quarta-feira, 5 de maio de 2010

MERCADOS EXTERNOS SEGUEM NA DEFENSIVA COM TEMOR DE CRISE NA EUROPA

Os temores se repetem nesta quarta-feira, provocando incertezas nos mercados acionários, enquanto o euro, já abaixo de US$ 1,29, desliza em direção ao US$ 1,28. Nas bolsas europeias as ações dos bancos continuam no olho do furacão, à medida que os investidores analisam o quanto as instituições estão expostas à Grécia e aos países chamados periféricos da zona do euro.
As preocupações se propagam para o custo de proteção contra eventual calote também da Alemanha e da França, além de Grécia, Portugal e Espanha. A bolsa espanhola, que ontem perdeu mais de 5%, depois de rumores de rebaixamento de seu rating, continua esboçando as maiores perdas entre as praças acionárias da região. "Há uma disseminada exposição bancária à Grécia, com os bancos franceses e alemães com a maior parte da dívida do país, enquanto os bancos britânicos possuem grande exposição à dívida espanhola", afirmou o estrategista do GFT, David Morrison. "Segundo minhas informações, o RBS e o Lloyds estão particularmente expostos, o que explica a pressão de venda sobre tais ações", acrescentou. Na Bolsa
de Londres, as ações do Lloyds cederam 4,4% e as do RBS perderam 3,7%. Os papéis do Deutsche Bank e do Credit Agricole caíram mais de 2,5%.
Na Grécia, os protestos da população e a paralisação dos trabalhadores demonstram as dificuldades do país para implementar o único plano disponível a fim de garantir o dinheiro da União Europeia e do FMI e evitar a moratória. Sob tal pressão, o Parlamento grego vota amanhã medidas de austeridade como o congelamento por três anos dos salários e aumento dos impostos; na sexta-feira, os líderes europeus irão submeter o pacote de 110 bilhões de euros à aprovação. "Apesar de sabermos que a maioria da população grega compreende e aceita a necessidade das medidas de austeridade, as greves em andamento e a manifestação civil são uma lembrete do quão insatisfeitos estão muitos cidadãos gregos. Imagino que o governo está extremamente nervoso", observou Morrison.
Londres caía 0,38%, Frankfurt perdia 0,39% e Paris recuava 0,57%. A Bolsa de Madri perdia 1,40% e Lisboa recuava 1,06%. O euro cedia para US$ 1,2934, depois de operar a US$ 1,2927 na nova mínima para um ano. Ontem, no final da tarde em Nova York, valia US$ 1,3001. O dólar subia para 94,73 ienes (94,40 ienes), beneficiado também pela perspectiva de serem divulgados indicadores positivos nos EUA. A libra esterlina, de operava praticamente estável, a US$ 1,51505, de US$ 1,5156 ontem, diante da perspectiva das eleições gerais.
Na ponta de busca por proteção, os Treasuries continuam subindo. O juro do note de dois anos cai para 0,92030%. Mas o ouro é limitado pela apreciação do dólar e no mercado spot caía 0,11%. Petróleo também perde (-1,57% para US$ 81,45 o barril na Nymex) e o cobre para julho recua 1,37% para US$ 3,1350 por libra peso.

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