terça-feira, 10 de maio de 2011

ALGODÃO/NY FECHA EM ALTA DE 4% PUXADA POR ALAGAMENTO NO MISSISSIPPI

Dezenas de milhares de acres recém-plantados com algodão ao longo do sul dos Estados Unidos estão alagados depois que o Rio Mississippi transbordou, ameaçando a próxima safra norte-americana e puxando para cima as cotações na bolsa em Nova York. Os contratos com vencimento em julho, os mais negociados, fecharam hoje no limite de alta de 600 pontos ou 4,13%, cotado a 151,40 cents/lb.
Centenas de produtores de outras regiões estão atrasando o plantio. A nova situação de dificuldades de cultivo se soma à estiagem severa no oeste do Texas, que tende a impulsionar os futuros da fibra caso os produtores não consigam plantar a tempo.
Segundo autoridades do governo, campos plantados recentemente com milho, algodão e soja ao longo do Delta do Mississippi estão inundados porque o rio transbordou. O solo encharcado está forçando milhares de outros produtores a adiar o plantio neste ano. "Não posso comparar isso a nada. É sem precedentes", disse o diretor de comércio do Departamento de Agricultura e Comércio do Mississippi, Andy Prosser.
O problema dos produtores pode se agravar quando as águas retrocederem. "Eles não sabem que tipo de areia, lodo ou detritos podem ser depositados em suas terras agrícolas", explicou o porta-voz do Departamento de Agricultura do Tennessee, Tom Womack. Ele estima que cerca de 500 mil acres (202,34 mil hectares) estejam inundados no Estado.
As águas provavelmente carregaram sementes e camadas superficiais do solo, ricas em minerais. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que os estoques de alguns produtos agrícolas do país, como algodão e milho, estão nos menores níveis já registrados, ou perto disso, por causa da crescente demanda global.

ALAGAMENTO NO MISSISSIPPI AMEAÇA PRODUÇÃO AGRÍCOLA.
Energia
- O transbordamento do rio também está ameaçando a produção e o transporte de energia por toda a região sul. Refinarias de petróleo estão se preparando para possíveis fechamentos ou para interrupções no transporte de combustíveis, antes que as enchentes cheguem até elas. Atualmente, se direcionam para o corredor de refinarias de Louisiana.
A refinaria de 237 mil barris por dia da Motiva Enterprise LLC, na cidade de Norco (Lousiana), está se preparando para uma interrupção no abastecimento por causa da abertura das comportas no rio, de acordo com um porta-voz da Royal Dutch Shell - que participa de joint venture nas operações da unidade. Produtos como gasolina e diesel são distribuídos por oleodutos, ligações ferroviárias e navios-tanque. As enchentes, que já interromperam parte do tráfego fluvial, podem forçar as companhias a suspender o fluxo nos dutos ou levar a congestionamentos nas ferrovias.
Os estoques de gasolina dos Estados Unidos caíram durante 11 semanas consecutivas, e analistas esperam a confirmação de novos declínios em dados que serão divulgados amanhã pelo Departamento de Energia. Se atrapalharem as refinarias da região, os alagamentos podem impulsionar o preço médio da gasolina no varejo para mais de US$ 4 o galão (1 galão = 3,79 litros).

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