sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SOJA/CHINA: CONTROLE DE PREÇOS REDUZ ESMAGAMENTO.

A unidade de processamento de soja da multinacional de agronegócios Louis Dreyfus suspendeu temporariamente as operações de produção de farelo de soja, enquanto o governo chinês adota medidas para controlar a elevação dos preços de produtos agrícolas por meio da redução das margens de lucro da atividade de esmagamento, de acordo com um executivo de uma trading internacional. As margens de lucro do processamento da oleaginosa estão encolhendo rapidamente por causa das políticas do governo.
O executivo, que pediu para não ser identificado, não tem uma previsão de quanto tempo a suspensão vai durar, mas analistas citaram websites da indústria dizendo que as operações de Zhangjiagang, localizada na província de Jiangsu (no Leste), podem ser retomadas só depois de 10 de dezembro. "Assim como as pessoas, as empresas vêm sendo surpreendidas, portanto não saberemos se (o setor) vai se recuperar logo ouse levará algum tempo", disse a fonte.
A suspensão da fábrica de Zhangjiagang da Louis Dreyfus ocorre em meio a outras decisões semelhantes divulgadas nesta semana - sinais de como os esforços do governo para conter a inflação podem influenciar os produtores agrícolas. As operações de processamento de soja da Nantong Laibao Grain Protein, divisão da companhia de Cingapura Noble Group, também foram suspensas até 28 de dezembro, segundo analistas que mencionaram o site Soybean Network. A Nantong Laibao não quis comentar.
Um mês atrás, as margens do esmagamento de soja se aproximavam de 300 yuans por tonelada, o que trouxe de volta muitos processadores ao mercado. No entanto, já caíram quase 66%, para cerca de 100 yuans por tonelada nesta semana, de acordo com o analista Huang Yingyan, Nanhua Futures.
Entretanto, a interrupção das operações da Dreyfus e da Noble não devem provocar paralisação na indústria local. As duas companhias respondem por apenas 7% do mercado, de acordo com estimativas do setor privado. Além disso, boa parte das atividades da indústria de esmagamento de soja da China pode ser suspensa e retomada rapidamente. Recentemente, quase metade das unidades foram fechadas temporariamente em abril, quando a capacidade de reserva afetou o lucro.

MATO GROSSO/SOJA-PLANTIO RECUPERA ATRASO ATINGE 94,1%.

O ritmo do plantio da soja em Mato Grosso, que começou atrasado pelo menos 15 dias em virtude da falta de chuvas, nesta semana atingiu 94,1% da área estimada em 6,146 milhões de hectares pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Agora, segundo o levantamento semanal do Imea, os trabalhos estão com atraso de apenas 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 96,9% da área estimada na época em 5,945 milhões de hectares já estavam semeadas.
Na avaliação do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, apesar de ter começado com atraso, o plantio está sendo concluído dentro do período recomendado para o cultivo da oleaginosa. Ele observa que os produtores estão atentos aos riscos inerentes aos anos de influência do La Niña, como chuvas durante a colheita e possibilidade de maior incidência da ferrugem.
Silveira afirma que as consequências do atraso do plantio já mensuradas serão a menor disponibilidade de soja nas primeiras semanas de janeiro e a redução da janela para o plantio do milho, que é cultivado após a colheita da oleaginosa. Pelos cálculos do Imea, a oferta de soja em janeiro de 2011 ficará em 1 milhão de toneladas, volume bem abaixo das 4 milhões de toneladas ofertadas no início da colheita da safra passada.
O levantamento do Imea mostra que o plantio está mais avançado na região do médio-norte, que responde por 40% da área cultivada com soja em Mato Grosso. No médio-norte o plantio atingiu nesta semana 98,1% da área prevista, enquanto em igual período do ano passado já estava praticamente encerrado.
A região sudeste apresenta o maior atraso no plantio, por causa da irregularidade das chuvas no início de novembro. No sudeste foram plantados 91,8% da área, ritmo 7,3 pontos porcentuais inferior a igual período do ano passado. Em apenas dois municípios toda área de soja já foi semeada: Chapada dos Guimarães (25 mil hectares) e Santo Antônio do Leveger (13 mil hectares). Em Sorriso, maior produtor de soja de Mato Grosso, com 597 mil hectares cultivados nesta safra, o plantio atingiu 99% da área nesta semana.

           EVOLUÇÃO DO PLANTIO DA SOJA EM MT  
           (Área em hectares e variação em %)  
                           ÁREA           PLANTIO          VARIAÇÃO 

                         2010/11 26/11/09   25/11/10  
  Noroeste         261.200   100,0%      84,4%        -15,6 
  Norte                44.000   100,0%      95,4%          -4,6 
  Nordeste         652.200   70,1%       80,6%          10,5 
  Médio-Norte 2.436.000   99,9%       98,1%          -1,8 
  Oeste               907.200   99,1%       97,9%          -1,2 
  Centro-Sul        399.100   98,7%       98,3%          -0,4 
  Sudeste         1.446.600   99,1%       91,8%          -7,3 
  Mato Grosso  6.146.300   96,9%       94,1%          -2,8 
Fonte: Imea

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA PRESSIONADA POR REALIZAÇÃO DE LUCROS

Os futuros da soja terminaram com perdas na Bolsa de Commodities de Dalian influenciados pelo embolso de lucros e por preocupações de que a China enrijecerá os mecanismos de controle das atividades de especulação nos mercados commodities. "Preocupações com os esforços do governo para deter a especulação estão abalando o sentimento do mercado", afirmou Wu Qiujuan, analista da Xinhu Futures Co.
O contrato setembro, o mais negociado, fechou com baixa de 1,1%, cotado a 4.330 yuans por tonelada. O número de contratos abertos caiu 15.082 lotes, para 289.954 lotes, registrado o terceiro declínio em poucos dias.
A Bolsa de Commodities de Dalian elevará a margem de negociação da soja de 5% para 10%, enquanto o limite diário de variação dos preços será expandido de 4% para 6%, a partir de segunda-feira. "A bolsa adotará mais medidas de controle do risco para estabilizar o mercado, se o risco aumentar", informou a DCE em um comunicado online.
Os futuros da soja oscilarão entre 4.300 e 4.400 yuans por tonelada no curto prazo, à medida que o preço de compra recomendado pelo governo - de 3.800 yuans por tonelada - fornece um forte piso, afirmou Zhu Jinming, analista da Zheshang Futures Co. No longo prazo, a perspectiva é positiva, já o programa de afrouxamento quantitativo do Federal Reserve deve acelerar a depreciação do dólar, enquanto um clima seco na América do Sul pode reduzir a produção global, disse Zhu.

EURO CAI COM TEMORES SOBRE PORTUGAL E ESPANHA

O euro está sob forte pressão contra várias moedas na Europa, com investidores temendo que uma crise de dívida atinja também Portugal e com a disparada da diferença entre o rendimento do título do governo da Espanha em relação ao do alemão.
O euro cai contra o dólar, o franco suíço, o iene e a libra. Ao mesmo tempo, todas as moedas que são consideradas de maior risco, como o dólar australiano e a libra, cedem frente ao dólar, mostrando que os rumores de que Portugal estaria sendo pressionado para recorrer à ajuda financeira internacional prejudica o sentimento no mercado.
O spread entre o juro do título do governo da Espanha de dez anos e o título do governo da Alemanha de mesmo vencimento - uma referência no mercado europeu - ampliou-se para o recorde de alta de 263 pontos-base. "Muitos investidores estão em dúvida se os recursos do mecanismo de ajuda da União Europeia serão suficientes para resgatar a Espanha caso o país perca acesso ao mercado de bônus", disseram analistas do Citigroup.
O jornal Financial Times Deutschland disse que o Banco Central Europeu (BCE) e alguns países na zona do euro estariam pressionando Portugal a pedir assistência financeira para evitar que a crise de dívida chegue à Espanha, que tem elevada exposição a Portugal. A Comissão Europeia, assim como os governos de Portugal, Espanha e Alemanha negaram as informações.
O euro cai para US$ 1,3233, de US$ 1,3369 no fim do dia ontem em Toronto. Contra o iene, o euro caía para 111,01 ienes, de 111,75 no fim do dia ontem em Toronto. O dólar subiu para 83,89 ienes, de 83,56 ienes no fim do dia ontem em Toronto.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SAFRA 2010/11-PARANÁ REDUZ ESTIMATIVA PARA MILHO E ELEVA SOJA.

O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) fez leves ajustes hoje seus números para a safra de grãos 2010/11 no Estado, com uma ligeira redução na estimativa da produção de milho e pequena elevação na projeção da colheita de soja.
De acordo com o órgão da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o maior produtor de milho do País deve colher uma safra de 5,3 milhões de toneladas do cereal, ante estimativa em outubro de 5,4 milhões. O volume estimado agora é 22% menor que o da temporada 2009/10. Os produtores paranaenses preferiram plantar mais soja nesta safra, um produto que projetava maior liquidez que o milho na época do plantio.
A estimativa da área destinada ao milho no Estado também diminuiu no levantamento deste mês, passando de 742 mil hectares em outubro para 735 mil ha. O rendimento previsto é de 7,2 mil quilos por hectare, ante 7,6 mil quilos/ha em 2009/10.
Já a previsão para a nova safra de soja é de 13,8 milhões de toneladas, ante 13,7 milhões em outubro. O novo número representa uma queda de 1% ante a produção 2009/10. A área destinada à oleaginosa foi mantida em cerca de 4,5 milhões de hectares, com uma produtividade estimada em 3 mil quilos por hectare, ante 3,2 mil quilos/ha na safra passada.
O Estado é o segundo maior produtor da oleaginosa no País, atrás de Mato Grosso, cuja produção está estimada em 18,4 milhões de toneladas pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
"As lavouras estão bonitas, as condições são boas. O que estamos torcendo é para que não venha uma estiagem nos próximos dois meses, que são críticos. Está todo mundo apreensivo", disse à Agência Estado o agrônomo do Deral Otmar Hubner, referindo-se ao fenômeno climático La Niña, que provoca irregularidade de chuvas no Hemisfério Sul e deve persistir pelo menos até meados de 2011.
Para o algodão, a previsão do Deral é de uma produção no Paraná de 2,1 mil toneladas, contra 2 mil estimadas em outubro, em uma área de 826 hectares.
Plantio - Segundo o levantamento do Deral, 98% da área destinada ao milho no Estado foi plantada até 22 de novembro, avanço de um ponto porcentual em relação à semana passada, sendo que 91% das lavouras estão em boas condições. O plantio da soja atingiu 95% da área prevista para 2010/11, ante 92% há uma semana, com 96% das lavouras em boas condições.
A comercialização antecipada da soja 2010/11 não teve alterações na semana e manteve-se em 5% da safra prevista. Quanto ao milho, 1% da produção está comprometida.
"Os produtores estão vendendo devagar. Como o mercado está aquecido, o produtor fica com um pé atrás esperando subir mais e normalmente nossos produtores têm por costume fazer a venda na colheita", disse Hubner.

ARGENTINA: SAFRAS DE MILHO E SOJA SE APROXIMAM DO RECORDE.

A Argentina está prestes a registrar produção recorde de milho e soja nesta temporada, afirmou hoje a Bolsa de Grãos de Rosário. No entanto, as estimativas da bolsa estão significativamente mais baixas do que as do governo.
A bolsa prevê que a produção comercial de milho somará de 21 a 22 milhões de toneladas, ante a safra recorde anterior de 22,5 milhões de toneladas. O governo espera que a produção de milho totalize 26 milhões de toneladas, mas isso inclui todo o milho produzido, e não apenas a parte comercial.
As condições de umidade do solo foram consideradas excelentes durante boa parte da temporada de plantio, permitindo o rápido progresso, segundo a bolsa de Rosário.
Soja
A bolsa de Rosário também disse que a produção de soja caminha rumo aos 49,5 milhões de toneladas, menos do que o recorde de 54,5 milhões de toneladas produzido no ciclo passado. O governo prevê 52 milhões de toneladas nesta temporada.
No entanto, há preocupações com o clima seco resultante do fenômeno La Niña, que pode reduzir a produtividade, durante o importante período de produção que vai de dezembro a março. "A ausência de previsões de chuva na área central do Cinturão agrícola está aumentando a ansiedade dos produtores", declarou a bolsa.

MATO GROSSO/SOJA - 57,4% DA SAFRA FOI COMERCIALIZADA.

A comercialização de soja em Mato Grosso atingiu em novembro 57,4% da produção da safra 2010/11, estimada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em 18,443 milhões de toneladas. Aquele porcentual, contudo, pode ser ainda maior. Na opinião do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, 70% da safra foram comercializados, levando em conta que muitos produtores assumiram compromissos com as multinacionais na troca da soja por insumos.
Os números do Imea apontam um avanço de 12,4 pontos percentuais na comercialização em relação a outubro. Na comparação com novembro do ano passado, as vendas estão 27,4% adiantadas. O ritmo mais acelerado dos negócios ocorreu na região oeste, com a comercialização de 64,4% da soja que será colhida no próximo ano. No médio norte, que responde por 40% da produção estadual de soja, as vendas correspondem a 59,2% da produção esperada.
Segundo Glauber Silveira, o ritmo da comercialização está acima dos últimos anos e a média de preços registrada até agora é de US$ 18,8 por saca, com valores em moeda nacional a R$ 32 por saca. Ele calcula que estes preços garantem uma renda bruta de R$ 455 por hectare e margem líquida de R$ 287 por hectare. A média de preços está abaixo dos valores praticados atualmente no mercado, na faixa de US$ 21 por tonelada.
Silveira explica que em função das perspectivas de preços baixos em meados deste ano, os produtores iniciaram a comercialização vendendo a soja a US$ 15/saca. Levando em conta o levantamento do Imea, entre julho e agosto, antes da alta de preços da soja no mercado internacional, os produtores comercializaram cerca de 2,9 milhões de toneladas de soja, que representam 15% da produção esperada.
Em relação à menor oferta de soja em janeiro, em função do atraso no plantio, Silveira não acredita que os produtores que venderam antecipado para entrega no início de 2011 enfrentarão problemas caso não disponham da mercadoria. Segundo ele, as multinacionais deverão aceitar um eventual atraso de quinze dias na entrega, pois muitas compraram a soja na faixa de US$ 15/saca e em janeiro, devido à falta de soja, o preço deve atingir US$ 30/saca.
Na opinião de Silveira, com pouco mais de 30% da safra ainda para ser vendida, os agricultores devem reduzir o ritmo de comercialização até o final do ano. Ele explica que os produtores já venderam média 35 sacas por hectare e agora devem ficar mais precavidos, pois existe o risco de a produtividade não atingir a previsão de 50 sacas por hectare, em função do fenômeno climático La Niña. O avanço da comercialização também deve ser limitado pelo fato de parte da produção também estar comprometida com o pagamento do arrendamento de terras (4 sacas por hectare) e de máquinas agrícolas (2 sacas por hectare). Metade da área cultivada com soja em Mato Grosso é arrendada.

SOJA/CHINA FECHA EM LEVE ALTA, APESAR DE PESSIMISMO SOBRE POLÍTICAS

Os futuros da soja terminaram com alta moderada na Bolsa de Commodities de Dalian. O mercado avançou no início do pregão, mas reduziu os ganhos durante o dia, à medida que investidores embolsaram lucros. O contrato setembro, o mais negociado, fechou com valorização de 5 yuans, cotado a 4.388 yuans por tonelada (6,657 yuans = US$ 1).
Investidores desmontaram posições compradas em meio à falta de confiança nas perspectivas de mercado. Declarações do principal órgão de planejamento econômico do país culpando os especuladores pela inflação também abalaram as negociações, disse Huang Xiao, gerente do departamento de agricultura da Capital Futures.
A Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, informou nesta quinta-feira que os preços das commodities caíram nas duas últimas semanas graças à repressão do governo contra a especulação.
Os preços continuarão em declínio durante novembro e dezembro, conforme as medidas governamentais para conter a inflação, incluindo os leilões das reservas nacionais, surtem efeito, afirmou Chen Lina, analista da Beijing Orient Agribusiness Consultant Ltd. "Além do governo central, os governos locais também estão liberando as reservas", acrescentou Chen. Ela estima suporte em torno de 3.850 yuans por tonelada, nível próximo do preço de compra recomendado pelo governo, de 3.800 yuans por tonelada,o que fornece um forte piso.
As cotações da oleaginosa devem se recuperar a partir de janeiro, à medida que o Ano Novo Lunar, pico da temporada de consumo na China, se aproxima.
O número de contratos abertos na bolsa caiu 29.564 lotes, para 305.036 lotes.

EUA: BOLSAS NÃO OPERAM HOJE.

Bolsas de mercadorias permanecerão fechadas nesta quinta-feira, em virtude do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. As operações com futuros e opções de commodities agrícolas serão retomadas amanhã (dia 26), quando o horário de fechamento será antecipado. Ambas encerrarão as atividades às 16h.

CHICAGO/GRÃOS- CHINA PUXA PREÇOS DA SOJA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quarta feira sustentados pela venda de 780 mil toneladas da oleaginosa norte-americana para a China, além das preocupações com a safra sul-americana. O contrato janeiro da soja avançou 16 centavos, ou 1,29%, para fechar cotado a US$ 12,55 por bushel.
A venda para a China foi anunciada antes da abertura do mercado e deu um impulso aos preços, ainda que o rali tenha sido mais modesto do que alguns players esperavam. "Acho que estamos um pouco reservados aqui um dia antes do feriado", disse Jerry Gidel, analista da North America Risk Management Services.
O mercado estará fechado na quinta-feira devido ao dia de Ação de Graças, e segundo analistas os traders estavam relutantes em assumir muitos riscos,grandes vendas já foram precificadas pelo mercado.
As preocupações com a safra sul-americana devido a uma estiagem também deu suporte, segundo traders. As previsões são de que a Argentina terá tempo seco por pelo menos vários dias.
As duas questões que estão dominando o mercado -- o tempo na América do Sul e a demanda da China -- estão conectadas, "Está bastante claro ao mercado que a China está acelerando ou reduzindo suas compras com base nas previsões do tempo", disse um analista.
O contrato janeiro do óleo de soja avançou 103 pontos, para 50,60 centavos por libra-peso, enquanto o janeiro do farelo recuou US$0,70, para US$342,60 a tonelada.

MILHO ACOMPANHA SOJA E FECHA COM VALORIZAÇÃO DE 2%
Os preços futuros do milho saltaram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago na esteira do mercado de soja e diante do clima seco na América do Sul.
Os contratos mais líquidos, com vencimento em março, subiram 10,75 cents ou 1,98%, e terminaram cotados a US$ 5,5375/bushel. A venda de 780 mil toneladas de soja dos Estados Unidos para a China, sinalizaram a forte demanda por grãos e também puxaram as cotações do milho.
A irregularidade de chuvas deve continuar na Argentina num futuro próximo, o que pode limitar o plantio de milho. O país é o segundo maior exportador de milho e sua oferta é necessária para ajudar a compensar a queda da produção dos Estados Unidos.
Fortes compras de consumidores finais emergiram depois do recente declínio a partir da máxima de novembro, de US$ 6,05/bushel, e fortaleceram a ideia de que se tem uma mínima no curto prazo.
Os ganhos foram limitados pela cautela antes do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.

TRIGO TERMINA O DIA EM ALTA COM CLIMA SECO NOS ESTADOS UNIDOS
Previsões do tempo indicam clima seco em importantes áreas produtoras de trigo dos Estados Unidos, como as Planícies, durante os próximos dez dias e impulsionaram as cotações do cereal nesta quarta-feira.
Na Bolsa de Chicago os contratos mais negociados, com vencimento em março, subiram 4,50 cents ou 0,66% e fecharam a US$ 6,8525/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 7,50 cents ou 1,03% e terminou a US$ 7,35/bushel.
Participantes do mercado continuam preocupados com a falta de chuva nas Planícies, inclusive no maior Estado produtor do país, o Kansas. A umidade baixa dificulta a formação de raízes das plantas no solo. Consumidores finais estão nervosos com a possibilidade de quebra na oferta no ano que vem.
No fim da sessão, os futuros limitaram os ganhos na medida em que traders embolsaram lucros e reduziram posições de risco antes do dia de Ação de Graças.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SOJA/CHICAGO OPERA EM ALTA COM FORTE DEMANDA DA CHINA


Os preços futuros da soja estão subindo na Bolsa de Chicago em reação à uma volumosa venda dos Estados Unidos para a China. Mas os ganhos iniciais forma limitados porque os traders já antecipavam a forte demanda para exportação, segundo o corretor e analista Larry Glenn, da Frontier Ag. Os contratos com vencimento em janeiro fecharam 13,0 cents  para US$ 12,52/bushel.
A venda de 780 mil toneladas foi considerada bem grande, mas a China já vem comprando em ritmo recorde. O país é o maior importador mundial de soja. "Traders avaliam que os chineses vão comprar muita soja neste ano que eles estão apenas acumulando estoques", afirmou Glenn.

SOJA: LA NIñA ATRASA APARECIMENTO DA FERRUGEM.

O ocorrência do fenômeno La Niña, que adiou o plantio nas áreas de produção de soja do Brasil, atrasou também o aparecimento da ferrugem asiática, doença provocada por um fungo e que, em condições extremas, pode reduzir a produtividade das lavouras em até 80%. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa/Soja, apenas um foco da doença foi registrado até agora, em São Miguel do Araguaia (GO), em 22 de setembro.
Em 2009, o mês de novembro registrava um total de 58 focos espalhados por vários estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, entre outros. Em toda a safra 2009/10 foram 2.370 ocorrências da ferrugem no País. O ciclo passado coincidiu com um período de El Niño, de chuvas abundantes e bem distribuídas, que incentivaram o aparecimento da doença logo nas primeiras semanas da safra.
Neste ano, contudo, "o inverno mais seco e o prolongamento da estiagem na primavera provocou um atraso no plantio da soja. Isso limitou o aparecimento do fungo da ferrugem neste início de safra", disse a fitopatologista Cláudia Godoy, pesquisadora da Embrapa/Soja e membro do Consórcio Antiferrugem.
A pesquisadora alerta, contudo, que a experiência mostra que a ocorrência do La Niña não implica em uma incidência menor de ferrugem durante a safra. Isso depende de fatores como o controle correto da doença nas áreas atingidas, entre outros. Apenas as áreas de soja do Rio Grande do Sul podem sofrer menos com a doença neste ano do que as do Centro-Oeste por causa dos períodos de estiagem previstos para a região.
Cláudia Godoy recomenda que os produtores façam o monitoramento das lavouras para reduzir as aplicações de defensivos que controlam a doença. Desde que o vazio sanitário foi adotado no Brasil, em 2006, o número de aplicações caiu de uma média de quatro para dois por safra. "O que o produtor geralmente faz é a aplicação logo no início do florescimento, independente de haver ferrugem na lavoura. Mas o monitoramento pode diminuir a quantidade de defensivo utilizada", disse. Durante o vazio sanitário, os produtores são proibidos de plantar soja para evitar a chamada "ponte verde", que permite a sobrevivência do fungo da ferrugem nas lavouras entre uma safra e outra. Em 2009/10, a média foi de 2,7 aplicações por causa dos efeitos do El Niño.
Embora razoavelmente controlada no Brasil, cálculos da Embrapa mostram que a ferrugem asiática representa perdas de US$ 2 bilhões, em média, a cada safra, incluídos aí o custo de controle da doença e as perdas de produtividade das lavouras.

CHICAGO: GRÃOS SOBEM COM BOA DEMANDA DE SOJA.

As cotações da soja estão subindo nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago diante da notícia de exportação de 780 mil toneladas para a China, maior importador mundial.
Os contratos com vencimento em janeiro subiram 14,50 cents ou 1,17%, para US$ 12,5350/bushel. Essa venda de grande volume ocorreu depois de uma desaceleração na demanda, com ameaças do clima seco na produção da América do Sul. Segundo o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best, a China deve aumentar as compras como garantia contra eventuais perdas nas safras do Brasil e da Argentina.
Os preços futuros do milho estão subindo também, na esteira da soja. O contrato com vencimento em março avançava 8,50 cents ou 1,57%, para US$ 5,5150/bushel. O milho também encontra suporte na notícia de que uma comissão chinesa ordenou aos bancos que expandam os empréstimos para o setor agrícola, um movimento considerado um reconhecimento da falta do grão. Também há preocupações com a irregularidade de chuvas na América do Sul. Compras de consumidores finais também ajudam a sustentar as cotações, segundo traders.
O trigo também registra valorização no mercado americano, com a expectativa de mais uma semana de forte demanda. Na CBOT, o contrato com vencimento em março subia 7,25 cents ou 1,07%, para US$ 6,88/bushel.
Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançava 7,50 cents ou 1,03% e eram negociado a US$ 7,35/bushel. Nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga os dados de exportação na sexta-feira, por causa do Dia de Ação de Graças.

SOJA/EUA ANUNCIA VENDA DE 780 MIL TONS PARA A CHINA.

Exportadores privados relataram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportação de 780 mil toneladas de soja para entrega à China durante o ano comercial 2010/11. Os exportadores precisam avisar o USDA sobre vendas de 100 mil toneladas ou mais.

EUA: BOLSAS FECHARÃO AMANHÃ DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS.

As bolsas ICE Futures US e Chicago Board of Trade (CBOT) permanecerão fechadas amanhã, quinta-feira (25), em virtude do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. As operações com futuros e opções de commodities agrícolas serão retomadas na sexta-feira (26), quando o horário de fechamento será antecipado. Ambas encerrarão as atividades às 16hs.

MILHO/LEILÃO: CONAB REDUZ PREÇO PARA GRÃO.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu o preço de venda do milho de seus estoques no Paraná e no norte de Mato Grosso, em leilão que acontece na quinta-feira (25). Para o produto paranaense o valor é de R$ 22,80/saca, ante R$ 24,00/saca da operação anterior. No norte mato-grossense, o preço de venda caiu para R$ 14,50/saca ante R$ 16,00/saca. Esse último preço foi mantido para o cereal estocado em Rondonópolis, no sul do Estado. Os comunicados com os preços para todos os Estados, referentes aos avisos nº 328, 329, 330 e 331, foram divulgados nesta tarde pela Conab. A decisão de reduzir os preços levou em conta o movimento de baixa no mercado, com recuo em algumas praças.
Os valores de venda de milho do governo para os demais Estados são os mesmos do leilão da semana passada: R$ 20,50/saca para Goiás, R$ 24,96/saca para Minas Gerais, R$ 19,50/saca para Mato Grosso do Sul, R$ 25,50/saca para São Paulo e para o Rio Grande do Sul. A oferta total de milho da Conab será de 451,714 mil toneladas.
Segundo o consultor Guaracy Calaza da InterManus, de Campo Novo do Parecis (MT), os valores estão mais adequados do que na semana passada e a oferta é mais abrangente para o norte do Estado. "Agora temos milho (ofertado) por toda BR 163 e mais em Tapurah e Campos de Julio e isso vai atrair compradores de mais regiões", afirma.
Sorgo - A Conab também divulgou preço de venda de estoques para 4,386 mil toneladas de sorgo do Estado de Goiás referentes aos avisos nº 332 e 333. O preço de abertura do leilão será de R$ 15,39/saca. A operação será realizada após os leilões de milho na quinta-feira (25).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

CHICAGO: GRÃOS OPERAM EM ALTA PUXADA POR COMPRAS COMERCIAIS.

Compras comerciais estão puxando as cotações do milho na Bolsa de Chicago e dando algum suporte aos mercados de soja e trigo. Os consumidores finais de milho entraram comprando no mercado depois que os preços atingiram mínimas em seis semanas. Os contratos com vencimento em março, os mais líquidos, fecharam em alta de 13,75 cents ou 2,79%, a US$ 5,43/bushel.
Segundo traders, os compradores que usam milho para produzir rações ou etanol puxaram as cotações depois que o grão caiu 16% a partir das máximas em 27 meses, registrada duas semanas atrás. A queda dos preços foi bem recebida pelos compradores, pois o mercado havia passado por um rali de mais de 60% desde junho, com preocupações de que a colheita dos Estados Unidos não seria ampla o suficiente para atender à forte demanda global.
Soja
Os mercados vizinhos de soja e trigo encontraram suporte nas compras de milho, segundo analistas. Os grãos estão relacionados porque as três safras competem por área plantada.
Os traders de soja estão ansiosos com o clima seco na América do Sul, que atrasa o plantio. Os lotes para entrega em janeiro subiram 17,50 cents na CBOT e operavam a US$ 12,39/bushel. Participantes acompanham a evolução da produção no Brasil e na Argentina, pois precisam desse suprimento para acompanhar a demanda.

SOJA/CÉLERES-RELATÓRIO SEMANAL.

Estratégia de retenção das vendas de soja durante o ano atual rendeu bons frutos ao produtor rural
Pela nossa análise mensal da viabilidade de retenção da soja colhida de março até novembro/11, nota-se que o produtor que optou por essa operação angariou bons resultados ao vender de forma escalonada a produção de soja ao longo de 2010.
Para quem vendeu a produção imediatamente após os trabalhos de colheita em Rondonópolis-MT, amargou preços na casa de R$ 25,10/saca, contra os valores de R$ 33,8/saca a R$ 36,4/saca registrados em meados de 2010. O produtor que ariscou tudo, mantendo os saldos da safra velha até agora estocados, foi quem desfrutou do brilho dos preços atuais pagos pela soja no mercado brasileiro.
Antes de qualquer conclusão acerca dos números, é importante frisar que parte dos produtores não aproveitou o potencial de ganho dos preços registrados no decorrer de 2010. Tal constatação justificou-se pela necessidade de vendas antecipadas que são realizadas antes mesmo da colheita sazonalmente realizadas entre fevereiro e março.
Os produtores de Rondonópolis-MT, que armazenaram o produto até o final do período da estratégia de retenção da soja, obtiveram preço de venda para o seu produto com até 71,3% de valorização se comparado às cotações de março/10 contra novembro/10.
A margem bruta dessa estratégia, considerando os custos de carregamento, chegou a 32,1% neste ano - ganho médio de R$ 13,81/saca de soja se comercializada em novembro/10.
O fator preponderante para o desempenho positivo dos preços durante o ano atual, sem dúvidas se deu pela firmeza na demanda externa e interna. Os prêmios de exportação refletiram essa concepção, estando sempre positivos.
Dentre as variáveis que formam o preço da soja no Brasil, tem-se a cotação da taxa de câmbio que impediu ganhos ainda maiores para os produtores que decidiram estacar soja neste ano.
De março a novembro/10 essa variável registrou valorização, com o Real mais firme em relação ao Dólar. Este perdeu 2,3% de valor em relação à moeda nacional.
Outro fator que merece destaque e que faz parte da essência da estratégia de retenção da soja é o preço do frete. Neste caso, o produtor que conseguiu segurar o produto e vender nos preços atuais, obteve um desconto nos custos com frete de até 22,2% de março a novembro/10 (~R$ 140,00/t: Rondonópolis-MT p/ o Porto de Paranaguá- PR).
Portanto, pode-se dizer que o produtor que optou por armazenar a produção de soja durante o ano de 2010 ganhou dinheiro!

Plantio da soja avança e registra 75% de realização, praticamente em linha com os registros do ciclo passado
Em pesquisa realizada na semana passada, constatou-se que os trabalhos de plantio da soja evoluíram bastante associados ao bom desempenho do clima nesse período. Estimase que 75% da área a ser cultivada em 2010/11 já tenha sido implementada, ante 61% da semana passada e 74% ao observado na mesma época do ano anterior.
Quanto à comercialização da safra velha, o ritmo manteve-se lento por conta do baixo  volume disponível do produto no mercado, registrando 97% da produção de 2009/10.
Para a nova safra, também não foi registrado avanço significativo no volume de vendas devido à recente queda nos preços internacionais da oleaginosa. Até então, 31% da safra nova já tem algum compromisso de venda.

Doméstico
As cotações da soja no mercado doméstico reportaram queda na semana precedente, rompendo uma sequência de seis semanas de encerramento em alta. Tal contexto foi resultado da queda nas cotações externas e valorização da taxa de câmbio.
Na média das praças pesquisadas pela Céleres®, os preços da saca de soja no disponível apresentaram queda de 1,3% no acumulado da última semana. Em relação ao mês passado, ainda verifica-se registro de ganho na ordem de 7,6%.
A cotação dos prêmios de exportação registrou alta na semana anterior, com o prêmio pago para entrega em março/11 negociado a US$ 0,60/bushel - 10 cents acima do reportado no final da semana precedente (12/11). Visto isso, as cotações da soja negociadas no porto de Paranaguá contaram com o fundamento de demanda internacional positivo – o preço da saca de soja nesse porto ficou estável em R$ 28,50.

T E N D Ê N C I A S & E S T R A T É G I A S
A base das estratégias de venda da produção que está sendo semeada conta, no cenário de médio e longo prazo, com fundamentos positivos de demanda chinesa firme e estoques finais restritos. Todavia, no curto prazo, as notícias macroeconômicas tendem a manter as fortes oscilações sobre os preços da oleaginosa .
Dentre os fatores que mais contribuem para a sustentação dos preços para a safra 2010/11, tem-se a incerteza quanto ao volume de soja a ser produzido na safra sul -americana. Tal contexto é apimentado pela influência do fenômeno climático La Niña.
Outro ponto que também já faz parte da pauta dos indicadores que interferem nas perspectivas de preços, diz respeito à disputa de área a ser cultivada em 2011/12 na safra de soja dos EUA.
Com as cotações do milho e demais commodities em bons patamares, os produtores norte americanos poderão decidir por semear outro tipo de produto ao invés da soja, uma vez que a área agrícola nos EUA tem restrições de crescimento pela totalidade de utilização.
Todavia, as incertezas do ponto de vista macroeconômico tendem a retirar temporariamente o fôlego de alta das cotações da soja em Chicago, devido ao sentimento de aversão ao risco gerado pelo desempenho da economia global .
Portanto, no momento, o melhor a fazer é trabalhar no cultivo da safra de soja, acompanhando o desenvolvimento da safra na América do Sul. O intuito é posicionar-se estrategicamente, pensando em vender maiores volumes da produção em um eventual agravamento do quadro climático.

MALÁSIA/ÓLEO DE PALMA:VENDAS GENERALIZADAS DERRUBA PREÇO EM 2,2%

Os futuros do óleo de palma cru terminaram com perdas na Bolsa de Derivativos da Malásia, recuando para perto da mínima diária em meio à pressão de vendas generalizadas nos mercados acionários e de commodities da região. O contrato fevereiro, o mais negociado, encerrou com desvalorização de 69 ringgits, ou 2,2%, a 3.115 ringgits por tonelada, após ter operado no intervalo de 3.103 a 3.215 ringgits por tonelada (3,12 ringgits = US$ 1).
As cotações inicialmente subiram devido às perspectivas de uma fraca produção neste mês, mas notícias sobre a troca de tiros entre as Coreias do Norte e do Sul elevaram o dólar em relação à maioria das moedas asiáticas, incluindo o ringgit, o que derrubou os preços do óleo de palma. "A onda de notícias negativas - incluindo rumores de que a China pode lançar políticas de aperto monetário para frear a alta dos preços de alimentos, bem como a crise de dívidas da zona do euro - prejudicou o óleo de palma. É possível que os preços continuem sob pressão no restante da semana e possam cair para 2.950 a 3 mil ringgits por tonelada", afirmou o gerente de uma corretora em Kuala Lumpur.
Ainda assim, alguns analistas e participantes do mercado disseram que permanecem otimistas com relação à perspectiva nas próximas duas semanas, considerando os fortes fundamentos de oferta e demanda. Traders preveem que as exportações em novembro subam 8% ante outubro, enquanto a produção deve cair 2% na comparação mensal, conforme o ciclo de alta produção chega ao fim. "Os fundamentos positivos do óleo de palma devem atrair compradores durante a queda dos preços", informou um analista de um banco de investimentos em Cingapura.
O número de contratos abertos foi de 78.263 lotes, acima de 75.994 lotes na segunda-feira. Ao todo, 26.496 lotes foram negociados hoje, ante 20.887 lotes na última sessão. Um lote equivale a 25 toneladas.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA GUIADA POR POLÍTICAS DE COMPRA DO GOVERNO

As cotações da soja fecharam em alta na Bolsa de Commodities de Dalian, motivada pelas políticas de compra do governo chinês. O contrato setembro, o mais negociado, terminou com valorização de 28 yuans, cotado a 4.347 yuans por tonelada (6,64 yuans = US$ 1), enquanto outras commodities negociadas na bolsa encerraram com mais perdas do que na sessão passada.
O governo recomendou no começo deste mês que a soja seja comercializada no mercado à vista por 3.800 yuans por tonelada, estimulando os preços futuros, disse Wu Qiujuan, analista de soja da Xinhu Futures Co. "Frente aos outros produtos, a soja é mais segura", acrescentou ela.
Wu, que adota uma visão pessimista para oleaginosa no restante do ano, afirmou que as severas medidas governamentais para conter a inflação compensarão fatores favoráveis no mercado internacional.
No entanto, a demanda por soja ainda é forte na China, de acordo com a analista. O país concordou em comprar mais de 5,5 milhões de toneladas de origem norte-americana, avaliadas em cerca de US$ 3 bilhões, revelou o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, em um comunicado divulgado na segunda-feira.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MILHO: LEILÃO DE ESTOQUES/CONAB ELEVOU PREÇOS EM MT

O leilão dos estoques públicos de milho, realizado na última quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), contribuiu para elevar a cotação do cereal no mercado disponível em Mato Grosso. A opinião é de analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em Rondonópolis, o milho foi negociado a R$ 17,46 no leilão e na sexta-feira, por restrição de ofertas no disponível, havia indicação de compra a R$ 18,00/saca, o maior valor de julho de 2008.
Na opinião de fontes consultadas pela Agência Estado, os leilões apenas contribuíram para sustentar os preços que já vinham sendo praticados. Segundo eles, a Conab surpreendeu o mercado ao estabelecer um preço único de abertura de R$ 16/saca para as quatro praças nas quais o milho foi ofertado. No caso de Rondonópolis, o preço base ficou abaixo do que os compradores estavam pagando e o valor final somente refletiu o mercado.
Na semana passada, a Conab vendeu por meio do leilão 44,522 mil toneladas de milho, que correspondem a 95,6% das 46,564 mil toneladas ofertadas para atender à demanda de criadores de aves e suínos e agroindústrias de pequeno porte de Mato Grosso. O preço médio ponderado no leilão foi de R$ 17,64/saca, com ágio de 10% sobre o valor inicial. Os maiores valores foram pagos na região sudeste do Estado, onde foram registrado ágios de até 15%. Em Diamantino, na região norte, o ágio máximo foi de 4%, com o milho negociado a R$ 16,50/saca.
Na próxima quinta feira a Conab realiza mais quatro leilões de milho dos estoques oficiais, que terão oferta total de 451,7 mil toneladas, das quais 115,3 mil toneladas estão estocadas em Mato Grosso. Atualmente os estoques de milho do governo federal em Mato Grosso somam 2,907 milhões de toneladas. O mercado estima que o volume de milho remanescente da safra passada está entre 300 mil a 400 mil toneladas.

MILHO/CHICAGO OPERA EM LEVE BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS

Os preços futuros do milho estão caindo pela segunda sessão consecutiva, pois participantes do mercado embolsam lucros. No entanto, as perdas são marginais. Contratos com vencimento em março negociam a US$ 5,30/bushel, em baixa de 4,75 cents.
Participantes do mercado, que assumiram posições de compra no mercado futuro, estão realizando lucros conforme se aproxima o fim do mês e do ano, segundo uma analista. Esse movimento já derrubou as cotações em 14% ante a máxima em 27 meses registrada mais no início deste mês."Estamos vendo alguma agitação aqui, antes do fim do ano", comentou o presidente da corretora A/C Trading, Jim Gerlach. A sustentação dos mercados vizinhos ajuda a dar suporte ao milho.

TRIGO/EUA SE PREOCUPA COM O CLIMA E OPERA EM LEVE ALTA
Preocupações com o clima em regiões produtoras de trigo do mundo dão suporte às cotações hoje no mercado americano. Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em março, os mais líquidos, subiam 3,0 cents para US$ 6,87/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançava 3,75 cents ou 0,52% e era negociado a US$ 7,29/bushel.
Segundo a empresa de análises climáticas T-Storm Weather, as lavouras de trigo duro de inverno nas Planícies dos Estados Unidos estão "no meio da seca", enquanto o excesso de chuva na época de colheita ameaça a qualidade da safra no Leste da Austrália.

CHICAGO/SOJA OPERA EM ALTA COM POUCAS VENDAS DE PRODUTORES.

Os preços internacionais da soja estão subindo hoje na Bolsa de Chicago (CBOT), na medida em que produtores seguram a produção à espera de preços mais altos. Os contratos com vencimento em janeiro, os mais negociados, operam em alta de 11,00 cents ou 0,77% e estavam cotados a US$ 12,12/bushel.
As cotações caíram 10% desde que alcançaram as máximas em 26 meses, mais no início do mês. Mas produtores enxergam maior potencial de alta, em virtude da forte demanda da China. "A soja não está saindo das mãos do produtor imediatamente", de acordo com a corretora FCStone.

GRÃOS/EUA-RELATÓRIO SEMANAL DE INSPEÇÃO DE EXPORTAÇÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o resultado das inspeções semanais dos embarques de grãos no país durante a semana encerrada na última quinta-feira (dia 18). O relatório mostra o volume de grãos inspecionado para exportação no acumulado do ano-safra, iniciado no dia 1º de junho de 2010 para o trigo e 1º de setembro de 2010 para o milho e a soja. 
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EXPORTAÇÃO DE GRÃOS NA SEMANA ENCERRADA EM 18/11/2010
(em 1.000 bushels)
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Grão        18/11/2010     11/11/2010   19/11/2009  
======     ==========    ==========   ==========
Trigo            13.785          16.273          16.769    
Milho           24.406           30.987          27.269    
Soja            42.763            67.267          86.553    
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EXPORTAÇÕES DE GRÃOS DOS EUA ACUMULADAS NO ANO
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Grão       Atual ano-safra       Ano-safra anterior
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Trigo               521.603               412.980
Milho               377.528               379.724
Soja                499.435               442.639
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LA NIñA COMPROMETE EXPECTATIVAS PARA SAFRA 2010/11

O Brasil está sob influência de um novo episódio do fenômeno La Niña desde o inverno, no momento plenamente configurado, e cuja intensidade é considerada como uma das mais fortes das últimas décadas, devendo persistir pelo menos até meados de 2011. Segundo a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, o fenômeno não traz boas expectativas para a safra de verão 2010/11, já que as estatísticas mostram que nesses anos no Brasil normalmente ocorre uma redução do potencial de produção das lavouras, em especial de soja e milho.
De acordo com a Somar, depois do inverno e começo da primavera extremamente secos em grande parte do Brasil, em novembro se observou uma maior frequência e intensificação das chuvas, recuperando as condições de umidade do solo e favorecendo o avanço do plantio das lavouras de verão sobre as Regiões Sudeste, Centro-Oeste e sul da Região Nordeste. A partir de agora as atenções se voltam para as condições do clima no restante do ano e para o próximo verão. A Somar fez uma avaliação das principais consequências do fenômeno La Niña nas regiões produtoras de grãos do País.
Sul - O primeiro semestre foi chuvoso, ainda em virtude da influência do El Niño. No entanto, a partir de agosto, com a instalação do La Niña, o Sul do Brasil passou a enfrentar uma redução gradual das chuvas. A primavera de 2010 deve ser considerada mais fria do que a do ano passado, o que afeta o ciclo de desenvolvimento das plantas, retarda a recuperação das pastagens, e prejudica diretamente a instalação da lavoura de arroz.
Para o verão, em virtude da presença do La Niña, o problema deve se concentrar nos períodos de chuvas abaixo da média e risco de estiagens regionalizadas. Com a perspectiva de o fenômeno se prolongar até meados de 2011, a tendência é de prolongamento do período de escassez de chuva que, além das lavouras, pode prejudicar os sistemas de abastecimento de água para consumo da população.
Sudeste/Centro-Oeste - A principal consequência da instalação do La Niña sobre as Regiões Sudeste e Centro-Oeste é o período seco (inverno) mais intenso e o atraso das chuvas na primavera.
Segundo a Somar, para o verão, o problema se inverte e as lavouras podem sofrer com períodos de chuvas mais concentrados entre janeiro e fevereiro, por causa da atuação das frentes frias associadas com a umidade da Amazônia. "O período mais chuvoso pode favorecer o surgimento de doenças e pragas, assim como aumentar o risco de problemas durante a colheita", alerta a Somar.
Nordeste - Ao contrário do que acontece no Sul, anos de La Niña no Nordeste apresentam um padrão climático, em geral, mais favorável à ocorrência de chuva. No entanto, para as partes sul e oeste da Região Nordeste (oeste da Bahia, sul do Maranhão e sul do Piauí), que incluem as áreas produtoras de soja, milho e algodão, num primeiro momento, o La Niña retarda a instalação do regime de chuvas. Mas, na sequência, o verão deve apresentar um período de chuvas mais abundantes e favorecer o desenvolvimento das lavouras. Deve-se considerar, no entanto, que em 2011 as chuvas devem se prolongar até abril e meados de maio, o que pode definir e interferir na fase final da lavoura de algodão.
Para o sertão e agreste, que têm período chuvoso entre fevereiro e maio, a presença do La Niña se mostra favorável, muito embora nesse caso além do Oceano Pacífico, são as condições do Oceano Atlântico próximo da costa é que definem a qualidade dessa estação chuvosa. "Mas, sem dúvida, a expectativa para o Nordeste é que o ano de 2011 seja um pouco mais chuvoso do que 2010", observa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Próximos 15 dias - A Somar meteorologia informa que o padrão das chuvas não muda muito nos próximos 15 dias, em relação ao observado na primeira quinzena de novembro. De um modo geral, as chuvas continuam concentradas entre o Sudeste, Centro-Oeste, Norte e sul do Nordeste. "Pode-se afirmar que se trata da instalação do regime de chuvas de verão (frente fria associada com a umidade da Amazônia)", informa Etchichury.
Já a Região Sul continua enfrentando um período de pouca chuva e deve agravar o quadro de estiagem já observado em algumas regiões, principalmente sobre o sul do Rio Grande do Sul. "Outro destaque para os Estados da Região Sul se refere ao comportamento da temperatura, que deve aumentar nos próximos dias, com indicativo de forte onda de calor (temperatura acima de 35 graus) entre a última semana de novembro e o início de dezembro, o que contrasta com o frio e temperaturas amenas registradas até o início de novembro", alerta a Somar.
Chuva em novembro - Conforme a Somar o acumulado de chuvas de novembro mostra uma concentração dos maiores volumes de água sobre o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, norte/nordeste de Mato Grosso, Tocantins, oeste da Bahia e sobre partes da
Região Norte.
Os índices de água disponível do solo, que refletem o resultado das chuvas acumuladas em novembro, mostram uma recuperação sobre os Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil. Embora ainda insuficientes para repor o déficit hídrico acumulado, os níveis de umidade já conseguem dar sustentação ao plantio e desenvolvimento das lavouras de verão, bem como favorecem a recuperação das pastagens. Na semana passada se observou uma melhora das condições de umidade do solo na Bahia, sul do Maranhão e no sul do Piauí.
Argentina - Em períodos de La Niña na Argentina e no Paraguai, assim como ocorre nas lavouras de soja do Sul do Brasil, também se observa uma redução das chuvas e aumenta o risco de estiagens regionalizadas no verão.
Para a safra 2011, portanto, muda o cenário climático em relação ao observado na safra passada, diminuindo em tese o potencial de produção. O resultado, porém, não pode ser comparado com o observado na safra de 2009, cuja produção da Argentina foi fortemente prejudicada pelo longo episódio de seca iniciado no ano anterior.
Para a fase de plantio das lavouras de verão da Argentina, que se concentra entre novembro e dezembro, não deve haver grandes problemas. Algumas regiões produtoras, no momento, porém, apresentam déficit hídrico, pois a primavera, em virtude da presença do La Niña, não está sendo chuvosa e, com isso, ainda não houve regularização do déficit de umidade do solo acumulado desde o inverno.
Segundo a Somar, pelos menos nas próximas duas semanas as condições de tempo não mudam muito. "Permanece a previsão de pouca chuva e elevação da temperatura com indicativo de forte calor para este fim de mês, com as temperaturas do período da tarde se aproximando da casa dos 40 graus", conclui Etchichury.

SOJA MATO GROSSO-ACOMPANHAMENTO DE PLANTIO.

SAFRA DE SOJA - 10/11:
Regiões do IMEA Noroeste   Norte   Nordeste   Médio-Norte   Oeste   Centro-Sul   Sudeste   Mato Grosso
   Área                  261.200    44.000   652.200        2.466.000     948.200   409.100     1.460.600    6.241.300
07/out/10               0,0%        1,0%       0,0%              1,9%           3,3%         2,0%            1,4%            1,7%
14/out/10               1,5%        3,7%       0,4%              8,6%           9,0%         8,3%            5,4%            6,7%
21/out/10               6,6%      14,0%       3,1%             19,3%         19,0%       16,4%          17,6%           16,4%
28/out/10              17,7%      32,8%      9,0%              36,2%        42,2%       32,6%          27,1%           31,1%
04/nov/10              32,7%      49,8%    22,8%              55,5%        59,0%       52,3%          45,0%           49,2%
11/nov/10              59,9%      72,8%    46,8%              78,1%        80,4%       73,7%          65,3%           71,0%
18/nov/10              72,0%      86,8%    67,6%              92,6%        92,2%       91,5%          83,3%           86,7%
19/nov/09             91,7%      97,1%    48,2%              98,7%        95,0%       93,9%          97,4%           92,8%

ESTIMATIVA DE COMERCIALIZAÇÃO SAFRA 10/11

Set./10                  27,7%      36,8%     31,0%             38,5%        42,7%       36,5%         32,0%            36,2%
Out./10                 39,7%       46,8%     41,3%            46,2%        51,0%        45,9%         41,5%            45,0%
Out./09                 18,0%       29,5%     27,8%            30,3%        31,3%        32,5%         27,0%            29,1%

CHINA: IMPORTAÇÃO DE SOJA CAI E MILHO DISPARA.

As importações de soja da China em outubro diminuíram 24%, para 3,73 milhões de toneladas, na comparação com setembro. As compras, contudo, foram 48% maiores que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândega divulgados hoje. No acumulado do ano, as importações da oleaginosa cresceram 26%, para 43,9 milhões de toneladas.
Os principais fornecedores do país entre janeiro e outubro foram o Brasil, com 17,83 milhões de toneladas (+12,8%), Estados Unidos, com 14,92 milhões de toneladas (+3,7%) e Argentina, com 9,82 milhões de t (+162%). O Uruguai aparece em quarto lugar, com 1,27 milhão de t (+85%).
O país também importou 198.375 toneladas de óleo de soja em outubro, queda de 4,07% ante outubro de 2009. No acumulado do ano, 1,07 milhão de t foram adquiridas, queda de 45,2% ante o mesmo período em 2009. As importações de óleo de palma atingiram 359.142 t, queda de 27,62% no ano. No acumulado de 2010, 4,51 milhões de tons foram compradas, queda de 15,3%.
A China também informou ter importado 251.934 toneladas de milho em outubro, aumento de 1.239% ante outubro de 2009. De janeiro a outubro, 1,47 milhão de t foram compradas, elevação de 4.400% ante o mesmo período do ano passado. Os EUA forneceram 1,436 milhão de t do fornecido no acumulado do ano.

CHINA: BANCOS ELEVARÃO EMPRÉSTIMOS AO SETOR AGRÍCOLA

A China determinou que os bancos ampliem os empréstimos aos produtores agrícolas, processadores e traders, como parte dos esforços para controlar a inflação, de acordo com um comunicado da Comissão Regulatória do setor bancário da China (CBRC) em seu site.Os principais produtos agrícolas, como arroz, milho, vegetais, algodão e açúcar, precisam de suporte financeiro porque estão com a oferta reduzida, disse o comunicado.
O CBRC quer que os bancos simplifiquem os procedimentos e diminuam o tempo de aprovação de empréstimos para os requerentes da área agrícola. Além disso, eles devem reduzir os créditos para os setores não agrícolas.
O índice de preço ao consumidor da China atingiu a máxima de 25 anos em outubro, a 4,4%, impulsionado por uma alta de 10,1% nos preços dos alimentos. Estes respondem por um terço da cesta do índice.
A alta dos custos trabalhistas em áreas rurais são um fator determinante para a alta nos preços dos alimentos, disse na semana passada Tian Zhihong, professor da área de economia e administração da Universidade de Agricultura da China. Ele disse que a especulação também tem dado suporte aos preços dos produtos agrícolas.
Para ajudar a controlar a inflação, Pequim anunciou no sábado que vai garantir a oferta de grãos, óleos comestíveis e açúcar.
O governo também determinou que os órgãos reguladores do transporte reduzam ou cancelem pedágios para veículos que transportam produtos agrícolas.

CHINA DIZ QUE PRODUÇÃO DE GRÃOS SERÁ RECORDE NO OUTONO EM 2010.

A safra de grãos de outono na China, que representa mais de dois terços da produção do país, será recorde em 2010, de acordo com a diretora da Administração Estatal de Grãos, Zeng Liying. Em nota divulgada hoje ela não forneceu números, mas disse que a produção recorde de outono "é fato consumado."
A produção chinesa de grãos tem sido acompanhada de perto neste ano por causa do forte aumento da demanda e dos preços dos alimentos no mercado doméstico.
Em 2009, a produção total de grãos foi de 530,82 milhões de toneladas; a safra de outono foi responsável por 374,2 milhões de t desse total.
Foi o sexto ano consecutivo de produção recorde. "A oferta de milho, arroz em casca e soja em 2010 será maior que a do ano passado", disse a diretora da estatal. Embora tenha reconhecido que há "cada vez mais correlação entre os preços globais e os domésticos", ela minimizou os efeitos da disparada das cotações internacionais sobre os mercados locais de milho, arroz e trigo.

CHINA ANUNCIA MEDIDAS PARA CONTER PREÇO E FISCALIZAR COMÉRCIO

O Conselho Estatal da China informou que vai enviar inspetores para várias partes do país para monitorar as condições dos preços aos consumidores e pediu para autoridades locais e vários ministros que encaminhem relatórios até o fim de novembro sobre a implementação de medidas lançadas para o controle de preços.
No sábado (20), o governo publicou em seu website o anúncio de 16 propostas de estabilização de preços aos consumidores, no qual reitera o compromisso do Conselho Estatal da China de usar medidas administrativas para domar os aumentos de preços de alimentos e de energia, preservando os menos favorecidos com o pagamento de benefícios sociais mais elevados. O Conselho Estatal é o órgão executivo supremo do país que aplica as leis elaboradas e as resoluções aprovadas pela Assembleia Popular Nacional da China e seu Comitê Permanente.
Entre as medidas concretas de controle de preços divulgadas pelo site consta o abatimento de uma série de tarifas de pedágio para todos os caminhões que transportarem produtos frescos, a partir de 1 de dezembro. O documento também informa que os governos locais deverão reduzir as tarifas para vendedores de produtos que alugarem barracas em mercados ou conseguirem espaço de venda nos supermercados.
O Conselho Estatal informou que vai limitar a exportação de fertilizantes, ajustando tarifas para garantir níveis suficientes de abastecimento interno. O órgão também conclamou as agências governamentais a "entenderem a importância e urgência de estabilização dos preços no mercado" para manter a estabilidade social, o que reflete a apreensão de Pequim sobre a possibilidade de a inflação desencadear um levante social.
Os preços aos consumidores na China subiram 4,4% em outubro, ante igual mês de 2009, sustentados, principalmente, pelos aumentos de preços dos alimentos. A alta foi a mais vigorosa em dois anos e supera a meta do governo de manter a inflação perto da meta de cerca de 3%.
Na sexta-feira, o Banco do Povo da China, o BC local, anunciou a elevação do compulsório bancário em mais 0,50 ponto porcentual para restringir a liquidez e controlar o crédito, no quinto aperto dessa taxa desde o início do ano. Hoje, o ex-vice-governador do Banco do Povo da China Wu Xiaoling afirmou que a China ainda tem espaço para elevar o compulsório bancário.

PAÍS ESTÁ SUFICIENTEMENTE ABASTECIDO EM COMMODITIES
A China é totalmente capaz de manter os níveis gerais de preços estáveis, uma vez que está suficientemente abastecida em commodities, disse a agência de planejamento econômico nesta segunda-feira.
Os comentários da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma seguem-se as informações dadas na semana passada pelo Conselho de Estado de que usará medidas administrativas para controlar a alta dos preços dos alimentos e da energia, e elevará o valor dos benefícios concedidos à população.
A comissão não mencionou qualquer medida para manter os preços estáveis e centrou foco em exemplos passados de sucesso no combate as pressões inflacionárias e flutuações extraordinárias dos preços, incluindo medidas tomadas após o terremoto em Sichuan em 2008. A comissão disse que Pequim ganhou grande experiência no ajuste e controle do desenvolvimento econômico.
A comissão diz que o abastecimento de produtos agrícolas como grãos e ovos, assim como produtos de necessidade diária, é suficiente. O governo também adequou as reservas de soja e óleo comestível, informou a comissão, acrescentando que os estoques de grãos da China são capazes de atender mais de 40% do consumo do país, acima da margem de segurança globalmente recomendada de estoque líquido de 17% a 18% do consumo.

CHINA/SOJA CAI APÓS MEDIDAS PARA CONTER INFLAÇÃO.

Os futuros da soja negociados na China, fecharam em queda hoje, pressionados pelas medidas anunciadas pelo governo no final de semana para conter a inflação, especialmente nos preços dos alimentos.
O contrato setembro, o mais ativo, fechou em baixa de 34 yuans (US$ 1 = 6,6412 yuans), a 4.319 yuans por tonelada.
Os preços da soja, usada principalmente para produção de óleo comestível e ração animal, são um forte alvo do governo, que busca controlar a alta dos preços dos alimentos.
A oscilação da soja na bolsa de Chicago também foi um favor negativo para a oleaginosa chinesa, de acordo com Huang Xiao, gerente do departamento de agricultura da Capital Futures. O contrato janeiro da soja na CBOT, o mais negociado, recuou 3,3% na sexta-feira, para fechar cotado a US$ 12,015 por bushel.
No curto prazo, os futuros da soja vão continuar a cair, mas a expectativa é que se recuperem em 2011 já que o plantio e a produção na China devem ficar abaixo do registrado neste ano, completou Huang.
O governo central da China afirmou no sábado que vai garantir a oferta de grãos, de óleo comestível e de açúcar, em um esforço para estabilizar os preços. O governo também determinou que os órgãos reguladores do transporte reduzam ou cancelem pedágios para veículos que transportam produtos agrícolas.

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