sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

GRÃOS/CBOT FECHA EM ALTA COM FUNDAMENTOS FORTES.

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na bolsa de Chicago, recuperando-se das quedas registradas durante a semana, devido a fundamentos altistas e em linha com o fortalecimento registrado em outros grãos.
O contrato maio, mais ativo, subiu 45,75 centavos, ou 3,4%, para fechar cotado a US$ 13,75 por bushel. O novembro, referente à nova safra, avançou 43,25 centavos, ou 3,4%, cotado a US$ 13,2950.
A combinação de uma alta no milho, estabilidade do petróleo, recuperação do mercado acionário norte-americano e a persistência da demanda forte levou investidores a retornarem ao mercado, disse Dave Marshall, analista independente de commodities.
Nas últimas duas semanas os futuros registraram uma queda de 11% devido às tensões políticas no Oriente Médio e Norte da África e a sinais de que os preços altos conseguiram racionar a demanda. Isso levou os participantes do mercado a reduzirem a exposição ao risco.
Traders liquidaram 8,5% das posições abertas nos últimos quatro dias de negociações, mas as influências baixistas de mercados externos perderam força, fazendo com que a soja voltasse a se concentrar no aperto dos estoques e nas incertezas em relação à nova safra, completou Marshall.
A soja mantém a perspectiva de suporte no que se refere aos fundamentos, uma vez que a forte demanda e os estoques apertados devem se prolongar no próximo ano comercial, que começa em 1o de setembro.
Entretanto, os ganhos foram limitados pelo avanço da colheita no Brasil de uma safra estimada em um recorde.
Os produtos derivados também fecharam em alta hoje, devido à forte demanda internacional e à perspectiva otimista para o uso de óleo de soja para produção de biodiesel. Segundo analistas isso atraiu compras especulativas.
O contrato maio do óleo de soja subiu 230 pontos, ou 4,2%, para fechar cotado a 57,58 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo avançou US$ 9,80, ou 2,8%, para US$ 364,70 por tonelada.

MILHO DESPERTA DEMANDA E FECHA EM ALTA DE 3,7% .
O relatório semanal de exportações de grãos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou forte demanda e impulsionou as cotações do milho hoje na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio subiram 25,50 cents ou 3,66% e fecharam a US$ 7,22/bushel. Além disso, o mercado se recuperou após perdas recentes, que despertaram o interesse comprador.
O USDA confirmou que a demanda continua robusta. Os dados da semana encerrada em 17 de fevereiro indicaram exportações de 1,65 milhão de toneladas, superando 1 milhão pela quarta semana consecutiva. "Traders se concentraram na demanda". Nesta semana, os futuros de milho haviam recuado, depois de alcançarem a máxima em 31 meses na terça-feira.
Consumidores do cereal estão preocupados com a oferta, por causa da forte demanda para exportação, além dos produtores de etanol e criadores de animais. A expectativa é de que os estoques finais dos Estados Unidos sejam os menores em 15 anos no ciclo que se encerra em 31 de agosto.
"Traders voltaram a negociar oferta e demanda hoje e ignoraram questões geopolíticas que conduziram os mercados na queda durante toda a semana".
Participantes do mercado esperam que as exportações continuem fortes no relatório da semana que vem, por causa da demanda recente, despertada pela queda de preços.

SOJA-MT/COLHEITA ATINGE 25,6%.

A colheita da soja em Mato Grosso avançou nesta semana mais 7,2% e atingiu 25,5% dos 6,413 milhões de hectares estimados pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea) para esta safra. A colheita está com atraso de 24,4% em relação aos trabalhos em igual período do ano passado, quando metade da área de soja estava colhida.
O levantamento semanal do Imea revela que a região onde a colheita está mais atrasada é a do médio-norte. A região responde por 40% da produção estadual de soja e tradicionalmente é a primeira a iniciar o plantio, o que não aconteceu no final do ano passado, por causa da falta de chuvas.
Segundo o Imea, no médio-norte foram colhidos até agora 28,5% dos 2,571 milhões de hectares cultivados. O atraso é de 34,6% em relação a safra passada. Na região norte o atraso é de 27,4% com plantio de 30,4%. Na região oeste, onde o atraso é de 21,8% o excesso de chuvas vem dificultando a colheita e existem relatos de perdas por excesso de umidade.

SOJA: EVOLUÇÃO DA COLHEITA EM MT (em mil hectares)
REGIÕES DE MT   ÁREA2    5/FEV/10   24/FEV/11   DIFERENÇA
Noroeste            261.200      36,40%     37,90%             1,5% p.p.
Norte                   39.000      57,80%     30,40%          -27,4% p.p.
Nordeste            694.200     18,40%     15,60%             -2,8% p.p.
Médio-norte    2.571.400     63,10%     28,50%           -34,6% p.p.
Oeste                 930.200     46,30%     24,50%            -21,8% p.p.
Centro-sul          413.100     42,20%     19,10%            -23,1% p.p.
Sudeste           1.504.400    47,90%     25,30%             -22,6% p.p.
Total                6.413.500    50,00%     25,60%             -24,4% p.p.
Fonte: Imea

SOJA/EUA INFORMOU VENDA DE 165 MIL T PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que exportadores privados venderam 165 mil toneladas de soja para China, com entrega no ano comercial 2011/12, que começará em 1º de setembro. Qualquer atividade de venda de 100 mil toneladas ou mais feita em um único dia para um mesmo destino deve ser relatada ao USDA até o dia útil seguinte. Volumes inferiores devem ser comunicados semanalmente.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 134.600 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 17 de fevereiro, mostrou o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura do país (USDA).
Os principais compradores foram China (405 mil t), Alemanha (67.200 t), México (51 mil t), Japão (41.200 t), Malásia (29.700 t) e Tunísia (27.500 t). Cancelamentos foram feitos por Tailândia (63 mil t), Taiwan (46.600 t) e outros destinos não revelados (395.800 t). Mais 118 mil toneladas para entrega em 2011/12 foram comercializadas principalmente para China (115.500 t).
Os embarques da oleaginosa atingiram 1,172 milhão de toneladas na semana, alta de 15% frente à semana passada e de 1% em relação à média mensal. Os principais destinos foram China (808 mil t), Taiwan (127.800 t), Alemanha (67.200 t), México (44.500 t) e Japão (31.300 t).

SOJA/FRETE SOBE E REDUZ RENTABILIDADE EM MT E PR

Os custos do frete rodoviário devem aumentar de 10% a 15% nesta safra em Mato Grosso por causa do atraso na colheita da soja no Estado e do consequente acúmulo do escoamento junto com o transporte da produção do Paraná, onde a tarifa deve subir até 25%.
Ambos os Estados são, respectivamente, primeiro e segundo maiores produtores da oleaginosa no País e a concorrência por caminhões vai elevar o preço pago para transportar o grão das áreas produtoras para os portos. Normalmente, de um ciclo para outro, o frete aumenta de 5% a 10%, em média. O custo maior do escoamento vai corroer parte da boa rentabilidade que o sojicultor terá neste ano-safra, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado.
Nas contas de Aedson Pereira, analista da Informa Economics FNP, o produtor de Rondonópolis, sul de Mato Grosso, deve receber pela saca um preço médio de R$ 42 em 2010/11, R$ 1 a menos do que receberia se o frete de R$ 130 do ano passado tivesse se mantido. Atualmente, o custo de transportar a produção de lá para o porto de Paranaguá é estimado em R$ 145 por tonelada, um aumento de 11,5% no ano.
Em Sorriso, outro importante polo produtor, no médio-norte de Mato Grosso, portanto mais distante do porto, o preço médio da saca neste ano ficará em R$ 37,89, considerando um frete de R$ 215 por tonelada. Se a tarifa tivesse permanecido em R$ 200 por tonelada como no ano passado, o produtor receberia R$ 38,79 por saca.
No Paraná, onde o custo de escoamento é bem menor devido à proximidade dos portos de Santos e Paranaguá, a perda seria bem menor caso o custo de escoamento fosse o mesmo da temporada passada. A estimativa média para o frete neste ano é de R$ 50 por tonelada, 25% mais que os R$ 40 da safra 2009/10. Isso deve resultar em um preço médio ao produtor de R$ 47,79, menos que os R$ 48,39 que receberia com o frete do ano passado.
"Além do atraso na colheita, haverá uma aglutinação no escoamento porque Paraná e Mato Grosso estarão colhendo volumes significativos ao mesmo tempo. Há uma demanda muito forte por caminhões. Um frete alto prejudica o preço que será oferecido ao produtor, porque a paridade de exportação leva em consideração o valor na bolsa em Chicago, mas também o frete", avaliou Pereira, explicando que, normalmente, o aumento esperado para o frete de um ano para o outro é de 5% a 10%. "Isso acaba desestimulando um aumento de produção."Ainda assim, ressalta ele, com os preços em Chicago em torno de US$ 13 a US$ 14 por bushel, o produtor mato-grossense este ano será favorecido com uma boa margem, de cerca de 45%.
Área - Sávio Pereira, coordenador-geral de Oleaginosas e Fibras do Ministério da Agricultura, defende que a baixa taxa de expansão da área de soja em Mato Grosso e no País deve-se, em parte, ao gargalo logístico, que eleva muito o custo do transporte da produção. "O Brasil não deveria estar plantando muito mais soja ? Acho que sim. Mas parte desses US$ 13, US$ 14 vistos em Chicago vão para pagar a ineficiência de nosso sistema de escoamento", disse Pereira à Agência Estado, para quem o Brasil poderia estar produzindo perto de 90 milhões de toneladas de soja, 20 milhões de t mais do que o esperado pelo governo para este ciclo, não fossem os custos relacionados ao frete e também às questões ambientais.
"Se amanhã o frete caísse para R$ 5 por tonelada, haveria um incentivo grande para o plantio. Em compensação, se Chicago cair para US$ 9, ficaria inviável plantar em Mato Grosso porque esse preço não compensaria o custo de produção", completou o analista do Ministério.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde a safra 2004/05, Mato Grosso aumentou em apenas 3,3% sua área plantada com soja, passando de 6,1 milhões de hectares para 6,3 milhões em 2010/11. No País, o aumento foi de 3,4% no mesmo período, apesar da demanda crescente e contínua no mundo.
A solução para Aedson Pereira, da Informa, seria o investimento em ferrovias para diminuir a dependência do transporte rodoviário. "A soja vem ganhando muito em produtividade e a estrutura não comporta o tamanho da safra de Mato Grosso. Falta estrutura tanto de escoamento quanto de armazenagem."
Nesta semana foram lançadas as obras do Terminal Ferroviário de Itiquira (MT), a terceira estação da Ferronorte, com 6 quilômetros de extensão e perspectiva de inauguração em agosto. De Itiquira, o próximo trecho será até Rondonópolis, previsto para agosto de 2012, segundo o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt).
O projeto da ferrovia prevê a ligação de Mato Grosso, a partir de Cuiabá, ao porto de Santos. Segundo o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, a ferrovia e a concretização da BR-163 deve reduzir o frete em Mato Grosso em 25%.
A rodovia BR-163 liga Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará, passando por vários polos importantes produtores de soja. Entretanto, no trecho entre o norte de Mato Grosso e o Pará a via não é asfaltada.

FARELO DE SOJA: COREIA DO SUL COMPRA 165 MIL T DA AMÉRICA DO SUL

O principal grupo fabricante de ração animal da Coreia do Sul e uma associação do setor compraram juntos três carregamentos de farelo de soja da América do Sul com um volume total de 165 mil toneladas, disseram executivos de embarque nesta sexta-feira. Segundo eles, duas cargas foram vendidas pela Cargill por cerca de US$ 439 a tonelada C&F, e outra foi comprada da Glencore por quase US$ 434 a tonelada C&F. A entrega será efetuada entre 30 de junho e 5 de agosto, de acordo com as fontes.

CHINA/SOJA FECHA FRACA COM LIQUIDAÇÕES E ORIENTE MÉDIO.

Os futuros da soja terminaram com leve baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme traders continuaram liquidando posições em meio a temores de que os tumultos políticos no Oriente Médio e no norte da África podem desacelerar a economia global. As commodities agrícolas provavelmente oscilarão em um apertado intervalo de variação antes de uma reunião anual do parlamento chinês, que deve começar na próxima semana.
O contrato janeiro fechou com desvalorização de 0,1% nesta sexta-feira, cotado a 4.400 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1), no quinto dia consecutivo de queda, influenciado pela fraqueza dos preços na sessão eletrônica da Bolsa de Chicago. Contudo, as perdas foram limitadas por um pequena recuperação técnica dos óleos comestíveis e do milho no mercado chinês.
"A soja subirá em breve em uma recuperação técnica" devido à estável demanda física por grãos, afirmou Zhao Yan, analista da Everbright Futures. Os futuros dos óleos comestíveis agora operam com um desconto em relação aos preços do mercado à vista, sugerindo que a possibilidade de caírem mais é "fraca", disse ela.

SOJA: CHINA COMPRA 400 MIL T DA AMÉRICA DO SUL

A China comprou mais de 400 mil toneladas de soja da América do Sul na semana passada, para embarque em março, abril e maio, informaram traders nesta sexta-feira. Segundo eles, ao menos seis carregamentos do Brasil serão entregues entre março e maio, e uma carga da Argentina será embarcada em maio. Cada um deles contém cerca de 60 mil toneladas.
Traders não mencionaram um preço, mas na última semana a soja argentina estava sendo oferecida por quase US$ 550 a tonelada FOB, enquanto os grãos brasileiros custavam US$ 545 a tonelada FOB.
Depois da queda dos contratos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT), a oferta da Argentina agora é negociada a cerca de US$ 513 a tonelada, para embarque em maio, e US$ 515 a tonelada, para junho, declínio de mais de 6% na comparação com a semana anterior.Compradores na China também já estão importando soja para o período de junho a agosto, e mais negócios devem ser feitos devido à última correção para baixo dos preços, afirmou um executivo de uma trading global em Cingapura.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SOJA: CHINA CONFIRMA IMPORTAÇÃO DE 5,14 MI T EM JANEIRO

As importações de soja da China em janeiro atingiram 5,14 milhões de toneladas, queda de 5% na comparação com dezembro, mas 26% acima do volume apurado em igual período de 2010, confirmou hoje a Administração Geral Alfandegária.
O país deve importar 3,17 milhões de toneladas neste mês, ligeiramente acima da quantia estimada duas semanas atrás, informou o Ministério de Comércio da China. Se concretizada, a projeção para fevereiro representará um aumento de cerca de 7% em relação ao mesmo intervalo de 2010.
As importações de soja devem desacelerar frente ao nível recorde do ano passado, conforme os preços norte-americanos atingiram os mais altos níveis em mais de dois anos. A China é o maior importador de soja do mundo, e obtém a maior parte das ofertas dos Estados Unidos, do Brasil e da Argentina, três principais produtores do grão no mundo.

MILHO: CHINA IMPORTA 1.878 T EM JANEIRO; -84% ANTE JAN/10
A China importou 1.878 toneladas de milho em janeiro, queda de 84% em relação ao mesmo intervalo de 2010, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pela Administração Geral Alfandegária. No ano passado, a China importou um total de 1,6 milhão de toneladas, 18 vezes mais na comparação com 2009, principalmente dos Estados Unidos. O forte aumento das importações interrompeu a série de 15 anos de autossuficiência do país no setor.

SOJA/ARGENTINA ELEVA ESTIMATIVA DE SAFRA PARA 48,8.

A produção de soja da Argentina na temporada 2010/11 deve alcançar 48,8 milhões de toneladas, após chuvas que melhoraram as condições de desenvolvimento das lavouras, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na semana passada, a bolsa projetava 47 milhões de toneladas. Para a safra de milho, a bolsa manteve sua estimativa de 19,5 milhões de toneladas.

ALGODÃO: PREÇO E OFERTA JÁ COMPROMETE INDÚSTRIA.

Algumas indústrias têxteis podem suspender suas atividades temporariamente por causa da escassez de algodão no mercado interno e da disparada dos preços da fibra em um curto espaço de tempo, o que dificulta o repasse da alta para o produto final, segundo analistas consultados pela Agência Estado. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq, alertou em seu relatório semanal que algumas empresas estão "no limite da resistência para compras, optando por prorrogar as aquisições e, até mesmo, dando férias coletivas."
A cotação doméstica do algodão acumula ganho de 180% em 12 meses, enquanto na ICE, em Nova York, o avanço é de 130% no período. Ontem, o indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias fechou cotado a R$ 3,977 (R$ 131,52 por arroba), uma alta no mês de 11%, mas já há registros de negócios fechados a R$ 4,05. Em 23 de fevereiro de 2010, o indicador estava em R$ 1,4266 por libra.
"As indústrias têxteis conseguem manter estoques para dois meses. O volume armazenado para até fevereiro está acabando, março está começando e não tem algodão no mercado. Percebemos que algumas fábricas vão fechar as portas temporariamente porque não têm condições de repassar para o produto final esse custo elevado. Elas preferem esperar a colheita e a (provável) baixa dos preços", disse o analista Fernando Terao, da Informa Economics FNP.
Marcio do Rego Freitas, consultor da Hórus Algodão, afirmou que na semana passada as fábricas chegaram a comprar a libra-peso do algodão por R$ 4,05 a R$ 4,07. Segundo ele, a esse preço, a indústria teria que vender o fio de qualidade menor a pelo menos R$ 12 o quilo, contra R$ 6 a R$ 7 há um ano. "Agora o mercado travou de tal forma que não há comprador. Com essa alta toda, as roupas de inverno teriam um acréscimo de 40% ou mais", disse ele.
O consultor lembra que o consumo deve voltar a subir em junho, quando entra no mercado a safra 2010/11 do algodão. Os preços, contudo, devem continuar voláteis, já que há negócios fechados para julho a setembro que vão de R$ 2,20 a R$ 3,10 a libra-peso. "Não dá para firmar uma perspectiva", disse ele.
O Cepea afirma em seu relatório semanal que os produtores também estão concentrados na colheita da soja e na finalização do cultivo do algodão de segunda safra, destacando que neste período não há necessidade de caixa elevado. Dessa forma, a prioridade neste momento não é a venda da fibra. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária informou nesta semana que o plantio do algodão foi finalizado no Estado, maior produtor nacional da commodity. "Apesar dos contratempos climáticos, os bons preços no mercado interno, e principalmente no mercado internacional, empolgam os cotonicultores", disse o Imea em seu comunicado semanal. A área total semeada no principal Estado produtor é de um recorde de 671,1 mil hectares, contra 419,2 mil em 2009/10.
Mercado internacional - Depois de atingir a máxima intradia de 208,93 centavos de dólar por libra-peso na sexta-feira passada (18), as cotações na Bolsa de Nova York vêm recuando, em um movimento de correção com realização de lucros. Para Terao, da Informa, esse movimento pode se replicar no mercado brasileiro. "Se em NY os preços estiverem mais baratos, os brasileiros vão parar de jogar algodão lá fora e vai ter mais oferta aqui. Aí os preços vão cair. Se o algodão continuar com essa movimentação, num futuro bem próximo talvez tenhamos uma realização nos preços internos, mas é difícil prever no curto prazo", afirmou ele, evitando fazer previsões. Cerca de 60% da safra já foram comercializados, mas ainda não se sabe quanto do volume irá para exportação.
Hoje, as cotações do algodão permanecem em declínio na ICE, após o economista-chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Joe Glauber, ter informado que a produção norte-americana na próxima temporada 2011/12 deve subir 6,4% na comparação com as atuais estimativas do governo para 2010/11.
Os preços elevados devem incentivar mais produtores dos Estados Unidos - principal exportador de algodão do mundo - a expandir a produção no próximo ano-safra, que começa em agosto. O contrato maio operou no limite diário de queda, com variação negativa de 3,8%, cotado a 177,23 centavos por libra-peso.
Os dados foram divulgados durante o Agricultural Forum Outlook 2011, evento organizado pelo USDA, e que ocorre entre hoje e amanhã, em Arlington, Virginia. A produção de algodão foi estimada em 19,5 milhões de fardos de 480 libras-peso (4,24 milhões de toneladas) em 2011/12, ante 18,32 milhões de fardos (3,96 milhões de t) em 2010/11. A área plantada com algodão deverá crescer para 12,75 milhões de acres (5,16 milhões de ha), ante 10,97 milhões de acres na safra passada.
China - As importações do maior comprador de algodão do mundo alcançaram 390.720 toneladas em janeiro, alta de 31% frente ao mesmo período de 2010, mas 15% abaixo das 461.700 toneladas adquiridas em dezembro, disse hoje a Administração Geral Alfandegária do país. Segundo informações da Dow Jones, no ano passado, a China importou 2,8 milhões de toneladas, volume 86% superior ao de 2009, segundo dados do órgão.

MILHO/EUA: SAFRA RECORDE NÃO GARANTIRÁ ESTOQUE FOLGADO

O economista-chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Joe Glauber, estimou hoje que a produção de milho do país deverá alcançar 13,73 bilhões de bushels (348,74 milhões de toneladas) em 2011/12, um volume recorde. No ciclo 2010/11, os norte-americanos produziram 12,447 bilhões de bushels (316,15 mi de t).
Esse aumento de mais de 32 milhões de toneladas - praticamente uma safra brasileira a mais - contudo, não garantirá folga nos estoques do grão no próximo ciclo, que começa em setembro. A demanda deve continuar forte.
De acordo com Glauber, os estoques ao final do ciclo 2011/12 (em agosto do próximo ano), serão maiores, 865 milhões de bushels, ante 675 milhões de bushels em 2010/11, mas ainda estarão longo do nível de um bilhão de bushels, considerado limite de baixa. "Haverá apenas uma recuperação modesta dos estoques de soja e milho em 2011/12", afirmou Glauber durante o Agricultural Forum Outlook 2011, organizado pelo USDA, e que ocorre entre hoje e amanhã, em Arlington, Virginia.
Segundo Glauber, a oferta de grãos nos EUA continuará estreita até o próximo ano diante da demanda externa e interna fortes, e também por causa do maior volume destinado à produção de biocombustíveis. Ele estima que 5 bilhões de bushels (127 milhões de toneladas) de milho serão destinados à produção de etanol na próxima safra.
O economista-chefe estimou hoje que os produtores de grãos do país vão aumentar o plantio de milho para 92 milhões de acres (37,23 milhões de hectares) na safra 2011/12. No ciclo anterior, 88,2 milhões de acres (36,69 milhões de ha) foram cultivados. A produtividade foi avaliada em 164,7 bushels por acre, ante 152,8 bushels por acre em 2010/11.

SOJA; PEQUENO AUMENTO NA SAFRA 2011/12.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), estimou hoje que a produção de soja do país deverá render 3,345 bilhões de bushels (91,045 milhões de toneladas) na safra 2011/12, ante 3,329 bilhões (90,61 milhões de toneladas) produzidas em 2010/11.
A área plantada com soja foi estimada em 78 milhões de acres, ante 77,4 milhões no ciclo anterior, e a produtividade em 43,5 bushels por acre, a mesma da safra 2010/11.
Os estoques finais de soja foram estimados em apenas 160 milhões de bushels (4,35 milhões de toneladas), ante 140 milhões de bushels em 2010/11. A relação entre estoque e consumo será de apenas 5%. As exportações deverão ser de 1,575 bilhão de bushels (42,86 milhões tons). As estimativas ficaram em linha com o esperado, segundo o analista Bryce Knorr, da corretora Farm Futures.
Já a produção de trigo foi prevista em 2,08 bilhões de bushels (56,61 milhões de toneladas) em 2011/12, ante 2,208 bilhões de bushels em 2010/11. A exportação deverá atingir 1,15 bilhão de bushels no período.
O plantio de trigo deverá ser de 57 milhões de acres (23,06 milhões de ha), ante 53,6 milhões de ha em 2010/11. Os estoques finais do cereal foram estimados em 663 milhões de bushels, menores que os da safra 2010/11, de 818 milhões de bushels.
Já a produção de algodão foi estimada em 19,5 milhões de fardos de 480 libras-peso (4,24 milhões de toneladas) em 2011/12, de 18,32 milhões de fardos (3,96 milhões de t) em 2010/11. A área plantada com algodão deverá crescer para 12,75 milhões de acres (5,16 milhões de ha), ante 10,97 milhões de acres na safra passada. Os EUA deverão exportar 15 milhões de fardos.

SOJA: CHINA DEVE IMPORTAR 3,2 MI T EM FEVEREIRO.

A China deve importar em fevereiro 3,17 milhões de toneladas de soja, estimou nesta quinta-feira o Ministério de Comércio do país, revisando para cima uma projeção divulgada duas semanas antes. As importações do grão devem desacelerar em relação ao ritmo recorde do ano passado, à medida que os preços norte-americanos atingiram os maiores níveis em mais de dois anos.
Se concretizada, a previsão do ministério para fevereiro representará um declínio significativo na comparação com as 5,14 milhões de toneladas importadas em janeiro, mas ainda será 7% superior ao volume registrado no mesmo período de 2010. O governo estima que a China importe cerca de 3,16 milhões de toneladas em março.
As projeções se baseiam nos relatos de importadores entre 1º e 15 de fevereiro. A previsão regular normalmente fica abaixo da quantia real, uma vez que não inclui todos os carregamentos. O ministério divulgas as estimativas duas vezes por mês.

ALTA DO PETRÓLEO GERA RECEIO COM ECONOMIA DOS EUA.

O dólar recuou em relação a outras moedas fortes, refletindo a preocupação dos investidores com a possibilidade de a recuperação econômica dos EUA perder fôlego se os preços do petróleo ultrapassarem com mais convicção a barreira dos US$ 100.
"Está começando a se desenvolver uma indisposição crescente em relação ao dólar", disse Ron Leven, analista de câmbio do Morgan Stanley. "Se os preços do petróleo continuarem em alta, veremos um sentimento cada vez mais negativo em relação à moeda norte-americana."
Os preços do petróleo negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) atingiram US$ 100 pela primeira vez em mais de dois anos nesta quarta-feira, impulsionados por receios com a possibilidade de os confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança na Líbia provocarem interrupções no fornecimento da commodity. Alguns analistas acreditam que a recuperação econômica nos EUA pode ser prejudicada se os preços do petróleo superarem US$ 125 por barril.
A perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) provavelmente elevarão as taxas de juro antes do Federal Reserve também estimulou os investidores a comprarem euros e libras em detrimento do dólar. Juros mais altos tendem a aumentar a atratividade das moedas se não são considerados uma ameaça à economia.
O euro, no entanto, ainda pode sofrer com a incerteza trazida pelas eleições gerais na Irlanda, na sexta-feira. A expectativa é de que o Fianna Fail, partido que atualmente ocupa o governo, perca essa posição para uma coalizão formada pelos partidos Fine Gael e do Trabalho.
Em Nova York, o euro subiu para US$ 1,3747, de US$ 1,3650 na terça-feira, e avançava para 113,42 ienes, de 113,07 ienes. O dólar recuava para 82,50 ienes, de 82,77 ienes, e tinha queda para 0,9332 franco suíço, de 0,9389 franco suíço. A libra subiu para US$ 1,6209, de US$ 1,6132 na terça-feira.
A libra recebeu um impulso adicional depois de a ata do Banco da Inglaterra mostrar que as autoridades estão mais dispostas a elevar os juros.

CHINA/SOJA RECUA COM APERTO MONETÁRIO E TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO

Os futuros da soja terminaram com baixa pelo quarto dia consecutivo na Bolsa de Commodities de Dalian, seguindo o declínio generalizado das commodities, conforme o rali do petróleo devido à turbulência política no Oriente Médio e no Norte da África alimenta temores de que a recuperação econômica global pode estar ameaçada.
O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com queda de 0,6% nesta quinta-feira, cotado a 4.404 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1).
O contínuo aperto da política monetária na China e a fraca demanda por óleos comestíveis depois do feriado do Ano Novo Lunar - no começo deste mês - também influenciaram negativamente o mercado da soja, informou Wu Qiujuan, analista da Xinhu Futures.
No entanto, as cotações dos óleos comestíveis podem estar posicionadas para uma recuperação técnica em breve, já que os preços futuros estão agora ligeiramente menores que os do mercado físico, segundo Wu.
Com a demanda por grãos em forte alta após o Ano Novo Lunar, o governo continua promovendo leilões semanais de trigo, milho, arroz, óleos comestíveis e soja, enquanto os produtores relutam em vender seus estoques devido à expectativa de novas altas de preço.
Mas o mercado da soja continuou parado. Algumas processadoras foram forçadas a suspender as operações por causa da fraca margem de lucro obtida com o esmagamento de grãos, após o governo chinês ter fixado um teto para os preços no varejo dos óleos comestíveis.
Pequim vendeu 6.106 toneladas de soja das 300 mil toneladas leiloadas na terça-feira. Até agora, um volume relativamente pequeno de 11.106 toneladas foi vendido desde que os leilões foram retomados em dezembro.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CBOT/SOJA FECHA EM ALTA POR COMPRAS DA INDÚSTRIA E ESTOQUES.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje, estabilizando-se após as fortes vendas generalizadas da sessão anterior, uma vez que os preços receberam sustentação da projeção de oferta apertada e de compras da indústria.
O contrato maio, mais negociado, avançou 20,50 centavos, ou 1,6%, para fechar cotado a US$ 13,3150 por bushel. Já o novembro, referente à nova safra, ganhou 21,50 centavos, ou 1,7%, para US$ 12,9575.
A projeção de estoques apertados no final da temporada e a necessidade de os preços da soja ficarem competitivos em relação ao milho e ao algodão devido à disputa por área para o plantio nos EUA deram sustentação ao mercado.
Após os preços atingirem mínimas de 10 semanas durante a noite, surgiram compras da indústria, o que deu ainda mais suporte aos preços, disse Dan Basse, presidente da AgResource Co. O mercado registrou muitas fixações abaixo de US$ 13 porque a China está adquirindo a soja na América do Sul a um valor mais baixo, disse Basse.
As compras comerciais ajudaram a dar fim às vendas dos fundos, responsáveis pela queda de 11% nos preços nas últimas duas semanas. O mercado estava sobrevendido após o recuo de ontem para o limite diário, abrindo as portas para compras a níveis mais baixos depois de ter atingido as máximas de dois anos e meio.
Os ganhos, entretanto, foram limitados pela pressão provocada pela colheita no Brasil, onde a expectativa é de uma safra recorde. Os produtos derivados também apresentaram recuperação, em linha com a soja. O contrato maio do óleo subiu 108 pontos, ou 1,98%, para 55,70 centavos por libra-peso. O maio do farelo avançou US$ 5,40, ou 1,5%, para US$ 356,10 por tonelada.

IED FEVEREIRO SOMA US$ 6,7 BILHÕES.

O mês de fevereiro tem sido de forte ingressos de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil. O Banco Central informou há pouco que a entrada de IED em fevereiro até o dia 23 já soma US$ 6,7 bilhões e a previsão é de que a quantia alcance US$ 7 bilhões até o final do mês.
O chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, destacou que o ingresso de IED em janeiro (US$ 2,956 bi) é o melhor para o mês desde 2008, quando ingressaram no Brasil US$ 2,422 bilhões. Ele informou também que o ingresso de IED em 12 meses até janeiro, que soma US$ 50,817 bilhões, é o maior da série do Banco Central iniciada em 1947.
Para Maciel, o IED vem apresentando um movimento muito positivo, embora ele tenha destacado que os recursos não serão suficientes para cobrir todo o déficit em transações correntes previsto para 2011. Enquanto o BC espera déficit em conta corrente de US$ 64 bilhões, a projeção para IED é de US$ 45 bilhões. Maciel também previu o déficit em conta corrente no mês de fevereiro, que deve fechar em US$ 3 bilhões. Ele aponta o número menor de dias úteis do mês e também a sazonalidade da balança comercial para justificar a melhora.
O chefe adjunto do Departamento Econômico do BC avaliou ainda que o déficit de conta corrente de US$ 5,4 bilhões em janeiro veio em linha com as previsões do BC, que eram de resultado negativo de US$ 5,5 bilhões. O resultado de janeiro é o pior para o mês da série histórica.
Maciel destacou que em contraponto a esse resultado negativo de conta corrente, o que se observa é uma situação favorável de financiamento desse déficit. Ele destacou que o ingresso de IED em janeiro, de US$ 2,956 bilhões, ficou acima das expectativas do BC, que esperava um fluxo em torno de US$ 2 bilhões. Ele atribuiu o aumento do déficit em transações correntes ao crescimento da economia, que "tem levado a um aumento da demanda de bens e serviços tanto das pessoas físicas quanto do setor produtivo.
Ele destacou que entre as pessoas físicas houve aumento nas viagens internacionais, que foram um recorde da conta de despesas. Em janeiro, somaram US$ 1,741 bilhão, com crescimento de 43% em relação ao mesmo mês de 2010. Para mostrar o efeito do crescimento do déficit nas contas pelo lado do setor produtivo, Maciel apontou o aumento da conta de aluguel de equipamentos, que apresentou despesa de US$ 1,066 bilhão e receitas de apenas US$ 4 milhões.
Ele também disse que o crescimento da economia leva a um aumento natural das remessas de lucros e dividendos das empresas estrangeiras instaladas no Brasil para as suas matrizes no exterior.

CHINA/SOJA TERMINA EM QUEDA COM PETRÓLEO FIRME E DÓLAR VALORIZADO

As cotações da soja encerraram com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciadas pela valorização acentuada dos preços do petróleo e pelo fortalecimento do dólar, conforme temores sobre o aperto da política monetária da China mantiveram os traders na defensiva. O contrato janeiro, o mais negociado, fechou em queda de 2,8% nesta quarta-feira, cotado a 4.430 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1).
"O mercado externo está caindo e as medidas de política monetária estão exercendo pressão sobre os preços", disse Monica Tu, analista da Shanghai JC Intelligence Co.
A alta dos preços do petróleo afetou negativamente os mercados em todas as classes de ativos, enquanto a instabilidade política no Oriente Médio continuou deprimindo o apetite por compras. Em Xangai, os metais também registraram forte declínio, com o cobre em baixa de quase 3%.
A determinação da China para conter pressões inflacionárias pesou no sentimento, conforme relatórios climáticos prevendo chuvas e neve no final desta semana também limitaram o desempenho dos preços.
Entre outras notícias, o governo chinês informou ontem que investirá cerca de 63 bilhões de yuans (US$ 9,3 bilhões) para reforçar mais de 40 mil reservatórios de todo o país, como parte dos esforços para lidar com a seca, as inundações e a conservação de água. O Conselho de Estado pretende reparar todos os reservatórios da China até 2015 para garantirque funcionem de modo eficiente, segundo comunicado divulgado ontem.

CBOT/SOJA TEM FORTE QUEDA POR PREOCUPAÇÃO COM ORIENTE MÉDIO E DEMANDA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago despencaram 5,1% nesta terça feira devido às preocupações em relação aos conflitos no Oriente Médio, além das dúvidas relacionadas à demanda. O contrato maio fechou no limite de baixa de 70 centavos, cotado a US$ 13,11. Já o contrato maio do óleo de soja recuou 250 pontos, ou 4,38%, para 54,62 centavos por libra-peso. O maio do farelo perdeu US$ 15,30, ou 4,18%, para US$ 350,70 por tonelada.
O recuo foi provocado pelos protestos no norte da África e no Oriente Médio, o que deu sustentação ao petróleo. Isso alimenta as preocupações em relação à recuperação da economia global e, segundo um analista, os tumultos em vários países podem dar mais sustentação os preços do petróleo.
Os tumultos poderiam afetar a demanda por commodities, particularmente em mercados emergentes que são importantes consumidores, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting.
A soja foi negociada recentemente em máximas de mais de dois anos devido à forte demanda global e aos temores de que os produtores norte-americanos não vão plantar o suficiente para renovar a baixa oferta. Milho, soja, trigo e algodão disputam a área agrícola já limitada nos EUA.
Mas analistas dizem que há sinais de que a demanda por soja está desacelerando. Eles destacam os cancelamentos de aquisições anteriores pela China, um sinal de migração da demanda dos EUA para a América do Sul, com a expectativa de uma safra recorde no Brasil.

MILHO FECHA NO LIMITE DE BAIXA.
Os preços futuros do milho mergulharam na Bolsa de Chicago em meio à ansiedade com os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África, que podem reduzir a demanda por commodities. O movimento de realização de lucros pressionou também soja e trigo.
Os lotes para entrega em maio fecharam no limite de baixa de 30,0 cents ou 4,17%, cotados a US$ 6,9025/bushel. A queda foi abrupta em relação às máximas registradas durante a noite, quando os preços atingiram seu maior nível desde 7 de julho de 2008.
A queda foi promovida por preocupações com os tumultos na Líbia e em outros países da região. A violência impulsionou os preços futuros do petróleo, causando rumores sobre a recuperação da economia global e, portanto, sobre a demanda por commodities. Além disso, investidores se afastam de posições mais arriscadas.
"É um alerta de que a economia global vai ter um momento difícil", disse o analista John Kleist, da e-BOT Trading. Ele explicou que o milho foi "o último dominó a cair" depois das correções recentes no trigo e na soja. Fundos de investimento estavam muito comprados recentemente, apesar de sinais de que a demanda começou a perder força. Novas preocupações com o Oriente Médio e a demanda por commodities estimulou realização de lucros. Mas analistas disseram que o milho ainda tem suporte dos fundamentos e pode ser direcionado por preocupações com a oferta.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CBOT: SOJA, MILHO,TRIGO, FECHARAM NO LIMITE DE BAIXA.

Os futuros de soja, milho e trigo fecharam no limite de baixa na Bolsa de Chicago em um rali de vendas provocado por realização de lucros e pelas notícias de tumulto no Norte da África. Os contratos de soja para entrega em maio recuavam 70 pontos ou 5,0% e operavam a US$ 13,11/bushel.
Os lotes de milho para o mesmo mês recuavam 30,0 cents ou 4,17% e trabalhavam na mínima de US$ 6,9025/bushel. O contrato de trigo para maio cedeu 60,0 ou 6,02% e era negociado a US$ 7,95 75/bushel.
Participantes do mercado embolsaram lucros diante dos conflitos violentos na Líbia, em especial, mas no Norte da África e no Oriente Médio de modo generalizado. Investidores estão ansiosos com o futuro da economia global, segundo analistas. A queda ocorreu depois que milho saltou para as máximas em 31 meses, durante a noite. "Todo mundo quer afastar o risco neste momento", disse o presidente da consultoria The Money Farm, Mike Krueger. Os futuros recuaram depois de terem subido puxados pela forte demanda e com a disputa por área plantada entre as culturas.
A expectativa é de que a queda dure pouco tempo, pois a oferta de grãos permanece baixa, segundo Krueger. A soja pode receber alguma pressão num prazo mais longo, pois produtores da América do Sul estão colhendo e minimizando preocupações com a oferta, segundo o analista.

TRANSGÊNICOS: PLANTIO AUMENTOU 10% NO MUNDO EM 2010.

O plantio de sementes geneticamente modificadas aumentou 10% no mundo em 2010 e alcançou 148 milhões de hectares, ante 134 milhões de ha em 2009. A estimativa é do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA). A entidade prevê que até 2015 pelo menos quatro novas culturas transgênicas serão aprovadas em diversos países, o que deve elevar a área plantada com sementes resultantes da biotecnologia.
Entre essas culturas está o arroz com provitamina A, ou arroz dourado. "O maior destaque é o arroz, que é o alimento mais importante do mundo, e também o mais relevante para a população pobre. Ele deve estar disponível para ser plantado nas Filipinas em 2013, depois em Bangladesh, Indonésia e Vietnã. Tem grande potencial econômico e nutricional para a população da Ásia, envolvendo um bilhão de beneficiários", avaliou Clive James, presidente do ISAAA, durante teleconferência realizada hoje para comentar os números sobre os transgênicos no mundo.
James explicou que os outros produtos transgênicos esperados para os próximos anos são cana-de-açúcar com melhores características de agronomia e de qualidade e batatas resistentes a doenças. Atualmente os principais produtos são soja, milho, canola e algodão.
Há expectativas também em relação ao plantio do milho tolerante à seca nos EUA, no começo de 2012, e na África até 2017. Além disso, estão em desenvolvimento variedades de trigo com diversas características, entre elas: tolerância à seca, resistência a doenças e qualidade dos grãos. Os primeiros devem estar prontos para comercialização em 2017, segundo o ISAAA.
De acordo com a entidade, produtores de 29 países cultivaram plantações transgênicas em 2010. Essas nações correspondem a 59% da população mundial. Do total da área plantada com transgênicos, 48% estavam nos países em desenvolvimento. O ISAAA estima que até 2015 esse grupo - em especial América Latina e Ásia - será responsável pela maior parte do plantio de sementes originadas da biotecnologia.
"Claramente, os países da América Latina e Ásia conduzirão os aumentos mais importantes dos hectares globais cultivados com plantações biotecnológicas durante o restante da segunda década de comercialização da tecnologia e ultrapassarão as nações industrializadas nos cultivos de plantações biotecnológicas até 2015", disse James.
Em 2010, três países cultivaram pela primeira vez plantações transgênicas comerciais. Aproximadamente 600 mil agricultores do Paquistão e 375 mil de Mianmar plantaram algodão Bt resistente a insetos, e a Suécia plantou uma batata de alta qualidade aprovada para alimentação animal e uso industrial.
Dos 15,4 milhões de agricultores que plantaram culturas transgênicas, 90% ou 14,4 milhões são pequenos agricultores de países em desenvolvimento e com poucos recursos. Hoje, a maior parte dos pequenos agricultores na China e na Índia cultiva transgênicos: 6,5 milhões de agricultores chineses e 6,3 milhões de agricultores indianos.
James destaca ainda a atuação de Burkina Faso, que teve em 2010 o segundo maior aumento anual no uso de transgênicos, de 126%, com 80.000 agricultores plantando 260.000 hectares, uma taxa de adoção de 65%. Para ele, este caso deve ser considerado como um exemplo para toda a África. A Austrália registrou o maior aumento, com 184%. "Dividir essa experiência é muito importante. Burkina Faso é um modelo para Mali, Togo e pode ser dividido com todos os outros países da região", completou ele, destacando que o uso de transgênicos aumenta a renda dos pequenos produtores, contribui para a segurança alimentar e reduz o uso de pesticidas e combustíveis fósseis enquanto aumenta a eficiência do uso da água, entre outros benefícios.
Brasil - O Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA, na sigla em inglês) revisou hoje para 26 milhões de hectares o plantio de lavouras transgênicas no Brasil em 2010/11. Estimativa divulgada pela consultoria Céleres, representante do ISAAA no Brasil, em janeiro, estimava o cultivo de sementes geneticamente modificadas em 25,4 milhões de ha.
A área estimada agora representa um aumento de 21,5% sobre os 21,4 milhões de hectares plantados em 2009/10, e o Brasil consolida-se como o segundo país que mais planta sementes geneticamente modificadas no mundo. Os Estados Unidos permanecem no topo da lista, com 66,8 milhões de ha. A Argentina vem em terceiro lugar, com 22,9 milhões de ha.
"Concluído o período de plantio, percebemos que a adoção em 2010 foi ainda maior do que o previsto inicialmente. Além disso, do ponto de vista de aprovações de novas sementes, 2010 foi também bastante produtivo", avaliou em teleconferência Anderson Galvão, sócio-diretor da consultoria Céleres. No ano passado, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de quatro variedades transgênicas de milho, três de soja e uma de algodão.
De acordo com Galvão, 18,2 milhões de hectares foram plantados com soja e 7,5 milhões com milho na safra 2010/11. Ele destacou que 75% da área total plantada com a safrinha de milho deve ser de transgênicos. É praticamente o mesmo porcentual do que já é plantado com soja. "É importante ressaltar que a soja demorou 13 anos para atingir esse porcentual, que o milho de inverno está atingindo em apenas três anos". A área plantada com transgênicos na safra verão de milho chegou a 45% em 2010/11, o que leva a um total para o cereal de 57% da área. A tolerância a herbicidas é a principal característica vista nas lavouras geneticamente modificadas do País, seguida da resistência a insetos.
"Praticamente todos os Estados com relevância agrícola adotam diferentes níveis de biotecnologia. Em 2010, Mato Grosso consolidou sua posição como Estado com maior área plantada com transgênicos, 6,1 milhões de hectares, seguido do Rio Grande do Sul com 5,2 milhões e do Paraná com 4,8 milhões", completou Galvão.
O analista evitou fazer previsões sobre o aumento do uso de transgênicos no País no futuro. "O Brasil, como um dos países que tem maior disponibilidade de área agrícola, deve vivenciar nos próximos anos um expressivo crescimento na área plantada dos principais grãos. Como a biotecnologia já é tida como padrão para a produção, é natural esperar que a adoção cresça de mãos dadas com a expansão agrícola."

SOJA/CHINA FECHA COM BAIXA DIANTE DE DÓLAR FIRME

Os futuros da soja estenderam perdas recentes na Bolsa de Commodities de Dalian, afetados pela apreciação do dólar e pela queda dos mercados acionários locais. O contrato janeiro, o mais negociado, fechou com leve baixa nesta terça-feira, cotado a 4.558 yuans por tonelada (6,58 yuans = US$ 1).
O fraco desempenho das commodities continuou sendo o principal tópico das bolsas chinesas. Os metais encerraram com perdas em Xangai, enquanto o algodão e o trigo também terminaram com oscilação negativa em Zhengzhou diante de preocupações com o aperto da política monetária na China.
"A soja local não tem muita competitividade no momento...e não há muitas notícias boas do lado dos fundamentos de oferta e demanda para ajudar", disse a Asia Futures em uma nota.
A decisão tomada na última sexta-feira de elevar o compulsório bancário continuou influenciando do sentimento do mercado, já que ressalta a determinação de Pequim para conter a alta dos preços das commodities. A medida também levou o índice de ações da Bolsa de Xangai a registrar o maior recuo diário em mais de um mês, caindo perto de 3%. A instabilidade no Oriente Médio sustentou a valorização do dólar, desencorajando o apetite por commodities que são negociadas na moeda norte-americanas.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

BRASIL CAMINHA PARA ESTOURO DE CRISE DE CRÉDITO.

O Brasil está caminhando para uma crise de crédito como a que abalou os Estados Unidos em 2008, acredita Paul Marshall, gestor de recursos da britânica Marshall Wace e cogestor do fundo Eureka. Em artigo no site do "Financial Times", ele caracteriza a expansão rápida do crédito no País, com elevadas taxas de juros, como uma "bolha".
"A situação é tão preocupante quanto a crise do subprime nos Estados Unidos", diz. "Muito crédito está sendo empurrado pelos bancos a altas taxas aos consumidores, que no final não conseguirão pagas as dívidas."Nos últimos cinco anos, o crédito no Brasil cresceu 2,4 vezes o Produto Interno Bruto (PIB), mais do que na Rússia, na Índia e na China.
Normalmente, esse comportamento não seria um problema, já que o crédito representa apenas 46% do PIB no País, muito menos do que o indicador de 165% nos Estados Unidos. No entanto, Marshall argumenta que, "apesar da queda da inflação para administráveis 6%, os bancos no Brasil cobram uma média de juros de 25% ao ano e, no caso do financiamento ao consumo, as taxas superam bem os 30%". "O crédito no Brasil é punitivamente caro."
O pagamento de dívidas pelos consumidores atingiu 24% da renda disponível no Brasil e deve chegar a 30% em 2012, estima o gestor. Nos EUA, a crise explodiu quando esse índice bateu 14%. "O Brasil precisará de uma política habilidosa para administrar sua atual bolha de crédito sem perder o controle", escreve Marshall.

GUERRA CAMBIAL/PAÍSES DA AL TEMEM PROTECIONISMO

Países latino-americanos exportadores de commodities, como o Brasil, temem "um mundo mais protecionista" em barreiras comerciais, devido às consequências de um cenário de guerra cambial. A avaliação partiu da coordenadora de projetos do Centro de Estudos do Setor Externo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Cesex-Ibre/FGV) Lia Valls.
A especialista fez a análise após explicar tópico especial da Sondagem Econômica da América Latina de janeiro deste ano, que fala sobre as influências no mercado mundial de uma "guerra cambial". Neste tópico, 92% dos entrevistados no Brasil, Colômbia, Chile e México apostam em um risco elevado de se adotar mais medidas protecionistas, caso nada ocorra para mudar o atual cenário. A sondagem ouviu 143 especialistas em 18 países.
Ela lembrou que ainda não ocorre, entre os países do mundo, um consenso a respeito de como rearranjar a entrada de capitais dentro dos países de forma a não conduzir a um cenário de dólar fraco, o que leva a enxurradas de entrada de importados nos mercados domésticos, ao mesmo tempo em que eleva preços de commodities exportadas.
"Ninguém acha que continuar valorizando câmbio é bom, porque acaba afetando a indústria", observou a especialista, comentando que isso, em um longo prazo, pode conduzir a movimentos de substituição de produção por importações. "Se não houver um rearranjo na questão do controle de capitais, para se diminuir desequilíbrios de entrada de capital, pode ser que todo mundo decida se proteger, com medidas protecionistas. Isso seria o pior cenário", alertou. "Este tema cambial é uma das maiores preocupações entre os países da América Latina", afirmou.

ÓLEO DE PALMA FECHA EM BAIXA COM APERTO MONETÁRIO NA CHINA

As cotações do óleo de palma cru encerraram com baixa na Bolsa de Derivativos da Malásia, acompanhando o declínio das commodities agrícolas nos mercados chineses, após Banco do Povo da China ter elevado o compulsório bancário em 0,5 ponto porcentual na última semana, apertando novamente a política monetária do país. O contrato maio encerrou com queda de 27 ringgits nesta segunda-feira, a 3.656 por tonelada (3,037 ringgits = US$ 1).
Traders ignoraram a estável demanda de exportação e o baixo nível dos estoques, uma vez que tais fatores podem já ter sido precificados quando o mercado disparou para o maior nível em 35 meses no dia 10 de fevereiro. As inspetoras de cargas Intertek Agri Services e a SGS projetaram os embarques no período de 1º a 20 de fevereiro em 825 mil toneladas e 811.813 toneladas, respectivamente, ante expectativa do mercado de 800 mil a 810 mil toneladas. Analistas disseram que perspectivas melhores para o óleo de palma na segunda metade do ano também pressionaram os preços.
"Conforme os efeitos do La Niña se dissipam, as atividades de colheita e transporte de óleo de palma na Malásia devem se normalizar. A produtividade dos novos frutos também deve melhorar até o segundo semestre. A produção indonésia, que foi menos afetada por inundações nas últimas semanas, provavelmente ganhará ritmo", informou o Barclays Capital em um relatório.
Separadamente, o portal de notícias China Business News comunicou que autoridades chinesas rejeitaram uma proposta de reduzir as tarifas de importação da soja e do óleo de soja. Na semana passada, os preços do óleo de palma caíram após rumores de que o país cortaria o tributo do grão de 3% para 1% e do óleo de 9% para 5%, o que poderia enfraquecer a demanda por óleo de palma.
O número de contratos abertos foi de 111.250 lotes, ante 108.046 lotes na sexta-feira. Ao todo, 25.633 lotes foram negociados nesta segunda-feira, abaixo de 30.420 lotes na sessão passada. Cada lote equivale a 25 toneladas.

COLHEITA DE SOJA/SOMAR: DIAS CHUVOSOS ATRAPALHAM PR E MS.

As frentes frias devem continuar atuando sobre o Sul do Brasil nesta semana, com os maiores volumes de chuva concentrados entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A avaliação é da Somar Meteorologia em seu boletim semanal. A sequência de dias chuvosos tem atrapalhado a colheita da soja no Paraná e em Mato Grosso do Sul. No Sul do Brasil as águas diminuem a partir da próxima semana e no início de março, o que não deixa de ser uma boa notícia para quem está colhendo a lavoura. Em contrapartida, essa condição climática "representa um agravamento da seca no sul do Rio Grande do Sul", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Em grande parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste persiste nesta semana a condição de pouca água e períodos de sol, com apenas chuvas isoladas no período da tarde, típicas do verão. No entanto, a partir da próxima semana e para o início de março, a tendência é que as frentes frias voltem a atuar mais sobre o litoral da Região Sudeste, o que deve provocar um aumento na frequência e na intensidade das chuvas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso.
No Nordeste do Brasil, que a partir deste mês entra no seu período chuvoso que se estende até maio, os volumes na próxima semana devem se concentrar nas partes norte e oeste da região, incluindo principalmente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Bahia.
Análise da semana - O acumulado de chuva de fevereiro revela que os volumes estão concentradas no Centro-Sul do Brasil, enquanto parte do Sudeste e do Nordeste sofre com a ausência de água. Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e também a parte norte de Goiás tiveram mais uma semana seca, agravando ainda mais a situação em alguns municípios onde não chove há mais de 30 dias.
A mudança no padrão das chuvas em fevereiro, em relação ao observado em janeiro, está associada basicamente ao comportamento e área de atuação das frentes frias, as quais, por sua vez, dependem de fatores da atmosfera durante o verão. Entre esses fatores pode-se destacar o posicionamento da Convecção da Amazônia (Alta da Bolívia) e dos Vórtices Ciclônicos (Baixa Pressão na Alta Troposfera).
Depois do início de janeiro chuvoso, quando as frentes frias atuaram mais entre São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro, a partir do dia 20 e durante fevereiro as frentes frias permaneceram "bloqueadas" no Sul, onde foram registrados os maiores volumes de água. "O padrão climático observado nos últimos 30 dias é típico da variabilidade do verão e pode mudar de uma semana para outra. Prova disso, é que esse padrão deve mudar ainda no fim deste mês", informa Etchichury.
Os índices de água disponível no Solo refletem o padrão das chuvas nos últimos 30 dias. Desde o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e até parte de São Paulo apresentam excelente condição de umidade do solo (superior a 90%). Em compensação, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,Sergipe e Alagoas apresentam baixos índices de água no solo (inferior a 20%).
Argentina - Chuvas isoladas e, no geral, de fraca intensidade foram registradas na semana passada sobre as principais regiões produtoras da Argentina, incluindo o Pampa Úmido. Os maiores volumes foram observados no norte do país.
Para esta semana, segundo projeção da Somar, o tempo não muda muito e a previsão para as regiões produtoras de grão da Argentina é de tempo seco e forte calor, com as temperaturas do período da tarde ultrapassando a casa dos 35 graus. Assim como na semana passada, nos próximos dias as chuvas se concentram sobre as províncias do norte da Argentina.
Para a primeira quinzena de março, em geral, permanece a tendência de um período de pouca chuva (seco) sobre as principais regiões produtoras de grãos da Argentina.

SOJA-RELATÓRIO SEMANAL CÉLERES.

I N T E R N A C I O N A L - Nos pregões da semana passada, verificou-seuma significante retração nas cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago. Acredita-se que a pressão temporária sobre os preços da oleaginosa não deverá se sustentar após a colheita da safra na América do Sul.
Em valores, o vencimento Março/11 terminou a semana valendo US$ 13,68/bushel, ante US$ 14,16/bushel da semana precedente. No intervalo de trinta dias, essa mesma referência de preço no mercado internacional era de US$ 14,13/bushel.
Visando as estratégias de compra e venda no período de entressafra mundial da soja, observou-se que as retrações foram menores, comparando o intervalo de um mês. Os negócios para o vencimento Julho/11 fecharam a semana valendo US$ 13,89/bushel. Há um mês, a cotação dessa referência era de US$ 14,28¼/bushel.
Os principais fatores que influenciaram fundamentalmente a movimentação dos preços em Chicago na semana passada foram: as boas notícias quanto ao desenvolvimento da etapa final da safra de soja sul-americana, o cancelamento de compras futuras da produção de soja 2011/12 dos EUA e a redução das importações chinesas após as medidas de retenção do processo inflacionário no país.
Diante desse contexto de mercado, a tendência natural é de que haja realização de lucros por parte dos grandes fundos investidores. Portanto, boa parte das quedas que ocorreram nos últimos dias é justificada por esse motivo.
Para o médio prazo (meio do ano), as expectativas ainda são de preços em patamares significativamente elevados. Tal leitura tem como embasamento o quadro crítico da oferta de soja frente ao abastecimento da demanda para esse ano.
Doméstico - Em linha com as cotações de curto prazo do mercado internacional, os preços da soja no mercado disponível brasileiro também reportaram pequena retração na semana passada.
Nas praças pesquisadas pela Céleres, os preços negociados pela soja no disponível terminaram a semana com queda de 1,7%. No intervalo de trinta dias, as cotações também reportaram queda: -2,8%.
No porto de Paranaguá, o mercado de prêmios de exportação registrou alta de US$ 0,07/bushel, mostrando-se positivo para os contratos com entrega em março/2011. As referências para esse vencimento ficaram em: US$ 0,35/bushel para a compra e US$ 0,40/bushel para a venda. A cotação da soja em Paranaguá terminou a sexta-feira na casa de US$ 30,8/saca (queda de 3,1% na semana).
Mercado de exportação global de soja mostrou-se mais favorável para o Brasil em 2010/11. Até agora as estimativas para a safra de soja 2009/10 para os países com maior volume de produção mostraram que o cenário de escassez do produto ainda será realidade ao longo deste ano, o que deve favorecer o mercado de exportação no Brasil.
Tal contexto é decorrente essencialmente de dois fatores, um deles impacta diretamente sobre a oferta da commodity: as adversidades climáticas sobre as lavouras na Argentina (3° maior produtor mundial). Em ano de LaNiña, a expectativa para o volume produzido no país saiu de 55 milhões t, no início do ano safra, para pouco mais de 47 milhões t, atualmente. Além disso, os estoques de passagem dos Estados Unidos (maior produtor mundial) estão em patamares críticos de abastecimento da sua demanda total - com aproximadamente 15 dias de autonomia (3,8 milhões t).
O segundo fator que tem agravado o quadro de disponibilidade da oleaginosa diz respeito ao aquecimento da demanda mundial. Nos últimos cinco anos a demanda global por soja cresceu 38,8%, com destaque para o consumo chinês que vem quebrando recordes históricos – a China quase dobrou as importações nesse mesmo período (98,4% maior).
Uma vez estabelecido o cenário de desequilíbrio entre a oferta e a demanda, analisam-se os impactos sobre o comércio de soja entre os principais players do produto no mercado mundial.
Em números, para 2010/11, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê o market share da exportação global de soja (98,6 milhões t) assim: os EUA, com 43,9% do mercado mundial; o Brasil, com32,7% e; a Argentina, com 11,8%.
Quanto às participações sobre o volume total de importação mundial, também para 2010/11, têm-se os seguintes players: a China, com 59,5%; União Européia (27 países), com 14,6%; e o Japão com 3,6%.
Na perspectiva de uma safra recorde de sojapara o Brasil (±70 milhões t), acredita-se que a adversidade nos demais mercados concorrentes do país torna-se uma oportunidade para ganho de market share nas exportações globais. Essa leitura é bastante positiva para os produtores, pois dá margem para que novos investimentos no setor agrícola do país sejam efetuados.
Todavia, nesse contexto de mercado mundial, os ganhos maiores de participação/lucro da produção brasileira esbarram em problemas estruturais de competitividade – com destaque para o problema referente aos custos com a logística de escoamento da produção.
Falta de chuvas durante o desenvolvimento das lavouras mais tardias retomam as preocupações quanto à produção de soja na Argentina. De acordo com as informações da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, observou-se até a semana passada que a falta de chuvas tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras tardias e de segunda safra. Tal contexto retoma o temor quanto aos baixos volumes de produção de soja para o país, pois boa parte das lavouras já está nos estágios reprodutivos, variando entre plena floração e frutificação. Um ponto positivo que tem ajudado o quadro de desenvolvimento das lavouras foi o registro de chuvas nos últimos meses, dando condições para suportar a falta de chuvas dos últimos dias.
NA C I O N A L - Com base no acompanhamento semanal do desenvolvimento da safra de soja no Brasil, realizado pela Céleres®, estima-se que até a última sexta-feira 96% das lavouras de soja tenham passado pelo estágio de floração, ante 92% registrado mesmo período do ano passado.
Na sequência do ciclo evolutivo da planta de soja, a fase de enchimento de grãos registrou 81% contra 72% da semana e ano passados. Em relação aos últimos cinco anos, o desenvolvimento dessa etapa está dentro da média histórica (80%).
Finalizando os estágios de reprodução, tem-se que 45% dos campos da soja brasileira tenham passado pela fase de maturação, ante 42% registrado para a mesma época do ano anterior.
Portanto, chega-se à conclusão de que quase metade das lavouras de soja no país está pronta para dar início aos trabalhos de colheita.
Em valores, estima-se que a colheita do grão tenha atingido 14% da área plantada, ante 9% da semana passada. No mesmo período do ano passado o ritmo de colheita estava em 19%. A média calculada para as últimas cinco safras é de 10%, considerando esta época do ano.
Portanto, observa-se que mesmo com o ritmo um pouco mais adiantado para o ciclo da soja, em relação ao ano passado, há um pequeno atraso nos trabalhos de colheita. Esse contexto justifica-se pelo excesso de chuvas sobre as principais áreas de produção nacional na hora de colher.
No geral, os produtores seguem de olho no clima, com o foco no controle da ferrugem asiática e início dos trabalhos de semeadura da safra de inverno.
Pelo lado da comercialização, observou-se avanço de um ponto percentual na estimativa de vendas nacional. O percentual de venda da produção 2010/11 ficou em 53% até a semanapassada, contra 52% da semana passada e apenas 29% observado no mesmo período do ano anterior. A média de cinco anos reportou valor de 44%.
O atraso na colheita contribui para minimizar o impacto do aumento da oferta sobre os preços no mercado doméstico. Com isso têm-se notícias de que os produtores estão vendendo à medida que é efetuada a colheita.
Preços pagos no mercado doméstico confirmam o apetite da indústria brasileira em relação à paridade de exportação.
Por meio de pesquisa diária dos preços da soja no mercado doméstico, também realizada pela Céleres®, observou-se que os preços pagos para os produtores no mercado disponível estão mais favoráveis do que os pagos no mercado de exportação. Mesmo com a escassez do produto, registro de menos de 15% da produção colhida, e prêmios de exportação mantidos em patamares positivos, essa realidade faz parte do contexto atual de comércio.
Além disso, a cotação da taxa de câmbio não tem contribuído para a formação do preço pago pelo mercado exportador. Nessas condições, o preço pago via paridade de exportação não tem conseguindo competir com a demanda da indústria no mercado doméstico.
T E N D Ê N C I A S & E S T R A T É G I A S
A conjuntura para o mercado de soja ainda permanece positiva, mesmo com o registro de queda nos preços. Nesses momentos, é que são testados os nervos dos agentes que trabalham comprando e vendendo soja.
Nesse sentido, voltamos à máxima que costumamos a utilizar em nossos boletins: é importante controlar a euforia nos momentos de alta e mais impor tante ainda filtrar o fator emocional na hora das baixas. Esses conceitos fazem bastante sentido para quem constrói uma estratégia sólida e, além disso, monitora diariamente as premissas consideradas em seu negócio. Ou seja, comprar e vender exige medidas de segurança, sejam elas através das travas financeiras disponíveis nos mercados futuros ou até mesmo na compra dos insumos para o decorrer da safra. No caso de especulação, saber inverter entre posição comprada e vendida é crucial, mesmo registrando alguns prejuízos.
Espera-se que até os primeiros números de plantio da safra 2011/12 nos EUA saírem, haverá grande volatilidade para os preços da soja.
Recentemente a relação entre os preços do milho e da soja em Chicago ficou abaixo do patamar de 2:1, o que deve aumentar decididamente a disputa de área plantada entre essas culturas nos EUA.
O importante é ter foco no objetivo previamente traçado, independente se o mercado vai cair ou subir mais. Nesse sentindo, mantemos a nossa recomendação de suspensão das vendas, calcada nas premissas fundamentais do mercado.

As informações contidas nesse relatório foram obtidas em fontes consideradas confiáveis. A Céleres não garante que essas informações são completas e não pode ser responsabilizada por elas. As opiniões e análises expressas nesse relatório refletem o julgamento da data do fechamento do mesmo e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

PERSPECTIVA: MERCADO DE GRÃOS DEVE CONCENTRAR ATENÇÃO NA DEMANDA

A demanda será o grande foco de atenção nos mercados futuros de grãos negociados na Bolsa de Chicago nesta semana, principalmente depois que o banco central da China decidiu elevar a taxa do compulsório bancário na sexta-feira. Tal decisão pode enfraquecer as aquisições no exterior do gigante asiático, grande importador de commodities. Os mercados norte-americanos estarão fechados hoje por causa do feriado do Dia do Presidente e as negociações serão retomadas amanhã.
Na sexta-feira, o contrato março da soja, o mais próximo, fechou com queda de 36,50 centavos, ou 2,6%, cotado a US$ 13,68 por bushel. Os futuros devolveram os ganhos da sessão anterior, por causa do anúncio da China e da expectativa de que as exportações vão desacelerar consideravelmente uma vez que os compradores realizam cancelamentos e transferem suas aquisições dos EUA para a América do Sul. O Brasil deu início a uma colheita estimada em recorde em torno de 70 milhões de toneladas, e as condições da safra da Argentina se estabilizaram.
"Nesta semana o mercado vai ficar olhando a demanda porque, se houver mais cancelamentos, pode estar sujeito a mais realizações de lucro.
A soja pode estar agora em ajuste, voltando a um patamar mais razoável de preço, para observar se a demanda continua", avalia Vinicius Ito, da corretora Newedge.
Enquanto a soja caiu com força, o milho apresentou um leve recuo na última sessão também em virtude dos esforços da China para combater a inflação. Mas a perspectiva para o grão é de alta e as perdas foram limitadas, já que o panorama da oferta do cereal é considerado mais precário. A expectativa é de que os estoques dos Estados Unidos sejam os menores em 15 anos no fim da temporada. Além disso, notícias de exportações de milho para o México lembraram o mercado que os preços ainda não contiveram a demanda. Os contratos com vencimento em março recuaram 3,0 centavos, ou 0,42%, e fecharam a US$ 7,0975 por bushel. "O milho tem um diferencial, já que 40% da produção está travada para a produção de etanol nos EUA, e é essa é uma demanda inelástica. Os outros 60% são para ração e alimento. Para racionar essa demanda precisa ter um aumento de preço muito maior. Então o milho vai ficar sustentado", completou Ito.
Um fortalecimento do milho, assim como do algodão, vai limitar as perdas da soja, uma vez que um rali nesses dois produtos é um incentivo para os produtores negligenciarem a oleaginosa na tomada de decisão sobre a nova safra norte-americana.
Por sua vez o trigo fechou em queda na sexta-feira, perto do menor nível em cinco semanas, em virtude da realização de lucros. Os lotes para entrega em maio caíram 27,75 centavos, ou 3,14%, e fecharam a US$ 8,5575 por bushel. Entretanto, a questão do aperto da oferta continua a preocupar o mercado, que deve se manter sustentado, ainda que sujeito a mais embolso de lucros.

CHINA/SOJA FECHA EM BAIXA INFLUENCIADA POR APERTO MONETÁRIO.

Os futuros da soja encerraram com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian, influenciados pelo declínio generalizado das commodities após uma elevação do compulsório bancário na China na semana passada. O contrato janeiro fechou com desvalorização de 1% nesta segunda-feira, a 4.562 yuans por tonelada (6,568 yuans = US$ 1), após os preços terem caído 2,6% na Bolsa de Chicago na sexta-feira. O mercado norte-americano foi influenciado pelo aperto da política monetária da China e pela expectativa de desaceleração das vendas semanais, com os compradores desviando a atenção para produção na América do Sul.
As operações de soja, farelo e óleo no mercado à vista ainda estão devagar depois do feriado do Ano Novo Lunar e, portanto, não puderam fornecer muito suporte aos futuros, informou a Everbright Futures Co. em uma nota. "O mercado de soja parece pessimista no curto prazo."Um leilão de 20.700 toneladas de soja das reservas da província de Heilongjiang não conseguiu atrair interessados na sexta-feira. A região vendeu um total de 167 mil toneladas em nove licitações desde dezembro.
O governo central licitará 300 mil toneladas amanhã, além dos leilões semanais de quase 1,2 milhão de toneladas de milho, 4,5 milhões de toneladas de trigo e 2,1 milhões de toneladas de arroz. Pequim vendeu apenas 5 mil toneladas de soja na licitação de 25 de janeiro.
Entre outras notícias, o portal de notícias China Business News informou hoje que autoridades chinesas rejeitaram uma proposta de reduzir as tarifas que incidem sobre as importações de soja e óleo de soja, citando fontes não identificadas. Havia rumores de que a China cortaria o imposto do grão de 3% para 1% e o do óleo de 9% para 5%.

CHINA REJEITA REDUÇÃO DE TARIFA DE IMPORTAÇÃO
Autoridades chinesas rejeitaram uma proposta de reduzir as tarifas que incidem sobre as importações de soja e de óleo de soja, informou nesta segunda-feira o portal de notícias China Business News. Havia rumores no mercado de que a China cortaria o tributo da soja de 3% para 1% e o do óleo de 9% para 5%.
Liu Denggao, vice-diretor da Associação da Indústria de Soja da China, teria dito ao site que reduzir as taxas de importação agora seria ilógico, considerando que a oferta atual de soja é suficiente e o governo tem mais de 6 milhões de toneladas nas reservas. Segundo Liu, os produtores ainda aguardam compradores com enormes estoques.

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