quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MATO GROSSO/SOJA - 57,4% DA SAFRA FOI COMERCIALIZADA.

A comercialização de soja em Mato Grosso atingiu em novembro 57,4% da produção da safra 2010/11, estimada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em 18,443 milhões de toneladas. Aquele porcentual, contudo, pode ser ainda maior. Na opinião do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, 70% da safra foram comercializados, levando em conta que muitos produtores assumiram compromissos com as multinacionais na troca da soja por insumos.
Os números do Imea apontam um avanço de 12,4 pontos percentuais na comercialização em relação a outubro. Na comparação com novembro do ano passado, as vendas estão 27,4% adiantadas. O ritmo mais acelerado dos negócios ocorreu na região oeste, com a comercialização de 64,4% da soja que será colhida no próximo ano. No médio norte, que responde por 40% da produção estadual de soja, as vendas correspondem a 59,2% da produção esperada.
Segundo Glauber Silveira, o ritmo da comercialização está acima dos últimos anos e a média de preços registrada até agora é de US$ 18,8 por saca, com valores em moeda nacional a R$ 32 por saca. Ele calcula que estes preços garantem uma renda bruta de R$ 455 por hectare e margem líquida de R$ 287 por hectare. A média de preços está abaixo dos valores praticados atualmente no mercado, na faixa de US$ 21 por tonelada.
Silveira explica que em função das perspectivas de preços baixos em meados deste ano, os produtores iniciaram a comercialização vendendo a soja a US$ 15/saca. Levando em conta o levantamento do Imea, entre julho e agosto, antes da alta de preços da soja no mercado internacional, os produtores comercializaram cerca de 2,9 milhões de toneladas de soja, que representam 15% da produção esperada.
Em relação à menor oferta de soja em janeiro, em função do atraso no plantio, Silveira não acredita que os produtores que venderam antecipado para entrega no início de 2011 enfrentarão problemas caso não disponham da mercadoria. Segundo ele, as multinacionais deverão aceitar um eventual atraso de quinze dias na entrega, pois muitas compraram a soja na faixa de US$ 15/saca e em janeiro, devido à falta de soja, o preço deve atingir US$ 30/saca.
Na opinião de Silveira, com pouco mais de 30% da safra ainda para ser vendida, os agricultores devem reduzir o ritmo de comercialização até o final do ano. Ele explica que os produtores já venderam média 35 sacas por hectare e agora devem ficar mais precavidos, pois existe o risco de a produtividade não atingir a previsão de 50 sacas por hectare, em função do fenômeno climático La Niña. O avanço da comercialização também deve ser limitado pelo fato de parte da produção também estar comprometida com o pagamento do arrendamento de terras (4 sacas por hectare) e de máquinas agrícolas (2 sacas por hectare). Metade da área cultivada com soja em Mato Grosso é arrendada.

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