sexta-feira, 13 de maio de 2011

SOJA FECHA EM QUEDA POR DEMANDA FRACA

Os futuros da soja não conseguiram sustentar a alta inicial e fecharam em queda hoje na Bolsa de Chicago (CBOT), depois de a recuperação do dólar ter pressionado os preços devido a vendas especulativas generalizadas. O contrato julho, mais negociado, caiu 13,25 centavos, ou 0,99%, e fechou cotado a US$ 13,2950 por bushel.
O mercado sofreu pressão adicional do enfraquecimento da demanda, sendo que um volume menor de exportações e uma queda no uso doméstico ampliaram o tom defensivo. Por sua vez, a ameaça de condições adversas de plantio para o milho, o arroz e o algodão na região central dos EUA e no Delta podem resultar em uma área maior para a soja, o que também enfraquece os preços.
Os produtos derivados também fecharam em queda, em linha com a soja. A combinação de vendas especulativos devido ao dólar mais firme com a redução da demanda por conta da competição da oferta da América do Sul levaram os preços a território negativo, disseram analistas.
O contrato julho do farelo caiu US$ 7,90, ou 2,24%, para fechar a US$ 345,40 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo perdeu 32 pontos, ou (0,32%), e fechou a 56,14 centavos por libra-peso.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

CBOT/GRÃOS CEDEM APÓS RELATÓRIO USDA.

Os futuros da soja fecharam em queda hoje na bolsa de Chicago pressionados por uma perspectiva melhor de oferta e acompanhando o recuo do milho. O contrato julho, mais negociado, caiu 6,25 centavos, ou 0,47%, e fechou cotado a US$ 13,3175 por bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos elevou a expectativa de estoques finais nesta temporada, um reflexo da desaceleração da demanda por exportação em meio à crescente competição da produção recorde na América do Sul. Esperava-se estoques finais de 153 milhões de bushels em 2010/11, e o USDA mostrou 170 milhões de bushels.
Ao mesmo tempo, a possibilidade de que uma parte da área anteriormente destinada ao plantio do milho seja utilizada para a produção de soja no Meio-Oeste, devido ao atraso no plantio do cereal por causa das condições úmidas, também pressionou o mercado hoje.
Mas segundo Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytic, as perdas foram limitadas pela previsão de estoques apertados no final da nova safra, 2011/12. A expectativa era de 176 milhões, mas o número do governo norte-americano veio em 160 milhões de bushels.
Os produtos derivados também recuaram, sendo que o óleo de soja sofreu pressão adicional da queda nos futuros do petróleo. O contrato julho do óleo caiu 50 pontos, ou 0,88%, para fechar a 56,30 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo perdeu US$ 2,70, ou 0,77%, cotado a US$ 347,60 por tonelada.

MILHO FECHA EM BAIXA DE 4,2% COM ESTIMATIVA DO USDA
Os preços futuros do milho mergulharam na Bolsa de Chicago pressionados pela elevação da estimativa de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que surpreendeu os traders. A maioria esperava declínio ou estabilidade na previsão. Os contratos do cereal para entrega em julho, os mais negociados, fecharam em baixa de 30,0 cents ou 4,24%, cotados a US$ 6,7725/bushel. O mercado fechou no limite de baixa permitido pela bolsa.
Os futuros caíram para o menor nível desde 31 de março, quando uma estimativa de estoques menor do que o esperado chocou os traders e puxou os futuros para o limite de alta. "A oferta está avançando um pouco mais", comentou o presidente da consultoria Roach Ag Marketing, John Roach.
A elevação de 8% na projeção oficial de estoques finais ameniza as preocupações que puxaram os preços para níveis recorde no mês passado. No entanto, consumidores de grãos continuam ansiosos com potencial de o clima desfavorável reduzir o tamanho da próxima colheita. De acordo com a Susquehanna International, o foco do mercado vai rapidamente se voltar para o clima e para as perspectivas de continuidade no atraso do plantio no leste do Cinturão do Milho.
O USDA estimou os estoques finais 2011/12 em 900 milhões de bushels, inferiores ao tradicional nível confortável de 1 bilhão de bushels. A oferta apertada deixa os consumidores de grãos ansiosos com possíveis ameaças climáticas à safra que produtores estão plantando nesta primavera, para colher no outono do Hemisfério Norte.

COMMODITIES REAGEM AO TEMOR COM O CRESCIMENTO ECONÔMICO
Refletido no declínio dos preços no mercado de commodities
e em outros ativos dos mercados emergentes há um pouco de temor quanto ao ritmo do crescimento econômico, diz o sócio e diretor do Rohatyn Group, Jorge Mariscal. Mas há exagero nesta percepção, pondera o executivo da gestora que administra US$ 3,2 bilhões em ativos destinados aos mercados emergentes globais. "Os bancos centrais das economias emergentes estão na direção certa e têm sido, em sua maioria, proativos com relação à inflação", citou, em entrevista ao AE Broadcast Ao Vivo.
O movimento nos mercados de commodities hoje e na última semana pode ser classificado como correção, na percepção de Mariscal, que, antes de se juntar ao Rohatyn, fundou e dirigiu o grupo de pesquisa da Goldman Sachs para mercados acionários da América Latina. Ele vê atualmente negociação excessiva nos mercados com foco no receio quanto ao crescimento, enquanto acredita que se subestima os benefícios da desaceleração da economia.
O principal, aponta Mariscal, é que os emergentes estão tendo sucesso em desacelerar a economia para evitar o superaquecimento. Na China, estima o analista, os dados de hoje já mostram alguma desaceleração da economia, mesmo que seja perceptível que o país ainda vai ter de lutar com a inflação. No momento, prossegue ele, uma boa notícia é a moderação nos preços de alimentos no país. Mariscal avalia que talvez esteja por vir mais uma elevação da taxa benchmark de juro na China, em adição à restrição monetária que pode vir adicionalmente para algumas áreas da economia do país.
Ele estima que os emergentes vão crescer 6% neste ano, ante 7,1% em 2010. Embora o crescimento no nível projetado deva ficar abaixo do que o consenso previa, ainda é visto um bom nível para a atividade econômica. Grande parte da desaceleração deve ocorrer nos países do grupo Bric - que hoje inclui a África do Sul. Quanto ao Brasil, Mariscal calcula que o PIB deve ter desaceleração de 7,5% em 2010 para uma faixa entre 4,0% e 4,5% neste ano. O importante, cita o executivo do Rohatyn Group, é que o desafio enfrentado pelos emergentes hoje é completamente diferente daquele das décadas de 1970 ou 1980. Hoje, lida-se com um ajuste fino quanto à inflação oscilando ao redor da meta de inflação, em oposição ao que se lidava naquelas décadas, quando havia uma crise de inflação.
O ciclo de aperto nos mercados emergentes já atravessou cerca de 50% a 60% do caminho, na maior parte das economias, afirma Mariscal. Em algumas economias, a inflação deve atingir o pico entre o terceiro e o quarto trimestre do ano. Enquanto os mercados de ações dos emergentes ainda podem enfrentar ventos contrários, resultados (lucros) têm se mostrado bastante robustos e podem formar um ambiente benéfico para os emergentes, avalia Mariscal. Como os BCs devem intervir menos no mercado de moedas e ter maior disposição em utilizar as divisas como ferramenta no combate à inflação, o analista cita, com relação a ativos na região dos emergentes, que prefere moedas às ações no momento.

GRÃOS/EUA: RELATÓRIO USDA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que a produção de soja do país na safra 2011/12 deverá alcançar 3,285 bilhões de bushels 89,41 milhões de toneladas), volume menor que os 3,329 bilhões (90,6 milhões de t) produzidos no ciclo 2010/11, que termina em setembro. É a primeira projeção do governo norte-americano para a nova safra. A estimativa de produtividade é de 43,3 bushels por acre, parecida com a da safra anterior.
Os estoques finais continuarão apertados. Eles foram estimados em 160 milhões de bushels (4,35 milhões de t) no novo ciclo, de 170 milhões (4,63 milhões de t) em 2010/11. Esta estimativa foi elevada em 30 milhões de bushels com relação a abril, por causa da queda - na mesma medida - das exportações do período.
O USDA prevê cotações maiores para a soja no ciclo 2011/12: média de US$ 12 e US$ 14 por bushel, ante US$ 11,40 na atual safra.

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ESTIMATIVAS DE OFERTA E DEMANDA DE SOJA DOS EUA
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Safra                  2010/2011               2011/2012
Estimativas       abril         maio            maio
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Área - em milhões de acres
   Plantada        77,4          77,4             76,6
   Colhida         76,6          76,6              75,7
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Produtividade por acre colhido - em bushels
                   43,5          43,5                   43,4
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                 Números em milhões de bushels
Estoque inicial     151           151                     170
Produção          3.329         3.329                   3.285
Importações          15            15                      15
  Oferta total    3.495         3.495                   3.470
Esmagamento   1.650         1.650                   1.655
Exportações     1.580         1.550                   1.540
Sementes             89            89                      90
Uso residual         89            89                      90
  Uso total        3.355         3.325                   3.310
Estoques finais   140           170                     160
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Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
               11,25-11,75       11,40             12,00-14,00

MILHO/EUA: USDA PREVÊ SAFRA DE 13,505 BI/BUSHELS EM 2010/11
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou hoje que o país deverá produzir 13,505 bilhões de bushels (343,03 milhões de toneladas) de milho na safra 2011/12, volume maior que os 12,447 bilhões de bushels (316,15 milhões de t) colhidos em 2010/11. É a primeira projeção do governo norte-americano para a próxima safra.
A estimativa de produtividade também é maior que a da safra passada: 158,7 bushels por acre.
Os estoques finais deverão ficar em 900 milhões de bushels (22,86 milhões de t), maiores que os 730 milhões de bushels (18,54 milhões de t) previstos para 2010/11. Este último número foi revisto hoje pelo USDA, que em abril tinha estimado 675 milhões de bushels. Essa elevação deve-se principalmente à queda na projeção das exportações no período.
A estimativa de área plantada em 2011/12 divulgada hoje é a mesma do relatório de plantio divulgado em março.

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      Estimativas de oferta e demanda de milho dos EUA
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Safra                   2010/2011                 2011/2012
Estimativas        abril          maio              maio       
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Área (em milhões de acres)
   Plantada          88,2          88,2              92,2
   Colhida           81,4          81,4              85,1
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Produtividade por acre colhido - em bushels
                   152,8         152,8              158,7
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                Números em milhões de bushels
Oferta:
Estoque inicial      1.708         1.708             730
Produção            12.447        12.447          13.505
Importações             20            25              20
Oferta total        14.175        14.180          14.255
Demanda
Ração/residual       5.150         5.150           5.100
Alimentação/sem.     6.400         6.400           6.455
Etanol combustível   5.000         5.000           5.050
Total doméstico     11.550        11.550          11.555
Exportações          1.950         1.900           1.800
Demanda total       13.500        13.450          13.355
Estoques finais        675           730             900
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Preço médio pago ao produtor - em US$ por bushel
                  5,20-5,60      5,10-5,40       5,50-6,50

terça-feira, 10 de maio de 2011

ALGODÃO/NY FECHA EM ALTA DE 4% PUXADA POR ALAGAMENTO NO MISSISSIPPI

Dezenas de milhares de acres recém-plantados com algodão ao longo do sul dos Estados Unidos estão alagados depois que o Rio Mississippi transbordou, ameaçando a próxima safra norte-americana e puxando para cima as cotações na bolsa em Nova York. Os contratos com vencimento em julho, os mais negociados, fecharam hoje no limite de alta de 600 pontos ou 4,13%, cotado a 151,40 cents/lb.
Centenas de produtores de outras regiões estão atrasando o plantio. A nova situação de dificuldades de cultivo se soma à estiagem severa no oeste do Texas, que tende a impulsionar os futuros da fibra caso os produtores não consigam plantar a tempo.
Segundo autoridades do governo, campos plantados recentemente com milho, algodão e soja ao longo do Delta do Mississippi estão inundados porque o rio transbordou. O solo encharcado está forçando milhares de outros produtores a adiar o plantio neste ano. "Não posso comparar isso a nada. É sem precedentes", disse o diretor de comércio do Departamento de Agricultura e Comércio do Mississippi, Andy Prosser.
O problema dos produtores pode se agravar quando as águas retrocederem. "Eles não sabem que tipo de areia, lodo ou detritos podem ser depositados em suas terras agrícolas", explicou o porta-voz do Departamento de Agricultura do Tennessee, Tom Womack. Ele estima que cerca de 500 mil acres (202,34 mil hectares) estejam inundados no Estado.
As águas provavelmente carregaram sementes e camadas superficiais do solo, ricas em minerais. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que os estoques de alguns produtos agrícolas do país, como algodão e milho, estão nos menores níveis já registrados, ou perto disso, por causa da crescente demanda global.

ALAGAMENTO NO MISSISSIPPI AMEAÇA PRODUÇÃO AGRÍCOLA.
Energia
- O transbordamento do rio também está ameaçando a produção e o transporte de energia por toda a região sul. Refinarias de petróleo estão se preparando para possíveis fechamentos ou para interrupções no transporte de combustíveis, antes que as enchentes cheguem até elas. Atualmente, se direcionam para o corredor de refinarias de Louisiana.
A refinaria de 237 mil barris por dia da Motiva Enterprise LLC, na cidade de Norco (Lousiana), está se preparando para uma interrupção no abastecimento por causa da abertura das comportas no rio, de acordo com um porta-voz da Royal Dutch Shell - que participa de joint venture nas operações da unidade. Produtos como gasolina e diesel são distribuídos por oleodutos, ligações ferroviárias e navios-tanque. As enchentes, que já interromperam parte do tráfego fluvial, podem forçar as companhias a suspender o fluxo nos dutos ou levar a congestionamentos nas ferrovias.
Os estoques de gasolina dos Estados Unidos caíram durante 11 semanas consecutivas, e analistas esperam a confirmação de novos declínios em dados que serão divulgados amanhã pelo Departamento de Energia. Se atrapalharem as refinarias da região, os alagamentos podem impulsionar o preço médio da gasolina no varejo para mais de US$ 4 o galão (1 galão = 3,79 litros).

GRÃOS/CHICAGO; MERCADOS FECHAM COM GANHOS MARGINAIS.

Os preços internacionais da soja terminaram o dia com ganhos marginais na Bolsa de Chicago sustentados por compras de especuladores ligadas aos mercados de grãos e outros mercados. Os lotes da oleaginosa para entrega em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 3,0 cents ou 0,22%, cotados a US$ 13,38/bushel.
A valorização de ações e dos futuros de petróleo, somada à fraqueza do índice dólar, atraiu compras de especuladores. Traders cobriram posições vendidas depois do forte declínio observado na semana passada, com cautela antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O plantio de soja evolui lentamente nos Estados Unidos: segundo o relatório de acompanhamento de safra divulgado ontem pelo USDA, apenas 7% das lavouras foram cultivadas até o momento, parcela bastante inferior à média em cinco anos, de 17%. Isso também deu suporte ao mercado.
Mas os ganhos da soja foram limitados pelo declínio da demanda, em meio à forte competição com a safra recorde na América do Sul, segundo analistas.
Os contratos futuros de produtos de soja terminaram o dia sem direção comum. O óleo de soja subiu com influência positiva da alta do petróleo. O farelo de soja encerrou a terça-feira perto da estabilidade, com dificuldades para encontrar direcionamento sem novidades nos fundamentos de acordo com analistas, acrescentando que os níveis de preço à vista do farelo de soja no oeste da região Meio-Oeste dos Estados Unidos limitaram os declínios.

MILHO ESTABILIZA APÓS RELATÓRIO DE PLANTIO
Os preços futuros do milho encerraram o dia perto da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT), diante de menos preocupações com o lento início do plantio nos Estados Unidos. Os contratos com vencimento em julho, os mais líquidos, fecharam em baixa de 0,25 cent ou 0,04%, cotados a US$ 7,0725/bushel.
Dados do governo divulgados ontem mostraram que o plantio avançou significativamente no oeste do Cinturão do Milho ao longo da semana passada, depois de semanas de atraso por causa do clima frio e úmido demais.
De acordo como analista Chad Henderson, da corretora Prime Agricultural Consultants, a elevação de temperaturas pode ajudar o solo a secar mais rapidamente depois das chuvas. "No oeste do Cinturão do Milho, todo mundo realmente pode plantar agora", acrescentou.
Até domingo, cerca de 40% da safra de milho havia sido plantada, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), elevação de 13% na comparação com a semana passada. O número divulgado ontem superou as expectativas dos analistas, que em média esperavam que 30% do plantio tivesse sido realizado. Entretanto, o ritmo continua muito abaixo da média em cinco, de 59% para este momento.
"Fizemos avanços históricos em Iowa. Em apenas alguns dias, 61% da safra foi plantada", disse o presidente da corretora U.S. Commodities, Don Roose.

SOJA: CONAB ELEVA PRODUÇÃO PARA 73,6 MILHÕES DE TONS

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou a estimativa para a produção de soja no Brasil em 2010/11 de 72,2 milhões para 73,6 milhões de toneladas no oitavo levantamento de safra, divulgado há pouco. O volume, recorde, é 7,2% maior que as 68,69 milhões de toneladas produzidas na safra anterior, 2009/10.
De acordo com a Conab, apesar dos atrasos no plantio, provocados por um período de estiagem, a safra foi cultivada dentro do tempo correto. Depois, o clima beneficiou as lavouras.
Na região Centro-Oeste, maior produtora da oleaginosa, nos meses de fevereiro e março as chuvas em algumas áreas foram mais intensas e causaram transtornos à colheita e perdas de qualidade do produto, como aconteceu em parte do oeste de Mato Grosso. Mas a produtividade na região foi boa, atingindo 3.115 quilos por hectare. No Estado, a produtividade média ficou em 3.190 quilos por hectare (53,2 sacas de 60 quilos).
As áreas de produção do Nordeste - sul do Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia -, e norte de Tocantins, região conhecida por Matopiba, o excesso de chuvas na fase final do ciclo atrasou os trabalhos de colheita. As estimativas indicam produtividade de 3.180 quilos por hectare na Bahia, 3.118 quilos no Piauí, 3.052 quilos em Tocantins e 2.970 quilos no Maranhão.
A maior perda de produtividade foi verificada em Mato Grosso do Sul, onde as chuvas foram intensas em certas áreas durante a colheita. No Estado, o rendimento das lavouras caiu 7,7% para 2.860 quilos por hectare, ante 3.100 quilos/ha na safra anterior.

MILHO: CONAB ELEVA ESTIMATIVA DA SAFRA 2010/11 A 56 MILHÕES DE T
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou a estimativa de plantio e produção de milho em 2010/11 em seu oitavo levantamento de safra, divulgado há pouco. A estatal agora estima 56 milhões de toneladas na safra total, ante 55,613 milhões de t previstos na pesquisa de abril. O volume é igual ao produzido no ciclo passado.
A Conab revisou a área total plantada com milho de 13,288 milhões para 13,474 milhões de hectares, uma diferença de 186 mil ha. A extensão é 3,7% maior que a cultivada em 2009/10, de 12,994 milhões de ha. Na área da primeira safra o ajuste foi de negativo em 12 mil ha (para 7,767 milhões de ha) e, na segunda safra, houve incremento de 198 mil ha (para 5,707 milhões de ha).
Quanto à produção, a Conab elevou em 511 mil t a estimativa da primeira safra, para 34,383 milhões de t, ante 33,872 milhões de t previstos em abril. Já a produção da segunda safra recuou de 21,741 milhões para 21,622 milhões de t. "Há expectativa quanto ao comportamento do clima para o milho 2ª safra, uma vez que boa parte da lavoura foi semeada fora do período recomendado", comenta a estatal em seu levantamento divulgado hoje.
Em alguns Estados, a produtividade do milho de segunda safra será bem menor que a da safra passada. São os casos de Goiás (-15,2%), Mato Grosso do Sul (-7,4%) e Minas Gerais (-24,6%) e Paraná (-17,5%). Em Mato Grosso, a produtividade da safrinha deverá cair 3,6%.

CHINA SURPREENDE COM SUPERÁVIT COMERCIAL DE US$ 11,4 BI EM ABRIL

O superávit comercial da China saltou para US$ 11,4 bilhões em abril, de US$ 139 milhões em março, de acordo com dados divulgados pela alfândega chinesa na madrugada de hoje. O resultado foi obtido graças à desaceleração do crescimento das importações, o que pode sinalizar uma expansão econômica mais fraca no país e deve aumentar a pressão para que o governo chinês permita uma apreciação mais rápida do yuan. A expectativa do mercado era de um superávit de US$ 1 bilhão, de acordo com a mediana das previsões de 14 economistas consultados pela Dow Jones.
As exportações aumentaram 29,9% em relação a abril do ano passado, expansão inferior aos 35,8% registrados em março, mas ligeiramente acima das expectativas, que apontavam alta de 29%. Já as importações cresceram 21,8% na comparação com o mesmo mês de 2010, ante um crescimento de 27,3% em março, e significativamente abaixo da mediana das projeções, que era de alta de 29,5%.
"Os dados comerciais de hoje mostram que os exportadores chineses continuam a se beneficiar de uma taxa de câmbio de apoio", disse o economista do Royal Bank of Canada, Brian Jackson. "Este número provavelmente aumentará a pressão de Washington para Pequim permitir uma apreciação cambial mais rápida, mas o mais importante é que deve convencer os formuladores de políticas chineses que um yuan mais forte é tolerado pela economia e é justificado como parte de seus esforços para conter as pressões de preço."Os dados aparecem no momento em que EUA e China realizam em Washington o Diálogo Econômico e Estratégico, reunião anual entre os dois países. As questões de comércio exterior e câmbio estão na linha de frente das discussões.
A balança comercial da China registrou um raro déficit trimestral de US$ 1,02 bilhões nos primeiros três meses do ano, levando alguns na China a argumentar que o reequilíbrio econômico do país já está em andamento e que há menos necessidade de apreciação do yuan. No entanto, a despeito do déficit no primeiro trimestre, muitos analistas esperam que a China registre um superávit significativo no ano, opinião reforçada pelo forte retorno ao superávit no resultado da balança comercial no mês passado. O comércio exterior da China segue um padrão tipicamente sazonal, pelo qual as empresas estocam produtos importados no começo do ano para processá-los nas exportações mais tarde.

MITSUI FICA COM 100% DA MULTIGRAIN

A japonesa Mitsui assumiu o controle integral da trading e produtora de grãos brasileira Multigrain S/A, após pagamento de US$ 274 milhões aos antigos sócios na companhia, de acordo com comunicado. A trading japonesa pagou US$ 225 milhões pela fatia de 45% detida pela americana CHS e mais US$ 49 milhões pela parte de 10% que estava em poder da PMG Trading (Agrícola Estreito), controlada pelo brasileiro Paulo Roberto Moreira Garcez. O grupo japonês já possuía 45% da companhia antes da negociação, atingindo agora 100% dos direitos de voto.
A Multigrain atua na originação, processamento e exportação de soja, milho e algodão, e também na importação de trigo. Por meio de sua subsidiária Xingu AG, ela também cultiva aproximadamente 100 mil hectares de campos no Maranhão, Minas Gerais e Bahia, principalmente com soja, milho e algodão. A CHS havia informado na sexta-feira que vendera sua participação na Multigrain para a Mitsui, mas não tinha dado detalhes do negócio.

SOJA: COMPRAS DA CHINA CAEM 7% EM ABRIL.

As importações de soja da China caíram 7,4% em abril para 3,88 milhões de toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ante março, contudo, as compras aumentaram 10,5%. Os dados foram divulgados hoje pela Administração Geral de Alfândega do país.
De janeiro a abril, a China comprou 14,84 milhões de toneladas da oleaginosa, queda de 2,6% na comparação com o mesmo período em 2010.
Já as importações de óleos comestíveis recuaram 12,5% para 490 mil toneladas em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Ante março, houve aumento de 53%. No acumulado até o mês passado, as compras do produto recuaram 10%, para 1,83 milhão de toneladas.
De acordo com analistas, as políticas de aperto monetário e redução de crédito empreendidas pelo governo chinês enfraqueceram o apetite dos compradores do país. Além disso, os preços da soja e de seus derivados (farelo e óleo) no mercado doméstico estão mais baixos que no mercado internacional. "Os preços internos continuam a cair e as margens das processadoras estão caminhando para o território negativo", disse nesta semana, em nota, o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China. "As processadoras de soja de Heilongjiang não estão dispostas a comprar grão e as operações em algumas delas foram suspensas por muitos dias", continuava a nota.
Nos quatro primeiros meses do ano, o valor da soja importada subiu 24% na comparação com o mesmo intervalo em 2010. O preço do óleo comestível importado cresceu na mesma medida no período. Segundo analistas, cerca de metade da capacidade de processamento da China não está sendo utilizada desde que o governo ordenou redução nos preços do óleo de soja para ajudar a conter a inflação. Nos portos, os estoques chegaram perto de níveis recordes ao tocarem em 6,7 milhões de toneladas de soja.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

SOJA ACOMPANHA GANHOS EM OUTRAS COMMODITIES E FECHA EM ALTA

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na Bolsa de Chicago em linha com o fortalecimento geral nos mercados de commodities. Os ganhos do petróleo e dos metais preciosos serviram de incentivo para uma retomada das compras especulativas após as fortes quedas da semana passada, disseram analistas. O contrato julho, mais negociado, subiu 9 centavos, ou 0,68%, para fechar cotado a US$ 13,35 por bushel.
A oleaginosa recebeu sustentação ainda da melhora das condições para o plantio do milho em partes das regiões central e oeste do cinturão produtor, o que pode diminuir a área que poderia migrar para a soja devido ao atraso na implantação do cereal.
Entretanto, a soja não conseguiu subir com a mesma força dos futuros do milho e do trigo, uma vez que a fraqueza da demanda por exportações em meio à competição do produto da América do Sul limita os ganhos.
Os produtos derivados também fecharam em alta, acompanhando os ganhos da soja. O óleo de soja ganhou impulso adicional ainda da alta do petróleo, e o contrato julho subiu 60 pontos, ou 1,08%, para 56,29 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 0,90, 0,26%, cotado a US$ 350,40 por tonelada.

ÍNDIA COMPRA 500 MIL T APÓS QUEDA RECENTE DOS PREÇOS
A Índia acelerou as compras de óleo de palma para entrega entre maio e junho após a recente queda dos preços, que acompanhou o recuo das commodities em geral. O país precisa recompor estoques, que caíram nos portos, de acordo com participantes do mercado, e estão em cerca de 400 mil toneladas, 100 mil t menos que o normal para esta época do ano.
Segundo o executivo de uma trading de Mumbai, só da Malásia a Índia comprou 500 mil toneladas nos últimos dias. O produto para entrega em maio foi adquirido por US$ 1.120 por tonelada CIF e, junho, por US$ 1.110/t CIF.  "Em junho, as compras do país devem alcançar entre 550 mil e 600 mil t de óleo de palma", disse Sandeep Bajoria, executivo-chefe da trading indiana Sunvin Group. "Outras compras de óleo de soja devem ocorrer já que o produto no mercado físico da América Latina caiu entre US$ 40 e US$ 50 por tonelada", disse. Na sexta-feira, o óleo de soja da Argentina estava sendo oferecido por US$ 1.220 por tonelada.
As compras indianas, maior importador mundial de óleos vegetais, podem reduzir os estoques nos dois maiores produtores de óleo de palma, Malásia e Indonésia. Também podem sustentar as cotações do produto, que na sexta-feira alcançaram o menor nível em cinco meses - 3.195 ringgit por tonelada (US$ 1.070) na Bolsa de Derivativos da Malásia.

MT/MILHO ESTIAGEM PODE REDUZIR PRODUTIVIDADE EM 40%

Regiões produtoras de milho safrinha de Mato Grosso estimam redução de até 40% na produtividade das lavouras se a estiagem se prolongar por mais 20 dias. É o caso de Sinop, no norte do Estado, onde, segundo Antônio Galvan, presidente do Sindicato Rural, a situação é preocupante. Na região, que tem 150 mil hectares cultivados com milho, não chove há mais de um mês em algumas localidades. Em outras, houve chuva esporádica, insuficiente para recuperar a umidade do solo. "Se não chover, a queda na produtividade será muito acentuada", diz Galvan. A meteorologia prevê apenas chuvas esparsas para o Estado neste mês de maio.
Em Sorriso, também no norte mato-grossense, com 250 mil hectares cultivados, produtores apontam a necessidade de pelo menos 100 milímetros de chuva para garantir a produtividade das lavouras semeadas mais tarde. Rubens Denardi, gerente do Sindicato Rural de Sorriso, afirma que 60% das lavouras foram semeadas no período adequado, até 20 de fevereiro, e não devem ter problemas. Dos 40% restantes, metade está em fase de enchimento de grão e pode ter perdas de produtividade de até 50% se a estiagem permanecer. Os outros 20% podem ter perda total, pois estão na fase de desenvolvimento vegetativo.
No centro-sul do Estado, a preocupação é menor, pois choveu há duas semanas. Ainda assim, há relatos de prejuízos. Em Rondonópolis, produtores esperam queda de até 10% na produtividade. "Precisamos de uma boa chuva, pois o milho semeado mais tarde está em enchimento", diz Ana Laura Bertol, assistente da comissão de agricultura do sindicato. A região cultivou nesta safrinha 110 mil hectares.
O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia, confirma que a estiagem de mais de 20 dias em Mato Grosso e Goiás está afetando as lavouras. "E o pior é que 50% das lavouras de milho safrinha foram plantadas após o término da janela ideal, o que compromete ainda mais essas lavouras. Somente 30% das lavouras já estão bem mais tolerantes ao déficit hídrico, o restante ainda se encontra bem vulnerável a seca", diz em informativo divulgado nesta tarde.
De acordo com Santos, para reverter o quadro é preciso chover 60 mm nos próximos 20 dias. "Entretanto, segundo os modelos de previsão meteorológica, não há previsão de chuvas para os próximos 10 dias. Após o dia 20 há a possibilidade de ocorrência de chuva, mas serão com um volume inferior a 60 mm e não serão chuvas generalizadas nem mesmo em todo o estado, o que poderá agravar ainda mais a situação das lavouras."
Paraná - Já no Paraná, segundo maior produtor de milho safrinha, as condições climáticas são favoráveis ao milho. "Ocorrem chuvas mais frequentes e, sobretudo, há previsões de mais chuvas ao longo do mês de maio, que possibilitarão o pleno desenvolvimento das plantas, gerando assim, boas perspectivas de produção para essa safra", diz Santos.

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