terça-feira, 11 de maio de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO SOBE PUXADA POR FUNDOS.

OS preços internacionais da soja subiram nesta terça-feira, puxados por compras de fundos especulativos no fim da sessão da CBOT. Eles foram estimulados por incertezas sobre a duração da temporada de desenvolvimento da safra. Os contratos com vencimento em julho, os mais líquidos, fecharam em alta de 5,0 cents ou 0,52%, cotados a US$ 9,66/bushel.
O mercado está tentando manter algum prêmio de risco embutido nas cotações. Isso ocorre porque alguns traders se preocupam com a possibilidade de que as chuvas na região central dos Estados Unidos possa atrasar o plantio, enquanto a demanda segue firme e sustenta o mercado.
No início do pregão, os futuros recuaram diante da estimativa maior do que se esperava para estoques finais, divulgada hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A força do dólar também pesava sobre as commodities. Segundo o analista Tim Hannagan, da corretora PFG Best, "a expectativa de maior oferta no próximo ano comercial pareceu baixista no papel, mas, como os dados revelaram maior utilização da antiga safra para processamento e exportação, a pressão foi limitada". O relatório indica demanda firme e contínua, cuja projeção foi elevada pela quinta vez consecutiva no relatório mensal do USDA.
Enquanto isso, previsões do tempo para áreas centrais dos Estados Unidos indicam plantio lento no Meio-Oeste e a possibilidade de haver replantio na região do Delta. Entretanto, Hannagan recordou que de modo geral o ritmo de plantio é acima da média no país, conforme o relatório de acompanhamento de safra do USDA, divulgado ontem. Neste momento, não há nada que ameace o plantio da safra 2010/11 em tempo hábil, de acordo com o analista.
Outro fator que limitou os ganhos foi a produção recorde da América do Sul, que serve de âncora para os preços pela competitividade no mercado de exportação. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 3 mil lotes de soja.

MILHO

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou estimativa de estoques finais de milho menores do que se esperava e estimulou a valorização dos contratos futuros na CBOT, nesta terça-feira. Os lotes de maior liquidez, para entrega em julho, fecharam em alta de 6,50 cents ou 1,75%, cotados a US$ 3,77/bushel. No entanto, alguns analistas ainda acreditam que os indicadores são baixistas.
O relatório mensal de oferta e demanda do USDA, mencionou que tanto os estoques finais do ano comercial 2009/10 quanto os do ciclo 2010/11 serão menores do que os analistas previam. Os estoques finais são a quantidade de grãos que restam no fim do ano, depois que fatores de oferta e consumo são incorporados.
Os traders observaram, em especial, as projeções que indicaram maior exportação de milho e maior demanda por etanol (cuja principal matéria-prima nos Estados Unidos é o milho). Eles disseram que os dados deram um tom de suporte ao mercado, que vem sendo pressionado pela rápida evolução do plantio. "Temos uma balança de oferta e demanda que começa a justificar estes níveis de preço até que se tenha a safra", disse um trader. Mas outros completaram que os fundamentos estão longe de serem altistas. O Rabobank e o JPMorgan afirmaram, em notas, que o relatório pode sustentar o mercado no curto prazo, mas a oferta de longo prazo ainda parece se ampla.
O analista John Kleist, da Allendale, resumiu dizendo que "o relatório do USDA só foi altista porque não foi baixista". Ele acrescentou que o milho manteve suporte nas principais médias móveis. O clima ruim no Meio-Oeste americano neste início de semana pode dar algum suporte psicológico, segundo Kleist.
Mas ele notou que o último relatório semanal da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que os participantes comerciais do mercado estão acumulando posições vendidas, enquanto os fundos especulativos adicionam posições compradas - um sinal de que o mercado poderia estar prestes a recuar. Estima-se que fundos de commodities tenham comprado cerca de 10 mil lotes hoje.

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