segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PERSPECTIVA: MERCADO DE GRÃOS DEVE OSCILAR POUCO NESTA SEMANA

A tendência é que os mercados futuros de grãos na Bolsa de Chicago (CBOT) não enfrentem grandes oscilações nesta semana. Sem expectativas de novidades e com a aproximação do fim do ano, as questões climáticas mundiais, embora já bem precificadas, continuarão sendo o objeto de atenção, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado. "O mercado tende a ficar calmo, está sem novidades e deve continuar assim. Mas o pessoal está de olho no clima. Esse é um fator mais importante do que qualquer outra coisa", disse Flávio Oliveira, da Terra Futuros.
Apesar de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não ter feito nenhuma alteração nas estimativas para a safra 2010/11 de soja de Brasil e Argentina, a estiagem como efeito do La Niña continua preocupando. "As partes central e sul da Argentina estão muito secas, e todo mundo quer ver o tipo de precipitação nessas partes. O mundo não pode se dar ao luxo de perder nada e na soja isso é gritante", disse Vinicius Ito, da Newedge Corretora.
Outra questão que deve afetar a soja é a potencial decisão da China de elevar as taxas de juros, depois de aumentar a taxa do compulsório dos bancos na sexta-feira em 0,50%. A China está preocupada com a taxa de inflação e vem tomando medidas para contê-la.
O mercado de grãos também deve reagir à votação pelo Congresso dos EUA sobre a prorrogação da tarifa de importação e do subsídio ao etanol nos Estados Unidos, onde o biocombustível é feito a partir do milho. A questão foi incluída no pacote de concessão de benefícios tributários que deverá ser aprovado hoje pelo Congresso norte-americano. A tarifa de US$ 0,54 por galão importado de etanol e o subsídio de US$ 0,45 por galão do produto misturado à gasolina serão prorrogados até o fim de 2011, com altas chances de sucessivas extensões nos anos seguintes.
Na sexta-feira, na bolsa de Chicago, o contrato janeiro da soja, de maior liquidez, recuou 8,50 centavos, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 12,73 por bushel, pressionado pela realização de lucros. O março do milho fechou estável, a US$ 5,7425 por bushel.
Já no mercado de trigo, os contratos com vencimento em março recuaram 13 centavos, ou 1,65%, e fecharam a US$ 7,7550 por bushel, pressionados pela realização de lucros promovida por uma elevação das estimativas de oferta do governo dos Estados Unidos. Em seu relatório mensal de safra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou na sexta-feira a previsão para os estoques finais do país e do mundo. Os fundamentos, entretanto, são altistas uma vez que permanecem as preocupações com as chuvas na Austrália. "O trigo está com problema sério na Austrália, mas os estoques vieram bem acima do esperado. O trigo tende a dar uma acomodada, mas acho que tem potencial para buscar 8 dólares", disse Oliveira.

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