sexta-feira, 14 de maio de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO FECHA EM QUEDA SOB INFLUÊNCIA DO MERCADO FINANCEIRO

Os preços futuros da soja caíram hoje para o patamar mais baixo em uma semana na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em julho, encerrou o pregão cotado a US$ 9,5350 por bushel, com desvalorização de 12,50 cents ou 1,3%, seguindo a direção dos principais indicadores financeiros em mais um dia tomado por preocupações nos mercados.
A valorização do dólar, reflexo da aversão dos investidores a ativos de risco, pressionou para baixo o preço de várias commodities. A previsão de clima mais quente e seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, condição que favorece os trabalhos de plantio da safra 2010/11, também pesaram sobre os futuros da soja. "O clima deve dar aos fazendeiros uma janela para retornar aos campos e retomar o cultivo, que está adiantado", disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting.
As preocupações com a queda das exportações e da demanda doméstica por soja nos Estados Unidos também exercem um efeito baixista sobre a soja. "O câmbio se voltou contra o mercado; a valorização do dólar pode eliminar qualquer margem de vantagem dos exportadores norte-americanos em relação aos sul americanos", disse Zuzolo.
Em contrapartida, a pressão sobre as cotações foi limitada pelo aumento dos prêmios no interior dos Estados Unidos. Segundo analistas, as esmagadoras do país têm sido forçadas a aumentar o valor de suas ofertas a fim de convencer os fazendeiros a liberar soja de seus estoques. Os fundos especulativos registraram uma venda líquida de aproximadamente 3 mil contratos de soja hoje.
MILHO
Os preços futuros do milho caíram fortemente nesta sexta-feira. Segundo analistas, o principal motivo foi a influência exercida por outros mercados, além do clima favorável para o desenvolvimento da safra dos Estados Unidos. Posição mais líquida, o contrato julho caiu 10,0 cents ou 2,68% e fechou a US$ 3,63/bushel. Na semana, a desvalorização acumulada foi de 2,42%. O mercado escorregou para o menor patamar em uma semana, sem novidades capazes de dar suporte. Preocupados com a economia global, traders mantiveram cautela sobre eventuais mudanças de sentimento. O analista Shawn McCambridge, da Prudential Bache, disse que o temor sobre o crescimento econômico pode desacelerar o consumo de commodities e faz os preços mergulharem.
A força do dólar e a queda dos preços futuros do petróleo e das ações mantiveram os compradores à margem do mercado. McCambrigde declarou que, sem demanda para exportação da China e com clima favorável para o plantio nos Estados Unidos, o mercado iniciou a sessão sobrecomprado. Isso teria estimulado participantes a embolsarem lucros. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido 12 mil lotes de milho na CBOT.
Segundo o analista, os futuros parecem entrar em modo de consolidação. Incertezas sobre a duração da temporada de plantio, embora apenas 15% das lavouras americanas não tenham sido cultivadas, estão sustentando os preços, conforme McCambrige.

CBOT- GRÃOS- FECHAMENTO OFICIAL .

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GRÃOS/CHICAGO OPERA EM BAIXA.

Pressionados por perdas em mercados vizinhos, os contratos do complexo soja na bolsa de Chicago seguem fortemente posicionados em território negativo, que recuam para as mínimas do dia. A influência de mercados vizinhos em baixa e o clima favorável ao desenvolvimento do plantio e das lavouras pesam sobre o mercado hoje, dizem os analistas. O dólar forte, associado aos temores sobre a situação econômica global, pressionam a maior parte dos mercados financeiros e de commodities. Os futuros do óleo de soja acompanharam as perdas do petróleo e operam em baixa.

MILHO

Os preços futuros do milho atingiram hoje o nível mais baixo em uma semana na CBOT, sem notícias positivas ou apoio de outros mercados. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, operavam em queda de 8,0 cents ou 2,14%, a US$ 3,65/bushel.
A força do dólar e o declínio dos preços do petróleo, assim como os das ações, são combinação baixista no momento para o complexo de grãos. Incertezas sobre a economia estão aumentando a preocupação sobre a demanda. Além disso, previsões do tempo indicam clima benéfico para o desenvolvimento da safra no Meio-Oeste americano, na semana que vem. Sem notícias de compras na China, traders embolsam lucros, segundo traders.

MILHO: PRIMEIRO LEILÃO DE PEP DIA 25 DE MAIO.

O primeiro leilão em apoio à comercialização de milho será realizado no dia 25 de maio, informou o Ministério da Agricultura. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). Em nota, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informa que estão programados 12 leilões em que serão ofertados um milhão de toneladas em cada um. Os leilões foram autorizados na quarta-feira (12) pela Portaria Interministerial nº 318.

OURO SOBE COM TEMOR DE INFLAÇÃO E EURO ATINGE MÍNIMA DE 17 MESES.

O ouro atingiu novo recorde no mercado à vista e futuro, com investidores em busca de hedge contra a queda do euro e contra o risco de inflação trazido pelos planos de austeridade na Europa. O vencimento com entrega julho operava em US$ 1.246,70 a onça-troy, alta de 1,40%, após atingir US$ 1.249,65 na máxima intraday recorde esta manhã. "O ouro comporta-se mais como uma moeda em períodos de incerteza econômica e mais como commodity em períodos de estabilidade", disse o analista Cailey Barker, da Numis Securities. "Agora, está atuando como uma moeda alternativa". Ele prevê que o ouro opere acima de US$ 1.300,00 a onça-troy no atual rali, mas pondera que o período de junho a agosto é tradicionalmente fraco para o ouro, portanto, o metal deve seguir na margem entre US$ 1.100,00 a onça-troy a US$ 1.300,00 a onça-troy nos próximos meses.

O euro atingiu a mínima dos últimos 17 meses, a US$ 1,2432, com a redução do entusiasmo que havia sido gerado pelo pacote de resgate europeu anunciado no início desta semana e pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar bônus de governos. O custo do seguro contra default da dívida soberana de países da Europa Ocidental, enquanto isso, aumentou."O financiamento emergencial diminui o risco de default para a Grécia e a periferia da zona do euro, mas uma consolidação fiscal sustentada será exigida (...) e o crescimento do PIB provavelmente vai sofrer", comentou o Standard Chartered. "O BCE deixou claro que as compras de bônus pretendem lidar com mercados disfuncionais, e não afrouxar a política monetária por meio de afrouxamento quantitativo", acrescentou.
Depois de cair para a menor cotação em 17 meses, às 8h35 (de Brasília) o euro recuava para US$ 1,2477, de US$ 1,2531 no fim da tarde de ontem. O dólar também apresentava baixa, a 92,54 ienes, de 92,68 ienes ontem, enquanto a libra declinava para US$ 1,4558, de US$ 1,4614. "Nós prevemos que o euro vai continuar se enfraquecendo no curto prazo, refletindo a piora dos fundamentos na área do euro. Com a relação entre euro e dólar ainda acima do valor justo estimado, de cerca de US$ 1,15 ou US$ 1,17, mais quedas poderão ser esperadas no curto prazo", afirmou o Standard Chartered.
No mercado de swaps de default de crédito (CDS), o spread dos bônus de cinco anos da Grécia subia 45 pontos-base, para 580 pontos-base; o de Portugal avançava 32 pontos-base, para 235 pontos-base; e o da Espanha aumentava 20 pontos-base, para 175 pontos-base, de acordo com a Markit.
Enquanto isso, o spread dos CDS da Irlanda subia 28 pontos-base, para 195 pontos-base; o da Itália crescia 12 pontos-base, para 140 pontos-base; e o do Reino Unido ganhava 2 pontos-base, para 79 pontos-base.

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA; FUNDOS ESTÃO CAUTELOSOS.

Os contratos futuros da soja encerraram a sessão desta sexta-feira em baixa na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange. Os fundos estão cautelosos em meio aos rumores de que o banco central chinês poderá subir as taxas de juros durante o fim de semana. O contrato referência, base janeiro, recuou 19 yuans, ou 0,5%, para 3.933 yuans/tonelada. A abertura teve leve alta, mas logo reverteu o movimento. A fraqueza dos preços e a ausência de negócios no mercado disponível também desestimularam as compras de traders, segundo analistas.
O ritmo dos negócios está lento porque o foco dos produtores no noroeste do país, principal região produtora do país, está no plantio da oleaginosa. Eles também relutam em comercializar a commodity porque estão com um estoque limitado em mãos. O atraso do cultivo e a incerteza climática ainda dão sustentação ao mercado, disseram os analistas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

CBOT – FECHAMENTO OFICIAL.

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MILHO-CHINA COMPROU 6 CARGAS DOS EUA NA SEMANA.

A estatal chinesa Cofco Ltda atendeu demanda do governo e comprou seis cargas de milho dos Estados Unidos no início desta semana, na tentativa de frear o aumento dos preços internos, segundo uma fonte familiar com o assunto. Esta é a primeira vez em mais de uma década que Pequim dá permissão para que as companhias estatais comprem tamanho volume de milho dos Estados Unidos. Tal medida mostra o receio do governo quanto ao aumento dos preços domésticos do cereal depois da quebra da safra no ano passado, por conta das condições desfavoráveis para o cultivo no ano passado, segundo participantes da indústria. "O governo deve importar mais milho se o preço interno não ficar sob controle", disse um analista de uma trading global. Estima-se que cada carga contenha 60 mil toneladas de milho, com preço inferior a US$ 240/tonelada, que devem chegar aos portos chineses entre julho e setembro, disse a fonte.
No mês passado, a trading Louis Dreyfus comprou duas cargas de milho para atender demanda das indústrias de rações chinesas. Traders afirmam que a China já comprou 15 cargas dos Estados Unidos desde abril a preços que variam de US$ 230 a US$ 240/tonelada.
A China, maior consumidor mundial de milho, tem regras severas para o procedimento com importações de milho geneticamente modificado de grandes fornecedores, como os Estados Unidos, o que efetivamente limita a entrada do produto no país.
A iniciativa de realizar importações direcionadas também representam um alerta do governo para as empresas que estão estocando o milho à espera de preços mais altos, uma vez que o lucro oriundo das importações norte-americanas é muito pequeno por conta dos altos valores do cereal no mercado chinês, segundo participantes da indústria.
Agora a Cofco está buscando compradores internos para o milho importado dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o governo começou a vender seus estoques de reserva nas grandes áreas produtoras a noroeste do país, para atender a crescente demanda da indústria de ração. As autoridades chinesas conseguiram vender todas as 2,89 milhões de toneladas oferecidas até o momento.
Em outra tentativa de evitar que os traders estoquem o milho para especular preços, o governo está limitando as compras às indústrias locais, que tem o prazo de um mês para processar o cereal, segundo um analista da Chicorn Network.

MILHO: JAPÃO DEVE IMPORTAR 2,7 MILHÕES DE TONELADAS.

Importadores japoneses devem comprar cerca de 2,7 milhões de toneladas de milho para entrega entre julho e setembro, na tentativa de atender à demanda das indústrias de alimentos e ração e outros setores, segundo executivos de uma trading global com filial em Tóquio.
Maior importador global de milho, as compras realizadas pelo Japão até o momento foram suficientes para cobrir apenas um terço da demanda estimada para o próximo trimestre, de acordo com uma das fontes. O Japão deve importar o volume total de 4,1 milhões de toneladas de milho no trimestre que vai de julho a setembro, dos quais 3 milhões de toneladas são destinados à produção de ração.
Os Estados Unidos devem ser o grande fornecedor. O preço de compra deve ficar em torno de US$ 240/t CIF (frete e encargos a custo do vendedor) para julho e de US$ 244 a US$ 245/t para agosto e setembro, para o produto escoado a partir dos portos do golfo norte-americano.
Para estes traders, dificilmente o Japão comprará milho da América do Sul no curto prazo por causa do preços elevados e do alto custo com frete. Um cenário diferente do previsto no início do ano, quando a expectativa era de que o Japão buscasse o cereal produzido na América do Sul por conta das grandes safras na região e pelo receio quanto à qualidade do milho norte-americano. Apesar da forte expansão na produção de milho do Brasil e Argentina, os preços da commodity não recuaram como era esperado, segundo um trader de Cingapura. Ainda é US$ 20/tonelada mais caro importar da América do Sul.
Na base FOB (quando o comprador assume os custos de frete e demais encargos), os importadores buscam cereal norte-americano a US$ 166/t, enquanto na Argentina o preço é de US$ 174/tonelada. O frete também custa cerca de US$ 11/tonelada mais caro para o produto comprado na América do Sul do que nos embarques na região do Golfo nos Estados Unidos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO SOBE PUXADA POR FUNDOS.

OS preços internacionais da soja subiram nesta terça-feira, puxados por compras de fundos especulativos no fim da sessão da CBOT. Eles foram estimulados por incertezas sobre a duração da temporada de desenvolvimento da safra. Os contratos com vencimento em julho, os mais líquidos, fecharam em alta de 5,0 cents ou 0,52%, cotados a US$ 9,66/bushel.
O mercado está tentando manter algum prêmio de risco embutido nas cotações. Isso ocorre porque alguns traders se preocupam com a possibilidade de que as chuvas na região central dos Estados Unidos possa atrasar o plantio, enquanto a demanda segue firme e sustenta o mercado.
No início do pregão, os futuros recuaram diante da estimativa maior do que se esperava para estoques finais, divulgada hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A força do dólar também pesava sobre as commodities. Segundo o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best, "a expectativa de maior oferta no próximo ano comercial pareceu baixista no papel, mas, como os dados revelaram maior utilização da antiga safra para processamento e exportação, a pressão foi limitada". O relatório indica demanda firme e contínua, cuja projeção foi elevada pela quinta vez consecutiva no relatório mensal do USDA.
Enquanto isso, previsões do tempo para áreas centrais dos Estados Unidos indicam plantio lento no Meio-Oeste e a possibilidade de haver replantio na região do Delta. Entretanto, Hannagan recordou que de modo geral o ritmo de plantio é acima da média no país, conforme o relatório de acompanhamento de safra do USDA, divulgado ontem. Neste momento, não há nada que ameace o plantio da safra 2010/11 em tempo hábil, de acordo com o analista.
Outro fator que limitou os ganhos foi a produção recorde da América do Sul, que serve de âncora para os preços pela competitividade no mercado de exportação. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 3 mil lotes de soja.

MILHO

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou estimativa de estoques finais de milho menores do que se esperava e estimulou a valorização dos contratos futuros na CBOT, nesta terça-feira. Os lotes de maior liquidez, para entrega em julho, fecharam em alta de 6,50 cents ou 1,75%, cotados a US$ 3,77/bushel. No entanto, alguns analistas ainda acreditam que os indicadores são baixistas.
O relatório mensal de oferta e demanda do USDA, mencionou que tanto os estoques finais do ano comercial 2009/10 quanto os do ciclo 2010/11 serão menores do que os analistas previam. Os estoques finais são a quantidade de grãos que restam no fim do ano, depois que fatores de oferta e consumo são incorporados.
Os traders observaram, em especial, as projeções que indicaram maior exportação de milho e maior demanda por etanol (cuja principal matéria-prima nos Estados Unidos é o milho). Eles disseram que os dados deram um tom de suporte ao mercado, que vem sendo pressionado pela rápida evolução do plantio. "Temos uma balança de oferta e demanda que começa a justificar estes níveis de preço até que se tenha a safra", disse um trader. Mas outros completaram que os fundamentos estão longe de serem altistas. O Rabobank e o JPMorgan afirmaram, em notas, que o relatório pode sustentar o mercado no curto prazo, mas a oferta de longo prazo ainda parece se ampla.
O analista John Kleist, da Allendale, resumiu dizendo que "o relatório do USDA só foi altista porque não foi baixista". Ele acrescentou que o milho manteve suporte nas principais médias móveis. O clima ruim no Meio-Oeste americano neste início de semana pode dar algum suporte psicológico, segundo Kleist.
Mas ele notou que o último relatório semanal da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que os participantes comerciais do mercado estão acumulando posições vendidas, enquanto os fundos especulativos adicionam posições compradas - um sinal de que o mercado poderia estar prestes a recuar. Estima-se que fundos de commodities tenham comprado cerca de 10 mil lotes hoje.

GRÃOS/EUA: USDA PREVÊ ESTOQUE MENOR PARA MILHO E MAIOR PARA SOJA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção de soja do país na próxima temporada em 90,08 milhões de toneladas, ante projeção de 91,42 milhões de toneladas em 2009/10.
Já os estoques finais da oleaginosa devem alcançar em 9,933 milhões de toneladas em 2010/11, quase duas vezes acima dos 5,17 milhões de toneladas previstos no ano-safra atual.
MILHO
Para o milho, USDA estimou a produção doméstica de milho da safra 2010/11 em 339,6 milhões de toneladas. Trata-se de um aumento de 1,9% em relação à safra 2009/10, revisada para 333 milhões de tons. Este é o primeiro relatório do USDA com as informações relativas à safra 2010/11, que começa em setembro.
O USDA previu que a demanda total por milho dos Estados Unidos deve crescer 1,87% em relação à temporada atual, para 337,82 milhões de toneladas. Caso o cenário se confirme, os estoques de passagem norte-americanos deverão somar 46,17 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% sobre o volume previsto para o fim da temporada atual.
O órgão também revisou para baixo o número para a produção da safra 2009/10, além de elevar a projeção para as exportações. Com isso, os estoques finais de passagem foram reduzidos, 48,23 milhões de toneladas em abril, para 44,14 milhões de toneladas, neste mês.

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO DEVE REGISTRAR NÍVEL RECORDE.

As importações de soja da China permanecerão robustas nos próximos meses em função de custos baixos, informou nesta terça-feira o Centro Nacional de Informação de Grãos e Óleos da China (CNGOIC, na sigla em inglês).
No período de maio a julho, o país deve importar acima de 5 milhões de toneladas por mês, atingindo níveis recordes, disse o órgão em um relatório. O último recorde de 4,78 milhões de toneladas foi registrado em dezembro do ano passado. A safra da América do Sul reduziu os custos de importação em maio e junho para 3.400 yuans por tonelada, ante 3.550 yuans por tonelada em abril, afirmou um analista do centro.
O CNGOIC também prevê que as importações cresçam 12% no ano-safra que termina em 30 de setembro, somando mais de 46 milhões de toneladas. A China importou 25,43 milhões de toneladas nos sete primeiros meses da temporada 2009/10, segundo a Administração Geral de Estatísticas.

RELATÓRIO USDA – OFERTA E DEMANDA MUNDIAL.

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

GRÃOS/EUA: PLANTIO DE MILHO E SOJA SEGUE EM RITMO ACELERADO .

Os agricultores dos Estados Unidos estão finalizando o plantio de milho nos mais importantes Estados produtores, inclusive Illionois e Iowa, e mantêm acelerado ritmo de plantio de soja - de acordo com relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado hoje.A parcela da safra de trigo de inverno avaliada pelo USDA como de condição boa a excelente diminuiu em relação à semana passada. Enquanto isso, plantio e desenvolvimento do trigo de primavera seguem mais adiantados do que o previsto, embora o principal Estado produtor, a Dakota do Norte, siga em ritmo lento.
Milho
O USDA informou que 81% da safra de milho havia sido plantada até domingo, nível superior aos 68% da semana passada e acima da média de 62% para esta época do ano. O ritmo de plantio foi ao encontro das expectativas da indústria, de 75% a 85%.No Estado de Illinois, 94% da safra foi plantada, bem mais do que a média de 65%. Em Iowa, 93% das lavouras foram cultivadas, enquanto a média é de 71%. No Estado de Indiana, o porcentagem chegou a 81%, também acima da média de 52%.
O plantio começou rapidamente neste ano, por conta do clima quente e seco nas principais regiões. Durante o último fim de semana, uma frente fria intensificou as preocupações de que os produtores teriam de replantar, mas os traders afastaram esse temor hoje. O analista Sid Love, da corretora Kropf & Love Consulting, disse que talvez seja necessário algum replantio. "Mas acho que não vou me preocupar com isso agora", ponderou. "Conforme o tempo passar, teremos de ver os tipos de condições que nos acompanham."Segundo o relatório do governo, 39% da safra de milho dos Estados Unidos emergiu, nível maior do que a média de 21% para esta época do ano. Em Illinois, 63% da safra emergiu, enquanto a média é de 33%. Em Iowa, o plantio também segue bastante acima da média, com 48% ante 17%.
Soja
De acordo com os dados do USDA, 30% da safra de soja já foi plantada, o dobro da semana passada. A média para esta época é de 19%. A proporção da última semana ficou no nível mais baixo da previsão da indústria, de 30% a 40%. Os principais Estados produtores de milho também são os maiores produtores de soja e, neste momento, os agricultores parecem mais ocupados com o milho.
Em Illinois, 33% das lavouras foram cultivadas, nível superior à média de 18%. Em Iowa, onde a média é de 17%, 44% da safra de soja foi plantada. Indiana, por sua vez, já tem 35% da safra plantada, quando a média é de 19%. "Temos muito tempo para plantar soja", disse Love. "Não vamos ficar sem tempo agora."
Em todo o país, 7% da safra de soja emergiu, enquanto a média para este momento do ano é de 4%, de acordo com o USDA. No Estado de Illinois 4% da safra emergiu, ante média de 1%. Em Iowa, a emergência chegou a 3% das lavouras, contra média de 1%. Cerca de 9% dos campos de Indiana emergiram, superior à média de 1%.Love afirmou não esperar grandes impactos do relatório de acompanhamento de safra sobre o mercado futuro. Traders esperam, em vez disso, os dados de oferta e demanda do relatório mensal do USDA, a ser divulgado amanhã.
Trigo de inverno
O USDA reduziu, de 68% para 66% da safra de trigo de inverno do país, sua avaliação para condições boas a excelentes. Apesar disso, a proporção segue muito acima da média de 46%.Não é surpreendente ver o declínio em alguns Estados do país, pois o trigo que foi plantado mais tarde do que o normal, no outono passado, ainda se desenvolve e em algumas regiões apresenta condição ruim. O clima úmido atrasou parte do plantio, já que os produtores não puderam colher milho e soja, que precisam ser retirados dos campos antes do plantio de trigo.No Estado de Kansas, tipicamente o maior produtor dos Estados Unidos, o USDA reduziu sua avaliação de 70% para 64% das lavouras em condições boas a excelentes. No entanto, outros Estados tiveram avaliação melhor do que na semana passada. Em Indiana, 73% da safra apresenta condição boa a excelente, ante 72% uma semana atrás. Em Ohio, 79% da safra de Ohio apresenta essa condição, mais do que os 77% da semana anterior.A safra parece evoluir bem, de modo que 40% já perfilou. Na semana passada, 27% da safra havia perfilado, enquanto a média para esta época do ano é de 43%. No Kansas, 38% da safra perfilou, mesma parcela do ano passado. Na semana anterior, eram 37%.
Trigo de primavera
O USDA informou que 67% da safra de trigo de primavera do país foi plantada, mais do que na semana passada, que registrou 60%, e também superior à média de 66%. Cerca de 38% da safra emergiu, ante 23% na semana passada e média e 28%.
Embora o ritmo do plantio esteja, em geral, além do previsto, segue lento no Estado da Dakota do Norte, o maior produtor de trigo de primavera dos Estados Unidos. Aproximadamente 53% da safra havia sido plantada, menos do que a média de 58%. Simultaneamente, 24% da safra emergiu, ante média de 21%, segundo a agência do governo.Mas a safra do Estado de Minnesota segue muito adiantada, com 98% das lavouras cultivadas, contra média local de 60%. Além disso, 80% da safra emergiu, ante média de 19%.

SOJA/MILHO : LEVE ALTA AMPARADA EM RECUPERAÇÃO DOS MERCADOS.

Os preços futuros da soja registraram leve alta hoje na Bolsa de Chicago. O vencimento julho, mais negociado, teve valorização de 1 cent ou 0,10%, cotado a US$ 9,61 por bushel no encerramento dos negócios. Segundo analistas, a commodity foi sustentada pela recuperação dos mercados financeiros, traduzida na desvalorização do dólar, na alta das ações e do petróleo. De modo geral, os mercados corrigiram as perdas expressivas da semana passada. A notícia de que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vão criar um fundo de quase US$ 1 trilhão para ajudar os países europeus em dificuldade ajudou a restaurar a confiança dos investidores. "A soja, contudo, não conseguiu materializar todo seu potencial de alta, uma vez que as vendas ressurgiram depois que o dólar recuperou-se das perdas iniciais, o petróleo devolveu parte dos ganhos e os futuros de trigo desabaram", observou John Kleist, analista e operador da corretora Allendale. Do ponto de vista dos fundamentos, acrescenta Kleist, o rápido avanço do plantio nos Estados Unidos e a ampla disponibilidade de soja na América do Sul também limitaram o potencial de valorização da soja.
Por outro lado, as incertezas relacionadas ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será publicado amanhã, e ao desenvolvimento da nova safra americana ajudaram a sustentar as cotações. O relatório semanal de desenvolvimento do plantio divulgado pelo USDA no final do dia, reportou 30% da área plantada, contra 15% há uma semana e 13% na mesma época em 2009, 7% das plantas emergiram até último domingo.

MILHO

Os contratos futuros de milho devolveram ganhos obtidos no início desta segunda-feira e terminaram com perdas na CBOT. O mercado não recebeu notícias positivas capazes de sustentar os futuros em território positivo. Posição mais líquida, o contrato julho fechou a US$ 3,7050/bushel, em queda de 1,50 cent ou 0,40%. Sem novidades para estimular compras, os participantes do mercado resolveram adotar postura mais cautelosa antes da divulgação dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), amanhã, e colocaram o milho em modo de consolidação.
Os preços seguem pressionados pela ritmo recorde de plantio nos Estados Unidos, especialmente depois de terem avançado para as máximas em um mês, na semana passada. Geadas no fim de semana afetaram pouco as lavouras e o mercado espera ampla oferta. A desvalorização no mercado vizinho de trigo também serviu de influência negativa par ao milho, limitando os avanços.
O salto dos futuros no início do dia foi uma continuidade do movimento da noite. Os mercados financeiros deram sinais de suporte, inclusive no enfraquecimento do dólar. Isso ocorreu no contexto do pacote de ajuda oferecido por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) aos países endividados da zona do euro. A expectativa é de que o pacote ajude a estabilizar a Europa, tranquilizando os traders para comprar ativos de maior risco, como commodities e ações.
O mercado de milho espera, ainda, que a China volte a importar milho dos Estados Unidos, o que continua sustentando o mercado. De qualquer modo, os participantes não quiseram se arriscar muito antes de receber o relatório do USDA. Há pouco, o USDA informou que 81% da safra foi plantada, ante 46% há um ano. O ritmo está acima da média em cinco anos, de 62%.

CBOT-SOJA E MILHO; ESTABILIDADE ANTE RELATÓRIO OFERTA E DEMANDA.

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CBOT-SOJA/MILHO OPERAM COM GANHO MODESTO.

Os preços internacionais da soja estão mantendo ganhos modestos nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, sustentados por uma correção nos outros mercados após as fortes perdas da semana passada. Em torno de 14h, os contratos mais líquidos, com vencimento em julho, operavam em alta de 3,75 cents ou 0,39%, cotados a US$ 9,6375/bushel.
Embora os mercados financeiros tenham limitado as perdas recentes, os preços dos vizinhos milho e trigo recuam em Chicago e servem de influência negativa para a soja, segundo analistas. Traders aproveitaram a oportunidade para cobrir posições vendidas antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã, mas adotam postura cautelosa. A ampla oferta de soja na América do Sul segue pesando sobre as cotações.Traders esperam que de 30% a 40% da safra americana de soja tenha sido plantada, e aguardam o relatório semanal de acompanhamento do USDA. Na semana passada, 15% da safra havia sido plantada.

MILHO

Os contratos futuros de milho operam na defensiva nesta segunda-feira, ao devolver ganhos obtidos mais cedo na CBOT. Os lotes para entrega em julho, os mais movimentados, caíam 2,0 cents ou 0,54% e trabalhavam a US$ 3,70/bushel. Analistas disseram que as vendas se esgotaram no início do dia, conforme outros mercados se recuperavam do forte recuo da semana passada. Mas o mercado segue em movimento de consolidação, enquanto participante se posicionam para receber o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A sensação de que o plantio da safra americana evolui rapidamente serve de influência negativa para os futuros. A expectativa dos analistas é de que de 75% a 85% da safra americana já tenha sido plantada. Há uma semana, 68% das lavouras haviam sido cultivadas e 19% da safra havia emergido.

IMEA: SAFRINHA DE MT INDEFINIDA POR CAUSA DA SECA

O efeito da estiagem na produtividade das lavouras de milho safrinha em Mato Grosso deve ser dimensionado em junho, quando começa a colheita do cereal. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Em sua última estimativa, referente ao levantamento de abril, o Imea reduziu as projeções de produção de milho para 8,737 milhões de toneladas, volume 8,6% inferior ao estimado em março (9,556 milhões de toneladas). A queda se deve à quebra de produtividade provocada pela estiagem. Segundo o Imea, na semana passada houve chuvas pontuais na região do médio-norte de Mato Grosso ao longo da BR-163. O instituto cita dados da Somar Meteorologia, que registrou em abril volume acumulado de chuvas em Sorriso e Lucas do Rio Verde de 7,3 mm em comparação à média de 138 mm da região. O médio-norte responde por 48,5% da produção de milho safrinha em Mato Grosso.
Na avaliação dos técnicos Imea a situação é um pouco menos grave no sul do Estado, embora as chuvas também tenham sido esparsas e em volumes diversos. Em Itiquira, após 15 dias de seca, choveu em 60% da área entre 10 mm e 70 mm. Em Campo Verde os 40 dias de estiagem tiveram fim com a chuva de 100 mm da semana passada. Os técnicos observam que a parte do Estado mais afetada pela irregularidade das chuvas é a região oeste, que responde por 17,9% da produção mato-grossense de milho safrinha. O Imea relata dados do Sindicato Rural de Sapezal, que registrou chuvas de 71 mm em abril, volume 38% menor que os 114 mm de abril do ano passado. Os técnicos dizem que há dúvidas sobre "até que ponto estas precipitações ainda ajudarão no desenvolvimento do cereal ou qual o porcentual que se salvou".
No boletim semanal divulgado hoje, o Imea comenta que o mercado de milho continua desfavorável à comercialização do cereal, pois o baixo preço tem desanimado os produtores, que aguardam melhora das cotações. Segundo o Imea, o preço atual de R$ 7 a saca de 60 kg de milho em Lucas do Rio Verde apresenta uma desvalorização de 42% em relação ao final de abril e início de maio do ano passado, quando o produto era cotado em média a R$ 12,00. Comparado ao mesmo período de 2008, quando o milho estava cotado a R$ 16,56/saca, houve queda de 58%. A melhor indicação da semana passada em Mato Grosso foi registrada em Campo Verde, a R$ 10,50 a saca.

FRIO DERRUBA TEMPERATURA SEM RISCO DE GEADAS .

O mês de maio começa um padrão climático típico de outono, só que aos poucos adquire características de inverno, com queda de temperatura e redução dos volumes de chuvas na maior parte do Brasil. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. Os maiores volumes de chuva na última semana foram registrados no Sul e no Norte do Brasil, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentaram mais uma semana de pouca água. Apenas São Paulo e Mato Grosso do Sul registraram chuvas no último fim de semana, mesmo assim de fraca intensidade. As águas dos primeiros dez dias de maio mantêm uma condição de solo saturado (90 a 100%) no Sul e Norte do Brasil. Já na faixa leste do Sudeste e Nordeste se observa níveis confortáveis (acima de 60%) de umidade do solo. Enquanto no Centro-Oeste e partes do Sudeste e do Nordeste a ausência de chuva mantém os níveis críticos (inferior a 30%) de umidade do solo.

Previsões
Conforme avaliação da Somar, o grande destaque desta semana é a chegada de uma onda de frio, por enquanto a mais intensa do ano. A queda da temperatura, além dos Estados do Sul do Brasil, também atinge o Sudeste e o Centro-Oeste, porém, não há previsão de formação de geada. Também se observa queda acentuada da temperatura no Acre e em Rondônia, caracterizando assim a ocorrência de um fenômeno conhecido como friagem.
Mas a frente fria que chegou a São Paulo no fim de semana, já se encontra sobre o litoral do Espírito Santo e provoca chuvas apenas na faixa leste de toda a região.
O interior do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Ceará e de Minas Gerais ao Acre, terá mais uma semana de tempo seco. "Esse é o padrão que deve predominar ao longo do mês de maio. Para o próximo fim de semana há previsão de chegada de uma nova frente fria no Sul do Brasil. Diante desse quadro, as condições climáticas se mantêm favoráveis para a lavoura de milho safrinha do Paraná e Mato Grosso do Sul, enquanto a falta de chuva agrava a situação das lavouras de Mato Grosso e Goiás.

Estados Unidos
De acordo com a Somar, a propagação de uma frente fria e áreas de instabilidades devem causar chuvas isoladas sobre as áreas produtoras de milho e soja dos Estados Unidos, no decorrer desta semana. Com isso, o plantio das lavouras pode ser temporariamente interrompido. Não há, porém, previsão de grandes volumes de chuva que possam tornar o plantio inviável. Até por que mais para o fim da semana o tempo deve secar e a tendência para a próxima semana é de predomínio de tempo seco, com ocorrência de algumas chuvas isoladas, o que é típico da primavera americana.
Para o mês de maio, o padrão climático não deve mudar muito em relação às últimas semanas, o que mantém em geral uma condição favorável para o plantio das lavouras (milho e soja), embora com um pouco mais de chuva em relação ao observado em abril.
Conforme a Somar, a temperatura nesta semana ainda apresenta grandes oscilações, com uma elevação gradual da temperatura média do ar. A partir da próxima semana, e ao longo da segunda quinzena de maio, a previsão é de elevação da temperatura e a expectativa é que o calor se instale de vez sobre o Meio-Oeste americano. Isso deve favorecer a finalização do plantio e aceleração do ciclo de desenvolvimento das planta.

GRÉCIA: FMI APROVA EMPRÉSTIMO DE 30 BILHÕES DE EUROS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou neste domingo um empréstimo de 30 bilhões de euros, com prazo de três anos, para a Grécia. O montante representa o maior empréstimo já concedido pelo fundo a um único país, e faz parte de um pacote total de 110 bilhões de euros formulado em conjunto com a União Europeia (UE), para ajudar o governo grego a solucionar os problemas fiscais do país.
O maior obstáculo para a liberação do pacote foi removido na sexta-feira, quando o Parlamento da Alemanha aprovou um empréstimo de até 22,4 bilhões de euros para o país. Cerca de 20 bilhões de euros da ajuda financeira de 110 bilhões de euros serão disponibilizados imediatamente para a Grécia, segundo o FMI. A instituição irá contribuir com 10 bilhões de euros, dos 40 bilhões de euros previstos para 2010.
De acordo com os termos do pacote de resgate, a Grécia terá de reduzir seu déficit orçamentário para 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, depois de registrar um recorde de 13,6% do PIB no ano passado. Até o final de 2014, a taxa terá de ficar abaixo do teto estabelecido pela União Europeia, de 3% do PIB. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss Kahn, reconheceu que a Grécia tem um caminho difícil pela frente, mas disse que o programa de reformas é crível, equilibrado e realizável.
Segundo o FMI, essas medidas devem ajudar o país a sair de sua delicada situação fiscal. Embora o fundo tenha projetado uma queda de 4,4% no PIB grego em 2010, a previsão para 2012 é de um crescimento de 1,1%. Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia, disse que o Parlamento grego já aprovou a maior parte das reformas mais duras do programa. Porém, ele admitiu que levará tempo para convencer os mercados de que a reforma é eficiente.
Os mercados, no entanto, não acreditam que a Grécia terá a disciplina necessária para levar adiante as reformas exigidas e que a economia do país não crescerá o suficiente para garantir o pagamento dos empréstimos dentro dos prazos. Muitos temem que os problemas enfrentados pelo governo grego contagiem outros países da zona do euro, como Espanha e Portugal.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para seu colega francês, Nicolas Sarkozy, e para a chanceler alemã, Angela Merkel, e ressaltou a importância de "medidas firmes para dar confiança aos mercados", segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

EUROPA-PACOTE DE € 750 BI CONTRA CRISE.

As bolsas da Europa operam com forte alta, assim como o euro, depois do anúncio do pacote de resgate de 750 bilhões de euros que pretende estabilizar a moeda única europeia e evitar que a crise de dívida da Grécia se espalhe para outros países da zona do euro.
Durante a madrugada desta segunda-feira, os ministros de Finanças da União Europeia chegaram a um acordo para um plano de suporte para países que enfrentam crises financeiras. O plano consiste em até 440 bilhões de euros em empréstimos de governos da zona do euro e 60 bilhões de euros em um fundo emergencial da União Europeia. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fornecerá 250 bilhões de euros em empréstimos.
Ao mesmo tempo, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou que vai comprar bônus no mercado secundário para garantir a estabilidade do mercado. "O pacote de socorro foi uma música para o ouvido dos investidores e a reação está sendo rápida e positiva", afirmou Joshua Raymond, estrategista da City Index.
Às 7h55 (de Brasília), o índice FT-100 de Londres subia 4,91%, o CAC-40 de Paris avançava 8,46% e o DAX de Frankfurt ganhava 4,58%. Ao mesmo tempo, o euro subia para US$ 1,2988, de US$ 1,2732 na sexta-feira, e o dólar avançava para 93,25 ienes, de 91,70 ienes. Nos EUA, o Nasdaq futuro tinha alta de 4,41%, enquanto o S&P 500 futuro subia 4,39%.

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