segunda-feira, 3 de maio de 2010

SOJA E MILHO CAEM NA CBOT PELA VALORIZAÇÃO DO DÓLAR.

Os preços futuros da soja caíram hoje na Bolsa de Chicago . O contrato mais negociado, com vencimento em julho, encerrou o pregão cotado a US$ 9,8650 por bushel, em baixa de 12,25 cents ou 1,25%. As cotações foram pressionadas pela valorização do dólar, que torna as commodities mais caras para os agentes que operam com outras moedas, e pela falta de novidades capazes de estimular o apetite de compra dos especuladores. A grande oferta de soja na América do Sul e a perspectiva de um plantio recorde nos Estados Unidos também pesaram sobre as cotações.
"Além disso", acrescentou Jack Scoville, analista da corretora Price Futures Group, em Chicago, "os traders altistas ficaram desapontados com o fato de que as tempestades do fim de semana não foram capazes de provocar o adiamento do plantio no coração do Meio-Oeste americano, como muitos previram." Segundo estimativas, fundos especulativos realizaram uma venda líquida de 4 mil contratos do grão durante a sessão.
A agência T-storm Weather informou que o clima na faixa central dos Estados Unidos deve ficar seco até quinta-feira, o que abre caminho para o avanço dos trabalhos de cultivo.

MILHO

Os contratos futuros de milho registraram perdas em reação à valorização do dólar e à queda dos preços da soja. Além disso, o plantio de milho segue ritmo acelerado nos Estados Unidos, o que é fator baixista. Posição mais líquida, o contrato julho fechou em queda de 3,75 cents ou 1,0%, cotado a US$ 3,7150/bushel. A força do dólar frente a uma cesta de moedas pressionou o milho durante a sessão, assim como empurrou as cotações da soja. Segundo o analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, traders estão aguardando confirmações dos boatos de que a China compraria mais milho. Como isso ainda não se materializou, traders resolveram vender, de acordo com Gidel. Na semana passada, o anúncio de que a China encomendou 115 mil toneladas de milho americano foi sinal positivo sobre a demanda. Também mostrou que a demanda por etanol é sólida, mas os fundamentos de oferta seguem negativos para os preços.
Há pouco, o relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 68% da safra de milho do país foi plantada, proporção que ficou dentro da expectativa dos analistas (entre 65% e 70%), mas está bastante acima da média de 40% para esta época do ano.
O economista agrícola Darrel Good, da Universidade de Illinois, disse que há "uma guerra entre os prospectos de melhor demanda e a expectativa de grande safra em 2010, disputa que deve continuar".

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