hectares, com uma produção de 13,8 milhões de toneladas. Já para milho houve nova redução na previsão da área, que passou de 734,9 mil hectares no acompanhamento de novembro para 731,2 mil agora. Esta é a menor área para o milho no Estado desde a década de 1960. A produção, entretanto, ficou estável em 5,3 milhões de toneladas.
Segundo Otmar Hubner, engenheiro agrônomo do Deral, as lavouras de milho estão se desenvolvendo bem em meio a chuvas satisfatórias, depois de o plantio ter começado em setembro com falta de água. "Hoje o milho está em boa parte florescendo, e se não tivermos seca em janeiro e fevereiro vamos ter uma boa safra de milho", disse, alertando entretanto, que para a soja as precipitações estão no limite. "Quase demais", avalia Hubner, uma vez que a oleaginosa não precisa de tanta chuva.
A comercialização no Paraná também manteve-se estagnada. Os produtores negociaram antecipadamente 6% e 1% da de milho.

Rio Grande do Sul - No estado gaúcho, as chuvas ocorridas recentemente foram favoráveis, e o plantio de soja já atingiu 90% da área prevista, ante 86% há uma semana, de acordo com a Emater, empresa de extensão rural do governo do Estado. "As últimas lavouras, localizadas em zonas mais frias, deverão ser finalizadas até o fim deste mês", informa o relatório. "Para as lavouras já germinadas e que estão em desenvolvimento vegetativo, a umidade presente no solo dá condição para uma boa evolução e manutenção de um bom padrão".
O órgão estima que o terceiro maior produtor de soja do País deverá plantar uma área de 4,1 milhão de hectares com a oleaginosa, com produção estimada em 9,1 milhões de toneladas.
Em relação ao milho, 84% da área prevista em 1,1 milhão de hectares já foi plantada, um avanço semanal de dois pontos porcentuais, depois de as chuvas abundantes terem dado um alento aos produtores, principalmente aqueles que têm lavouras em fase de floração e enchimento de grãos. A Emater prevê uma produção no Rio Grande do Sul de 4,6 milhões de toneladas de milho.

GRÃOS/CHICAGO OPERA EM LEVE BAIXA COM DESACELERAÇÃO DA DEMANDA

Os preços futuros da soja estão trabalhando perto da estabilidade na Bolsa de Chicago depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou vendas externas abaixo das expectativas. Os contratos com vencimento em janeiro caíam 5,0 cent operando a US$ 12,910/bushel. Os lotes para entrega em março cediam 6,0 cent  negociados a US$ 13,01/bushel.
As exportações na semana serviram como uma indicação de desaceleração da demanda, outro sinal de que, sem as fortes compras da China, os preços ficam limitados aos preços atuais, segundo analistas. Realização de lucros de fim de ano ajudaram a sustentar as perdas, mas as ameaças à safra da Argentina ainda dão suporte.

TRIGO OPERA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS
Participantes do mercado de trigo embolsam lucros e pressionam as cotações no mercado americano,. A demanda fraca por trigo de baixo teor proteico pesa nos futuros da Bolsa de Chicago , segundo traders.
Contratos com vencimento em março caíam 14,00 cents operavam a US$ 7,50/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedia 9,25 cents ou 1,14% e trabalhava a US$ 8,02/bushel.
As exportações de trigo dos Estados Unidos na semana encerrada no dia 9 somaram 973,3 mil toneladas, acima das expectativas dos analistas. No entanto, as vendas do trigo negociado na CBOT corresponderam a menos de 100 mil toneladas.

MILHO TRABALHA EM ALTA COM CLIMA SECO NA ARGENTINA
Preocupações com o clima seco na Argentina estão sustentando as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em março estão negociando a US$ 5,8625/bushel, em alta de 2,0 cents ou 0,34%.
Tempestades neste fim de semana se concentram no coração do cinturão de soja da Argentina, mas não chegam à metade do Sul ou a cinturão do milho, de acordo com a empresa de análises climáticas T-Storm Weather. A maioria das regiões da Argentina recebeu de 33% a 67% menos chuvas do que o normal desde outubro, segundo os meteorologistas. A Argentina é o segundo maior exportador, depois dos Estados Unidos.

GRÃOS/TURQUIA VENDERÁ 610 MIL TONS.

A agência estatal de grãos da Turquia informou ontem que venderá 610 mil toneladas de trigo para moagem dos estoques, segundo a agência de notícias Ihlas (IHA). Em um comunicado, o órgão disse que irá monitorar de perto o desempenho dos preços locais e internacionais, bem como anunciará medidas adicionais, dependendo das condições do mercado.
Anteriormente, a agência projetou a safra doméstica de trigo neste ano em 19 milhões de toneladas, destacando que a produção e os estoques do país são suficientes para satisfazer o consumo anual de 18 milhões de toneladas.

CHINA LIMITA CRÉDITO PARA INVESTIMENTO ATÉ FIM DO MÊS

O órgão regulador do sistema bancário da China ordenou os bancos incorporados em Xangai a não fazerem empréstimos para investimentos em ativos fixos durante o restante deste mês, afirmaram duas pessoas próximas ao assunto.
A diretriz da filial da Comissão Regulatória Bancária da China em Xangai segue-se a um forte aumento nos empréstimos por bancos locais em novembro, para 36,1 bilhões de yuans (US$ 5,4 bilhões), mais de sete vezes acima do valor registrado no mesmo mês do ano passado.
Além disso, nesta semana a CBRC ordenou que os bancos forneçam mais crédito para a economia real, especialmente para companhias relacionadas à agricultura e pequenas e médias empresas. O órgão afirmou que vai "impedir decisivamente" a cooperação imprópria entre bancos e instituições financeiras não bancárias, como companhias fiduciárias.
Na terça-feira um pesquisador do governo chinês afirmou que os bancos do país provavelmente vão conceder cerca de 7,6 trilhões de yuans em novos empréstimos neste ano, levemente mais do que a meta de 7,5 trilhões de yuans.
Os bancos afetados incluem Bank of Communications, Shanghai Pudong Development Bank e Bank of Shanghai, além de bancos estrangeiros incorporados em Xangai, como HSBC e Hang Seng Bank, segundo as fontes.

CHINA/SOJA FECHA EM QUEDA POR PREOCUPAÇÕES COM APERTO MONETÁRIO

Os futuros da soja terminaram com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian, acompanhando a fraqueza de outras commodities e dos mercados acionários em meio a preocupações de que a China combaterá a inflação com políticas de aperto monetário, após novos dados mostrarem que o índice de preços ao consumidor chinês subiu 5,1% em novembro.
O contrato setembro, o mais negociado, fechou com queda de 16 yuans nesta quinta-feira, cotado a 4.414 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.400 e 4.425 yuans por tonelada (6,66 yuans = US$ 1). O volume de contratos negociados foi de 134.128 lotes, muito abaixo dos 245.992 lotes apurados na véspera, maior nível desde 29 de novembro.
Expectativas de um aumento na taxa básica de juro da China são muito fortes agora, mas os fundamentos da soja continuam sólidos, afirmou Wang Ping, analista da Soochow Futures Co. O mercado à vista também está lento, já que tanto os compradores como os vendedores adotam uma postura de cautela, acrescentou ele.
O rali do dólar adicionou pressão sobre os preços, impedindo quaisquer ganhos. No entanto, a soja estará em uma tendência de alta de longo prazo com a chegada do Ano Novo Lunar, pico da temporada de consumo do óleo de soja.
O Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China informou hoje que a produção local da oleaginosa subiu 1,5% em 2009/10, atingindo 15,2 milhões de toneladas. Contudo, expectativas de fortes pressões inflacionários são uma grande preocupação para consumidores e empresários, com ceticismo em relação à visão da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China de que as ofertas de óleos comestíveis estão "absolutamente garantidas" no mercado doméstico.
Os jornais China Business News e China Times informaram que algumas processadoras chinesas foram forçadas a suspender as operações, à medida que a restrição dos preços pelo governo provoca prejuízos. A comissão revelou na terça-feira que a meta do índice de preço ao consumidor foi fixada em 4% para 2011, ante 3% neste ano. O órgão também estima que o Produto Interno Bruto do país tenha crescimento superior a 3% em 2010.

PRODUÇÃO DE MILHO E SOJA AUMENTA EM 2010.
A produção de milho, arroz e soja da China aumentou neste ano, mas a de canola provavelmente recuou 7%, enquanto a de trigo ficou estável no período, previu nesta quinta-feira o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos.
A safra local de milho deve ter subido 5% em 2010, para 172,5 milhões de toneladas, enquanto a de trigo permaneceu em 115,1 milhões de toneladas, de acordo com o órgão. A produção de arroz cresceu 2% no período, para 199 milhões de toneladas, e a de soja teve alta de 1,5%, para 15,2 milhões de toneladas. Somente a de canola registrou piora, caindo para 12,6 milhões de toneladas.
A área cultivada com as commodities agrícolas aumentou neste ano, exceto por um declínio marginal no plantio de soja.

GRÃOS/UE: REDUZIDA ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO EM 2010.

A relação de oferta e demanda de grãos na União Europeia (UE) permanece apertada nesta temporada, conforme condições climáticas adversas continuam reduzindo as expectativas com relação à produção do bloco econômico, de acordo com a Stratégie Grains.
A safra total de grãos da UE deve cair para 275 milhões de toneladas em 2010, disse a consultoria francesa, reduzindo sua projeção em um milhão de toneladas ante novembro para refletir uma declínio de 700 mil toneladas na produção de trigo soft e um corte na de milho.
Portanto, ambos os mercados trabalham com perspectivas de preço otimistas no futuro, enfrentando um déficit de ofertas nesta temporada, com os estoques provavelmente abaixo dos níveis mínimos no fim de setembro de 2011, informou a Stratégie Grains.
No caso do trigo, os preços precisam subir para racionar a intensa demanda global por carregamentos europeus, que continuam competitivos em relação aos dos Estados Unidos. As exportações da UE para países terceiros são estimadas em torno de 20 milhões de toneladas em 2010/11.
Para o milho, uma produção menor e a retração dos estoques nesta temporada devem ampliar a demanda por importações para 6,8 milhões de toneladas, já ofertas mais baratas do Brasil, da Sérvia e, possivelmente, da Ucrânia ofuscam as europeias, segundo a consultoria.
Apenas a cevada mostrará alguma melhora no período, podendo capturar parte da demanda do setor de ração animal por outros grãos, conforme um aumento na estimativa da safra para quase 53 milhões de toneladas e a liberação de estoques de intervenção pela UE aliviam a pressão sobre os mercados.
"Este volume excedente pode, então, pressionar os preços da cevada no final do ano-safra, o que permitiria ao cereal capturar a demanda do setor de ração animal por trigo [e milho]", explicou a Stratégie Grains. "Contudo, as situações apertadas para o trigo e o milho na UE impedirão os preços da cevada de cair muito acentuadamente."

CHICAGO/SOJA FECHA ESTAVEL APÓS REALIZAÇÃO DE LUCRO

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira, bem abaixo das máximas vistas mais cedo uma vez que traders embolsaram lucros em uma tentativa de reduzir a exposição ao risco.
O contrato janeiro subiu 0,50 centavo para fechar a US$ 12,9650 por bushel, enquanto o março ganhou 1,75 centavo, ou 0,1%, para US$ 13,0775.
Os ganhos iniciais do mercado logo perderam força devido à falta de um novo fundamento que desse suporte suficiente para atrair compradores, disse Rich Nelson, diretor de pesquisa da Allendale Inc.
As persistentes preocupações com o tempo seco na áreas de soja da Argentina deram sustentação inicial ao mercado, assim como as notícias de novas compras da China para entrega no ano comercial 2011/12. Em geral, a estiagem na Argentina é um fator altista, mas depois de um mês de altas por conta disso os traders começam a ficar cautelosos, preferindo esperar para ver o que acontece em meio a previsões de chuva para a região no fim de semana, completou Nelson.
Brasil e Argentina são respectivamente o segundo e terceiro maiores produtores mundiais depois dos EUA e é cada vez mais necessário que os dois produzam amplas lavouras neste ano para atender à demanda mundial. A menor indicação de que isso não acontecerá provoca compras futuras.
A falta de novidades deu o tom de volatilidade ao mercado, com os traders em busca de reduzir a exposição ao risco antes do final do ano. A alta do dólar também impediu maiores ganhos.
O contrato janeiro do óleo de soja recuou 89 pontos, ou 1,6% para 54,20 centavos por libra-peso, enquanto o março perdeu 89 pontos, cotado a 54,68 centavos. O janeiro do farelo ganhou US$ 3,90, ou 1,1%, para US$ 346,10 por tonelada.

MILHO REALIZA LUCROS E FECHA COM DESVALORIZAÇÃO
As cotações do milho caíram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado cedeu após atingir máximas em um mês no início do dia, conforme traders aproveitaram a oportunidade para embolsar lucros antes do fim do ano. Os lotes para entrega em março fecharam com desvalorização de 3,0 cents ou 0,51%, cotados a US$ 5,8425/bushel. A queda ocorreu depois que os futuros alcançaram US$ 5,9450/bushel.
O analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, afirmou que os futuros não encontram suporte nos fundamentos deste que saltaram para o maior nível em 27 meses, a US$ 6,05/bushel, em 9 de novembro. O mercado ficou sobrecomprado e, com o rali do dólar e sem notícias nos fundamentos provavelmente até janeiro, traders não querem assumir maiores riscos antes das festas, segundo McCambridge.
No entanto, o clima seco na Argentina continuou aumentando as preocupações com seu potencial produtivo. A Argentina é o segundo maior produtor mundial de milho. McCambridge afirmou que isso deu algum suporte ao mercado, mas ainda é muito cedo para assimilar eventuais perdas na produção, pois as lavouras estão no início da etapa de polinização.
A forte demanda por milho para a indústria de etanol continua consumindo os estoques e analistas da indústria estão otimistas com a prorrogação do incentivo fiscal para os as empresas que misturam álcool à gasolina.
McCambridge acrescentou que os preços devem hesitar até o fim da semana, enquanto os traders ajustam posições antes do Natal e do Ano Novo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SOJA/MT: COMERCIALIZAÇÃO ATINGE 62,6% DA SAFRA.

A venda antecipada da soja, cujo plantio encerrou na semana passada em Mato Grosso, já atingiu 62,6% das 18,6 milhões de toneladas que serão será colhidas a partir de janeiro do próximo. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em função dos preços altos no mercado internacional, a comercialização neste ano está 17,2% acima dos 45,4% registrados no final do ano passado.
O maior crescimento das vendas em relação ao ano passado ocorreu na região oeste, onde os produtores já venderam 69,2% das 938,2 mil toneladas de soja que serão colhidas nesta safra. Na mesma época do ano passado os agricultores da região oeste tinham comercializado 45,7%. No médio-norte, que responde por quase metade da produção mato-grossense de soja, a comercialização atingiu 64,4% da expectativa de colheita de 7,410 milhões de toneladas, com avanço de 12,6 pontos percentuais em relação ao ano passado.

CHINA/SOJA TERMINA EM LEVE ALTA COM MAIOR VOLUME DE NEGÓCIOS.

Os futuros da soja terminaram com leve alta na Bolsa de Commodities de Dalian, sustentados pela fraqueza do dólar e por expectativas de uma inflação elevada na China. O risco de novas medidas governamentais para conter os preços, apertar a liquidez dos mercados financeiros e manter as ofertas ajudou a limitar os ganhos da oleaginosa.
O contrato setembro, o mais negociado, fechou com valorização de 5 yuans nesta quarta-feira, cotado a 4.430 yuans por tonelada, após ter oscilado entre 4.397 e 4.459 yuans por tonelada (6,65 yuans = US$ 1). O volume de negócios permaneceu em 245.992 lotes, maior nível desde 29 de novembro.
A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China informou ontem que a meta do índice de preços ao consumidor chinês para 2011 foi fixada em 4%, ante 3% neste ano, enquanto a do crescimento econômico no próximo ano é de 8%. O órgão estima que a variação do indicador de preços ao consumidor excederá 3% em 2010 e o Produto Interno Bruto subirá mais de 10%.
Os comentários levantaram especulações de que o governo continuará adotando medidas de aperto monetário ao eventualmente elevar a taxa básica de juro, após o Banco do Povo da China ter aumentado o depósito compulsório para bancos na sexta-feira. Os mercados acionários e futuros se recuperaram dramaticamente na segunda-feira depois da decisão do BC chinês, já que investidores previam uma política mais agressiva.
Contudo, o governo não descartou a possibilidade de subir a taxa de juro do país, dizendo que as prioridades incluem a estabilização da inflação geral dos preços, após o índice de preço ao consumidor em novembro ter superado as expectativas com uma alta de 5,1% ante 2009, maior nível desde julho de 2008. "O maior risco enfrentado pelo mercado são [potenciais] mudanças nas políticas governamentais", afirmou Wu Qiujuan, analista da Xinhu Futures Co.
A China continua liberando parte das reservas estatais de grãos por meio de leilões regulares, além de instruir os principais produtores locais de óleos comestíveis e farinha a segurar os preços nos próximos meses.

CHINA/PROVÍNCIA;LEILOARÁ 191 MIL TONS
A província chinesa de Heilongjiang leiloará 191 mil toneladas de soja das reservas locais na sexta-feira, informou hoje o Centro Nacional de Comércio de Óleos e Grãos de Harbin. O último leilão de igual volume promovido pelo governo de Heilongjiang não conseguiu atrair nenhum comprador. Analistas disseram que o preço mínimo de 3.750 a 3.790 yuans por tonelada era muito alto (6,65 yuans = US$ 1).
Em 3 de dezembro, 55 mil toneladas, ou 22% das 246 mil toneladas oferecidas em uma licitação, foram vendidas por um valor médio de 3.772 yuans por tonelada.
Na terça-feira, um leilão de 296.300 toneladas de soja das reservas federais, com preços mínimos de 3.900 a 4.090 yuans por tonelada, também não atraiu interesse. Esta foi a segunda vez consecutiva que o governo central não conseguiu vender nada, já que fortes importações abastecem suficientemente o mercado doméstico.
Mesmo assim, o governo deve continuar liberando os estoques, como parte dos esforços para conter a inflação e estabilizar o mercado, disse Chen Lina, analista da Beijing Orient Agribusiness Consultant.

AGRONEGÓCIO/MT: LIDERANÇAS QUEREM SOLUÇÃO PARA DÍVIDAS RURAIS

Lideranças do agronegócio de Mato Grosso se reuniram ontem em Brasília com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, e representantes das instituições financeiras para discutir a questão do endividamento rural. Participaram da reunião os presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, e da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão, Carlos Ernesto Augustin, além do diretor-administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Carlos Fávaro.
O dirigente de Aprosoja disse que as lideranças de Mato Grosso saíram esperançosos do encontro, porque sentiram que o Ministério da Agricultura "está sensível quanto a uma nova repactuação, para que os produtores possam aproveitar o bom momento que está sendo desenhado no mercado para se capitalizar e poder honrar com os seus compromissos".
Favaro afirmou que alguns produtores já estão conseguindo honrar as parcelas dos financiamentos, mas observa que muitos ainda estão sem capacidade de pagamento, o que dificulta o acesso a novos créditos. "O governo está entendendo a situação e se mostra favorável a uma nova renegociação para reduzir o quadro de endividamento do setor rural", diz ele.
Na opinião do diretor da Aprosoja, com a sinalização positiva por parte do governo o setor espera "a compreensão e cooperação dos bancos quanto à busca de soluções para o passivo rural. Tudo o que o produtor não pode sofrer nesse momento é com a apreensão de máquinas por parte dos bancos de fábrica das indústrias de maquinários", comenta Fávaro.
Em relação às apreensões de máquinas e equipamentos agrícolas que ocorreram em Mato Grosso no segundo semestre deste ano, Favaro afirmou que produtores estão conseguindo reverter o arresto dos bens, "pois a Justiça tem entendido sobre a necessidade da permanência das máquinas nas lavouras para a realização da safra 2010/2011".

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CHINA/SOJA: LEILÃO DE 296.300 TONS NÃO ATRAI COMPRADORES

Um leilão de 296.300 toneladas de soja das reservas estatais realizado nesta terça-feira pelo governo chinês não conseguiu atrair compradores, informou o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China, sem especificar o preço de oferta. De acordo com o site chinagrain.cn, que monitora o mercado doméstico de grãos, os preços mínimos foram 3.900 e 4.090 yuans por tonelada (6,657 yuans = US$ 1). Esta é a segunda vez consecutiva que o país não consegue vender as ofertas leiloadas. Compradores consideram os preços mínimos muito altos e fortes importações abastecem o mercado.
O governo chinês precisa levar em conta os custos de aquisição e administração, e não está disposto a vender com prejuízo, disse Chen Lina, analista da consultoria Beijing Orient Agribusiness. A soja da temporada encerrada em 30 de setembro de 2010 foi comprada por cerca de 3.700 yuans por tonelada. No entanto, o país deve continuar oferecendo grãos do estoque para conter a inflação e estabilizar o mercado, explicou Chen.
No começo de dezembro, a província de Heilongjiang, no nordeste da China, vendeu 55 mil toneladas de soja em um leilão local, ou 22% das 246 mil toneladas oferecidas, por um preço médio de 3.772 yuans por tonelada. Nesta terça-feira, os preços da oleaginosa na província variaram entre 3.700 e 3.880 yuans por tonelada, de acordo com o site da Associação de Soja de Heilongjiang.

MILHO VENDE 7,9% DAS 120 MIL TONS.
O governo chinês vendeu 120.600 toneladas de milho, ou apenas 7,9% das 120 mil toneladas oferecidas, em um leilão das reservas estatais nesta terça-feira, informou o Centro Nacional de Informação de Óleos e Grãos da China. O volume é ligeiramente menor que o da última semana, quando 12% de uma quantia similar foi comercializada. O preço médio foi de 1.861 yuans por tonelada, ante 1.870 yuans por tonelada na semana passada.
Na província chinesa de Henan, importante área produtora, o milho custou perto de 1.880 yuans por tonelada hoje, enquanto em Sichuan, maior região de consumo, os preços do grão giraram em torno de 2.290 yuans por tonelada, mostrou um site que monitora o mercado doméstico (6,657 yuans = US$ 1).

ESTOQUES DE ÓLEOS COMESTÍVEIS SÃO ABUNDANTES
Os estoques de óleos comestíveis da China são abundantes e a safra local de grãos forneceu uma sólida base para estabilizar os preços, informou hoje a rádio estatal, citando o diretor da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC, na sigla em inglês), Zhang Ping.
A comissão continuará trabalhando com outros departamentos do governo para reforçar a fiscalização dos mercados agrícolas, visando a impedir atividades especulativas, de acordo com a rádio.

SOJA SOBE POR OUTROS MERCADOS E PREOCUPAÇÃO COM CLIMA

Os futuros da soja negociadas em Chicago fecharam em alta nesta segunda feira, atingindo a máxima de uma semana, sustentados por compras generalizadas nos mercados de commodities e pelas contínuas preocupações com a safra da Argentina.
O contrato janeiro, de maior liquidez, avançou 29,50 centavos, ou 2,32%, para US$ 13,0250 por bushel. O março ganhou 29,50 centavos, ou 2,3%, para fechar cotado a US$ 13,12.
A forte queda do dólar e a alta dos futuros do petróleo e dos metais geraram compras generalizadas nos mercados de commodities, de acordo com Tim Hannagan, analista da PFG Best.
As preocupações com a estiagem na Argentina também deram suporte à soja, já que é cada vez mais importante que a América do Sul produza safras amplas para atender à demanda global. A menor indicação de uma produção menor provoca compras futuras.
Chuvas esparsas atingiram a Argentina no fim de semana, mas as regiões mais secas receberam pouca quantidade, mantendo a umidade do solo em níveis desfavoráveis para o plantio e o desenvolvimento inicial da lavoura.
O contrato janeiro do óleo de soja subiu 129 pontos, ou 2,4%, para fechar a 55,45 centavos por libra peso, enquanto o março ganhou 129 pontos, ou 2,36%, para 55,92 centavos. O janeiro do farelo subiu US$ 5,20, ou 1,5%, para fechar cotado a US$ 342,8 por tonelada.

MILHO REAGE À DEPRECIAÇÃO DO DÓLAR E FECHA COM VALORIZAÇÃO
Os preços futuros do milho dispararam hoje na Bolsa de Chicago impulsionados pela fraqueza do dólar. Os ganhos foram acelerados por compras com base em critérios técnicos. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em março subiu 14,25 cents ou 2,48% e fechou a US$ 5,8850/bushel.
O fechamento do milho foi o mais alto em mais de um mês, apesar de não haver novidades sobre fundamentos, segundo analistas. As commodities tiveram ganhos generalizados por causa da queda do dólar e do fato de que a China não mexeu na taxa de juros durante o fim de semana, ao contrário do esperado. Outros mercados, como os de petróleo e de soja, também avançaram.
O salto do mercado para além de US$ 5,80/bushel atraiu novos compradores e ordens automáticas de compra foram acionadas. Com o rali, analistas acreditam que os altistas podem ter os US$ 6/bushel como meta, assim como a máxima de 2010, US$ 6,05/bushel. O que limitou a alta foi o clima na Argentina, onde as chuvas devem ajudar o desenvolvimento da safra na importante fase de polinização.O analista da revista Farm Futures, Arlan Suderman, disse que "os traders continuam amigáveis a este mercado num prazo mais logo, com base na expectativa de uma disputa por área plantada na primavera (do Hemisfério Norte) e vendas adicionais para a China em 2011".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SOJA/EUA PROCESSAM -7,1% EM NOVEMBRO.

As indústrias norte-americanas processaram 7,10% menos soja em novembro - 4,052 milhões de tons - ante 4,362 milhões de tons esmagados no mesmo período de 2009. Em outubro foram processados 4,133 milhões de toneladas.
A produção de farelo de soja diminuiu ante outubro e também ficou abaixo da registrada na mesma época do ano passado. O volume foi de 3,232 milhões de toneladas em comparação com 3,264 mi de tons em outubro e 3,421 mi/tons em novembro de 2009.
A produção de óleo de soja também caiu, para 771,1 mil tons no período, ante 788,3 mil tons em outubro e 802,4 mil tons em novembro do ano passado.
Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos. Confira abaixo os dados completos.
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                   PROCESSAMENTO DE SOJA NOS EUA
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                         novembro/10    outubro/10    novembro/09
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Soja - em mil bushels
Grão esmagado        148.867        151.864        160.259
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Farelo - em toneladas.
Produção              3.562.981      3.598.934      3.771.339
Exportação              764.066         641.187        981.565   
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Óleo de soja - em mil libras-peso
Produção                  1.708.431      1.738.441      1.769.834
Estoques                  2.830.510      2.821.264      2.410.862
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GRÃOS/EUA: RELATÓRIO SEMANAL DE INSPEÇÃO DE EXPORTAÇÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o resultado das inspeções semanais dos embarques de grãos no país durante a semana encerrada na última quinta-feira (dia 9). O relatório mostra o volume de grãos inspecionado para exportação no acumulado do ano-safra, iniciado no dia 1º de junho de 2010 para o trigo e 1º de setembro de 2010 para o milho e a soja.
EXPORTAÇÃO DE GRÃOS ENCERRADA EM 9/12 (milhares de toneladas)
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Grão        09/12/2010    02/12/2010   10/12/2009  
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Milho        813.638           692.658        770.712    
Soja          912.695        1.244.098    1.699.330
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EXPORTAÇÕES DE GRÃOS ACUMULADAS NO ANO
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Grão       Atual ano-safra      Ano-safra anterior
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Milho         12.019.230            11.914.835
Soja           18.228.793            16.750.561

MILHO/ PLANTIO DA SAFRINHA NO PAÍS DEVE RECUAR 11,7% EM 2011.

O atraso no plantio das culturas de verão deve provocar queda de 11,7% na área plantada com milho safrinha no Brasil, passando de 6,57 milhões de hectares em 2010 para 5,8 milhões de hectares em 2011, de acordo com projeções da consultoria AgraFNP. Isso deve resultar em uma produção de 20,4 milhões de toneladas ante 21,9 milhões de toneladas, redução de 6,85%.
O atraso no plantio da soja da primeira safra no Centro-Oeste encurtou a janela para o cultivo de milho safrinha. "Os trabalhos no campo atrasaram do início de setembro para a segunda quinzena de outubro. Com isso, não haverá tempo hábil para plantar milho em janeiro", lembra o analista da consultoria, Aedson Pereira, em entrevista para a Agência Estado. Além disso, os preços mais remuneradores do algodão, neste momento, devem levar os agricultores a trocar o milho pela pluma.
O maior recuo no plantio da safrinha de milho deve ocorrer em Mato Grosso, principal produtor do cereal no inverno. A área plantada deve cair 10,5%, passando de 1,9 milhão de hectares para 1,7 milhão de hectares. Em todo o Centro-Oeste, a área cultivada deve ser de 2,939 milhões de hectares ante 3,177 milhões de hectares, ou 7,5% menor que no ciclo anterior.
Já no Paraná a tendência é de crescimento de área para a safrinha, porque no oeste do Estado a opção foi por implantar a soja no verão, deixando o milho como alternativa para o inverno. Os paranaenses devem cultivar 4% a mais na safrinha, passando de 1,356 milhões de ha para 1,417 milhões de ha.
Safra verão - Em relação à safra de milho de verão, a consultoria reviu para cima sua estimativa de produção, para 29,6 milhões de toneladas ante 29,4 milhões de toneladas, aumento de 0,7% na comparação com o relatório do mês passado. A AgraFNP calcula que 7,2 milhões de hectares serão plantados no Brasil com milho verão na safra 2010/11. Essa leve alta deve ser provocada pela maior produção de milho no Nordeste do País, que deve crescer 16%, passando de 3,6 milhões de t em 2009/10 para 4,2 milhões de t neste ciclo.
Já no Sul do País, região que responde por 40% da produção de milho na primeira safra, o Rio Grande do Sul deve ter queda de 10% em área e de 25% em produção. Já o Paraná, tradicionalmente o maior produtor do cereal no verão, as quedas estimada pela AgraFNP são de 17% em área, e de 22% na produção. "O que pesou na balança do produtor foi o custo menor de produção e a maior rentabilidade da soja em relação ao milho na primeira safra", afirma Pereira.
A partir das estimativas, a AgraFNP revisou de 50,5 milhões para 50 milhões de toneladas a produção nacional de milho no ciclo 2010/11. A área plantada total deve ser 5,2% menor, passando de 12,967 milhões de hectares na safra passada para 12,288 milhões de hectares em 2010/11.

GRÃOS/CHICAGO OPERA EM ALTA COM EXPECTATIVA DE DEMANDA

Os preços internacionais da soja estão subindo nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago com um cenário positivo na demanda para exportação e preocupações com a safra global. Os contratos com vencimento em janeiro subem 21,50 cents ou 1,69% e operavam a US$ 12,9450/bushel. Os lotes para entrega em março, os mais negociados, avançavam 22,0 cents ou 1,72% e trabalhavam a US$ 13,0450/bushel.
Os futuros subiram desde o pregão eletrônico, com sinais de demanda contínua na China, pois o país não elevou as taxas de juros como se previa, segundo analistas. Novas preocupações com a safra da América do Sul, por conta do clima seco, estimularam compras adicionais. A alta da soja foi esticada por traders que cobriram posições vendidas que haviam estabelecido na sexta-feira.

MILHO REGISTRA VALORIZAÇÃO EM MOVIMENTO TÉCNICO
Os contratos futuros do milho estão se valorizando na Bolsa de Chicago. Eles encontram suporte em outros mercados e em compras técnicas. Lotes para entrega em março, os mais movimentados, subiam 10,50 cents ou 1,83% e operavam a US$ 5,8475/bushel.
Além disso, hoje a fraqueza do dólar sustenta as commodities de um modo geral. Segundo o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Managment Services, os ganhos do milho são resultado de uma tendência sazonal. Ele acrescentou que, quando o mercado rompeu o patamar dos US$ 8,40/bushel, acionou ordens automáticas de compra.

CLÍMA/SOMAR: LA NIñA PERDE INTENSIDADE NA METADE DE 2011.

O fenômeno La Niña só deve perder força em meados de 2011, prevê a Somar Meteorologia. Os efeitos do fenômeno, causado pelo resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, ainda serão de forte intensidade no começo do Ano Novo. "Há projeções de que o La Niña deva perder intensidade lá pela metade do ano, ou seja, um período de transição durante o inverno e indicativo de "neutralidade" climática (sem La Niña e nem El Niño) para o segundo semestre", diz o meteorologista Paulo Etchichury, diretor da Somar, em boletim no qual projeta o cenário climático para 2011. A seguir os comentários para as principais culturas.
SOJA - A safra a ser colhida em 2011 será toda definida pelas condições do La Niña em curso. Principal risco está concentrado nas lavouras do Sul do Brasil em função da redução das chuvas e estiagens regionalizadas durante o verão. Para o Sudeste e o Centro-Oeste, o clima deve apresentar um comportamento médio, sem indicativo de riscos iminentes. Apenas podem acontecer alguns episódios de chuvas mais concentrados e causar alguns problemas de manejo. Para as áreas de soja do Nordeste, a principal diferença em relação à safra passada está no prolongamento das chuvas até abril e início de maio.
Para o segundo semestre e, portanto, para o plantio da safra de 2011/2012, a condição climática deve ser bem diferente da verificada no plantio da safra 2010/2011. O retorno das chuvas na primavera (outubro/novembro) no Sudeste e no Centro-Oeste não deve atrasar muito. Também se prevê ligeira melhora da condição de chuva para as lavouras do Sul do Brasil a partir da primavera de 2011.
MILHO - O risco climático para safra de milho de 2011 (safrinha) é maior em relação à safra passada para os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. A presença do La Niña reduz as chuvas entre março e abril, o que pode afetar o plantio e a emergência. Por outro lado, o enfraquecimento do La Niña a partir de maio/junho favorece a intensificação do frio e risco de geadas em junho. Portanto, o risco associado a geada está diretamente relacionado ao período de plantio. Quanto mais tarde maior o risco.
Já para as lavouras (safrinha) no Sudeste e no Centro-Oeste a presença do La Niña contribui para o prolongamento das chuvas pelo menos até abril (lembrando que em 2010 as chuvas acabaram mais cedo). Mesmo sem contar com chuvas em maio, em geral as condições climáticas para as lavouras de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais são ligeiramente melhores, principalmente quando comparado com a última safra.
Para o Nordeste, a presença do La Niña também favorece uma melhor safra de milho, que em 2011 deve ter um período maior de chuvas, que no Sertão e no Agreste se concentra entre fevereiro a maio.
ALGODÃO - De um modo geral o cenário climático para 2011 é mais favorável para as lavouras de algodão do Centro-Oeste e do Nordeste do Brasil. As chuvas do verão devem apresentar um comportamento médio, enquanto a presença do La Niña contribui para o prolongamento das chuvas pelo menos até abril (lembrando que em 2010 as chuvas cessaram mais cedo). Para o Nordeste a presença do La Niña não garante chuvas regulares durante o verão, porém favorece o prolongamento das chuvas até abril ou, no máximo, até o início de maio, mas sem representar risco para a fase final (pluma) e colheita.
PASTAGENS - O cenário para 2011 é bem mais favorável do que o observado em 2010. Depois de um longo período seco e atraso no retorno das chuvas na primavera de 2010, as chuvas do verão 2011 contribuem diretamente para uma recuperação das pastagens do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Outros fatores que devem contribuir para o desenvolvimento das pastagens do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil é o prolongamento das chuvas no outono e a ocorrência de alguns episódios de chuvas isolados (associado à passagem das frentes frias) durante o inverno.
Além disso, em função do fim do La Niña e da projeção de neutralidade para o segundo semestre, significa que o retorno das chuvas não deve retardar muito. Ou seja, o período seco de 2011 não deve ser tão extremo nem tão longo como o observado em 2010. Porém, o Sul do País, diferentemente do resto do Brasil, deve enfrentar um período não muito favorável para o desenvolvimento das pastagens, devido ao risco de pouca chuva no verão e no outono e o frio mais intenso no inverno de 2011.
O risco para as pastagens é maior para a região da Campanha Gaúcha, bem como para o Uruguai e o pampa argentino, onde o sinal da La Niña é mais evidente e geralmente os períodos secos são mais longos. Mesmo assim, não se trata de um caso extremo e deve se reverter a partir da primavera de 2011, quando se espera não mais haver a influência do fenômeno La Niña.

BRADESCO DESTACA EXPANSÃO DA REGIÃO CENTRO-OESTE

A região Centro-Oeste deve ser a mais beneficiada no próximo ano pela alta de preços agrícolas, principalmente soja, algodão e cana. A previsão é da analista Regina Helena Couto Silva, do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos do Bradesco (Depec).
Na safra de grãos 2010/11 a região deve produzir 53,7 milhões de toneladas, uma elevação de 2,3%, com expansão das culturas de algodão e soja, que apresentaram melhor rentabilidade ao longo deste ano.
Pelas projeções da analista, "a combinação de produção maior aliada aos preços médios mais altos de algodão e de soja deve elevar a renda agrícola da região em 14% em 2011, acima da média do País, para a qual esperamos incremento de 10,1%". Ela destaca que os efeitos do La Niña no Centro-Oeste serão menores do que no Sul do País, onde a renda deverá crescer abaixo da média nacional, como efeito da quebra de produtividade acentuada de milho e de soja.
A analista observa que o Centro-Oeste atualmente é o principal produtor brasileiro de soja (47% da produção nacional), de algodão (65%) e carne bovina (35%). A participação na produção de milho é de 32%, perdendo apenas para a região Sul. O Centro-Oeste também ocupa o segundo lugar na produção de cana-de-açúcar (12,6%), superado pelo Sudeste (68%).
Apesar da participação expressiva na produção, o Centro-Oeste é a segunda maior região agrícola do País, respondendo por um terço do agronegócio brasileiro. A região Sul ocupa o primeiro lugar, com participação de 34% no valor da produção, sendo o maior produtor nacional de trigo, milho e arroz. Na terceira posição está o Sudeste, com 25% da economia agrícola do País.
Regina Couto destaca que a participação do Centro-Oeste na geração de saldos comerciais positivos também é bastante relevante, atingindo US$ 6,6 bilhões em 2009. A região participou com 9% das exportações brasileiras e com 5,8% das importações totais em 2009, sendo responsável por 26% do saldo da balança comercial do País, diz ela. Dentre os principais produtos exportados pelo Centro-Oeste, o destaque é o complexo soja, com participação de 57% da pauta exportadora da região. Ela comenta que entre as principais empresas exportadoras da região estão grandes agroindústrias multinacionais. Os principais destinos das exportações do Centro-Oeste são a União Europeia (30,5%) e a China (24%).
A analista comenta que desde 1990 a área plantada com grãos no Centro-Oeste cresceu quase duas vezes, enquanto no Sul a área foi expandida em apenas 8%. Segundo ela, no período analisado a produção de grãos da região Centro-Oeste cresceu três vezes, o dobro do crescimento verificado no Sul. A região central respondeu por 43,3% da expansão da produção agrícola brasileira nos últimos 20 anos. Regina Couto Silva ressalta que este crescimento foi impulsionado pela forte expansão da demanda chinesa, cuja participação na pauta exportadora do Centro-Oeste passou de 5% no início dos anos 2000 para 24,3% em 2009.
Ela observa que no período analisado a área cultivada no Sudeste caiu 25,6%, em virtude, principalmente, da transferência da produção de algodão para o Centro-Oeste. A mudança ocorreu especialmente para Mato Grosso (região de Primavera do Leste e Rondonópolis), pela combinação de fatores como topografia plana, que facilita à mecanização; o clima tropical favorável à cultura do algodão; os elevados investimentos tecnológicos em tratos culturais; e as grandes extensões de terra que permitem a profissionalização da atividade, ao contrário das pequenas propriedades familiares de São Paulo e Paraná. Um fator adicional é a política de incentivos fiscais concedidos pelos governos de Mato Grosso e Goiás, como devolução de 50% a 75% do ICMS.
Ela relata que a participação do Centro-Oeste nas exportações brasileiras passou de 4,7% no início da década para 9,2% em 2009. "Ademais, desde o início dos anos 2000, a região Centro-Oeste foi responsável por 25% da expansão do saldo da balança comercial brasileira." Outro setor que avanço na região foi o sucroalcooleiro. Nos últimos 20 anos, a área plantada com cana-de-açúcar dobrou na região Sudeste e no Centro-Oeste área cresceu três vezes. "Claramente, o Sudeste continua sendo a principal região produtora de cana-de-açúcar, com participação de 67%, mas vem perdendo participação para o Centro-Oeste, que elevou sua participação de 5% em 1990 para 14% neste ano."

Venilson Ferreira, correspondente.

PERSPECTIVA: MERCADO DE GRÃOS DEVE OSCILAR POUCO NESTA SEMANA

A tendência é que os mercados futuros de grãos na Bolsa de Chicago (CBOT) não enfrentem grandes oscilações nesta semana. Sem expectativas de novidades e com a aproximação do fim do ano, as questões climáticas mundiais, embora já bem precificadas, continuarão sendo o objeto de atenção, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado. "O mercado tende a ficar calmo, está sem novidades e deve continuar assim. Mas o pessoal está de olho no clima. Esse é um fator mais importante do que qualquer outra coisa", disse Flávio Oliveira, da Terra Futuros.
Apesar de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não ter feito nenhuma alteração nas estimativas para a safra 2010/11 de soja de Brasil e Argentina, a estiagem como efeito do La Niña continua preocupando. "As partes central e sul da Argentina estão muito secas, e todo mundo quer ver o tipo de precipitação nessas partes. O mundo não pode se dar ao luxo de perder nada e na soja isso é gritante", disse Vinicius Ito, da Newedge Corretora.
Outra questão que deve afetar a soja é a potencial decisão da China de elevar as taxas de juros, depois de aumentar a taxa do compulsório dos bancos na sexta-feira em 0,50%. A China está preocupada com a taxa de inflação e vem tomando medidas para contê-la.
O mercado de grãos também deve reagir à votação pelo Congresso dos EUA sobre a prorrogação da tarifa de importação e do subsídio ao etanol nos Estados Unidos, onde o biocombustível é feito a partir do milho. A questão foi incluída no pacote de concessão de benefícios tributários que deverá ser aprovado hoje pelo Congresso norte-americano. A tarifa de US$ 0,54 por galão importado de etanol e o subsídio de US$ 0,45 por galão do produto misturado à gasolina serão prorrogados até o fim de 2011, com altas chances de sucessivas extensões nos anos seguintes.
Na sexta-feira, na bolsa de Chicago, o contrato janeiro da soja, de maior liquidez, recuou 8,50 centavos, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 12,73 por bushel, pressionado pela realização de lucros. O março do milho fechou estável, a US$ 5,7425 por bushel.
Já no mercado de trigo, os contratos com vencimento em março recuaram 13 centavos, ou 1,65%, e fecharam a US$ 7,7550 por bushel, pressionados pela realização de lucros promovida por uma elevação das estimativas de oferta do governo dos Estados Unidos. Em seu relatório mensal de safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou na sexta-feira a previsão para os estoques finais do país e do mundo. Os fundamentos, entretanto, são altistas uma vez que permanecem as preocupações com as chuvas na Austrália. "O trigo está com problema sério na Austrália, mas os estoques vieram bem acima do esperado. O trigo tende a dar uma acomodada, mas acho que tem potencial para buscar 8 dólares", disse Oliveira.

PERSPECTIVAS 2011: DÓLAR R$ 1,60 A R$ 1,90

O cenário externo de incertezas e a necessidade de incentivar as exportações - tanto para evitar deterioração maior nas contas externas, quanto para impedir a desindustrialização - devem contrabalançar os efeitos que os fundamentos domésticos positivos e o juro elevado poderiam ter nos fluxos de recursos para o País e consequentemente na trajetória do real em 2011, de acordo com economistas de mercado ouvidos pela Agência Estado. As projeções dos especialistas para a taxa de câmbio ao final de 2011 mostram que eles concordam em relação às variáveis que mais influenciarão na definição do rumo do câmbio, mas não têm consenso sobre quais serão mais fortes.
As estimativas para o dólar ao final de 2011 variam de R$ 1,60 a R$ 1,90. Ou seja, há aqueles que esperam um caminho de apreciação da moeda nacional e os que apostam na direção contrária, visto que atualmente o dólar orbita R$ 1,70 e a marca esperada para o final do mês é de R$ 1,71, a considerar a pesquisa Focus do Banco Central divulgada no dia 6 de dezembro. "O câmbio está atrelado ao que acontece lá fora e a perspectiva é de que a economia dos EUA se mostre mais forte do que a europeia. Isso significa dólar com mais força do que o euro", disse o economista-chefe do WestLB, Roberto Padovani, que projeta a moeda norte-americana em R$ 1,70 no final deste mês e R$ 1,60 em dezembro de 2011. Ele destaca, ainda, que a queda do dólar ante o real só não será maior porque a crise das dívidas soberanas europeias tende a aumentar a cautela com a destinação dos recursos internacionais, prejudicando os fluxos para países emergentes, entre eles o Brasil.
Além disso, Padovani acredita que, por ter "comprado a tese do controle cambial", o ministro Guido Mantega, que permanecerá no comando do Ministério da Fazenda no novo governo de Dilma Rousseff, deve continuar tomando atitudes para impedir a apreciação do real. "O ruído em torno do câmbio vai crescer, com a piora das contas externas e das exportações", prevê, ao mesmo tempo que critica interferência na taxa de câmbio. Para o economista, o problema das exportações não é o dólar e sim as condições de produção do Brasil, especialmente os problemas de infraestrutura portuária, o custo da mão de obra e da energia.
O gerente da mesa de derivativos da CM Capital Markets, Eduardo Barros, estima que o dólar poderá fechar 2011 no patamar atual de R$ 1,70, chegando a R$ 1,75 somente no fim de 2012. Barros concorda que ao longo do próximo ano a crise de dívida soberana de países europeus continuará e vai influenciar, mas aposta num bom encaminhamento da questão, em consequência das políticas de controle fiscal e aperto de gastos, a exemplo do planejado pela Irlanda. Ele pondera que "a volatilidade no mercado de moedas deve persistir ao longo do próximo ano e o dólar no Brasil seguirá oscilando ao sabor do vaivém e humor do mercado externo".
A dose de cautela de Barros fica por conta de um crescimento mais lento da economia dos EUA, "que poderá ainda ter dificuldades no mercado de trabalho". Como Padovani, o profissional da CM Capital Markets também espera que o Banco Central brasileiro se mantenha vigilante para evitar que o real se valorize muito, comprometendo as exportações. "À medida da necessidade, o governo tomará medidas para controlar o câmbio, que é uma preocupação global", disse Barros. Ele lembrou que, este mês, o BC retomou a rotina dos dois leilões diários de compra quando o dólar foi abaixo de R$ 1,70, a fim de dar sustentação ao câmbio.
O economista da RC Consultores. Fábio Silveira também prevê ações do governo no câmbio. Ele tem convicção de que o juro vai subir e que a política de acumulação de reservas seguirá como instrumento para enxugar os dólares que o diferencial das taxas externa e interna atrai e vai continuar chamando para o País. A estimativa de Silveira é de que as reservas internacionais, cujo volume já é superior a US$ 280 bilhões, ultrapassem os US$ 300 bilhões. E não deve parar por aí. Ele prevê outro tipo de medida para controle de capital, como a recente alta de IOF.
Silveira, que vislumbra o dólar variando de R$ 1,70 e R$ 1,80 em 2011, também não despreza a interferência da crise internacional no mercado de moedas. Ao contrário. Além das incertezas da Europa e dos EUA, ele coloca a possível alta de juros da China em destaque. "Se as taxas subirem por lá, isso pode afetar os fluxos, deslocando parte do dinheiro que está estacionado aqui hoje. Isso pressionaria o dólar para cima", disse.
O economista da Rosemberg Associados, Rafael Bistafa, ao contrário de Barros estima que o cenário externo se agrava ainda mais nos próximos meses e reforça a opinião de Silveira sobre a pressão que isso deve ter sobre a cotação do dólar. Em sua avaliação, a moeda norte-americana só não dispara em decorrência da aversão ao risco por causa das injeções de liquidez nos países desenvolvidos, que em sua opinião, devem continuar no decorrer de 2011. "Aumento de aversão ao risco de um lado e pacotes de liquidez de outro devem influenciar na trajetória do dólar", disse, apresentando os dois lados da mesma questão, com influências contraditórias no mercado de moedas. "O ano de 2011 deve ser de volatilidade, com predominância de uma constante e lenta alta do dólar", completa.
O economista Sidnei Nehme, sócio-diretor da NGO Corretora de Câmbio, acredita que o governo deve agir no sentido de permitir que o dólar suba e estimule as indústrias a exportarem. Ao contrário da maioria do mercado, ele acredita que, atualmente, a intenção do governo é de deixar o real apreciar-se para ajudar no combate à inflação. Isso seria alterado na gestão de Dilma Rousseff.
O economista avalia que o novo governo vai combater inflação por meio do controle da demanda, como já teriam sinalizado as recentes medidas de enxugamento de liquidez e restrição ao crédito. "Com um controle mais rigoroso da liquidez e dos gastos correntes do governo a fim de conter a inflação em 2011, o dólar teria espaço para subir. Nada muito explosivo, mas suficiente para favorecer uma retomada das exportações pelo setor industrial não agrícola. Seria uma forma de compensação para permitir que a indústria continue se desenvolvendo", disse.
Combinado com uma apreciação do dólar ao patamar de R$ 1,90, Nehme espera a adoção de uma política de desoneração das exportações, via redução de impostos e incentivos à produção para venda externa. "O custo Brasil é muito alto e o governo precisará desonerar as exportações. Para isso, deve ser adotada uma política de incentivos ao exportador, parecida com a adotada no auge da crise internacional durante 2009, quando o foco do governo Lula se voltou para os estímulos ao mercado interno", afirmou.

CHINA: INFLAÇÃO SOBE 5,1%, A MAIS ALTA DESDE JUL/2008

O índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu 5,1% em novembro - o porcentual mais alto desde julho de 2008 -, segundo dados divulgados neste sábado, o que fez aumentar os temores de que a crescente inflação vai exigir medidas mais duras do governo.
A inflação de novembro ficou acima do índice de 4,4% de outubro e acima da média prevista por 15 economistas, de 4,7%. Mas o resultado foi amplamente divulgado na imprensa local e antecipado pelos mercados nos dias anteriores ao anúncio oficial.
Outros indicadores da atividade econômica como investimentos em ativos fixos e produção industrial também registraram aceleração em relação ao mês anterior e excederam as expectativas, indicando um possível superaquecimento econômico.
Os preços dos alimentos foram um item importante na inflação de novembro, subindo 11,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, alta maior do que os 10,1% acumulados em outubro. Mas os preços de produtos não alimentícios também aceleraram, com elevação de 1,9% na comparação com novembro de 2009, mais uma vez acima da alta registrada em outubro, que foi de 1,6%. "É um pouco alarmante a evidência de pressão de fora do setor de alimentos. Foi o segundo mês que (os preços de produtos não alimentícios) subiram", disse Tom Orlik, economista a Stone & McCarthy Research Associates. "A história da inflação está apenas começando."
Mas a analista do J.P. Morgan Qian Wang disse que a China deverá ser capaz de resistir a um nível relativamente alto de inflação. "Como uma economia de rápido crescimento, a China deveria ser capaz de tolerar uma inflação mais alta, digamos de 4% a 5%", afirmou ela. Qian disse também que espera que o índice de preços ao consumidor do país suba para menos de 5% em dezembro e para algo entre 4% e 4,5% no ano que vem.
Sheng Laiyun, porta-voz do Birô Nacional de Estatísticas da China, disse que as medidas tomadas recentemente para controlar os preços dos alimentos e serviços básicos precisam de tempo para surtir efeito. "Na medida em que cada região e cada departamento implementam as medidas do Conselho de Estado (...) a estabilidade de preços deve ser sustentável", disse ele.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a principal agência de planejamento da China, disse em comunicado no sábado que a alta do índice de preços ao consumidor em 2010 atingiu seu ápice em novembro e que a inflação deve cair para 5% ou menos em dezembro. A elevação em novembro foi motivada principalmente por "fatores temporários e sazonais", disse a agência.

AUMENTO EXTRA NO COMPULSÓRIO DE BANCOS.
O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) estendeu por mais três meses o aumento extra na taxa do compulsório aplicada a seis bancos do país, informou o jornal China Business News, citando fontes. Em outubro o PBOC havia implementado o aumento extra com um período de vigência de dois meses.
Segundo a reportagem, os seis bancos em questão são Banco Industrial e Comercial da China, China Construction Bank, Agricultural Bank of China, Bank of China, China Merchants Bank e China Minsheng Banking. O jornal não especificou qual é a atual taxa do compulsório para esses bancos.
A informação surge depois de a China aumentar, na sexta-feira, a proporção de dinheiro que os bancos têm de depositar no banco central - a sexta elevação como essa neste ano. Com isso, a taxa do compulsório da maior parte dos bancos subiu para 18,50%.
Como parte das tentativas da China de lidar com a crescente inflação, o PBOC tem intensificado os esforços para conter a liquidez no sistema bancário, por causa de preocupações com o aumento dos preços e com fluxos de entrada de capital não desejados. A inflação na China atingiu 5,1% em novembro, o nível mais alto desde julho de 2008.

PREÇO AO PRODUTOR SOBE 6,1%, ACIMA DO ESPERADO
O índice de preços ao produtor (PPI) da China subiu 6,1% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, acima do aumento de 5,0% de outubro e da média esperada pelos economistas, de 5,3%. Esse foi mais um sinal de que a pressão inflacionária pode continuar a crescer na China.

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