terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CBOT/GRÃOS: TRADERS REDUZEM RISCO E PREÇOS CAEM.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda no primeiro pregão da semana, na mínima de duas semanas, uma vez que traders continuaram reduzindo a exposição ao risco devido à falta de fundamentos que dessem suporte. O contrato março recuou 13,25 centavos, ou 0,9%, e fechou cotado a US$ 14,0275 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 14 centavos, ou 1%, para US$ 13,6550.
A estabilização da safra sul-americana e sinais de que a demanda chinesa estaria se voltando para a região ou para entregas da nova safra deixaram os futuros vulneráveis à pressão das vendas, disseram analistas. O mercado é considerado sobrecomprado depois de ter atingido máximas de dois anos e meio na semana passada.
O mercado também sofreu pressão da divulgação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de suas projeções com parâmetros de dez anos. A estimativa de uma área de milho maior do que a esperada afetou o mercado, disse Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics. Ele lembrou que a soja encontrava suporte na disputa por área com o milho, e como o cereal recuou a oleaginosa não conseguiu sustentar os preços.
O USDA projetou o plantio da soja em 2011 em 78 milhões de acres, contra 77,7 milhões em 2010. A área de milho foi estimada em 92 milhões de acres, ante 88,2 milhões no ano passado. Esses dados foram preparados em novembro para questões de orçamento, e o mercado considera os números como um aquecimento para o Outlook Forum, que acontece na semana que vem.
Além disso, há sinais de que a demanda está se voltando para a América do Sul uma vez que os preços à vista no Brasil estão mais baratos do que nos EUA, já que a colheita avança no País.
Mas as projeções de estoques apertados no final da temporada e necessidade de os preços da soja continuarem competitivos em relação a milho e algodão devido à disputa por área limitaram a queda.
Os produtos derivados também encerraram em baixa, em linha com a soja. O contrato março do óleo de soja caiu 80 pontos, ou 1,4%, para 57,69 centavos por libra-peso, e o maio perdeu 79 pontos, para 58,28 centavos. O contrato março do farelo recuou US$ 2,60, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 375,50 por tonelada.

MILHO EMBOLSA LUCROS E FECHA COM DESVALORIZAÇÃO 
Traders embolsaram lucros e pressionaram as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em março recuaram 10,75 cents ou 1,52% e fecharam a US$ 6,9575/bushel. Os lotes para entrega em maio cederam 10,75 cents ou 1,50% e terminaram a US$ 7,0650/bushel. Alguns analistas avaliam que dados divulgados pelo governo dos Estados Unidos tenham influenciado o mercado.
Em projeções que serviram de parâmetro para o processo de elaboração do Orçamento, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou área plantada de 92 milhões de acres, um aumento de quase 4 milhões de acres e mais do que os traders previam. Também estimou que a safra 2011 somará 13,755 bilhões de bushels, mais do que a safra 2010, de 12,447 bilhões de bushels.
Alguns analistas atribuíram isso à queda dos preços, mas Shawn McCambridge, da Prudential Bache, minimizou o impacto dos fundamentos hoje. "Simplesmente estamos sobrecomprados", declarou. Ele se refere ao fato de que os preços saltaram para além de US$ 7 na semana passada, pela primeira vez desde o rali em julho de 2008.
Por outro lado, o USDA estimou um aumento da demanda por milho na próxima década, especialmente para produção de etanol. Analistas observaram que a ansiedade com a oferta permanece. O México se tornou a mais recente preocupação, pois produtores estimam ter perdido mais de 4 milhões de toneladas de milho por causa de geadas.
O USDA informou que exportadores privados nos últimos dias estabeleceram acordos para vender 355 mil toneladas de milho para o México.

TRIGO  FECHA EM ALTA COM FIRME DEMANDA.
Os preços futuros do trigo subiram nesta segunda-feira no mercado americano, com firme demanda para exportação e preocupações com a safra de inverno. Os contratos com vencimento em março na Bolsa de Chicago fecharam em alta de 5,0 cents ou 0,58%, cotados a US$ 8,72/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 4,0 cents ou 0,41% e terminou a US$ 9,77/bushel.
O mercado foi sustentado por novos sinais de demanda, segundo analistas, já que o Iraque encomendou 200 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos e 150 mil toneladas da Austrália. A Tunísia adquiriu 100 mil toneladas de origem opcional. As compras mostram que os preços elevados atuais não estão afastando os compradores. Além disso, preocupações com a safra da China e a de trigo de inverno dos Estados Unidos ainda dão suporte. Arun Karur, diretor do Sapient Global Markets, avalia que a China pode importar até 4 milhões de toneladas de trigo nesta temporada, se a seca for tão ruim como as pessoas temem.
A Doane Advisory Services afirmou que "temperaturas elevadas nas Planícies dos Estados Unidos estão derretendo a cobertura protetora de neve, deixando as lavouras vulneráveis a frentes frias".
O especialista em grãos Jeff Edwards, da Oklahoma State University, afirmou que os produtores dos Estados Unidos também estão preocupados com a parte das lavouras de trigo de inverno que ficou marrom depois do tempo frio.
Na semana passada, o excesso de frio nas Grandes Planícies "causou quantidade significativa de dano nos tecidos do trigo que não tem cobertura de neve". As plantas normalmente deveriam estar verdes neste momento. Entretanto, Edwards disse que os produtores devem esperar alguns dias para ver se o trigo se recupera.

ALGODÃO FECHA EM BAIXA DE 2,1%.
Os preços o algodão negociado na bolsa ICE Futures em Nova York, caíram nesta segunda-feira, pressionados por realização de lucros. Os contratos mais negociados, com vencimento em março, recuaram 392 pontos ou 2,06% e fecharam a 186,05 cents/lb. "O movimento técnico do algodão foi um pesadelo para os altista hoje", disse o analista independente Mike Stevens. Apesar do grande volume de vendas, os preços já avançaram mais de 28% neste ano.

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