sábado, 8 de maio de 2010

SOJA: ACUMULA PERDA EXPRESSIVA NA SEMANA .

Os contratos futuros de soja da Bolsa de Chicago corrigiram parte das perdas acumuladas na semana e fecharam a sexta-feira em alta. A soja para entrega em julho encerrou o pregão com valorização de 6 cents cotada a US$ 9,60 por bushel. Mesmo assim, a commodity termina a semana com queda acumulada de 3,9%.
Analistas disseram que o mercado conseguiu acomodar-se após uma semana de forte volatilidade. Influenciados pelo dólar mais barato e por sinais de estabilidade nos mercados financeiros, especuladores recompraram posições vendidas anteriormente. Fundos especulativos realizaram uma compra líquida de 3 mil contratos ao longo do dia. Após quatro dias de liquidações nas commodities e de escalada do dólar, a soja conseguiu atrair algum interesse de compra. As incertezas em relação ao desenvolvimento da nova safra americana e à demanda futura ajudaram a sustentar o mercado.
Participantes do mercado comentaram que especuladores resolveram reduzir sua exposição ao risco antes da divulgação, na terça-feira (11), do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Entre outras notícias, a Informa Economics estimou que as áreas plantadas com milho e soja nos Estados Unidos devem alcançar, respectivamente, 89,6 milhões e 78,5 milhões de acres em 2010. A projeção supera os números apresentados em 31 de março pelo USDA, de 88,94 milhões de acres para milho e 78,098 milhões de acres para soja.

MILHO

Apesar da influência negativa de outros mercados, os preços futuros do milho foram sustentados pela expectativa de forte demanda e de clima ruim em parte das lavouras dos Estados Unidos. Os futuros caminharam nos dois sentidos e terminaram com ganhos marginais. O contrato mais líquido, com vencimento em julho, subiu 0,75 cent e encerrou a US$ 3,72/bushel.
O milho oscilou com pequenas variações e mostrou elasticidade durante toda a semana, embora o dólar tenha se fortalecido e o petróleo caído, assim como as ações. Tais fatores limitaram uma eventual valorização, mas rumores de que a China deve voltar a comprar cereal americano dão suporte ao mercado desde a semana passada (quando foi anunciada a venda de 115 mil toneladas para os chineses).
Alguns traders observaram que as previsões do tempo indicam que o clima não ajudará a safra neste fim de semana. O analista Joe Victor, vice-presidente da Allendale, disse que "o clima não está tão maravilhoso assim". Analistas acreditam que, depois da intensa umidade observada nesta semana, que chegou a interromper o plantio, o clima frio poderia danificar a safra ou pelo menos desacelerar sua emergência. Analistas disseram que o clima no mercado foi de cautela antes do fim de semana, por causa das incertezas sobre o clima e também sobre a situação da crise na Europa.
Embora a demanda por milho tenha melhorado, os fundamentos de oferta ainda são considerados baixistas, por conta do rápido início da temporada 2010/11. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga na terça-feira (11) seu relatório mensal de oferta e demanda.

GRÃOS/ARGENTINA COLHEU 77% DA SAFRA DE SOJA E 63% DE MILHO .

Os produtores de soja da Argentina aproveitaram o clima seco e já colheram mais de três quartos da safra 2009/10, informou hoje o Ministério da Agricultura do país. Até o momento, 77% da safra foi colhida. O Ministério estima que a produção totalizará o recorde de 52,5 milhões de toneladas, mas a Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê produção ainda maior, de 54,8 milhões de toneladas.
Enquanto isso, a colheita de milho evolui em ritmo mais lento, já que os agricultores estão concentrados nos trabalhos com soja. Até o momento, 63% da safra de milho da Argentina foi colhida, segundo o Ministério, que espera produção de 20,5 milhões de toneladas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

GRÃOS/EUA: PREVISÃO DE AUMENTO DE ÁREA DE PLANTIO.

A Informa Economics disse nesta sexta-feira que as áreas de plantio de milho e de soja nos Estados Unidos devem alcançar 89,6 milhões e 78,5 milhões de acres em 2010, respectivamente. As projeções ficam acima das expectativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgadas em 31 de março, de 88,941 milhões de acres de milho e 78,098 milhões de acres de soja.
A Informa também prevê que a safra de trigo de inverno deste ano atinja 1,466 bilhão de bushels, 57 milhões de bushels abaixo do volume registrado um ano antes. A estimativa inclui uma produtividade média de 46 bushels por acre, alta de 1,8 bushels em relação ao ano passado, acrescentaram traders.
Segundo a consultoria, a produção de algodão em 2009 totalizou 12,2 milhões de fardos, 200 mil fardos acima da quantia prevista pelo governo em janeiro. A área dedicada ao cultivo da fibra foi projetada em 10,6 milhões de acres, alta de 50 mil acres frente à estimativa de março do USDA.
Traders disseram que a expansão do plantio de milho e de soja não foi uma surpresa. Um bom começo da temporada de cultivo levantou expectativas de que os produtores podem vir a semear mais acres com milho. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga na terça-feira (11), às 9h30, o relatório mensal de oferta e demanda, com as estimativas do governo para as safras 2009/10 e 2010/11 de grãos. Veja abaixo as expectativas do mercado para os estoques finais de milho, soja e trigo nos Estados Unidos, segundo pesquisa da agência Dow Jones 2009/10.
                                                    Abril
                                                  2009/10      2008/09 
                  Média                Intervalo       USDA         USDA
           das estimativas     das estimativas
Milho           1,853            1,718-1,999        1,899        1,673
Soja            0,182             0,160-0,205        0,190        0,138
Trigo           0,950            0,886-0,971        0,950        0,657

quinta-feira, 6 de maio de 2010

SOJA: CHICAGO CAI 2,5% TEMENDO ECONOMIAS DA ZONA DO EURO.

Preocupações sobre a situação da economia global pesaram hoje sobre as cotações da soja na Bolsa de Chicago. Comerciantes liquidaram posições na maioria dos mercados de commodities, diante da elevação do dólar. Os contratos de soja de maior liquidez, com vencimento em julho, caíram 24 cents ou 2,45% e terminaram o dia a US$ 9,54/bushel.
O analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, afirmou que os preços da "soja quebraram com força diante do que pode ter sido liquidação de posições compradas, ligada ao câmbio. O dólar vem se valorizando firmemente frente ao real durante a maior parte desta semana. Hoje os ganhos foram ainda maiores". Ele acrescentou que "isso provavelmente forçou os altistas a saírem do mercado, especialmente quando do dólar e os títulos do Tesouro americano se tornaram portos mais seguros do que o petróleo e as ações, que caíram para novas mínimas no fim do dia".
Há preocupações de que a apreciação do dólar possa eliminar qualquer margem competitiva que a soja dos Estados Unidos tenha em relação à do Brasil, quando a safra recorde da América do Sul for liberada para os importadores globais - o que pesará sobre os preços internacionais.
Os mercados ainda temem que outros países da zona do euro estejam em condições problemáticas como a da Grécia, o que induz os traders a adotar posições menos arriscadas, como em commodities e ações.Nesta quinta-feira, o declínio dos futuros se acelerou quando romperam o suporte técnico. A ampla oferta e o rápido ritmo de plantio nos Estados Unidos servem de âncora para os preços. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 7 mil lotes em soja na CBOT.

DÓLAR DISPARA, BOLSA CAI E JUROS SOBEM .

"Caiu a ficha dos investidores." Essa é a explicação para o estresse que se agrava nos ativos neste meio de tarde, com a Bolsa em queda de 2,26%, o dólar se aproximando de R$ 1,90 e todos os contratos futuros de juros terem virado - temporariamente - para cima. "A situação na Grécia é bastante séria, preocupante, e o mercado se deu conta disso e procura por ativos menos arriscados", explicou Fausto Gouveia, da Legan Asset. A baixa da bovespa era inferior à registrada em Wall Street porque o recuo das blue chips continha o movimento. Em Nova York, o Dow Jones caía 2,56%, o S&P, 3,04%, e o Nasdaq, 3,38%, no mesmo horário.
Nesse movimento, os investidores estão vendendo ações e migrando para os Treasuries, o que, no Brasil, está resultando no tombo da Bovespa e alta do dólar. "O investidor vende ações, compra dólar e sai do Brasil", explicou. Outro operador comentou que "o mercado está assustado com a crise externa e os estrangeiros e os locais estão zerando posições vendidas para se proteger". 
No câmbio, as ordens de compra de dólares se intensificaram após as 15 horas. Isso mesmo depois de o parlamento grego ter aprovado o plano de austeridade para que o país faça jus ao socorro de € 110 bilhões. A aprovação do parlamento é vista como uma forma de fazer a população "se conformar" com as medidas e, assim, evitar que o país tenha que declarar moratória.
O dólar ampliou a alta para mais de 5% , a R$ 1,8870 no balcão, enquanto a moeda americana também sobe bastante em relação ao euro, mas tem queda sobre a divisa japonesa. O euro era negociado há pouco a US$ 1,2631, de US$ 1,2816 no final da tarde de ontem em Nova York, enquanto o dólar valia 89,94 ienes, de 93,66 ienes ontem. No mercado futuro de dólar, o contrato para junho, mais negociado, saía por R$ 1,8870 às 15h26, depois de bater a máxima de R$ 1,9060. Esse contrato tem limite de alta, hoje, até R$ 1,9125.
No mercado de juros, as taxas, que recuavam pela manhã, inverteram o sinal e passaram a subir, diante do aumento da aversão ao risco generalizado nos mercados. O DI janeiro de 2011, que perto das 14h projetava 11,07%, bateu a máxima de 11,13% (mesmo ajuste de ontem) e há pouco era negociado a 11,12%; o DI janeiro de 2012, que cedia a 12,43% perto das 14h, subia a 12,54% há pouco, após bater a máxima de 12,58%. Ontem teve ajuste a 12,48%.

CBOT – FECHAMENTO OFICIAL.

image

SOJA/USDA: EUA VENDEM 283.200 Tons,47% ACIMA DA MÉDIA MENSAL.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 283.200 toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 29 de abril, muito acima do volume da última semana e 47% superior à média das quatro semanas anteriores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira no relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Dentre os compradores, China (180 mil t), México (79.700 t), Coreia do Sul (57.700 t), Japão (51.700 t) e Alemanha (31 mil t) ampliaram as aquisições. Houve decréscimos por parte de países não especificados (132 mil t).
Os embarques da oleaginosa no período atingiram 289.400 toneladas, alta de 4% frente ao volume da semana passada, mas 27% abaixo da média das últimas quatro semanas. Os principais destinos foram México (104.600 t), Coreia do Sul (57.700 t), Japão (49.600 t), Alemanha (31 mil t) e Colômbia (9.500 t). Para entrega em 2010/11, foram comercializadas 209.100 toneladas de soja principalmente para China (168 mil t).

TAIWAN COMPROU 112,5 TONS SOJA BRASILEIRA E AMERICANA.

A trading global Bunge vendeu nesta quinta-feira um carregamento de 58 mil toneladas de soja brasileira para a taiwanesa Breakfast Soybean Procurement Association (BSPA), com embarque no período de 1º e 15 de julho, disseram executivos. O acordo, firmado em um leilão na base custo e frete, inclui um prêmio de US$ 2,34/bushel em relação aos preços futuros do contrato setembro na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo as fontes.

Outras 57.500 toneladas de soja, foi adquirida da trading global Archer Daniels Midland (ADM), para embarque entre 26 de junho e 10 de julho. O acordo, firmado em um leilão na base custo e frete, estabelece um prêmio de quase US$ 2,43/bushel em relação aos preços futuros do contrato setembro na Bolsa de Chicago, acrescentaram as fontes. É provável que o carregamento seja de origem do Golfo do México, segundo eles.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

CBOT – SOJA E MILHO SEGUEM CAMINHOS OPOSTOS.

Os preços futuros da soja caíram hoje na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em julho, que possuem maior liquidez, encerraram o pregão com desvalorização de 9 cents ou 0,91%, cotados a US$ 9,78 por bushel. O resultado foi influenciado pelo comportamento de outros ativos e pelas condições favoráveis para o plantio nos Estados Unidos. Fundos especulativos venderam cerca de 4 mil contratos de soja hoje. A valorização do dólar ante outras moedas fortes serviu de estímulo para que especuladores liquidassem algumas posições e reduzissem sua exposição ao risco em um ambiente ainda turbulento nos mercados financeiros. Os temores envolvendo a crise fiscal europeia levaram muitos participantes do mercado a buscar abrigo no dólar.
O rápido avanço dos trabalhos de plantio nos Estados Unidos, resultado de condições climáticas favoráveis, também pesou sobre os preços da commodity. Os fundamentos do mercado são considerados baixistas, com uma ampla disponibilidade de soja na América do Sul e o potencial de uma safra recorde nos Estados Unidos.
Por outro lado, "os futuros são sustentados pelas incertezas acerca da nova safra americana e pelo cenário de aperto nos estoques da safra 2008/09", ponderou Bill Nelson, analista da corretora Doane Advisory Service. "Muita coisa ainda pode acontecer até que a nova safra seja colhida", acrescentou.

MILHO

Apesar da pressão do dólar, os contratos futuros de milho continuaram firmes na CBOT, nesta quarta-feira. Os lotes para entrega em julho, os mais líquidos, fecharam em alta de 4,0 cents ou 1,08%, cotados a US$ 3,73/bushel. Analistas disseram que a previsão de clima frio neste fim de semana na região Meio-Oeste dos Estados Unidos sustentou o mercado.
O analista Marty Foreman, da corretora Doane Advisory Services, minimizou o problema dizendo que, mesmo forte, qualquer geada teria efeitos limitados sobre as lavouras no Leste das Dakotas e no Oeste de Minnesota. "Pode ser que queime as folhas, mas o milho deve se recuperar", explicou.
A maior parte da safra americana ainda não emergiu e, por isso, não seria afetada, segundo analistas. O clima mais frio poderia desacelerar a emergência da parte da safra que já foi plantada. Mas os analistas avaliam que, dado o rápido início dos trabalhos de plantio neste ano, não se trata de um motivo para grandes preocupações. Alguns traders disseram que não há motivos ligados a fundamentos para justificar os ganhos desta quarta-feira, pois a oferta é ampla.
Participantes do mercado cobriram posições vendidas diante da força do mercado, mesmo diante da alta do dólar e da queda dos preços do petróleo. "Se todo mundo está baixista e o mercado não cai, alguma coisa está acontecendo", questionou o analista Sid Love, da Kropf & Love Consulting. Ele acredita que esta "alguma coisa" seja o rumor de que a China voltaria a comprar milho dos Estados Unidos, depois do anúncio das exportações de 115 mil toneladas na semana passada. Love lembrou que, se novas vendas ocorreram nos últimos dias, não devem aparecer no relatório semanal do USDA por enquanto.

CBOT – FECHAMENTO OFICIAL.

image

MERCADOS EXTERNOS SEGUEM NA DEFENSIVA COM TEMOR DE CRISE NA EUROPA

Os temores se repetem nesta quarta-feira, provocando incertezas nos mercados acionários, enquanto o euro, já abaixo de US$ 1,29, desliza em direção ao US$ 1,28. Nas bolsas europeias as ações dos bancos continuam no olho do furacão, à medida que os investidores analisam o quanto as instituições estão expostas à Grécia e aos países chamados periféricos da zona do euro.
As preocupações se propagam para o custo de proteção contra eventual calote também da Alemanha e da França, além de Grécia, Portugal e Espanha. A bolsa espanhola, que ontem perdeu mais de 5%, depois de rumores de rebaixamento de seu rating, continua esboçando as maiores perdas entre as praças acionárias da região. "Há uma disseminada exposição bancária à Grécia, com os bancos franceses e alemães com a maior parte da dívida do país, enquanto os bancos britânicos possuem grande exposição à dívida espanhola", afirmou o estrategista do GFT, David Morrison. "Segundo minhas informações, o RBS e o Lloyds estão particularmente expostos, o que explica a pressão de venda sobre tais ações", acrescentou. Na Bolsa
de Londres, as ações do Lloyds cederam 4,4% e as do RBS perderam 3,7%. Os papéis do Deutsche Bank e do Credit Agricole caíram mais de 2,5%.
Na Grécia, os protestos da população e a paralisação dos trabalhadores demonstram as dificuldades do país para implementar o único plano disponível a fim de garantir o dinheiro da União Europeia e do FMI e evitar a moratória. Sob tal pressão, o Parlamento grego vota amanhã medidas de austeridade como o congelamento por três anos dos salários e aumento dos impostos; na sexta-feira, os líderes europeus irão submeter o pacote de 110 bilhões de euros à aprovação. "Apesar de sabermos que a maioria da população grega compreende e aceita a necessidade das medidas de austeridade, as greves em andamento e a manifestação civil são uma lembrete do quão insatisfeitos estão muitos cidadãos gregos. Imagino que o governo está extremamente nervoso", observou Morrison.
Londres caía 0,38%, Frankfurt perdia 0,39% e Paris recuava 0,57%. A Bolsa de Madri perdia 1,40% e Lisboa recuava 1,06%. O euro cedia para US$ 1,2934, depois de operar a US$ 1,2927 na nova mínima para um ano. Ontem, no final da tarde em Nova York, valia US$ 1,3001. O dólar subia para 94,73 ienes (94,40 ienes), beneficiado também pela perspectiva de serem divulgados indicadores positivos nos EUA. A libra esterlina, de operava praticamente estável, a US$ 1,51505, de US$ 1,5156 ontem, diante da perspectiva das eleições gerais.
Na ponta de busca por proteção, os Treasuries continuam subindo. O juro do note de dois anos cai para 0,92030%. Mas o ouro é limitado pela apreciação do dólar e no mercado spot caía 0,11%. Petróleo também perde (-1,57% para US$ 81,45 o barril na Nymex) e o cobre para julho recua 1,37% para US$ 3,1350 por libra peso.

SOJA/AGROCONSULT: US$ 9/BUSHEL EM 2011.

Com estoques de passagem altos e perspectiva de safra cheia em 2010/2011, os preços da soja no mercado internacional não deverão ultrapassar US$ 9 por bushel no próximo ano, avalia o diretor da Agroconsult, André Pessôa, que participou do Seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2010 e 2011. Segundo ele, os Estados Unidos terão produção próxima à deste ciclo, com 91,5 milhões de toneladas, a Argentina poderá chegar a 59,8 milhões de toneladas e o Brasil deverá repetir os números da safra 2009/2010, em 68 milhões de toneladas. Na avaliação da Agroconsult, os estoques mundiais passarão de 50 milhões de toneladas de soja.
Pessôa disse acreditar que em 2010/2011 a área plantada no Brasil deverá ter pouca expansão, atingindo 23,4 mi/ha ante os 23,2 mi/ha em 2009/2010. Esse pequeno crescimento ficará concentrado na Bahia e na região conhecida por Mapito, que reúne os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.
No mercado internacional, a China deve continuar determinando as tendências em 2011. A projeção do Centro de Óleos e Grãos da China é de que a importação poderá chegar a 49 milhões de toneladas no próximo ano. Este número surpreendeu Emily French, diretora da ConsiliAgra, corretora dos Estados Unidos, porque o Departamento de Agricultura norte-americano estimou a importação da China em 43 milhões de toneladas. Emily também destacou que é preciso ficar atento às economias emergentes, porque ainda não se sabe qual o tamanho da demanda em 2011.
A analista lembrou que o Brasil deve se beneficiar do mercado chinês na exportação de óleo de soja, por causa da restrição do país asiático ao produto argentino. Segundo Emily, os Estados Unidos não poderão disputar esse mercado porque não possuem selo de certificação que habilita o país à exportação do óleo de soja americano.

terça-feira, 4 de maio de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA PERTO DA ESTABILIDADE

Os preços internacionais da soja encerraram a terça-feira sem direção comum na CBOT. Os contratos com vencimento em julho fecharam em alta de 0,50 cent ou 0,05%, cotados a US$ 9,87/bushel após perde até 12 pontos após abertura dos trabalhos. Os primeiros vencimentos se recuperaram das perdas registradas no início do dia, com suporte de operações de spread com o mercado de farelo e entre contratos de soja. O contrato julho encontrou sustentação depois de satisfazer objetivos técnicos de baixa nas primeiras horas de negócios. Traders embolsaram lucros pela falta de força em romper áreas de suporte técnico, com preocupações sobre a possibilidade de haver geadas nas lavouras que acabaram de ser cultivadas. O mercado precificou sinais baixistas de outros mercados na segunda-feira e também no começo da sessão desta terça-feira. Portanto, os futuros de soja estavam prestes a se recuperar quando o farelo de soja avançou.
A expectativa de ver chuvas pesadas no fim da semana e na semana que vem, além de rumores de geada no Meio-Oeste americano no fim de semana, sinaliza danos na parte da safra recém-plantada. Esse sentimento estimulou traders a vender futuros, comentou um analista da bolsa, ponderando que tais fatores não são altistas, mas deram suporte hoje.
Mas os últimos vencimentos, que representam a safra que está sendo plantada atualmente para colheita no outono americano, foram incapazes de desfazer as perdas. O ritmo de plantio acima da média impediu maiores avanços. A apreciação do dólar frente a uma cesta de moedas foi fator baixista para a maioria das commodities hoje, em meio à aversão ao risco provocada pela crise da dívida da Grécia. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 2 mil lotes de soja em Chicago.

SOJA/MILHO-AVANÇO DO PLANTIO DOS EUA.

O plantio de milho permanece em ritmo bastante além do previsto nos Estados Unidos. Analistas acreditam que isso fortalecerá as discussões sobre a possibilidade de haver produtividade recorde. Enquanto isso, o plantio de soja teve um bom início, de acordo com o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 03 de maio. As lavouras de trigo de inverno apresentam boas condições.
Milho
O USDA informou que 68% da safra de milho já foi plantada, mais do que os 50% observados na semana anterior. A proporção também é maior do que a média em cinco anos, de 40%. A estimativa foi ao encontro das expectativas do mercado, de 65% a 70%. O cultivo avança em ritmo recorde, bastante diferente do que ocorreu um ano atrás, quando as chuvas atrasaram os trabalhos no campo e os produtores só haviam conseguido plantar 32% da safra até este momento.
De acordo com a agência do governo, 19% da safra de milho emergiu, nível superior ao da semana passada, que apresentou 7%. A média para o período é de 9%. Segundo o analista Jon Michalscheck, da Benson Quinn Commodities, "os dados continuam confirmando a tendência de se ver uma produtividade recorde".
No Estado de Illinois, 87% da safra já foi plantada, enquanto a média é de 47% e no ano passado registrava-se apenas 5%. Outros importantes Estados produtores, como Iowa e Indiana, evoluíam em ritmo semelhante, bastante adiantados em relação ao que foi programado.
O presidente da U.S. Commodities, Don Roose, disse que haverá mais discussões sobre uma eventual produtividade recorde. Ele acrescentou que, até o momento, este ano pode ser comparado a 2004, quando a produção deu um salto e atingiu rendimento recorde. Não só porque o rápido plantio significaria maior probabilidade de forte rendimento, mas também porque os produtores podem ser estimulados a plantar mais milho do que o USDA havia previsto.
Previsões de clima relativamente úmido devem indicar certa desaceleração no cultivo, mas alguns analistas acreditam que haverá poucos motivos de preocupação para afastar os agricultores de um rápido plantio.
Soja
As lavouras de soja também apresentam um bom início de temporada, segundo o USDA, de modo que 15% da safra já foi plantada. Trata-se de porcentagem superior à média em cinco anos de 8%. Traders esperavam algo entre 10% e 15%.
Os Estados que estão em importantes áreas do Cinturão de Soja se mostram adiantados, inclusive Indiana, que registra 21% da safra plantada, quando a média para esta época é de apenas 6%. Em Illinois, 11% da safra foi plantada, ante média de 4%. Em Iowa, a média é de 5%, mas 13% da safra foi cultivada. Roose afirmou que os trabalhos com soja "provavelmente são limitados porque os produtores estão (ocupados) plantando milho". A soja costuma ser plantada mais tarde do que o milho e Roose explicou que o fato de o ritmo de cultivo da soja estar pouco acima da média não é um problema. Na verdade, segundo ele a soja plantada cedo demais se torna mais vulnerável a geadas.
Trigo
O USDA disse que 60% da safra de trigo de inverno dos Estados Unidos já foi plantada, número maior do que na semana passada (43%) e também superior à média em cinco anos (47%). O cultivo está bastante adiantado em cinco dos seis Estados pesquisados pelo governo. Em Minnesota, 98% do plantio já foi realizado, quando a média é de 34% para este momento do ano. O analista Dave Lehl, da Benson Quinn Commodities, declarou que "o clima permanece favorável para a maior parte das safras dos Estados Unidos". Ele ponderou que há alguma ameaça de temperaturas mais baixas nos planos do Norte, especialmente na sexta-feira e no sábado. "As previsões atuais sugerem que os danos seriam muito limitados, mas os (traders) baixistas estão levando em conta toda a semana."
Segundo o USDA, 68% da safra de trigo de inverno apresenta condição boa a excelente, 1 ponto porcentual a menos do que na semana anterior. O declínio ocorreu principalmente por influência do Estado de Kansas, onde 70% da safra foi avaliada de boa a excelente. Na semana anterior eram 73%. Enquanto isso, 27% da safra perfilou, mais do que os 14% registrados há uma semana (e mesmo nível do ano passado). A porcentagem média é de 31%.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CBOT-FECHAMENTO OFICIAL SOJA E MILHO.

image

SOJA E MILHO CAEM NA CBOT PELA VALORIZAÇÃO DO DÓLAR.

Os preços futuros da soja caíram hoje na Bolsa de Chicago . O contrato mais negociado, com vencimento em julho, encerrou o pregão cotado a US$ 9,8650 por bushel, em baixa de 12,25 cents ou 1,25%. As cotações foram pressionadas pela valorização do dólar, que torna as commodities mais caras para os agentes que operam com outras moedas, e pela falta de novidades capazes de estimular o apetite de compra dos especuladores. A grande oferta de soja na América do Sul e a perspectiva de um plantio recorde nos Estados Unidos também pesaram sobre as cotações.
"Além disso", acrescentou Jack Scoville, analista da corretora Price Futures Group, em Chicago, "os traders altistas ficaram desapontados com o fato de que as tempestades do fim de semana não foram capazes de provocar o adiamento do plantio no coração do Meio-Oeste americano, como muitos previram." Segundo estimativas, fundos especulativos realizaram uma venda líquida de 4 mil contratos do grão durante a sessão.
A agência T-storm Weather informou que o clima na faixa central dos Estados Unidos deve ficar seco até quinta-feira, o que abre caminho para o avanço dos trabalhos de cultivo.

MILHO

Os contratos futuros de milho registraram perdas em reação à valorização do dólar e à queda dos preços da soja. Além disso, o plantio de milho segue ritmo acelerado nos Estados Unidos, o que é fator baixista. Posição mais líquida, o contrato julho fechou em queda de 3,75 cents ou 1,0%, cotado a US$ 3,7150/bushel. A força do dólar frente a uma cesta de moedas pressionou o milho durante a sessão, assim como empurrou as cotações da soja. Segundo o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, traders estão aguardando confirmações dos boatos de que a China compraria mais milho. Como isso ainda não se materializou, traders resolveram vender, de acordo com Gidel. Na semana passada, o anúncio de que a China encomendou 115 mil toneladas de milho americano foi sinal positivo sobre a demanda. Também mostrou que a demanda por etanol é sólida, mas os fundamentos de oferta seguem negativos para os preços.
Há pouco, o relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 68% da safra de milho do país foi plantada, proporção que ficou dentro da expectativa dos analistas (entre 65% e 70%), mas está bastante acima da média de 40% para esta época do ano.
O economista agrícola Darrel Good, da Universidade de Illinois, disse que há "uma guerra entre os prospectos de melhor demanda e a expectativa de grande safra em 2010, disputa que deve continuar".

SOJA/IMEA: COMERCIALIZAÇÃO ATINGE 69,9% DA SAFRA EM MT

A comercialização da soja da safra 2009/10 em Mato Grosso atingiu em abril 69,9% da produção estimada em 18,814 milhões de toneladas. Os dados constam do levantamento mensal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Segundo o Imea, ainda existem 5,663 milhões de toneladas de soja a serem negociadas no Estado. Em abril do ano passado, o índice de comercialização da soja havia atingido 73,4% das 17,406 milhões de toneladas produzidas na safra 2008/09.
Na opinião dos técnicos do Imea, o avanço de apenas 7% na comercialização da soja em abril deste ano está de acordo com as expectativas, por causa da baixa a liquidez do mercado. A venda da safra está mais adiantada na região oeste de Mato Grosso, onde 76,9% do volume colhido foi comercializado. Na região, que responde por 41% da produção estadual, a comercialização atingiu 73,4% da safra.
O levantamento do Imea mostra que em abril os produtores de Sorriso receberam R$ 25,56 pela saca de soja, valor 32% abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado. Em Sapezal, onde os produtores receberam R$ 27,63/saca em abril, a queda no período foi de 38%. Em Primavera do Leste, a soja ao produtor em abril foi cotada a R$ 28/saca, recuo de 44%.

 EVOLUÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO EM MATO GROSSO
-----------------------------------------------------------------------
                   ÁREA     PRODUÇÃO     COMERCIALIZAÇÃO
-----------------------------------------------------------------------
                      (EM HA)      (EM T)     Abr/09    Abr/10
Noroeste        261.200       757.070    62,80%    57,90%
Norte               44.000       131.614    77,60%    68,90%
Nordeste        617.350    1.901.640    69,00%    67,00%
Médio-Norte 2.466.000   7.714.740   80,50%    73,40%
Oeste              948.200    2.711.064    70,70%    76,90%
Centro-Sul      409.100    1.178.119    72,90%    66,60%
Sudeste       1.460.600    4.420.446    66,20%    63,10%
Mato Grosso 6.206.450   18.874.108    73,40%    69,90%
-----------------------------------------------------------------------

SOMAR: FALTA DE CHUVA PREJUDICA MILHO SAFRINHA

O mês de abril terminou com padrão climático típico de outono. Os maiores volumes de chuvas ficaram concentrados no Sul e Norte do Brasil, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentam transição para o período seco de inverno. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. As chuvas da semana passada beneficiaram as lavouras de milho safrinha do Paraná e do extremo sul de Mato Grosso do Sul, enquanto Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo enfrentaram período seco. A falta de água nesses Estados prejudica diretamente o desenvolvimento da lavoura do milho safrinha, que já apresenta perdas em produtividade. No Nordeste do Brasil o mês de abril apresentou uma boa distribuição de chuvas. Nos últimos sete dias, no entanto, já se observa que os volumes se concentraram apenas na faixa litorânea. O interior da região, incluindo o sertão nordestino, registra tempo seco mais cedo, o que deve atrapalhar na finalização das lavouras de subsistência, principalmente milho.De acordo com a Somar, o mês de maio começa com níveis confortáveis (acima de 60%) de umidade do solo, apenas no Sul e no Norte do Brasil. Já o Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste começam o mês com níveis críticos (inferior a 30%) de umidade do solo.

Previsão
O tempo deve continuar seco em Mato Grosso e Goiás, prevê a Somar. Mas a semana começa com a presença de mais uma nova frente fria no Sul do Brasil, cujo padrão é típico do outono. Além disso, a presença do fenômeno El Niño, mesmo em fase de enfraquecimento, ainda contribui para intensificar e bloquear as frentes frias sobre o Sul do País. Enquanto isso, o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentam período seco.
O sócio diretor da Somar acrescenta que, para a primeira quinzena de maio, não há previsão de chuva significativa para Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Isso deve agravar a condição de escassez de água, provocando quebra de produção nas lavouras de milho desses Estados, que ainda dependem de pelo menos um bom episódio de chuvas para o fechamento do ciclo de produção.No Nordeste do Brasil, que atravessa sua estação chuvosa ("inverno Nordestino"), os volumes continuam concentrados na faixa litorânea, enquanto o interior da região, incluindo a Bahia, confirma a previsão de antecipação do início do período seco.

Clima nos EUA
A Somar informa que a passagem de uma frente fria provocou chuva durante o último fim de semana nos EUA. "Assim como já havia ocorrido na semana passada, a passagem de uma frente fria durante o fim de semana causou chuvas sobre alguns Estados do Meio-Oeste americano, atrapalhando temporariamente o processo de plantio", comenta Etchichury. Dessa vez, porém, "os maiores volumes se concentraram um pouco mais ao sul, sobre o sul de Illinois, Kentucky e Tennessee". Segundo a Somar, esta semana começa com tempo seco nas principais regiões produtoras de milho e soja dos Estados Unidos, com chuvas apenas na faixa leste dos Estados Unidos. "A semana começa seca e com elevação de temperatura sobre o Meio-Oeste americano", ressalta Etchichury.
Uma nova frente fria deve provocar chuvas no próximo fim de semana, prevê a Somar. Depois das chuvas do último fim de semana, a previsão para esta semana é de pouca água e elevação da temperatura sobre grande parte do território americano.
No entanto, conforme a Somar, na próxima sexta-feira a passagem de uma nova frente fria deve causar chuvas nas áreas produtoras de milho. A frente fria, no entanto, deve se deslocar rapidamente, e no fim de semana deve provocar chuvas mais sobre o sul dos Estados Unidos, enquanto o tempo volta a secar nos Estados mais ao norte.
Para o mês de maio, informa a Somar, "o padrão climático não deve mudar muito em relação às últimas semanas, o que mantém em geral uma condição favorável para o plantio das lavouras (milho e soja), embora não dê para garantir condições de clima ideal para o plantio (totalmente seco)."
A temperatura nos EUA ainda apresenta grandes oscilações, com uma elevação gradual. O Meio-Oeste americano começa a semana com temperaturas amenas em virtude da passagem da frente fria no último fim de semana passado, mas o tempo esquenta no decorrer dos dias. Por enquanto, a tendência para a primavera é de padrão com temperaturas amenas e sem previsão de calor extremo.

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas