sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

GRÃOS/CHICAGO OPERA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS

Os preços internacionais da soja estão recuando hoje na Bolsa de Chicago pressionados por realização de lucros. Os contratos com vencimento em março recuavam 36,50 cents cotados a US$ 13,68/bushel. Os lotes para entrega em maio tinham desvalorização de 37,50 cents negociados a US$ 13,79/bushel. Preocupações com o enfraquecimento da demanda pesam sobre as cotações.
O fato de a China ter informado que vai elevado a taxa de compulsório provocou preocupações com a possibilidade de que o maior importador mundial desacelerará a demanda por commodities. Segundo traders, o anúncio é mais forte para o mercado do que a hipótese de que a China vai reduzir tarifas de importação, que ajudou a puxar as cotações ontem.

MILHO OPERA EM BAIXA, MAS ENCONTRA SUPORTE NA DEMANDA
As cotações do milho estão caindo hoje na Bolsa de Chicago, esticando as perdas observadas durante a noite. Os contratos com vencimento em março recuavam 4,25 cents ou 0,46% e eram negociados a US$ 7,08/bushel. Os lotes para entrega em maio trabalhavam a US$ 7,1925/bushel, com queda de 3,75 cents ou 0,38%. O mercado foi pressionado pela notícia da elevação do compulsório na China, que pode limitar a demanda por commodities.
No entanto, o mercado ainda encontra suporte na forte demanda, enquanto os estoques são apertados. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou a venda de 156 mil toneladas para o México, que precisou importar após geadas. Traders avaliam que os preços precisam subir mais para conter a demanda.

TRIGO OPERA EM BAIXA ANTES DE FERIADO.
Os preços futuros do trigo estão caindo hoje no mercado americano, após a alta de quinta-feira e antes do fim de semana de três dias, por causa do feriado na segunda-feira nos Estados Unidos (Dia do Presidente). Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em maio recuavam 30,0 cents a US$ 8,54/bushel. A demanda para exportação nos Estados Unidos continua forte e traders disseram que uma queda recente nos preços atraiu compradores ao mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou que exportadores privados venderam 100 mil toneladas de trigo para a Turquia.

CHINA/SOJA FECHA ESTÁVEL POR CORTE NA TAXA DE IMPORTAÇÃO

Os futuros da soja terminaram estáveis na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme rumores de que o governo estuda reduzir as tarifas de importação da soja e do óleo de soja emitiram sinais pessimistas, enquanto a firmeza do milho forneceu suporte. O contrato janeiro, o mais negociado, fechou cotado a 4.608 yuans por tonelada, inalterado na comparação com quinta-feira, apesar da forte alta dos preços em Chicago. A oleaginosa operou no intervalo entre 4.581 e 4.630 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1).
Especulações sobre uma redução dos tributos aplicados à importação são negativas para o mercado local no "curto prazo", sinalizando que os preços dos importados deverão cair. No longo prazo, Dalian continuará acompanhando os futuros na Bolsa de Chicago, onde os rumores são encarados de modo otimista devido ao potencial aumento da demanda chinesa.
Alguns traders acreditam que o governo pode reduzir os impostos da soja de 3% para 1% e do óleo de soja de 9% para 5%l. O Ministério de Finanças do país não respondeu imediatamente aos telefonemas com relação ao assunto. Se o corte for feito, o preço do óleo de soja importado provavelmente cairá em torno de 400 yuans por tonelada em relação ao nível atual de 10.400 a 10.550 yuans por tonelada, segundo Zhao.
Conforme Pequim limita as cotações dos óleos comestíveis no varejo para controlar a inflação, margens menores forçaram algumas processadoras a suspender as operações. Os preços da soja importada nos principais portos da China beiravam cerca de 4,300 yuans por tonelada nesta sexta-feira, alta de quase 6% desde o começo do ano, o que torna as ofertas locais mais atraentes por custarem cerca de 3.800 yuans a tonelada por vários meses.

BANCOS DEVEM AMPLIAR EMPRÉSTIMOS PARA GARANTIR OFERTA
A Comissão Reguladora de Bancos da China informou nesta sexta-feira que as instituições bancárias devem conceder mais empréstimos para projetos de conservação de água e intensificar os esforços de combate à seca, de modo a ajudar a garantir a oferta de grãos. Apoiar a conservação de água e a produção de grãos deve ser a prioridade dos bancos na concessão de crédito rural, disse a comissão em um comunicado.

CHINA: BANCO CENTRAL ELEVA TAXA DO COMPULSÓRIO EM 0,50%

O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) informou que vai elevar a taxa do compulsório bancário em 0,50% a partir da próxima quinta-feira. Esse é o segundo aumento no compulsório chinês neste ano e vem em seguida a dados que indicaram que as pressões inflacionárias no país prosseguem.
O PBOC elevou as taxas de juros de referência para empréstimos e depósitos no começo de fevereiro, após duas altas nos juros de referência e seis na taxa do compulsório bancário em 2010. A taxa oficial do compulsório para a maioria dos bancos agora passará a ser de 19,5%.
De acordo com fontes dos bancos, o PBOC ordenou nos últimos meses que alguns bancos separassem reservas adicionais acima da taxa do compulsório oficial. O PBOC não confirmou essa informação, mas admitiu que está implementando uma política de compulsório diferenciado.
Nesta semana o governo chinês anunciou que o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 4,9% em janeiro, depois de aumentar 4,6% em dezembro. Economistas alertaram que a inflação na China deverá se acelerar neste mês.

RALLY DA SAFRA/PR: PRODUTOR ANTECIPA COMPRA DE ADUBO PARA SAFRA 2011/12

Enquanto espera estiar para colher a soja, o produtor do oeste do Paraná já está de olho na próxima safra. Informações de técnicos que acompanham a Equipe 3 do Rally da Safra, dão conta que os agricultores estão antecipando ainda mais a compra de fertilizantes para o próximo plantio de verão. As aquisições, que eram feitas geralmente a partir de junho, no ano passado iniciaram em abril. Neste ano, até janeiro cerca de 30% dos fertilizantes já tinham sido encomendados pelos produtores que, com isso, esperam fugir do aumento de preços que, acreditam, está por vir. Alguns relatam já terem pago valores de 10% a 20% maiores neste início de 2011.
Dados sobre o forte aumento da importação de fertilizantes em janeiro mostram que o produtor, de fato, está antecipando as compras. Ontem, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) informou que entrada de matérias primas para adubos por ambos os portos foi 76% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. Foram 750 mil toneladas de fertilizantes importados, a melhor marca alcançada pelos portos paranaenses na história.
Para dar vazão à demanda, a Appa está atracando, simultaneamente, até cinco navios para descarga de fertilizantes, apesar de existirem no cais comercial apenas dois berços preferenciais à movimentação do produto.
Segundo representantes de distribuidores locais, os preços dos adubos estão subindo, embora não na mesma proporção das cotações das commodities agrícolas. Em reais o preço está mais alto mas, por causa do aumento das cotações dos grãos, a relação de troca ainda está favorável ao produtor. Ainda assim, a expectativa é que valor dos insumos suba mais.
Entrevistado no início desta semana durante um dos roteiros do Rally, o produtor Florino Wielemaker cultivou 650 hectares de soja em 2010/11, ante 500 hectares na safra anterior. Ele quer aumentar a área para 1.100 hectares em 2011/12. Ele percebeu um aumento de 10% a 15% no preço dos fertilizantes e de 5% a 8% no dos defensivos.

RALLY DA SAFRA/PR: EXCESSO DE CHUVA PREJUDICA COLHEITA.

Choveu sem parar nas duas últimas semanas no oeste do Paraná, o que atrasou a colheita da soja e está adiando o plantio do milho safrinha. Ao percorrer ontem a região entre Cascavel e Campo Mourão, a Equipe 3 do Rally da Safra encontrou áreas da oleaginosa dessecadas há dias, sem colher, e já deterioradas pelo excesso de umidade. Os técnicos da expedição também viram poucas áreas de safrinha já plantadas.
O produtor Joecir Antonio De Ré, da região de Cascavel, por exemplo, vive um drama. Ele esperava colher 150 sacas de soja por alqueire (2,4 hectares) e deve retirar do campo apenas entre 60 e 70 sacas. Os técnicos do Rally encontraram a lavoura do agricultor enegrecida pela umidade. Ele havia dessecado a soja 15 dias antes e até ontem não tinha conseguido colher. "Se chover mais um dia acabou, não colho mais esse grão", disse, olhando para o céu nublado. Indeciso sobre qual grão plantar no inverno, milho ou trigo, ele vai depender da segunda safra para obter uma boa média de renda. "Ainda não decidi, mas estou desanimado com o trigo", disse.
No percurso de 210 quilômetros percorridos entre Cascavel e Campo Mourão e outras cidades menores, o céu permaneceu encoberto todo o tempo. A região, como o resto do Paraná, concentra propriedades pequenas, de até 200 hectares, e perdas como as que estão ocorrendo em algumas regiões podem comprometer seriamente a renda desses produtores.
De acordo com estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), 2% da área de soja estimada em 4,5 milhões de hectares apresenta condições ruins, principalmente nos municípios de Cascavel, Cornélio Procópio e Toledo. Neste último município, há relatos de lavouras com até 40% de grãos ardidos. Em municípios como Campo Mourão, Cascavel e Maringá a precipitação ultrapassou a média para fevereiro, que oscila entre 150 milímetros e 200 milímetros, apenas nos primeiros 13 dias de mês. O maior volume de chuvas foi registrado em Maringá, onde chegou a 265 mm.
Apesar dos problemas, de uma forma geral a expectativa não é de grandes prejuízos. Segundo o agrônomo Alan Malinski, da Agroconsult, empresa organizadora do Rally, as perdas até o momento não são representativas. "Boa parte da soja deve ser colhida nos próximos 15 dias", afirmou.
Equipamentos - Além de deteriorar a soja em algumas áreas, o atraso na colheita provoca outro problema: a concentração do trabalho no campo. Como muitos produtores alugam dos vizinhos equipamentos, como colheitadeiras e secadores, será preciso esperar ainda mais para entrar com as máquinas nas lavouras.
Maycon Hellon, gerente de Vendas da regional de Campo Mourão da Case New Holland, informa que produtores que compraram colheitadeiras para serem entregues ao longo do ano estão pedindo para acelerar as entregas das máquinas para poder colher a soja a tempo.
Ele, aliás, relata um aumento de 60% nas vendas de colheitadeiras e tratores na região este ano. E esse porcentual pode ser maior. Ele esperava vender 26 colheitadeiras, cujos valores oscilam de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, em 2011, mas esse número pode chegar a 35. Tratores serão 30. "As vendas neste ano superam as de 2008, ano antes da crise internacional", afirma.

GRÃOS/CBOT FECHA EM ALTA COM SUPORTE DE MILHO E ALGODÃO

Os futuros da soja fecharam em forte alta nesta quinta feira na bolsa de Chicago na esteira do fortalecimento do milho e devido aos rumores de que a China estaria avaliando reduzir as taxas de importação. O contrato março registrou alta de 38,50 centavos, ou 2,8%, cotado a US$ 14,0450 por bushel.
A alta do milho garantiu suporte à oleaginosa, assim como o recorde dos preços do algodão. Os ralis nessas duas commodities dão aos produtores um incentivo para negligenciar a soja, o que iria ampliar ainda mais o aperto na oferta da oleaginosa.
Entretanto, analistas também destacaram que o salto foi um movimento de correção após as quedas recentes."Acho que as pessoas estão dando um passo para trás e dizendo "recuamos US$ 1 aqui´", disse o analista Chad Henderson, da Ag Consultants.
O mercado recuou nos últimos dias devido às projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para 2011 e a recentes cancelamentos de vendas anunciadas anteriormente.
Os dados semanais de exportação para a semana encerrada em 10/2 continuaram a provocar preocupações em relação à demanda. O USDA reportou vendas totais de 396.400 toneladas, incluindo o cancelamento de 118.100 toneladas para entrega em 2011/12. Esse número ficou mais próximo do menor patamar das expectativas de traders.
Analista disseram que essa fraqueza nas vendas refletem uma mudança da demanda dos EUA para o Brasil, onde a expectativa é de uma safra recorde.
Os produtos derivados acompanharam a soja e também fecharam em alta, em meio aos rumores sobre a China baixar a taxa de importação. O farelo de soja interrompeu uma série de cinco dias de queda e o contrato março subiu US$ 8,40, ou 2,3%, para fechar a US$ 372,70 por tonelada. O março do óleo ganhou 164 pontos, ou 2,9%, para 58,25 cetavos por libra-peso.

MILHO ENCERRA COM GANHOS DIANTE DOS DADOS DE EXPORTAÇÃO
Os preços futuros do milho se recuperaram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago. O mercado encontrou suporte nos dados semanais de exportação, divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicaram demanda forte.
Rumores de que a China está avaliando reduzir tarifas de importação também deram suporte. O contrato com vencimento em maio fechou em alta de 22,0 cents ou 3,14%, cotado a US$ 7,23/bushel.
Muitos traders esperavam que a correção observada recentemente continuasse, segundo o analista Frank Cholly, da corretora Lind-Waldock. Mas ele comentou que os fundamentos de oferta e demanda são impossíveis de ignorar. "A oferta está tão apertada que consumidores finais começaram a comprar" nas mínimas, avalia Cholly.
A situação de restrição na oferta foi reafirmada quando o USDA informou que as exportações superaram 1 milhão de toneladas pela terceira semana consecutiva. São uma indicação de que, mesmo com preços historicamente elevados, a demanda não foi afetada, de acordo com analistas. Eles avaliam que um fechamento acima dos US$ 7/bushel é objetivo dos traders que estão comprados.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

BIODIESEL: NECESSIDADE DE ESCALA PRIORIZA SOJA COMO MATÉRIA PRIMA.

Os ganhos econômicos e sociais gerados com a inclusão da agricultura familiar no programa de biodiesel não garantem que o óleo obtido da mamona e do girassol seja utilizado em escala na produção do combustível. "A soja ainda vai ser a matéria prima principal da produção do biodiesel por cerca de 20 anos ou mais", diz Olívio Teixeira, professor de Economia da Universidade Federal de Sergipe e que há mais de 20 anos estuda a agricultura familiar. Para ele, há uma limitação de escala na produção a partir das culturas de mamona, girassol e outras oleaginosas alternativas. "Estas culturas foram introduzidas na agricultura familiar para ser um complemento de renda em regiões onde os recursos econômicos são escassos. Dentro desta missão, eles nunca terão escala suficiente porque o objetivo não é transformar a propriedade familiar em grandes empresas de agronegócio", disse.
Além disso, Teixeira afirma que a agricultura familiar não tem acesso aos recursos tecnológicos oferecidos ao agronegócio, o que também é um obstáculo para a obtenção da escala necessária para que estas oleaginosas entrem no espaço hoje ocupado pelo óleo de soja. O professor estima que, em três a cinco anos, com o desenvolvimento do programa da Pbio, essa escala será melhor. "O programa ainda é recente e está sendo implantado. Em pouco tempo, a produção da agricultura familiar será muito maior com a utilização de máquinas, equipamentos, insumos e o solo corrigido", disse.
Farelo e óleo - A economista Amaryllis Romano, analista da Tendências Consultoria, ressalta que o óleo de soja continuará sendo amplamente utilizado na produção de biodiesel, apesar dos avanços de outras matérias primas, porque o biodiesel é uma forma de escoar o óleo de soja, subproduto do esmagamento do grão. "Enquanto houver demanda para o farelo de soja na indústria de ração animal e alimentação humana, o óleo continuará sendo utilizado no programa de biodiesel", disse.
Segundo ela, isto só vai mudar quando o próprio consumo do biodiesel ganhar escala e for maior que a demanda por farelo de soja. "Então, com a oferta de óleo de soja limitada pela oferta de farelo, óleos de outras matérias-primas terão mais mercado", acredita. Amaryllis aponta também a necessidade de criação de mercados específicos para o óleo de mamona, girassol, dendê, além do programa de biodiesel. "A expansão de mercados para estes óleos também criará escala de produção", disse.
Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam que, em dezembro de 2010, 75,22% do biodiesel produzido no Brasil utilizava óleo de soja como matéria prima. Do total produzido, 20,58% utilizaram gordura bovina como matéria prima e 2,41%, o óleo de algodão. Outras matérias primas utilizadas foram apenas 1,79% do total, sendo os principais citados pela ANP: o nabo-forrageiro, óleo de fritura usado, gordura de frango e porco. Mamona, girassol e dendê não são citados pela ANP em seu relatório de janeiro de 2011.

SOJA/EUA VENDE 514.500 TONS DA SAFRA 10/11.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 514.500 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 10/2, volume muito superior ao da última semana, mas 20% abaixo da média mensal, mostrou o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura do país (USDA).
Os principais compradores foram China (79.500 t), Holanda (76.300 t), Alemanha (76.300 t), Coreia do Sul (55 mil t), Espanha (52.500 t) e México (52.200 t). Cancelamentos foram feitos por Vietnã (2 mil t) e outros destinos não revelados (78.400 t).
O USDA informou ainda que os cancelamentos superaram as vendas da safra 11/12 em 118.100 toneladas no período. Países não identificados desfizeram acordos de 165 mil toneladas, ofuscando aquisições por parte da China (45 mil t) e do Canadá (1.900 t).
Os embarques da oleaginosa atingiram 1.022.900 toneladas na semana, queda de 17% em relação à semana passada e de 18% frente à média mensal. Os principais destinos foram China (542.400 t), Holanda (76.300 t), Alemanha (76.200 t), México (61.600 t) e Coreia do Sul (58 mil t).

MILHO/EUA VENDE 101.600 TONS DE MILHO PARA JAPÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nesta quarta-feira que exportadores privados venderam 101.600 toneladas de milho para entrega ao Japão em 2010/11. O governo informou ainda que a China cancelou a compra de 120 mil toneladas de soja para embarque em 2010/11.
Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA 100 mil toneladas ou mais vendidas em um único dia para um mesmo destino até o dia útil seguinte. Volumes inferiores devem ser relatados semanalmente.

SOJA/RS PREVÊ PRODUÇÃO ACIMA DE 10 MI TONS

A Emater reviu hoje para cima sua estimativa para a produção de soja do Rio Grande do Sul em 2010/11. A colheita deve atingir 10,39 milhões de toneladas, 13,58% acima do esperado. "Na primeira projeção levamos em conta o risco climático, mas o La Niña não se confirmou na metade norte e teve pouco impacto sobre a cultura na metade sul do Estado", disse o presidente da Emater/RS, Lino de David, em entrevista à Agência Estado. Na comparação com 2009/10, quando o Estado colheu 10,47 milhões de t, o volume é 0,83% inferior. Em fase de formação de grão, as lavouras da oleaginosa contam com bom volume de chuva.
De acordo com David, o desempenho da oleaginosa deverá contribuir para que a safra gaúcha de grãos supere em 600 mil a 1 milhão de toneladas o resultado previsto de 23,6 milhões de toneladas. O desempenho estimado é superior ao do ano passado, quando foram colhidas 23 milhões de toneladas. O resultado é puxado principalmente pelo arroz, que deve atingir 7,9 milhões de toneladas, 15,9% a mais que as 6,8 milhões de toneladas produzidas na safra anterior, e 2,15% superior à estimativa inicial. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do País, respondendo por 60% da produção.
Milho - Para o milho, a Emater projeta produção de 5,1 milhões de toneladas, queda de 8,56% em relação à safra passada e alta de 10,75% na comparação com a estimativa anterior. Como na soja, a Emater havia previsto que as lavouras de milho seriam influenciadas pelo La Niña, o que aconteceu apenas pontualmente. Neste ciclo, os gaúchos cultivaram com milho uma área 4,91% menor, de 1 milhão de hectares.

GRÃOS/UE: STRATÉGIE GRAINS REDUZ ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO EM 2011/12

A produção de grãos da União Europeia (UE) deve somar 289,8 milhões de toneladas em 2011/12, afirmou a consultoria francesa Stratégie Grains em um relatório divulgado nesta quinta-feira, diminuindo sua estimativa em 1,1 milhão de toneladas.
A previsão da safra de cevada sofreu o maior ajuste, passando de 55,8 milhões para 55,2 milhões de toneladas. A produção de trigo soft agora é projetada em 135,5 milhões de toneladas devido à produtividade menor na Alemanha, na Holanda e nos países Bálticos. A expectativa com relação à colheita de milho foi reduzida em 200 mil toneladas, para 58,3 milhões de toneladas.
A Stratégie Grains também observou que boa parte da safra de cereais de inverno ainda está exposta ao risco de geadas e do consequente degelo da neve. "No começo de fevereiro, as temperaturas aumentaram e a neve derreteu novamente, sugerindo que as safras estão expostas a qualquer queda repentina na temperatura", informou o relatório.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SOJA/CHINA FECHA EM QUEDA ATRIBUIDO A FRAQUEZA DA CBOT

As cotações da soja terminaram com baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, seguindo as perdas registradas no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago conforme investidores embolsaram lucros em meio à fraqueza generalizada das commodities.
O contrato janeiro, o mais líquido, fechou com queda de 1,1% nesta quarta-feira, cotado a 4.595 yuans por tonelada (6,59 yuans = US$ 1). Na CBOT, o contrato março encerrou com desvalorização de 2,5% na sessão de ontem, a US$ 13,68 por bushel, devido principalmente à melhora perspectivas com relação à produção sul-americana.
Condições melhores para as safras da América do Sul e a lentidão da demanda por óleos comestíveis no mercado doméstico estimulam traders a realizar lucros, disse Zhao Yan, analista da Everbright Futures Co.
Analistas afirmam que a firme demanda mundial provavelmente manterá as cotações da oleaginosa na Bolsa de Dalian em uma tendência altista no longo prazo, subindo em linha com a CBOT, mas num ritmo menor devido aos esforços do governo chinês para controlar a inflação. Em Chicago, os futuros do grão subiram 18% nos últimos três meses, enquanto as cotações chinesas avançaram apenas 4,5%, à medida que Pequim adota várias medidas para ampliar as ofertas no mercado doméstico e conter as pressões inflacionárias.
A demanda chinesa por soja importada aumenta a pressão sobre a disponibilidade global de ofertas exportáveis, que deve cair abaixo de uma estimativa dos Estados Unidos e conduzir os preços para um novo rali, informou o Rabobank em um relatório na semana passada. A China importou 5,14 milhões de toneladas em janeiro, mais que o esperado e 26% acima do volume adquirido no mesmo período de 2010, segundo a Administração Geral Alfandegária.

SOJA: CHINA DEVE IMPORTAR 3,1 MI TONS EM FEVEREIRO

As importações de soja da China neste mês devem alcançar 3,13 milhões de toneladas, informou ontem o Ministério de Comércio do país. Se concretizado, o volume previsto pelo governo será 64% inferior ao de janeiro, mas ainda ficará 6% acima do importado em fevereiro de 2010.
Participantes do mercado disseram prever que as importações recuem frente ao ritmo recorde do ano anterior, uma vez que os preços da soja norte-americana atingiram os maiores níveis em mais de dois anos.
As estimativas, publicadas no site do ministério, estão baseadas nos relatos de importadores no período de 16 a 31 de janeiro. A projeção regular é normalmente menor que a quantia real importada, já que não inclui todos os carregamentos. O governo divulga as previsões duas vezes por mês.

MILHO: IMPORTAÇÃO PODE NÃO EXCEDER NÍVEL/2010.
A importação de milho pela China em 2011 pode não exceder o nível do ano passado de 1,6 milhão de toneladas, afirmou nesta quarta-feira um economista sênior de grãos de Pequim. O país pode começar a importar apenas no segundo semestre do ano, se os preços locais subirem mais que os internacionais, acrescentou a fonte, que pediu para não ser identificada.
As importações de mandioca mais que triplicaram nos últimos dois anos, atingindo 6 milhões de toneladas em 2010, de acordo com o economista. A mandioca é utilizada em substituição ao milho em aplicações industriais, e o aumento do uso no país pode ajudar a limitar o volume de milho importado, observou ele. Ainda assim, os embarques do grão destinado à China no ano passado foram acentuadamente maiores do que em 2009.
O economista disse ainda que a produção chinesa de trigo pode cair para 113 milhões de toneladas em 2011, ante 115 milhões de toneladas em 2010. No entanto, o país não deve elevar as importações, uma vez que o consumo doméstico do cereal provavelmente será de apenas de 108 milhões de toneladas. A China importou 1,2 milhão de toneladas de milho no ano passado.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

GRÁOS/PARANÁ: CHUVAS CONTINUAM E INTERROMPEM COLHEITA.

O mau tempo continua prejudicando a colheita da safra de verão no Paraná. Desde o início do mês chove praticamente todos os dias na região e a previsão é de que continue assim até o final de semana. Da área de milho (734 mil hectares) foi colhido até agora apenas 1%, ante média de 15% nas últimas cinco safras. A retirada da soja estagnou também em 1%, ante uma expectativa de 10% para a semana.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), há relatos de perda de qualidade em lavouras de milho, como grão ardido. Na soja, 2% da área estimada em 4,5 milhões de hectares apresenta condições ruins, principalmente nos municípios de Cascavel, Cornélio Procópio e Toledo. Segundo Margorete Demarchi, técnica do Deral, há registro de perdas devido ao apodrecimento do grão por causa da chuva intensa de fevereiro.
"A situação é preocupante e tende a piorar", avalia a técnica diante da previsão de chuva nos próximos cinco dias. O Instituto Tecnológico Simepar prevê chuvas para todo o mês de fevereiro. O Deral indica que em municípios como Campo Mourão, Cascavel e Maringá a precipitação ultrapassou a média para fevereiro, que oscila entre 150 milímetros e 200 milímetros, apenas nos primeiros 13 dias de mês. O maior volume de chuvas foi registrado em Maringá, onde chegou a 265 mm.
Safrinha - O plantio do milho segunda safra avançou apenas um ponto porcentual na semana e atingiu 6% da área projetada em 1,5 milhão de hectares no Paraná.

CHICAGO/SOJA OPERA EM BAIXA, SEM SUPORTE DOS FUNDAMENTOS.

As cotações da soja recuaram hoje para o menor nível em três semanas na Bolsa de Chicago, pressionadas por realização de lucros. Os contratos com vencimento em março caíam 35,0 cents a US$ 13,68/bushel. Os lotes para entrega em maio cederam 35,0 cents para US$ 13,81/bushel.
A ausência de ameaças à produção da América do Sul e os sinais de que a demanda da China está migrando para outras origens tiraram o suporte do mercado e não justificam os níveis históricos de preço, segundo analistas. O declínio das exportações da antiga safra na semana passada e o cancelamento de vendas dos Estados Unidos à China aumentam as preocupações com o racionamento da demanda.

MILHO OPERA EM BAIXA COM AMPLA ESTIMATIVA DE ÁREA.
Os preços futuros do milho estão recuando hoje na Bolsa de Chicago continuando o movimento observado ontem. Os contratos com vencimento em março cairam 5,0 cents ou 0,61% e operavam a US$ 6,910/bushel. Os lotes para entrega em maio cederam 4,50 cents ou 0,78% e trabalhavam a US$ 7,02/bushel.
Em projeções divulgadas ontem, que serviram de parâmetro para elaboração do Orçamento do governo Obama, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a área plantada com milho do país em 92 milhões de hectares, o que representa elevação de 4,3% em relação ao ano passado e acima da expectativa dos traders.
Os preços futuros estão recuando das máximas em 31 meses, alcançadas na segunda-feira antes da divulgação das projeções. O USDA deve divulgar estimativas atualizadas em um fórum anuam na semana que vem.

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA GUIADA POR REALIZAÇÃO DE LUCROS.

Os futuros da soja terminaram com leve queda na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme a realização de lucros e o fraco desempenho dos preços na Bolsa de Chicago cessaram um rali de quatro dias. O contrato janeiro fechou com desvalorização de 0,7% nesta terça-feira, cotado a 4.645 yuans por tonelada (6,59 yuans = US$ 1), após o vencimento março na CBOT ter encerrado com baixa de 0,9% devido principalmente à falta de ameaças à produção sul-americana.
Os esforços do governo chinês para controlar a inflação continuam enfraquecendo o sentimento nas operações envolvendo oleaginosas e óleos comestíveis. Contudo, a excessiva liquidez financeira nos mercados internacionais, uma sólida demanda e estoques abaixo do previsto nos Estados Unidos ainda influenciam positivamente os preços, afirmou Liu Yan, analista da Tianqi Futures Co. Entre outras notícias, a China vendeu 92.759 toneladas de óleo de canola nesta terça-feira, alcançando a mais alta cotação de qualquer leilão das reservas estatais até agora, e participantes do mercado disseram que os preços dos óleos comestíveis permanecerão em alta.
As importações de soja devem seguir firmes, conforme a China continua comprando carregamentos dos Estados Unidos, do Brasil e da Argentina, informou Jing Ulrich, executivo do J.P. Morgan. Considerando que a população chinesa fica mais rica e consome mais carne, a demanda por grãos provavelmente permanecerá sólida nos próximos meses, explicou ela.
A China importou 5,14 milhões de toneladas de soja em janeiro, 26% mais em relação ao mesmo período de 2010, disse ontem a Administração Geral Alfandegária. O volume importado ficou acima da estimativa oficial de 4,8 milhões de toneladas divulgada no final do mês passado pelo Ministério de Comércio.

SOJA/EUA: PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO CRESCERÃO DURANTE DEZ ANOS

Os produtores dos Estados Unidos continuarão plantando mais soja durante os próximos dez anos, enquanto as exportações devem aumentar na maioria dos anos, principalmente para a China. Essa avaliação é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, conforme relatório que serviu de diretriz para a elaboração do Orçamento do governo Obama, divulgado segunda feira. Segundo o secretário de Agricultura americano, Tom Vilsack, o apetite da China por soja continua crescendo e os Estados Unidos seguirão sendo os principais fornecedores. O ano comercial 2011/12 começa em 1º de setembro.
No ano passado, os Estados Unidos produziram 90,6 milhões de toneladas de soja e devem exportar metade, cerca de 43,27 milhões de tons, no ano comercial 2010/11. A estimativa preliminar indica que a produção de soja aumentará pouco neste ano, para 91,3 milhões de tons, e as exportações cairão também pouco, totalizando 42,8 milhão de tons. Nos anos seguintes, o USDA prevê aumento tanto da produção quanto da exportação.
As importações da China não devem cair. Espera-se que a China importe 57 milhões de toneladas de soja no ciclo 2010/11; 60,7 milhões de toneladas em 2011/12; e 64 milhões de toneladas em 2012/13. A demanda da China cada ano deve crescer até alcançar 88,3 milhões de toneladas em 2020/21.
Vilsack recordou que a China se tornou o maior cliente de bens agrícolas dos Estados Unidos no ano passado. Ele disse à imprensa esperar que a relação comercial continue se fortalecendo.

CBOT/GRÃOS: TRADERS REDUZEM RISCO E PREÇOS CAEM.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda no primeiro pregão da semana, na mínima de duas semanas, uma vez que traders continuaram reduzindo a exposição ao risco devido à falta de fundamentos que dessem suporte. O contrato março recuou 13,25 centavos, ou 0,9%, e fechou cotado a US$ 14,0275 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 14 centavos, ou 1%, para US$ 13,6550.
A estabilização da safra sul-americana e sinais de que a demanda chinesa estaria se voltando para a região ou para entregas da nova safra deixaram os futuros vulneráveis à pressão das vendas, disseram analistas. O mercado é considerado sobrecomprado depois de ter atingido máximas de dois anos e meio na semana passada.
O mercado também sofreu pressão da divulgação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de suas projeções com parâmetros de dez anos. A estimativa de uma área de milho maior do que a esperada afetou o mercado, disse Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics. Ele lembrou que a soja encontrava suporte na disputa por área com o milho, e como o cereal recuou a oleaginosa não conseguiu sustentar os preços.
O USDA projetou o plantio da soja em 2011 em 78 milhões de acres, contra 77,7 milhões em 2010. A área de milho foi estimada em 92 milhões de acres, ante 88,2 milhões no ano passado. Esses dados foram preparados em novembro para questões de orçamento, e o mercado considera os números como um aquecimento para o Outlook Forum, que acontece na semana que vem.
Além disso, há sinais de que a demanda está se voltando para a América do Sul uma vez que os preços à vista no Brasil estão mais baratos do que nos EUA, já que a colheita avança no País.
Mas as projeções de estoques apertados no final da temporada e necessidade de os preços da soja continuarem competitivos em relação a milho e algodão devido à disputa por área limitaram a queda.
Os produtos derivados também encerraram em baixa, em linha com a soja. O contrato março do óleo de soja caiu 80 pontos, ou 1,4%, para 57,69 centavos por libra-peso, e o maio perdeu 79 pontos, para 58,28 centavos. O contrato março do farelo recuou US$ 2,60, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 375,50 por tonelada.

MILHO EMBOLSA LUCROS E FECHA COM DESVALORIZAÇÃO 
Traders embolsaram lucros e pressionaram as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em março recuaram 10,75 cents ou 1,52% e fecharam a US$ 6,9575/bushel. Os lotes para entrega em maio cederam 10,75 cents ou 1,50% e terminaram a US$ 7,0650/bushel. Alguns analistas avaliam que dados divulgados pelo governo dos Estados Unidos tenham influenciado o mercado.
Em projeções que serviram de parâmetro para o processo de elaboração do Orçamento, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou área plantada de 92 milhões de acres, um aumento de quase 4 milhões de acres e mais do que os traders previam. Também estimou que a safra 2011 somará 13,755 bilhões de bushels, mais do que a safra 2010, de 12,447 bilhões de bushels.
Alguns analistas atribuíram isso à queda dos preços, mas Shawn McCambridge, da Prudential Bache, minimizou o impacto dos fundamentos hoje. "Simplesmente estamos sobrecomprados", declarou. Ele se refere ao fato de que os preços saltaram para além de US$ 7 na semana passada, pela primeira vez desde o rali em julho de 2008.
Por outro lado, o USDA estimou um aumento da demanda por milho na próxima década, especialmente para produção de etanol. Analistas observaram que a ansiedade com a oferta permanece. O México se tornou a mais recente preocupação, pois produtores estimam ter perdido mais de 4 milhões de toneladas de milho por causa de geadas.
O USDA informou que exportadores privados nos últimos dias estabeleceram acordos para vender 355 mil toneladas de milho para o México.

TRIGO  FECHA EM ALTA COM FIRME DEMANDA.
Os preços futuros do trigo subiram nesta segunda-feira no mercado americano, com firme demanda para exportação e preocupações com a safra de inverno. Os contratos com vencimento em março na Bolsa de Chicago fecharam em alta de 5,0 cents ou 0,58%, cotados a US$ 8,72/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 4,0 cents ou 0,41% e terminou a US$ 9,77/bushel.
O mercado foi sustentado por novos sinais de demanda, segundo analistas, já que o Iraque encomendou 200 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos e 150 mil toneladas da Austrália. A Tunísia adquiriu 100 mil toneladas de origem opcional. As compras mostram que os preços elevados atuais não estão afastando os compradores. Além disso, preocupações com a safra da China e a de trigo de inverno dos Estados Unidos ainda dão suporte. Arun Karur, diretor do Sapient Global Markets, avalia que a China pode importar até 4 milhões de toneladas de trigo nesta temporada, se a seca for tão ruim como as pessoas temem.
A Doane Advisory Services afirmou que "temperaturas elevadas nas Planícies dos Estados Unidos estão derretendo a cobertura protetora de neve, deixando as lavouras vulneráveis a frentes frias".
O especialista em grãos Jeff Edwards, da Oklahoma State University, afirmou que os produtores dos Estados Unidos também estão preocupados com a parte das lavouras de trigo de inverno que ficou marrom depois do tempo frio.
Na semana passada, o excesso de frio nas Grandes Planícies "causou quantidade significativa de dano nos tecidos do trigo que não tem cobertura de neve". As plantas normalmente deveriam estar verdes neste momento. Entretanto, Edwards disse que os produtores devem esperar alguns dias para ver se o trigo se recupera.

ALGODÃO FECHA EM BAIXA DE 2,1%.
Os preços o algodão negociado na bolsa ICE Futures em Nova York, caíram nesta segunda-feira, pressionados por realização de lucros. Os contratos mais negociados, com vencimento em março, recuaram 392 pontos ou 2,06% e fecharam a 186,05 cents/lb. "O movimento técnico do algodão foi um pesadelo para os altista hoje", disse o analista independente Mike Stevens. Apesar do grande volume de vendas, os preços já avançaram mais de 28% neste ano.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MILHO/IMEA: PLANTIO AVANÇA EM MATO GROSSO.

O plantio do milho segunda safra em Mato Grosso avançou 9,8% na última semana e passou de 3,5% para 13,3% dos 1,8 milhão de hectares projetados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). "Se o clima permitir, a expectativa é que se reduza o atraso em relação à safra passada", disse Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do instituto, sobre os trabalhos de semeadura nesta semana. No mesmo período do ano passado 49% da área já estava semeada com milho.
Preços - Os preços do milho para venda antecipada da safra chegaram a R$ 16/saca em Sapezal e a 18,50/casa em Campo Verde, ambos para entrega em julho. Conforme Maria Amélia, os primeiros indicativos apontavam R$ 10/saca, valor próximo ao praticado no mesmo período do ano anterior e pelo qual alguns compradores adquiriram o produto em dezembro de 2010. "É uma questão de conjuntura de mercado, o comprador quer garantir o produto", salientou ao apontar a influência de fatores, como a demora na entrada da safra e a escassez do produto.

MILHO/CONSUMO DE ETANOL AUMENTARÁ PRODUÇÃO DURANTE DEZ ANOS

A produção de etanol continuará crescendo nos próximos dez anos e os produtores dos Estados Unidos destinarão cada vez mais milho para a fabricação do combustível, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em sua estimativa com parâmetros de dez anos, divulgada nesta segunda-feira, o USDA prevê que a indústria de etanol consumirá mais milho do ano comercial 2010/11, que iniciou em 1º de setembro, e que esse crescimento permanecerá até o ano comercial 2020/11.
"Espera-se que o milho continue sendo a principal matéria-prima para produção de etanol nos Estados Unidos, com cerca de 36% do cereal sendo destinado à produção de etanol durante a próxima década", disse o USDA.
Produtores dos Estados Unidos preveem que a produção de milho somará 13,755 bilhões de bushels (349,377 mil tons), no ano comercial 2011/12. O USDA estima produção de 12,447 bilhões de bushels (316,153 mil tons) em 2010/11. E até 2020, os agricultores norte-americanos devem estar produzindo 15,28 bilhões de bushels (388,11mil tons), dos quais 5,525 bilhões (140,335mil tons), serão destinados ao etanol, segundo o USDA.
As estimativas divulgadas hoje foram usadas para direcionar a proposta de Orçamento do presidente Barack Obama no ano fiscal 2012. Esses números são parâmetros importantes mas já estão desatualizados, pois as previsões foram calculadas há alguns meses.

COLHEITA DE SOJA/IMEA: ATRASO É DE 13,9 %

A colheita da soja avançou 4 % na semana passada em Mato Grosso, favorecida pelo maior intervalo nas chuvas, e atingiu 11,2% da área plantada. Mas o atraso ainda é de 13,95% em relação a igual período do ano passado, de acordo com informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso.
Os técnicos do Imea explicam que a diferença no ritmo de colheita se deve ao fato de na safra passada o plantio ter intensificado no início dos trabalhos, o que possibilitou que 25% da safra já estivesse colhida nesta época do ano. A colheita está mais adiantada na região oeste, onde atingiu 18,76% da área plantada. O maior atraso ocorre no médio-norte, maior produtor estadual, onde a colheita chegou na semana passada a 10,6%.
No boletim semanal da soja, divulgado hoje, os técnicos do Imea comentam que o avanço do plantio e os bons preços no mercado disponível têm favorecido a realização de negócios, apesar da retração da oferta por parte de alguns produtores que apostam na alta de preços. Na quinta-feira (10) foram registrados negócios em Campo Verde a R$ 43/saca e em Rondonópolis a R$ 43,30. Em Sorriso, o melhor preço foi observado na quarta-feira (9), a R$ 40,70. Em Sapezal, os negócios saíram a média a R$ 41,98 e em Primavera do Leste a R$ 42,68.
Nos negócios para entrega futura houve indicação de preços em Sapezal a US$ 24,50 para março. Na sexta-feira, as indicações para março em Canarana e em Lucas do Rio Verde eram de R$ 39,50. Em Sinop, as propostas eram de R$ 38,20 e em Rondonópolis de R$ 40,00.
A mais recente estimativa de safra do Imea, realizada em janeiro, projetou a área plantada de soja em Mato Grosso em 6,413 milhões de hectares, e a produção em 19,247 milhões de toneladas. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja em Milho de Mato Grosso (Aprosoja), as primeiras lavouras colhidas estão com bons níveis de produtividade e a produção deve atingir novo recorde, superando 20 milhões de toneladas. Na estimativa de janeiro, o Imea estimou a produtividade em 50 sacas por hectare, com uma queda de 0,8% em relação às 50,4 sacas registradas na safra passada. O presidente da Famato, Rui Prado, afirmou que em alguns talhões de soja precoce foram colhidas 50,8 sacas por hectares, em sua propriedade, localizada em Campo Novo dos Parecis.

  EVOLUÇÃO DA COLHEITA DA SOJA EM MT (em hectares)  
  REGIÕES DE MT  ÁREA 11/fev/10  10/fev/11  DIFERENÇA 
  Noroeste         261.200  20,10%         11,00%        -9,1 p.p. 
  Norte                39.000  25,60%         10,70%       -14,9 p.p. 
  Nordeste         694.200    7,30%           6,20%        -1,1 p.p. 
  Médio-norte  2.571.400 30,70%         10,60%       -20,1 p.p. 
  Oeste               930.200 26,20%          18,70%        -7,5 p.p. 
  Centro-sul       413.100  23,10%           9,60%       -13,5 p.p. 
 Sudeste         1.504.400  23,80%          10,40%       -13,4 p.p. 
 Total             6.413.500  25,10%          11,20%       -13,9 p.p.

SOJA: CHUVA ATRAPALHA COLHEITA, ATRASO PODE SER COMPENSADO.

O ritmo da colheita da safra 2010/11 de soja do Brasil está mais lento neste ano devido às chuvas. Alcançava na sexta-feira (11) 9% da área semeada no País, contra 15% na mesma época do ano passado, de acordo com estimativa divulgada hoje pela consultoria Céleres.
A coleta da oleaginosa avançou apenas 2% em relação à semana anterior e em Mato Grosso, que como principal produtor nacional tradicionalmente sai na frente tanto no plantio quanto na colheita, o atraso chega a mais de dez pontos porcentuais em relação ao ano passado.
"As chuvas por lá atrapalharam a evolução da colheita. No ano passado, Mato Grosso tinha colhido 32% das lavouras, e agora estamos estimando a coleta em 21%, e isso é um atraso significativo. O Centro-Oeste como um todo, que é a primeira região a ter uma evolução mais forte da colheita, neste ano está atrasado por causa das chuvas", disse Leonardo Menezes, analista da Céleres, à Agência Estado.
Outro Estado que gera atenção é o Paraná, segundo maior produtor. Enquanto nesta época do ano passado os trabalhos de coleta já tinham alcançado 15% das lavouras, agora apenas 6% da área plantada foi colhida, avanço de quatro pontos porcentuais na semana. "As chuvas foram antecipadas no Paraná, que tem o maior número de focos de ferrugem. A colheita da soja evoluiu muito pouco na semana por conta das chuvas, mas o produtor tem condição de reverter esse quadro e, quando menos esperar, esse atraso pode ser eliminado. Eu acredito que as chuvas vão dar uma amenizada e o produtor vai conseguir recolher a soja sem maiores problemas", disse o analista.
O relatório da Céleres indica que 37% das lavouras brasileiras de soja estão em estágio de maturação, contra 28% na semana anterior e 33% na mesma época de 2010. A consultoria prevê que o País vai produzir em 2010/11 69,8 milhões de toneladas, em uma área de 23,9 milhões de hectares.
Comercialização - As vendas da oleaginosa foram favorecidas pelos preços altos registrados desde o início da safra na Bolsa de Chicago. A estimativa da Céleres é de que 52% desta safra já tenha sido comprometida, contra 27% no início de janeiro de 2010. A média histórica para esta época do ano, segundo a consultoria, é de 43%. Hoje o bushel da soja na CBOT era negociado em torno de US$ 14,15. "À medida que os preços iam rompendo novas resistências (na CBOT), o produtor ia aproveitando para gerar capital de giro. E agora esse preço é importante também para aqueles que investem em safra de inverno, como o milho segunda safra em Mato Grosso", completou Menezes.
No mercado doméstico, por outro lado, as cotações da soja estiveram pressionadas na semana passada pela perspectiva de safra. "As vendas estão acontecendo de acordo com a necessidade de capital por parte do produtor e diante do avanço no processo da colheita", avaliou a Céleres em seu relatório.
Na média das praças pesquisadas pela Céleres, a soja no disponível terminou a semana passada com queda de 1,2% em relação ao preço registrado na sexta-feira da semana anterior. Na comparação com o mês passado, houve ganho de 0,1%.
Os prêmios de exportação também já vêm dando sinais de enfraquecimento, porém ainda se mantêm com ágio sobre os preços de Chicago e atingiram US$ 0,28 por bushel na compra e US$ 0,33 por bushel na venda.

METEREOLOGIA/SOMAR : NORDESTE ENTRA EM PERÍODO CHUVOSO.

Previsões meteorológicas indicam aumento do volume de chuvas sobre o Nordeste do Brasil na segunda quinzena deste mês. Segundo a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, a partir de fevereiro o Nordeste entra no período chuvoso que se estende até maio. As águas no norte do Nordeste, previstas para a próxima semana, também beneficiam partes (oeste e norte) do Estado da Bahia.
De acordo com a Somar, as frentes frias devem continuar atuando sobre o Sul nesta semana. Associadas às águas aquecidas do Oceano Atlântico, próximas da costa da Região Sul, as frentes frias favorecem a ocorrência de episódios de chuvas mais significativos e concentrados entre Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Goiás devem manter condição de pouca água e predomínio de sol, com apenas volumes isolados no período da tarde, típicos do verão. "O padrão de clima tropical e o forte calor devem persistir pelo menos até o fim do mês", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Mesmo padrão - As condições climáticas sobre o Brasil não mudaram muito na semana passada em relação às semanas anteriores. As frentes frias permaneceram "bloqueadas" no Sul do País, onde foram registrados os maiores volumes da semana.
Em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e parte (leste/nordeste) de Goiás o clima foi seco, agravando ainda mais a situação em alguns municípios onde não chove há mais de 20 dias.
Os índices de Água Disponível no Solo já refletem o padrão das chuvas observado nas últimas três semanas. Desde o norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul até parte de São Paulo a condição de umidade é excelente (maior do que 90%). Em contrapartida, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas apresentam baixos índices de água no solo.
Argentina - A Somar Meteorologia informa que foram registrados bons volumes de chuvas sobre as principais regiões produtoras da Argentina, incluindo o Pampa Úmido, pela segunda semana consecutiva.
Além do Norte do país, as Províncias de Buenos Aires, Entre Rios e Santa Fé foram as mais beneficiadas com as águas da semana passada. O volume, no entanto, ainda não garante uma regularização, nem recuperação das perdas nas lavouras de milho e soja (primeiro plantio), que foram castigadas pela falta de água em dezembro. A situação, porém, ajuda a amenizar as condições da estiagem e beneficia principalmente a soja do segundo plantio.
A previsão da Somar para as regiões produtoras de grão da Argentina nesta semana é de tempo seco e forte calor, com as temperaturas do período da tarde ultrapassando a casa dos 35 graus.
Já para a segunda quinzena de fevereiro, permanece a tendência de período de pouca chuva (seco) sobre grande parte do território argentino.
Mesmo assim, a propagação de frentes frias deve provocar alguns episódios de chuvas, a exemplo do que deve ocorrer no início da próxima semana. Segundo a Somar, entre os dias 20 e 24, uma nova frente fria volta a provocar chuvas sobre grande parte do território argentino.

PERSPECTIVA: DISPUTA POR ÁREA PLANTIO NOS EUA CONCENTRA ATENÇÃO.

A disputa de preços entre os grãos negociados na Bolsa de Chicago deve se acirrar nesta semana e as variações da soja ganham destaque uma vez que fecharam a semana passada em queda, enquanto o milho apresentou alta. Os preços de ambos precisam subir para incentivar os produtores norte-americanos a plantar uma área maior visando a reabastecer os estoques, estimados em níveis precariamente baixos tanto para a oleaginosa quanto para o cereal.
Em seu relatório de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa do estoque final da safra 2010/11 de milho do país de 745 milhões de bushels (18,92 milhões de toneladas) para 675 milhões (17,14 mi de tons), deixando a relação oferta/demanda ainda mais justa. Entretanto, o relatório sobre a soja foi considerado neutro, uma vez que manteve a previsão de estoque final em 140 milhões de bushels (3,8 mi de t).
Vinicius Ito, da corretora Newedge, lembra que no momento a soja também está perdendo para o trigo e o algodão. "A disputa por área vai durar meses ainda, e temos uma situação muito crítica porque a soja está perdendo para o milho. Além disso, a soja vai perder também para o trigo e o algodão", disse ele. "Em áreas periféricas a soja vai perder, pois quem pode plantar algodão, por exemplo, não tem o que pensar. A soja vai perder para as principais culturas em que compete por área."
Na sexta-feira, os preços futuros do milho superaram a barreira dos US$ 7 por bushel na bolsa de Chicago pela primeira vez desde julho de 2008 devido a sinais de restrição na oferta. O contrato março terminou cotado a US$ 7,0650/bushel, em alta de 8,0 centavos ou 1,15%.
Por sua vez o março da soja, de maior liquidez, perdeu 17 centavos, ou 1,2%, para fechar cotado a US$ 14,16 por bushel. Mesmo o novembro, referente à nova safra, recuou 6 centavos, ou 0,4%, para US$ 13,7950. Traders optaram por embolsar lucros uma vez que a necessidade de reduzir o risco foi ampliada pela melhora das perspectivas em relação à safra sul-americana. "A situação (da oferta) de milho e trigo é mais apertada que a da soja. Mas não há espaço para uma queda de soja, porque se ela continuar caindo e o milho se mantiver firme, haverá uma distorção na relação de preço. Ou o milho cai, que não é o caso, ou a soja sobe para regular a relação e poder comprar área de plantio na safra nova americana", avaliou Flávio Oliveira, da Terra Futuros.
No relatório divulgado na semana passada, o USDA manteve inalterada a projeção dos estoques finais do trigo em 818 milhões de bushels. O governo também não modificou a previsão das exportações do cereal nesta temporada, que permaneceu em 1,3 bilhão de bushels (35,4 milhões de toneladas). Na sexta-feira o cereal acompanhou os ganhos no milho e o contrato março na CBOT fechou em alta de 4,25 centavos ou 0,49%, cotado a US$ 8,67 por bushel.
O USDA só divulgará seu primeiro relatório sobre a área de plantio no país em 31 de março com os dados fornecidos pelos produtores. Mas segundo Oliveira, o mercado já começa a especular sobre o que será divulgado durante o USDA Outlook Forum, nos dias 24 e 25 de fevereiro, quando deverá sair um pré-relatório com as primeiras estimativas.

SOJA: CHINA IMPORTOU 5,14 MI TONS EM JANEIRO.

A China importou 5,14 milhões de toneladas de soja em janeiro, alta de 26% em relação ao mesmo intervalo de 2010, informou hoje a Administração Geral Alfandegária. O órgão divulgou os números em um press release que precede a publicação efetiva de dados comerciais mais detalhados, prevista para mais tarde. Os volumes geralmente são arredondados para cima ou para baixo, o que os torna menos precisos que os reais.

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