sábado, 27 de fevereiro de 2010

SOJA E MILHO NA CBOT.

Os preços futuros da soja fecharam a sexta-feira em alta na Bolsa de Chicago, recuperando-se das perdas registradas ontem. O contrato mais negociado, com vencimento em maio, registrou valorização de 11 cents ou 1,16%, cotado a US$ 9,61 por bushel no término dos negócios. A soja foi sustentada por ajustes de posição em meio a influências altistas de outros mercados. Analistas disseram que a perspectiva de alta, baseada em dados sazonais, para os preços da soja em março encorajou alguns agentes do mercado a cobrir posições vendidas. Do ponto de vista da análise gráfica, o fato de os preços não terem rompido as linhas de suporte foi bem visto como uma demonstração de força da soja. A queda do dólar e a alta do petróleo também foram fatores positivos. A informação de que a China está procurando soja ajudou a sustentar os preços logo pela manhã. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), um exportador privado relatou uma venda de 113 mil toneladas da oleaginosa para entrega na temporada 2010/11, que começa em setembro. "O negócio foi bem-recebido, uma vez que acontece bem no instante em que os traders falam em uma China buscando soja na América do Sul", comentou um analista. Por outro lado, a perspectiva de uma safra recorde na América do Sul limitou o potencial de alta. A entrada das colheitas brasileira e argentina vai criar um cenário de maior competição entre os exportadores da commodity.
MILHO
Rumores sobre possíveis atrasos no plantio puxaram os preços futuros do milho na CBOT. Um movimento técnico com apoio de outros mercados acelerou a valorização e o mercado registrou sua maior cotação em seis semanas. Posição mais líquida, o contrato maio subiu 5,75 cents ou 1,50% e fechou a US$ 3,89/bushel. Na semana, a alta foi de 4,64%. O mercado, que estava numa trajetória de queda desde meados de janeiro, começou a semana com ganhos diante de discussões sobre a possibilidade de a neve no Meio-Oeste atrasar o plantio da safra americana. Meteorologistas indicaram que há riscos de alagamento neste ano, provocados pelo derretimento das grossas camadas de neve em regiões produtoras.
Embora a grande maioria dos produtores esteja a semanas de seu momento normal de plantio, apenas a preocupação já foi suficiente para desenhar uma cena de suporte nesta semana, segundo traders e analistas. "Vai levar um tempo para que o solo comece a absorver qualquer neve derretida", disse o analista Joel Karlin, da corretora Western Milling. "Isso vai obstruir qualquer início precoce dos trabalhos no campo." No entanto, Karlin acrescentou que os atrasos no plantio em fevereiro são "simplesmente ridículos". Alguns traders também observam que o plantio esteve semanas atrasado nos últimos dois anos, o que não evitou safras sólidas e até, no caso de 2009, um recorde.
Alguns disseram que os boatos sobre o plantio são meramente desculpas para uma valorização que tem mais a ver com indicadores técnicos. Analistas acrescentaram que os traders cobriram posições vendidas dados o cenário técnico melhor e o reposicionamento de fim de mês. Além disso, a fraqueza do dólar sustentou as commodities de modo geral. Os traders estão aguardando, agora, os dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que serão divulgados em 10 de março.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SOJA: COLHEITA NO BRASIL CHEGA A 27%.

A colheita da soja no Brasil alcançou 27% da área estimada na semana encerrada em 26/2, segundo levantamento de SAFRAS & Mercado.  Na semana passada, o número era de 18%. Os trabalhos estão acelerados na  comparação com o mesmo período do ano passado - 18% - e frente à média histórica de 15%. Destaque para a bom ritmo dos trabalhos no Mato Grosso, onde a colheita  chega a 55%, e em Goiás, com 45% colhido.
EVOLUÇÃO DA COLHEITA DA SOJA – BRASIL - EM % DA ÁREA CULTIVADA
Estados         2010       2010       2009      Média
                  26/fev     19/fev       26/fev   Normal(x)
RS                  0            0               0          0
PR                 20         13              20         14
MT                 55         37            37         31
MS                 30         15            18         13
GO                 45         39            28         23
SP                 24         15             14          8
MG                11          9               1          3
BA                  0          0                0          0
SC                  0          0                0          0
OUT               0          0                0          0
BRASIL(*)      27         18           18        15
obs: (x) Media histórica de 5 anos
COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA 2009/10 ATINGE 33%
Os produtores brasileiros de soja negociaram 33% da safra 2009/10, segundo levantamento divulgado hoje por SAFRAS & Mercado, com base em  dados recolhidos até 26/2. Em igual período do ano passado, a  comercialização envolvia 30% e a média para o período é de 35%. Levando-se em  conta uma safra estimada em 67,034 milhões de toneladas, o volume de soja já  comprometido chega a 22,435 milhões de toneladas. No relatório anterior, divulgado em 27/11, SAFRAS indicava  comercialização de 18%.
EVOLUÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO - SAFRA 2009/10 - EM % DA PRODUÇÃO ESPERADA - VOLUMES EM MIL Tons -
Estados     09/10     VOLUME       SAFRA      08/09      07/08       MÉDIA(1)
                26/Fev     COMERC.   ESPERADA  26/Fev    26/Fev      NORMAL
RS                6              590            9.800         6             19              12
PR               26           3.570         13.737        10             26             20
MT             54             9.950        18.405         52            68              56
MS             33             1.700          5.162         26            50              35
GO             40              2.880         7.198         39            48              36
SP             15                 250          1.653        14             32             18
MG            27                810           3.009        36             50             37
BA             43             1.250           2 935        30             59             44
SC              6                  75           1 254         7                20            13
OUT            35              1.360      3.881            30            50             35
BRASIL         33            22.435     67.034         30              45            35
Fonte: SAFRAS & Mercado
OBS: percentuais considerando comprometimento dos produtores
(1) Média de 5 anos.

CBOT – SOJA

                                                image

CBOT – COTAÇÕES

image 

MÁRIO MARIANO

MT- PRODUTORES AUMENTAM ÁREA DE MILHO SAFRINHA.

Os produtores de Mato Grosso parecem desafiar a lógica. A área plantada com milho no Estado vai aumentar em 136 mil hectares (+8,1%) em relação a safra passada, apesar de uma série de fatores, como as dificuldades enfrentadas na safra anterior com a falta de armazéns no pico da colheita; os altos estoques remanescentes que ainda não foram escoados; e os baixos preços atuais que, numa época que poderia ser considerada entressafra, estão distantes do valor mínimo de garantia estabelecido pelo governo. O levantamento de intenção de plantio de fevereiro, divulgado ontem pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostra que a área de milho safrinha deve atingir 1,811 milhão de hectares, ante os 1,774 milhão de hectares estimados em janeiro (+5,9%) e os 1,704 milhão de hectares previstos em dezembro (+1,7%). Em novembro do ano passado, em plena crise para escoamento da produção, muitos produtores sinalizavam com uma redução em relação aos 1,675 milhão de hectares cultivados na safra 2008/09. Um dos fatores que levou ao aumento do cultivo do milho safrinha foi a antecipação da colheita da soja nesta safra, que nesta semana atingiu 3,061 milhão de hectares, que corresponde a 50% da área cultivada, bem acima dos 35% observados em igual período do ano passado. Em termos absolutos, levando em conta também a expansão da área, a colheita está 1 milhão de hectares mais adiantada, o que favorece o plantio do milho, que tem um período determinado para ser semeado.
A explicação para as apostas no milho safrinha está na necessidade do agricultor de otimizar toda infraestrutura de maquinários da propriedade, com o cultivo de uma segunda safra após a soja. A tecnologia permite aos produtores obter uma das melhores produtividades no País. Há 20 anos as lavouras de milho produziam 40 sacas por hectare e, no ano passado, a média estadual ficou em 84 sacas por hectare, favorecida por um clima excepcional, que não deve se repetir este ano. Tanto que o Imea prevê uma queda de 10% na produtividade, para 76 sacas por hectare. Outro motivo que leva os produtores a plantar o milho é a confiança de que o governo continuará dando suporte à comercialização, principalmente com subvenção ao custo do transporte, para tornar viável o escoamento da produção. Como as regiões produtoras de Mato Grosso ficam distantes dos centros consumidores, o frete corresponde a 70% do preço final do cereal posto no destino.

SOJA: PARANÁ DEVE COLHER 13,6 MILHÕES DE TONELADAS

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) elevou sua estimativa para a produção de soja do Estado. De acordo com relatório divulgado, os agricultores devem colher uma safra recorde de 13,6 milhões de toneladas, ante 13,3 milhões na previsão anterior - o recorde anterior é de 11,8 milhões de toneladas, em 2008. O volume representa um crescimento de 46% em relação à colheita do ano passado, de apenas 9,32 milhões de toneladas. De acordo com os números mais recentes, a área plantada cresceu 10%, para 4,4 milhões de hectares, ante 4,01 milhões de hectares na safra 2008/09. Em relação à produtividade, a expectativa é de que sejam colhidos 3.093 quilos por hectare, um salto de 33% ante o rendimento da safra passada, que somou apenas 2.323 quilos por hectare por causa da forte estiagem.
Segundo Otmar Hubner, agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Seab, os bons resultados apurados neste início de colheita motivaram o órgão a rever para cima as estimativas da safra 2009/10. "Até agora, a produtividade média é de 3.300 quilos por hectare", revela. Segundo ele, a média ainda pode baixar devido à ocorrência de problemas com doenças como a ferrugem asiática e o mofo branco. "Tudo vai depender de como vai se comportar o clima daqui para frente. Somos bastante conservadores", afirma.

SOJA E MILHO NA CBOT.

Os preços futuros da soja caíram para o menor nível em uma semana na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em maio, terminou o pregão cotado a US$ 9,63 por bushel - queda de 13 cents ou 1,35%. Do ponto de vista dos fundamentos, o resultado das exportações semanais americanas e do esmagamento de soja em janeiro ficou abaixo das expectativas, abrindo caminho para que a commodity cedesse. Segundo analistas, o mercado se prepara para um aumento das vendas de soja da América do Sul, que colhe uma safra recorde. "Os vendedores também foram profundamente estimulados por outros mercados, com a sustentação ao dólar e a forte queda do petróleo. O mercado físico da soja está cada vez mais atrelado aos preços de energia, já que mais de 10% de todo o óleo de soja produzido nos Estados Unidos vai para a produção de biodiesel. Fundos especuladores fecharam o dia com aproximadamente 6 mil posições vendidas em soja, 2 mil em farelo e 4 mil em óleo. Os preços firmes no mercado à vista e a oferta apertada devem limitar as entregas do contrato futuro março de soja e farelo na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo analistas. No entanto, eles esperam grande volume de notificações de entrega de óleo de soja. O primeiro dia de notificações é a sexta-feira (26).
A situação apertada dos estoques de soja, poucas vendas de produtores e a pequena circulação por causa das tempestades de neve fazem com que os detentores de soja não queiram se desfazer do produto neste momento, o que resultará em poucas entregas no primeiro dia. Os recentes cancelamentos de recibos de entrega de soja foram tidos como sinais de estoques estreitos, assim como prenúncio de baixo interesse de entrega. Analistas esperam que as notificações de entrega de soja resultem entre zero e 500 lotes, mas a maioria deles espera até 200 lotes, no primeiro dia.
Sobre farelo de soja, espera-se notificações de 3 mil a 5 mil contratos. O farelo enfrenta situação de oferta apertada, semelhante à da soja. Analistas entendem que isso deverá limitar as entregas. A desaceleração da demanda doméstica por óleo de soja para alimentação e a ausência de consumo na indústria de biodiesel abrem as portas para uma grande quantidade de recibos de entrega. Na quarta-feira, 219 contratos de soja haviam sido registrados para entrega, além de 13,92 mil contratos de óleo e nenhum de farelo. O registro significa que a commodity está pronta para entrega, mas não quer dizer, necessariamente, que isso ocorrerá.
MILHO
Os preços futuros do milho terminaram a sessão desta quinta-feira em queda na Bolsa de Chicago em reação a indicadores de demanda e a pressões de outros mercados. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, fecharam em baixa de 3,0 cents ou 0,78%, cotados a US$ 3,8325/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 8 mil lotes. De acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, o mercado começou a sessão sobrecomprado e sem apoio
externo, de modo que os futuros não encontraram forças para subir. O mercado parece ter afastado alguns traders que estavam comprados. McCambridge afirmou que os dados mais fracos do que se esperava sobre as exportações semanais foram a influência negativa no lado dos fundamentos. Provavelmente se trata de um reflexo do movimento de alta dos preços, que afastou usuários finais, segundo o analista. O dólar se valorizou durante a maior parte da sessão. Além disso, o petróleo e as ações registraram perdas, construindo um cenário baixista para outras commodities. No entanto, o milho apresentou uma certa resistência diante dos fatores baixistas. Compras comerciais e incertezas sobre a temporada de plantio 2010 limitaram a queda os preços.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 401,3 mil toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 18 de fevereiro, volume 59% inferior ao da semana passada e 55% abaixo da média das últimas quatro semanas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As entregas relativas ao contrato futuro março na Bolsa de Chicago (CBOT) devem ficar entre 500 e 2 mil lotes no primeiro dia de notificações, em meio a um grande número de registros e discussões sobre problemas de qualidade na safra americana, segundo traders. O primeiro dia de notificações relativas ao contrato março é esta sexta-feira (26). Até ontem, 2,75 mil contratos foram registrados para entrega, de acordo com um relatório da CBOT. O registro significa que a commodity está pronta para entrega, mas não quer dizer, necessariamente, que isso ocorrerá. Os estoques certificados da CBOT somavam 6,82 milhões de bushels até a sexta-feira passada, de acordo com a bolsa. O analista Bryce Knorr, da Farm Futures, espera que as notificações de entrega totalizem de 1 mil a 1,5 mil contratos. Ele disse não acreditar que haverá entregas "extraordinariamente intensas" por causa de problemas de qualidade na safra, especialmente relacionados à vomitoxina (substância tóxica produzida por fungos).
MILHO MERCADO DOMÉSTICO.
Compradores de milho continuam oferecendo valores abaixo de R$ 15/saca de 60 kg no Paraná, mas os vendedores resistem. Analista local conta que saiu apenas um lote a este valor, por conta da necessidade de caixa e espaço nos armazéns. O valor de compra no disponível no norte do Estado está entre R$ 14,60 e R$ 14,80/saca, mesmo valor indicado no oeste paranaense. A perspectiva de safra maior, apesar da retração em área, indica que o mercado deve seguir pressionado no Estado. O levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, mostra que os níveis de produtividade estão bem acima das estimativas iniciais e superam a marca de 7 mil kg/hectare. Com isso, a expectativa é de uma produção 35% maior, para 6,044 milhões de toneladas. Segundo o Deral, a colheita do milho primeira safra totalizou 23% e o plantio da safra de inverno atingiu 39% da área prevista. Na Bahia, a movimentação está praticamente paralisada, após a realização dos leilões de apoio ao escoamento da safra de milho. Relatório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), indica que leve melhora da cotação média no Estado, que passou de R$ 15,80 para R$ 16/saca na terceira semana de fevereiro.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

SOJA/MILHO- ARGENTINA- PROJEÇÃO DA SAFRA 2009/10.

 A Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevou nesta quinta-feira sua projeção para a safra de milho 2009/10 da Argentina, estabelecendo agora em 20,2 milhões de toneladas, ante 19,3 milhões de toneladas previstas na semana passada. A estabilidade das chuvas durante a semana passada ajudou a melhorar as condições das lavouras. A expectativa é de que haja dias ensolarados, que ajudarão na secagem dos grãos e na preparação da colheita de milho precoce, segundo a bolsa. Até o momento, 1,6% da safra de milho foi colhida.
A Bolsa de Buenos Aires manteve sua estimativa para produção de soja em 52 milhões de toneladas, mas afirmou que a safra tem potencial para ser ainda maior. Alguns analistas esperam que a Argentina produza mais de 55 milhões de toneladas de soja nesta temporada, um aumento de 72% em relação à safra anterior, que foi abatida pela seca. Trata-se de um número 13% superior ao último recorde em produção de soja.

SOJA/MILHO-RELATÓRIO DE EXPORTAÇÕES DOS EUA.

Os Estados Unidos venderam 239.100 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 18/2, alta de 17% frente ao volume da semana passada, mas 39% abaixo da média das quatro últimas semanas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do USDA. Os principais compradores foram China, Alemanha, Egito, México, Turquia, Japão e Espanha. Os embarques da oleaginosa no período atingiram 1,122 milhão de toneladas, volume inalterado frente à última semana, mas 10% inferior em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram China (666.300 t), Japão (72 mil t), Alemanha (71 mil t), Irã (66.100 t), México (59.700 t) e Turquia (50.500 t).Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 2.900 tons de soja para o Japão.
MILHO.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 401.300 toneladas de milho da safra 2009/10 na semana encerrada em 18/2, volume 59% inferior ao da semana passada e 55% abaixo da média das últimas quatro semanas. Os principais compradores foram Coreia do Sul, Japão, Egito, Peru, Síria, México e República Dominicana. Os embarques do grão no período alcançaram 1.240.600 toneladas - nível mais alto do ano comercial -, 90% acima do volume da última semana e 71% superior à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Japão (420.400 t), Coreia do Sul (288 mil t), México (248.900 t), Taiwan (129.100 t), Egito (63.300 t), Costa Rica (25.200 t) e Canadá (20.600 t). Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 50 mil toneladas de milho para destinos não informados.

GRÃOS/EUA: PLANTIO DA SOJA SEGUE LUCRATIVO PARA PRODUTOR.

Os produtores dos Estados Unidos ainda podem lucrar se plantarem soja neste ano, apesar da forte queda dos preços de mercado. Mas as margens de lucro provavelmente serão bem menores do que no ano passado. Se os preços da Bolsa de Chicago caírem ainda mais, podem estimular os agricultores a plantar milho, por razões estritamente econômicas. Os produtores estão observando o preço da soja para entrega em novembro, que está cerca de 25 cents/bushel abaixo do preço do contrato março, de US$ 9,55/bushel. A soja para novembro representa a safra que será plantada nesta primavera e colhida no outono. Ela se desvalorizou 10% neste ano, com preços atualmente próximos a US$ 9,30/bushel. A produção recorde no país e a possibilidade de safra também sem precedentes na América do Sul pesaram sobre os preços da soja nos últimos meses. O Departamento de Extensão da Universidade de Iowa (ISU) calculou os custos para produção de soja em US$ 8,90/bushel, com base em uma produtividade de 45 bushels por acre. No ano passado, a média nacional de produtividade foi de 44 bushels. A ISU recordou que, se o rendimento aumentar, os custos de produção cairão. Uma produtividade de 50 bushels resultaria em gastos de US$ 8,67/bushel, enquanto 55 bushels por acre reduziriam o custo para US$ 8,50/bushel. Os gastos de produção envolvem fatores fixos e variáveis, associados a maquinário de pré colheita, sementes, químicos, maquinário de colheita, mão-de-obra e arrendamentos. Isso deixa margens de lucro apertadas para os produtores, especialmente se os preços recuarem. Embora os preços do milho tenham caído 11% neste ano, o contrato dezembro tem um prêmio de 37 cents ante o contrato março. Considerando um retorno maior dos investimentos, o milho poderia ser opção muito mais lucrativa para os produtores. A ISU afirmou que, os gastos totais para produção de milho plantado depois da soja, considerando produtividade de 160 bushels por acre, totalizariam US$ 3,46/bushel. Com 180 bushels por acre resultariam em US$ 3,40/bushel e, levando em conta rendimento de 200 bushels, o custo seria de US$ 3,35/bushel.
Enquanto isso, plantar milho depois de milho produz maior custo fixo. Com produtividade de 145 bushels por acre, o gasto seria de US$ 4,02/bushel. São US$ 3,89/bushel para 165 bushels por acre e US$ 3,78/bushel para 185 bushels por acre, de acordo com a ISU. No ano passado, a produtividade média nacional foi de 165,2 bushels por acre. O motivo para variação dos retornos é o de que os produtores que plantam milho depois de soja podem aproveitar o nitrogênio deixado no solo pela cultura do ano anterior, reduzindo a necessidade de fertilizantes.
O produtor de soja, milho e gado Alan Kemper, do Estado de Indiana, disse que "a queda dos preços de mercado do milho e da soja produz margens de lucro semelhantes, mas com a redução significativa do gasto com fertilizantes em relação a 2009, esperamos um aumento de 5% no plantio de milho em comparação com a soja". Kemper é o primeiro vice-presidente da Associação Americana de Soja. O analista Sid Love, da Corretora Kropf and Love Consulting, afirmou que as intenções de plantio dependerão do ponto em que a receita das vendas se igualar ao custo de investimento. E, segundo Love, não demora muito para perceber que nesta comparação o milho é melhor do que a soja.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou na semana passada estimar que os produtores plantarão 77 milhões de acres de soja e 89 milhões de acres de milho em 2010, redução de 0,6% e 3% ante 2009, respectivamente. Dependendo do comportamento dos preços nas próximas semanas, essa proporção pode mudar antes da divulgação do relatório de perspectiva de intenção de plantio do USDA, em 31 de março.

SOJA: CHICAGO FECHA EM LEVE QUEDA, SEM TENDÊNCIA CLARA

Os preços futuros da soja registraram leve baixa ontem na Bolsa de Chicago . O contrato mais negociado, com vencimento em maio, recuou 3,50 cents ou 0,36%, para US$ 9,63 por bushel, depois de oscilar sem tendência clara ao longo de todo dia. O pequeno volume de vendas por parte dos produtores e boatos de que a China estaria retornando ao mercado para comprar dois carregamentos de soja de origens sul-americanas também ajudaram a puxar as cotações. Contudo, as vendas relacionadas a operações de hedge de traders sul-americanos, combinadas com liquidações de spreads entre contratos da velha e da nova safra, pesaram sobre o mercado, limitando o potencial de alta. Fundos especulativos compraram uma posição líquida de aproximadamente 5 mil contratos de soja e 3 mil de óleo, embora tenham liquidado cerca de 2 mil lotes de farelo. A atividade dos fundos é um indicador do fluxo de capital especulativo no mercado.
Nesta quinta feira, o Census Bureau, órgão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, divulga a estimativa para o processamento de soja em janeiro. Analistas esperam um volume próximo de 4,63 milhões de toneladas, volume inferior ao de dezembro, mas ainda elevado. Já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica seu relatório semanal de exportação, com o resultado das vendas de soja da semana encerrada no dia 18. A expectativa do mercado é de que o número oscile entre 200 mil e 350 mil toneladas.
MILHO
Com preocupações sobre o clima e influências de outros mercados, os preços futuros do milho encerraram o pregão em alta. Os contratos com vencimento em maio, os mais líquidos, fecharam em alta de 7,50 cents ou 1,98%, a US$ 3,8625/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 11 mil lotes. O analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, disse que o mercado está embutindo algum prêmio de risco nas cotações, com temores relacionados à neve sobre as lavouras do Meio-Oeste dos Estados Unidos. Acredita-se que isso possa prejudicar o cultivo de primavera, resultando em área plantada menor. "São discussões que suportam o mercado neste momento. Na ausência de novidades, há preocupação sobre alagamentos causados pelo derretimento da cobertura de neve. Isso estimula pensamentos altistas", disse. A depreciação do dólar frente a uma cesta de moedas internacionais e o avanço dos preços do petróleo ajudaram construir um tom positivo nesta quarta-feira. O mercado físico de grãos está, agora, intimamente relacionado aos preços de energia, pois quase um terço da safra de milho dos Estados Unidos é usado na produção de etanol, de acordo com analistas.
As firmes bases de preço no mercado físico, em meio a uma circulação limitada de grãos por causa da neve no Meio-Oeste, também colaboraram com a alta dos futuros. Além disso, de acordo com nota da corretora Top Third Ag Marketing, há relatos de que uma empresa comercial do Sudeste do país parou de aceitar milho do Estado de Ohio por causa dos elevados níveis de vomitoxina nos grãos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Liminar suspende cobrança do Funrural aos associados da Aprosoja/MT.

Está suspensa a cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), feita pelo governo federal, a todos os produtores associados à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). O juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, José Pires da Cunha, concedeu liminar à Ação Declaratória impetrada na Justiça pela associação.
A liminar determina que as empresas substitutas tributárias deixem de recolher ao fundo o percentual de 2,1% incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural. “Se o recolhimento é feito para a Previdência Social, não justifica que o tributo seja cobrado sobre a receita bruta, ao invés de incidir sobre a folha de pagamento”, pondera o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira da Silva. No entendimento jurídico da entidade, a cobrança feita como é atualmente se configura como bitributação, já que a base de cálculo para a incidência do Funrural é a mesma da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), ou seja, é feita sobre a receita. A Aprosoja elaborou um modelo de comunicado para ser encaminhado pelos produtores às empresas substitutas tributárias. A partir da decisão se tem as seguintes situações:
1 - Os produtores podem, a partir da comunicação por escrito às empresas substitutas tributárias, se abster de recolher o tributo. Neste caso, o fisco pode exigir a cobrança retroativa do tributo sobre a folha de pagamento. Em eventual improcedência da ação, o fisco pode exigir a cobrança com juros e multas
2- Os produtores podem deixar de recolher o tributo sobre a receita bruta, mas passam a recolher sobre a folha de pagamento
3 - Os produtores deixam de recolher o tributo sobre a receita bruta, mas podem depositar em juízo o valor devido
Cada caso deve ser analisado isoladamente pela assessoria competente, para que o produtor tome a melhor decisão para seu caso concreto.

SOJA: JUSTIÇA SUSPENDE FUNRURAL PARA ASSOCIADOS DA APROSOJA/MT.

A Justiça Federal suspendeu a cobrança do Fundo de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), feita pelo governo federal, a todos os produtores associados à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Segundo a entidade, o juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, José Pires da Cunha, concedeu liminar à Ação Declaratória impetrada na Justiça pela associação.
A ação da Aprosoja/MT se baseia na decisão unânime do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que no dia 3 deste mês declarou inconstitucional o recolhimento de contribuição para o Funrural incidente sobre a receita bruta da comercialização de produtores rurais pessoas físicas.
A decisão do STF foi específica para o Recurso Especial nº 363.852 interposto pelo Frigorífico Mataboi S/A., de Araguari (MG), que contestava a obrigatoriedade do recolhimento da contribuição do Funrural, descontada dos seus fornecedores. O desconto dos produtores era de 2,5% sobre a receita bruta da comercialização de produtos agropecuários. Desse total, 2,3% eram destinados ao INSS e 0,2% ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Representantes do Ministério da Previdência Social, Receita Federal, Advocacia Geral da União e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional realizam agora pela manhã reunião para analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a cobrança da contribuição ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). A estimativa é de que a decisão do STF cause um rombo de até R$ 14 bilhões nas contas da previdência social. Somente neste ano, o impacto da perda de arrecadação seria de R$ 2,8 bilhões. Segundo o ministro da Previdência Social, José Pimentel, a decisão do STF, favorável a dois frigoríficos, deve provocar uma onda de pedidos de devolução da contribuição nos últimos cinco anos. "Estamos aguardando a publicação do acórdão. Vamos fazer essa reunião para tratar dessa matéria", afirmou Pimentel.

CÂMBIO-GOVERNO TOMARÁ MEDIDAS SE HOUVER EXCESSO DE VOLATILIDADE.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que o governo está atento ao movimento no mercado de câmbio e poderá adotar medidas se considerar que há um excesso de volatilidade. Segundo ele, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) já está pronto para operar e pode ser um instrumento importante para conter uma volatilidade excessiva do câmbio. "Estamos sempre analisando, porque é uma questão preocupante. Não foi bom para o País o nível de volatilidade que tivemos no passado", afirmou o secretário. Ele lembrou que, nesta semana, foi concluída a fase de regulamentação do Fundo, com a nomeação do Conselho Deliberativo, formado pelo Banco Central, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento. Arno Augustin disse não acreditar que haverá divergências entre a Fazenda e o BC na definição sobre o uso dos recursos do Fundo. Ele afirmou que as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos três órgãos, sempre são unânimes. "O governo vai continuar tendo unidade", disse Augustin. O FSB tem hoje uma reserva de R$ 16,4 bilhões.

SOJA: CHICAGO OSCILA NOS DOIS SENTIDOS E FECHA COM PERDAS

Os contratos futuros de soja encerraram a terça-feira com desvalorização na Bolsa de Chicago. O interesse pelas compras se manteve forte no início do dia e resultou em alta significativa, mas se esgotou ao longo da sessão. Posição mais líquida, o contrato maio caiu 9,50 cents ou 0,98% e fechou a US$ 9,5950/bushel.
Traders observaram que os preços caminharam nos dois sentidos e chegaram a atingir a maior cotação em cinco semanas. No entanto, a resistência técnica nas principais médias móveis limitou a escalada dos preços. O mercado não atraiu mais compras e os futuros acionaram ordens automáticas de venda. A apreciação do dólar frente a uma cesta de moedas também serviu de âncora para os preços da maioria das commodities.
Os futuros sentiram também a pressão dos fundamentos, já que se espera uma safra recorde na América do Sul. Isso criaria maior competitividade no mercado internacional. Além disso, aumentam os temores de que uma primavera úmida nos Estados Unidos venha a estimular o plantio de soja, em detrimento do milho, que costuma ser plantado antes. Analistas comentaram que, no início do pregão, os futuros foram impulsionados pelo cancelamento de entrega de soja. Esse movimento fortaleceu ideias de que a oferta é apertada no curto prazo.Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 5 mil lotes em soja, 2 mil em farelo e 3 mil em óleo de soja. Veja abaixo como ficaram as cotações do complexo soja em Chicago.

SOJA/ARGENTINA: SAFRA RECORDE SOMARÁ 52,5 MI/TONS.

A produção de soja da Argentina no ciclo 2009/10 atingirá o novo recorde de 52,5 milhões de toneladas, afirmou ontem a
Bolsa de Grãos de Rosário. Em sua projeção anterior, a bolsa havia estimado que a safra resultaria em 50,8 milhões de toneladas. A
Argentina é o terceiro maior produtor mundial de soja, atrás apenas de Estados Unidos e Brasil, e principal exportador de farelo e óleo de
soja. Com expectativa de grande produtividade e uma área plantada 11% maior no ano, de 18,7 milhões de hectares, a produção provavelmente
superará o recorde anterior (48,8 milhões de toneladas), visto na temporada 2006/07 - de acordo com a bolsa.
Fortes chuvas nas últimas semanas impulsionaram o desenvolvimento da safra, embora alguns campos tenham enfrentado alagamentos,
com chance de prejuízos causados por pragas. A preocupação é de que haja ataques de fungos. "Embora haja monitoramento e controle
cuidadosos, ainda é muito cedo para determinar a proporção disso sobre a produção final", explicou a Bolsa de Rosário. Alguns analistas
esperam que a Argentina produza mais de 55 milhões de toneladas de soja nesta temporada, mas temem que as chuvas pesadas sejam
também excessivas e prejudiciais.

EXCESSO DE ÚMIDADE SUSTENTA PREÇOS NA CBOT.

Milho e soja sobem em Chicago devido as inundações causada por chuvas acima da média e queda de neve que podem atrasar o plantio nas principais áreas dos E.U.A o maior exportador do mundo das duas commodities. O empossamento de água e neve na extensa parte do meio-oeste  matém as preocupações sobre o potencial de inundação da Primavera", disse ontem o Departamento da Agricultura-USDA- no seu boletim semanal. A maior parte do Cinturão do Milho, incluindo Iowa e Illinois está "excessivamente molhada" depois de mais do dobro da quantidade normal de chuva e neve de outubro a fevereiro, segundo a meteorologista agrícolas Gail Martell, diretor de Projeções Martell Crop em Whitefish Bay, Wisconsin. A preocupação com tempo chuvoso em áreas de cultivo deu um impulso breve para os preços do milho. Em algumas partes do oeste do cinturão de milho, onde a neve tem estado no terreno desde dezembro nevascas, alguns registros de queda de neve sazonal estão correndo risco de atrasar os trabalhos de semeadura. 
Previsão de plantio  de milho este ano são de 89 milhões de acres, + 2,9% em comparação a 2009, para soja, prevê-se plantio em 77 milhões de hectares, contra 77,5 milhões um ano antes, disse o departamento de agricultura dos EUA em 19 de fevereiro em um relatório.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

CHICAGO FECHA EM ALTA COM COMPRAS ESPECULATIVAS.

 Os preços futuros da soja subiram ontem na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em maio, terminou o pregão com ganho de 14,50 cents ou 1,52%, cotado a US$ 9,69 por bushel. Analistas atribuíram a valorização a compras de especuladores associadas a preocupações com a safra sul-americana e a indicadores técnicos positivos. Os fundos compraram um volume estimado em 5 mil contratos de soja, mil de farelo e 2 mil de óleo. Grande parte dessa compra foi para cobrir posições vendidas anteriormente, o que reflete a percepção de que os preços já atingiram um piso para o curto prazo. O leve recuo do dólar ajudou a sustentar o movimento. As preocupações com o impacto do grande volume de chuvas sobre a qualidade da safra na Argentina e a colheita no Brasil alimentaram especulações sobre possíveis perdas na safra sul-americana. Contudo, os traders têm realmente poucas notícias a que se apegar neste momento. Apesar de algumas incertezas, a expectativa de que a região vai colher uma safra recorde persiste. Os preços permanecem confinados dentro de uma faixa, sustentados pela demanda firme nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que inspecionou o embarque de 952,36 mil toneladas na semana terminada na última quinta-feira, volume que ficou no topo das expectativas do mercado. Os derivados de soja também fecharam a segunda-feira em alta, acompanhando o desempenho do grão. Os futuros de farelo também foram impulsionados por compras técnicas e pelo receio quanto ao aperto na oferta para o curto prazo. O mercado de farelo ganhou força dentro do complexo soja. Os contratos de óleo também se valorizaram, embora tenham registrado um desempenho mais modesto diante da alta tímida do petróleo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

SOJA/ARGENTINA: SAFRA DEVE SER RECORDE, MAS CHUVAS PREOCUPAM.

A Argentina está prestes a ver uma safra recorde de soja nesta temporada e, embora a expectativa seja de que novas chuvas favoreçam a produção, há preocupações sobre eventuais problemas causados pelo excesso de umidade. A colheita deve começar no próximo mês e o clima chuvoso pode provocar o desenvolvimento de pragas e atrasar o trabalho das máquinas no campo. O país é o terceiro maior exportador mundial de soja, atrás apenas de Estados Unidos e Brasil, e lidera a exportação de farelo e óleo de soja. Alguns analistas avaliam que a produção será superior a 55 milhões de toneladas neste ano-safra, um aumento de 73% em relação à safra anterior, que foi abatida pela seca. Além disso, seria 13% maior do que o antigo recorde.
Mas o vice-presidente da corretora Panagricola, Ricardo Baccarin, afirma que a incidência de chuvas ao longo da região dos Pampas, com possibilidade de precipitação maior do que a média no fim da temporada, formaria "um clima muito estressante" que pode afetar a produtividade. A colheita costuma evoluir até julho. Baccarin espera produção de 51 milhões de toneladas, ainda um novo recorde, mas significativamente abaixo de outras previsões.
O analista da Granar S.A., Adrian Seltzer, acredita que a safra de soja será maior, com 53,4 milhões de toneladas, "caso as doenças associadas à alta umidade não se espalhem muito no fim da temporada". O analista Francisco Mariani, da empresa de serviços agrícolas Lartirigoyen, é ainda mais otimista, pois espera ver 55,3 milhões de toneladas. No entanto, ele também demonstrou preocupação a respeito de um eventual atraso na colheita provocado pelas chuvas. Mariani entende que a infraestrutura será muito forçada pela grande safra. Ele acredita que o grande problema durante a colheita será a oferta limitada de colheitadeiras e caminhões, pois o clima pode causar bloqueios de estradas rurais e dificultaria o transporte. "Existe potencial para uma safra enorme, mas ela ainda está em risco", opinou. Apesar das preocupações, até o momento tudo parece evoluir normalmente."A safra está em condições de muito boas a excelentes na grande maioria das lavouras. Dentro de um mês, a produtividade será determinada", disse Mariani. Enquanto isso, a safra de milho também está em boas condições, fortalecida pelas chuvas em importantes períodos de crescimento. A Argentina é o segundo maior exportador de milho. De acordo com o Ministério de Agricultura, a produção total de milho neste ano poderá atingir de 19 a 21 milhões de toneladas. A maioria dos analistas prevê algo entre 19 e 20 milhões de toneladas. Isso representa um aumento significativo na comparação com as 12,6 milhões de toneladas do ciclo passado.

SOJA - COLHEITA EVOLUI MENOS QUE O ESPERADO.

Com base no nosso acompanhamento semanal de desenvolvimento da safra de soja 2009/10, referente ao dia 19/02, aproximadamente 18,0% da área plantada com a oleaginosa já havia sido colhida no brasil, ante 15,0% da semana passada e 12,0% observado no mesmo período da campanha agrícola anterior. Verificou-se um volume acumulado de precipitação no território nacional, que conseqüentemente contribuiu em localidades cuja colheita sofreu algum atraso. Na região sudeste 10% colhido ante 3% há uma semana, Minas gerais com 9% comparado com 2% em 12/2, São paulo colheu 12% ante 4% em 12/2. A região sul colheu 9% X 7% há uma semana e 6% em 2009, Paraná 18% X 15% ha uma semana X 11% em 2009. Região centro-oeste colhido 32% contra 27% em uma semana  e 22% em 2009, Mato grosso com 37% ante 32% e Mato grosso da sul 10% ante 8% em uma semana, Goiás avançou para 36% em comparação aos 28% em uma semana e 21% em 2009.
Para a comercialização, os negócios evoluíram à medida que avançou os trabalhos de colheita. Até o momento estima-se que 30,0% da produção de soja 2009/10 foi comprometida, ante 28,0% da semana passada e 34,0% observado no mesmo período de 2009. Para esta semana, as expectativas estarão voltadas para o desempenho da demanda internacional por soja, principalmente em relação ao “apetite” das importações chinesas após as comemorações do Ano Novo Lunar.
 Doméstico
No mercado doméstico brasileiro, as cotações da soja permaneceram em declínio na última semana. As vendas estão acontecendo de acordo com a necessidade de capital por parte do produtor e diante o avanço no processo de colheita.Na média das praças pesquisadas pela Céleres, a soja no disponível registrou queda de 1,2% ante o preço reportado na sexta-feira da semana anterior. Em relação ao mês passado, revelou queda de 12,6%. Quanto aos prêmios de exportação, a posição março/10 trouxe ágil sobre os preços de Chicago de US$ 0,45/bushel para venda e US$ 0,40/bushel para compra. Já para o vencimento abril/10, a referência foi de US$ 0,05/bushel na compra e US$ 0,10/bushel na venda.

MATO GROSSO PREVÊ MENOR RENTABILIDADE DA SOJA EM 3 ANOS.

A rentabilidade da soja na safra 2009/10 deve ser a menor dos últimos três anos. A expectativa é do presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira. Ele acredita que o produtor que conseguir colher 50 sacas de soja por hectare nesta safra estará empatando com o custo de produção, que foi menor em virtude da queda de preços dos fertilizantes. Silveira diz que a economia nos gastos com adubo foi anulada em parte pelo aumento dos gastos com o controle da ferrugem, pois a média de aplicações aumentou nesta safra, passando de duas e meia para até quatro aplicações de fungicida. Outro fator que corrói as margens do agricultor é o frete. No caso da soja com origem em Sorriso, o frete até Paranaguá teve leve alta de 2,7% em reais em relação ao início da safra passada (de R$ 185/t em fevereiro/09 para os atuais R$ 190/t). Em virtude da queda de 37% no preço do grão (de R$ 39,50/saca em fevereiro/09 para os atuais R$ 25,50/saca), o peso do transporte no preço final da commodity passou de 28% para 46%. No ano passado, de cada 50 sacas produzidas por hectare, o produtor de Sorriso gastava 14 sacas para transportar a soja até Paranaguá, levando em conta o valor do frete deduzido pelas tradings nos cálculos dos preços com base na paridade de exportação em relação às cotações na Bolsa de Chicago.Nesta safra, o frete equivale a 22 sacas de soja. Além da questão do estreitamento das margens, a Aprosoja prevê uma redução na produtividade da oleaginosa.
Nos levantamentos de campo junto aos dirigentes regionais da entidade e produtores rurais, a Aprosoja constatou que o rendimento deve ficar na faixa dos 49 sacas por hectare, por causa da incidência da ferrugem e do excesso de chuva que atrapalhou a colheita em janeiro e na primeira quinzena deste mês. Silveira diz que algumas tradings estão relutando em receber lotes de soja com altos porcentuais de grãos ardidos por causa do excesso de umidade. Dados mais concretos estarão disponíveis nos próximos dias, pois na próxima quinta-feira (25) o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgará mais uma estimativa de safra da soja e a partir de hoje duas equipes do Rally da Safra percorrem ao longo da semana os principais polos agrícolas de Mato Grosso para vistoriar o avanço da colheita e mensurar, por amostragem em campo, a produtividade das lavouras.

FORTE CALOR E CHUVA IRREGULAR MARCAM MÊS DE FEVEREIRO

O mês de fevereiro se caracteriza, até o momento, por apresentar um padrão de forte calor, chuvas irregulares e, em geral, abaixo da média climatológica em grande parte do Brasil, segundo avaliação da Somar Meteorologia. Apenas nos Estados da Região Sul é que as chuvas estão acima da média, o que está associado à presença do El Niño, a Somar. Já o Nordeste é a região que, no momento, enfrenta a situação mais crítica em relação à falta de chuva, que se estende até o norte de Minas Gerais e o Espírito Santo. Essa área praticamente não registrou precipitação em fevereiro, completando mais de 50 dias sem chuva significativa. Nas áreas das lavouras de soja e algodão do extremo oeste da Bahia, extremo sul do Piauí e sul do Maranhão, no entanto, se observam alguns registros de chuvas isoladas que, mesmo abaixo da média, ainda dão sustentação ao desenvolvimento das lavouras. De acordo com a Somar, no momento, as regiões mais críticas pela falta de umidade no solo incluem o norte de Minas Gerais, Espírito Santo e grande parte da Região Nordeste. A boa notícia é que para essas regiões há previsão de chuva para o fim de fevereiro e início de março, comenta Etchichury. Para grande parte do Brasil, as condições de umidade do solo se mostram suficientes para dar sustentação às lavouras de verão que estão na fase final do ciclo produtivo, assim como para a implantação e desenvolvimento da lavoura do milho safrinha.
Previsão
A indicação de chuvas para o fim do mês deve interromper estiagem sobre o Sudeste e Nordeste do Brasil. Segundo a Somar, mais uma vez a semana começa com a propagação de uma frente fria sobre o Rio Grande do Sul. Essa frente fria também deve organizar chuvas de forma mais generalizadas sobre os Estados do Centro-Oeste e Sudeste no decorrer da semana.
Para o fim de fevereiro e início de março, os modelos de previsão de tempo mantêm o indicativo de uma mudança do padrão climático, com a frente fria avançando até Minas Gerais e sul da Bahia, o que deve favorecer a ocorrência de precipitações de forma mais amplas sobre o interior da Região Nordeste. Mesmo com a previsão de chuva para os próximos dias, o calor continua em grande parte do Brasil. No entanto, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ocorre um ligeiro declínio da temperatura entre quarta e sexta-feira, embora já no próximo fim de semana as temperaturas voltem a subir. No Sudeste e no Centro-Oeste o avanço da frente fria pode contribuir para uma redução do calor extremo da tarde mas, em geral, as temperaturas noturnas permanecem elevadas, informa Etchichury.
Argentina
O mês de fevereiro tem sido chuvoso nas principais regiões produtoras da Argentina. Segundo dados da Somar, foi observada a ocorrência de chuvas sobre as principais regiões agrícolas, com totais variando de 100 a 400 mm. Os maiores volumes se concentraram na Província de Entre Rios e inclui as Bacias Hidrográficas dos Rios Paraná e Uruguai, resultando assim em enchentes na Bacia do Prata, incluindo a região de Buenos Aires. Conforme a Somar, os volumes diminuem sobre a Argentina, depois de uma semana com chuvas frequentes. A previsão para as próximas duas semanas é de uma redução dos índice pluviométricos sobre grande parte do território argentino. As frentes frias, diferentemente do observado na última semana, passam a atuar mais ao norte (sobre o Brasil), com as chuvas ficando restritas às províncias do norte e nordeste, devendo diminuir sobre o centro e sul do país.Com relação ao calor, as condições não mudam muito, prevê a Somar. Mesmo depois de pequenas oscilações na temperatura, a previsão é o calor se intensificar mais para o fim da semana.

SOJA- CHINA SOBE 1%.

Os contratos futuros da soja na bolsa da China, terminaram em alta nesta segunda-feira, acompanhando um forte avanço dos mercados externos. O contrato referencial de setembro fechou com ganho de 1%, cotado a 3.816 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1).
Uma alta acentuada nos segmentos de metais e de energia, no primeiro dia de negociações após uma pausa de uma semana para o feriado do Ano Novo Lunar, ajudaram a impulsionar o sentimento com relação aos produtos agrícolas, disseram analistas. As cotações da oleaginosa na Chicago Board of Trade (CBOT) subiram levemente durante o recesso na China. Contudo, a previsão de uma produção recorde na América do Sul continua pressionando os preços da commodity, acrescentaram as fontes.Preocupações sobre mais aperto no crédito doméstico incentivam o mercado a prever um aumento na taxa básica de juro do país ainda em março, depois de Pequim elevar o compulsório bancário antes do feriado, segundo aumento do tipo neste ano. "A mudança para uma política monetária mais apertada pressionará mais os futuros das commodities comentou um analista local da corretora Tianma Futures.

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